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Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina dentária em Portugal Mestrado em Saúde Pública José Charles Paulino da Silva Janeiro de 2019

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Saúde Digital e Medicina Dentária:

o caso da telemedicina dentária em Portugal

Mestrado em Saúde Pública

José Charles Paulino da Silva

Janeiro de 2019

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Saúde Digital e Medicina Dentária:

o caso da telemedicina dentária em Portugal

Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à

obtenção do grau de Mestre em Saúde Pública, realizada sob a orientação

científica do Professor Doutor João Valente Cordeiro e do Mestre Osvaldo

Santos.

Janeiro de 2019

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III

Agradecimentos

Este trabalho representa o encerramento de mais uma etapa na busca do

conhecimento. Ele só se tornou possível com a colaboração, o apoio, o incentivo e a

compreensão de um número incontável de pessoas. A todas elas expresso o meu

mais sincero agradecimento.

Meu agradecimento aos professores orientadores, Professor Doutor João Valente

Cordeiro e Mestre Osvaldo Santos, pela orientação pragmática e acertada.

Às Professoras Doutoras Ana Rita Goes, Baltazar Nunes, Carla Nunes e Isabel

Andrade, pela assistência fundamental em várias etapas do trabalho.

Aos investigadores Estie Kruger, Mohamed Estai e Swati V. Balsaraf, que gentilmente

me indicaram um caminho a seguir.

A todos os participantes do estudo, sem eles nada poderia ter sido construído.

Um agradecimento especial aos meus pais e familiares, sempre dispostos a me

incentivar nas minhas iniciativas.

Ao meu companheiro de todas as horas, Gilmar, meu muito obrigado pelo apoio, pela

paciência e colaboração em todas as etapas.

Aos meus amigos, os históricos, os geográficos, seu carinho, ajuda e motivação que

sempre me fortalecem.

Aos colegas de fé, sempre presentes e irmanados na busca de uma sociedade de

Paz.

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V

Resumo

Introdução: A Internet e as tecnologias que emergem de seu uso se disseminam

rapidamente, permitindo que ferramentas como a telemedicina dentária apontem como

alternativa à prestação de cuidados de saúde oral; por isso, se torna importante

perceber o quanto os médicos dentistas estão dispostos e preparados para aderir ao

seu uso.

Objetivos: Descrever e caracterizar o potencial da telemedicina dentária para a

melhoria da prestação de cuidados de saúde oral e estudar o seu papel no acesso aos

mesmos em Portugal, na ótica de seus médicos dentistas.

Metodologia: Realizou-se um estudo observacional, transversal, descritivo, baseado

em um inquérito online autoaplicado (n=350) e na análise temática de uma série de

entrevistas semiestruturadas realizadas com profissionais ligados à saúde em geral, e

em particular à saúde oral.

Resultados: Os médicos dentistas portugueses têm uma visão geral positiva em

relação aos benefícios da telemedicina dentária, especialmente no seu uso nas várias

áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no

acompanhamento e na orientação dos pacientes, em uma maior eficiência na

referenciação de novos pacientes e no diagnóstico precoce. Apesar disso,

identificaram barreiras, especialmente em aspetos relacionados aos custos de

implementação, às questões técnicas e à segurança de informação. Foram

observadas associações das respostas com o meio de comunicação utilizado, as

horas dispensadas na Internet para fins profissionais e também com o sexo, a idade, o

tempo de profissão, o campo e a zona de atuação dos participantes.

Conclusões: A TMD revelou-se importante na melhoria da prestação de cuidados de

saúde oral e no acesso aos mesmos, segundo os médicos dentistas portugueses.

Considerando a identificação de algumas barreiras, esse resultado aponta claramente

a necessidade de compreender melhor esta ferramenta e o seu papel nos cuidados de

saúde oral.

Palavras-chave: Telemedicina dentária, eSaúde, telessaúde, saúde oral,

telemedicina.

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VII

Abstract

Introduction: The Internet and the technologies that emerge from its use spread

rapidly, allowing tools such as Teledentistry to point out as an alternative to providing

oral healthcare; so, it becomes important to realize how much the dentists are willing

and prepared to adhere to its use.

Objectives: To describe and characterize the potential of Teledentistry to improve the

oral healthcare delivery and to study its role in accessing them in Portugal from the

point of view of its dentists.

Methodology: An observational, cross-sectional descriptive study was carried out

based on a self-administered online survey (n = 350) and the thematic analysis of a

series of semi-structured interviews conducted with professionals of health sector,

especially oral health ones.

Results: Portuguese dentists have a positive overview regarding the benefits of

teledentistry, especially in its use in the various areas of Dentistry, in communication

with related professionals, in patients following-up and orientation, in new patient’s

referrals and early diagnosis. Despite this, they have identified barriers, especially in

aspects related to implementation costs, technical issues and data protection and

security. Associations of the responses with the means of communication used, the

hours spent on the Internet for professional purposes, and as well as the gender, age,

work experience, field and area of work of the participants were observed.

Conclusions: Teledentistry proved to be important in improving the oral healthcare

delivery and the access to them, according to Portuguese dentists. Considering the

identification of some barriers, this result clearly points to the need of better

understanding this tool and its role in oral healthcare.

Key words: teledentistry, eHealth, telehealth, oral health, telemedicine.

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IX

Índice

Lista de acrónimos ............................................................................................... XI Lista de tabelas................................................................................................... XIII Lista de figuras .................................................................................................. XIV 1. Introdução .......................................................................................................... 1 2. Enquadramento teórico ..................................................................................... 3

2.1. A Saúde Oral .............................................................................................. 3 2.2. Panorama da Saúde Oral em Portugal ...................................................... 4 2.3. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral ..................................... 5 2.4. Telemedicina dentária: conceito e história ................................................ 7 2.5. Tipos de telemedicina dentária .................................................................. 8 2.6. Aplicações da telemedicina dentária nas várias áreas da Medicina Dentária .............................................................................................................. 9 2.7. Custo-efetividade da telemedicina dentária............................................. 12 2.8. O futuro da telemedicina dentária ............................................................ 14

3. Objetivos do trabalho ...................................................................................... 17 3.1. Pergunta de investigação ......................................................................... 17 3.2. Objetivo geral ............................................................................................ 17 3.3. Objetivos específicos ................................................................................ 17

4. Metodologia ..................................................................................................... 17 4.1. Tipo de estudo .......................................................................................... 17 4.2. Fonte dos dados ....................................................................................... 17 4.3. População-alvo, população de estudo e amostra analisada .................. 19 4.4. Critérios de inclusão e de exclusão dos participantes ............................ 20 4.5. Procedimentos formais e éticos ............................................................... 21 4.6. Variáveis em estudo ................................................................................. 22

4.6.1. Variável qualitativa nominal: estado sociodemográfico .................... 22 4.6.2. Variável qualitativa ordinal: estado sociodemográfico...................... 22 4.6.3. Variáveis qualitativas nominais: questões profissionais ................... 22 4.6.4. Variáveis qualitativas ordinais: questões profissionais .................... 22 4.6.5. Variáveis qualitativas ordinais: questões sobre a TMD .................... 23

4.7. Análise estatística da componente quantitativa ...................................... 23 4.8. Análise temática da componente qualitativa ........................................... 24 4.9. Reflexividade do investigador .................................................................. 24

5. Resultados ....................................................................................................... 25 5.1. Dados do inquérito online ......................................................................... 25

5.1.1. Características demográficas e profissionais dos participantes ...... 25 5.1.2. Preferências de uso da Internet e dos meios de comunicação ....... 26 5.1.3. Utilidade da TMD para a prática profissional .................................... 27 5.1.4. Eficiência da TMD para a prática profissional .................................. 28 5.1.5. Vantagens da TMD para os pacientes .............................................. 29 5.1.6. Preocupações com o uso de tecnologias de informação ................. 30 5.1.7. Análise de associação de variáveis ordinais .................................... 31 5.1.8. Análise de independência das variáveis ordinais/nominais ............. 33

5.2. Dados das entrevistas qualitativas .......................................................... 38 6. Discussão ........................................................................................................ 43

6.1. Utilidade da TMD para a prática profissional ........................................... 43 6.2. Eficiência da TMD para a prática profissional ......................................... 44 6.3. Vantagens da TMD para os pacientes..................................................... 46

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X

6.4. Preocupações com o uso de tecnologias de informação ........................ 47 6.5. Limitações do estudo ................................................................................ 49

7. Conclusões e recomendações ........................................................................ 51 8. Referências bibliográficas ............................................................................... 55 Anexos ................................................................................................................. 63

Anexo 1 - Perguntas do inquérito online sobre TMD...................................... 63 Anexo 2 - Parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados .............. 65 Anexo 3 - Guião de entrevista sobre telemedicina dentária em Portugal...... 67 Anexo 4 - Consentimento informado ............................................................... 69 Anexo 5 - Operacionalização das variáveis .................................................... 71

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XI

Lista de acrónimos

1. ACES LOO: Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Ocidental e Oeiras

2. CAD / CAM (Design Assistido por Computador / Manufatura Assistida por

Computador)

3. CPOd: Dentes Cariados, Perdidos e Obturados

4. CNPD: Comissão Nacional de Proteção de Dados

5. DALY: Disability Adjusted Life Years

6. DGS: Direção Geral de Saúde

7. DNT: Doenças Não Transmissíveis

8. ERS: Entidade Reguladora de Saúde

9. GDPs: General Dental Practitioners

10. MD: Medicina Dentária

11. OCDE: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

12. OCT: Optical Coherence Tomography

13. OMD: Ordem dos Médicos Dentistas

14. OMS: Organização Mundial de Saúde

15. PC: Personal Computer

16. PNPSO: Plano Nacional de Promoção da Saúde Oral

17. SI: Sistemas de Informação

18. SNS: Serviço Nacional de Saúde

19. SO: Saúde Oral

20. TIC: Tecnologia de Informação e Comunicação

21. TMD: Telemedicina Dentária

22. TS: TeleSaúde

23. UE: União Europeia

24. UL: Universidade de Lisboa

25. VIH/SIDA: Vírus da Imunodeficiência Humana / Síndrome da Imunodeficiência

Adquirida

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XII

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XIII

Lista de tabelas

Tabela 1: Características demográficas e profissionais dos participantes......................... 26 Tabela 2: Uso médio diário de Internet pelos participantes............................................... 27 Tabela 3: Síntese - Coeficiente de correlação Spearman: Utilidade da TMD para a prática profissional....................................................................................................................... 31 Tabela 4: Síntese - Coeficiente de correlação Spearman: Eficiência da TMD para a prática profissional....................................................................................................................... 32 Tabela 5: Síntese - Coeficiente de correlação Spearman: Vantagens da TMD para pacientes ......................................................................................................................... 32 Tabela 6: Síntese - Coeficiente de correlação Spearman: Preocupações com uso de tecnologias de informação ............................................................................................... 33 Tabela 7: Síntese – Teste de Independência do Qui-Quadrado: Utilidade da TMD para a prática profissional ........................................................................................................... 34 Tabela 8: Síntese – Teste de Independência do Qui-Quadrado: Eficiência da TMD para a prática profissional ........................................................................................................... 35 Tabela 9: Síntese – Teste de Independência do Qui-Quadrado: Vantagens da TMD para os pacientes..................................................................................................................... 37 Tabela 10: Síntese – Teste de Independência do Qui-Quadrado: Preocupações como uso de tecnologias de informação .......................................................................................... 38 Tabela 11: Participantes de entrevistas semiestruturadas presenciais ............................. 38 Tabela 12: A TMD em Portugal ........................................................................................ 39 Tabelas - Coeficiente de correlação Spearman (CC) ....................................................... 75

Tabela 13: Utilidade da TMD para a prática profissional ................................... 75 Tabela 14: Eficiência da TMD para a prática profissional ................................. 75 Tabela 15: Vantagens da TMD para os pacientes ............................................ 76 Tabela 16: Preocupações com o uso de tecnologias de informação ................ 76

Tabelas - Teste de Independência do Qui-Quadrado ....................................................... 77 Utilidade da TMD para a prática profissional .................................................... 77

Tabela 17: Sexo ........................................................................................... 77 Tabela 18: Qualificação profissional ............................................................. 78 Tabela 19: Zona de atuação ........................................................................ 79 Tabela 20: Campo de atuação ..................................................................... 80 Tabela 21: Meio de comunicação ................................................................. 81 Tabela 22: Meio de comunicação ................................................................. 82

Eficiência da TMD para a prática profissional. .................................................. 83 Tabela 23: Sexo ........................................................................................... 83 Tabela 24: Qualificação profissional ............................................................. 84 Tabela 25: Zona de atuação ........................................................................ 85 Tabela 26: Campo de atuação ..................................................................... 86 Tabela 27: Meio de comunicação ................................................................. 87 Tabela 28: Meio de comunicação ................................................................. 88

Vantagens da TMD para os pacientes ............................................................. 89 Tabela 29: Sexo ........................................................................................... 89 Tabela 30: Qualificação profissional ............................................................. 90 Tabela 31: Zona de atuação ........................................................................ 91 Tabela 32: Campo de atuação ..................................................................... 92 Tabela 33: Meio de comunicação ................................................................. 93 Tabela 34: Meio de comunicação ................................................................. 94

Preocupações com o uso de tecnologias de informação .................................. 95 Tabela 35: Sexo ........................................................................................... 95 Tabela 36: Qualificação profissional ............................................................. 96 Tabela 37: Zona de atuação ........................................................................ 97 Tabela 38: Campo de atuação ..................................................................... 98 Tabela 39: Meio de comunicação ................................................................. 99 Tabela 40: Meio de comunicação ................................................................100

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XIV

Lista de figuras

Fluxograma 1: Definição da dimensão da amostra ............................................ 20 Gráfico 1: Meios de comunicação preferidos no âmbito profissional ................ 27 Gráfico 2: Utilidade da TMD para a prática profissional..................................... 28 Gráfico 3: Eficiência da TMD para a prática profissional ................................... 29 Gráfico 4: Vantagens da TMD para os pacientes .............................................. 30 Gráfico 5: Preocupações com o uso de tecnologias de informação ................. 31

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1

1. Introdução

A saúde oral está intrinsecamente associada ao bem-estar físico, mental e social1 e

permanece como um desafio de saúde pública, posto que as doenças orais são as

doenças transmissíveis mais comuns a afetar as pessoas ao longo de suas vidas2. O

Global Burden of Disease Study 2016 estimou que as doenças orais afetaram metade

da população mundial, sendo a cárie dentária em dentes permanentes e a doença

periodontal grave, condições das mais prevalentes3. Juntos, estes dois problemas são

os maiores responsáveis pelas perdas dentárias, condição ainda comum, e que afeta

particularmente os grupos idosos. De entre outros problemas de saúde oral, temos o

cancro oral, condição que afeta particularmente homens adultos, e que se apresenta

com um dos mais prevalentes tipos de cancro ao nível mundial4.

Para além de um direito, a saúde, no seu contexto mais geral, é um bem fundamental

para o desenvolvimento socioeconómico e a diminuição da pobreza, exigindo, em todo

o mundo, a implementação de políticas com vista ao controlo e à erradicação de

doenças5. Essas políticas, que pretendem alargar o alcance, a qualidade e a

proximidade dos serviços de saúde – diminuindo, assim, as desigualdades sociais -

encontram na sustentabilidade um dos seus principais constrangimentos6. Assim

sendo, procurar, estudar e implementar medidas mais custo-efetivas torna-se

fundamental.

No âmbito da MD (Medicina Dentária), os cuidados de saúde oral tradicionais têm

custos historicamente reconhecidos como sendo elevados7. Por sua vez, os

problemas de saúde oral justificam uma prestação equitativa e atempada de cuidados

de qualidade que, para além de melhorar a saúde geral da população8, se traduza em

benefícios económicos substanciais, tanto em termos de poupanças geradas por

tratamentos evitáveis, como por meio de um menor absentismo escolar e laboral, com

implicações positivas na produtividade9.

A revolução digital e o desenvolvimento tecnológico vêm exercendo um impacto

significativo e crescente na medicina em geral e na medicina dentária em

particular10,11,12,13,14,15. Dentro desse contexto, temos a telemedicina dentária, uma

tendência que vem aproveitando e potenciando os contributos da tecnologia,

nomeadamente da Internet e de equipamentos portáteis de radiografia e de fotografia,

para a prestação de cuidados de saúde oral de forma mais inclusiva e equitativa11.

Amplamente utilizada em diversos países, nos diferentes campos da prática

profissional, visando aumentar a eficiência, alargar o acesso à população, melhorar a

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2

qualidade dos cuidados de saúde oral e, consequentemente, reduzir a carga dos

problemas de saúde oral, a telemedicina dentária vem se estabelecendo como uma

oportunidade de melhoria no nível de atendimento e de reconfiguração nos modelos

de negócios do setor16.

O presente trabalho visa estudar o potencial da TMD (Telemedicina dentária) para

melhorar a prestação de cuidados de saúde oral e o acesso aos mesmos em Portugal,

caracterizando a apreciação que os médicos dentistas portugueses têm da aplicação

desta ferramenta.

O estudo que se segue está organizado em duas seções principais. Na primeira

seção, um enquadramento teórico engloba a apresentação do estado da arte no que

se refere à saúde oral e ao panorama nacional do setor. Neste último, dá-se ênfase ao

Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral, programa fundamental na evolução

da prestação de cuidados de saúde oral em Portugal. A seguir, uma revisão narrativa

da TMD, com a descrição conceptual e histórica, apresentação de tipologia,

aplicações, custo-efetividade e perspetivas futuras da ferramenta.

A segunda seção envolve uma descrição dos objetivos, apresentação da metodologia,

dos resultados obtidos no inquérito online e entrevistas presenciais, e a discussão dos

resultados à luz da literatura disponível. No final são apresentadas as principais

conclusões, limitações do trabalho e recomendações.

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2. Enquadramento teórico

2.1. A Saúde Oral

A saúde oral, uma condição essencial para a saúde geral e para a qualidade de vida,

é definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como o estado livre de dor

orofacial, cancro oral e da garganta, infeção oral e feridas, periodontite, cárie, perda

dentária e outras doenças e distúrbios que limitem a capacidade do indivíduo de

morder, mastigar, sorrir e falar, bem como o seu próprio bem-estar psicossocial3.

Trata-se de uma condição que, apesar dos avanços tecnológicos nos cuidados de

saúde em termos mundiais, ainda se defronta com desafios importantes, uma vez que

muitas doenças orais persistem, nomeadamente entre os grupos economicamente

desfavorecidos de todo o mundo7; com a distribuição e a gravidade dessas doenças a

variar nos diferentes países e também dentro de um mesmo país.

O número de pessoas com problemas orais não tratados subiu de 2,5 mil milhões, em

1990, para 3,5 bilhões, em 2015, com um aumento de 64% nos DALYs (Disability

Adjusted Life Years), devido às condições de saúde bucal em todo o mundo17.

Somam-se a isso os altos custos relacionados a estas doenças, que representam, em

média, 5% dos gastos totais em saúde e 16% dos gastos no setor, nos países da

OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), segundo

dados de 2009. Em 2012, na UE (União Europeia), os custos foram próximos a 79 mil

milhões de euros18.

Os fatores sóciocomportamentais e ambientais têm um papel significativo na

prevalência das doenças orais19. Entre estes, destacam-se, além da má higiene oral,

os fatores de risco partilhados pelas principais doenças não transmissíveis: uma dieta

pouco saudável, o uso do tabaco e o uso nocivo de álcool3. Desse modo, uma

intervenção nesses fatores de risco podem trazer benefícios que são transversais ao

controlo das principais moléstias não transmissíveis (doenças cardiovasculares,

cancro, doenças respiratórias crônicas e diabetes) e das doenças orais3,

nomeadamente a cárie dentária, a periodontite e o cancro oral.

A cárie dentária é a principal doença oral na maioria dos países industrializados,

afetando 60-90% dos escolares e a grande maioria dos adultos. A periodontite, por

outro lado, afeta cerca de 15 a 20% dos adultos de meia-idade (35 a 44 anos), sendo

que perto de 30% das pessoas com idades entre 65 e 74 anos já não possuem dentes

naturais3. Por sua vez, o cancro oral representa o oitavo tipo de cancro mais vulgar e

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oneroso em termos de tratamento20. Além disso, distúrbios como os relacionados à

articulação temporo-mandibular, à oclusão, à sensibilidade dentária, entre outros, têm

um importante impacto na qualidade de vida das pessoas.

Historicamente, a abordagem dos cuidados de saúde oral tem privilegiado o

tratamento curativo, em detrimento da prevenção e da promoção da saúde oral, sendo

esta uma abordagem limitada e que possivelmente contribui para uma carga de

doenças orais elevada ao nível mundial20. O aumento da população, por um lado, e o

envelhecimento das pessoas, por outro, são alguns dos elementos que também

contribuem para uma procura aumentada de cuidados de saúde oral20, onerando os

gastos com esses cuidados.

Outro elemento crucial no aumento da carga da doença oral é a questão das

iniquidades, que refletem diretamente as desigualdades sociais21. Apesar de haver

mais de um milhão de médicos dentistas em todo o mundo, sua distribuição geográfica

é desigual e apenas 60% da população mundial goza de acesso aos cuidados

relativos à saúde oral adequados20. Assim, enquanto os segmentos mais ricos e

saudáveis da população têm acesso a cuidados de saúde oral adequados e

atempados, uma parcela crescente continua sem acesso a estes cuidados, recorrendo

a eles quando a doença já se encontra em estado avançado, com dor e infeção22.

As principais doenças orais são evitáveis por meio de prevenção eficaz e de promoção

da saúde, reforça o documento Saúde 2020, da OMS Europa23. Registe-se que uma

saúde oral deficiente pode afetar negativamente a qualidade de vida dos indivíduos,

resultando em um importante problema de saúde pública que deve ser abordado pelos

decisores políticos24 bem como por todos os stakeholders envolvidos, de modo a

garantir ganhos efetivos em saúde.

2.2. Panorama da Saúde Oral em Portugal

Os portugueses afirmam adotar bons hábitos de higiene oral, diz o III Barómetro da

Saúde Oral, um estudo publicado pela OMD (Ordem dos Médicos Dentistas) em 2017.

O documento apresenta uma visão generalizada e atualizada da saúde oral em

Portugal e apesar da avaliação positiva feita pelos portugueses, chama a atenção para

questões como o percentual de perdas dentárias na população: apenas cerca de um

terço dos portugueses têm todos os dentes naturais, sendo que faltam mais do que

seis dentes naturais em 30% da população, uma condição que afeta significativamente

a qualidade da mastigação. Além disso, menos da metade, 42,6%, apresenta a

substituição protética dessas perdas25. Já na faixa etária de 64 a 75 anos, por volta de

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30% dos portugueses terão perdidos todos os dentes23. Estes são valores que estão

em consonância com a média dos parâmetros encontrados em muitos dos países

europeus, nos quais é possível encontrar uma taxa de prevalência que varia desde 5%

até 51%2. Mas, mesmo com os resultados verificados, a resposta a essa realidade

permanece como lacuna a ser preenchida, merecendo estudos mais aprofundados,

que, provavelmente, encontrarão, na base, as questões de prevenção e de promoção

de saúde passando ao largo do modelo de cuidados adotado por grande parte dos

prestadores de serviços de saúde oral.

O mesmo estudo constatou, ainda, um aumento na frequência de visita ao médico

dentista em relação aos anos anteriores, entretanto, 27% da população não costuma

buscar cuidados de saúde oral, a não ser em casos de urgência. A alegação de não

precisar ou de não poder arcar com as despesas são os dois motivos principais

apontados por este segmento da população. Apesar da implementação de médicos

dentistas nos Cuidados de Saúde Primário no SNS (Serviço Nacional de Saúde), 71%

dos portugueses afirmam desconhecer a existência desse serviço, enquanto que é de

78,3% o percentual da população que realiza o pagamento no próprio ato da

consulta25.

Dados da OMD, referentes a Dezembro de 2017, contabilizam 9.832 médicos

dentistas ativos para o exercício profissional no País, variando o rácio médico

dentista/população, de 707, na área metropolitana do Porto a 2.741, na região do

Baixo Alentejo. É esperado que a partir de 2019, exista um médico dentista para

menos de 1.000 habitantes no País26. Ainda assim, diz o Relatório de Primavera, do

Observatório Português dos Sistemas de Saúde, em 2017, um maior número de

indivíduos reporta necessidades não satisfeitas em relação aos cuidados de saúde

oral: são 15,7% da população portuguesa, contra 5,5% da UE, diferença que se

intensifica quando se trata de grupos com menor rendimento, nos quais a

percentagem é de 28,8% em Portugal, quase três vezes mais do que o encontrado na

UE, que é de 10,4%27.

2.3. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral

Com o objetivo de prevenir e de tratar as doenças orais nas crianças e jovens, bem

como reforçar a literacia em saúde oral desses pacientes, foi criado, em 2005,

o PNPSO (Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral)28. Uma iniciativa que vem

se alargando ao longo dos anos, englobando categorias de maior vulnerabilidade

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como as grávidas e os idosos carenciados, ambos acrescidos ao programa no ano de

200828.

Em 2010, os doentes infetados pelo vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

também passaram a ser abrangidos pelo programa; e no ano de 2014, o programa de

intervenção precoce do cancro oral foi acrescido ao PNPSO, com ênfase aos homens

fumadores, de hábitos alcoólicos e com idade a partir dos 40 anos28.

No ano seguinte, mais um despacho permitiu o alargamento do programa de entre as

categorias já existentes, com acréscimo de novas faixas etárias de adolescentes e de

crianças com necessidades especiais, como portadores de doença mental, paralisia

cerebral, trissomia 2128.

Mais recentemente, a inserção de consultas de saúde oral nos cuidados de saúde

primários se consolidou como medida implementada pelo programa, com vistas a

permitir um maior acesso aos cuidados de saúde oral dentro do SNS por parte dos

portugueses28.

O cheque-dentista, estratégia do PNPSO, está a oferecer um grande contributo para

os ganhos em saúde oral no país, nomeadamente nas crianças e adolescentes, é o

que apontam os indicadores encontrados em um estudo levado a cabo entre 2013 e

2014, na UL29. Segundo o levantamento, a percentagem de crianças e jovens de 6, 12,

e 18 anos com cárie foi de 45,2%, 47% e 67,6%, respetivamente. Já o CPOd (Dentes

Cariados, Perdidos e Obturados ) - um índice que mede a experiência de cárie

dentária na dentição permanente30 -, encontrado foi de 1.18 (±0,12) aos 12 anos de

idade e de 2.51 (±0,20) aos 18. Embora o estudo constate que aos 18 anos de idade

um terço dos pacientes, 33,1%, tenha se beneficiado da estratégia do PNPSO - contra

50% do grupo etário dos 12 anos -, em termos comparativos, observa-se que o índice

CPOd encontrado aos 18 anos é praticamente duas vezes o valor encontrado aos 12

anos de idade, assim como o próprio percentual de cárie encontrado, 43% maior do

que aquele encontrado aos 12 anos. Isso parece representar um incremento na

experiência de cárie ao longo dos anos e, caso se confirme essa hipótese, existem

razões para tanto e que merecem ser analisadas, sendo uma delas a possível não

adesão ao programa. Entretanto, na ótica dos investigadores, os níveis de doença

encontrados aos 18 anos de idade foram considerados moderados, abaixo de suas

expetativas29.

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7

Já a avaliação da dentição decídua aos seis anos de idade revelou uma percentagem

elevada de ausência de cárie, 55%, mas que ainda está abaixo do esperado: as

projeções para 2020 da OMS, relativas a esse mesmo grupo etário, apontam para

70%. Torna-se evidente a necessidade de se criar uma estratégia mais eficaz de

intervenção nessas crianças, diz o estudo29.

De fato, embora a maioria dos portugueses reconheça a necessidade de tratamento

dos dentes decíduos, das famílias com menores nos agregados, 61% delas admitem

nunca ter levado os menores de seis anos ao médico dentista. E dos restantes 39%

que já o fizeram, 64% não utilizaram o cheque-dentista, sendo o desconhecimento

dessa modalidade de pagamento, o motivo alegado por 26% desse grupo25. A não

adesão ao cheque-dentista também foi motivo de um estudo levado a cabo no ano

letivo 2014/2015, no ACES LOO (Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Ocidental

e Oeiras), no qual se constatou uma percentual de adesão de apenas 23%, para os

estratos etários de sete, 10 e 13 anos, sendo o desconhecimento do encarregado de

educação e a existência de cuidados de saúde oral privado das crianças, as duas

principais razões associadas ao baixo percentual31.

Para a conquista de um melhor nível de saúde oral na população, a OMS propõe uma

abordagem nas três esferas consideradas fundamentais: os fatores de risco

sóciocomportamentais, os ambientais e as políticas de saúde que envolvam os

cuidados de saúde oral. A implementação de medidas que impactem na utilização

adequada dos cuidados de saúde oral e na adesão de comportamentos saudáveis é

capaz de gerar um estado de saúde oral compatível com saúde e qualidade de vida na

população32. O legado "Saúde em todas as políticas", da Carta de Adelaide, elaborada

na 2a Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde, em 1988, já parecia

apontar justamente para esse caminho33.

2.4. Telemedicina dentária: conceito e história

O Telemedicine Information Exchange define a telemedicina como o "uso de sinais

eletrônicos para transferir dados médicos - fotografias, imagens de raios X, áudio,

registos de pacientes, videoconferências - de um sítio para outro via Internet,

Intranets, PCs (Personal Computers) satélites ou equipamentos de videoconferência

com vistas a melhorar o acesso aos serviços de saúde”12. A telemedicina, também

denominada por alguns como TS (TeleSaúde), também pode ser definida como a

prestação de cuidados de saúde e a troca de informações sobre cuidados de saúde

através das distâncias. O prefixo "tele" deriva do grego "à distância". Entre suas

atribuições, abrange, pois, toda uma gama de atividades médicas: diagnóstico,

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8

tratamento, monitoramento e prevenção de doenças, educação continuada de

provedores de saúde e consumidores, pesquisa e avaliação. É uma ferramenta

projetada para assistir o gerenciamento e o monitoramento de casos com o fim de

melhorar tanto o gerenciamento de doenças quanto o acesso aos cuidados34.

A história da telemedicina remonta ao ano de 1924, aquando de uma consulta médica

realizada através do rádio. Já o conceito de telemedicina dentária é, entretanto, mais

novo. A conceção inicial da expressão TMD foi desenvolvida como parte do blueprint

para informática dentária, que foi elaborado em 1989, em uma conferência financiada

pelo Grupo de Sistemas Eletrónicos Westinghouse, em Baltimore, nos Estados

Unidos. O foco em discussão era a aplicação da informática dentária na prática clínica

de modo a influenciar diretamente na prestação de cuidados de saúde oral12.

Em 1994, as forças armadas americana formaliza um programa de telemedicina com o

objetivo de investigar aplicações secundárias para a tecnologia de comunicação

rapidamente emergente de então. Neste âmbito, na tentativa de reestruturar a

prestação de cuidados de saúde, desenvolve um programa de TMD: o Total Dental

Access, um projeto de teleducação com vistas a um maior acesso dos pacientes ao

atendimento dentário de qualidade, dentro de um sistema mais custo-efetivo35.

Em 1997, a expressão TMD foi utilizada pela primeira vez, quando Cook, citado por

Nutalapati et al.13, a definiu como “(…) a prática de usar videoconferência para

diagnosticar e fornecer conselhos sobre tratamento à distância”. De fato, as evidências

parecem ser de que a associação da MD ao uso da tecnologia da comunicação e da

Internet representa uma ferramenta cujo impacto tem um potencial crescente,

nomeadamente, no acesso da população aos cuidados de saúde oral14.

2.5. Tipos de telemedicina dentária

A TMD pode ser dividida basicamente em duas categorias, denominadas Real time

consultation e Store-and-forward method. A primeira consiste em uma consulta

realizada em tempo real, sincrónica, por meio de videoconferência, na qual, de um

lado está o paciente, e do outro, o médico dentista, com a possibilidade então de

comunicarem-se livremente. Já a segunda utiliza o método de obtenção de imagens a

partir de máquinas fotográficas, scanners intraorais ou de aparelhos de raios X

portáteis; imagens essas que são armazenadas e posteriormente encaminhadas a um

médico dentista generalista ou especialista, para consulta e planeamento de

tratamento. Nesta última, o paciente não está presente aquando da consulta

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9

propriamente dita, ou seja, no momento em que o médico dentista está a apreciar o

caso13.

Uma terceira possibilidade, designada de Remote monitoring method, implica no

monitoramento à distância de pacientes, estejam estes em seus lares ou em

hospitais36, o que, em um olhar mais genérico, pode ser entendida apenas como uma

variante das outras modalidades, na qual a questão de mobilidade restrita do paciente

seja o diferencial.

2.6. Aplicações da telemedicina dentária nas várias áreas da Medicina Dentária

De entre as alegações principais em defesa da utilização da TMD estão a redução de

custos e a otimização dos recursos disponíveis. Sendo os deslocamentos evitados de

pacientes, principalmente quando estes se encontram em regiões afastadas dos

centros de oferta de cuidados de saúde oral, e a agilidade de referenciação,

elementos recorrentes em vários estudos realizados sobre seu impacto nos cuidados

de saúde oral37,15.

Glassman et al.11 relatam, em um estudo de 2012, já haver alguma evidência de que a

TMD pode incrementar a capacidade de prestação de cuidados de saúde oral dos

sistemas de saúde de uma forma que pode melhorar a saúde das pessoas,

nomeadamente das populações em situação de vulnerabilidade, com custos mais

baixos.

Outra questão muito presente encontrada na literatura é a utilização da TMD como

ferramenta de educação, tanto de pacientes como de prestadores de cuidados de

saúde oral. Nessa modalidade, a TMD pode ser utilizada para a discussão de casos

entre pares, para a assistência de especialistas aos profissionais menos experientes,

para o aprimoramento e a educação técnico-científica, bem como para a formação de

pacientes com maior literacia em saúde oral12,36,13.

A TMD representa uma ferramenta eficaz na deteção de lesões orais realizada à

distância - revelaram os resultados de um estudo realizado por Bradley et al.38, em

2010. No estudo, imagens da mucosa oral foram transmitidas por e-mail, segundo a

modalidade Store-and-forward, na qual o envolvimento de mais de um consultor

especialista aprimorou a precisão do diagnóstico. Os autores chegaram à conclusão

de que as clínicas de cuidados de saúde primários podem ser beneficiadas com o uso

dessa ferramenta, nomeadamente nos lugares mais remotos, nos quais a oferta de

profissionais de saúde oral tende a ser menor. Essa visão também é compartilhada

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10

por inúmeros outros trabalhos, como é o caso do estudo levado a cabo por McLaren et

al.39, em 2016, no qual se constatou o benefício da TMD como um método custo-

efetivo para a triagem e referenciação para cuidados de saúde oral em crianças

localizadas tanto em sítios rurais como urbanos. Em Portugal, por sua vez, o estudo

de Morais40, realizado em 2010, convergiu para a mesma conclusão, enfatizando a

importância de se identificar as crianças que necessitam de um médico dentista para

seus tratamentos.

Na especialidade de cirurgia oral, foi constatado o sucesso da utilização da TMD em

diagnóstico de terceiros molares impactados bem como nas etapas pré-operatórias de

procedimentos cirúrgicos. No caso dos terceiros molares, um estudo de Duka et al.41,

em 2009, comprovou a semelhança entre os diagnósticos realizados nos moldes

tradicionais, com a presença do paciente, e aqueles realizados à distância, com a

utilização de imagens fotográficas e radiográficas.

Por sua vez, a eficácia da TMD para avaliar a condição pré-operatória de pacientes

com indicação de cirurgia sob anestesia geral foi alvo de um estudo de Wood et al.42,

em 2016. Nesse estudo foram comprovados resultados anteriores, os quais

constataram uma precisão similar da TMD em relação aos métodos tradicionais, que

exigem a presença do paciente.

A utilização de smartphones em consultas de especialidade maxilo-facial foi discutida

por Aziz e Ziccardi43, em 2009; quando se concluiu que, por oferecer aos profissionais

uma maior mobilidade e por permitir a transferência célere de imagens, esses

dispositivos possibilitam maior eficiência às consultas, e por conseguinte, uma

melhoria nos cuidados da especialidade.

A TMD, da mesma forma, se mostrou útil na área de periodontologia, conforme se

depreende de um estudo realizado por Rocca et al.35, em 1999, no qual pacientes que

foram submetidos à cirurgia periodontal receberam a assistência remota definida por

meio de análise de imagens enviadas ao profissional. Tanto os pacientes relataram

uma melhora no atendimento, principalmente pelo fato de não ser necessário o

deslocamento até ao centro clínico dentário, como os próprios especialistas se

sentiram amparados para tomar decisões adequadas a partir da utilização da

ferramenta.

Na endodontia, a utilidade da TMD também foi testada por Brullmann et al.44 em 2011.

Nesse caso, para o reconhecimento de orifícios de canal radicular por meio de

imagens acedidas remotamente. Os resultados permitiram concluir que profissionais

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11

mais experientes podem oferecer assessoria remota aos colegas iniciantes, fazendo

uso da TMD. Já nos estudos de Baker et al.45, em 2000, não foram encontradas

diferenças estatísticas significativas na avaliação de lesões ósseas, sejam elas feitas

com base em radiografias convencionais ou com base em imagens radiográficas

transmitidas pela Internet.

Um estudo, realizado em 2010, por Ignatius et al.46 avaliou a aplicação da TMD em

prótese dentária e reabilitação oral. Nesse caso, por meio de videoconferência e

análise de imagens, o diagnóstico e o planeamento do tratamento dos pacientes foi

efetuado por uma equipa central, localizada em uma unidade especializada, e médicos

dentistas situados em sete centros regionais de saúde. Com a satisfação dos

pacientes e também dos profissionais de saúde envolvidos, os autores visualizaram na

TMD um potencial para melhorar os serviços de medicina dentária, principalmente nas

regiões de menor densidade populacional com as encontradas na Finlândia46.

A utilização da TMD é também uma realidade na produção de próteses35 e de

restaurações individuais (inlays e onlays), nas quais se utilizam os sistemas CAD/CAM

(Design Assistido por Computador / Manufatura Assistida por Computador). O uso

parte do próprio conceito de TMD, de utilização de tecnologia de comunicação para

envio de imagens capazes de reproduzir os dentes e estruturas circunvizinhas bem

como as relações intermaxilares dos pacientes em 3D, como está presente na

assistência de profissionais especializados para os médicos dentistas menos

familiarizados com os softwares e dispositivos específicos dos sistemas CAD/CAM47.

De entre as valências oferecidas por esses sistemas, destaca-se a de o médico

dentista poder fazer uma impressão digital da cavidade oral do paciente e de poder

enviá-la ao laboratório para o desenho e posterior confeção da prótese dentária48.

O papel da TMD na ortodontia foi discutido, ainda, em um estudo de Berndt et.,

citados em Irving M et al.49, em 2017, no qual foram encontrados resultados similares

entre os obtidos em tratamentos ortodônticos intercetivos realizados por residentes de

ortodontia diretamente supervisionados por professores e aqueles realizados por

médicos dentistas generalistas supervisionados remotamente por especialistas da

área, nas situações em que o deslocamento do paciente para um centro especializado

não era viável.

Por outro lado, a utilização de modelos digitalizados a partir de impressões feitas no

consultório dentário tem permitido aos especialistas dessa área realizar as análises,

medições e avaliações de relacionamento intermaxilar, com a possibilidade de

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12

partilharem os dados com colegas, para discussão e elaboração de plano de

tratamento50.

A opinião dos médicos dentistas generalistas ingleses sobre o uso da TMD para

referenciação ortodôntica foi avaliada por um estudo realizado em 2005. A conclusão

é de que 71% dos GDPs (General Dental Practitioners) consideraram favorável a

utilização da ferramenta, embora mais da metade dos entrevistados atentaram para

implicações como tempo, custos e segurança dos dispositivos eletrónicos utilizados51.

A TMD exerce um papel importante na deteção precoce de cárie40,52,53. A precisão dos

exames dentários realizados à distância por médicos dentistas, a partir de imagens

obtidas do paciente que se encontra em outro sítio, foi objeto de inúmeros estudos que

comprovaram sua eficácia40,54. Entretanto, para se obter um resultado satisfatório,

alerta o estudo publicado por Mihailovic et al.47, em 2011, é importante utilizar imagens

de qualidade na avaliação realizada remotamente. Para tanto, se faz necessária uma

câmara capaz de fotografar os dentes de vários ângulos, com iluminação

adequadamente focada e dispositivo para redução do reflexo produzido pela superfície

dentária no momento da fotografia. Além do benefício principal que é o de levar os

cuidados de saúde oral para os sítios mais remotos, a utilização da TMD também

beneficia as crianças por diminuir-lhes o medo e a ansiedade que os exames

tradicionais podem lhe causar. Em contrapartida, Morais40 observou que são

necessários recursos mínimos, tanto em termos de pessoal qualificado para fotografar

como em termos de equipamento necessário, uma vez que se obteve no seu estudo

um grau de precisão de 80 a 85%, fazendo uso de uma câmara sem muita

sofisticação tecnológica.

2.7. Custo-efetividade da telemedicina dentária

A comprovação da eficiência diagnóstica da TMD quando comparada aos meios

tradicionais, que envolvem a presença do médico dentista, parece carecer de maiores

evidências, consoante ainda não serem muitos os estudos publicados. Ou,

retrocedendo um passo nessa afirmação, levam em conta uma gama variável de

técnicas e equipamentos envolvidos na utilização, o que talvez dificulte uma

generalização dos casos. Embora as vantagens percebidas no uso da TMD sejam

muitas, estudos mais aprofundados são necessários para a obtenção de uma

evidência mais robusta53.

Os custos, por sua vez, apontam como um dos grandes constrangimentos da

implementação da TMD na prestação de cuidados de saúde oral. Uma revisão

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sistemática realizada em 2000, por Whitten OS et al55., mostrou não haver, àquela

época, boas evidências para a TM como um meio custo-efetivo de prestação de

cuidados de saúde. E no caso específico da TMD, apesar de não ter sido observada

uma economia efetiva de custos, os autores de um estudo realizado em 2002 -

Scuffham PA e Steed M56 -, estimaram que a maior familiaridade com a ferramenta, e

com o uso dos equipamentos associados a ela, poderiam determinar um maior ganho

custo-efetivo. Nos tempos atuais, passados muitos anos, a presença de dispositivos

tecnológicos como câmaras extras e intraorais ocupa um lugar comum no âmbito da

prestação de cuidados de saúde oral, nomeadamente no campo privado, de modo que

já se observa um maior ganho custo-efetivo, conforme conclui um estudo de Teoh J et

al.57, publicado neste ano.

De entre as questões de custos, ressalta-se a própria regulação dos serviços e o

pagamento dos profissionais de saúde que realizam as consultas de TM, sendo o

contexto do reembolso, muitas vezes citado como razão para a subutilização de

serviços de TS58. Por outro lado, o custo de aquisição e de manutenção dos

equipamentos necessários à realização de uma TMD13 assente em recursos

tecnológicos minimamente aceitáveis também representa uma preocupação.

Acrescente-se a isso, o tempo necessário para uma adaptação dos profissionais e dos

pacientes a um sistema de prestação de cuidados de saúde oral dessa natureza59.

Embora a TMD venha sendo implementada por serviços de saúde em vários

países12,56,60,61,62, para além dos aspetos financeiros, as questões éticas e legais, tanto

internas, como externas aos países, precisam ser ponderadas e

regulamentadas15,58,63. Enquanto em algumas localidades é possível ao higienista

dental realizar procedimentos dentro de sua alçada, a partir das diretrizes recebidas

do médico dentista que se encontra alhures; em outros, o escopo de atuação desse

profissional pode diferir de padrão, o que tende a dificultar um alinhamento de

procedimentos, de responsabilidades, de competências e de pagamento pelos

serviços prestados, tanto por parte do médico dentista como por parte dos demais

profissionais envolvidos na prestação de cuidados de saúde oral por meio da TMD59.

Além disso, questões que envolvem o consentimento informado, a proteção de dados

dos pacientes, a responsabilidade médica, a jurisdição13, de entre outras, também

configuram aspetos relevantes a se considerar aquando da implementação de uma

prática médico-dentária assente na TMD.

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14

2.8. O futuro da telemedicina dentária

Oferecer um acesso mais facilitado aos centros de oferta de cuidados de saúde oral,

nomeadamente para aqueles que, por razões históricas ou geográficas, apresentam

maior vulnerabilidade, parece representar o escopo central do que é defendido em

análises de programas de TMD realizadas em diversos países, sendo a maioria

conduzida em países da Europa e nos Estados Unidos46,64,65,66,67.

Os desafios com as questões tecnológicas, tais como riscos na transmissão das

imagens, compatibilidade técnica dos equipamentos, fiabilidade dos mesmos e

aplicabilidade nas várias áreas da MD e suas questões legais e éticas59, bem com a

eficiência desse método, também têm sido alvo de inúmeros estudos. Por último, mas

não menos importante, as vantagens para os consumidores finais, os pacientes, da

mesma forma, vêm merecendo grande atenção dos investigadores. Talvez, as

publicações disponíveis carreguem em si algum viés, posto que em grande parte

privilegiam os benefícios e as vantagens da TMD, entretanto, fato é que os avanços

no uso de tecnologias de TS para melhorar os cuidados gerais de saúde e a prestação

de cuidados de saúde oral apontam para uma crescente conscientização sobre a

importância dessas tecnologias11.

Além dos avanços tecnológicos, a expansão do conhecimento na prestação de

cuidados tem impulsionado o mercado global de TS. Ele está projetado para aumentar

a uma taxa anual de 30% entre 2017 e 2022, podendo alcançar a esfera de 12 mil

milhões de dólares ao final do período. Pesquisas recentes também mostram grande

parte dos consumidores, mais de 70%, a considerarem um serviço de atendimento

médico virtual, principalmente de entre os consumidores de renda mais alta e com

seguro privado16. No futuro, sistemas como o OCT (Optical Coherence Tomography),

com sonda ótica portátil e configuração simplificada, permitirão que a deteção precoce

de muitas doenças bucais, incluindo cáries, doença periodontal e cancro oral, ocorra

em âmbito domiciliar, o que será útil no contexto de cuidados de saúde oral de

populações vulneráveis, nomeadamente, os idosos68.

Apesar de toda a disseminação do conhecimento e aumento da literacia nos vários

campos do saber, de uma maior capacidade dos pacientes em gerir as próprias

condições de saúde e tomar suas decisões, ainda cabe ao profissional especializado

estar à frente desse cenário, envolvendo-se nos estudos, nas pesquisas e na análise

de vantagens e desvantagens de modo a alcançar conclusões que lhe permitam

oferecer uma assistência adequada e possibilitar aos pacientes as melhores escolhas.

A tecnologia apresenta-se como uma mais-valia, portanto cabe aos profissionais de

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saúde oral abraçá-la69. No caso do contexto nacional, antes de mais nada, é preciso

saber se o profissional de saúde oral português está preparado, e mais do que isso,

disposto, a adotar as novas tecnologias em seu dia a dia profissional.

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16

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3. Objetivos do trabalho

3.1. Pergunta de investigação

Qual a opinião dos profissionais de saúde, em particular dos médicos dentistas,

acerca do potencial da TMD para melhorar a prestação de cuidados de saúde oral e o

acesso aos mesmos em Portugal?

3.2. Objetivo geral

Descrever e caracterizar o potencial da TMD para a melhoria da prestação de

cuidados de saúde oral e estudar o seu papel no acesso aos mesmos em Portugal, na

ótica de seus profissionais de saúde oral.

3.3. Objetivos específicos

- Caracterizar a aplicação da TMD na prática da Medicina Dentária em Portugal.

- Caracterizar a importância da TMD para as políticas de saúde oral em Portugal, na

perspetiva dos médicos dentistas portugueses.

- Identificar obstáculos ao uso da TMD nos cuidados de saúde oral em Portugal, na

perspetiva dos médicos dentistas portugueses.

4. Metodologia

4.1. Tipo de estudo

Este é um estudo epidemiológico observacional transversal, descritivo, que se baseia

na análise de um inquérito online autoaplicado aos MD portugueses (n=350) e na

análise temática de uma série de entrevistas semiestruturadas realizadas com

profissionais ligados à saúde em geral, nomeadamente, à saúde oral.

4.2. Fonte dos dados

Os dados analisados neste trabalho provêm de uma pesquisa eletrónica anónima com

médicos dentistas portugueses, realizada durante os meses de Abril, Maio e Junho de

2018. A pesquisa foi adaptada de um questionário originalmente desenvolvido para

avaliar perceções de médicos dentistas generalistas do Reino Unido sobre um sistema

de TMD para rastrear novos encaminhamentos ortodônticos de pacientes70, e que

posteriormente foi utilizado para avaliar as perceções de médicos dentistas

australianos sobre o uso da TMD71. Na sua aceção original, o questionário foi

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formulado a partir de uma série de entrevistas realizadas com os GDPs envolvidos na

referenciação de pacientes ortodônticos70.

Dado o caráter exploratório deste estudo, optou-se pela tradução do referido

questionário para a língua portuguesa, seguida de pré-teste, com um grupo composto

por 17 profissionais, de entre médico dentistas e profissionais de áreas afins, de modo

a se obter um feedback que mostrasse o tempo gasto para preenchimento, a

aceitação geral do questionário, e permitisse encontrar eventuais necessidades de

adequação para o contexto nacional. Os participantes do pré-teste foram recrutados a

partir da rede social do investigador. Estes, por sua vez, indicaram outros colegas para

a participação, sendo todos contactados via e-mail ou smartphone. O pré-teste

decorreu no mês de fevereiro de 2018, quando os participantes receberam o

questionário online com as perguntas originais em língua portuguesa, e com um

espaço ao final do mesmo, reservado para a inclusão de comentários, de dúvidas e de

tempo gasto para o preenchimento. Correções e adaptações mínimas foram feitas

com base nessas respostas, a saber: a inclusão da afirmação “A utilização da TMD é

importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária,

nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.”, e a opção de “grande cidade,

zona urbana ou zona rural”, para a zona na qual o respondente realiza a maior parte

de suas atividades profissionais.

A primeira seção do inquérito online solicitava informações demográficas e

profissionais, bem como o tempo de acesso à Internet e os métodos preferidos de

comunicação. A segunda seção - composta originalmente por 24 perguntas do tipo

Likert de cinco pontos72,73, e acrescida de um item, por recomendação surgida no pré-

teste -, foi agrupada consoante a correspondência a quatro domínios: utilidade da

TMD para a prática profissional, eficiência da TMD para melhorar essa prática;

vantagens da TMD para os pacientes e preocupações dos profissionais em relação à

segurança de dados. Posteriormente, para a análise estatística, as questões foram

reorganizadas consoante os mesmos quatro domínios, mas com alguma alteração no

arranjo das questões, pelo entendimento de que algumas delas faziam mais sentido

em um domínio diferente do que foi originalmente proposto. Por exemplo, a questão “A

TMD ajuda a diminuir as listas de espera” migrou do domínio Utilidade para a prática

profissional para o domínio Vantagens para os pacientes (Anexo 1).

Com o objetivo de complementar a recolha de dados obtida por meio do inquérito

online - no qual os participantes dispuseram de pouco espaço para colocar opiniões

pessoais quanto ao objeto de estudo - a TMD -, e para permitir uma maior

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compreensão da familiaridade dos profissionais em relação à TMD, uma componente

qualitativa foi acrescida ao estudo, como segunda fonte de dados: uma série de sete

entrevistas semiestruturadas presenciais, aplicada a profissionais diretamente

envolvidos na prestação de cuidados de saúde oral ou com trabalho desenvolvido nas

áreas de tecnologia, promoção, educação e prevenção em saúde oral.

4.3. População-alvo, população de estudo e amostra analisada

Na presente investigação, define-se como população-alvo o universo de médicos

dentistas portugueses. Segundo dados da OMD, referentes a Dezembro de 2017, em

Portugal havia 9.832 médicos dentistas ativos para o exercício profissional26.

Entretanto, mais especificamente, para fins de composição dessa amostra, a

população do estudo foi definida a partir de uma lista de e-mails de médicos dentistas

obtida a partir de um script para mineração74 – a tabulação de dados a partir de uma

fonte de informação, com base em critérios específicos -, dos contatos disponíveis na

página de Pesquisa de Prestadores de Cuidados de Saúde do site da ERS. Os dados

foram transferidos para uma folha do Microsoft Excel para Mac versão 15.28, na qual

se realizou a seleção da tipologia - clínicas ou consultórios dentários -, e se

eliminaram endereços eletrónicos duplicados, de modo que se obteve um total de

3.239 e-mails. Em 185 destes, os envios foram devolvidos por erros como destinatário

desconhecido ou caixa de correios sem espaço suficiente. Chegou-se assim a um total

de 3.054 endereços eletrónicos, número sob o qual se definiu a base da amostragem

(n= 3.054) e a partir do qual se realizou o cálculo da amostra75, com uma prevalência

estimada de 50%, um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 5%.

Dessa forma, alcançou-se um total de 342 questionários a serem respondidos,

conforme se ilustra no Fluxograma 1.

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20

Fluxograma 1: Definição da dimensão da amostra

4.4. Critérios de inclusão e de exclusão dos participantes

No que concerne aos participantes do inquérito online, os critérios de inclusão

consideraram a condição de registado no site da ERS, ou seja, médicos dentistas, e

eventualmente estomatologistas, a exercer a profissão no período em que decorreu a

investigação. Desse modo, apenas profissionais recolhidos da tipologia clínicas ou

consultórios dentários, com endereço eletrónico válido e que voluntariamente

concordaram, foram selecionados para a participação no inquérito.

Posteriormente, também foram incluídos alguns e-mails de médicos dentistas

indicados pela rede social do investigador. Estes receberam os devidos

esclarecimentos sobre o objetivo da pesquisa e após sua anuência e informação de

endereço eletrónico, receberem o e-mail convite para a participação.

Com relação às entrevistas presenciais, os participantes foram selecionados

consoante a atuação no âmbito da prestação de cuidados de saúde oral ou o trabalho

desenvolvido nas áreas de tecnologia ou promoção, educação e prevenção em saúde

oral; com disponibilidade para conceder a entrevista; e também mediante a disposição

voluntária para assinar o Termo de Consentimento Informado.

Tanto para um dos casos – o inquérito -, como para o outro – a entrevista presencial -,

foram excluídos aqueles que por razões de agenda e de disponibilidade não puderam

participar do processo dentro do prazo estipulado para sua realização, os meses de

OMD: 9.832 MD em Dezembro de 2017

ERS: Página de Prestadores de Cuidados

de Saúde

Mineração segundo a tipologia clínicas ou

consultórios dentários

Transferência de dados para Microsof Excel para Mac versão 15.2 (4.504

unidades)

Eliminação de 1.265 endereços eletrónicos

duplicados

Envio de 3.239 convites para participar do

inquérito

Eliminação de 185 e-mails com erros de destinatário ou sem espaço suficiente

na caixa de correios

Definição da base de amostragem = 3.054 e-

mails válidos

Cálculo da dimensão da amostra = 342

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21

Abril, Maio e Junho de 2018, ou não puderam garantir a autorização para a gravação

da entrevista, condição apresentada no caso da entrevista presencial.

4.5. Procedimentos formais e éticos

Para uma revisão narrativa e familiarização com o tema, foi realizada uma pesquisa

bibliográfica nas bases de dados Emerald, Pubmed, Scopus e Web of Science, de

artigos publicados nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola, no período de 2007 a

2017, com as seguintes palavras-chave: Teledentistry, eHealth, telehealth, oral health,

telemedicine. Referências bibliográficas encontradas nos artigos selecionados também

foram utilizadas no estudo.

Para a realização do inquérito os autores que utilizaram o questionário modelo71 em

segunda instância foram consultados por e-mail e, prontamente, também por e-mail,

compartilharam o referido questionário70.

Em seguida, foi solicitada a aprovação para o estudo junto da CNPD, que o aprovou

sob o parecer de protocolo número 2474/ 2018 (Anexo 2).

Um convite de participação com esclarecimentos sobre o propósito do inquérito, a

voluntariedade da participação, a confidencialidade e a utilização dos dados apenas

para fins de investigação, bem como o link para aceder ao inquérito foi enviado para

os e-mails dos profissionais selecionados na etapa de mineração. Após a

correspondência inicial cinco lembretes foram enviados a todos os profissionais, uma

vez que o sistema não previa a identificação do e-mail dos respondentes. Para

concordar com a participação, o próprio profissional deveria clicar nesse link e

proceder ao preenchimento do inquérito – um total de 35 itens -, todos de caráter

obrigatório, ou seja, não havia a possibilidade de passar ao próximo item, sem antes

ter preenchido o anterior. o O/a inquirido/a não poderia selecionar mais de uma opção

de resposta por questão; com exceção das perguntas sobre o campo de atuação

(privado, público e académico) e sobre o meio de comunicação que mais utiliza para

contactar pacientes, colegas ou profissionais relacionados à sua área de atuação

(pessoalmente, telefone, e-mail, fax, carta, videoconferência e redes sociais) - nas

quais era possível selecionar mais de uma opção.

Por sua vez, as entrevistas presenciais foram realizadas consoante roteiro

estabelecido por um guião elaborado a partir de temas considerados relevantes na

pesquisa bibliográfica (Anexo 3). Após a anuência dos participantes, as entrevistas

foram levadas a cabo em local e em horário definidos por eles, tendo nessa ocasião,

após esclarecimentos, assinado o Termo de Consentimento Informado (Anexo 4).

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22

4.6. Variáveis em estudo

Para atender aos objetivos da investigação foram utilizadas variáveis relativas às

informações sociodemográficas e profissionais dos participantes, como o tempo de

exercício profissional, a qualificação, a zona e o campo de atuação, o número de

horas trabalhadas por semana, o tempo de acesso à Internet e os métodos preferidos

de comunicação. Um plano de operacionalização de variáveis encontra-se no Anexo

5.

4.6.1. Variável qualitativa nominal: estado sociodemográfico

A variável sexo foi usada na sua forma original, binária, com categorias

correspondentes ao sexo feminino (1) e masculino (2).

4.6.2. Variável qualitativa ordinal: estado sociodemográfico

A variável idade foi codificada em cinco categorias, com valores de 1 a 5: até 29 anos;

30 a 39 anos; 40 a 49 anos; 50 a 59 anos; e 60 anos ou mais.

4.6.3. Variáveis qualitativas nominais: questões profissionais

Para a variável qualificação profissional foram utilizadas as categorias clínico geral (1)

ou especialista (2). Já a zona de atuação, para efeito de adaptação ao contexto

nacional, foi codificada em três categorias: zona urbana (1), grande cidade (2) e zona

rural (3).

No campo de atuação, por sua vez, as categorias privado, público ou académico, para

efeito de análise estatística inferencial, foram codificadas em duas subcategorias,

cada uma (sim=1; não=2). O mesmo ocorrendo com a variável meio de comunicação

(pessoalmente, telefone, e-mail, rede social, fax, carta e videoconferência), que foi

subdividida em categorias excludentes (sim=1 e não=2) para cada um dos diferentes

meios. Além disso, devido à baixa frequência com que foram selecionadas nas

respostas dos participantes, as variáveis fax, carta e videoconferência foram

agregadas sob a denominação de “outros”.

4.6.4. Variáveis qualitativas ordinais: questões profissionais

O tempo de exercício profissional foi agrupado em seis classes, a saber: até 5 anos;

de 6 a 10 aos; de 11 a 15 anos; de 16 a 20 anos; de 21 a 25 anos; e mais de 25 anos

de exercício profissional. Já o número de horas trabalhadas por semana foi agrupado

em cinco classes: de 1 a 19 horas; de 20 a 34 horas; de 35 a 49 horas; de 50 a 64

horas e mais que 65 horas semanais. O mesmo ocorrendo com o tempo de horas de

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23

Internet semanais, utilizado para fins gerais e para fins de trabalho, que foi codificado

nas classes (1 a 5): menos de 1 hora, 2 a 4 horas, 5 a 7 horas, 8 a 11 horas e mais

que 11 horas.

4.6.5. Variáveis qualitativas ordinais: questões sobre a TMD

O conjunto de 24 questões relacionadas à TMD foi disposto consoante os quatro

domínios originais, havendo o acréscimo de um item ao primeiro domínio (utilidade da

TMD para a prática profissional), como recomendação advinda do pré-teste; de modo

que se obteve um total de 25 itens relacionados à TMD. Seguindo uma escala tipo

Likert, as questões apresentavam-se como afirmações, diante das quais os

participantes selecionavam uma das cinco alternativas possíveis, a referir seu grau de

concordância com as afirmações propostas. Posteriormente, dado o número baixo de

respostas “discordo totalmente” e “discordo parcialmente”, para fins de análise

estatística76, estas foram agregadas em uma nova variável: discordo total ou

parcialmente.

4.7. Análise estatística da componente quantitativa

A análise estatística em curso neste trabalho envolveu medidas de estatística

descritiva para resumir dados sociodemográficos e dados profissionais, que estão

expressos como frequências e percentagens. As 350 respostas, todas completas,

foram inseridas em uma folhas do Excel (Mac versão 15.28) e codificadas para

tratamento estatístico realizado por meio do programa informático IBM-SPSS versão

25.0.

Para medir o grau de correlação entre duas variáveis ordinais foi utilizado o

Coeficiente de Correlação de Spearman, um teste não paramétrico indicado para

amostras pequenas, com o objetivo de identificar o grau de associação de uma

variável dependente, frente a uma independente. Para efeitos de inferência estatística

foi utilizado o nível de significância de 0,05.

O Teste de Independência do Qui-Quadrado foi utilizado para testar a independência

entre duas variáveis que se encontravam agrupadas em classes mutuamente

excludentes, também com um nível de significância de 0,05. Nas situações em que

condições de aplicabilidade do teste - nenhuma célula na tabela deve ter uma

frequência esperada de menos de um, e não mais do que 20% das células devem ter

uma frequência esperada de menos de cinco76 -, não foram atendidas, ainda assim, os

resultados obtidos foram registados meramente como indicação de possível

associação; não sendo utilizados posteriormente, na discussão.

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24

4.8. Análise temática da componente qualitativa

A análise temática da componente qualitativa acompanhou, em linhas gerais, os

critérios metodológicos propostos por Braun e Clarke77. Tanto as entrevistas como a

transcrição verbatim foram realizadas pelo próprio investigador, de modo que a

familiarização com o discurso dos entrevistados se definiu desde o início do processo.

No tocante à transcrição, o trabalho contou com a colaboração de uma investigadora

nacional, Catarina Samões, mestranda na ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública

da Universidade Nova de Lisboa), de modo a corrigir e esclarecer eventuais nuances

linguísticas locais não apanhadas pelo investigador. Após a transcrição, uma

familiarização com os textos foi mais uma vez aprofundada por leitura completa e

repetida dos mesmos. A partir de então, cada frase das transcrições foi codificada sob

a designação de uma frase ou expressão representativa de seu conteúdo.

Posteriormente - consoante a similaridade com outros códigos e a partir da frequência

com que apareceram no discurso dos entrevistados, o destaque dado pelo

respondente à questão, o caráter inusitado do tema ou a convergência com o que tem

sido publicado em artigos científicos -, esses códigos foram reavaliados e finalmente

agrupados em um conjunto de temáticas afins, que ao final foram reunidas em cinco

grandes temas: MD no SNS; uso da TIC em MD em Portugal; eficiência e utilidade;

custos; obstáculos de implementação da TMD no País.

4.9. Reflexividade do investigador

O investigador, médico dentista licenciado em universidade pública no Brasil, teve sua

carreira profissional pautada no atendimento às comunidades vulneráveis, cuja

experiência de vida, associada a problemas básicos de saúde pública, constituíram o

contexto no qual o investigador desenvolveu seu olhar crítico. Portanto, o olhar que ele

direciona ao objeto de estudo e a todo o processo de análise permeia uma visão que,

ao mesmo tempo que lhe favorece o diálogo com o mesmo, pode, eventualmente,

incliná-lo a um olhar menos imparcial ao contexto total.

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25

5. Resultados

5.1. Dados do inquérito online

Dos 3054 questionários enviados por e-mail aos médicos dentistas, obteve-se uma

taxa de resposta de 11,5%, com 350 respostas disponibilizadas para análise.

5.1.1. Características demográficas e profissionais dos participantes

Dados demográficos mostraram que cerca de 40% da população do estudo têm idade

entre 40 e 49 anos. A maioria dos inquiridos é composta de clínicos generalistas

(69,7%), mulheres (54,6%) e tem mais de 16 anos de experiência de trabalho (67,2%).

A maioria dos profissionais trabalha nas zonas urbanas e em grandes cidades (87,2%)

com o restante a trabalhar em sítios mais afastados dos grandes centros. Enquanto

uma grande proporção de entrevistados (49,1%) trabalha 35 a 49 horas por semana,

um terço dos entrevistados trabalha mais de 50 horas por semana. A maioria quase

absoluta dos entrevistados atua no setor privado, com pequena parte destes a

trabalhar também nos setores acadêmicos e público (Tabela 1).

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26

Tabela 1: Características demográficas e profissionais dos participantes

Características Frequência (%)

Idade (em anos)

Até 29 8,0

30 a 39 22,3

40 a 49 37,4

50 a 59 23,7

60 ou mais 8,6

Género

Feminino 54,6

Masculino 45,4

Qualificação

Clínico geral 69,7

Especialista 30,3

Tempo de exercício profissional

Até 5 anos 7,1

6 a 10 anos 10,9

11 a 15 anos 14,9

16 a 20 anos 24,9

21 a 25 anos 16,9

Mais que 25 anos 25,4

Zona de atuação profissional

Urbana 50,9

Grande cidade 36,3

Rural 12,9

Campo de atuação

Académico 7,7

Público 3,7

Privado 98,9

Horas trabalhadas por semana

1 a 19h 2,9

20 a 34h 18,0

35 a 49h 49,1

50 a 65h 24,9

Mais que 65h 5,1

5.1.2. Preferências de uso da Internet e dos meios de comunicação

A maioria dos participantes, 85,7%, dispensa menos de quatro horas diárias na

Internet para fins relacionados à atividade profissional (Tabela 2), sendo a

comunicação pessoal o meio preferencial apontado por quase metade dos

participantes. Ferramentas como fax, cartas ou videoconferência parecem menos

preferíveis, com menos de 2% de utilização. Por sua vez, o telefone e o e-mail são

classificados como meios preferidos de comunicação por uma proporção substancial

deles: 91,4% para telefone e 57,1% para o e-mail. Cerca de um terço do grupo

entrevistado adota as redes sociais como modo de comunicação no âmbito

profissional (Gráfico 1).

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27

Tabela 2: Uso médio diário de Internet pelos participantes

Horas gastas para aceder a Internet Frequência (%)

Para fins gerais

Menos de 1h 17,4

2 a 4h 43,4

5 a 7h 15,4

8 a 11h 10,0

Mais que 11h 13,7

Para fins profissionais

Menos de 1h 56,3

2 a 4h 29,4

5 a 7h 8,6

8 a 11h 2,9

Mais que 11h 2,9

Gráfico 1: Meios de comunicação preferidos no âmbito profissional

(Em %; n=350)

5.1.3. Utilidade da TMD para a prática profissional

De modo geral, a importância da TMD para as várias áreas da MD foi bem

considerada pela grande maioria dos profissionais. Uma percentagem elevada dos

inquiridos concordou parcial ou fortemente que haveria favorecimento da comunicação

com os colegas, com pouco menos de dois terços deles a apostar no benefício

educativo da ferramenta. A TMD também foi percebida por grande parte da amostra

como uma ferramenta útil para realizar o acompanhamento e a orientação dos

pacientes. Enquanto a maior eficiência na referenciação de novos pacientes a partir do

uso da TMD é vista como possível por cerca de 60% deles, um terço deles manifesta

uma opinião neutra a respeito desse quesito. Os inquiridos também expressaram

otimismo na possibilidade de a TMD poder fornecer dados para um diagnóstico

adequado (Gráfico 2).

48.0%

91.4%

57.1%

0.0%

1.1%

0.9%

29.4%

0% 25% 50% 75% 100%

Pessoalmente

Telefone

E-mail

Fax

Carta

Videoconferência

Rede Social

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28

Gráfico 2: Utilidade da TMD para a prática profissional

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária,

nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins.

P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

5.1.4. Eficiência da TMD para a prática profissional

Na generalidade, embora 76% dos inquiridos entendam que haveria diminuição de

tempo comparado com a carta de referenciação, cerca de 40% considera a

necessidade de novas imagens e entende que o tempo gasto para a preparação de

um paciente em ambiente cirúrgico estenderia o tempo usualmente dispensado com o

mesmo em um contexto convencional. Apenas cerca de um quarto deles acredita que

a TMD possibilite um diagnóstico tão exato quanto aquele feito nos moldes

tradicionais, ou seja, de maneira presencial; sendo que 63,7% deles têm um

pensamento contrário sobre essa exatidão. No quesito relacionado com os custos, os

inquiridos apresentaram opiniões díspares, com um quarto deles a acreditar que os

custos de implementação de uma ferramenta como a TMD seriam altos, e cerca de

um terço do total a pensá-la como capaz de diminuir os custos das práticas

odontológicas. Vale salientar que parte considerável da amostra, pelo menos 40%,

não têm uma opinião definida sobre esses dois itens (Gráfico 3).

0% 20% 40% 60% 80% 100%

P11

P12

P18

P19

P20

P21

P26

(em %, n=350)

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Não concordo nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

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29

Gráfico 3: Eficiência da TMD para a prática profissional

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para prepará-lo para

uma teleconsulta é mais longo do que o tempo gasto nos moldes convencionais.

P17 A TMD reduz os custos das práticas odontológicas.

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em um cenário

clínico tradicional.

5.1.5. Vantagens da TMD para os pacientes

Embora cerca de metade dos inquiridos tenha uma opinião neutra sobre a

conveniência da TMD para o utente e a recetividade deste, uma parte considerável

dos mesmos, cerca de 40%, aponta benefícios como a diminuição das listas de espera

e uma melhor educação e informação dos pacientes. A diminuição de gastos dos

pacientes como favorecimento da TMD representa o pensamento de pouco menos da

metade da amostra. Salienta-se, sobretudo, que a opinião positiva sobre benefícios da

TMD concentra-se na melhor interação profissional-utente, em uma necessidade

menor de deslocamento dos pacientes, bem como um maior benefício para aqueles

que vivem em sítios mais distantes dos grandes centros (Gráfico 4).

0% 20% 40% 60% 80% 100%

P13

P14

P15

P16

P17

P23

(em %, n=350)

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Não concordo nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

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30

Gráfico 4: Vantagens da TMD para os pacientes

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

P29 A TMD melhora a interação e a comunicação com os pacientes.

P30 A TMD diminui os gastos dos pacientes.

5.1.6. Preocupações com o uso de tecnologias de informação

Apesar de haver a preocupação com a incompatibilidade entre os equipamentos - uma

incerteza presente em torno de um terço das respostas -, quase 40% dos inquiridos

consideram fiáveis os equipamentos utilizados na TMD. Já o potencial de manipulação

das imagens enviadas representa a maior preocupação dos profissionais inquiridos,

com a questão da proteção dos dados presente em pouco mais da metade da

amostra. Por sua vez, a dificuldade em se obter o consentimento do paciente divide o

grupo: um terço deles a concordar com essa dificuldade, em contraposição a outro

terço, que discorda que seja difícil obter esse consentimento (Gráfico 5).

0% 20% 40% 60% 80% 100%

P22

P24

P25

P27

P28

P29

P30

(em %, n=350)

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Não concordo nemdiscordoConcordo parcialmente

Concordo totalmente

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31

Gráfico 5: Preocupações com o uso de tecnologias de informação

P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P35 É difícil obter o consentimento do paciente para encaminhamento via Internet.

5.1.7. Análise de associação de variáveis ordinais

O coeficiente de correlação é utilizado para avaliar a força e a direção das relações

lineares entre pares de variáveis78. No caso deste estudo, foram encontrados

coeficientes de correlação fracos ou muito fracos79; sendo a variável tempo de horas

de Internet utilizadas com fins profissionais a que mais gerou correlação com as

respostas, com o coeficiente de correlação a variar de 0,11 para a importância da

TMD para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária e na 0,23, na

questão referente à capacidade de a TMD tornar mais eficiente a referenciação de

novos pacientes (Tabela 3).

Tabela 3: Síntese - Coeficiente de correlação Spearman: Utilidade da TMD para a prática

profissional

n=350, =0,05

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária, nomeadamente, para a

Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

P11 P12 P19 P26

CC / p-value CC / p-value CC / p-value CC / p-value

Horas Internet/trabalho 0,11 / 0,04 0,13 / 0,02 0,23 / 0,001 0,11 / 0,03

0% 20% 40% 60% 80% 100%

P31

P32

P33

P34

P35

(em %, n=350)

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Não concordo nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

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32

No quesito eficiência, uma visão menos otimista da TMD foi observada no item

precisão, aquando da pergunta sobre o grau de precisão dos diagnósticos feitos a

partir de imagens, quando comparado com os diagnósticos feitos nos moldes

tradicionais. Observou-se, entretanto, uma correlação positiva muito fraca relacionada

à idade, tempo de profissão e horas de Internet utilizadas com fins profissionais; ou

seja, quanto maiores as idades, o tempo de profissão e as horas de Internet utilizadas

para fins profissionais, maior a tendência à uma visão mais otimista da TMD no

quesito precisão (Tabela 4).

Tabela 4: Síntese - Coeficiente de correlação Spearman: Eficiência da TMD para a prática

profissional

n=350, =0,05

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em um cenário clínico tradicional.

P23

CC / p-value

Idade 0,17 / 0,01

Tempo de profissão 0,15 / 0,01

Horas Internet/trabalho 0,17 / 0,02

Já com relação à capacidade de diminuição de listas de espera, à utilidade aos

pacientes localizados em sítios mais distantes dos grandes centros e à redução do

deslocamento desnecessário dos pacientes, a variável tempo de horas de Internet

utilizadas para fins profissionais, também apresentou um coeficiente de correlação

positivo, embora de natureza fraca ou muito fraca. Também foi fraca a força da

relação entre o benefício para pacientes de locais mais distantes e a variável tempo de

profissão (Tabela 5).

Tabela 5: Síntese - Coeficiente de correlação Spearman: Vantagens da TMD para pacientes

n=350, =0,05

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P22 P24 P27

CC / p-value CC / p-value CC / p-value

Tempo de profissão * 0,13 / 0,02 *

Horas Internet/trabalho 0,18 / 0,001 0,13 / 0,02 0,23 / 0,001

* sem correlação estatisticamente significativa

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33

Na incompatibilidade técnica entre equipamentos encontrou-se um coeficiente de

correlação também muito fraco com as horas de Internet dispensadas para fins

profissionais, e de igual força para o risco na confidencialidade aquando do envio de

imagens, com relação à idade dos entrevistados (Tabela 6). Logo, os inquiridos que

dispensam um maior número de horas de Internet para fins profissionais tendem a

concordar mais facilmente com a afirmação de que exista incompatibilidade técnica

entre equipamentos. Ao passo que um aumento na idade dos inquiridos está

associado à crença de que há riscos de confidencialidade dos pacientes quando suas

imagens são enviadas eletronicamente.

Tabela 6: Síntese - Coeficiente de correlação Spearman: Preocupações com uso de tecnologias de informação

n=350, =0,05

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P32 P34

CC / p-value CC / p-value

Idade * 0,12 / 0,02

Horas Internet/trabalho 0,12 / 0,02 *

* sem correlação estatisticamente significativa

5.1.8. Análise de independência das variáveis ordinais/nominais

As respostas relacionadas com o fato de a TMD favorecer o treinamento e a educação

continuada apresentaram associação com o meio de comunicação utilizado para

contatar os pacientes. De entre os profissionais inquiridos que fazem uso de redes

sociais para contatar os pacientes, uma parcela de quase 75%, acredita no potencial

da TMD para facilitar o treinamento clínico e a educação continuada. Pensam

contrariamente, 6,8% do total de inquiridos, com 18,4% deles sem uma opinião

definida. Já o fato de a TMD tornar a referenciação dos pacientes mais eficiente

obteve, para esse mesmo grupo, 68% de concordância, com 21,4% deles sem

definição de opinião e 10,7% a discordar desse benefício (Tabela 7).

Para aqueles que contatam os pacientes pessoalmente, a comunicação entre médicos

dentistas e profissionais afins facilitada pelo uso da TMD é objeto de concordância em

84,5%, com uma percentagem de discordantes de 1,8% e de 13,7% indefinidos sobre

o tema. Já no caso dos profissionais que fazem uso de e-mail para essa finalidade,

86,5% concordam com a mais-valia oferecida pela TMD. Discordam 3,0% e não têm

uma opinião definida, 10,5% dos participantes (Tabela 7).

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34

A totalidade dos profissionais que se utilizam de videoconferência ou carta para entrar

em contato com os pacientes - 2% dos entrevistados -, concordou que a TMD facilita a

orientação e o aconselhamento dos pacientes (Tabela 7).

Tabela 7: Síntese – Teste de Independência do Qui-Quadrado: Utilidade da TMD para a prática profissional

n=350, =0,05

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada. P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente. P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins. P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes. *Outros: carta, videoconferência **Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação.

p-value

Discordo total ou

parcialmente

Não concordo

nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

TOTAL

n(%)

P18 Meio de comunicação

Rede social 0,04 SIM 7(6,8%) 19(18,4%) 39(37,9%) 38(36,9%) 103(100,0%)

NÃO 15(6,1%) 66(26,7%) 110(44,5%) 56(22,7%) 247(100,0%)

P19 Meio de comunicação

Rede social 0,02 SIM 11(10,7%) 22(21,4%) 49(47,6%) 21(20,4%) 103(100,0%)

NÃO 19(7,7%) 93(37,7%) 102(41,3%) 33(13,4%) 247(100,0%)

P20 Meio de comunicação

Pessoalmente 0,01** SIM 3(1,8%) 23(13,7%) 78(46,4%) 64(38,1%) 168(100,0%)

NÃO 5(2,7%) 13(7,1%) 66(36,3%) 98(53,8%) 182(100,0%)

E-mail 0,01** SIM 6(3,0%) 21(10,5%) 67(33,5%) 106(53,0%) 200(100,0%)

NÃO 2(1,3%) 15(10,0%) 77(51,3%) 56(37,3%) 150(100,0%)

P21 Meio de comunicação

Outros* 0,04** SIM 0(0,0%) 0(0,0%) 2(28,6%) 5(71,4%) 7(100,0%)

NÃO 24(7,0%) 68(19,4%) 165(48,1%) 6(25,1%) 343(100,0%)

Por sua vez, o meio de comunicação, o sexo e o campo de atuação apresentaram

uma associação às respostas dadas em algumas questões relacionadas à eficiência

da TMD. A amostra, composta por 54,6% de mulheres, teve 31,4% a concordar que a

TMD seja uma ferramenta cara de se implementar; com 17,3% das entrevistadas a

discordar e 51,3% sem uma posição definida a respeito. Já os homens concordaram

com a afirmação em 20,2%, com 31,2% de discordância e 47,8% de neutralidade (não

concorda nem discorda). Para os que utilizam carta ou videoconferência como meio

de comunicação com os pacientes, obteve-se 42,9% de concordância e 57,1% de

discordância (Tabela 8).

Na questão “a TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência”,

foi encontrada uma associação com relação ao meio de comunicação utilizado pelos

profissionais entrevistados. Na amostra, dos que utilizam o e-mail para essa

finalidade, 81,0% concordam com a economia de tempo, contra 4,0% de discordância

e 15,0% de neutralidade. Já nos que utilizam carta ou videoconferência, 85,7% de

concordância contra, 14,3% de discordância (Tabela 8).

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35

Sobre a necessidade de se tirar fotografias extras ao fazer uso da TMD, dos

indivíduos da amostra que fazem uso do telefone para contatar os pacientes, 39,4%

concordam que são necessárias, com 25,0% de discordância e 35,6% neutros. Já dos

que fazem uso de e-mail para essa finalidade, 36% acreditam na necessidade de se

tirar mais fotografias, mesmo com a utilização da TMD. Discordam dessa opinião,

25,5% deste grupo, com um percentual de 38,5% de neutralidade (Tabela 8).

Com relação à afirmação de que a TMD faz aumentar o tempo gasto com o paciente

cirúrgico, para os entrevistados que utilizam o e-mail como meio de comunicação com

os pacientes, foram encontrados os seguintes percentuais para concordância,

discordância e neutralidade, respetivamente: 36,0%, 25,5% e 38,5% (Tabela 8).

Tabela 8: Síntese – Teste de Independência do Qui-Quadrado: Eficiência da TMD para a prática profissional

n=350, =0,05

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para prepará-lo para uma teleconsulta é mais

longo do que o tempo gasto nos moldes convencionais.

*Outros: carta, videoconferência ** Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação

p-value

Discordo total ou

parcialmente

Não concordo

nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

TOTAL

n(%)

P13

Sexo 0,01 F 33(17,3%) 98(51,3%) 46(24,1%) 14(7,3%) 191(100,0%)

M 51(32,1%) 76(47,8%) 26(16,4%) 6(3,8%) 159(100,0%)

Meio de comunicação

Outros* 0,03** SIM 4(57,1%) 0(0,0%) 3(42,9%) 0(0,0%) 7(100,0%)

NÃO 80(23,3%) 174(50,7%) 69(20,1%) 20(5,8%) 343(100,0%)

P14 Meio de comunicação

E-mail 0,01 SIM 8(4,0%) 30(15,0%) 71(35,5%) 91(45,5%) 200(100,0%)

NÃO 12(8,0%) 34(22,7%) 59(39,3%) 45(30,0%) 150(100,0%)

Outros* 0,03** SIM 1(14,3%) 0(0,0%) 0(0,0%) 6(85,7%) 7(100,0%)

NÃO 19(5,5%) 64(18,7%) 130(37,9%) 130(37,9%) 343(100,0%)

P15 Meio de comunicação

Telefone 0,01 SIM 80(25,0%) 114(35,6%) 108(33,8%) 18(5,6%) 320(100,0%)

NÃO 15(50,0%) 4(13,3%) 8(26,7%) 3(10,0%) 30(100,0%)

P16 Meio de comunicação

E-mail 0,02 SIM 51(25,5%) 77(38,5%) 59(29,5%) 13(6,5%) 200(100,0%)

NÃO 20(13,3%) 72(48,0%) 42(28,0%) 16(10,7%) 150(100,0%)

Nas questões relacionadas às vantagens da TMD para os pacientes, foi possível

encontrar uma associação com o campo e a zona de atuação, bem como com o meio

de comunicação utilizado. Para os profissionais que atuam no campo académico,

18,5% concordam que a TMD possa ajudar a diminuir as listas de espera, com 33,3%

a discordar dessa afirmação e 48,1% sem apresentar uma posição definida a respeito

desse item. Já para os que fazem uso do telefone como meio de comunicação com os

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36

pacientes, 38,4% deles concordam com esse benefício, sendo de 17,2% o percentual

que discorda e de 44,4% o percentual que não concorda nem discorda que a TMD

ajude a diminuir as listas de espera. Para 57,2% da amostra, aqueles que usam o e-

mail para contatar os pacientes, o benefício da TMD para a diminuição das listas de

espera encontra um percentual igual de concordância e de indefinição: 43,5%, com

13,0% a discordar disso. Dos que fazem uso da rede social (29,4%), por sua vez,

46,6% concordam com a ajuda da TMD na diminuição das listas de espera. Um total

de 9,7% discorda disso e 43,7% não se definiu com relação ao tema (Tabela 9).

Um total de 50,9% dos entrevistados desempenha suas atividades profissionais em

zona urbana. Desses, 48,9% concordam que a TMD seja bem-recebida pelos

pacientes e lhes seja conveniente. Discordam dessa afirmação 15,7% dos

entrevistados, com 35,4% deles sem um posicionamento definido. Por sua vez, dos

36,3% entrevistados que atuam em grandes cidades, 47,2% concordam com a

afirmação, 8,7% discordam e 44,1% são neutros. Para aqueles que atuam na zona

rural, 12,9% da amostra, 60,0% alinham com esse pensamento, com 11,1% a

discordar e 28,9% neutros sobre o item (Tabela 9).

O benefício da TMD na informação e na educação dos pacientes obteve a

concordância de 70,8% dos entrevistados que atuam em zonas urbanas (50,9%),

3,9% contrários a esse benefício e 25,3% neutros. Para os 36,3% que trabalham em

grandes cidades, foi encontrado um percentual de concordância de 81,9%, com 8,7%

de discordância e 9,4% de neutralidade. Dos profissionais que desempenham suas

atividades laborais na zona rural - 12,9% dos entrevistados -, um percentual de 75,6%

concorda com o benefício, com nenhum percentual de discordância e 24,4% de

indefinidos (Tabela 9).

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37

Tabela 9: Síntese – Teste de Independência do Qui-Quadrado: Vantagens da TMD para os pacientes

n=350, =0,05

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

*Outros: carta, videoconferência ** Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação.

p-value

Discordo total ou

parcialmente

Não concordo nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

TOTAL

n(%)

P22

Campo de atuação

Académico 0,04** SIM 9(33,3%) 13(48,1%) 4(14,8%) 1(3,7%) 27(100,0%)

NÃO 50(15,5%) 139(43,0%) 95(29,4%) 39(12,1%) 323(100,0%)

Meio de comunicação

Telefone 0,01 SIM 55(17,2%) 142(44,4%) 92(28,7%) 31(9,7%) 320(100,0%)

NÃO 4(13,3%) 10(33,3%) 7(23,3%) 9(30,0%) 30(100,0%)

E-mail 0,03 SIM 26(13,0%) 87(43,5%) 57(28,5%) 30(15,0%) 200(100,0%)

NÃO 33(22,0%) 65(43,3%) 42(28,0%) 10(6,7%) 100(100,0%)

Rede social 0,01 SIM 10(9,7%) 45(43,7%) 29(28,2%) 19(18,4%) 103(100,0%)

NÃO 49(19,8%) 107(43,3%) 70(28,3%) 21(8,5%) 247(100,0%)

P25 Zona de atuação 0,04

Zona urbana 28(15,7%) 63(35,4%) 64(36,0%) 23(12,9%) 178(100,0%)

Grande cidade 11(8,7%) 56(44,1%) 53(41,7%) 7(5,5%) 127(100,0%)

Zona rural 5(11,1%) 13(28,9%) 24(53,3%) 3(6,7%) 45(100,0%)

P28

Zona de atuação 0,01

Zona urbana 7(3,9%) 45(25,3%) 73(41,0%) 53(29,8%) 178(100,0%)

Grande cidade 11(8,7%) 12(9,4%) 70(55,1%) 34(26,8%) 127(100,0%)

Zona rural 0(0,0%) 11(24,4%) 27(60,0%) 7(15,6%) 45(100,0%)

Meio de comunicação

Rede social 0,04 SIM 3(2,9%) 16(15,5%) 46(44,7%) 38(36,9%) 103(100,0%)

NÃO 15(6,1%) 52(21,1%) 124(50,2%) 56(22,7%) 247(100,0%)

As respostas dadas às questões relacionadas às preocupações com o uso de

tecnologias de informação apresentaram associação com o meio de comunicação

utilizado ou com o campo de atuação profissional. Em relação à fiabilidade dos

equipamentos utilizados na TMD, dos que fazem uso de videoconferência ou carta

para se comunicar com os pacientes, 28,6% consideram fiáveis esses equipamentos,

com 42,9% a pensar contrariamente e 28,6% sem uma posição definida. A questão de

que há incompatibilidade técnica entre os equipamentos, para o grupo que adota esse

mesmo meio de comunicação, encontra um percentual de concordância de 28,6%,

contra 57,1% de discordância e 14,3% de neutros. De entre os que afirmaram

desempenhar suas atividades profissionais no campo académico, 59,2% concordam

parcial ou totalmente com um risco de manipulação de imagens ao se fazer uso da

TMD, com 29,6% deles não tendo uma opinião definida e 11,1% deles a discordarem

desse risco (Tabela 10).

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38

Tabela 10: Síntese – Teste de Independência do Qui-Quadrado: Preocupações como uso de tecnologias de informação

n=350, =0,05 P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

*Outros: carta, videoconferência ** Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação.

p-value

Discordo total ou parcialmente

Não concordo nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente TOTAL

n(%)

P31 Meio de comunicação

Outros* 0,01** SIM 3(42,9%) 2(28,6%) 1(14,3%) 1(14,3%) 7(100,0%)

NÃO 25(7,3%) 182(53,1%) 116(33,8%) 20(5,8%) 343(100,0%)

P32 Meio de comunicação

Outros* 0,01** SIM 4(57,1%) 1(14,3%) 2(28,6%) 0(0,0%) 7(100,0%)

NÃO 23(6,7%) 214(62,4%) 83(24,2%) 23(6,7%) 343(100,0%)

P33 Campo de atuação

Académico 0,01** SIM 3(11,1%) 8(29,6%) 6(22,2%) 10(37,0%) 27(100,0%)

NÃO 33(10,2%) 112(34,7%) 140(43,3%) 38(11,8%) 323(100,0%)

5.2. Dados das entrevistas qualitativas

De um total de sete profissionais envolvidos na prestação de cuidados de saúde, ou

com trabalho desenvolvido nas áreas da promoção, educação e prevenção em saúde

oral entrevistados sobre a TMD em Portugal, obtiveram-se seis autorizações para

gravação, transcrição e análise. Com o propósito de preservação do anonimato e da

privacidade, os entrevistados foram renomeados segundo a Tabela 11 a seguir; e

serão assim referidos aquando das citações verbatim80 de segmentos das entrevistas,

adicionadas à discussão com o objetivo de ilustrar e de enriquecer a análise levada a

cabo, bem como dar voz aos entrevistados.

Tabela 11: Participantes de entrevistas semiestruturadas presenciais

Formação Campo de atuação Área de atuação

Entrevistado1 Medicina Órgão público do MS Gestão e tecnologia

Entrevistado2 Higiene Oral Órgão público do SNS Clínica

Entrevistado3 Medicina Dentária Órgão público do SNS Clínica

Entrevistado4 Medicina Dentária Privado e académico Clínica e académica

Entrevistado5 Medicina Dentária Privado e académico Clínica e académica

Entrevistado6 Medicina Órgão público do MS Gestão e tecnologia

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39

A Tabela 12, a seguir, apresenta de forma sintética os seis temas mais recorrentes,

identificados na análise temática dessas entrevistas:

Tabela 12: A TMD em Portugal

MD no SNS Distanciamento histórico MD – SNS. Iniciativas de expansão da SO no SNS. SISO com potencial para novas funcionalidades, mas com limitações ainda a serem solucionadas.

Uso da TIC em MD em Portugal Expandir SI para SO no SNS.

Pacientes são recetivos às novas tecnologias.

A proteção de dados é importante.

O conceito de TMD é novo, mas aponta como uma

janela de oportunidades.

Eficiência e utilidade Otimiza o planeamento de tratamento.

Facilita a comunicação entre profissionais, agilizando os

processos.

Útil no diagnóstico precoce.

Custos Em Portugal, há ferramentas mais simples, mais custo-

efetivas.

Projetos piloto são necessários para análise,

nomeadamente, custo-efetiva.

Há custos, embora os benefícios a longo prazo os

justifiquem.

Obstáculos de implementação A aceitabilidade por parte dos profissionais.

O deslocamento do utente pós-diagnóstico como uma

questão a ser resolvida.

Depende de vontade política.

A partir das entrevistas, foi possível observar que os profissionais, ao mesmo tempo

em que percecionam um distanciamento histórico entre a MD e o SNS, percecionam

também a existência de políticas que visam a diminuição dessa lacuna, como a

ampliação do leque de cobertura do cheque-dentista ao longo dos anos e a

implementação, a partir de 2016, de MD na rede de centros de saúde, fato confirmado

pelo entrevistado1: “Há coisa de dois anos, começou a ver um esforço muito grande

para incluir os dentistas - ehh - e a medicina, no fundo a saúde oral, em lato senso,

nos centros de saúde. Isso tá a crescer muito”. O PNPSO, nomeadamente o SISO e o

cheque-dentista, receberam análises mais otimistas quanto à TMD, a considerar que o

primeiro possa acolher mais funcionalidades, permitindo a utilização como ferramenta

de rastreio, em outras palavras, o diagnóstico precoce, conforme analisa o

entrevistado1: “(...) quando um doente, por exemplo, apresenta uma lesão na mucosa

oral e pode ser um cancro. Ele poder fazer uma fotografia e em tempo real enviar a

fotografia para despiste (...)”. Olhares menos otimistas preocuparam-se com a

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40

plataforma SISO em si mesma, tendo como questão a necessidade de aprimoramento

de suas funcionalidades atuais, de modo a oferecer, além de uma base de dados, uma

maior comunicação entre os profissionais de saúde, entre estes e os pacientes, e

também a dinamização das informações ali gravadas, para que possam ser

atualizadas consoante alteração nos processos de cuidados de saúde oral dos

pacientes, diz o entrevistado3: “Mas, lá está, não é uma ferramenta que permita

diálogo e transmissão de conhecimento, é uma ferramenta só de guardar. Se

houvesse por exemplo uma página em que se pudesse, não sei, uma adição ao SISO,

um setor que dissesse: contactar ortodontista, por exemplo”.

Para os entrevistados, a associação de TM e MD não é imediata, o conceito de TMD

revela aparência de novidade. Entrevistado3: “(...) pra ser sincera, é um conceito um

bocadinho novo (...)”, mas que é visto como janela de oportunidade diante do avanço

das novas tecnologias e a recetividade por parte dos pacientes e da população em

geral. Entretanto, houve quem considerasse ferramentas mais simples e já existentes

como dignas de implementação e de aprimoramento, antes da introdução de uma

novidade como a TMD. Entrevistado4: “(...) temos outras tão simples, não é? À

disposição dos médicos dentistas e muitas vezes à disposição - ehh - dos médicos de

saúde pública”.

Preocupações com a proteção de dados também foi um tema recorrente, mas, sob o

ponto de vista de alguns dos entrevistados, a necessidade de se proteger dados

(Entrevistados 1, 2 e 6) e mesmo os custos de uma eventual implementação, não

podem ser vistos como limitadores da ferramenta (Entrevistados 5 e 6). Estes

acreditam que a TMD tem uma boa perspetiva de utilidade, principalmente quando

aplicada às crianças, com vistas a diminuir a prevalência das doenças orais mais

comuns, sendo a cárie dentária, a grande protagonista desse cenário (Entrevistados 5

e 6).

Praticamente houve unanimidade na perceção da TMD como útil ao diagnóstico

precoce, sendo vista ainda como útil na otimização dos processos de planeamento de

tratamento e de intervenção precoce em ortodontia, bem como na comunicação entre

profissionais, seja para dar assistência especializada ao clínico geral, seja para

favorecer a comunicação com os técnicos de prótese, agilizando a confeção de

próteses dentárias. Houve quem afirmasse a existência de estudos que comprovam a

precisão da TMD com relação ao diagnóstico remoto de lesões orais, nomeadamente

a cárie dentária (Entrevistado 5).

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41

Por outro lado, a utilização da TMD em Portugal foi recebida com reserva por um dos

entrevistados (Entrevistado4), tendo em consideração o fato de Portugal ser um país

pequeno e a existência de poucos recursos destinados à SO, o que exigiria estudos

da recetividade por parte dos profissionais e dos pacientes. Mas a reserva é,

sobretudo, devido à questão custo-efetiva de sua implementação: “O nosso país é

muito pequeno. Há muito poucas zonas que não são acessíveis”. A grande parte dos

entrevistados (Entrevistados 2, 3, 5 e 6), por sua vez, acredita que a implementação

de uma ferramenta dessa natureza no SNS traria benefícios a longo prazo,

suplantando os eventuais custos necessários para tanto.

Os obstáculos apreendidos nas entrevistas, mais relacionados aos custos necessários

para a implementação, e a ideia de um projeto piloto para realizar a experimentação e

permitir uma análise custo-efetiva também estão presentes nos discursos.

Entrevistado6: “(...) a barreira aqui é a vontade política e o dinheiro (...)”;

Entrevistado4: “Um projeto piloto que possa fazer uma experiência”.

A questão do deslocamento dos pacientes, por sua vez, foi objeto de preocupação de

parte dos entrevistados (Entrevistados 4 e 6). Seja para afirmar que a TMD não

conseguiria resolvê-lo. Entrevistado4: “(...) Quer dizer, esta questão de acessibilidade

ainda me parece - ehh - que tem um enorme - ehh - caminho pra percorrer. E não vejo

a TMD a resolver esse problema, por exemplo.”; seja para dizer que sim, após

constatada uma necessidade, o deslocamento do utente seria um obstáculo a ser

vencido, mas que nem por isso se colocaria como limitação da ferramenta.

Entrevistado6: “(...) mas isso não pode ser uma limitação, dificuldades, ehhm, de

arranjar uma resposta adequada, não é?”.

Por último, mas não menos importante, a ideia de que o êxito da implementação de

uma ferramenta como a TMD em Portugal estaria condicionado à decisão política de

esferas superiores na hierarquia do SNS parece ter sido elemento de congruência

para a metade dos entrevistados (Entrevistados 2, 5 e 6): “porque eu acho que a partir

do momento em que a cúpula, ou seja, o Ministério da Saúde decidir fazer isso - ehhm

- é mais fácil de implementar nos sítios”.

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42

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43

6. Discussão

6.1. Utilidade da TMD para a prática profissional

Na generalidade, os médicos dentistas portugueses expressaram otimismo com

relação à utilidade da TMD na prática profissional. Nessa ótica, destacam-se sua

utilidade nas diversas áreas da MD, a comunicação facilitada entre os profissionais, a

monitorização e o aconselhamento dos pacientes.

A importância da TMD para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária

encontra lugar em inúmeras pesquisas13,14,37. Os resultados obtidos no presente

trabalho revelam uma consonância com esses estudos, com quase 80% dos inquiridos

a entender a TMD como um benefício, sendo esta uma visão corroborada pela

correlação positiva entre o grau de concordância dos entrevistados com essa

afirmação e o número de horas de Internet que eles destinam para fins profissionais.

A disseminação das tecnologias de comunicação e a maior familiaridade das pessoas

de modo geral com essas tecnologias81,82,83 favorecem uma melhor recetividade por

parte dos profissionais16. É o que também demonstra um estudo de Ignatius et al.84, no

qual 91% dos médicos dentistas percebiam a utilização dessas tecnologias como

benéfica e se mostravam dispostos a utilizá-la futuramente.

A mesma correlação positiva - do número de horas de Internet destinadas aos fins

profissionais -, foi encontrada com relação ao grau de concordância com as

afirmações de que a TMD fornece dados para um diagnóstico adequado (64,5% da

amostra) e de que é útil para monitorar a condição do paciente (75,4% da amostra).

Resultados que vão ao encontro do que se tem publicado na literatura85,86.

Embora alguns estudos retratem a dúvida quanto ao benefício da TMD na questão de

referenciação de pacientes70,87, outros estudos a veem como efetivamente capaz de

otimizar essa referenciação60,88,89,90. No caso desta amostra, a apreciação de 60% dos

inquiridos, nomeadamente daqueles que fazem uso de um maior número de horas de

Internet dispensadas para fins profissionais, variável com a qual o nível de

concordância dos entrevistados encontrou uma correlação positiva estatisticamente

significativa, é de que a TMD se configura como elemento favorável na referenciação

de pacientes. Já a opção de utilizar as redes sociais para fins profissionais, associada

a esse benefício da TMD, elevou para 68% o percentual de participantes que

concordam com essa afirmação. Por sua vez, uma das participantes das entrevistas

presenciais também vislumbrou a TMD como uma possibilidade de referenciação

facilitada.

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44

Enquanto 64,5% da amostra reflete o que vem sendo publicado12,91,92,93 e observa a

TMD como facilitadora do treinamento clínico e da educação continuada, uma

associação do grau de concordância dos entrevistados em relação a essa afirmação

com a sua utilização de redes sociais para fins profissionais eleva essa percentagem

para 73,8%. Trata-se de um incremento que parece refletir o impacto e o avanço da

utilização de TIC. Para um efeito comparativo - ainda que a partir de contextos

nacionais distintos -, enquanto em 2014, em um estudo levado a cabo junto aos MD

australianos, menos de 5% da amostra indicava a utilização de redes sociais com fins

profissionais71, neste estudo, de 2018, quase 30% dos MD portugueses afirmaram

utilizar esse meio de comunicação para fins profissionais.

6.2. Eficiência da TMD para a prática profissional

Por volta de um terço da amostra considera a TMD como capaz de reduzir os custos

da prática profissional. Uma percentagem similar à encontrada em estudo realizado

quatro anos antes, na Austrália, no qual cerca de 34% dos entrevistados convergiram

para essa mesma opinião71. Dada a percentagem de indefinidos, em média de 40%

nas duas amostras, essa opinião pode representar menos uma avaliação pessimista

do que uma falta de familiaridade com a ferramenta.

Opiniões pessimistas sobre a TMD foram encontradas quanto à necessidade de ela

requerer mais gasto de tempo com o preparo do paciente cirúrgico ou com a

necessidade de mais consultas para fotografias extras. A amostra australiana

apresentou percentuais de concordância aproximados de 38% e de 10%,

respetivamente. Já o estudo português apresentou os percentuais de 37,2% e de

39,1% para as mesmas afirmações. Embora, à primeira vista, a escolha australiana

aparente um maior favorecimento à TMD, na questão das fotografias, a disparidade

que se apresenta pode ter como possível razão a mesma falta de familiaridade com a

ferramenta, tendo em conta a elevada percentagem de indefinição encontrada na

amostra australiana, que supera os 70%, contra 33,7% da amostra mais recente, a

portuguesa.

A associação entre a afirmação de que TMD aumenta o tempo gasto com o paciente

cirúrgico e a utilização de e-mail como meio de comunicação dos entrevistados

promoveu uma discreta diminuição no percentual dos que concordam com essa

afirmação: de 37,2% passou para 36,0%. Sendo que o percentual dos que discordam

dessa afirmação, subiu de 20,2% para 25,5%. Ou seja, mais às custas do aumento no

percentual de discordância, a resposta dada pelos profissionais inquiridos apresenta

alguma alteração quando associada ao meio de comunicação que eles utilizam com

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45

fins profissionais. Por sua vez, quando a afirmação de que a TMD exige uma consulta

extra para tirar mais fotografias foi associada à utilização de telefone como meio de

comunicação, o percentual de concordância praticamente não se alterou: de 39,1%

subiu para 39,4%.

Em relação à TMD como ferramenta cara de se implementar, os inquiridos se

comportaram de modo tendencionalmente neutro: quase metade da amostra não

apresenta posição definida sobre o tópico. Os restantes foram divididos em duas

partes praticamente iguais de concordância e de discordância sobre a afirmação.

Talvez, os participantes do inquérito online partilhem do mesmo pensamento

encontrado nas entrevistas presenciais - o caráter de aparente novidade da TMD -; e

isso pode, de alguma maneira, ter contribuído para um olhar menos seguro para uma

opinião definida sobre a TMD ser uma ferramenta cara de se implementar. Um

elemento interessante é a resposta obtida a essa última questão, quando associada à

variável sexo. Enquanto cerca de um terço das mulheres concorda com a afirmação

de que a TMD seria uma ferramenta cara de se implementar, praticamente o mesmo

percentual dos homens discorda dessa afirmação, sendo de 50% para ambos,

também, a percentagem de indefinição sobre o tema. De qualquer maneira, o tema da

custo-efetividade da TMD carece de estudos mais aprofundados, pois a evidência

disponível não é muita34. Ainda assim, essa questão de custos foi percebida nas

entrevistas presenciais como uma realidade que pode ser suplantada pelos benefícios

que a TMD pode vir a trazer, nomeadamente para crianças e comunidades carentes, o

que vai de encontro ao conteúdo de inúmeras publicações, que reforçam essa

vantagem da TMD11,93,94.

Pouco mais de três quartos da amostra (76%) consideram haver uma economia de

tempo propiciada pela TMD em relação a uma carta de referenciação. Quando esta

variável é associada às respostas dadas pelos profissionais que fazem uso de e-mail

como meio de comunicação profissional, essa consideração sobe para 81%. Inclusive,

em parte das entrevistas presenciais, também se assinalou o potencial da TMD para

fornecer tal benefício.

Quando perguntados sobre a capacidade da TMD em fornecer dados para a

realização de um bom diagnóstico, os inquiridos apresentaram um nível de

concordância de 64,5%. Em contrapartida, praticamente a mesma percentagem,

61,7%, discordou de que o diagnóstico assente na TMD possa ser tão exato quanto o

diagnóstico feito nos moldes tradicionais, com a presença de paciente e de médico

dentista no mesmo sítio. Entre os que acreditam na exatidão do diagnóstico baseado

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na TMD, a fraca correlação positiva com os fatores idade, tempo de profissão e horas

de Internet utilizadas para fins profissionais é, porventura, algo surpreendente . Se por

um lado, a expetativa de que o maior tempo de utilização de Internet para fins

profissionais apontasse para uma tendência mais otimista em relação à utilização de

ferramentas tecnológicas foi confirmada, por outro, quando era de se esperar que as

gerações mais novas, mais familiarizadas com tecnologias, pudessem se correlacionar

de modo mais confiante com a utilização diagnóstica da TMD, isso não se verificou.

Pelo contrário, na amostra do presente estudo, uma correlação positiva com a

afirmação de que o diagnóstico assente na TMD possa ser tão exato quanto o

diagnóstico feito nos moldes tradicionais, com a presença de paciente e de médico

dentista no mesmo sítio, verificou-se justamente com o amadurecimento profissional e

pessoal dos participantes.

A similaridade do diagnóstico tradicional com o obtido via TMD é possível, segundo

alguns estudos39,40, mas, em contrapartida, dada a variedade de equipamento, de

profissional dispensado para a colheita e interpretação de imagens dos estudos

disponíveis, uma generalização do quão eficiente seja esse diagnóstico e o quão

custo-efetiva seja essa ferramenta ainda carece de maiores evidências53,81.

6.3. Vantagens da TMD para os pacientes

Como pontos fortes da perceção de utilidade da ferramenta, quando pensada em

termos de benefícios para os pacientes, temos a concordância de 70,6% da amostra

com a afirmação de que a TMD favorece uma melhor interação e comunicação com

eles. Já a menor necessidade de deslocamento, o que é uma mais-valia para aqueles

que se encontram em locais distantes ou rurais – e que é um tópico recorrente em

artigos recentes87,88,93,95,96 -, obteve a forte concordância de cerca de 27% da amostra.

O que difere de um estudo anterior71, no qual médicos dentistas australianos

entrevistados concordaram fortemente (mais de 65%) que a TMD favorece os

pacientes mais distantes dos grandes centros. Adicionalmente, somando-se o grau de

concordância (parcial e total) de um estudo e do outro, temos quase a totalidade para

a primeira amostra - a australiana -, e cerca de três quartos, para a portuguesa, a

concordar com o favorecimento proporcionado pela TMD aos pacientes que se

encontram em locais distantes ou rurais. Entretanto, segundo a Entrevistada4, a

questão de distância não representa exatamente uma preocupação em Portugal: “(...)

O nosso país é muito pequeno. Há muito poucas zonas que não são acessíveis (...)”.

Parte considerável da amostra, 40%, indicou percecionar a TMD como capaz de

reduzir as listas de espera, mas com um percentual de neutralidade de 43,4%, o que é

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um tanto divergente de afirmações encontradas em estudos publicados11,90,97,98. Esses

estudos defendem que ao evitar referenciações desnecessárias e permitir um

screening mais apurado, a TMD tem um valor importante nessa redução; o que

também representa a perceção de parte dos entrevistados presenciais, cuja perceção

é de que a TMD pode favorecer a diminuição da lista de espera ao permitir uma

referenciação mais precisa, otimizar o planeamento de tratamento, e, por conseguinte,

diminuir a lista de espera mais rapidamente.

Mais uma vez, o uso de Internet para fins profissionais se correlacionou positivamente

com o grau de concordância com as vantagens da TMD na diminuição das listas de

espera, no favorecimento de pacientes que vivem mais distanciados dos centros de

prestação de cuidados de saúde oral e no menor deslocamento dos mesmos. O que

pode indicar que uma maior familiaridade com o uso da TIC permite adotar uma

perspetiva mais otimista acerca dos benefícios de ferramentas tecnológicas como a

TMD.

6.4. Preocupações com o uso de tecnologias de informação

Hoje em dia, com o avanço da tecnologia digital e da Internet, é difícil imaginar uma

prática médico-dentária sem registo informatizado de pacientes, radiografia digital,

câmaras intraorais e digitais81. Por outro lado, o crescente uso de TIC tem aumentado

as preocupações com a segurança e a proteção de dados, tendo em conta a

vulnerabilidade associada à transferência de dados através de um hotspot Wi-Fi

aberto e ao acesso inadequado às bases de dados34. A violação da privacidade dos

pacientes pode ser um risco, de modo que o profissional deve agir de forma a garantir

a proteção da privacidade e da confidencialidade do paciente98. Este estudo também

demonstra uma preocupação considerável dos MD portugueses com a manipulação

das imagens enviadas e a confidencialidade dos pacientes, sendo tais preocupações

expressas por metade deles. Entretanto, pelo menos um quarto da amostra se

mostrou neutro nessas questões.

A incompatibilidade técnica entre equipamentos e a fiabilidade dos equipamentos

utilizados, por sua vez, apresentaram percentagens importantes de neutralidade:

61,4% e 52,6%, respetivamente. São conclusões que diferem das preocupações

expressas pelos MD australianos, que se mostraram mais preocupados com questões

semelhantes71. Mais uma vez, é muito provável que o conhecimento menos

aprofundado sobre a temática possa contribuir para opiniões menos otimistas, uma

vez que profissionais de saúde oral com uma maior familiaridade com a tecnologia têm

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uma visão mais positiva sobre a TMD, como sugere um estudo americano publicado

em 201799.

O que se espera é que, para além dos benefícios esperados com o uso de TIC, esta

também ofereça medidas de segurança diante das ameaças de acesso não autorizado

às informações dos pacientes. Por outro lado, em termos de prestação de cuidados de

saúde, se há risco ao partilhar a informação do paciente, também o há quando não se

partilha essa informação, conclui o Entrevistado1: Em algumas situações, por

exemplo, no caso de um paciente inconsciente, a prestação de cuidados adequada

pode ser de menor qualidade, caso não se tenha acesso às suas informações de

saúde. Em resumo, diz a Entrevistada6, deve haver o esforço para proteger a

confidencialidade da informação, mas isso não deve se mostrar como impeditivo à

utilização das novas tecnologias.

O consentimento informado do paciente, por sua vez, é uma questão essencial e a

literatura disponível sobre o uso da TMD reforça essa necessidade100. Ainda que seja

notória a importância do consentimento informado do paciente, os MD portugueses

apresentam pensamento distinto sobre a dificuldade em obter esse consentimento no

âmbito de utilização da TMD, com um terço da amostra a concordar e outro terço a

discordar da facilidade em obtê-lo. O que difere do estudo australiano, no qual quase

metade dos participantes têm pouca preocupação com essa dificuldade de obtenção71.

A TMD é uma ferramenta relativamente nova em termos de estudos realizados no

País, entretanto, em linhas gerais, os resultados encontrados neste trabalho vão ao

encontro do que é apresentado em diversos estudos, principalmente no tocante aos

benefícios da TMD na otimização de recursos, na melhoria da referenciação,

facilitação da assistência aos pacientes - nomeadamente dos que se encontram mais

afastados dos cuidados de saúde oral -, e na melhor comunicação dos profissionais

com seus pares e pacientes. Por sua vez, as questões de proteção e de segurança de

dados observadas neste estudo também reproduziram as preocupações levantadas

por vários outros trabalhos.

Em linhas gerais, os resultados encontrados neste trabalho vão ao encontro do que é

apresentado em diversas pesquisas que o precederam, principalmente no tocante aos

benefícios da TMD na otimização de recursos, na facilitação da assistência aos

pacientes - nomeadamente dos que se encontram mais afastados dos cuidados de

saúde oral -, e na melhor comunicação dos profissionais com seus pares e pacientes.

A TMD é uma ferramenta relativamente nova – o que faz com que as investigações a

seu respeito sejam escassas no País -, e isso pode ter influenciado a perceção dos

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participantes deste estudo, levando-os a um comportamento mais indefinido sobre os

temas apresentados.

6.5. Limitações do estudo

De entre as várias limitações encontradas neste trabalho, destacamos o tempo

disponível e a ausência de muitos estudos anteriores, o que permitiria melhor

enquadramento e discussão do tema, que é pouco desenvolvido em Portugal.

O inquérito online, inicialmente pensado para o médico dentista, acabou por não se

direcionar às outras categorias de profissionais de saúde oral do País, caso dos

estomatologistas e odontologistas, ainda que a menção a eles tenha vindo à tona,

justamente por também terem recebido o e-mail convite para participarem, uma vez

que são registados na ERS.

Por sua vez, a aplicação do inquérito online não permitiu a assistência e o controle no

preenchimento. Por ter sido aplicado virtualmente, não foi possível precisar se o/a

respondente de fato era médico dentista ou mesmo se não houve resposta repetida,

uma vez que os lembretes foram enviados inúmeras vezes para toda a lista de e-

mails.

Houve também um número reduzido de entrevistas presenciais, determinado pela

dificuldade de agenda de potenciais entrevistados. Por último, e não menos

importante, a validação do questionário seguiu padrão diferente do usualmente

proposto pela literatura, devido a escassez de tempo e de recursos para tal validação.

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7. Conclusões e recomendações

Este estudo abordou a ótica dos profissionais de saúde oral portugueses,

nomeadamente os médicos dentistas, sobre o potencial da telemedicina dentária para

melhorar a prestação de cuidados de saúde oral e o acesso aos mesmos em Portugal.

Trata-se de uma avaliação que parece ocorrer pela primeira vez no País e que teve

como objetivos caracterizar o potencial da telemedicina dentária na prática da

Medicina Dentária, a sua importância para as políticas de saúde oral e possíveis

obstáculos à sua aplicabilidade em Portugal.

Em primeiro lugar, em relação à caracterização do potencial da TMD para a melhoria

da prestação de cuidados de saúde oral, a maioria dos inquiridos expressou visões

positivas em relação aos benefícios da ferramenta nas várias áreas da Medicina

Dentária. Especial enfoque foi dado ao favorecimento da comunicação com os

profissionais afins, à facilidade do acompanhamento e da orientação dos pacientes e a

uma maior eficiência na referenciação de novos pacientes. São visões semelhantes às

encontradas em diversos trabalhos que comprovam a importância dessa ferramenta

para reduzir custos, possibilitar uma maior integração entre profissionais afins, otimizar

recursos disponíveis, permitir o acesso daqueles que se encontram em regiões mais

afastadas e uma maior agilidade de referenciação, todos elementos recorrentes em

vários estudos realizados sobre seu impacto nos cuidados de saúde oral.

Os participantes também expressaram otimismo na possibilidade de a telemedicina

dentária poder fornecer dados para um diagnóstico adequado, embora a consideração

de que este não seria tão preciso quanto o diagnóstico presencial marcou fortemente

a opinião dos participantes, o que contrasta com o resultado encontrado em inúmeros

estudos anteriores, que defendem a semelhança de diagnósticos tradicionais aos

obtidos por meio da telemedicina dentária.

Já quanto à ideia de que a telemedicina dentária diminuiria os custos da prática

profissional, a amostra se mostrou dividida; uma opinião que parece ter sofrido

influência da pouca familiaridade com a ferramenta, uma vez que existem estudos a

comprovar tanto seu impacto custo-efetivo como uma melhor opinião dos profissionais

sobre ela, quando estes aprofundam seus conhecimentos a respeito do tema. Vale

lembrar que, neste aspeto, é possível encontrar estudos que reforçam a necessidade

de evidências científicas mais sólidas sobre o impacto custo-efetivo dessa ferramenta.

Por sua vez, a questão de a telemedicina dentária ser uma ferramenta cara de se

implementar também parece ter sido influenciada pelo caráter de sua aparente

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novidade, uma vez que os médicos dentistas portugueses apresentaram um

comportamento tendencionalmente neutro sobre esse ponto. Ainda assim, o tema

custos foi percebido em entrevistas presenciais como uma realidade que pode ser

suplantada pelos benefícios que a ferramenta venha a oferecer. É o que defendem

estudos já realizados quando alegam os ganhos em saúde oral, nomeadamente

daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social e de pouca oferta

de cuidados de saúde.

O papel da telemedicina dentária na diminuição da lista de espera foi outro tema

apreciado pelos participantes deste estudo, com parte considerável a perceber, da

mesma maneira encontrada na literatura, que ela pode propiciar uma referenciação

mais precisa, otimizar o planeamento de tratamento, e, por conseguinte, evitar

deslocamentos desnecessários, favorecendo pacientes que vivem em sítios mais

afastados.

Apesar de a maioria dos inquiridos ter expressado visões positivas em relação às

soluções que podem trazer benefícios adicionais às práticas profissionais, este estudo

identificou barreiras ao uso da telemedicina dentária, especialmente em aspetos

relacionados aos custos de implementação, questões técnicas, e de proteção e

segurança de informação. O que são também, ao lado de questões éticas e de

pagamento, preocupações existentes em diversas outras análises realizadas sobre a

ferramenta.

Os testes estatísticos realizados comprovaram a existência de associação entre as

respostas dadas pelos inquiridos e a utilização da Tecnologia de Informação e

Comunicação. Futuramente, baseando-se em pistas encontradas neste trabalho, seria

interessante analisar - no âmbito de um contexto mundial cada vez mais dependente

da Internet e das tecnologias que emergem de seu uso -, o quanto a prestação de

cuidados de saúde oral pode se beneficiar dessas tecnologias; principalmente, quando

ferramentas como a telemedicina dentária parecem apontar como alternativa viável na

prevenção e na promoção de saúde oral, políticas essenciais para a sustentabilidade

dos sistemas de saúde101. E, para além do risco de violação da privacidade, outros

aspetos como o risco de utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação para

a realização de procedimentos desregulamentados como a ortodontia "faça você

mesmo"100, a remuneração, o licenciamento, a tributação, os direitos autorais e as

questões médico-legais podem se tornar preocupantes34 e, por isso, dignos de

aprofundamento nas investigações futuras.

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De qualquer maneira, cumpre-se dizer que, apesar das limitações encontradas, este

estudo confirma o potencial da telemedicina dentária para melhorar a prestação de

cuidados de saúde oral e o acesso aos mesmos em Portugal. Para tanto, a realização

de um estudo-piloto seria recomendável, de modo a encontrar possíveis

constrangimentos quanto à sua implementação, bem como comprovar se os

benefícios alegados pelos estudos levados a cabo em outras regiões – de entre eles,

o de atingir populações vulneráveis e carentes -, também se aplicariam ao País.

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2015.

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62

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Anexos

Anexo 1 - Perguntas do inquérito online sobre TMD

Utilidade para a prática profissional

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina

Dentária, nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins.

P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

Eficiência da TMD para melhorar a prática profissional

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para

prepará-lo para uma teleconsulta é mais longo do que o tempo gasto nos moldes

convencionais.

P17 A TMD reduz os custos das práticas odontológicas.

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em

um cenário clínico tradicional.

Vantagens da TMD para os pacientes

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

P29 A TMD melhora a interação e a comunicação com os pacientes.

P30 A TMD diminui os gastos dos pacientes.

Preocupações com o uso de tecnologias de informação.

P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis.

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos.

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P35 É difícil obter o consentimento do paciente para encaminhamento via Internet.

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Anexo 2 - Parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados

Autorização no 2474/ 2018

JOSÉ CHARLES PAULINO DA SILVA notificou à Comissão Nacional de Protecção de

Dados (CNPD) um tratamento de dados pessoais com a finalidade de realizar um

Estudo Clínico sem Intervenção, denominado A saúde digital na Medicina Dentária em

Portugal: a perspetiva de médicos dentistas Portugueses.

O participante é identificado por um código especificamente criado para este estudo,

constituído de modo a não permitir a imediata identificação do titular dos dados;

designadamente, não são utilizados códigos que coincidam com os números de

identificação, iniciais do nome, data de nascimento, número de telefone, ou resultem

de uma composição simples desse tipo de dados. A chave da codificação só é

conhecida do(s) investigador(es).

É recolhido o consentimento expresso do participante ou do seu representante legal. A

informação é recolhida diretamente do titular.

As eventuais transmissões de informação são efetuadas por referência ao código do

participante, sendo, nessa medida, anónimas para o destinatário.

A CNPD já se pronunciou na Deliberação no 1704/2015 sobre o enquadramento legal,

os fundamentos de legitimidade, os princípios aplicáveis para o correto cumprimento

da Lei no 67/98, de 26 de outubro, alterada pela Lei no 103/2015, de 24 de agosto,

doravante LPD, bem como sobre as condições e limites aplicáveis ao tratamento de

dados efetuados para a finalidade de investigação clínica.

No caso em apreço, o tratamento objeto da notificação enquadra-se no âmbito

daquela deliberação e o responsável declara expressamente que cumpre os limites e

condições aplicáveis por força da LPD e da Lei no 21/2014, de 16 de abril, alterada

pela Lei no 73/2015, de 27 de junho – Lei da Investigação Clínica –, explicitados na

Deliberação no 1704/2015.

O fundamento de legitimidade é o consentimento do titular.

A informação tratada é recolhida de forma lícita, para finalidade determinada, explícita

e legitima e não é excessiva – cf. alíneas a), b) e c) do no 1 do artigo 5o da LPD.

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Proc. no 3218/ 2018 1

Assim, nos termos das disposições conjugadas do no 2 do artigo 7.o, da alínea a) do

no 1 do artigo 28o e do artigo 30o da LPD, bem como do no 3 do artigo 1.o e do no 9 do

artigo 16o ambos da Lei de Investigação Clínica, com as condições e limites

explicitados na Deliberação da CNPD no 1704/2015, que aqui se dão por

reproduzidos, autoriza-se o presente tratamento de dados pessoais nos seguintes

termos:

Responsável – JOSÉ CHARLES PAULINO DA SILVA

Finalidade – Estudo Clínico sem Intervenção, denominado A saúde digital na Medicina

Dentária em Portugal: a perspetiva de médicos dentistas Portugueses

Categoria de dados pessoais tratados – Código do participante; idade/data de

nascimento; género; relativos à atividade profissional com conexão com a

Investigação

Exercício do direito de acesso – Através dos investigadores, por escrito

Comunicações, interconexões e fluxos transfronteiriços de dados pessoais

identificáveis no destinatário – Não existem

Prazo máximo de conservação dos dados – A chave que produziu o código que

permite a identificação indireta do titular dos dados deve ser eliminada 5 anos após o

fim do estudo.

Da LPD e da Lei de Investigação Clínica, nos termos e condições fixados na presente

Autorização e desenvolvidos na Deliberação da CNPD no 1704/2015, resultam

obrigações que o responsável tem de cumprir. Destas deve dar conhecimento a todos

os que intervenham no tratamento de dados pessoais.

Lisboa, 27-02-2018

A Presidente, Filipa Calvão

Proc. no 3218/ 2018 2

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Anexo 3 - Guião de entrevista sobre telemedicina dentária em Portugal

Passos necessários Descrição

Enquadramento da entrevista As entrevistas realizadas pretendem dar resposta ao seguinte problema de estudo: “A TMD tem potencial para melhorar a prestação de cuidados de saúde oral e o acesso aos mesmos em Portugal?” A importância da entrevista advém de os entrevistados serem profissionais diretamente envolvidos na prestação de cuidados, ou com trabalho desenvolvido nas áreas da promoção, educação e prevenção em saúde oral.

Definição dos objetivos da entrevista Recolher em áudio a opinião dos entrevistados sobre:

A aplicabilidade da TMD na melhoria da prestação de cuidados de saúde oral e no acesso aos mesmos em Portugal.

Os obstáculos ao uso da TMD nos cuidados de saúde oral em Portugal.

Entrevistados Profissionais diretamente envolvidos na prestação de cuidados, ou com trabalho desenvolvido nas áreas da promoção, educação e prevenção em saúde oral.

Entrevistador Discente do Mestrado em Saúde Pública da ENSP – UNL.

Prazo Até 30 de Maio

Condições logísticas Impressões de guiões e aquisição de gravador áudio.

Propósito Problema de estudo:

“A TMD tem potencial para melhorar a prestação de cuidados de saúde oral e o acesso aos mesmos em Portugal?” Objetivo: dar resposta aos quatro propósitos de investigação:

1- Descrever e caracterizar o potencial da telemedicina dentária para a melhoria da prestação de cuidados de saúde oral e estudar o seu papel no acesso aos mesmos em Portugal, na ótica dos profissionais de saúde oral.

2 - Caracterizar a aplicação da telemedicina dentária na prática da Medicina Dentária em Portugal

3 - Caracterizar a importância da telemedicina dentária para as políticas de

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saúde oral em Portugal, na perspetiva dos médicos dentistas portugueses

4 - Identificar obstáculos ao uso da telemedicina dentária nos cuidados de saúde oral em Portugal Dimensão: abrangência nacional

Entrevistados Profissionais diretamente envolvidos na prestação de cuidados, ou com trabalho desenvolvido nas áreas da promoção, educação e prevenção em saúde oral. Uma amostra de dez entrevistados.

Meios de comunicação Tipo – oral (gravada, após

consentimento).

Espaço – reservado pelo entrevistado. Momento – a definir com o entrevistado.

Tempo da entrevista De 20 (vinte) a 30 (trinta) minutos

Marcação da entrevista Apresentar de forma breve o

projeto.Decidir o espaço e o tempo com o

entrevistando.

Temas sugeridos Utilização da tecnologia digital em saúde, nomeadamente na saúde oral Aplicabilidade da TMD (telemedicina dentária) em Portugal Áreas potenciais de aplicabilidade Vantagens Desvantagens Riscos Custos Questões éticas, legais e sociais envolvidas

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Anexo 4 - Consentimento informado

Universidade Nova de Lisboa

Escola Nacional de Saúde Pública

Telemedicina Dentária em Portugal

FOLHA DE INFORMAÇÃO A/O PARTICIPANTE

Este documento descreve o estudo para o qual a/o convidamos a participar. Por favor leia-o atentamente. No fim o

investigador irá perguntar-lhe se concorda em participar. Se não se sentir totalmente esclarecida/o, sinta-se à vontade

para, em momento anterior ou posterior ao da presente entrevista, colocar ao investigador qualquer questão que julgue

pertinente.

1. BREVE DESCRIÇÃO DO ESTUDO

Este estudo é desenvolvido no âmbito do mestrado em Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP),

da Universidade Nova de Lisboa (UNL). A recolha dos dados está a ser feita por José Charles Paulino da Silva,

discente do Curso de Mestrado em Saúde Pública, sob a orientação do Professor Doutor João Valente Cordeiro e do

Mestre Osvaldo Santos.

O objetivo do estudo é caracterizar as perspetivas de médicos dentistas relativamente à forma como a Telemedicina

Dentária (TMD) tem sido desenvolvida e utilizada como ferramenta de saúde pública bem como ao potencial da TMD

em aumentar o acesso aos cuidados de saúde oral em Portugal, sob a ótica dos médicos dentistas portugueses.

2. SOBRE SUA PARTICIPAÇÃO

A sua participação, enquanto profissional atuante na área de saúde oral, é essencial para melhor perspetivar o

potencial, as oportunidades e os desafios da aplicação de tecnologias no sistema de saúde português, permitindo

recolher informação útil para a futura elaboração de um questionário sobre telemedicina e saúde oral, a ser aplicado a

médicos dentistas portugueses. A sua participação é livre e poderá ser interrompida a qualquer momento.

3. SOBRE A ENTREVISTA

Serão discutidos diferentes aspetos da Telemedicina Dentária, nomeadamente sua aplicabilidade, vantagens,

desvantagens e outras questões relacionadas ao tema.

Outras informações relevantes:

. A entrevista tem uma duração que oscila entre quinze (15) a vinte (20) minutos

ESTE DOCUMENTO É COMPOSTO DE 2 PÁGINAS E É FEITO EM DUPLICADO: UMA VIA PARA O

INVESTIGADOR, OUTRA PARA A PESSOA QUE O CONSENTE.

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70

. Para otimizar o tratamento científico da informação (análise dos dados recolhidos), a entrevista será, com o seu

consentimento, gravada em formato áudio e posteriormente transcrita.

. As opiniões recolhidas serão utilizadas única e exclusivamente para fins científicos;

. A informação recolhida é confidencial, só acessível aos investigadores do estudo.

1. DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

Para os devidos efeitos, declaro estar devidamente esclarecida/o sobre o estudo, aceitar participar na entrevista e dar

o meu consentimento para que se faça a recolha da informação, nomeadamente por meio de registo áudio, que será

utilizada apenas para os fins mencionados. Tive oportunidade para fazer todas as perguntas que me pareceram

relevantes sobre os procedimentos do estudo, os seus inconvenientes e benefícios. Todas as minhas perguntas foram

respondidas.Foi-me garantida a possibilidade de, em qualquer altura, deixar de participar neste estudo sem ser

prejudicada/o. Mais declaro ter recebido uma cópia deste documento.

Data: ___ de ______________ de 2018.

O Participante ____________________________________

O Investigador ___________________________________

Gostaria de ter acesso/conhecimento dos resultados deste estudo?

Sim Não

Agradecemos a sua participação.

Qualquer dúvida, por favor não hesite em contactar-nos:

José Charles Paulino da Silva (e-mail: [email protected]) Telemóvel: (+351) 914 208 123

Professor Doutor João Valente Cordeiro (e-mail: [email protected]) Telefone (+351) 217 512 100

Mestre Osvaldo Santos (e-mail: [email protected]) Faculdade de Medicina de LisboaTelefone: (+351) 217

985 130 | Telemóvel: 917 908 009

ESTE DOCUMENTO É COMPOSTO DE 2 PÁGINAS E É FEITO EM DUPLICADO: UMA VIA PARA O

INVESTIGADOR, OUTRA PARA A PESSOA QUE O CONSENTE.

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Anexo 5 - Operacionalização das variáveis

1) A variável idade foi agrupada em cinco classes, tendo o inquirido a opção de

escolher somente uma das classes com a qual se identificava. A saber:

1.1. Até 29 anos

1.2. De 30 a 39 anos

1.3. De 40 a 49 anos

1.4. De 50 a 59 anos

1.5. 60 anos ou mais

2) Para a variável género foi elaborada uma questão fechada e dicotómica com

duas alternativas de resposta:

2.1. Masculino

2.2. Feminino

3) A variável qualificação profissional pretendia avaliar a habilitação profissional

do inquirido, com a possibilidade de escolha de um dessas duas alternativas:

3.1. Clínico geral

3.2. Especialista

4) Para a variável tempo de exercício profissional o participante do inquérito

teve como opções de escolha uma dessas seis alternativas de respostas:

4.1. Até 5 anos

4.2. De 6 a 10 anos

4.3. De 11 a 15 anos

4.4. De 16 a 20 anos

4.5. De 21 a 25 anos

4.6. Mais que 25 anos

5) À variável zona de atuação profissional foi utilizada para representar a zona

de trabalho do inquirido, sendo atribuídas as opções seguintes:

5.1. Urbana

5.2. Grande cidade

5.3. Zona rural

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6) Com a variável campo de atuação pretendeu-se conhecer a vertente de

atuação profissional do indivíduo, por meio de uma pergunta fechada com três

alternativas de resposta, podendo haver a escolha de mais de uma delas:

6.1. Académico

6.2. Público

6.3. Privado

Para efeito de análise estatística inferencial, entretanto, essas alternativas

foram codificadas em duas subcategorias excludentes, cada uma (sim=1;

não=2).

7) Para a variável número de horas trabalhadas por semana o inquirido teve

como opção selecionar somente uma dessas alternativas, a que refletia o

número de horas semanais trabalhadas nos dois últimos meses:

7.1. 1 a 19h

7.2. 20 a 34h

7.3. 35 a 49h

7.4. 50 a 65h

7.5. Mais que 65h

8) Para avaliar a variável meio de comunicação que mais utiliza para contactar

pacientes, colegas ou profissionais relacionados à sua área de atuação, o

inquirido teve como alternativa escolher um ou mais opções de entre as seis

alternativas possíveis:

8.1. Pessoalmente

8.2. Telefone

8.3. E-mail

8.4. Fax

8.5. Carta

8.6. Videoconferência

8.7. Redes sociais

Posteriormente, para efeito de análise estatística inferencial, essas variáveis

foram subdivididas em categorias excludentes (sim=1 e não=2) para cada um

Page 88: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

73

dos diferentes meios. Além disso, devido à baixa frequência com que foram

selecionadas nas respostas dos participantes, as variáveis fax, carta e

videoconferência foram agrupadas sob a denominação de “outros”.

9) A variável tempo de utilização diária da Internet para fins gerais, foi

mensurada por meio da escolha de uma opção que representasse o número de

horas utilizadas para essa finalidade nos últimos dois meses:

9.1. Menos de 1h

9.2. 2 a 4h

9.3. 5 a 7h

9.4. 8 a 11h

9.5. Mais que 11h

10) Já a variável tempo de utilização diária da Internet para fins profissionais,

foi mensurada por meio da escolha do item que reproduz o número de horas

utilizadas para essa finalidade nos últimos dois meses:

10.1. Menos de 1h

10.2. 2 a 4h

10.3. 5 a 7h

10.4. 8 a 11h

10.5. Mais que 11h

11) As variáveis que dizem respeito à opinião dos inquiridos sobre a TMD

foram avaliadas a partir de um conjunto de 25 questões relacionadas

especificamente ao tema e dispostas consoante quatro domínios: utilidade da

TMD para a prática profissional, eficiência da TMD para a prática profissional,

vantagens da TMD para os pacientes e preocupações dos profissionais em

relação à segurança de dados. O inquirido deveria escolher dentre as

alternativas, a opção que melhor representava seu grau de

concordância/discordância com a afirmação proposta, consoante as opções a

seguir:

11.1. Discordo totalmente

11.2. Discordo parcialmente

11.3. Não concordo nem discordo

Page 89: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

74

11.4. Concordo parcialmente

11.5. Concordo totalmente

Posteriormente, devido ao baixo número que foram selecionadas pelos

inquiridos e para fins de análise estatística, as respostas “discordo totalmente”

e “discordo parcialmente” foram agregadas em uma nova variável: discordo

total ou parcialmente.

Page 90: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

75

Tabelas - Coeficiente de correlação Spearman (CC)

Tabela 13: Utilidade da TMD para a prática profissional

n=350, =0,05

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária,

nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins.

P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

P11 P12 P18 P19 P20 P21 P26

CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value

Idade 0,05;0,32 -0,01;0,90 0,06;0,25 -0,08;0,12 -0,01;0,79 -0,07;0,20 -0,02;0,67

Tempo de profissão 0,08;0,13 0,02;0,72 0,09;0,10 -0,07;0,23 0,05;0,39 -0.04;0,44 -0,00;0,99

Horas de trabalho/semana 0,06;0,28 0,04;0,45 0,04;0,49 0,07;0,22 0,03;0,53 0,06;0,27 0,10/0,07

Horas Internet/geral -0,04;0,51 -0,01;0,88 0,01;0,82 0,05;0,32 -0,02;0,71 -0,08;0,16 -0,04;0,43

Horas Internet/trabalho 0,11;0,04 0,13;0,02 0,08;0,16 0,23;0,00 0,08;0,14 0,08;0,14 0,11;0,03

Tabela 14: Eficiência da TMD para a prática profissional

n=350, =0,05

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para prepará-lo para

uma teleconsulta é mais longo do que o tempo gasto nos moldes convencionais.

P17 A TMD reduz os custos das práticas odontológicas.

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em um cenário clínico tradicional.

P13 P14 P15 P16 P17 P23

CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value

Idade 0,05;0,35 0,05;0,32 0,00;1,00 0,05;0,39 0,08;0,12 0,17;0,01

Tempo de profissão -0,02;0,76 -0,01;0,81 0,04;0,50 0,05;0,31 0,09;0,10 0,15;0,01

Horas de trabalho/semana -0,08;0,16 -0,01;0,93 -0,03;0,53 -0,01;0,87 -0,08;0,12 -0,05;0,33

Horas Internet/geral -0,10;0,08 0,09;0,09 -0,04;0,43 0,04;0,43 -0,06;0,27 0,06;0,31

Horas Internet/trabalho 0,05;0,35 0,05;0,32 0,00;1,00 0,05;0,39 0,08;0,12 0,17;0,02

Page 91: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

76

Tabela 15: Vantagens da TMD para os pacientes

n=350, =0,05

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

P29 A TMD melhora a interação e a comunicação com os pacientes.

P30 A TMD diminui os gastos dos pacientes.

P22 P24 P25 P27 P28 P29 P30

CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value

Idade 0,04;0,43 0,10;0,07 0,03;0,62 -0,08;0,12 0,07;0,18 -0,00;0,98 -0,01;0,79

Tempo de profissão 0,03;0,57 0,13;0,02 0,07;0,17 0,06;0,27 -0,02;0,69 -0.02;0,74 0,15;0,05

Horas de trabalho/semana 0,07;0,21 0,04;0,47 -0,02;0,77 0,03;0,55 0,08;0,15 0,05;0,40 0,02;0,72

Horas Internet/geral -0,01;0,83 -0,03;0,55 -0,02;0,66 -0,01;0,84 -0,07;0,17 -0,06;0,26 -0,04;0,46

Horas internet/trabalho 0,18;0,01 0,13;0,02 0,07;0,22 0,23;0,00 0,06;0,23 0,06;0,26 0,10;0,05

Tabela 16: Preocupações com o uso de tecnologias de informação

n=350, =0,05

P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P35 É difícil obter o consentimento do paciente para encaminhamento via Internet.

P31 P32 P33 P34 P35

CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value CC;p-value

Idade 0,30;0,58 -0,33;0,54 0,01;0,80 0,12;0,02 -0,04;0,49

Tempo de profissão 0,04;0,51 -0,01;0,93 0,02;0,74 0,07;0,22 -0,09;0,11

Horas de trabalho/semana 0,01;0,89 0,04;0,43 0,04;0,41 -0,003;0,96 -0,01;0,82

Horas Internet/geral -0,03;0,58 0,02;0,71 -0,05;0,39 0,03;0,54 -0,04;0,41

Horas Internet/trabalho 0,10;0,06 0,12;0,02 -0,02;0,71 0,00;0,94 0,05;0,33

Page 92: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

77

Tabelas - Teste de Independência do Qui-Quadrado

Utilidade da TMD para a prática profissional

Tabela 17: Sexo

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária,

nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins.

P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

P11 P12 P18 P19 P20 P21 P26

2: 2,924 p-value: 0,40

2: 2,813 p-value: 0,42

2: 0,422 p-value: 0,94

2: 2,988 p-value: 0,39

2: 2,288 p-value: 0,52

2: 3,864 p-value: 0,28

2: 3,812 p-value: 0,28

Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo

M F M F M F M F M F M F M F

Dis

co

rdo

to

tal

ou

parc

ialm

en

te

8(5

,0%

)

16

(8,4

%)

31

(19

,5%

)

27

(14

,1%

)

9(5

,7%

)

13

(6,8

%)

13

(8,2

%)

17

(8,9

%)

3(1

,9%

)

5(2

,6%

)

13

(8,2

%)

11

(5,8

%)

17

(10

,7%

)

10

(5,2

%)

Neu

tro

25

(15

,7%

)

26

(13

,6%

)

28

(17

,6%

)

38

(19

,9%

)

40

(25

,2%

)

45

(23

,6%

)

56

(35

,2%

)

59

(30

,9%

)

20

(12

,6%

)

16

(8,4

%)

33

(20

,8%

)

35

(18

,3%

)

25

(15

,7%

)

34

(17

,8%

)

Co

nco

rdo

p

arc

ialm

en

te

55

(34

,6%

)

75

(39

,3%

)

80

(50

,3%

)

10

7(5

6,0

%)

66

(41

,5%

)

83

(43

,5%

)

71

(44

,7%

)

80

(41

,9%

)

61

(38

,4%

)

83

(43

,5%

)

67

(42

,1%

)

10

0(5

2,4

%)

83

(52

,2%

)

10

7(5

6,0

%)

Co

nco

rdo

to

talm

en

te

71

(44

,7%

)

74

(38

,7%

)

20

(12

,6%

)

19

(9,9

%)

44

(27

,7%

)

50

(26

,2%

)

19

(11

,9%

)

35

(18

,3%

)

75

(47

,2%

)

87

(45

,5%

)

46

(28

,9%

)

45

(23

,6%

)

34

(21

,4%

)

40

(20

,9%

)

TO

TA

L

15

9(1

00

,0%

)

19

1(1

00

,0%

)

15

9(1

00

,0%

)

19

1(1

00

,0%

)

15

9(1

00

,0%

)

19

1(1

00

,0%

)

15

9(1

00

,0%

)

19

1(1

00

,0%

)

15

9(1

00

,0%

)

19

1(1

00

,0%

)

15

9(1

00

,0%

)

19

1(1

00

,0%

)

15

9(1

00

,0%

)

19

1(1

00

,0%

)

Page 93: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

78

Tabela 18: Qualificação profissional

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária,

nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins.

P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

P11 P12 P18 P19 P20 P21 P26

2: 2,584 p-value: 0,46

2: 1,007 p-value: 0,80

2: 6,520 p-value: 0,09

2: 1,355 p-value: 0,72

21,592 p-value: 0,66

2: 1,497 p-value: 0,68

2: 3,819 p-value: 0,28

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista

Dis

co

rdo

to

tal

ou

parc

ialm

en

te

15

(6,1

%)

9(8

,5%

)

38

(15

,6%

)

20

(18

,9%

)

12

(4,9

%)

10

(9,4

%)

19

(7,8

%)

11

(10

,4%

)

4(1

,6%

)

4(3

,8%

)

16

(6,6

%)

8(7

,5%

)

15

(6,1

%)

12

(11

,3%

)

Neu

tro

40

(16

,4%

)

11

(10

,4%

)

48

(19

,7%

)

18

(17

,0%

)

63

(25

,8%

)

22

(20

,8%

)

84

(34

,4%

)

31

(29

,2%

)

26

(10

,7%

)

10

(9,4

%)

49

(20

,1%

)

19

(17

,9%

)

42

(17

,2%

)

17

(16

,0%

)

Co

nco

rdo

p

arc

ialm

en

te

90

(36

,9%

)

40

(37

,7%

)

13

2(5

4,1

%)

55

(51

,9%

)

11

0(4

5,1

%)

39

(36

,8%

)

10

3(4

2,2

%)

48

(45

,3%

)

10

1(4

1,4

%)

43

(40

,6%

)

11

2(4

5,9

%)

55

(51

,9%

)

13

8(5

6,6

%)

52

(49

,1%

)

Co

nco

rdo

to

talm

en

te

99

(40

,6%

)

46

(43

,4%

)

26

(10

,7%

)

13

(12

,3%

)

59

(24

,2%

)

35

(33

,0%

)

38

(15

,6%

)

16

(15

,1%

)

11

3(4

6,3

%)

49

(46

,2%

)

67

(27

,5%

)

24

(22

,6%

)

49

(20

,1%

)

25

(23

,6%

)

TO

TA

L

24

4(1

00

,0%

)

10

6(1

00

,0%

)

24

4(1

00

,0%

)

10

6(1

00

,0%

)

24

4(1

00

,0%

)

10

6(1

00

,0%

)

24

4(1

00

,0%

)

10

6(1

00

,0%

)

24

4(1

00

,0%

)

10

6(1

00

,0%

)

24

4(1

00

,0%

)

10

6(1

00

,0%

)

24

4(1

00

,0%

)

10

6(1

00

,0%

)

Page 94: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

79

Tabela 19: Zona de atuação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária,

nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins.

P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

P11 P12 P18 P19 P20 P21 P26

2: 4,696

p-value: 0,58

2: 10,335

p-value: 0,11

2: 2,308

p-value: 0,89

2: 5,231

p-value: 0,52

2 7,877

p-value: 0,25

2: 5,641

p-value: 0,47

2: 7,787

p-value: 0,25

Zona de atuação

Zona de atuação

Zona de atuação

Zona de atuação

Zona de atuação

Zona de atuação

Zona de atuação

Zona u

rbana

Gra

nd

e c

idad

e

Zona r

ura

l

Zona u

rbana

Gra

nd

e c

idad

e

Zona r

ura

l

Zona u

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Gra

nd

e c

idad

e

Zona r

ura

l

Zona u

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Gra

nd

e c

idad

e

Zona r

ura

l

Zona u

rbana

Gra

nd

e c

idad

e

Zona r

ura

l

Zona u

rbana

Gra

nd

e c

idad

e

Zona r

ura

l

Zona u

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Gra

nd

e c

idad

e

Zona r

ura

l

Dis

co

rdo

to

tal

ou

pa

rcia

lme

nte

11

(6,2

%)

8(6

,3%

)

5(1

1,1

%)

25

(14

,0%

)

27

(21

,3%

)

6(1

3,3

%)

12

(6,7

%)

7(5

,5%

)

3(6

,7%

)

12

(6,7

%)

15

(11

,8%

)

3(6

,7%

)

2(1

,1%

)

6(4

,7%

)

0(0

,0%

)

13

(7,3

%)

9(7

,1%

)

2(4

,4%

)

15

(8,4

%)

11

(8,7

%)

1(2

,2%

)

Ne

utr

o

29

(16

,3%

)

19

(15

,0%

)

3(6

,7%

)

38

(21

,3%

)

24

(18

,9%

)

4(8

,9%

)

44

(24

,7%

)

33

(26

,0%

)

8(1

7,8

%)

63

(35

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Page 95: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

80

Tabela 20: Campo de atuação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária,

nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins.

P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

P11 P12 P18 P19 P20 P21 P26

Campo de atuação

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Page 96: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

81

Tabela 21: Meio de comunicação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P11 A utilização da TMD é importante para as várias áreas de especialidade da Medicina Dentária,

nomeadamente, para a Medicina Dentária generalista.

P12 A TMD fornece dados para um diagnóstico adequado.

P18 A TMD favorece o treinamento clínico e a educação continuada.

P19 A TMD torna a referência de novos pacientes mais eficiente.

P11 P12 P18 P19

Meio de comunicação Meio de comunicação Meio de comunicação Meio de comunicação

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Page 97: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

82

Tabela 22: Meio de comunicação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P20 A TMD facilita a comunicação entre médicos dentistas e profissionais afins.

P21 A TMD facilita a orientação e o aconselhamento dos pacientes.

P26 A TMD é útil para monitorar a condição do paciente.

P20 P21 P26

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*Outros: carta, fax, videoconferência

** Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação.

Page 98: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

83

Eficiência da TMD para a prática profissional.

Tabela 23: Sexo

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para prepará-lo para

uma teleconsulta é mais longo do que o tempo gasto nos moldes convencionais.

P17 A TMD reduz os custos das práticas odontológicas.

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em um cenário

clínico tradicional.

P13 P14 P15 P16 P17 P23

2: 12,574 p-value: 0,01

2: 2,910 p-value: 0,41

2: 6,082 p-value: 0,11

2: 1,700 p-value: 0,64

2: 1,291 p-value: 0,73

2: 7,971 p-value: 0,05

Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo

M F M F M F M F M F M F

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18

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)

Page 99: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

84

Tabela 24: Qualificação profissional

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para prepará-lo para

uma teleconsulta é mais longo do que o tempo gasto nos moldes convencionais.

P17 A TMD reduz os custos das práticas odontológicas.

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em um cenário

clínico tradicional

P13 P14 P15 P16 P17 P23

2: 4,182 p-value: 0,24

2: 3,225 p-value: 0,36

2: 1,948 p-value: 0,58

2: 4,695 p-value: 0,20

2: 6,772 p-value: 0,08

2: 3,407 p-value: 0,33

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista

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Page 100: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

85

Tabela 25: Zona de atuação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para prepará-lo para

uma teleconsulta é mais longo do que o tempo gasto nos moldes convencionais.

P17 A TMD reduz os custos das práticas odontológicas.

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em um cenário clínico tradicional

P13 P14 P15 P16 P17 P23

2: 9,166 p-value: 0,16

2: 6,632 p-value: 0,36

2: 10,134 p-value: 0,12

2: 7,874 p-value: 0,25

2: 8,633 p-value: 0,20

2: 8,047 p-value: 0,24

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Page 101: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

86

Tabela 26: Campo de atuação

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para prepará-lo para

uma teleconsulta é mais longo do que o tempo gasto nos moldes convencionais.

P17 A TMD reduz os custos das práticas odontológicas.

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em um cenário clínico tradicional

P13 P14 P15 P16 P17 P23

Campo de atuação Campo de atuação

Campo de atuação

Campo de atuação

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Page 102: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

87

Tabela 27: Meio de comunicação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P13 A TMD é um sistema muito caro de se implementar.

P14 A TMD economiza tempo em comparação com uma carta de referência.

P15 A TMD exige uma consulta extra para tirar (mais) fotografias.

P13 P14 P15

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*Outros: carta, fax, videoconferência

** Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação.

Page 103: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

88

Tabela 28: Meio de comunicação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P16 A TMD aumenta o tempo gasto com o paciente cirúrgico, pois o tempo gasto para prepará-lo para

uma teleconsulta é mais longo do que o tempo gasto nos moldes convencionais.

P17 A TMD reduz os custos das práticas odontológicas.

P23 O diagnóstico feito a partir de imagens intraorais é tão exato quanto o realizado em um cenário

clínico tradicional

P16 P17 P23

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343(1

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%)

*Outros: carta, fax, videoconferência

**Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação.

Page 104: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

89

Vantagens da TMD para os pacientes

Tabela 29: Sexo

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

P29 A TMD melhora a interação e a comunicação com os pacientes.

P30 A TMD diminui os gastos dos pacientes.

P22 P24 P25 P27 P28 P29 P30

2: 2,187 p-value: 0,53

2: 1,048 p-value: 0,79

23,985 p-value: 0,26

2: 3,434 p-value: 0,33

2: 0,722 p-value: 0,87

2: 1,765 p-value: 0,62

2: 2,999 p-value: 0,39

Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo

M F M F M F M F M F M F M F

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Page 105: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

90

Tabela 30: Qualificação profissional

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

P29 A TMD melhora a interação e a comunicação com os pacientes.

P30 A TMD diminui os gastos dos pacientes.

P22 P24 P25 P27 P28 P29 P30

2: 3,169 p-value: 0,37

23,215 p-value: 0,36

2: 3,522 p-value: 0,32

2: 3,755 p-value: 0,29

22,993 p-value: 0,39

2: 4,095 p-value: 0,25

2: 2,045 p-value: 0,56

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista

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91

Tabela 31: Zona de atuação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

P29 A TMD melhora a interação e a comunicação com os pacientes.

P30 A TMD diminui os gastos dos pacientes.

P22 P24 P25 P27 P28 P29 P30

2: 6,503

p-value: 0,37

2: 6,611 p-value: 0,36

2: 13,118

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2: 4,382 p-value: 0,63

2: 4,142

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Zona de atuação

Zona de atuação

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Page 107: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

92

Tabela 32: Campo de atuação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

P29 A TMD melhora a interação e a comunicação com os pacientes.

P30 A TMD diminui os gastos dos pacientes.

P22 P24 P25 P27 P28 P29 P30

Campo de atuação

Campo de atuação

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**Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação

Page 108: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

93

Tabela 33: Meio de comunicação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P22 A TMD ajuda a diminuir as listas de espera.

P24 A TMD é útil para pacientes em locais distantes ou rurais.

P25 A TMD é conveniente para os pacientes sendo bem-recebida por eles.

P27 A TMD ajuda a reduzir o deslocamento desnecessário do paciente.

P22 P24 P25

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*Outros: carta, fax, videoconferência

Page 109: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

94

Tabela 34: Meio de comunicação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P28 A TMD ajuda na informação e na educação dos pacientes.

P29 A TMD melhora a interação e a comunicação com os pacientes.

P30 A TMD diminui os gastos dos pacientes.

P28 P29 P30

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*Outros: carta, fax, videoconferência

Page 110: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

95

Preocupações com o uso de tecnologias de informação

Tabela 35: Sexo

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P35 É difícil obter o consentimento do paciente para encaminhamento via Internet.

P31 P32 P33 P34 P35

2: 3,172 p-value: 0,37

21,023 p-value: 0,80

2: 0,879 p-value: 0,83

2: 1,674 p-value: 0,64

2: 4,899 p-value: 0,18

Sexo Sexo Sexo Sexo Sexo

M F M F M F M F M F

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67(4

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58(3

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)

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)

Page 111: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

96

Tabela 36: Qualificação profissional

Teste do 𝟑𝟐, =0,05, n=350

P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P35 É difícil obter o consentimento do paciente para encaminhamento via Internet.

P31 P32 P33 P34 P35

2: 0,737 p-value: 0,87

23,162 p-value: 0,37

2: 0,818 p-value: 0,85

2: 2,690 p-value: 0,44

2: 4,892 p-value: 0,18

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Qualificação profissional

Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista Clínico Especialista

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60(2

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31(2

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%)

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Co

nco

rdo

p

arc

ialm

en

te

82(3

3,6

%)

35(3

3,0

%)

58(2

3,8

%)

27(2

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%)

102(4

1,8

%)

44(4

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Page 112: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

97

Tabela 37: Zona de atuação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P35 É difícil obter o consentimento do paciente para encaminhamento via Internet.

P31 P32 P33 P34 P35

2: 7,718 p-value: 0,26

23,928 p-value: 0,69

2: 7,938 p-value: 0,24

2: 5,318 p-value: 0,50

2: 2,250 p-value: 0,90

Zona de atuação Zona de atuação Zona de atuação Zona de atuação Zona de atuação

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Page 113: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

98

Tabela 38: Campo de atuação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P35 É difícil obter o consentimento do paciente para encaminhamento via Internet.

P31 P32 P33 P34 P35

Campo de atuação Campo de atuação Campo de atuação Campo de atuação Campo de atuação

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**Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação

Page 114: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

99

Tabela 39: Meio de comunicação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P31 Os equipamentos utilizados na TMD são fiáveis

P32 Existe incompatibilidade técnica entre equipamentos

P33 Há risco de manipulação das imagens enviadas.

P31 P32 P33

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*Outros: carta, fax, videoconferência

**Requisitos do teste não atendidos, meramente como indicativo de associação

Page 115: Saúde Digital e Medicina Dentária: o caso da telemedicina ... - Dissertação de... · áreas da Medicina Dentária, na comunicação com os profissionais afins, no acompanhamento

100

Tabela 40: Meio de comunicação

Teste do 𝟔𝟐, =0,05, n=350

P34 A confidencialidade do paciente é posta em risco quando as imagens são enviadas.

P35 É difícil obter o consentimento do paciente para encaminhamento via Internet.

P34 P35

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*Outros: carta, fax, videoconferência