teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

23
Teoria Crítica Habermas e a Escola de Frankfurt Raymond Geuss Disciplina: História e Movimentos Sociais Professor Mestre Avelar Cezar Imamura Lucas Scofield RGM: 16563867

Upload: lucas-scofield

Post on 13-Apr-2017

57 views

Category:

Education


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Teoria Crítica Habermas e a Escola de Frankfurt

Raymond GeussDisciplina: História e Movimentos Sociais Professor Mestre Avelar Cezar Imamura

Lucas Scofield RGM: 16563867

Page 2: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Autor Raymond Guess (Indiana,EUA - 10/12/1946): filósofo político da Universidade de Cambridge no Reino Unido. Especialista em ética e filosofia política européia do século XIX e XX. Sua influência principal é o filósofo alemão Friedrich Nietzche. Seus ensaios incluem estética, contextualismo, fenomenologia, cientificismo e cultura e filosofia grega. Graduou-se em 1966 e pós-graduado pela Universidade de Colúmbia em 1971. Lecionou na Universidade de Princeton, de Columbia e de Chicago. Passou pelas universidades alemães Heidelberg e Frieburg antes de assumir a chefia de palestras da Universidade de Cambridge em 1993. Coordenou programas de pós-graduação em história da filosofia ocidental, filosofia social, filosofia política e filosofia da arte. Recebeu um título de cidadão britânico pela Fellow da Academia Britânica em 2011. Ele escreveu nova obras, dentre elas co-editor com o historiador Quentin Skinner dos Textos de Cambridge História do Pensamento Político em uma série livros. Como tradutor e ensaísta adaptou poesias gregas e latinas antigas e alto alemão antigo. Tem duas críticas sobre a filosofia de Nietzche .

http://www.phil.cam.ac.uk/people/teaching-research-pages/geuss/bild9-thumb.jpg/@@images/9d5fcaf8-34ef-4961-8654-a669dc7a7a53.jpeg

Page 3: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

A ObraEste livro trata de uma afirmação feita a respeito de Marx, sucintamente discorre e reconhece Marx como uma figura revolucionária, mas a origem exata da revolução que ele propôs não tem sido entendida pelos seus adeptos. O pai do comunismo alterou as opiniões de seus discípulos drasticamente e o significado da sua teoria está expressa nitidamente nas implicações da epistemologia da obra. A forma do conhecimento está categorizada em si, interpretada por Marx empiricamente com um sistema de crenças e juízos de valores acerca de todos os aspectos da humanidade.

Page 4: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Membros da Escola de Frankfurt

http://4.bp.blogspot.com/-aARA0MidC58/Uv0n7lQ8dUI/AAAAAAAAEVI/UC96AyQNKq8/s1600/Captura+de+Tela+2014-02-13+a%CC%80s+12.27.10.png

Page 5: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Estrutura cognitiva

Para os membros desta corrente fazem uma clara distinção entre teorias científicas e teorias críticas. “As teorias científicas têm como propósito ou fim a manipulação satisfatória do mundo exterior...”“As teorias críticas visam à emancipação e ao esclarecimento, ao tornar os agentes cientes das coerções ocultas, libertando-se assim dessas coerções e deixando-os em condições de determinar onde se encontram seus verdadeiros interesses.” (p. 91)

Page 6: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Teoria social

A teoria social é uma extensão das convicções ingênuas, que os agentes têm a respeito de sua sociedade. Qualquer teoria social é um conjunto de convicções que certo agente tem sobre a sociedade, pelo menos o teórico social que a propõe, como uma maneira da sociedade refletir sobre si mesma. Investigar não apenas a realidade social no sentido restrito, mas também o saber social que faz parte dessa realidade. Uma teoria social integral fará parte de seu próprio objeto-domínio. (p. 92-93)

Page 7: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Teoria social de estrutura cognitiva reflexiva

1. Contém uma abordagem de sua própria gênese e origem, isto é, propõe-se a explicar como ocorreu que a sociedade capitalista européia em meados do século XIX foi capaz de desenvolver o correto conhecimento de si mesma expressa do Marxismo.

2. Ela antecipa seu próprio uso ou aplicação pelos membros da sociedade. (p. 93-94)

Page 8: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Teoria CríticaVários textos informam que emancipação e esclarecimento se referem a uma transição social de um estágio inicial ao estágio final: - O estado inicial apresenta tanta falsa

consciência e erro, quanto existência sem liberdade.

- No estado inicial, falsa consciência e existência sem liberdade estão intimamente ligadas, de modo que os agentes só podem ser libertos de uma situação se eles também forem ao mesmo tempo libertos da outra. (p. 96)

Page 9: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Teoria Crítica- A inexistência sem liberdade de que padecem

os agentes no estado inicial é uma forma de coerção auto-imposta; a falsa consciência deles é um tipo de auto-ilusão.

- A coerção de que padecem os agentes no estado inicial é uma coerção cujo poder ou objetividade deriva-se apenas do fato de que os agentes não percebem que é auto-imposta.

- O estado final é aquele em que os agentes estão livres de falsa consciência, eles foram esclarecidos e livres da coerção auto-imposta e eles foram emancipados. (p. 97)

Page 10: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Teoria socialOs agentes considerarão decisões individuais como legítimas se: - Eles as admitem como formalmente ou

processualmente corretas, isto é, se eles aceitam que as instituições que tomam decisões básicas atuaram de seu modo costumeiro, de acordo com suas regras de procedimento admitidas, para gerar esta decisão.

- Eles aceitam que as instituições que tomam decisões básicas (e as regras sob as quais elas operam) são legítimas. (p. 98)

Page 11: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Auto-reflexão Habermas

1. A auto-reflexão dissolve, a objetividade autogerada em ilusão objetiva.

2. A auto-reflexão torna o sujeito cônscio de sua própria gênese ou origem.

3. A auto-reflexão opera ao trazer à consciência os determinantes inconscientes da ação ou da consciência.

Page 12: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Indústria Cultural

http://slideplayer.com.br/3/1269191/big_thumb.jpg

https://rotinacultural.files.wordpress.com/2012/01/bebe_marcas2.jpg

http://3.bp.blogspot.com/-mnLDSJUlLrQ/UC1z6dXel_I/AAAAAAAAAIQ/bVfLIBPUQcU/s1600/Imagem2.jpg

Page 13: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Conceitos De acordo com Horkheimer, a teoria crítica tinha o objetivo de "libertar os seres humanos das circunstâncias que os escravizam". Assim sendo, seu principal objetivo era criar uma plataforma teórica e ideológica para uma revolução cultural.Ato contínuo, esse grupo de "filósofos" centrou seus esforços especificamente na cultura. É a cultura o que forma os fundamentos que modelam a mentalidade e a visão política das pessoas. Alterando-se a cultura, altera-se a mentalidade e a visão política das pessoas. Para alterar a cultura, é imprescindível controlar a linguagem e das idéias. E, para se fazer essa revolução cultural, era imprescindível se infiltrar nos canais institucionais, particularmente a educação.Em suma, a Teoria Crítica é a politização da lógica. Horkheimer, ao declarar que "a lógica não é independente de conteúdo", quis dizer que um argumento é lógico se ele tem o objetivo de destruir as bases culturais tradicionais da civilização Ocidental, e é ilógico se ele tem o objetivo de defendê-las.Este, obviamente, é o pilar do "politicamente correto", e explica por que o debate aberto e sem censura é vituperado como sendo algo subversivo e inflamatório. O politicamente correto despreza o debate aberto porque o vê como um gerador de discórdias e dúvidas, algo que estimula a análise crítica e impede uma uniformidade (e uma hegemonia) intelectual. Em suma, o debate aberto e sem censura evita a predominância do chamado "pensamento de manada", que é o cerne da revolução cultural.(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2401)

Page 14: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Luta contra a instituição socialA Escola de Frankfurt alegava que sua Teoria Crítica da Sociedade era a teoria da verdade. A filosofia ocidental, de Santo Tomás de Aquino a Kant, passando por Hegel, Fichte, Schellin e Goethe, deveria ser sumariamente descartada e substituída pelas regras próprias e dogmáticas da Escola de Frankfurt, a qual continha todas as diretrizes do "pensamento correto".Nas áreas da sociologia e da filosofia política, a Teoria Crítica foi além da interpretação e da compreensão da sociedade; ela se esforçou para sobrepujar e destruir todas as barreiras que, em sua visão, mantinham a sociedade presa em sistemas de dominação, opressão e dependência.Uma das principais e mais controversas discussões diz respeito à animosidade da Escola de Frankfurt em relação à religião e à espiritualidade. Para os frankfurtianos, o cristianismo representa o ressurgimento institucional da filosofia pagã, e Deus seria uma mera ficção. A religião leva as pessoas a projetarem seu sofrimento em uma entidade divina; ela serve como distração da miséria causada pelo capitalismo; em seu núcleo, não há nada mais do que a pura imaginação.

http://www.sitebarra.com.br/wp-content/uploads/2013/09/images.jpg

Page 15: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

À medida que as teorias darwinistas e freudianas foram desafiando a religião, o marxismo e o neomarxismo ganharam força para contestar a imagem mítica e obscurantista da milenar divindade institucionalizada. Não é Deus, mas sim o homem a entidade mais alta a ser reverenciada. A Escola de Frankfurt professa que o homem, na condição de mamífero e sendo um mero produto da natureza, destituído de qualquer espiritualidade, é totalmente limitado em sua existência, sendo conduzido pelos seus mais básicos e primitivos instintos e guiado por suas necessidades básicas. Não há espaço para o livre arbítrio, não há capacidade de julgamento crítico e nem há a habilidade de distinguir o certo do errado. Não há presciência e não há racionalização. Essa ideia serviu como base para a "descriminalização do crime", que é uma das teses da Escola de Frankfurt. Segundo Habermas, dado que o homem é um produto da sociedade, é inevitável que ele ceda aos seus impulsos primitivos e às suas tendências criminosas, uma vez que ele foi criado sob o jugo da violência estrutural de um sistema capitalista criminoso. Os marginalizados da sociedade seriam os alvos da nova revolução cultural.A Escola de Frankfurt acreditava que, ao extirpar a humanidade da espiritualidade, e ao destruir os bens materiais — criados pelo capitalismo — que rodeiam os seres humanos, o homem viverá livremente, sem o sentimento de responsabilidade e sem o fardo de sua própria consciência.

Page 16: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Estado educador da sociedade

De acordo com a Escola de Frankfurt, todos os defeitos da humanidade começam com a família.  A família é a primeira e primordial entidade moral que encontramos.  Essa entidade cria seus filhos de uma maneira autoritária, a qual gera adultos submissos, obedientes e dependentes. A Família e Propriedade Privada para vida burguesa cria uma retenção social do comportamento tradicional das pessoas, os dois sempre foram os braços e as pernas do capitalismo. Por causa dessa atitude antagonista em relação à família, combinada com sua cruzada ideológica contra a espiritualidade, os filósofos de Frankfurt tinham de apresentar uma alternativa para substituir essa instituição antiquada e, com isso, garantir um caminho seguro para o futuro.  Ato contínuo, a solução estava em reprogramar a sociedade por meio de uma engenharia social revolucionária, de modo que todos passassem a se comportar da maneira esperada pela teoria social da Escola. Para impor e impingir esse código sobre a sociedade, eles propuseram a infiltração seguida da manipulação das instituições, dentre elas, e principalmente, a educação e a mídia. Deter o controle desses canais institucionais seria a maneira mais eficiente de impor e de promover sua ética.  A educação controlada por sua ideologia forneceria a chave para a obediência garantida, extirpando toda e qualquer discordância, bem como todo e qualquer potencial de pensamento independente feito pelo indivíduo.

http://www.esquerda.net/sites/default/files/antonio-gramsci-fondatore-de-l-unita_0.jpg

Page 17: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Marxismo Cultural e Filosofia do Politicamente Correto

Marx afirmava que o mundo, a realidade objetiva, podia ser explicado por sua existência material e por seu desenvolvimento, e não pela concretização de uma ideia divina absoluta ou como resultado do pensamento humano racional, que é a postura adotada pelo idealismo. O marxismo cultural nada tem a ver com a liberdade, com o progresso social ou com um suposto esclarecimento cultural. Ao contrário, e como o próprio Horkheimer deixou claro, tem a ver com a criação de indivíduos idênticos que não se confrontem entre si e que não troquem idéias, operando como máquinas automáticas e sem emoção.

Page 18: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

A Escola da Frankfurt criou o dogma de que "liberdade e justiça" são termos dialéticos, o que significa que eles estão em completa oposição um ao outro, em um jogo de soma zero, em que "mais liberdade significa menos justiça" e "mais justiça é igual a menos liberdade". Baseado nessa dialética, a liberdade era a tese e a justiça era a antítese.Essa interessante abordagem dialética foi adotada das ideias e obras de Friedrich Hegel. A Escola de Frankfurt, no entanto, distorceu o núcleo deste conceito e desnaturou sua lógica consequencial. Em suma, a principal diferença entre as abordagens dialéticas de Hegel e Horkheimer está em suas respectivas conclusões: Hegel, um idealista, acreditava, assim como Kant, que o espírito cria a matéria, ao passo que, para Horkheimer, um discípulo de Marx e de sua teoria do materialismo, é a matéria o que cria o espírito.

http://images.slideplayer.com.br/1/87102/slides/slide_4.jpg

Page 19: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Consequentemente, para a Escola de Frankfurt, colocar limites sobre o mundo material, colocar regras externas e diretrizes sobre o ambiente no qual os indivíduos vivem, pensam e operam, seria uma medida que, na visão deles, seria suficiente para moldar a experiência cognitiva dos indivíduos e, com isso, confinar seus espíritos aos parâmetros "desejados".Esse é o ponto que liga a Escola de Frankfurt àquilo que hoje conhecemos como o "politicamente correto".  No cerne do politicamente correto está a crença de que menos liberdade garante mais justiça e, consequentemente, mais segurança.  Este mantra é regurgitado por meio de instituições acadêmicas e discursos políticos, inserido em valores sociais e plantado nas mentes das gerações mais jovens (futuros eleitores) por meio das escolas e faculdades, exatamente como era intenção da Escola de Frankfurt.Em vez de criar uma plataforma que estimule o desenvolvimento do indivíduo por meio do raciocínio lógico, do questionamento e dos diálogos estimulantes, o sistema institucional funciona como uma linha de montagem mecanizada, que tem o objetivo de padronizar e homogeneizar os indivíduos, condicionando-os a se submeter ao status quo, sempre dizendo 'sim' e jamais questionando.  Esta é a lógica da Teoria Crítica da Sociedade e o elemento central do "politicamente correto". 

http://4.bp.blogspot.com/-STIT4BJxCqs/VCB5dHTRCgI/AAAAAAAAEo0/sv6HCGbWRY8/s1600/escola-de-frankfurt.png

Page 20: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Problematização

Ruptura das instituições e fundamentações conservadores sociais. Guerra Cultural: ascensão do neoconservadorismo contra a revolução cultural em uma última etapa de transformação do marxismo. Perversão social: inversão de valores. O agente da revolução seriam os dependentes químicos, criminosos, prostitutas e traficantes de drogas para romper a velha tradição conservadora burguesa.

Page 21: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Argumentação: hipóteses

A superestrutura da cultura e ideologia sempre presente na dialética historicista, a História no decorrer dos tempos nunca teve um papel moral e juízo de valores. As diversas intepretações históricas dependem do ponto de vista do profissional das Ciências Sociais e dos grupos políticos. A História vista de baixo, ou seja, incluindo operários e pessoas comuns em seus cotidianos são os verdadeiros agentes históricos da transformação social que realmente conheciam todo o processo político, social e econômico.

Page 22: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Conclusão

A teoria crítica descontrói a instituição social formada no seio da família burguesa amparada pelo Estado moderno, não mudando a ordem social. A intenção do marxismo cultural é levar em conta os excluídos da História e reinterpretar os fatos sociais com as revoluções, guerras e levantes populares.

Page 23: Teoria crítica habermas e a escola de frankfurt.ppt

Referências

GEUSS, Raymond: Teoria Crítica Habermas e a Escola de Frankfurt, Campinas, editora Papirus, 1988.