secretaria de estado da educaÇÃo coordenaÇÃo de … · 2018-04-30 · ficha para...
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA
EDUCAÇÃO - SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E TECNOLOGIAS
EDUCACIONAIS – DPTE
COORDENAÇÃO DE ARTICULAÇÃO ACADÊMICA - CAA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERAL
ALCILÉIA JAKELINE FÉLIX DA SILVA
ÁGUA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES NA
BUSCA DE CONSTRUIR UM CENÁRIO SUSTENTÁVEL
PONTA GROSSA 2016
ALCILÉIA JAKELINE FÉLIX DA SILVA
ÁGUA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES NA
BUSCA DE CONSTRUIR UM CENÁRIO SUSTENTÁVEL
Produção Didático Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do Estado do Paraná, realizado junto à Universidade Estadual de Ponta Grossa, disciplina de Biologia. Orientador: Profº. Dr.: Denilton Vidolin
PONTA GROSSA 2016
Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2016
Título: Água e Educação Ambiental: formação de multiplicadores na busca de
construir um cenário sustentável
Autor: Alciléia Jakeline Félix da Silva
Disciplina/Área: Biologia Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Instituto de Educação Professor Cesar Prietto Martinez
Município da escola: Ponta Grossa
Núcleo Regional de Educação: Ponta Grossa Professor Orientador: Dr. Denilton Vidolin
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Relação Interdisciplinar: Geografia, Química e História
Resumo:
As ações antrópicas provenientes de uma sociedade consumista agridem o meio ambiente e, consequentemente, a água. Para que os corpos hídricos estejam em condições de salubridade ambiental é imprescindível minimizar o despejo de agentes poluentes e contaminantes e atenuar o consumo de recursos naturais. Na disciplina de Biologia é possível realizar um trabalho com essa temática potencializando o senso crítico dos alunos. A elaboração dessa Unidade Didática vem de encontro com os princípios da Educação Ambiental, que viabiliza a promoção constante pela transformação social, possibilitando que o cidadão exerça atitudes mais sustentáveis. O material construído foi proposto para os alunos do Curso de Formação de Docentes, porém, não há objeção quanto ao seu uso com outros públicos pertencentes ao Ensino Fundamental e Médio. As atividades são realizadas em forma de oficinas, palestras, visitas técnicas, saídas a campo e análises laboratoriais de água, coletadas em um rio urbano, o que leva o educando a vivenciar situações que permitam sua projeção intelectual para além do senso comum buscando uma aprendizagem significativa. A intenção aqui apresentada é aplicar o trabalho no contraturno escolar totalizando 32h presenciais, entretanto é possível utilizar o material em horários regulares de aulas.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Sustentabilidade, Água.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: Alunos do Curso de Formação de Docentes
Fonte: SILVA, 2016
Apresentação
O conteúdo desta unidade didática que tem como temática “Água e
Educação Ambiental” compõe as atividades da Produção Didático Pedagógica,
sendo parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). O
material permitirá uma reflexão sobre a crise da água, fornecendo subsídios para
que o público-alvo busque alternativas de conservar e preservar os recursos
hídricos.
Para que os corpos hídricos estejam em condições ideais de salubridade
ambiental é necessário minimizar o lançamento de agentes poluentes e
contaminantes na água dos rios. Os despejos de efluentes, domésticos ou
industriais, desde que não tratados, o depósito de resíduos sólidos ou ainda a
remoção da vegetação ciliar causam sérios impactos ambientais e sociais. Esse fato
pode ser evidenciado no trabalho de Merten e Minela (2002, p. 34), que abordam: “o
comprometimento da qualidade da água para fins de abastecimento doméstico é
decorrente de poluição causada por diferentes fontes, tais como efluentes
domésticos, efluentes industriais e deflúvio superficial urbano e agrícola”.
Com a exposição dos corpos hídricos pelas ações humanas, a carga
orgânica e inorgânica é incorporada ao curso desses rios juntamente com as águas
drenadas na bacia hidrográfica, tendo seu acúmulo mais intenso nos locais mais
baixos, podendo esse, ser o manancial de abastecimento de uma cidade. Teodoro et
al. (2007, p. 143) reafirmam essa ideia quando dizem que: “o comportamento
hidrológico de uma bacia hidrográfica é afetado por ações antrópicas” sendo assim,
juntamente com a água, se houver despejo de agentes poluentes e contaminantes
na bacia, estes serão drenados para o mesmo ponto comum, pois toda a dinâmica
neste ambiente é determinada pela ação da gravidade.
Desta forma é essencial preservar as matas ciliares, pois elas impedem que
estes agentes poluentes cheguem até o leito dos rios, garantindo a proteção dos
corpos hídricos:
As matas ciliares exercem importante papel na proteção dos cursos d'água contra o assoreamento e a contaminação com defensivos agrícolas, além de, em muitos casos, se constituírem nos únicos remanescentes florestais das propriedades rurais sendo, portanto, essenciais para a conservação da fauna. Estas peculiaridades conferem às matas ciliares um grande aparato de leis, decretos e resoluções visando sua preservação.[...]. Um ecossistema torna-se degradado quando perde sua capacidade de recuperação natural após distúrbios, ou seja, perde sua resiliência (MARTINS, 2001, p. 01).
Desenvolver atividades de Educação Ambiental na escola tem por
prioridades trazer informações que ajudem os indivíduos a perceberem os impactos
sobre os recursos hídricos e estabelecer inter-relações para que a população
compreenda que a exploração de recursos naturais de forma sustentável, a
manutenção dos ecossistemas e a promoção do saneamento ambiental estão
relacionadas com a saúde pública e garantem que, no futuro, as matérias-primas
estejam disponíveis para suprir as necessidades humanas no aspecto social,
ambiental e econômico.
O modelo de desenvolvimento que temos hoje não permite a minimização
dos problemas ambientais gerados. Segundo Ribeiro e Rooke (2010) o ser humano
deveria ter a percepção que a natureza pode não ser destruída para fornecer
matéria prima como fonte inesgotável de recursos, mas que estes devem ser
retirados do ambiente de modo que não haja prejuízos significativos para a biota,
para a água e outras fontes de recursos naturais. É necessário e urgente que se
construa um novo modelo de desenvolvimento sustentável onde se obtenha o
equilíbrio entre a qualidade de vida das pessoas e o uso responsável do meio
ambiente.
Desse modo, a disciplina de Biologia, é aliada na mediação de conceitos que
colaborem para a redução dos impactos ambientais potencializando o senso crítico
dos alunos, desencadeando transformações e instigando a mudança de
comportamento, tornando-os ativos na sociedade.
A valoração do processo de Educação Ambiental, ocorre quando os
indivíduos praticam aquilo que aprendem, tomam consciência do certo e errado e
tornam suas habilidades e experiências em ações, individuais e coletivas, para
buscar a resolução de problemas ambientais presentes e futuros (COUTINHO;
REZENDE; ARAÚJO, 2012).
Com a realização deste trabalho busca-se levar o educando a vivenciar
situações que permitam a sua projeção intelectual para além do senso comum, o
que pode trazer significados para o ser humano no que diz respeito às condições
ambientais desejáveis.
O objetivo desta unidade didática é proporcionar um espaço para que os
alunos do Curso de Formação de Docentes tenham embasamento teórico relativo
aos impactos ambientais que a água está sujeita e assim se tornem multiplicadores
desses conceitos, contribuindo para a mudança de comportamento das futuras
gerações, tendo em vista que esses atuarão na docência com alunos do Ensino
Fundamental – séries iniciais.
SUMÁRIO
1º Encontro..................................................................................... 08 1 Água e meio ambiente.................................................................. 08 1.1 Integração ....................................................................................... 08 1.2 Construindo mapas conceituais....................................................... 09 1.3 Trabalho em grupo.......................................................................... 10 2º Encontro..................................................................................... 13 2 Impactos em Bacias Hidrográficas.............................................. 13 2.1 Dinâmica de Bacias Hidrográficas e sua relação com a poluição
hídrica..............................................................................................
13 2.2 Associando teoria e prática............................................................. 16 2.3 Autodepuração................................................................................ 17 2.4 Avaliação......................................................................................... 18 3º Encontro..................................................................................... 20 3 Identificação de fatores que causam impactos nos corpos
hídricos, coleta e análise de água ...............................................
20 3.1 Dagnóstico...................................................................................... 20 3.2 Parâmetros químicos, físicos e biológicos...................................... 21 3.3 Análises da água – avaliação.......................................................... 23 4º Encontro..................................................................................... 25 4 História do Saneamento no município de Ponta Grossa, as
mudanças socioambientais e a relação com a poluição hídrica.............................................................................................
25 5º Encontro..................................................................................... 34 5 Doenças de veiculação hídrica.................................................... 34 5.1 Atividade em grupo.......................................................................... 38 6º Encontro..................................................................................... 40 6 Ciclo do rio ao rio.......................................................................... 40 6.1 Tratamento de água........................................................................ 40 6.2 Tratamento de esgoto...................................................................... 43 6.3 Dicas para cuidar da rede de esgoto da sua casa.......................... 44 6.4 Atividades......................................................................................... 46 7º Encontro..................................................................................... 49 7 A importância do uso de jogos pedagógicos para a
aprendizagem significativa no Ensino Fundamental – séries iniciais/avaliação............................................................................
49 Anexos ........................................................................................... 51 Orientações metodológicas.......................................................... 52 Outras referências consultadas................................................... 67
8
1º encontro:
1 - Água e meio ambiente
Neste momento vocês conhecerão a proposta desta unidade didática que tem
como temática “Água e Educação Ambiental”.
Fonte: <https://pixabay.com/pt/rede-sociedade-social-comunidade-1019737/>. Acesso em 30 nov.2016
Apresentação/integração: faremos uma dinâmica de Integração - você receberá um
crachá, escreva o seu nome no centro. Escreva nos quatro cantos: uma qualidade,
um defeito, um medo e um sonho, como o exemplo abaixo:
Qualidade Defeito
NOME
Sonho Medo
Finalizou? Agora iremos nos apresentar para os colegas (em duplas): falar o nome
e as quatro características suas que descreveu. Para finalizar vamos apresentar
nosso colega para o grupo grande (SANEPAR, 2012).
“Se você tem metas para um ano. Plante arroz. Se você tem metas para 10 anos. Plante uma árvore. Se você tem metas para 100 anos, então eduque uma criança. Se você tem metas para 1000 anos, então preserve o
meio Ambiente.”
(Confúcio)
1.1 - Integração
9
Fonte: <https://pixabay.com/pt/reuni%C3%A3o-neg%C3%B3cios-brainstorming-1453895/>. Acesso
em 30 nov. 2016.
1 - Vamos conhecer um método chamado mapa conceitual para registrar nosso
conhecimento prévio.
Mapas conceituais são representações gráficas que abordam correlações
existentes entre diversos conceitos dentro de uma mesma temática. Esse método
nos leva a refletir a estrutura dos conhecimentos prévios sobre determinado
assunto que valoriza a Teoria da Aprendizagem Significativa (PARISOTO;
MOREIRA; MORO; KILIAN; NETO, 2016).
Orientações para elaborar seu mapa conceitual
Coloque os conceitos mais gerais no topo, incluindo os demais termos;
Sempre relacione as palavras utilizando setas ou linhas;
Entre os termos do mapa, você utilizará palavras de ligação;
Busque estabelecer o máximo de relações possíveis, utilizando as setas em
vários sentidos (se colocarmos na mesma direção, fugimos do objetivo);
É bom evitar o uso excessivo de exemplos; aqueles que, porventura sejam
utilizados, o ideal é acrescentá-los nas partes mais inferiores;
Quando finalizá-lo, verifique se as relações e os termos estão adequados;
Não há um jeito correto de elaborar um mapa. À medida que muda a sua
concepção em relação aos termos, você está aprendendo, logo, o seu mapa
sofrerá modificações.
Adaptado de Moreira, 2013.
1.2 - Testando o que já sei sobre a temática desta
unidade – mapas conceituais
10
Fonte: < http://shirtoid.com/wp-content/uploads/2010/08/brainstorm.jpg>. Acesso em: 05 dez. 2016.
2) Hora de realizar uma atividade chamada brainstorming (tempestade de ideias ou
tempestade cerebral) – vamos falar palavras relacionadas à água no que diz
respeito às questões ambientais, sociais e econômicas, anotando-as!
3) Com as palavras citadas vamos criar um mapa conceitual.
Fonte: <https://pixabay.com/pt/formigas-forte-stone-poder-1169349/>. Acesso em: 30 nov. 2016.
4) Depois de finalizada essa primeira etapa, é hora de pesquisar dados sobre a
água. Para isso seguiremos alguns critérios:
Continuando...
1.3 - Trabalho em grupo
11
Critérios para a atividade ser considerada concluída:
a) Realizar a pesquisa;
b) Apresentar para o grande grupo os dados colhidos;
c) Utilizar, pelo menos uma imagem, para explicar o tema abordado (qualquer tipo de
recurso didático);
d) Apresentar uma matéria veiculada em jornais ou outro meio de comunicação, que
aborde sobre o tema proposto.
Temas:
1) Distribuição da água no planeta:
* Água doce em relação à salgada;
* Água doce em relação aos estados físicos;
* Água doce em relação aos locais que pode ser encontrada na natureza;
* Impacto do derretimento das calotas polares.
2) Ciclo da água na natureza:
* Mudanças de estados físicos;
* Como essas mudanças de estados físicos interferem no ciclo da água;
* Problemas de falta de água para abastecimento público (Ex: falta de água no
Estado de São Paulo) - informações que expliquem o motivo pelo qual isso vem
acontecendo.
3) Usos múltiplos:
* Divisão média do consumo para a agricultura, indústria e uso doméstico;
* A relação existente entre o consumo de água com o modo de vida da população;
* Dicas de economia de água.
4) Consumo de recursos naturais renováveis e não renováveis:
* Qual(is) a(s) diferença(s) entre ambos;
* Como a Revolução Industrial influenciou na mudança do consumo destes
recursos;
* Importância da coleta seletiva, redução, reutilização e reciclagem para minimizar a
retirada de recursos do meio ambiente.
12
5) Impactos ambientais:
* Definição;
* Problemas ocasionados nos corpos hídricos pela remoção da vegetação ciliar e
consequente assoreamento;
* Consequências do lançamento de resíduos sólidos e líquidos (efluentes
domésticos e industriais) no meio ambiente.
Caso apresente dúvidas, consulte seu Professor!
Referências consultadas:
MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa em mapas conceituais. Textos de apoio ao Professor de Física. Porto Alegre, v. 24, n. 06, p. 01 – 49. 2013. PARISOTO, Mara Fernanda; MOREIRA, Marco Antonio; MORO, José Tullio; KILIAN, Alex Sandre; NETO, Breno Dröse. Utilização de mapas conceituais para buscar indícios de aprendizagem significativa na Física aplicada à Medicina. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias – REEC. Espanha, v. 15, n. 3, p. 347 – 362. 2016. Disponível em: <http://reec.educacioneditora.org/volumenes/volumen 15/REEC_15_3_6_ex1111.pdf>. Acesso em: 27 set. 2016.
SANEPAR. Dinâmica: Programa Banco de Talentos da SANEPAR. Curitiba, 2012.
24p.
13
2º Encontro
2 - Impactos em bacias hidrográficas
Fonte: <http://www.allfree-clipart.com/Education /girl_ABC_blackboard.html>. Acesso em: 29 nov. 2016.
Apresentação da pesquisa:
1) Neste momento vamos retomar os conteúdos da aula passada: distribuição de
água no planeta, ciclo da água, usos múltiplos, consumo de recursos naturais e
impactos ambientais, apresentando os dados da pesquisa realizada!
Bacias Hidrográficas (BH), são estruturas formadas por um conjunto de
terras drenadas por um rio, elas são delimitadas por divisores de água (regiões
mais altas) onde, geralmente, se encontram as nascentes que originam os riachos e
rios. Ao longo do seu curso, estes aumentam o seu volume, pois recebem água de
outros corpos hídricos menores, chamados de afluentes. (TEODORO et al., 2007).
Observe a figura 1:
“Preservai nascentes, rios e oceanos: água não
se fabrica!”
(AJCMusscoff)
Retomando...
2.1 - Dinâmica de Bacias Hidrográficas e a sua relação com a poluição hídrica
14
Figura 1 – representação gráfica de uma bacia hidrográfica
FONTE:<https://pixabay.com/pt/bulg%C3%A1ria-mapa-natural-al%C3%ADvio-rios-1566785/>. Acesso em: 30 nov. 2016
As ações antrópicas afetam a dinâmica das BH, pois, se houver despejo de
agentes poluentes e contaminantes em qualquer ponto da bacia, estes serão
drenados para os corpos hídricos localizados nas regiões mais baixas, porque o
caminho que água percorre é determinado pela ação da gravidade.
Atualmente, com o crescimento populacional, o ambiente urbano foi
ocupado sem que houvesse planejamento e assim, as Áreas de Proteção
Permanente (APP), que neste caso compreende as áreas de vegetação ciliar ou
ripária, não obedece às distâncias mínimas contidas na legislação para a
construção de moradias deixando as margens dos rios desprotegidas e suscetíveis
a impactos (BARROS et al., 2003). A seguir, podemos observar essa situação, na
imagem 1:
15
Imagem 1 – Ocupação urbana em Áreas de Proteção Permanente no município de
Ponta Grossa – arroio da Ronda.
Fonte: SILVA, 2016
É fundamental preservar as matas ciliares, pois elas impedem que os
efluentes domésticos e industriais e deflúvio superficial urbano e agrícola cheguem
até o leito dos rios, garantindo que estes sejam protegidos. Esses fatores implicam
diretamente na qualidade da água, principalmente para abastecimento público
(MERTEN E MINELA, 2007).
Imagem 2 – Manancial do município de Ponta Grossa, Rio Pitangui, na região dos
campos gerais - mata ciliar preservada.
Fonte: SILVA, 2016
16
Fonte:<https://pixabay.com/pt/polui%C3%A7%C3%A3o-lixo-degrada%C3 %A7%C3%A3o-1603644/>. Acesso em: 30 nov. 2016.
Vamos realizar uma dinâmica sobre poluição e contaminação dos recursos
hídricos, tenho certeza que ficará muito mais fácil à compreensão sobre o tema
abordado.
Nesta prática, utilizaremos: bacia transparente, água, materiais orgânicos e
inorgânicos como por exemplo: papel, plástico, metal, vidro e tintas e depositá-los
esses materiais na bacia que contém água!
* É importante que durante a deposição dos materiais observe as mudanças que
acontecerão na água!
Hora de analisar e responder:
Fonte: <https://pixabay.com/pt/ponto-de-interroga%C3%A7%C3%A3o-por-que-1829459/> Acesso em 02 nov. 2016.
1) Foi fácil se deslocar até a bacia e jogar o resíduo? Por quê?
2) É fácil remover os resíduos (sólidos e líquidos) que foram lançados? Por quê? Os
rios, na natureza, conseguem recuperarem-se destas agressões?
3) Poluição e contaminação têm definições diferentes. Vamos conceituá-las para
ampliarmos a nossa compreensão sobre nosso tema de estudo.
4) Você já ouviu falar em autodepuração? Vamos conhecer esse conceito?
2.2 - Associando teoria e prática
17
Vamos pegar uma parte da água (um copo cheio) que está na bacia (aquela
poluída e contaminada); que condições ela está?
Agora é só dividir o conteúdo em dois copos e completar ambos com água limpa.
Observe e anote.
Podemos dividir o conteúdo dos dois copos mais uma vez (serão quatro copos);
a cada um dos copos, vamos acrescentar mais água limpa até enchê-los.
Observe e anote. Compare com as outras duas etapas já analisadas.
Podemos dividir mais uma vez o conteúdo dos copos (quatro) originando oito
copos, completando-os com água limpa. E assim sucessivamente por várias
vezes.
Isso é depuração, pois realizamos, de forma mediada, a limpeza e a
exclusão das substâncias indesejáveis.
Então vamos conhecer a definição de autodepuração:
O ecossistema de um corpo d’água geralmente encontra-se em equilíbrio antes do lançamento de efluentes. Após a entrada da fonte de poluição o equilíbrio do sistema é afetado, o que resulta em uma desorganização inicial, seguida por uma tendência posterior de reorganização. Com o lançamento de compostos orgânicos nos corpos d’água, parte do mesmo sofre o processo natural de degradação denominado autodepuração.[...]Os compostos orgânicos são convertidos em compostos estáveis e não prejudiciais do ponto de vista ecológico, como gás carbônico e água. (SCHUELER; SANTOS; SANTOS, 2015, p. 04 e 05).
Quando o rio não consegue se recuperar, ele “morre”, pois a quantidade de
esgotos lançadas no corpo receptor é superior à sua capacidade de autodepuração,
porque o aporte de nutrientes orgânicos em excesso favorece o consumo do O2.
Compreendendo o que é depuração...
2.3 - E agora... o que é autodepuração?
18
Após conhecer a estrutura, a dinâmica de bacias hidrográficas e os impactos os
quais elas estão suscetíveis, analise a imagem a seguir e responda os
questionamentos abaixo:
Figura 02 – vamos construir esta realidade.
Fonte: SANEPAR, 2016
* Identifique e anote as atividades desenvolvidas na da bacia hidrográfica, tanto na
área urbana como rural;
* Avalie se são sustentáveis, justificando;
* Apresentação.
Referências consultadas:
BARROS, Mirian Vizintim Fernandes et al. Identificação das ocupações irregulares nos fundos de vale da cidade de Londrina/PR por meio de imagem LANSAT 7. RA’E GA – o Espaço Geográfico em Análise, Curitiba, v. 7, p. 47 – 54, 2003.
2.4 - Avaliando...
19
MERTEN, Gustavo Henrique; MINELLA, Jean Paolo. Qualidade da água em bacias hidrográficas rurais: um desafio atual para a sobrevivência futura. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 3, n. 4, p. 33 – 38, out./dez. 2002. TEODORO, Valter Luiz Iost et al. O conceito de bacia hidrográfica e a importância da caracterização morfométrica para o entendimento da dinâmica ambiental local. Revista Uniara, Araraquara, n. 20, p. 137 – 156, 2007. Disponível em: <
http://www.uniara.com.br/legado/revistauniara/pdf/20/RevUniara20_11.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2016.
SCHUELER, Adriana; SANTOS, Filipe Vieira Fernandes; SANTOS, Vinicius Perru. Contaminação dos rios urbanos. Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. São Paulo, v. 15, n. 1, p. 109 – 126, jan/jun. 2015. Disponível em <
http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/view/2015.1.Schueler/5562>. Acesso em: 2 nov. 2016.
20
3º encontro
3 - Identificação de fatores que causam impactos nos corpos hídricos, coleta e
análise de água
Na atividade de hoje, utilizaremos dos temas debatidos nos encontros anteriores
para aplicar na prática. Iremos nos deslocar para o arroio da Ronda, localizado no
bairro de mesmo nome para compreendermos, na prática, os impactos do entorno e
coletarmos água para a realização de análises que possam constatar a presença de
agentes poluentes e contaminantes.
Chegando ao local, preencheremos a ficha de diagnóstico (anexo 1) e em seguida
coletaremos a água do rio.
Imagem 3 – arroio da Ronda.
Fonte: SILVA, 2016.
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse
necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.”
(Mahatma Gandhi)
3.1 - Diagnóstico
21
Antes de dar início às análises, você irá descrever em poucas linhas qual a sua
impressão sobre a visita ao arroio da Ronda:
1) De acordo com as respostas que foram assinaladas no diagnóstico observando o
aspecto visual como você julga a qualidade da água? Analisando o entorno do
arroio, que fatores estão em evidência para que aquele ambiente esteja nas
condições atuais?
2) O rio que visitamos é de pequeno porte. Diante do que já estudamos, podemos
afirmar que as condições em que ele está pode afetar a qualidade de outros rios
inseridos na mesma bacia hidrográfica. Como isso acontece?
Construímos o conceito de autodepuração, associando a prática proposta
(dos copos), com uma definição científica. Agora vamos conhecer os parâmetros
químicos, físicos e biológicos, que interferem na qualidade da água e que
analisaremos a seguir.
O artigo 4º da Resolução CONAMA 357/2005, classifica as águas doces em
quatro classes (1, 2, 3 e 4). O arroio da Ronda enquadra-se na classe 4 - são águas
que podem ser destinadas à navegação e à harmonia paisagística. As condições e
padrões descritos no artigo 17 são:
Art. 17. As águas doces de classe 4 observarão as seguintes condições e padrões: I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes; II - odor e aspecto: não objetáveis; III - óleos e graxas: toleram-se iridescências; IV - substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento de canais de navegação: virtualmente ausentes; V - fenóis totais (substâncias que reagem com 4 - aminoantipirina) até 1,0 mg/L de C6H5OH; VI - OD, superior a 2,0 mg/L O2 em qualquer amostra; e, VII - pH: 6,0 a 9,0.
Para rios das classes 1, 2 e 3 existem outras condições e padrões da
qualidade da água. A seguir temos uma breve descrição dos parâmetros que podem
ser analisados em um rio:
Reflexão...
3.2 - Parâmetros químicos, físicos e biológicos
22
Parâmetros químicos:
Os compostos nitrogenados: podem apresentar-se em três formas: Amônia
(NH3 – poluição recente), Nitrato (NO3- - poluição antiga) e Nitrito (NO2
-),
todos eles são oriundos de esgotos domésticos e industriais, drenagem de
águas pluviais e lixiviação de áreas fertilizadas;
Fosfato: oriundo de esgotos domésticos (detergentes), da drenagem pluvial
de áreas agrícolas e urbanas, efluentes industriais das indústrias de
fertilizantes, alimentícias, laticínios, frigoríficos e abatedouros.
Oxigênio dissolvido: é essencial aos organismos que respiram. As águas
poluídas por esgotos apresentam baixa concentração de oxigênio dissolvido
porque ele é consumido no processo de decomposição da matéria orgânica.
Potencial Hidrogeniônico (pH): Alterações no valores de pH podem afetar o
metabolismo de algumas espécies aquáticas e também podem intensificar o
efeito de substâncias químicas (tóxicas) para esses organismos, como, por
exemplo, os metais pesados
Parâmetros Físicos:
Temperatura da água: é a medida da intensidade de calor. É um parâmetro
importante, pois influencia em algumas propriedades da água, com reflexos
sobre a vida aquática, como: densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido.
Turbidez: é o grau de atenuação decorrente da absorção e espalhamento da
luz causada pelos sólidos em suspensão oriundos da erosão do solo,
mineração, lançamento de esgotos e efluentes industriais.
Parâmetros Biológicos
Coliformes termotolerantes (fecais): estão presentes em fezes humanas e de
animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes
ambientais;
Escherichia coli (E.Coli): É a única espécie do grupo dos coliformes
termotolerantes cujo habitat exclusivo é o intestino humano e de animais
homeotérmicos, onde ocorre em densidades elevadas.
Texto adaptado da Resolução CONAMA 357/2005 e Portal da Qualidade das Águas.
23
Fonte: <http://www.allfree-clipart.com/Education/science_chemistry.html>. Acesso em: 29 nov. 2106.
Tendo em vista que o arroio em estudo é classificado como classe 4, as análises
realizadas estão descritas na tabela 1.
É hora de realizar as análises da água coletada. Anote os resultados na tabela a
seguir na coluna: dados encontrados na amostra.
Tabela 1 – parâmetros químicos, físicos e biológicos
Parâmetros Análises Resolução CONAMA 357/2005
Dados encontrados na amostra
Químicos pH 6 a 9
OD (mg/L) ≥ 2,0
Físicos *Turbidez (UNT) 100
Biológicos *Coliformes totais ≤ 20.000
Presença/ausência
*Coliformes fecais ≤ 4.000
Presença/ausência
* dados do CONAMA 357/2005 considerando rios da classe 3.
Após encontrar os dados das análises vamos fazer uma relação entre o aspecto
visual do rio que visitamos e as análises químicas e bacteriológicas:
Qual a relação existente entre os dados obtidos e os dados que são
permitidos para esse arroio?
3.3 - Análises...
24
Referências consultadas
PORTAL da qualidade das águas. Indicadores de qualidade da água – Índice de qualidade das águas (IQA). Disponível em: <http://portalpnqa.ana.gov.br/indicadores-indice-aguas.aspx#_ftn1>. Acesso em: 21 nov. 2016. BRASIL. Resolução CONAMA nº 357 de 17 de março de 2005. Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 18 out. 2005, págs. 58-63. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>. Acesso em 03 dez. 2016.
25
4º encontro
4 - História do Saneamento no município de Ponta Grossa, as mudanças
socioambientais e a relação com a poluição hídrica.
Você já imaginou como era o sistema de saneamento na antiguidade, no
seu município, no seu país e no mundo?
Então vamos conhecer um pouco sobre a História do Saneamento e as
transformações socioambientais que deram origem ao que temos hoje:
Na antiguidade mesmo sem o conhecimento científico sobre os micro-
organismos que transmitem doenças, os povos egípcios sabiam que era necessário
‘tratar a água’ antes do consumo, pois esse fato minimizaria a transmissão de
infecções. Ribeiro e Rooke (2010) argumentam que no Egito, a água era coletada e
permanecia armazenada por um ano, neste tempo ela passava por processos de
filtragem, retirando as impurezas, que hoje conhecemos como agentes patogênicos
(vírus, bactérias, protozoários e ovos de vermes). Quem tomasse a água que não
passasse por esses processos ficava mais suscetível para adquirir doenças.
No século XVIII, quando teve início a Revolução Industrial e a evolução
tecnológica houve a intensificando da exploração dos recursos naturais renováveis
e não renováveis e a geração de resíduos de maneira despreocupada. Desde então
os problemas ambientais começaram a aparecer devido ao consumismo
exacerbado.
Ribeiro e Rooke (2010) ainda citam que neste mesmo período ocorreu o
“Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que
contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única
para compreender, inclusive, a nossa própria identidade” (SILVÉRIO, 2014).
História do saneamento
26
êxodo rural dos moradores do campo, pois havia a necessidade de mão de obra
para trabalhar nas indústrias, porém as cidades não tinham estrutura para
acolhimento deste povo e como consequência houve um acréscimo elevadíssimo
nos problemas de saúde pública.
Na Europa a crise se agravava cada vez mais, pois os resíduos
armazenados nas casas eram depositados de tempos em tempos em reservatórios
públicos ou despejados nas ruas e os serviços de saneamento não cresciam na
mesma intensidade do aumento da população e com isso as doenças eram
disseminadas rapidamente.
Ribeiro e Rooke (2010) abordam que, na antiguidade, foi necessário
garantir qualidade de vida da população através da disponibilização de água para
consumo humano, drenar águas de chuva para não ocasionar enchentes e coletar o
esgoto e resíduos tratando-os de modo que os agentes patogênicos fossem
eliminados evitando a proliferação de doenças.
De acordo com os costumes europeus existentes no Brasil do séc. XIX, mesmo as casas mais sofisticadas eram construídas sem sanitários. Escravos, chamados tigres, carregavam potes e barricas cheios de fezes até os rios, onde eram lavados para serem novamente utilizados. As condições de saúde nos centros urbanos eram piores do que no campo e continuaram a piorar (RIBEIRO; ROOKE, 2010, p. 06).
Após a colonização do Brasil, foi constatada a necessidade da limpeza
urbana e da distribuição da água para a população através dos chafarizes, pois
cresceu o número de doenças que chegaram com os estrangeiros, resultando em
epidemias que matavam os índios. Neste aspecto foi imprescindível buscar formas
para que o saneamento atendesse a necessidade da época, devido às muitas
epidemias que se espalharam (RIBEIRO E ROOKE, 2010).
Pelos relatos descritos anteriormente, observa-se que por muito tempo a
preocupação se deteve apenas com as doenças, que tinham seu foco principal de
transmissão à água, pouco se falava em preservação e conservação dos recursos
naturais. No Brasil esse fato teve início nos anos 70 e 80 com a instituição de
comissões interministeriais que auxiliasse na redução de impactos que interferem
na qualidade da água e adequação dos seus usos múltiplos, pensando no futuro da
população (MORAES; JORDÃO, 2002).
Enquanto em outras partes do mundo havia a preocupação em garantir
27
saúde e até mesmo facilitar a vida das pessoas com acesso à água, no município
de Ponta Grossa a situação não foi diferente, diante disso vamos conhecer como foi
implantado o sistema abastecimento de água e as dificuldades encontradas pela
população ao longo da história.
O município de Ponta Grossa foi colonizado a partir do século XVIII com a
passagem de expedições de viajantes, conhecidos como tropeiros, que traziam
mercadorias do Rio Grande do Sul em direção a São Paulo. As terras foram
doadas, pelo governo de Portugal a algumas famílias paulistas que iniciaram a
criação de gado e apenas em 1862 chegou à condição de cidade (SOUZA;
TELEGINSKI; TEIXEIRA, 2000).
As construções ferroviárias, que aconteceram no fim do século XIX e no
início do século XX, atraíram muitas pessoas aumentando a população urbana,
“pois o comércio e a Indústria desenvolveram-se a olhos vistos” (CANTO JR., 1985,
p. 49).
Dados do fim do século XIX contam que a população princesina utilizava
água que brotava dos olhos d’água, que jorrava dos chafarizes e também a retirava
das cacimbas, que são poços cavados até encontrar o lençol subterrâneo, porém,
nos períodos de secas a população sofria com a falta deste recurso, pois não
existiam reservatórios para armazená-la (SOUZA; TELEGINSKI; TEIXEIRA, 2000).
Imagem 4 – retirada de água das cacimbas (poços rasos), município de Ponta
Grossa – início do século XX.
Fonte: Acervo histórico - SANEPAR
28
Imagem 5 – bica d’água utilizada para abastecimento no município de Ponta
Grossa – início do século XX.
Fonte: Acervo histórico - SANEPAR
Existiam três chafarizes que atendiam às necessidades da população
ponta-grossense: o primeiro onde se localiza as instalações das Casas Bahia, o
segundo onde é o Banco do Brasil, ambos na Avenida Vicente Machado e o terceiro
ao lado do Colégio São Luís, hoje o CEEBJA Professor Paschoal Salles Rosa
(SOUZA; TELEGINSKI; TEIXEIRA, 2000).
A água dos chafarizes era de boa qualidade, mais que a dos poços, mas o
acesso era difícil, dependendo de alguém para transportá-la. Esses chafarizes
foram demolidos, após o a implantação do sistema de saneamento no município
(CANTO JR., 1985).
Com as dificuldades no transporte, teve início à comercialização da água,
realizada pelos pipeiros ou aguadeiros. Paulo Klüber, morador da Ronda, planejou o
serviço de fornecimento de água, conseguindo junto a Prefeitura alvará para vendê-
la. Ele projetou uma carreta puxada por um cavalo baio que utilizava uma pipa
(barril) de carvalho com capacidade para armazenar setecentos e vinte litros. Felipe
Macacão, também aguadeiro, transportava água em um barril sobre a cabeça.
Ambos faziam o baldeamento do líquido precioso vendendo-o aos moradores
(CANTO JR., 1985).
29
Imagem 6 – Figura dos pipeiros ou aguadeiros com o carro pipa.
Fonte: Acervo histórico - SANEPAR
Mas a topografia local dificultava a distribuição de água pelos pipeiros e a
população sofria com isso. Outro fator relevante foi a implantação de indústrias que
demandavam do consumo de água. A imprensa, através do Jornal Diário dos
Campos, abordava sobre a falta que fazia o sistema de saneamento no Município
(SOUZA; TELEGINSKI; TEIXEIRA, 2000).
Foi então que em 1911 o Prefeito da época, José Bonifácio Vilella, contratou
o Engenheiro Álvaro Martins, que identificou o primeiro manancial de Ponta Grossa,
os rios Mandioca e Cascavel. Entre várias características destes, ele salientou três
fatores determinantes para que fossem utilizados para o abastecimento da
população: quantidade e qualidade, localizavam-se no menor raio da cidade
(aproximadamente 18 km) e estavam situados nas regiões mais altas, o que era
muito importante, pois a água viria até a cidade por gravidade (SOUZA;
TELEGINSKI; TEIXEIRA, 2000).
Do ano de 1914 até 1939 esses rios abasteceram a cidade. Para que não
faltasse água, além das duas barragens e uma adutora foi construído um
reservatório semienterrado em uma colina quatro metros acima do ponto mais alto
da Praça Floriano Peixoto (praça em frente à Catedral), ao lado do Colégio Estadual
30
Júlio Teodorico (localização atual) com capacidade para armazenar 1.000,000 de
litros de água. O reservatório ainda foi elevado a mais três metros de altura, para
que a água distribuída pudesse atender toda a população. (SANEPAR, 2014).
Imagem 7 - Rio Mandioca, 1913. Imagem 8 - Rio Cascavel, 1913.
Fonte: Acervo histórico – SANEPAR Fonte: Acervo histórico - SANEPAR
O tempo passou e a população cresceu e os rios Mandioca e Cascavel já
não atendiam mais as necessidades, e a partir de 1939 o Rio Botuquara passou a
abastecer a cidade de Ponta Grossa. No período foi construído mais uma câmara
ao lado do mesmo reservatório (o de 1914), que teve o início da obra em 1937 e a
inauguração em 1939, aumentando a capacidade em 1,7 milhões de litros,
totalizando 2,7 milhões de litros. Vale ressaltar que esse reservatório, hoje
conhecido como Botuquara, tombado de pelo Patrimônio Histórico e Cultural em
2002, ainda opera e atende a região central da cidade (SANEPAR, 2014).
Imagem 9 - Barragem do rio Botuquara, 1937.
Fonte: Acervo histórico - SANEPAR
31
Em 1962 com a estiagem prolongada e o contínuo aumento da população,
a cidade passou mais uma vez por problemas de falta de água e então foi
construído, pelo Departamento de Água e Esgotos (DAE), da Prefeitura, o
reservatório Elevado (localizado na Rua Balduíno Taques, no prédio atual da
SANEPAR).
Imagem 10 – Construção do Reservatório elevado e ele finalizado, década de 1960.
Fonte: acervo histórico - SANEPAR
Em 06 de dezembro de 1965 criou-se o Serviço de Água e Saneamento de
Ponta Grossa (SAS/PG). Neste mesmo ano o rio Verde também passou a servir a
cidade de Ponta Grossa, como manancial, e em 1969 entrou em operação a
captação no sistema de Alagados (formada pela junção dos rios Jotuba e Pitangui,
sendo o segundo o maior contribuinte para a formação da Represa). Até 1971 as
captações eram feitas nos três rios (Botuquara, Verde e na Represa de Alagados),
após (1971), as duas primeiras foram desativadas, devido aos altos custos que
geravam para mantê-las em funcionamento (SOUZA; TELEGINSKI; TEIXEIRA,
2000).
32
Imagem 11 - barragem do rio Verde, 1965.
Fonte: Acervo histórico - SANEPAR
Imagem 12 - Captação Alagados, início da operação em 1969.
Fonte: Acervo histórico - SANEPAR
Até janeiro de 1973 a água era tratada apenas com o processo de cloração
(adição de cloro). Depois disso iniciou-se o tratamento com as etapas de
coagulação e filtração com posterior desinfecção (DE JULIO et al., 2010).
Em 1985 entrou em operação a captação direta no Rio Pitangui (550 L/s),
localizada próximo à sede campestre do Clube Verde, do lado oposto, e foi
construída uma nova estação de tratamento de água, que possui o sistema
completo de tratamento, responsável hoje por 70% do volume de água captada,
tratada e distribuída. Devido à demanda crescente da população e às florações de
cianobactérias na Represa de Alagados, em março de 2009 teve a conclusão de um
novo sistema chamado Actiflow (patente francesa), que possibilitou aumentar ainda
33
mais o volume captado, totalizando 1.150 L/s, que pela estimativa, atenderá a
população até 2020 (DE JULIO et al., 2010, p. 05 – 06).
Analisando os dados acima, podemos concluir: com o crescimento
populacional, a expansão urbana e o avanço tecnológico, houve a necessidade de
ampliar o volume para atender as demandas geradas. Os recursos naturais foram
consumidos mais que sua capacidade de recuperação e como consequência os rios
esgotaram suas capacidades em quantidade e qualidade. Fato este que é
comprovado pela ausência do tratamento nas décadas iniciais do século XX nas
águas que jorravam dos chafarizes. As vegetações ciliares foram comprometidas
expondo os corpos hídricos deixando um ambiente vulnerável e a cada dia que
passa esse fator se intensifica cada vez mais.
A proposta de trabalho deste encontro é dedicada a conhecer a história do
saneamento!
Vamos debater sobre essa temática!
Referências consultadas:
CANTO JR., Augusto. Menina dos meus olhos. Ponta Grossa: Imprensa
Universitária, 1985. 59p. DE JULIO, Marcelo et al. Evolução Histórica do sistema de abastecimento de água do município de Ponta Grossa/Pr. Revista de Engenharia e Tecnologia. Ponta
Grossa, v.2. n. 2, p. 01 – 14, ago. 2010. MORAES, Danielle Serra de Lima; JORDÃO, Berenice Quinzani. Degradação dos Recursos Hídricos e seus efeitos sobre a saúde humana. Revista Saúde Pública –
RSP, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 370 – 374, mar. 2002. RIBEIRO, Júlia Werneck; ROOKE, Juliana Maria Scoralick. Saneamento básico e sua relação com o meio ambiente e a saúde pública. 2010, 28f. Monografia
(Especialização em Análise Ambiental) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2010. SANEPAR. Sanepar reabre Reservatório Botuquara em Ponta Grossa,
22/12/2104. Disponível em: <http://site.sanepar.com.br/noticias/sanepar-reabre-reservatorio-botuquara-em-ponta-grossa>. Acesso em 06 jul. 2016. SOUZA, Dorca Ana; TELEGINSKI, Lídia; TEIXEIRA, Margarete Aparecida. Das bicas d’água à implantação do sistema público de abastecimento em Ponta Grossa. 2000, 171f. Monografia (Especialização em Educação Patrimonial) –
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2000.
34
5º Encontro
5 - Doenças de veiculação hídrica
Fonte: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ce/Hepatite_A_-_Curso_ Sorol %C3% B3gi co_T%C3%ADpico.jpg>. Acesso em: 05 dez. 2016.
A água poluída e contaminada provoca muitas doenças, as chamadas
doenças de veiculação hídrica, causadas por agentes patogênicos (vírus, bactérias,
protozoários e ovos de vermes), que estão presentes na água e/ou alimentos
contaminados, no solo e nos resíduos destinados em locais inadequados. A
transmissão pode ocorrer de forma direta ou por vetores: insetos, roedores,
moluscos, etc. (RIBEIRO; ROOKE, 2010).
A concentração da população, vulnerável sócio economicamente na
periferia das cidades, ambiente este que demanda da falta de condições básicas de
saneamento ambiental, aconteceu devido ao rápido crescimento populacional, o
que gerou condições favoráveis ao grande índice de poluição concentrada,
explicando a incidência de doenças (MORAES; JORDÃO, 2002). Observe a
imagem 13:
“A responsabilidade social e a preservação ambiental significa um compromisso com a vida!”
(João Bosco da Silva)
Doenças transmitidas pela água
35
Imagem 13 – moradias em ocupação irregular, que depositam os resíduos e lançam
o esgoto direto no rio.
Fonte: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/Jakarta_slumhome_2.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016.
De acordo com a Lei Federal 11.445/07 Artigo 2º, para a manutenção das
condições de saúde da população, é necessário que todos tenham acesso ao
saneamento ambiental que compreende:
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente; IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado (BRASIL, 2007, p.1).
Os fatores acima citados garantem à população a salubridade ambiental,
que é o estado de saúde normal das pessoas quanto à prevenção de doenças e de
endemias ou epidemias que podem ser transmitidas pelo meio ambiente
(GUIMARÃES; CARVALHO; SILVA, 2007).
Diante disso fica claro que o acesso ao saneamento melhora a qualidade
de vida e as condições de saúde da população. A incidência de parasitoses
provenientes de água e/ou alimentos contaminados é reduzida em cidades ou
regiões onde existe investimento na implantação de sistemas que tratam e
distribuem água, que coletam e tratam o efluente doméstico, que recolhem e tratam
ou destinam adequadamente os resíduos sólidos e ainda, que coletam as águas
pluviais, afastando-as do meio urbano através das galerias de água de chuva
36
evitando enchentes e a disseminação de doenças. Barbosa et al. (2009, p. 273) diz
que: “As doenças parasitárias estão associadas a determinantes sociais e
ambientais, mostrando elevada prevalência em regiões com déficit em educação,
precárias condições de habitação, abastecimento de água potável e saneamento
básico”.
Imagem 14 – galerias para coleta da água de chuva.
Fonte: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/de/%C3%81guas pluviais.JPG/300 px-%C3%81guaspluviais.JPG>. Acesso em: 05 dez. 2016.
Discutindo essa problemática do ponto de vista econômico, quanto mais se
investe em saneamento, menos se gasta em tratamentos de doenças. Esse fato se
evidencia na citação de Guimarães; Carvalho e Silva (2007, p. 07): “Investir em
saneamento é a única forma de se reverter o quadro existente. Dados divulgados
pelo Ministério da Saúde afirmam que para cada R$1,00 investido no setor de
saneamento, economiza-se R$ 4,00 na área de medicina curativa”.
Em meio a estas informações precisamos repensar alternativas que
possam sensibilizar o ser humano para a mudança de comportamento no que diz
respeito à conservação e preservação do meio ambiente. Conhecendo os
problemas, há possibilidade de buscar soluções, que entre tantos benefícios,
destaca-se a melhoria significativa da saúde da população. Desta forma Ribeiro e
Rooke (2010) abordam que muitos objetivos são atendidos quando a população
tem acesso ao saneamento ambiental como: melhoria das condições de saúde,
redução da incidência de doenças transmitidas pela água e de mortalidade infantil,
melhoria da qualidade de vida, indivíduos mais produtivos, redução com gastos
públicos para tratamentos curativos de doenças, desenvolvimento econômico local,
37
conservação dos recursos naturais, eliminação de focos de poluição/contaminação
e redução nos gastos com tratamento de água.
A disposição inadequada de resíduos e o lançamento de efluentes no meio
ambiente sem o tratamento e/ou o destino correto pode ocasionar muitas doenças
às pessoas.
Imagem 14: lançamento de esgoto e depósito de resíduos sólidos em áreas
urbanas
Fonte: <http://s3.amazonaws.com/blazing-flower-102/images/21/large/esgoto2.jpeg?1343164673>. Acesso em: 05 dez. 2016.
A população de menor renda está mais sujeita a estes fatores, pois vivem
em locais que nem sempre são adequados às condições mínimas de higiene
necessárias para garantir a saúde coletiva. O acesso ao saneamento ambiental é
uma medida preventiva que cria condições adversas aos vetores e/ou agentes
patogênicos que reduzem a incidência de doenças parasitárias. (RIBEIRO;
ROOKE, 2010).
Analisando as imagens 13 e 14 observamos que a falta de saneamento
afeta o estado de saúde da população com a disseminação de doenças
transmitidas pela água. As principais aqui na nossa região são: ascaridíase,
himenolepíase, teníase/cisticercose, leptospirose, hepatite, cólera, amebíase e
giardíase.
Agora que você já conhece os meios pelos quais estas doenças são
disseminadas, vamos trabalhar para combatê-las!
38
Fonte:<http://br.freepik.com/vetores-gratis/maos-que-por-pecas-do-puzzle-juntos_795183.htm#term http://res.freestockphotos.biz/pictures/9/9551-3d-bar-graph-meeting-pv.jpg>. Acesso em: 05 dez.
2016.
Verificamos anteriormente que o saneamento ambiental compreende: o
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo adequado
dos resíduos sólidos, a disponibilidade de serviços de drenagem nas áreas urbanas
e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida
e do patrimônio público e privado. Isso é essencial para garantir saúde e qualidade
de vida à população. Diante das discussões anteriores, vamos trabalhar em grupo!
1) Agora montaremos grupos. Cada grupo pesquisará um tema específico (doenças
incidentes na nossa região), analisará e discutirá sobre as formas de contágio,
prevenção e sintomas.
2) Após a discussão, todos apresentarão os dados levantados.
Referências consultadas:
BARBOSA, Loeste de Arruda et al. A Educação em saúde como instrumento na prevenção de parasitoses. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. Fortaleza,
v. 22, n.4, p. 272 – 278, out./dez. 2009.
BRASIL. Lei 11.445, de 5 de janeiro 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 08 jan. 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em
5.1 - Atividade em grupo...
39
27 jun. 2016. GUIMARÃES, Alexandre José Athayde; CARVALHO, Daniel Fonseca; SILVA, Leonardo Duarte Batista da. Saneamento básico, Rio de Janeiro, p. 1 – 9, ago.
2007. Disponível em: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/ down loads/APOSTILA/Apostila%20IT%20179/Cap%201.pdf>. Acesso em 29 jun. 2016. MORAES, Danielle Serra de Lima; JORDÃO, Berenice Quinzani. Degradação dos Recursos Hídricos e seus efeitos sobre a saúde humana. Revista Saúde Pública – RSP, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 370 – 374, mar. 2002. RIBEIRO, Júlia Werneck; ROOKE, Juliana Maria Scoralick. Saneamento básico e sua relação com o meio ambiente e a saúde pública. 2010, 28f. Monografia (Especialização em Análise Ambiental) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2010.
40
6º Encontro:
6 - Ciclo do Rio ao Rio
No encontro passado, nos aprofundamos sobre as doenças transmitidas
pela água. A temática desse encontro está voltada para conhecer os processos de
tratamento de água e esgoto e como acesso aos serviços de saneamento previnem
doenças e melhoram a qualidade de vida da população.
Vamos conhecer como a água tratada chega até nossas torneiras e como o
esgoto é coletado, tratado e devolvido aos rios.
É importante conhecer o rio que abastece a sua cidade. O município de
Ponta Grossa tem como manancial o Rio Pitangui, como já estudamos no 4º
encontro que trata da História local do Saneamento.
Atualmente os dois pontos de captação de água são:
a represa de Alagados (formado pelo Rio Pitangui + Jotuba);
o Rio Pitangui.
O segundo é o maior contribuinte da água que é distribuída a população,
com aproximadamente 70% do volume.
6.1 - Tratamento de água
Para que a água chegue às torneiras das nossas casas ela é captada em
um rio e passa por um processo de tratamento, composto por algumas etapas:
coagulação, floculação, decantação, filtração, cloração e fluoretação.
Na captação existe um sistema de gradeamento que remove a sujeira mais
“Tão importante quanto semear flores, é semear ideias. Fale com outras pessoas sobre a importância de cuidar do planeta. Você vai estar contribuindo para
o florescimento de uma ótima causa.”
(Deivison Cavalcante Pedroza)
Captação, tratamento de água e tratamento de esgoto
41
grosseira. As partículas finas, suspensas na água, são sugadas pelo sistema de
bombeamento junto com o líquido.
A água é conduzida até a Estação de Tratamento de Água (ETA) por meio
de tubulações denominadas de adutoras. Observe a imagem a seguir:
Imagem 15 – adutora de água
Fonte: <http://www.ma.gov.br/wp-content/uploads/2016/07/Foto-1-Obra-de-substitui%C3% A7%C3 %A3o-da-adutora-do-Sistema-Italu%C3%ADs-apresenta-importante-impacto-econ%C3%B4mico-e-
social-1-1024x682.jpg>. Acesso em: 05 nov. 2016.
A coagulação inicia quando a água chega à ETA. Neste instante é
adicionado o agente coagulante (sulfato de alumínio) que tem a função de
aglomerar as partículas suspensas. Neste processo ocorre uma agitação constante
para que a água se misture com o coagulante, isso permite que as partículas de
sujeira se juntem e tornem-se maiores.
Na floculação a água tem uma agitação leve, isso facilita a junção das
partículas suspensas, formando os flocos (daí o seu nome).
Na próxima etapa, a agitação é reduzida ainda mais e a água separa-se dos
flocos pelo processo de decantação. Os flocos, que são mais pesados, depositam-
se no fundo dos tanques e a água, que é mais leve sai pela superfície e é
conduzida para a próxima etapa de tratamento, a filtração. Neste processo são
utilizados filtros de cascalho/areia/carvão mineral e as pequenas impurezas, que
ainda estão presentes na água, são removidas ficando retidas nos espaços
existentes entre os materiais de várias granulometrias.
A água está limpa, porém pode conter agentes patogênicos causadores de
doenças [lembre-se do tema já estudado: doenças transmitidas pela água]. E para
42
removê-los e necessário adicionar à água o cloro que combate os micro-organismos
e também oxida compostos orgânicos e inorgânicos. E para finalizar é adicionado o
flúor, que ajuda na prevenção de cáries. Essas duas etapas são chamadas de
cloração e fluoretação, respectivamente.
Depois de tratada a água é armazenada em reservatórios e através das
redes distribuidoras chegam às nossas casas. Observe a figura 03.
Texto adaptado com dados dos sites:
<https://esquadraodoconhecimento.wordpress.com/ciencias-da-natureza/quim/estac
ao -de-tratamento-de-agua-eta-etapas/>. Acesso em 09 nov. 2016.
<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=47>. Acesso em 06
dez.2016.
Figura 03 – captação, tratamento e distribuição de água
Fonte: <http://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files/item_16_-_cartaz_pra_su a_ casa_sem_logo_eta.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
43
6.2 - Tratamento de esgoto
Depois que a água é utilizada por nós no banho, no vaso sanitário, para
lavar roupas ou louças, entre outros, ela passa a se chamar esgoto. O esgoto
precisa ser coletado e tratado, pois se lançado diretamente no meio ambiente causa
sérios danos ao meio ambiente e prejudica a saúde da população pela presença de
agentes patogênicos e compostos orgânicos e inorgânicos.
O efluente é coletado nos imóveis através das redes coletoras, que estão
instaladas no subsolo e chega até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Aí o
esgoto passa por alguns processos de tratamento que garantem a remoção de
compostos orgânicos e inorgânicos. Desta forma o efluente pode voltar para ao rio
de modo que não haja problemas socioambientais.
Logo na chegada do esgoto na ETE, existe um sistema mecânico de
gradeamento, que separa o resíduo sólido, que por sua vez chega junto com o
líquido. Entre estes materiais estão: grampos de roupa, fraldas, absorventes,
preservativos, etc. Outro processo mecânico é a separação da areia, realizada
através dos tanques conhecidos como desarenadores. Os materiais inorgânicos
(resíduos e areia) são removidos porque os processos biológicos não degradam
esses compostos. O destino adequado para eles é o aterro sanitário, pois são
altamente contaminantes.
O processo biológico de decomposição da matéria orgânica, presente no
esgoto pode ser aeróbio (utiliza O2) ou anaeróbio (sem uso de O2). Ambos
acontecem pela ação de bactérias que consomem a matéria orgânica. Este
processo gera três subprodutos: o biogás, que pode ser reaproveitado na geração
de energia, o lodo, que pode ser transformado em adubo (não pode ser utilizado
em hortaliças de forma alguma), desde que seja tratado e livre de metais pesados e
agentes patogênicos e o efluente líquido, que é devolvido ao rio, misturando-se
com a água corrente. Neste caso acontecerá o processo de autodepuração.
Lembre-se desse conceito que estudamos anteriormente! Observe a figura 04 que
mostra o processo de tratamento de esgoto.
44
Fonte: <http://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files/sanepar-manual_boas_ praticas_157ideias.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
Fonte: <https://c1.staticflickr.com/3/2406/1767713568 _9e722b6458_z.jpg>. Acesso em: 06 dez. 2016.
Texto adaptado com dados dos sites:
<http://www.copasa.com.br/wps/portal/internet/esgotamento-sanitario/processos-de-tratamen
to>. Acesso em: 06 dez. 2016.
<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=61>. Acesso em: 06 dez. 2016.
<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=50>. Acesso em: 06 dez. 2016.
Tome cuidado com o descarte de resíduos sólidos e o despejo de óleo na rede coletora, pois esses materiais podem interromper o fluxo de esgoto ocasionando
o retorno para dentro do imóvel. O óleo deve ser separado em recipientes de vidro ou plástico para entregar nos pontos de coleta.
Outra situação que é primordial abordar: as águas pluviais (da chuva) nunca devem ser ligadas à rede coletora de esgoto, porque a
tubulação é projetada para coletar apenas esgoto. Se ralos descobertos ou calhas, por exemplo, estiverem ligados à rede, o volume coletado aumenta muito e isso pode provocar o seu
rompimento, causando danos ao meio ambiente e à população.
6.3 Aqui estão algumas dicas para cuidar da rede de esgoto da sua casa! Se você segui-las, além de preservar o meio ambiente, ainda garante que o seu
imóvel esteja livre de possíveis vazamentos
45
Figura 04 – coleta e tratamento de esgoto
Fonte: http://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files/item_17_-_cartaz_pra_natureza_sem_logo_ete.pdf
É importante conhecermos esse processo chamado de “Ciclo do Rio ao Rio”
para que possamos ajudar na preservação dos rios!
Vamos avaliar a aula de hoje fazendo as atividades 1 e 2:
46
Atividade 1:
Fonte: <http://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files/cartilha_coquetel_sanepar.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
6.4 Atividades
47
Atividade 2:
Fonte: <http://site.sanepar.com.br/sites/site.sanepar.com.br/files/cartilha_coquetel_sanepar.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
48
Referências Consultadas: COPASA. Processos de tratamento. Disponível em: <http://www.
copasa.com.br/wps/portal/internet/esgotamento-sanitario/processos-de-tratamento>. Acesso em: 06 dez. 2016. SABESP. Coleta de esgotos. Disponível em: <http://site.sabesp
.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=50>. Acesso em: 06 dez. 2016. SABESP. Tipos de tratamento. Disponível em: <http://site.sabesp .com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=61>. Acesso em: 06 dez. 2016. SABESP. Tratamento de água. Disponível em: <http://site.sabesp.com.br/site/inter
na/Default.aspx?secaoId=47>. Acesso em 06 dez.2016. SANEPAR. Da natureza para sua casa. Disponível em: <http://site.sanepar.com.br /sites/site.sanepar.com.br/files/item_16_-_cartaz_pra_sua_casa_sem_logo_eta.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
SANEPAR. Da sua casa para a natureza. Disponível em: <http://site.sanepar.com.
br/sites/site.sanepar.com.br/files/item_17_-_cartaz_pra_natureza_ sem_logo_ete.pd f>. Acesso em: 06 dez. 2016 SANEPAR. Manual de boas práticas: 157 ideias para cuidar do planeta, da sua comunidade e do seu próprio bem-estar. Disponível em: <http://site.sanepar.co m.br/sites/site.sanepar.com.br/files/sanepar-manual_boas_praticas_157ideias.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
SANEPAR. Revista coquetel – do rio ao rio. Disponível em: <http://site.sanepar.c
om.br/sites/site.sanepar.com.br/files/cartilha_coquetel_sanepar.pdf>. Acesso em: 06 dez. 2016.
VASCONCELOS, Flávia. Estação de tratamento de água (ETA) - Etapas. Disponível em: <https://esquadraodoconhecimento.wordpress.com/ciencias-da-natureza/quim/estacao-de-tratamento-de-agua-eta-etapas/>. Acesso em: 09 nov. 2016.
49
7º Encontro
7 - A importância do uso de jogos pedagógicos para a aprendizagem
significativa no Ensino Fundamental – séries iniciais/avaliação
A última atividade será a avaliação do processo ensino-aprendizagem com
auxílio de jogos pedagógicos relacionados com a temática de estudo proposta nesta
unidade didática, o que sempre estimula a participação e cooperação de todos.
O uso deste instrumento auxilia na investigação, pois contribui na revisão
de conteúdos, o que facilita a aprendizagem, assim como citam Silva e Amaral
(2011, p. 02):
Entre essas estratégias está o jogo pedagógico, o qual tem como objetivo auxiliar na construção do conhecimento e pode ser utilizado como uma alternativa para se melhorar o desempenho dos estudantes em alguns conteúdos de difícil aprendizagem, além de estimular atitudes de participação, cooperação e iniciativa. Essas atitudes obrigam os alunos a tomar decisões, proporcionando o desenvolvimento psíquico e a obrigatoriedade da revisão de alguns conceitos escolares para que possam efetivamente solucionar uma situação-problema.
Benefícios do uso de jogos pedagógicos:
Motiva e contribui na fixação de conteúdos;
Subsidia na compreensão de conceitos não assimilados;
Desenvolve o cognitivo, pois há necessidade o indivíduo buscar estratégias
para resolver os problemas;
Facilita o aprendizado de escolha;
Promove a interdisciplinaridade;
É uma tentativa pela construção do conhecimento;
Desenvolve o senso de trabalho em equipe e criatividade;
Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor a
água! (Thomas Fuller)
Jogos pedagógicos: aprender brincando!
50
Assessora no reconhecimento de linguagens variadas e das falhas de
aprendizagem com possibilidade de correção.
Adaptado de Oliveira, 2013.
Referências Consultadas:
OLIVEIRA, Fabiano Naspolini. Jogos educativos: aprender de forma divertida.
Disponível em: <http://www.fabricadejogos.net/posts/artigo-jogos-educativos-aprender-de-forma-divertida>. Acesso em: 08 dez. 2016.
51
Anexo 1 – questionário: diagnóstico das condições ambientais do rio
Nome da escola:______________________________________________________
Data: ___________ Cidade: ________________ Nome do Rio: ________________
Responda as questões abaixo, de acordo com a constatação in loco:
1) Condições do tempo:
( ) chuva ( ) sol ( ) nublado Temperatura ambiente: ________
2) Qual a situação da vegetação ciliar nas margens do rio, no local visitado?
( ) existente ( ) existente em partes ( ) inexistente
3) Existem moradias próximas ao rio? ( ) sim ( ) não
4) Qual o aspecto da água?
( ) visivelmente límpida ( ) apresenta aspectos de água contaminada
5) Você sente cheiro? ( ) sim ( ) não
Se sim, o cheiro é: ( ) agradável ( ) desagradável
6) Existem resíduos recicláveis nas margens? ( ) sim ( ) não
Se sim, qual(is) materiais estão presentes:
( ) papel ( ) plástico ( ) metal ( ) vidro ( ) outro(s)
Quais:______________________________________________________________
7) Existem resíduos recicláveis no leito do rio? ( ) sim ( ) não
Se sim, qual(is) materiais estão presentes:
( ) papel ( ) plástico ( ) metal ( ) vidro ( ) outro(s)
Quais:______________________________________________________________
8) Espaço para anotar outras situações observadas que não constam acima:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
52
Orientações Metodológicas para uso do Professor
As atividades previstas nesta Unidade Didática foram propostas para
aplicação no ano de 2017 em forma de Projeto de Extensão. O planejamento inicial
tem o propósito de trabalhar no contraturno escolar com encontros semanais que
totalizem 32h presenciais, entretanto é possível utilizar o material concentrando as
atividades no período regular das aulas. No meu caso específico, serão acrescidas
mais oito horas de atividades complementares realizadas à distância (8h EAD),
totalizando 40 horas, pois o público-alvo são os alunos do Curso de Formação de
Docentes. As atividades aqui propostas são de fácil compreensão, o que possibilita
aplicá-las a alunos do Ensino Fundamental, Médio e Profissional.
Para que se constate o nível desempenho antes e depois da intervenção, os
alunos registrarão, em mapas conceituais, seus conhecimentos prévios e posteriores
à aplicação das atividades. Esse método avaliará o aproveitamento ao longo do
trabalho desenvolvido evidenciando a efetividade da prática pedagógica sugerida.
1º Encontro:
Modalidade: aula expositiva – discussão em classe – estudo dirigido
Duração: 5 horas – aula (h/a)
Tema: Água e Meio Ambiente
Objetivos:
Avaliar o conhecimento prévio através da construção de mapas conceituais
como ferramenta de pré-diagnóstico sobre o tema “Água e Educação
Ambiental”;
Pesquisar na literatura a temática água;
Motivar os alunos sobre a importância da discussão dos problemas
ambientais no ambiente escolar.
1º momento: 1h/a
Apresentação da proposta de trabalho;
Utilização da dinâmica de integração, descrita na unidade didática.
2º momento: 1h/a
Para que se possa constatar o impacto da proposta de trabalho, a sugestão é
utilizar o mapa conceitual como ferramenta de pré-diagnóstico. Você pode
53
orientar os alunos com apoio de um mapa previamente construído e pesquisa
na literatura sobre a confecção de mapas conceituais. O tema escolhido para
realizar essa abordagem foi “redes sociais”, pois é de fácil compreensão e
comum a todos. Sugiro o mapa contido no link a seguir:
<https://sites.google.com/site/umnovoolharparaofuturo/turma-1202/redes-soc
iais-1/mapa-conceitual>. Acesso em: 01 nov. 2016.
É importante que o Professor conheça e compreenda como se aplica esse
método.
Em seguida, será realizado o brainstorming (tempestade de ideias ou
tempestade cerebral): sugiro que o Professor peça aos alunos que falem
coletivamente palavras aleatórias relacionadas à água, anotando-as no
quadro negro ou em outro instrumento, como o caderno. Divida os alunos em
duplas (ou deixe-os individualmente) e oriente-os para que construam o mapa
conceitual com as palavras citadas no brainstorming. Este será o seu pré-
diagnóstico e instrumento de avaliação e deverá ser recolhido e arquivado
para que no final das atividades seja possível analisar a efetividade das ações
desenvolvidas e se houve aprendizagem significativa, pois no último encontro,
será construído um novo mapa para comparação.
3º momento: 3h/a
Para iniciar a atividade abaixo, sugiro o uso do vídeo: Trabalho em equipe
disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4We7SNkSYTk>. Acesso
em: 05 dez. 2016. Com esse material o Professor faz uma abordagem que
estimule o trabalho em equipe, que será muito importante na realização de
algumas atividades no decorrer desta unidade didática.
Convidar o aluno a realizar uma pesquisa bibliográfica (individual ou em
grupos – dependendo do nº de participantes), de modo que os cinco temas
listados na unidade didática sejam contemplados. Essa atividade realizar-
se-á, preferencialmente, no laboratório de informática da escola. Caso o seu
estabelecimento de ensino não possua este recurso, você professor, pode
utilizar a biblioteca ou, ainda, trazer livros ou outros instrumentos de pesquisa.
Sugestões de sites para realizar a pesquisa dos temas:
54
1) <http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/distribuicao_agua.htm>. Acesso em:
10 nov. 2016.
2) <http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/aquecimento-global-con
sequencias-derretimento-geleiras/>. Acesso em: 10 nov. 2016.
3) <http://planetabiologia.com/ciclo-da-agua-na-natureza-fases-e-processos-do-c
iclo-da-agua/>. Acesso em: 10 nov. 2016.
4) <http://planetasustentavel.abril.com.br/agua2010/infografico.shtml>. Acesso em:
10 nov. 2016.
5) <http://www.agua.bio.br/botao_d_F.htm>. Acesso em: 10 nov. 2016.
6) <http://site.sanepar.com.br/informacoes/economia>. Acesso em: 10 nov. 2016.
7) <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/terra-limite-humanidade-
recursos-naturais-planeta-situacao-sustentavel-637804.shtml>. Acesso em: 10 nov.
2016.
8) <http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/perigo-esgotamento-rec
ursos-naturais-planeta/>. Acesso em: 10 nov. 2016.
9) < http://www.portalresiduossolidos.com/reutilizacao-de-residuos-solidos/ >. Acesso
em: 10 nov. 2016.
10) <http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteud
o=220>. Acesso em: 10 nov. 2016.
11) <http://www.portalresiduossolidos.com/o-impacto-dos-residuos-na-agua/ >.
Acesso em: 10 nov. 2016.
12) <http://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/poluicao-lixo-esgoto-e-
metais-pesados-amea%C3%A7am-os-rios-do-brasil>. Acesso em: 10 nov. 2016.
13) <http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/10/com-seca-em-sp-preco-da-
agua-engarrafada-tem-aumento-de-ate-20.html>. Acesso em: 18 nov. 2016.
É muito importante deixar claro ao público-alvo os critérios avaliativos, descritos
a seguir. Lembre-se que esta atividade já é um instrumento de avaliação!
Critérios para a atividade ser considerada concluída:
a) Realizar a pesquisa;
b) Apresentar para o grande grupo os dados obtidos (que acontecerá no próximo
encontro);
c) Utilizar, pelo menos uma imagem, para explicar o tema abordado utilizando
55
qualquer tipo de recurso didático;
d) Apresentar uma matéria veiculada em meios de comunicação, que aborde sobre o
tema proposto.
2º Encontro:
Modalidade: seminário – oficina/simulações – estudo de caso
Duração: 5 horas – aula (5h/a)
Tema: Impactos em Bacias Hidrográficas
Objetivos:
Socializar a pesquisa previamente realizada para embasamento teórico e
valorização do processo de construção do conhecimento;
Compreender a dinâmica das bacias hidrográficas e os impactos existentes
em áreas urbanas e rurais;
Conhecer o conceito de autodepuração e a sua relação com a qualidade dos
recursos hídricos.
1º Momento (2 h/a):
Sugiro o uso de imagens e vídeos, previamente preparados em Power Point,
que contemple os cinco temas sugeridos (imagens e matérias veiculadas na
mídia), pois à medida que os grupos apresentem suas pesquisas, o Professor
pode complementar e provocar mais discussões acerca de cada tema. Lembre-
se ainda que é possível você utilizar os sites sugeridos no encontro anterior
para seu embasamento, bem como para a confecção do seu material
complementar. Se necessário, utilize-se de outras fontes.
TEMA PROVOCAÇÕES
Distribuição de água no planeta * água doce em relação à salgada;
* água doce em relação aos estados físicos;
* água doce em relação aos locais que pode ser
encontrada na natureza;
* Impacto do derretimento das calotas polares;
Ciclo da água * mudanças de estados físicos;
* como essas mudanças de estados físicos
56
interferem no ciclo da água;
* problemas da falta de água para
abastecimento público e porque isso vem
acontecendo;
Usos múltiplos * o grande consumo na agricultura;
* relação existente entre o consumo de água
com o modo de vida da população;
* Dicas de economia de água;
Consumo de recursos naturais * Consequência do consumo exagerado de
recursos naturais renováveis e não renováveis
* Importância da redução, reutilização e
reciclagem para minimizar a retirada de
recursos do meio ambiente;
Impactos Ambientais * Importância da vegetação ciliar e a as
consequências sobre a sua remoção;
* Consequências do lançamento de resíduos
sólidos e líquidos sobre o meio ambiente e
saúde da população.
E para encerrar essa atividade, sugiro o uso do vídeo: “A carta escrita no ano
2070”. É possível neste momento debater sobre os problemas que a falta de
água pode trazer futuramente.
Link do vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=jUpVH-hjcdo>. Acesso em:
10 nov. 2016.
2º Momento (2 h/a):
Dinâmica: impactos em bacias hidrográficas.
Para essa atividade o Professor pode utilizar-se de material audiovisual
durante a abordagem, como fotos e vídeos para facilitar a compreensão do
tema.
Essa atividade pode ser realizada na sala de aula, no laboratório ou até
mesmo em algum espaço aberto;
Sugiro que o público alvo sente-se em círculo, pois facilita a visualização da
dinâmica.
57
Sugestões de sites para a abordagem sobre bacia hidrográfica:
1) <http://www.ufscar.br/aprender/aprender/2010/06/bacias-hidrograficas/>. Acesso
em: 10 nov. 2016;
2) <http://www.semarh.se.gov.br/comitesbacias/modules/tinyd0/index.php?id=22>.
Acesso em: 01 dez. 2016;
3) <http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo8/rio3.htm>. Acesso em: 01 dez.
2016.
1) Material para a dinâmica: bacia transparente, água, materiais orgânicos e
inorgânicos, como por exemplo: papel, plástico, metal, vidro e tintas.
2) Método:
2.1. Você distribuirá aos alunos, os materiais orgânicos e inorgânicos, solicitando-os
que aguardem em seus lugares;
2.2. Utilizar-se dos conteúdos sugeridos nos sites para conceituar bacia
hidrográfica, aplicando o material audiovisual preparado previamente;
2.3. À medida que você estiver explicando, já pode colocar água em mais ou menos
a metade da bacia, neste momento é fundamental fazer uma associação da bacia
utilizada com o conceito de bacia hidrográfica, pois a água escoa dos pontos mais
altos (bordas) para os mais baixos;
2.4. Agora é hora de colocar os alunos para trabalhar: pedir que eles se dirijam, um
a um, até a bacia e despejem o resíduo, sólido ou líquido, que estão de posse;
2.5. Durante a deposição é essencial instigar o público para que observe as
mudanças que acontecem na água.
3) Depois de finalizada a etapa anterior, você pode lançar a pergunta: foi fácil se
deslocar até a bacia e jogar o resíduo?
* Neste momento abre-se uma discussão com os pontos levantados.
4) Para finalizar o Professor, realizará um debate com os questionamentos a seguir:
* É fácil remover os resíduos que foram lançados?
* Os rios, na natureza, conseguem recuperarem-se destas agressões?
5) Com o debate anterior, é possível definir autodepuração e realizar a prática de
diluição da “água poluída/contaminada”, que está descrita na unidade didática,
relacionando como isso acontece naturalmente no ambiente.
Sugiro o uso da imagem e do conteúdo presente no site:
58
<http://www.orbis.net.br/?p=pagina&url=autodepuracao>. Acesso em: 30 nov.
2016.
.
3º momento (1h/a ):
Agrupe os alunos em duplas solicitando que realizem o que está descrito na
unidade didática utilizando a imagem: “Vamos construir a nossa realidade”.
Em seguida, a sugestão é que cada dupla apresente os dados levantados a
todos os presentes (avaliação).
3º encontro:
Modalidade: Excursão – aula experimental – estudo de caso
Duração: 5 horas – aula (h/a)
Tema: Identificação de fatores que causam impactos nos corpos hídricos, coleta e
análise de água.
Objetivos:
Identificar qualidade da água dos rios diante de possíveis impactos
ambientais;
Coletar a água do rio;
Analisar os parâmetros químicos, físicos e biológicos da água comparando
com dados da literatura;
Relacionar os dados obtidos das análises realizadas com os impactos
presentes no ambiente.
Para desenvolver essa proposta previamente, o Professor deverá:
Fazer o reconhecimento in loco de um arroio, de preferência próximo à
escola, verificando se o local não oferece nenhum tipo de risco aos
participantes, lembrando-se de enviar um bilhete aos pais para solicitar a
autorização da saída dos alunos do ambiente escolar, desde que estes sejam
menores de idade;
Analisar o questionário de reconhecimento (anexo 1) e, caso este não se
enquadre à realidade local, o mesmo pode ser adequado de acordo com as
necessidades regionais;
59
Há possibilidade de utilizar kits didáticos para realizar as análises. Caso isso
não seja possível, a água pode ser enviada a um laboratório.
1º momento (2h/a):
É ideal que já no local (arroio escolhido) debata-se sobre os temas discutidos
anteriormente: presença de resíduos, situação da vegetação ciliar,
proximidade de casas, despejo de esgoto, etc.;
Pedir aos alunos que preencham a ficha de diagnóstico (anexo 1). Sugiro que
essa etapa realize-se em grupos (quatro ou cinco alunos);
Coletar a água em um frasco adequado para a realização de análises em
laboratório.
2º momento (1h/a):
De volta à escola, os alunos responderão as questões que estão descritas na
unidade didática fazendo a associação com o aspecto visual do arroio
visitado;
Realizar uma breve discussão com as respostas;
Em seguida é importante fazer uma abordagem teórica sobre os parâmetros
químicos, físicos e biológicos (o que são e em que condições estão presentes
não água), dando enfoque principal aos parâmetros que serão analisados
(descritos na tabela 1). Sugestão para busca de dados que embasam ainda
mais você Professor:
1) <http://portalpnqa.ana.gov.br/indicadores-indice-aguas.aspx#_ftn1>. Acesso em:
21 nov. 2016;
2) <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso em: 30
nov. 2016.
3º momento (3h/a):
Segundo o CONAMA 357/2005 o rio escolhido para desenvolver essa
pesquisa é pertencente à classe 4, neste caso as análises realizadas serão:
oxigênio dissolvido (OD), pH, turbidez, temperatura e presença de coliformes
(este último, apenas para constatar presença ou ausência). Se o rio que você
for utilizar estiver enquadrado em outras classes (1, 2 ou 3) os padrões serão
outros (verificar no CONAMA 357/2005);
60
Realizar as análises e anotar os resultados na tabela 1 (presente na unidade)
e comparar com as referências da Resolução CONAMA 357/2005 (lembre-se
que para a análise de coliformes totais e fecais será constatado presença ou
ausência – não será comparado com a literatura);
Discutir os resultados obtidos, comparando-os com a legislação em uma roda
de conversas associando às condições do arroio (avaliação).
Lembre-se: se não houver possibilidade de realizar as análises com o kit
didático na escola, esse último item de discussão deverá ser realizado após o
retorno dos resultados obtidos!
4º encontro:
Modalidade: Palestra – excursão – discussão
Duração: 5 horas – aula (h/a)
Tema: História do Saneamento no município de Ponta Grossa, as mudanças
socioambientais e a relação com a poluição hídrica.
Objetivos:
Conhecer a história do saneamento local;
Relacionar a influência anterior e atual do crescimento populacional na
qualidade da água.
O material disponível na Unidade Didática traz uma breve abordagem sobre
a colonização do município de Ponta Grossa que, associado ao crescimento
populacional e industrial, demandou a necessidade de buscar condições para que as
pessoas tivessem acesso à água passando pelo uso de poços e chafarizes,
comercialização/venda, que era realizada pelos pipeiros ou aguadeiros e
posteriormente pelo acesso através das redes distribuidoras de água.
Para desenvolver essa proposta o Professor deverá previamente:
Verificar se há, no município, dados históricos do sistema saneamento e, se
houver, buscar um profissional que tenha conhecimento para fazer o
atendimento descrito a seguir.
61
1º. Momento (3h/a):
Palestra: História do Saneamento - a palestra sobre a história do saneamento
local será realizada por funcionários da Companhia de Saneamento do
Paraná (SANEPAR). O conteúdo a ser abordado está descrito na unidade
didática, e faz parte do referencial teórico do Projeto de Intervenção
Pedagógica;
Visita ao Reservatório Botuquara - após a contextualização citada acima, os
alunos farão uma visita monitorada ao Reservatório Botuquara, que apresenta
mais de 100 anos e conta muito sobre a história do saneamento local. Ele
está localizado no município de Ponta Grossa na Rua Francisco Ribas, s/n.
Se, em seu município, houver outras construções históricas, diferentes das
descritas aqui, relacionadas ao saneamento, poderão ser utilizadas de forma
que o trabalho seja adequado à sua realidade local;
As informações recebidas neste espaço darão condições de associar os
dados históricos com a atualidade e reconhecer as dificuldades enfrentadas
pela população para que os serviços de saneamento atendessem de forma
satisfatória a comunidade oportunizando mais saúde e qualidade de vida.
2º momento (2h/a):
Roda de conversas sobre o tema história do saneamento local, buscando
trazer subsídios que ajudem o aluno a compreender como as alterações
socioambientais que aconteceram ao longo do tempo estão relacionadas aos
problemas existentes no presente (avaliação).
5º encontro:
Modalidade: aula expositiva – discussões em grupos – seminário
Duração: 5 horas – aula
Tema: Doenças de veiculação hídrica
Objetivos:
Conhecer as doenças, transmitidas pela água, de maior incidência no
município;
Identificar as formas de contágio e prevenção das doenças veiculadas pela
água.
62
Sugestões para a elaboração do encontro:
No início do material há uma abordagem teórica (texto e imagens) sobre a
importância do saneamento para a prevenção de doenças transmitidas pela
água – é o embasamento teórico. Sugiro que o Professor faça uso das
informações presentes na unidade e construa previamente um material em
Power Point para abordar com o público-alvo.
Sugestões de sites para a construção do material:
1) <http://portalcantu.com.br/gente/blogs/item/6748-plano-municipal-de-saneam
ento-basico-e-mesmo-necessario>. Acesso em: 04 dez. 2016.
2) <http://meioambiente.culturamix.com/gestao-ambiental/o-ciclo-do-saneamento-
caracteristicas-gerais> Acesso em: 04 dez. 2016.
3) <http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/09/obras-de-agua-e-esgoto-
estao-paradas-e-nao-e-por-falta-de-dinheiro.html>. Acesso em: 04 dez. 2016.
4) <http://g1.globo.com/ma/maranhao/jmtv-2edicao/videos/v/falta-de-planejamento-e-
saneamento-causam-degradacao-de-rios-em-sao-luis/5253159/>. Acesso em: 04
dez. 2016.
5) <https://nacoesunidas.org/privatizacao-do-saneamento-ja-se-mostrou-inade
quada-em-muitos-paises-diz-relator-da-onu/>. Acesso em: 04 dez. 2016.
Realizar uma pesquisa sobre os temas que serão distribuídos/trabalhados
com os alunos. O conteúdo da pesquisa deve ser voltado às doenças
descritas no segundo momento dessa atividade *(ascaridíase, himenolepíase,
teníase/cisticercose, leptospirose, hepatite, cólera, amebíase e giardíase).
Trazer o material pesquisado impresso para a sala de aula.
* a seleção destas doenças teve por base, dados apresentados, no ano de 2016,
no curso de Parasitologia, oferecido pela UEPG aos Professores PDE das
disciplinas de Biologia e Ciências. Elas são as de maior incidência nesta região,
sendo assim, os temas podem mudar de acordo com a realidade local.
Sugestões de sites de pesquisa:
1) <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Ascaridiase.php>. Acesso em:
04 dez. 2016.
2) <http://www.infoescola.com/doencas/himenolepiase/>. Acesso em: 04 dez. 2016.
3) <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Teniase.php>. Acesso em: 04
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dez. 2016.
4) <http://www.saudemedicina.com/cisticercose/>. Acesso em: 04 dez. 2016.
5) <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/leptospirose>. Acesso em: 04 dez.
2016.
6) <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hepatite-a>. Acesso em: 04 dez.
2016.
7) <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/colera>. Acesso em: 04 dez. 2016.
8) <http://www.todabiologia.com/doencas/amebiase.htm>. Acesso em: 04 dez. 2016.
9) <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/giardiase> Acesso em: 04 dez. 2016.
Outra alternativa: o Professor pode trazer livros ou outros materiais que
possam auxiliar na pesquisa ou ainda, se a escola possuir laboratório de
informática, existe a possibilidade dos alunos pesquisarem os temas
diretamente na internet;
Levar para a sala alguns parasitas citados (lâminas permanentes e vermes
fixados) para observação a olho nu e em microscópio. Sugiro a busca destes
em Universidades ou outro local que disponha do material.
1º momento (1h/a):
Utilizar o material elaborado “a importância do saneamento para a prevenção
de doenças transmitidas pela água” - uso de imagens e vídeos sugeridos.
2º Momento (3h/a):
Dividir a turma em 8 (oito) grupos;
A cada grupo entregar um dos temas - doenças causadas pela água:
ascaridíase, himenolepíase, teníase/cisticercose, leptospirose, hepatite,
cólera, amebíase e giardíase (sugestão de sorteio);
Orientar para que cada grupo leia o material que foi entregue pelo Professor e
identifique para cada doença: formas de contágio e prevenção, sintomas e
tratamento; lembre-se que você pode propor aos alunos que pesquisem os
temas na internet, no laboratório de informática, e siga a mesma orientação;
Construir cartazes com os dados levantados;
Apresentar estes dados para o grande grupo utilizando o material produzido;
Expor o material construído no ambiente escolar.
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3º momento (1h/a):
Utilizar os materiais emprestados (lâminas permanentes e vermes fixados)
para fazer uma atividade prática com observação a olho nu e ao microscópio.
Essa atividade ajudará na fixação dos conteúdos já abordados (avaliação).
6º encontro:
Modalidade: Excursão – discussão em grupo
Duração: 5 horas – aula (5h/a)
Tema: Ciclo do Rio ao Rio
Objetivos:
Conhecer os processos de captação e tratamento de água e coleta e
tratamento de esgoto;
Relacionar o acesso ao saneamento com a prevenção de doenças
transmitidas pela água.
Previamente o Professor deverá:
Agendar uma visita junto à SANEPAR ou Autarquia Municipal ou outra
empresa que realiza o tratamento de água e esgotos no município;
Lembre-se de enviar um bilhete aos pais para solicitar a autorização da saída
dos alunos do ambiente escolar, desde que estes sejam menores de idade;
1º momento (4h/a):
Levar os alunos para que conheçam a Captação de água do município, a
estação de tratamento de água e a estação de tratamento de esgoto (ciclo do
rio ao rio);
2º momento (1/2 h/a):
Debater a correlação que o saneamento tem com o conteúdo do encontro
anterior (doenças veiculadas pela água).
3º momento (1/2 h/a):
Depois da visita técnica e do debate, os alunos farão as duas atividades
avaliativas propostas na unidade didática que estão no final do 6º encontro
(avaliação).
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7º Encontro:
Modalidade: dramatização
Duração: 2 horas – aula (2h/a)
Tema: a importância do uso de jogos pedagógicos para a aprendizagem significativa
no Ensino Fundamental – séries iniciais
Objetivos:
Avaliar o processo ensino-aprendizagem com auxílio de jogos pedagógicos;
Estimular a participação e cooperação do aluno;
O público-alvo, neste caso específico, são os alunos do Curso de Formação
de Docentes (futuros Professores das séries iniciais do Ensino Fundamental),
sendo assim, o ideal é fazer uma breve abordagem sobre a importância do
uso de jogos pedagógicos para dar significado à aprendizagem. Para isso
sugiro a leitura do texto disponível no link:
<http://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/viewFile/47/3
4>. Acesso em 07 dez. 2016.
Além desta abordagem, é possível indicar ao público-alvo alguns sites de
jogos on line para que futuramente possam utilizá-los;
Você pode optar por desenvolver as atividades propostas nesta unidade
didática com alunos do Ensino Fundamental e Médio. Se a sua escola
possuir laboratório de informática, você pode utilizá-lo para que os alunos
desenvolvam os raciocínios dos jogos on line ou, se este não for o seu caso,
os materiais podem ser impressos e as atividades realizadas manualmente.
Sugestão de jogos/atividades on line:
1) <http://portal.ludoeducativo.com.br/pt/play/reciclagem-colorir>. Acesso em 07
dez.2016.
2) <http://portal.ludoeducativo.com.br/pt/play/cruzadinha-da-reciclagem> Acesso em
07 dez.2016.
3) <http://portal.ludoeducativo.com.br/pt/play/jogo-da-sustentabilidade>. Acesso em
07 dez.2016.
4) <http://portal.ludoeducativo.com.br/pt/play/quebra-cabeca-da-agua>. Acesso em
07 dez.2016
Outra sugestão é buscar parceria com a SANEPAR, para desenvolver
atividades de Educação Ambiental mediadas por jogos pedagógicos. Os
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profissionais podem incrementar o seu trabalho com a utilização de tabuleiros
e de dominós gigantes e jogos de mesa, todos relacionados com o tema
desta unidade. Esse material pode ser utilizado com crianças, adolescentes e
adultos!
Professor!
Boa sorte no seu trabalho!
Obrigada por escolher este material para aplicar em sua sala de aula!
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Outras referências consultadas:
COUTINHO, Anderson da Silva; REZENDE, Izabelle Maria Nascimento de; ARAÚJO, Monica Lopes Folena. Aproximações entre ecologia e Educação Ambiental: um estudo com estudantes do terceiro ano do ensino médio em Recife – PE. Revista do PPGEA/FURG/RS, Rio Grande do Sul, v. 29, p. 01 – 13, jul./dez.
2012. Disponível em: <http://repositorio.furg.br/handle/1/3835>. Acesso em: 05 mai. 2016. MARTINS, Sebastião Venâncio. Recuperação de Matas Ciliares. Disponível em:
<http://www.arvoresbrasil.com.br/?pg=reflorestamento_mata_ciliar>. Acesso 01 jun. 2016.
MERTEN, Gustavo Henrique; MINELLA, Jean Paolo. Qualidade da água em bacias hidrográficas rurais: um desafio atual para a sobrevivência futura. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 3, n. 4, p. 33 – 38, out./dez.
2002.
RIBEIRO, Júlia Werneck; ROOKE, Juliana Maria Scoralick. Saneamento básico e sua relação com o meio ambiente e a saúde pública. 2010, 28f. Monografia
(Especialização em Análise Ambiental) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2010.
TEODORO, Valter Luiz Iost et al. O conceito de bacia hidrográfica e a importância da caracterização morfométrica para o entendimento da dinâmica ambiental local. Revista Uniara, Araraquara, n. 20, p. 137 – 156, 2007. Disponível em: <
http://www.uniara.com.br/legado/revistauniara/pdf/20/RevUniara20_11.pdf>. Acesso em 30 jun. 2016.