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VI ORGAO OE PROPAGANDA E TURISMO DE PORTUGAL C . ONDIÇÕES DE ASSINATURA Por trimestre (12 nu- meros· . . . . . .. 7 $00 ANUNCIOS P re ç o sc on y e n c i o n a i s ri.O 141 REDACÇAO E ADMINISTRAÇÃO MONTE ESTORIL TELEFONE 282 Composto e I mpresso nas .. < (FICINA$ Rua da Cruz doa Polall, r/ LISBOA Telel. 277 t . '( ' . '- ..-, ....... ,. Não se devolvem os originais [ embora não publicados -- P da Empreza de Publicidade Estoril Gráfica (em organisação) Director e Editor - ANTONIO ALVES Os artigos não assinados são da responsabilidade do director do jornal o ESTORIL,Praia O mar na magia azul do Estoril é o motivo de sempre, o tapete pulquérrimo que os nossos olhos bordam com uma scisma dor- , .... mente. Da baía embriagadora de Cascais, tôda a Costa do Sol === tem um recorte mágico de alfange maravilhoso onde os corpos em posturas de mito e foli.as paganisadas, ensaiam a pantomima alegre da vida. Sentado na praia ou na vamnda tão europeia e internacional do Tamariz, namoro a curva azul, as ondas vindo em brinquedos sensuais de espuma para o beijo frio e pagão das praias dormentes, que são os harens azuis das ondas. O sol marcha firme, feroz, escaldando, pintando oiro em tudo, nas barracas de banho, nas carnes infantinas dos bébés e das crianças, no triângulo pardo ou vermelho das velas, nas máscaras queimadas e adolescentes das banhistas, que fazem a sua estação de banhos e de beira-mar, corpos divinisados de quinze e dezoito anos, cal'nações de rosa loira e lírio, na volúpia milenária do banho ou em passeios, hirtos os troncos, tremendo sob os {(maillots» multi.- colores os seios em luar e morango. Por todo o recorte da praia os· corpos movem-se ou repousam em posturas de instantes, como esculturas de carne viva que se transfigu- rassem num milagre. A carne moça esportiva esplende ao sol, sofre essa cl:tl'Ícia intensa, compreende o sol, deixa que o seu afago crú lhe caustique a pele, lhe dê a poalha corada e morena da pele, exposta á luz agostiana e setembrina, em pleno meio dia fulgentíssimo. O mar é fundo, extensivo, vai até ao infinito, até ao horizonte - o crepúsculo azul-doirado dos oceanos ... Sôbre o mar rendas de oiro, todo êle agora é um tapete azul de Al'l'az em enfeites e rendas trémulas, em rendas fulvas ele instantes, lne t\gol'r. nascem e 10 0 .0 lUOl'rew, que d.g'vra lllUl'l'em e tornam sempre a nascer. n mar é calmo, dormente, nêst.e Estoril internacional e procurado por uma população europeia de (csud-express» e paquetes de luxo, onde se sente, com tanta embriaguez, a magia atlântica do oceano, e as ondas têm contornos de seios, curvas de ânfora, lembram irreal- mente gestos de tocadoras de harpas que fôssem azuis e vivessem apenas na nossa imaginação moh·isca ... O sol, êsse sol único da Costa portuguesa, queima embriagadora- mente; a tarde avança e, em cabelo, deitado sob a sua carícia paradi- síaca, indiferente à luz, deixo-me abandonar a tôdas as ideias nóma- das; como um fakir, ponho os olhos no àlém e embarco no batel azul do encantamento mais belo, e, eu próprio, levanto os remos em extase. Cm momento hesito. A absorção dos sentidos faz-me perder o contõrno, a lógica das coisas, a carreira igual da vida e vou scismando, ador- mecendo, enquanto o sol queima as faces e tatúa a pele de carícias rubras." . * * * A um rumor maior acordo. Os olhos mal sofrem querendo abran- ger o ambiente europeu, a praia civilisada, mal toleram a lâmina doirada do sol, refulgindo e ferindo como um árabe. O mar neste fim de tarde cada vez é mais calmo, sente-se que o sol quer des- cansar, vai a caminho do poente como um peregrino vagaroso. A meu lado todas as coisas vivem no seu exp]endor de sempre, a curva grega das ondas, o azul dormente da praia, a luz oftálmica e oirenta da tarde apolínea. Passeando a retina pelo painel colorido da assistência cos- mopolita e balnear, os olhos poisam no enlevo doirado dos corpos que esculpem a sua indolência em posiçõés de capricho, em instantes duma perfeição que não se repete. No xadrez oftálmico e bizarro da praia os olhos namoram, fixam a pantomima, o teatro paganíssimo dos corpos escravos, onde o sol impera e manda como um déspota. Um grupo de raparigas pouco - supremo instante! - púberes, perfeitas, avança com os seus {(mail- lots» pai-a o mar dócil e eu sinto a água a esculpir de afago e tepidez as ancas lÇ>iras, os troncos pulquérrimos, os seios androginos, as mãos solteiras de joias. De novo, agora que a tarde continua, todas essas nadadoras numa teoria botticellina de corpos semi-desnudos, como num frizo pagão avançam no mar, nadam, agridem as ondas, sentem-se possuídas de ternura e afago, enquanto a tarde desce, violeta e oiro que feita uma tinta apenas, se pintasse no creplísculo, como um cenário raríssimo. O Estoril é hoje uma praia europeia, uma praia nascida para o festim atlântico de tôdas as horas e a par de Biarritz, de S. Sebastian, de Deauville, de Paris-plage, uma dádiva maravi1hosa que o destino I' 1 Curso de Férias da Faculdade de Letras Terminou os seus trabalhos na semana passada n "Cursó de Férias.', tão auspe- ciosamente dirigido pela Faculdade de Le- tras de Lisboa, que ao Museu Conde de Castro Guimarães levou os seus melhores onde fizeram prelecções que mar- caram pela sua elevada cultura e superio- ridade intelectual. Entendeu o Govêrno, e muito bem, que devia oficialisar o Curso de Férias da Faculdade de Letras de Lisboa, incluindo no orçamento a verba necessá.ria para o seu funcionamento de futuro, tudo indÍ- cando que se realize também no próximo inverno para estrangeiros. O sr. Dr. João da Silva Correia, ao afirmar a importâ8cia cultural dos Cursos de tFérias e os seus beneficios para o tu- rismo, manifestou a falta de apoio e de visão das entidades oficiais de Cascais pelo desinteresse que êste momentoso assunto lhes mereceu êste ano, quando fora são precisamente êsses organismos e outros de natureza particular que mais contribuem para a sua realização. Nos agradecimentos que o ilustre cate- dratico endel'eçou a todos aqueles que, di- recta ou indirectamente, lhe prestaram cola- boração, não se esqueceu do jornal c( O Es- toril>J , pelo desinteressado e modesto apoio que dedicou à realização do Curso de Férias, o qual este ve em sério risco de não se efec- tuar, pelo despei to incontido de uns e a ignorância crassa de outros, usando e abu- fi . 1a ,10" I' lU ' C!ue indevidll.mente OCll- pam. [uito e muito poderlamos dizer, mas como é semp e oportunidade de ajustar con- tas, qualquer dia diremos de nossa justiça, separando o do joio, e não deixando qüe certo escalracho daninho continue fa- zendo os seus estragos E às entidades oficiais e particulares do Concelho de Cascais, a quem a indústria do turísmo mais interessa, aconselhamos que examinem cuidadosamente a importân- cia dos « Cursos de Férias» para esta zona, «porque o que uns não querem, outros desejam». " Margarete Elzer Por intermédio do seu tradutor e nosso colaborador, Eduardo Marrecas Ferreira, sabemos que esta insigne e erudita escritora alemã, a quem nos referimos no nosso número de 5 de Maio, inclue num romance que tem em preparação, um ou dois capítulos com cenas passadas no Estoril. Em deyido tempo voltaremos a fazer referencia a esta ilustre amiga de Por- tugal, a quem apresentamos os nossos agradecimentos. Festa da Uva' dois anos consecutivos realisou- -se no Estoril a Festa da Uva, promovida p.el.a. benemérita Sociedade Propaganda da Costa do Sol, cujo produto revertia para fins beneficentes, e á qual se associavam abastados lavradores, entre eles o o sr. Samuel dos Santos Jorge, que ofere- ciam os deliciosos frutos em grande quan- tidade e das melhores qualidades de sua produção. O ultimo ano que essa simpatica festa S6- realisou, alem da alegria que muitas senhoras e meninas da nossa primeira so- cienade espalhavam por toda a parte, os- tentando trajos característicos e vendendo as uvas em cestos de verga muito apro- priados, no majestoso hall das Termas do Estoril teve logar uma sessão solene para comemorar o facto, fazendo-so representar largamente o elemento oficial, o Governo e o Corpo Diplomatico, com uma e selecta assistencia, que aplaudiram a In- teressante conferencia do ilustre medico sr. Dr. Raposo de Magalhães. A importancia que então se ligava ao emprego da uva como medicamento e ali- mento de primeira ordem, ligado ao pro· blema economico do consumo do precioso fruto, criaram a «Semana da Uva», du- rante a qual e do norte ao sul do paiz se vendiam muitos milhares de escudos de uvas. Grande foi a nossa decepção, porém, ao verificarmos que o entusiasmo dos primei- ros anos amorteceu depressa, não adivi- nhando os motivol!! porque se desistiu dessa bela ideia, por tantos titulos generosa e patriotica. Porque não faz a Sociedade Propaganda da Costa do Sol reviver aqui a Festa da Uva, agora que estamos na melhor oportu- nidade para lhe dar realisação? Pedro de P(Zoabad Encontra· l5e hospedado no Palácio Hotel o sr. Pedro de Penabad, director do jornal u Suplemento», órgão da G. Prensa Hispana Unida», que se publica em Madrid, tendo presente um número que insere interes- sante propaganda do Estoril. Jóvem e dotado de muita persistência e vivacidade de espírito, o sr. Penabad está organizando entre nós representações do periódico que dirige, propondo-se visitar o nosso País e publicar números especiais de propaganda das principais zonas de tu- rismo, a qual será secundada pelos perió- dicos espanhois associados da «Prensa Bis- pana Unida». O sr. Pedro de Penabad escreveu expres- samente para o «Estoril" uma crónica, que publicaremos no próximo número, desejando ao simpático visitante todas as facilidades no desempenho da sua missão. colocou a dois passos da capital, o que raramente acontece noutras capitais europeias. A concorrência espanhola este ano, calculando-se em milhares de vera- neantes, juntamente com as colónias inglesa, francesa e alemã num munda- níssimo conjunto, atestam a internacionalização do Estoril, hoje um centro de turismo emopeu, mercê de raras qualidades climatéricas, do seu clima ideal .e paradisiaco e dos seus contantes melhoramentos e aperfeiçoamentos urbanos. Quem chega de outras paisagens e de outros centros balneares encontra no Estoril, mais do que em nenhum outro centro mundano, o encanto mara- vilhoso, a magia atlântica da sua dormência, da sua quietude, do seu paraíso extático e contemplativo. E agora que o oiro velho do horizonte cai nos bra- ços serenos e gregos da tarde, em síncopes de bruma azul, apetece-nos relembrar o conforto de saber que os nossos olhos, durante alguns meses de sol, terão a mesma rima dos corpos com a tentação maravilhosa e auri- luzente do mar, êsse mar atlântico do Estoril, sem rival em todo o mundo. CORREIA DA COSTA '. j _III

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Page 1: r~priedade Director e Editor - Cascais · -se no Estoril a Festa da Uva, promovida p.el.a. benemérita Sociedade Propaganda da Costa do Sol, cujo produto revertia para fins beneficentes,

~~o VI

ORGAO OE PROPAGANDA

E TURISMO DE PORTUGAL ~

C.ONDIÇÕES DE ASSINATURA

Por trimestre (12 nu­

meros· . . . . . .. 7 $00

ANUNCIOS

P r e ç o s c on y e n c i o n a i s

ri.O 141

REDACÇAO E ADMINISTRAÇÃO

MONTE ESTORIL TELEFONE 282

~ • Composto e I mpresso nas .. < (FICINA$ FERNANO~(';' Rua da Cruz doa Polall, r/ LISBOA Telel. 277 t .

~ ' ( ' . '- ..-, ....... ,. Não se devolvem os originais ~ [ l -~ --:" embora não s~am publicados --

P r~priedade da Empreza de Publicidade Estoril Gráfica (em organisação) Director e Editor - ANTONIO ALVES Os artigos não assinados são da responsabilidade do director do jornal

o ESTORIL,Praia Int~rna~i~nal O mar na magia azul do Estoril é o motivo de sempre, o tapete

pulquérrimo que os nossos olhos bordam com uma scisma dor­,.... mente. Da baía embriagadora de Cascais, tôda a Costa do Sol === tem um recorte mágico de alfange maravilhoso onde os corpos em posturas de mito e foli.as paganisadas, ensaiam a pantomima alegre da vida.

Sentado na praia ou na vamnda tão europeia e internacional do Tamariz, namoro a curva azul, as ondas vindo em brinquedos sensuais de espuma para o beijo frio e pagão das praias dormentes, que são os harens azuis das ondas. O sol marcha firme, feroz, escaldando, pintando oiro em tudo, nas barracas de banho, nas carnes infantinas dos bébés e das crianças, no triângulo pardo ou vermelho das velas, nas máscaras queimadas e adolescentes das banhistas, que fazem a sua estação de banhos e de beira-mar, nes~es corpos divinisados de quinze e dezoito anos, cal'nações de rosa loira e lírio, na volúpia milenária do banho ou em passeios, hirtos os troncos, tremendo sob os {(maillots» multi.­colores os seios em luar e morango.

Por todo o recorte da praia os· corpos movem-se ou repousam em posturas de instantes, como esculturas de carne viva que se transfigu­rassem num milagre. A carne moça esportiva esplende ao sol, sofre essa cl:tl'Ícia intensa, compreende o sol, deixa que o seu afago crú lhe caustique a pele, lhe dê a poalha corada e morena da pele, exposta á luz agostiana e setembrina, em pleno meio dia fulgentíssimo. O mar é fundo, extensivo, vai até ao infinito, até ao horizonte - o crepúsculo azul-doirado dos oceanos ...

Sôbre o mar há rendas de oiro, todo êle agora é um tapete azul de Al'l'az em enfeites e rendas trémulas, em rendas fulvas ele instantes, lne t\gol'r. nascem e 100.0 lUOl'rew, que d.g'vra lllUl'l'em e tornam sempre a nascer.

n mar é calmo, dormente, nêst.e Estoril internacional e procurado por uma população europeia de (csud-express» e paquetes de luxo, onde se sente, com tanta embriaguez, a magia atlântica do oceano, e as ondas têm contornos de seios, curvas de ânfora, lembram irreal­mente gestos de tocadoras de harpas que fôssem só azuis e vivessem apenas na nossa imaginação moh·isca ...

O sol, êsse sol único da Costa portuguesa, queima embriagadora­mente; a tarde avança e, em cabelo, deitado sob a sua carícia paradi­síaca, indiferente à luz, deixo-me abandonar a tôdas as ideias nóma­das; como um fakir, ponho os olhos no àlém e embarco no batel azul do encantamento mais belo, e, eu próprio, levanto os remos em extase. Cm momento hesito. A absorção dos sentidos faz-me perder o contõrno, a lógica das coisas, a carreira igual da vida e vou scismando, ador­mecendo, enquanto o sol queima as faces e tatúa a pele de carícias rubras." .

* * *

A um rumor maior acordo. Os olhos mal sofrem querendo abran­ger o ambiente europeu, a praia civilisada, mal toleram a lâmina doirada do sol, refulgindo e ferindo como um ~lfange árabe. O mar neste fim de tarde cada vez é mais calmo, sente-se que o sol quer des­cansar, vai a caminho do poente como um peregrino vagaroso. A meu lado todas as coisas vivem no seu exp]endor de sempre, a curva grega das ondas, o azul dormente da praia, a luz oftálmica e oirenta da tarde apolínea. Passeando a retina pelo painel colorido da assistência cos­mopolita e balnear, os olhos poisam no enlevo doirado dos corpos que esculpem a sua indolência em posiçõés de capricho, em instantes duma perfeição que não se repete.

No xadrez oftálmico e bizarro da praia os olhos namoram, fixam a pantomima, o teatro paganíssimo dos corpos escravos, onde o sol impera e manda como um déspota. Um grupo de raparigas há pouco - supremo instante! - púberes, perfeitas, avança com os seus {(mail­lots» pai-a o mar dócil e eu sinto a água a esculpir de afago e tepidez as ancas lÇ>iras, os troncos pulquérrimos, os seios androginos, as mãos solteiras de joias.

De novo, agora que a tarde continua, todas essas nadadoras numa teoria botticellina de corpos semi-desnudos, como num frizo pagão avançam no mar, nadam, agridem as ondas, sentem-se possuídas de ternura e afago, enquanto a tarde desce, violeta e oiro que feita uma tinta apenas, se pintasse no creplísculo, como um cenário raríssimo.

O Estoril é hoje uma praia europeia, uma praia nascida para o festim atlântico de tôdas as horas e a par de Biarritz, de S. Sebastian, de Deauville, de Paris-plage, uma dádiva maravi1hosa que o destino

I ' 1

Curso de Férias da Faculdade de Letras

Terminou os seus trabalhos na semana passada n "Cursó de Férias.', tão auspe­ciosamente dirigido pela Faculdade de Le­tras de Lisboa, que ao Museu Conde de Castro Guimarães levou os seus melhores mestre~, onde fizeram prelecções que mar­caram pela sua elevada cultura e superio­ridade intelectual. Entendeu o Govêrno, e muito bem, que devia oficialisar o Curso de Férias da Faculdade de Letras de Lisboa, incluindo no orçamento a verba necessá.ria para o seu funcionamento de futuro, tudo indÍ­cando que se realize também já no próximo inverno para estrangeiros.

O sr. Dr. João da Silva Correia, ao afirmar a importâ8cia cultural dos Cursos de tFérias e os seus beneficios para o tu­rismo, manifestou a falta de apoio e de visão das entidades oficiais de Cascais pelo desinteresse que êste momentoso assunto lhes mereceu êste ano, quando lá fora são precisamente êsses organismos e outros de natureza particular que mais contribuem para a sua realização.

Nos agradecimentos que o ilustre cate­dratico endel'eçou a todos aqueles que, di­recta ou indirectamente, lhe prestaram cola­boração, não se esqueceu do jornal c( O Es­toril>J , pelo desinteressado e modesto apoio que dedicou à realização do Curso de Férias, o qual esteve em sério risco de não se efec­tuar, pelo despei to incontido de uns e a ignorância crassa de outros, usando e abu­fi . 1a ,10" I' lU ' C!ue indevidll.mente OCll­

pam. [uito e muito poderlamos dizer, mas

como é semp e oportunidade de ajustar con­tas, qualquer dia diremos de nossa justiça, separando o ~rigo do joio, e não deixando qüe certo escalracho daninho continue fa­zendo os seus estragos pernicioso~.

E às entidades oficiais e particulares do Concelho de Cascais, a quem a indústria do turísmo mais interessa, aconselhamos que examinem cuidadosamente a importân­cia dos « Cursos de Férias» para esta zona, « porque o que uns não querem, outros desejam». "

Margarete Elzer Por intermédio do seu tradutor e

nosso colaborador, Eduardo Marrecas Ferreira, sabemos que esta insigne e erudita escritora alemã, a quem já nos referimos no nosso número de 5 de Maio, inclue num romance que tem em preparação, um ou dois capítulos com cenas passadas no Estoril.

Em deyido tempo voltaremos a fazer referencia a esta ilustre amiga de Por­tugal, a quem apresentamos os nossos agradecimentos.

Festa da Uva' D~rante dois anos consecutivos realisou­

-se no Estoril a Festa da Uva, promovida p.el.a. benemérita Sociedade Propaganda da Costa do Sol, cujo produto revertia para fins beneficentes, e á qual se associavam al~uns abastados lavradores, entre eles o o sr. Samuel dos Santos Jorge, que ofere-ciam os deliciosos frutos em grande quan­tidade e das melhores qualidades de sua produção.

O ultimo ano que essa simpatica festa S6- realisou, alem da alegria que muitas senhoras e meninas da nossa primeira so­cienade espalhavam por toda a parte, os­tentando trajos característicos e vendendo as uvas em cestos de verga muito apro­priados, no majestoso hall das Termas do Estoril teve logar uma sessão solene para comemorar o facto, fazendo-so representar largamente o elemento oficial, o Governo e o Corpo Diplomatico, com uma numer~sa e selecta assistencia, que aplaudiram a In­

teressante conferencia do ilustre medico sr. Dr. Raposo de Magalhães.

A importancia que então se ligava ao emprego da uva como medicamento e ali­mento de primeira ordem, ligado ao pro· blema economico do consumo do precioso fruto, criaram a «Semana da Uva», du­rante a qual e do norte ao sul do paiz se vendiam muitos milhares de escudos de uvas.

Grande foi a nossa decepção, porém, ao verificarmos que o entusiasmo dos primei­ros anos amorteceu depressa, não adivi­nhando os motivol!! porque se desistiu dessa bela ideia, por tantos titulos generosa e patriotica.

Porque não faz a Sociedade Propaganda da Costa do Sol reviver aqui a Festa da Uva, agora que estamos na melhor oportu­nidade para lhe dar realisação?

Pedro de P(Zoabad Encontra·l5e hospedado no Palácio Hotel

o sr. Pedro de Penabad, director do jornal u Suplemento», órgão da G. Prensa Hispana Unida», que se publica em Madrid, tendo presente um número que insere interes­sante propaganda do Estoril.

Jóvem e dotado de muita persistência e vivacidade de espírito, o sr. Penabad está organizando entre nós representações do periódico que dirige, propondo-se visitar o nosso País e publicar números especiais de propaganda das principais zonas de tu­rismo, a qual será secundada pelos perió­dicos espanhois associados da «Prensa Bis­pana Unida».

O sr. Pedro de Penabad escreveu expres­samente para o «Estoril" uma crónica, que publicaremos no próximo número, desejando ao simpático visitante todas as facilidades no desempenho da sua missão.

colocou a dois passos da capital, o que raramente acontece noutras capitais europeias.

A concorrência espanhola este ano, calculando-se em milhares de vera­neantes, juntamente com as colónias inglesa, francesa e alemã num munda­níssimo conjunto, atestam a internacionalização do Estoril, hoje um centro de turismo emopeu, mercê de raras qualidades climatéricas, do seu clima ideal . e paradisiaco e dos seus contantes melhoramentos e aperfeiçoamentos urbanos.

Quem chega de outras paisagens e de outros centros balneares encontra no Estoril, mais do que em nenhum outro centro mundano, o encanto mara­vilhoso, a magia atlântica da sua dormência, da sua quietude, do seu paraíso extático e contemplativo. E agora que o oiro velho do horizonte cai nos bra­ços serenos e gregos da tarde, em síncopes de bruma azul, apetece-nos relembrar o conforto de saber que os nossos olhos, durante alguns meses de sol, terão a mesma rima dos corpos com a tentação maravilhosa e auri­luzente do mar, êsse mar atlântico do Estoril, sem rival em todo o mundo.

CORREIA DA COSTA

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. , Liga dos Combatentes

Grande Guerra da Delegação de Oeiras

Mantém esta Delegação, a exemplo dos anos a terjores, dUBS colónias balneares, respectiva­mente nas praias da Cruz QIHbrada e Oeiras. No actual ano lectivo I zeram exame do 2.° grau, obtenda aprovação, 9 crianças da Escola n.o 1 que a mesma Delegação mantém há dois anos em Algés para crianças, filhos dos seus associados, tendo obtido passagem de classe 19 crianças tôdas leccionadas pela profeesora Senhora D. Alice Silva Tavares, esposa de um combatente. No período de 1 de Julho de 1934 até JUllho último dispendeu a direcção trRnFaeta a quantia de Edc 27.000~OO com as vel bas a'l pensões, subsídios, E&cola, Coló­nias balneares, e Funerais. Faziam parte da Comissão Administrativa da reftlrida Delegação no me H!ionado pdríodo os Sors. Cllpitão Jaeinto José :\I6reira, como presidente, António José Iná­cio Júnior, como tesonreiro, e Fernando Araújo Alegria, como secretário.

CONSTANTINO iI-- * *Jt

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AGUARDENTE VELHISSIMA Extraída de Vinho do Porto

Este número foi visado pela Comissão de Censura

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Os ruidos durante a noite. A 19uns dos moradores dos Estoris, na­

cionais e estrangeiros, pedem-nos que cha­memos e atenção das autoridades, a-fim-de não se permitirem ruidos de automóveis depois da uma hora, não consentindo tam­bém que certas pessoas, com a fobia da rádio-telefonia, deixem os seus aparelhos durante a noite à janela e completamente abertos, impossibilitando a visinhança de conciliar o sono.

O latir dos cãis, num meio turístico desta categoria, nada abona também a nOSS I) tavor, pois sobretudo de madrugada acorda tôda a gente, nada justificando por ise0 a falta de respeito para com a população quc necessita de repousar, mas muito especial­mente para com os nossos visitantes.

A s três reclamações de que nos fazemos éco junto de quem de direito, pertencem ao • nÚmp.ro dos pequenos nadas , mas que só servem para nos desprestigiaI' e prejudicar, fazendo parte da pior propaganda contra nós.

Estamos, pois, certos de que o ex.mo sr. Adurinistrador do Concelho vai providen­cial' no sentido de acabar com essa praga dos ruidoso

Uma boa notícia A ALFAIATARIA E~TORIL, quP , como se

sab!', é Da~. L' VE DEZEMBRO, 45,2 .°, a fim de dar comêço a obras projectadas para ampliação dllb 8uas in6talaçõe~, resolveu fazer o abatimento de 25 n/o nos preços marcados, em todos os fatos vendidos durante o corrente mês, e qne sejam pagoos à entrega drs mesmos.

Acrescente· se que na ALPAIA TARIA ESTORIL tudo são padrõ 's modernos e dos melhores fabri­cantes, /lendo também todos os fa~s feitos nas suas oficinas, debaixo da vigilân(lia áo seu habilíssimo con Ira -mestre.

Rua i.' d e Dezembro, 45, 2 .° Telefone 2 5939

Horários de Cascais e Sintra Dois explêndidos horários - Linha de

Cascais e de Cintra- foram agora publi­cados pela Secção de Propaganda da Com­panhia dos TelefoneI'. Agradecemos os exemplares que nos foram enviados e que denotam um sentido moderno de bO'm gôsto gráfico.

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I

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Veraneantes e banhistas na Costa do Sol

Encontram-se a passar o verão na Costa do Sol, com suas Ex. m S Familias, os srs. :

D. Margarida Lop~z, madame Sou~a LarA, ma­dame J UdlCIl Fialho, madame Celeste de Oliveira, viuva de Tabewé, Dr. Ruy Gomes de Carvalho, ViuvR de C~jullo, Viuva de Medrano, Dr. Fran­cisco Gião e esposa, Hicardo Segura e esposa, Dr. Jorge M:acedo OliV l'ira Simõ 's, coronel Fer­nando Mota Marques, D. Baldemiro Fernandez e esposa D. Juan Lniz Montero de OChôA, D. Maria Fernandes Braga do Couto, Dr. Raul Gomes da Costa, mr. Phil ip e familia, D. Artimis ef'Sp08A, coron!'1 Vdla8ant!', D. José Senan y Huiz de la Fuente, enl!;enhciro João CaJd€Íra de Bourbon, cc nd de VMle Ht:is, Vasro de Orey, Dr João AmHal, EUlico Morais, D~ Eurico Lisboa, José Lisboa, Joaquim Queiroz, Luiz Afonso Vilar, conde :\1 arg \fid!', J JS j Luiz C Ilheir03, Henrique l'abord" Monteiro, engenheiro Carvalho, ( j ene· ral Ferraz, Dr. Hsul do Carmo, Dr. Marçal Mendonça, Emidio d' . guiar, Fr:.trcisco Qui II tIIn a , eng. Francisco Guedes, Dr . Guilherme BastQ Gon­çalves e familia, mr. Charles King e esposR, [ris l:)alman, D. Aurelio Ramirez e UMBlro, D. Pedro Coelho de Portugal, Pllrdhl Monteiro, Dr .. Belar­mino d' .Jmeida, eng. Dartout. eng. Alfredo d'A­zevedo, Manoel Soares d'Albergaria e Melo, eLlg . Arnaldo Lima, Dr. Mario d'Oliveiril, Dr Domin­g08 Ferreira Deusdado, Dr. Teotonio Pereira e familia, Viuva de Anibal Alvarez e filhos, Diniz d'Almeida, Dr. Simões dos Reis, Dr. Abreu Lopes, eng l:)alvador Ricardo, Manoel A!v('s da Silva, Carlos Afonsll, Dr Juiz Pavào Silva Leal, Dr Oliveira Santos e espcsa.

Dr. Julio Hibeiro Dr. Carlos Pires, Alberto Graça, Costa Pina, David Zagury, Anlónio Luiz Simões, Carlos de Carvalho, Engenheiro Silva Azevedo, Dr. Suaiva Lima, Dr . Juiz Simões dos Reis, Dr. Arbués Moreira, Andróoio de Sonsa e Melo, Dr, Francisco Autónio Correia, Moysés Amzalac, Dr. Pedro Pita, António de Sousa Lára, EUlténe Labat, profesRor Costa Lobo, Manoel Avila Lima, Joa nim Cantarino, etc., etc.

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pioa, Ltd. · , situados em Carcavelos, para pastenri­ração de leitl', deparando nos com um estabeleci­mento modelar, o primeiro e mais completo no género qne existe no Paiz, cuja apresentação cons­titne uma arrojada iniciativa e manifestação de progresso, igualando-se com o que de molhor existe lá fóra.

Depo B de observarmos (' uidadofBmeote as mo­dernas instalações e assistirmos aos trabalhos de higienização e pasteurização de alguns milhares de litros de leite, que jll. são distribnidos pela Linha e por Lisboa, a no.sa admirllção pelo que vimos iguala· se à nOBsa estranheza por não ter ainda o Estado decretado a pBsteurizaçlio obrigatória do leite, tanto maIs que difpõ,~ de elementos bAstantes para executar eesa medida de sanidade públiCA.

As r statísticlIs oficiais dizem-nos que II grande percenlagem da mort. lidade infantil" I ompl iCII­ções gádtriC8s nos Rdultos é dcvida à au~ência dll higieDlzação e plHfZl do leite, torn üll dl-se, a nOESO ver, urgente que se tompm medidas sôbrc o ~esunto.

A recolha do leite 1I0S divl'ISOS locais de produ­ção, cout..rmfl tivemos ocasião de obsel V8r dur8nle anos que nos dedicámos ao assunto, radic ram em nós a certeza de que o Estado, pllr intermedio dOH seus técuicos e das Câmaras Mnnicipais, p de resolver com relativa facilidade o importante pro­blema de abastecimento e pureza do leite, tanto mil is que a experiência da empreza particula!" qne acabamos de visitar, nos demonstra praticamente 8S possibilidades da sua execução.

Fel icitando. poie, os gerentes e proprietátios da Alpina, Ltd.&, congrlltnlamo-ncs por ter sido uo concelho de Cascais instalado o modelar estabele­cimento, o que vem confirmar II justa fama de zona mais progressiva de Portugal.

Abriu IIS suae portBs na Arcada do Parque Estoril, lado :direito, um estabelecimento moderllo e digno de uma grande capital, com frutaria, manteigas, queijos, ('onservas, carnes fumadas, etc, cuja falta há muito se fazia sentir nesta privilegiada estância.

Embora sem quaisquer réclames, tem &ido graode a afluência ao vistoso estabelecimento, te cendo elogios ao seu prl'prietário sr. J osé Paulino d' A Imeida, que lhe deu o título .imbólico de Frn­taria .Galo d't' uro)J'

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5ab~·s~ qu~: · .. O Maestro C?"Uz e Sousa tem

encontrado no Esto?'il bastantes ami­zades espanholas.

Teremos conce?'teza mais uma edi­cão do «Adeus Sevilha». , Felicidades, C?'Uz e Sousa.

• .. Este ano a col6nia feminina espanhola tem desenvolvido muito a língua, confundindo-a já com a por­tuguesa.

Parra bens, portug'l.beses. · . . Duas ?'aparigas inglesas teem

dado muito que faze?' a bastantes vena?'eantes do Esto?'il. Agora apro­veitam os músicos que lhes tocam al­gumas modinhl1s da sua predilecção.

Felicidades para os últimos. · .. O sr. Jj1rancisco d' Orey vai

deixa/t a ?'ep?'esentaçõo do « La Saile», para 9'epresenta?' uma hipotética mar­ca espanhola.

Cuidado com a nova marca . .• · .. O nosso Capucho (Filho) está

tentado a leva?' no se'l.~ ba?'co todas as mpa?·igas.

O' Capucho, você não sabe q'l.be elas já não vão no bote? ..

Felicidades para elas. · •. O ten09' Tomaz Alcaide, quan­

do deixou o Est09'Íl, deixou também uma Mira.

Cuidado, oh MÍ9'a! ...

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Limpesa das praias o mar nos últimos dias tem arremessado

para as praias com grande quantidade de limos, tornando por isso urgente a sua des­trUIção antes que apodreçam.

Parece-nos mais eficaz e rápido carrega­rem barcos e irem lançá los para onde não houvesse perigo de sere:n novamente atira­dos para a beira-mar ..

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Hotel de Inglaterra Conforme anunciámos foi no domingo

passado inaugurado o novo Hotel de Ingla­terra, propriedade do sr_ José Travassos, que ao seu modernismo e bom gôsto, muito valorizado vela sua especial situação, soube acrescentar a maior comodidade e con· fôrto, numa decoração harmoniosa e artís­tica, da conceituada Casa CINascimento», do Porto.

Ao almôço que o seu proprietário ofere­ceu á imprensa e a alguns convidados, assistiu o senhor presidente da Câmara e Administrador do concelho, Tenente A n­tónio Cardoso, os srs. Armando 'Vilar, como delegado da Sociedade Propaganda da Costa do Sol, António Maria Cardoso, da Comissão de Turismo, José Paulino d'Almeida, repre­sentante da Associação Comercial, alguns amiO'os, imprensa local e de Lisboa, sendo o sr~ Travassos brindado pela sua iniciativa, pondo em destaq'Je a sua vida de trabalho honesto ê proficuo, e que dia a dia vem sendo apreciado pelas suas iniciativas, sobressaindo agora a inauguração do novo estabelecimento, com o qual vem prestar um valioso concurso ao turismo da zona, que o público decerto apreciará.

(/. O Estoril», associando-se a todas as manifestações de progrefso, renova ao sr. José Travassos e sua família os desejos d~ muitas prosperidades.

o ESTORIL

A instrução particular no concelho de Cascais o problema da instrução tem-nos merel.'ido sem­

pre um eepecial cuidado, secundando todas as campanhas em prol do seu desenvolvimento, e nunoa regateando a justa solidariedade e incita­mento aos rorganismos e entidades que dele se ocupam com interesse.

Aos estabelecimentos de ensino particular, so· bretudo nos ultimos anos, deve-se-lhes uma q' ota parte importantissima na batalha que se vem de· senvolvendo para a difnsão do ensino, e o Estado tem-lhe concedido algumas reg~lias, que seria da

mais elementar justiça darem-lhe maior ampli. tude, porque existem actualmente colégios á altu­ra da sua nobre missão educativa e sem receio de confronto com os melhores estahelecimentos 06-ciais.

Sentimo-nos satisfeitos por se constatar que il. Costa do Sol marca um logar de destaque no en­sillo particular, aumentando de ano par1\ ano em prestigio.

Pomos hoje em relêvo o "Colégio da Bafureira», o mais antigo da linha, sob a direcção intelij1;ente dos seus directores, a Sr' D. Julia dos Reis e o

sr. Dr. Paulo Guedes, situado na Parede, oom instalações modernas e dispondo de um nucleo de professores compett>otissimos, que exercem as SUBS

fuoções com verdadeira devoção. Os resultados surpreendentes qne todos os anos

se observam, colocam-no, sem duvida, entre 08 melhores no genero que existem no paiz, que bem merece dos poderes publicos e sobretndo da pop~' lação da linha de Cascais, pelos relevantes servI­ços que tem prestado á causa sagrada da instruçllo.

A exposição de trabalhos e a festa de 6m de

ano, que é sempre presenciada por nm publico selecto e muito numeroso, dão uma pálida ideia do grau de aperfeiçoamento a que elevam 01 alu­nos, ministrando· lhes ao mesmo tempo uma cui­dada educação, elemento e faotor valioso que não pode nem deve abstrair-se do problema da instruo ção.

DediCAndo hoje algumas linbas ao modelar .Colégio da Bafureira», cumprimos c( m o nosso dever de solidariedade, pondo em relevo um dos aspectos mais valiosos para o turismo e para a população da linha de Caseais.

A.s mais lindas ' rosas de Portugal

Esta bela estância não é somente conhecida pelo seu apreciável clima e pela sua privilegiada situação, mas também pela flóra admirável que ostenta, engrinaldando as ruas, jardins, parques e quintas, o que dá ao visitante uma sensação de inefável prazer e encanta­mento.

Há poucos anos, relativamente, que as flôres têm entre nós apaixonados cultores, sendo notáveis as exposições que se vêm fazendo periodicamente, aumentando de ano para ano o número de concorrentes amadores e profissio­nais.

Dentre as diversas espécies, merecem especial relêvo e têm conquistado os primeiros prémios as rosas cultivadas na Quinta da Marinha, em Cascais, onde

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êste ano se realizou uma exposlçao natural nos seus viveiros e da qual damos um interessante aspecto, para se vêr bem a grandiosidade dessa pro­fusão de flôres, das mais variadas cô­res e de esmerada cultura.

As sessenta mil roseiras que a Ma­rinha tem nos seus campos, e que em Abril e Maio último foram visitadas por mais de uma vintena de milhar de pes­soas, havendo dias em que ali afluiram para cima de cem automóveis com gente a contemplar o surpreendente espectáculo.

Em 'números sucessivos iremos rela­tando a existência de outros aspectos da floricultura da Costa do Sol, num preito de justiça para os seus artísti­cos cultores e animadores.

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Um apêlo correspondido b reverendo prior de Cascais~ sr.

Moysés da Silva, fez ha dias uma prelecção no Cinema Atlantico de Cascais, cujo tema «A Caridade» lhe serviu de pretexto para fazer um apêlo à população, a-fim-de frequen­tar aquela casa de espectáculos ~tS sextas feiras, porque uma parte im­portante da receita reverte a favor das casas de caridade da Vila.

A exortação do ilustre paroco foi bem recebida pelo plÍblico, que na sexta feira seguinte encheu o cinema por completo.

E' um gesto digno de ser imitado por todas as emprezas de casas con­géneres do concelho a favor dos orga­nismos de beneficencia local.

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Noticias pezssoais Eneonlra-3e na sua qJJinta da Beira, a lJa38ar

umà parte do verão, com 3ua ex. m. família, o sr. Fau,to Figueiredo.

- Vai melhor dos ,eus padecimentos, o sr. GI~i­lherme Cardim, admini8trador-dtlegado da Esto· ril Plage.

-Foi em digre18ao pelo norl,e do paiz e uma parte da Galiza, acompanhado de 3ua espo3a e filho, o n0880 estimado amigo e ilustre clinico sr . dr. Jo.ê Correia 1. ibeiro

-E,tá em Calcais, com sua ex.'Aa esposa e fi­lha, o ,r. Dr. Pranci,co Antonio Correia, ilustre director geral do Ministerio dos Estrangeiros.

-Regrellou da, J edra, Salgadas, acompanha­do de 8ua ex.ma e'pu8a efilh08, o sr. Armando Vilal', da direcção do Ca,ino E8toril.

-Seguiu ha dia, em digrel8ão por E8panha, o di,tinto advogado, 8r. Dr. Oliveira Santo" acom­panhado de sua ex."" e'posa, a ilustre medica, Ir.O Dr.a D. Laurinda Alambre.

-De regre"o do eltra1lgeiro, com sua ex m. es­po.a, chegou ao E.toril, o II'. Armando Ferreira, di,tinto elcritor e comiderado secretario geral da Companhia do, Telefone •.

PROGRAMA DE FESTAS -NO

Parqu(Z Estoril PARA HOJE = Na Piscina

Grande Concurso de Maillols

No Casino estorll Dia 9, às 22 horas = ConceIto Sinfónico

pela Orquestra da Emissora Nacional, sob a direcção do maestro PEDRO DE FREITAS BRANCO.

Dia 12 = A Festa do «Cocktaih » 17 = Estoril-Elegante » 18 = Recital de Conchita Ulia » 21 = Teatro na esplanada do Casino » 26 = Uma noite em Tokio

O «Tom» continua organizando matinées para as crianças com desusada afluência da peque­nada, dos respectivos papãs e mamãs, que também ajudam às festas com as suas garga­lhadas, porque os programas têm sido ~labo-

rados cuidadosamente, agradando mUIto.

Aproveitamos a oportunidade para felicitaI Erico Braga pela organização da festa «Uma noite em Portugal», levando ao Casino uma enorme afluência que encheu completamente as sua~ vas..tas salas e o sumptuoso Hail, dan ­sanão~se ammadaménte até oe maórugadã.

Terça feira, 17 de Setembro de 1935 = Às 21,30 =

Extraordinária festa organizada pelos cronistas mundanos da «Costa do Sol»

• CARLOS DE VASCONCELOS E SA e CARLOS DA MOTA MARQUES

constando de «Jar.tar à americana. , durante o qual serã apresentada

«A moda através os tempos» A evolução da moda feminina através os tem­pos, comentada em graciosos versos de um ilustre poeta, recitados por: uma distinta actriz. O traje feminino na GRECIA - A moda na IDADE MÉDIA e na !{ENASCENÇA - A ele­gância feminina no SECULO XVlII - A moda em 1830, em 1B9<> e em I9IO - A ELEGANCJ.\ MODERNA nos ,mais recentes modêlos apre-

sentados pela casa BOBONE A exibição de «A moda através os tempos» é conduzida pelo ilustre actor ALEXANDRE DE AZEVEDO, seguindo-se os aplaudidos números de variedades estrangeiras METALI­-ORIVE, excêntricos cómicos e NELL Y NAo

cal:cionista fina - Orquestra no Hall.

Resallam-se mazas no escritório da Casino