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12. Património Arquitectónico e Arqueológico

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12. Pa t r imón i o A r q u i t e c t ó n i c o

e A r q ueo l ó g i c o

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12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção |

v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.2

A . I n t r o d u ç ã o

Este relatório tem como principal objectivo a protecção de uma memória física existente e a sua

valorização como um recurso a ter em conta na vivência quotidiana do concelho.

Cada época histórica constrói e actualiza o domínio da matéria patrimonial. É neste sentido que tem

significado preservar um determinado património.

Num momento em que a consciência colectiva começa lentamente a despertar para a importância do

território como património cultural, e como parte fundamental da identidade portuguesa, bem como a

necessidade de corrigir em cicatrizar a actual delapidação deste recurso comum, tarefa difícil perante

os interesses em causa e a tradicional escassez do país. Salvaguarda-se aquilo que corresponde à

consciência histórica colectiva de um dado momento do processo de transformação urbana e

arquitectónica. Entende-se que o modo como se colocam as questões da preservação do Património

é uma espécie de barómetro do estado da cultura de uma determinada época.

O interesse pela Cidade antiga, a sua preservação, entendendo-a e recuperando-a na sua

integridade física, funcional e social, e a reavaliação das relações morfológicas existentes na Cidade

tradicional para o desenho do crescimento e expansão ou para as intervenções no seu interior, são

factores a ter em conta no processo do planeamento, abrangendo e sobretudo referindo-se a toda a

história da cidade e não apenas à sua época.

Conciliar o novo e o existente, sem admitir a perda da sua identidade formal assegurando a

constituição de um suporte morfológico, geometricamente implantado de modo a permitir a identidade

urbana que se tende a esbater perante a diversidade e individualidade das construções mais

recentes.

Preservar a memória.

A memória colectiva de um povo e as memórias específicas de uma actividade, de um tempo ou de

uma arte, são, afinal, a força da nossa identidade. Não se pode guardar tudo. Nem sequer isso seria

compatível com a realidade da vida e da mudança. Mas pode-se e deve-se assegurar a transmissão

do conhecimento do que se fez e do que se está a fazer.

Contudo não é nada fácil distinguir entre a memória que deve ser efectivamente preservada e tudo

aquilo que não passa da nossa própria representação, mais ou menos saudosa, de um tempo que

pouco mais é que a vida de um homem.

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A salvaguarda e valorização do património são simplesmente a devida prestação de contas à

comunidade, dando o testemunho de uma actividade e de uma responsabilidade que lhe está

cometido na defesa do nosso património, preservando a memória e tornando-a possível.

Na prática, tem-se vindo a considerar de modo crescente a importância de proporcionar ao património

uma função social, tendo em conta o seu valor para a recuperação urbana e desenvolvimento local.

Manter as populações existentes do mesmo extracto social, no centro da cidade, preservar a

morfologia urbana; manter o equilíbrio entre o construído e o ambiente natural; fazer reviver as festas

tradicionais desaparecidas. Só com a absorção e integração dos conceitos e normas

internacionalmente defendidas se pode garantir uma pratica de rigor na defesa e valorização do

património.

Hoje é possível assegurar a manutenção de materiais que ontem eram tidos como perecíveis, graças

ás técnicas de conservação e consolidação que o desenvolvimento tecnológico e científico nos vem

disponibilizando.

Ao mesmo tempo, o território vai acumulando e interpenetrando organicamente características

arquitectónicas das diversas épocas da reconstrução, é essencial a reintegração dos monumentos na

sua primitiva pureza.

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B . M é t o d o d e A n á l i s e

Todo o desenvolvimento do PDM, apoiou-se no propósito de salvaguarda do património, fosse o

mesmo natural, construído ou misto (natural e construído). Pretendeu-se inventariar também o

elemento isolado, o sítio ou o conjunto. Mais que identificar aquilo a que vulgarmente se chama de

Património Construído, interessou aqui, detectar as situações extraordinárias em termos de

elementos de valor erudito e de valor mais popular. Realizou-se um inventário o mais aprofundado

possível das situações patentes no concelho. Foi considerada a sua classificação de importância

nacional (Monumento Nacional e Imóvel de Interesse Público) quando esta existia.

Identificaram-se os elementos ou conjuntos de valor superior, quer pelo seu cariz erudito, quer pelo

seu interesse arqueológico, ainda se considerou um grupo de situações de qualidade arquitectónica

ou urbanística, mas não capazes de se reconhecerem como de valor extraordinário. Caracterizaram-

se as situações de particular relevo em termos concelhios, as situações de acompanhamento e as

situações rústicas mas cujo cariz específico requer tratamento cuidado. E finalmente identificaram-se

situações integradas nos diversos níveis de interesse e cujo valor é ainda mais amplo que o

elemento, valendo assim pelo conjunto.

O relatório está organizado e dividido segundo as Freguesias que pertencem ao Concelho. Cada

elemento foi fotografado, localizado em planta e caracterizado em texto escrito. Foi-lhe ainda

atribuído um código composto por dois números. O primeiro refere-se à freguesia na qual se insere, e

o segundo é o próprio número de ordem do elemento. Sendo assim, a cada Freguesia corresponde o

número seguinte:

Freguesia N. º Freguesia N. º Freguesia N. º

Abedim 01 Luzio 12 Riba de Mouro 22

Anhões 02 Mazedo 13 Sá 23

Badim 03 Merufe 14 Sago 24

Barbeita 04 Messegães 15 Segude 25

Barroças e Taias 05 Monção 16 Tangil 26

Cambeses 06 Moreira 17 Troporiz 27

Ceivães 07 Parada 18 Troviscoso 28

Cortes 08 Pias 19 Trute 29

Lapela 09 Pinheiros 20 Valadares 30

Lara 10 Podame 21

Longos Vales 11

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C . F i c h a s d e C a r a c t e r i z a ç ã o

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0 1 . A b e d i m

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C a s t e l o R o q u e i r o d a P e n h a d a R a i n h a 0 0 1

Abedim. São Martinho da Penha.

O monte de S . Mar t i nho ou Penha da Rainha s i tua -se na Fregues ia de Abedim , conce lho de Monção, podendo-se c lass i f i cá- lo como um cas te lo roque i ro , tes temunho das carac te r ís t i cas fo r t i f i cações do séc . I X e XI , da época da Reconquis ta

Segundo a lgumas fontes , os cas te los por t ugueses da époc a da reconqu is ta , se r iam cas te los fund iá r ios , l i gados a pequenas comunidades de possu ido res ou a senhores que os fomentavam para apo iar os seus homens . Quanto aos cas te los pré – românicos , nos qua is ju lgamos se inser i r o Cas te lo da Penha da Rainha, vu lga rmente chamados de cas te los roque i ros , fo ram sof rendo var iadas t rans fo rmações no pe r íodo sequente , nunc a de i xando de ev idenc iar a e lementa r idade do seu s is tema defens ivo .

A reg ião do A l to Minho é uma área que se reve la propíc i a ao es tudo des te g rupo de cas te los românicos , cabeças de te r ra . Po r vo l t a do sécu lo XI I as preocupações es t ra tég i cas vão se a l te rando, passando o in te resse rég io para cons t ruções m i l i t a res na l i nha de f ronte i ra (Cas t ro Labore i ro , Melgaço, Monção, Va lença, V i la Nova de Cerve i ra , Cam inha) . Como ta l deu -se um re l a t i vo abandono dos cas te los pré – românicos , cabeças de ter ra mais no in te r io r e sobre a montanha.

Ho je em d ia , mui tos des tes encont ram-se foss i l i zados , dando-nos um tes temunho do aspec to das for t i f i cações des ta época.

O cas te lo da Pena da Rainha ap rove i t a , a emergênc ia de um mac iço rochoso, de d i f íc i l acesso, em cu jo c imo há a l i cerces para uma cons t rução que func ionar ia como tor re ; deverá ter t ido a inda cerca in fe r io r embora e l ementa r .

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0 2 . A n h õ e s

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M a m o a s d e M e n d o i r o 0 0 2

Anhões.

O nome es tá i ncor rec to j á que o con junto megal í t i co se s i tua ent re os luga res de Font e Furada e Lamei ras na F regues ia dos Anhões .

Conhecem-se 3 mamoas des te con junt o . Provave lmente terá mais e lementos , que terão s ido des t ru ídos aquando dos movimentos de ter ra para p lant ação de f lo res ta e a aber t ura dos cam inhos f lo res ta is .

Uma das mamoas tem cerca de 2 met ros de a l t u ra e v in te de d iâmet ro , des tacando-se 3 es te ios da câmara, que sem dúv ida, te rá s ido v io l ada. Também são v is íve is a lgumas ped ras que cons t i tu i r i am a couraça des te monumento fúnebre. Tem como coordenadas la t . -41º58 ’47 ’ ’ e long. -8 º25 ’13 ’ ’ .

A segunda mamoa aparece -nos bas tant e des t ru ída provave lmente po r acção mecânica. Apesar de tudo consegue-se percepc ionar uma depress ão cent ra l p rovocada po r v io lação não sendo v is íve is qua isquer es te ios , contudo a inda é poss íve l d imens iona - la com cerca de 80cm de a l tu ra e 16m de d iâmet ro . Tem como coordenadas la t . -41 º58 ’47 ’ ’ e l ong. -8 º27 ’60 ’ ’ .

A terce i ra mamoa apresen ta cerca de 1 m de a l tu ra e 16m de per ímet ro , com ves t íg ios v is íve is da cou raça. A c âmara terá s ido v i o lada, embora a tampa es te ja des locada pa ra a pe r i fe r ia . Tem como coordenadas la t . -41 º58 ’48 ’ ’ e l ong. -8 º25 ’00 ’ ’ .

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C o s t a d o M e n d o i r o 0 0 3

Anhões.

Cume, no a l to do monte , com pendente de dec l i ve acentuado, onde, segundo Dr . Maia Marques , ex is tem ves t íg ios de ocupação cas t re j a – a ta l a ia , ta l vez um poss íve l abr igo sob rocha. Ent re tanto não nos fo i dado obse rvar provas da exis tênc ia de t a l fac to .

C i v i d a d e d e A n h õ e s 0 0 4

Anhões. Cividade

Coto ou e levaç ão de média d imensão, com per f i l regu la rmente cón ico e secção ova lada, f lo res tado com p inhe i ros e mato , com af lo ramento roc hoso à v i s ta , encont rando-s e sob ameaça do avanço u rban ís t i co e agr íc o la .

Nes ta e levação são v is íve is 2 ta ludes a r t i f i c ia is , os qua is poderão cor res ponder a 2 l inhas de mura lha.

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0 3 . B a d i m

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C a s t r o d a S e n h o r a d a G r a ç a 0 0 5

Badim.

O cas t ro de Sra . da Graça , s i tua-se num monte homónimo que se repar te pe las f regues ias de Bad im (ver tente oes te) e Sá (ver tente es te) , conc e lho de Monção, d is t r i to de V iana do Cas te lo . O acesso ao loca l faz-s e a par t i r do luga r da Va l inha, f regues ia de Cei vães .

O loca l es tá mui to a fec tado pe la abe r tura de cam inhos , cont inuando ass im mesmo a ap resenta r carac ter ís t i cas des te t ipo de povoado for t i f i cado .

O monte da Sra . da Graça é uma e levação g ran í t i ca , com cota a rondar os 315 met ros , de per f i l cón ico , pendor médio e que se des taca da pa isagem. Bem v is íve l do c as t ro da Assunção, poder i a fazer par t e de um con junto de cas t ros r i be i r inhos , que dom inar i am o curso do Rio Minho. Segundo Maia Marques , possu i aque le monte vár i os a f lo ramentos g ran í t i cos de g rão médio , e a g rande maior ia das ped ras para ed i f i cação das es t ru tu ras foram com cer teza co r tadas do p rópr i o loc a l .

Tendo a inda em l inha de conta os re la tó r ios de escavações , d i r i g idas por Maia Marques , o espó l i o carac te r i za -se pe la presença de cerâm ica ind ígena, ce râm ica de cober t u ra ( tegu la) , mater ia is l í t i cos e em bronze. V is íve is são também a lgumas es t ru tu ras c i rcu lares .

P rovave lmente ocupado desde o Bronze F ina l à romanização p lena, es te cas t ro , con junt amente com os de S . Caetano e Sra . da Assunção, Sra . da V is ta , dom inava comple tamente o cu rso médio do r i o Minho, donde t i r a r i a grande par t e da sua subs is tênc ia .

Quant o a c rono log ias de ocupação, Maia Marques , tendo po r base a presença da ânfora Hal te rn 70 e Dresse l l 1 e vasos de asa em ore lha, apont a pa ra uma ocupação que i r i a ent re séc . I I a .C. ao séc . I d .C.

Sendo es te sem dúv ida um loca l já in tervenc ionado e que de a lgum modo se apres enta como um e lemento impor tante para o es tudo da Idade do Fe r ro e do Bronze no A l t o Minho.

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Q u i n t a P o r t e l e i r a 0 0 6

Badim. Boulhosa.

Implanta-se de f rente pa ra la rgo p r i vado, no qua l se ergue fontanár i o de p lanta c i rcu lar com t rês taças .

Casa b rasonada do séc . XVI I I / XI X que se insere na Arqu i t ec tura Res idenc ia l Popu lar , possu indo a lgumas in f luenc ias Barrocas presentes em det erm inados po rmenores .

P lanta fo rmando U, def i n indo vo lumes de do is p isos .

As cober t uras são d i fe renc iadas em te lhados de duas e t rês águas .

As fachadas são em a lvenar i a rebocada, possu indo embasamento em cantar i a de gran i to , cunha is ap i las t rados e remate em corn i ja i n te r rompida po r ped ra d ’ armas com escudo p leno dos Soares de Tang i l , ta lvez do sécu lo XVI I I .

O esquema de fenes t ração é regu la r , s imét r i co e de vãos a l inhados . No segundo p iso rasga -se por t a p r inc i pa l s imples de ve rga rec ta , à qua l se tem acesso por meio de es cadar ia em gran i to , que se encont ra adoçada à fachada p r inc i pa l . P r imei ro p iso com esquema de fenes t ração igua l ao rés -do -chão, com aber tu ras s imples de ve rga rec ta .

C a p e l a S e n r e l a 0 0 7

Badim. Torre.

Capela pa r t i cu la r de p l anta long i t ud ina l pe r tencente a uma qu in t a , cu jo complexo cons t ru ído encont ra -se já mui to descarac ter i zado. Cons t ru ída po r vo l ta dos sécu los XVI I I / XI X possu i vár i os e lementos de car i z bar roco como são o d inam ismo das formas ondu lant es da fachada. Nomeadamente f ront ão e p inácu los la te ra is .

Dada a comple ta descarac ter ização do espaço envo lvente , os propr i e tá r ios doa ram es te ed i f íc io à jun ta de f regues ia que i rá t ras lada- la para jun to do cem i tér io loca l , onde i rá exe rce r as funções de cape la mor tuá r i a .

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0 4 . B a r b e i t a

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C a p e l a d a N o s s a S e n h o r a d a A s s u n ç ã o 0 0 8

Barbeita.

Protecção – Em v ias de c l ass i f i cação com homologação super i o r de 6 de Dezembro de 1974

Es ta Capela tem enquadramento rura l , s i tua-s e no a l to do Mont e da Assunção, es tá i so l ada, dom inando toda a pa isagem envo l vente sobre o va le do Minho, e sob re o va le do Mouro. Apenas para su l não tem v is ib i l i dade. O monte es tá f lo res tado a té à c r i s ta essenc ia lmente po r p inhe i ros .

Es ta Capela data do s écu lo XVI e pe r tence à Arqu i t ec tura re l i g iosa, qu inhent is ta .

Capela com nave ún ic a e cabece i ra de p lanta rec tangu la r , vo lumes ar t i cu lados com cober t ura d i fe renc iada, em te lhado de duas águas com te lha l usa. Apresenta as jun tas c imentadas sub l inhadas com p in tura a branco. Na fachada pr i nc i pa l rasga -se por t a l com ombre i ras f lanqueadas po r duas meias -co lunas , e adue las do a rco de vo l ta per f e i ta deco radas com ramagens . De ambos os lados do po r ta l , exis tem do is medalhões , cada um de les os tentando uma f igura em a l to - re levo, mascu l ina a nor t e , fem in ina a Su l , p rovave lmente represent ando os seus pat ronos , que t êm cape la er i g ida na ig re ja pa roqu ia l de Barbe i ta . Sob re o por t a l , uma pequena co rn i ja , que faz o enquadramento de todos es tes e lementos que compõem a fachada pr i nc ipa l des te ed i f íc i o .

Nos a lçados rasgam-se f res tas na nave e cabece i ra e no a lç ado Su l ab re -se uma por t a sem decoração. Ex is tem con t ra fo r tes nos ângu los da nave e nos do i s ângu los exte r io res da cabece i ra que é pe rcor r ida po r corn i j a bosantada.

No i n ter io r a c obe r tu ra é em madei ra e o pav imento de l a jes gran í t i cas .

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P o n t e M e d i e v a l s o b r e o R i o M o u r o 0 0 9

Barbeita.

Protecção - I IP , Decre to -Le i n . º 44 075 DG 281 de 05 Dezembro 1961.

Ergue-se sob re margens de g rande e p ro fundo mac iço roc hoso sobre o r i o Mouro, pequeno a f luente da margem esquerda do Minho, s epa rando a f regues ia de Barbe i ta da de Ceivães . Tem de um lado e out ro das margens um ar ruamento p r inc ipa l que l iga as duas f regues ias , sendo que o l ado de Barbe i ta ap resenta um t ipo de p l aneamento urbano t íp ico dos f i na is do sécu lo XVI I I , a l tu ra em que se ed i f i ca a cape la de S . Fé l i x e a l gumas das casas que def inem o la rgo e os ar ruamentos des t e lugar . Do lado de Ce ivães ass is t imos à t íp ica ocupação ao longo das v i as , em que a maior i a das hab i tações sof reu g randes a l te rações nas ú l t imas décadas do sécu lo XX. Junto às margens encont ramos a inda uma sér i e de mo inhos , t odos e l es já de i xados ao abandono.

A pont e t ra ta -se de um equ ipamento medieva l , onde no sécu lo XIV , D. João I faz um acordo com o duque de Lencas ter , no tab i l i zando-se desde ent ão es te luga r .

Sof reu j á uma sér ie de res tauros , o ú l t imo dos qua i s em 2000, mantendo-se a t ipo log ia or ig ina l .

Def ine-se c omo um tabu le i ro f o rmando cava le t e , p reced ido por rampas de acesso e assen te num amplo arco p leno, que assenta em penedia .

O pav imento faz-se em grandes la jes e guardas de b loc os apa re lhados , e em a lvenar i a rebocada.

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C a p e l a d e S . T i a g o 0 1 0

Barbeita. Largo de S. Tiago

P ro tecção – Em v ias de c l ass i f i cação, com despacho de aber t ura do Sr . P res idente a 29/08/ 2005

Pequena cape la no La rgo de S . T iago p róx imo da ig re ja paroqu ia l do Di v ino Sa lvador e da Es t rada Munic ipa l que l i ga Barbe i ta a Meruf e . Possu i p lanta rec tangu la r , com 3 a rcos na metade vo l t ada a Oc idente , com 6 cont ra f or t es para a sus tentação dos arcos , cobe r tu ra pét rea e co lunas . Os arcos têm nervu ras chanf radas t íp icas do gót ico f ina l .

É compos ta por duas pa r tes , o corpo fechado com aber tura or i en tada a Oc idente podendo-se observa r no seu in ter i o r uma imagem de Sant iago romei ro , imagem do sécu lo XI X.

As paredes são cons t ru ídas com pedra s ig lada, que nos induzem ao es t i lo gót i co , se bem que f ina l , po is a i nda não ev idenc ia um c laro es t i lo manuel ino . No c ruzamento dos arcos , no corpo cober t o , ap resenta um mot ivo com a c ruz de Cr is to , e por t oda a par t e se vêem v ie i ras , e lementos que sempre se assoc ia às pereg r inações a Sant iago.

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E s p i g u e i r o 0 1 1

Barbeita. Macau

P ro tecção – Imóve l de I n te resse Munic i pa l 3 de Outub ro de 2002

Este esp igue i ro es tá c lass i f i cado como Imóve l de In teresse Conce lh i o , por s er um caso ún ico em todo o Minho, pe las s uas carac te r ís t i cas , uma vez que os out ros pa lhe i ros que aqu i coexis tem cos tumam ser mais es t re i tos com um só cor redo r , enquant o que es te , rep resent a ta l vez uma modi f i cação e aprove i tamento de e lementos per t encent es or i g ina r iamente a do is ve lhos esp igue i ros es t re i tos .

S i tua-se j un to da casa da lendár ia es tá tua do Pedro Macau, bas tante per to da ponte do Mouro, e da ant iga es t rada nac iona l que l i gava Monção a Melgaço.

Assenta em a l tos pés s inge los de gran i t o , de fo rma cón ica (ho je aprove i tada a par te in fe r io r pa ra ar rumos e fo rno) , rematados po r mesas , com as duas paredes do topo em a lvenar ia bem apare lhada.

A cober tu ra é um te lhado de duas águas , ornamentado com p inácu los de gran i t o sobre os cunha is e um dos topos do cume, e a c ruz no out ro .

Nas fachadas , es tão ve r t i ca lmente d ispos tas r ipas de madei ra , com t ravessas a meio .

À f rent e , abre -se, a meio da f achada, a por ta (que dá pa ra um espaço ent re e l as , desde sempre u t i l i zado como quar t o de um c r iado) f lanqueada po r duas por tas jane las , que dão d i rec tamente para cada uma dessas câmaras .

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F o r t e e m T e r r a 0 1 2

Barbeita.

T ra ta -se de uma es t ru tu ra cons t ru ída em ter ra no decu rso das Guerras da Res tau ração que se rv iu pa ra o cont ro l o das v ias de comunicação ent re Monção e Me lgaço.

Parecem exis t i r duas es t ru turas p róx imas . Uma de las compõe-se de uma e levaç ão sem fosso, mui to a l te rada pe lo cober to vegeta l . A out ra pa rece possu i r uma espéc ie de parape i to , sobre o qua l se ergue uma vedação recente , como que f ormando um pequeno ba luar t e ou reve l im .

Es ta for t i f i cação per tence ao per íodo Moderno.

O es tado de conse rvação é razoáve l , o uso do so lo é f lo res ta l .

Ex is te in f ormação na obra do Por tuga l Res tau rado da ex is tênc ia de uma bat er i a j un to da Ponte do Mouro, a qua l se supõe se r es ta .

Nota : Fo i imposs íve l o reg is to fo tográ f i co des te e l emento , dev ido às más cond ições de aces so ao loca l .

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C a s t r o d a S e n h o r a d a A s s u n ç ã o 0 1 3

Barbeita.

O cas t ro da N. Sr . ª da Assunção s i tua -se no l ugar do Cas t ro , Buraca da Moura, f regues ia de Barbe i t a , conce lho de Monção. Encont ra-se em v ias de c lass i f i cação, com Homologação Super io r de 6 de Dezembro de 1974, como Imóve l de In te resse púb l i co .

É um cabeço f lo res tado, com a lguns a f l o ramentos gran í t i cos , cu ja a l t i t ude máxima é de 268 m . A veget ação que cobre es te cabeço cón ic o é fundamen ta lmente o to jo e o p i nhe i ro .

O nome des te loca l é con fer ido pe la ex is tênc ia de uma erm ida consagrada a N. Sr . ª da Assunção, no topo des te monte , ed i f i cada no sécu lo XV I . O ter rap leno e fec tuado com a cons t rução da erm ida e do ter re i ro onde se rea l i zam as fes tas e onde ex is te um core to , des t ru í ram par te do hab i ta t cas t re jo que exis te por t oda a coroa do monte .

A n íve l a rqueo lóg ico es te povoado ap resenta um con junto de t rês l inhas de mura lha, segundo Maia Marques , def i n indo ass im es te hab i t a t como um povoado f or t i f i cado.

O s í t io já fo i a l vo de in te rvenções a rqueo lóg icas nos anos 1970 e 1980, in te rvenções essas cu jos resu l t ados nunca c hegaram a ser d ivu lgados . Podendo-se ent re tanto obs erva r que g rande pa r te da ac rópo le fo i pos ta a descober to du rante essas in tervenções , f i cando v is íve is vár i as es t ru tu ras c i rcu la res e sub rec tangu lares , ar ruamentos e pát i os la jeados , cons t i tu i ndo ass im um per fe i t o modelo de pro to -u rban i smo que ca rac te r iza os povoados cas t re jos .

Os ves t íg i os encont ram-se um pouco po r todo o monte a té ao sopé, onde começam as cons t ruções . De nota r a exis tênc ia do topón imo Paço, a Nor te , mui tas vezes assoc iado a ves t íg ios de ocupação romana.

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I g r e j a P a r o q u i a l d o D i v i n o S a l v a d o r 0 1 4

Barbeita. A igre ja do Di v i no Sa lvador de Barbe i ta encont ra-s e num largo reba i xado em re lação ao ar ruamento , es tá conf ront ada a Nor te com a res idênc ia paroqu ia l (es ta com insc r ição na pad ie i ra de 1691) .

Es ta ig re j a es tá o r ien tada no sent ido Nascente /Poente , com a par t e pr inc ipa l vo l tada a Oes te e a to r re s ine i ra co locada , invu lgarmente , j un to ao a l ta r -mor . O ed i f íc io de p lanta long i tud ina l c ompreende a inda duas cape las , uma sac r is t ia e um vo lume de anexos , todos co locados nas fachadas la tera is . A fachada p r inc i pa l ap resenta carac ter ís t i cas cons t ru t i vas t íp icas dos f ina is do sécu lo XV I I , in íc ios do sécu lo XVI I I , já com a lgumas a l te rações mais recentes . Para a lém das p i las t ras em f r i so que lade iam a por ta , com a lgumas rem in iscênc ias do renasc imento , enc imadas por um f rontão curvo ent reco r tado, com remates em vo lu tas , em cu jo campo f igu ra um n icho, bem ao es t i lo ba r roco, pode-s e observa r o f ront ão aber to onde se rasga um ócu lo . Es te f rontão d is t ingue-se e separa-se do ante r io r por uma pedra d ’ armas rea is ( ta l vez de D. João IV) e do is ócu los .

No n icho ex is te uma imagem em gran i to do Di v i no Sa l vador ves t ido com uma tún ica po l i c romada a vermelho e azu l , co lo ração que se pode obse rvar na ves te e enquadramentos f lo ra is es t i l i zados que envo l vem o n icho. Na imagem o Div ino Sa l vado r segura um cá l i ce na mão esquerda e uma p lanta na mão d i re i ta , parecendo se r uma imagem do sécu lo XVI I I .

A tor re s i ne i ra quadrangu lar possu i uma insc r ição com data de 1700 e um va rand im em vo l ta das campânulas .

No in te r io r da ig re ja pode-se adm i rar um be l íss imo al ta r -mor em pedra po l i c romada com imagens do Div ino Sa lvador , S . Pedro e S . Migue l , todos do sécu lo XVI I I . Nas pa redes exis te uma insc r ição ded icada ao fundador e mandant e das ob ras do a l ta r -mor , o abade Manuel Mac ie l João.

Uma das cape las anexas , a do Bom Jesus , ta lvez se ja o que nos res tou da p r im i t i va i g re ja , possu i o tec to em nervura gót ica e duas sepu l tu ras qu inhent is tas , a lém de ter pedra s ig lada na cons t rução das suas paredes .

Para Nor te desenvo lve-se a casa do passa l , es t ru tu ra or i g ina lmente de p lant a rec tangu lar d is t r ibu ída po r do is p isos , já bas tante a l te rada após a t rans fo rmação em cent ro paroqu ia l e ac rescentados vár ios vo lumes em seu redo r .

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C a p e l a d e S . F é l i x 0 1 5

Barbeita.

Enquadramento ru ra l , i so l ado, in t eg ração harmónic a, no cent ro do ag lomerado, com adro , sobre levado em re laç ão à rua, ce r rado por muro, onde se ins erem os "quar té is " dos peregr i nos , com acesso po r escadar i a cent ra l , com p inácu los nos cunha is do muro e do ar ranque do parape i t o , sendo ladeada por a lm inhas com pa ine l de azu le jos e com a data 1798 insc r i t a .

Es ta cape la dat a do sécu lo XVI I I , apresent ando e lementos va r iados des de o mane i r i s mo ao bar roco e mesmo neoc láss ico . Possu i p lanta l ong i tud ina l compos ta por nave ún ica e cape la -mor rec tangu lares , com tor re s ine i ra e sac r is t ia adoçadas à fachada Sudoes te .

Os vo lumes são esca lonados , com cober tu ras d i fe renc iadas , em te lhados de duas águas .

As fachadas são rebocadas e ca iadas e em apare lho de gran i t o à v is ta , perc or r idas por corn i ja sa l ien t e , com p i l as t ras nos cunha is , coroados po r p i nácu los e c ruz sob re ac ro té r io , no remate de todas as empenas . A fachada p r i nc ipa l , é rematada por f rontão t r iangu lar , com n icho ladeado por do is ócu los quadr i fo l iados no t ímpano. O por ta l p r i nc i pa l é de verga rec ta emoldurada e ângu los recor t ados ent re p i las t ras supor tando ent ab lamento e f rontão curvo de vo lu tas in ter rompido po r n icho, de moldura reco r tada, com pa rape i to sa l ien te decorado na base po r f l o r -de -l i s , e a lbergando imagem. Lade iam o po r ta l do i s ócu los de moldura quadr i fo l i ada e o n icho por duas jane las rec tangu la res , rematadas por f ront ão t r i angu lar .

A tor re s ine i ra encont ra -se um pouco recuada, com 3 reg is tos , marcados po r co rn i j as sa l i en tes , tendo, supe r io rmen te , po r face uma vent ana em arco p l eno, rematada por co rn i j a rec ta , com urnas nos vér t i ces ; a cober t ura é em coruchéu, rematada po r imagem em pedra, e possu i também um cata-vent o e c ruz em fer ro . As fachadas la tera i s são semelhantes , rasgadas po r vãos rec tangu lares , com acesso à nave.

Fachada pos te r i o r , em empena, cega.

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C r u z e i r o d a N o s s a S e n h o r a d a S o l e d a d e 0 1 6

Barbeita. Ponte do Mouro Este c ruze i ro do sécu lo XI X encont ra-se no cent ro do ag lomerado de Pont e de Mouro, em face do ar ruamento pr i nc ipa l , ins er i do no t rad i c iona l cam inho de peregr i nação que de Monção segue para a romar i a da Senhora da Peneda ( Arcos de Va ldevez ) . O c ruze i ro es tá resguardado por quat ro p inos pét reos , de secção c i rcu la r .

Def ine-se com soco cons t i tu ído por do is degraus de p lant a oc togona l , sob re o qua l as senta um pedes ta l pa ra le l ep ipéd ico, compos to por p l i n to e dado monol í t i co , c om ares t a super i or côncava. O dado ap resenta a f ace f ront a l p rec ed ido po r ca i xa de esmolas , em t rês peças pét reas , com bas e pr ismát ica , or i f íc io da ca i xa de remate super io r em arco p l eno, com parape i to sa l i en te e sub l i nhado super iormente po r corn i j a em arco abat ido, es tando insc r i to , numa face la te ra l , com "D 1820 A" e , na face pos te r io r , com a expressão " I MAGEM DE / NOSA SO DA SO/LEDADE" .

O fus te , a l to , monol í t i co , de secção c i rcu la r , apresenta , em re l evo, os s ímbolos da Pa i xão. Es tá enc imado por um cap i te l compós i to , sus tentando c ruz la t ina de secção quadrangu la r , com o remate das has tes de formato sub c i rcu la r . A c ruz apresent a , na f ace f ronta l , a represent ação escu l t ór i ca do Ecce

Homo , com coroa de esp inhos , mãos amarradas e t ra jando uma capa sobre os ombros , presa f ronta lmente à a l tu ra do pe i to , e , na f ace opos ta , uma imagem da Nossa Senhora da So ledade, sobre uma mísu la .

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F o n t e 0 1 7

Barbeita. Ponte do Mouro

Esta fonte es tá enquadrada no cent ro do ag lomerado u rbano, jun to da cape la de S . Fé l i x e do Orató r io de Sant o Cr i s to .

T ra ta -se de um equ ipamento pe r tence à arqu i tec tura c iv i l de equ ipamento bar roca.

Fonte de mergu lho em p lano i n fer io r ao a r ruament o , de l im i tada por la j es gran í t i cas fo rmando espaço de p l anta rec t angu la r e c om acesso num dos l ados por escada pét rea de t rês deg raus . O espa ldar , encas t rado na parede da casa de hab i taç ão, é compos to por vá r ios s i lhares de fo rmato t ronco-cón ico, rematado po r corn i ja cont racu rvada, e o rnado la tera lmente com l inha re levada, de term ina is em vo lu t as ; ap resent a in fe r i o rmente b ica insc r i ta em e lemento mar inho conto rc i do, com escama super io r bas tante a l ta , sobre pequena p ia c i rcu lar .

La te ra lmente possu i em p lano mais e levado à b i ca pra te l e i ra pét rea para depos ição do vas i lhame.

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O r a t ó r i o d e S a n t o C r i s t o / S r . d a B o a M o r t e 0 1 8

Barbeita. Ponte do Mouro Este ora t ór i o tem enquadramento u rbano, i so lado, no cent ro do ag lomerado, ladeando o adro da Capela de São Fé l i x, em face do a r ruamento p r inc ipa l , inser ido no t rad ic iona l cam inho de pereg r inação que de Monç ão segue para a romar ia da Senhora da Peneda.

Es ta Capela data do s écu lo XVI I I e possu i corpo ún ico rec tangu lar , de massa s imples com cober tu ra em te lhado de quat ro águas . As fachadas são rebocadas e ca iadas , perco r r idas por co rn i ja sa l i en t e e c om p i las t ras nos cunha is , tendo na fachada pr inc ipa l e nas la t era is vãos de a rco p l eno assentes em p i las t ras toscanas .

A fachada pr inc ipa l tem espaço f ront e i ro la jeado e com acesso por do is degraus , apresentando, sobre a pedra de fecho do arco, ca r te l a o rnada com mot ivos f i tomór f i cos , tendo s ímbolos da Pa i xão re l evados . As fachadas la t era is , tem vãos cer rados , a meia a l tu ra , po r muro de a lvena r ia de g ran i to , e possuem, sobre a ped ra de fecho dos a rcos , car te la enquadrada por dup la esp i ra l tendo i nsc r i to "ANNO" , na da fac hada sudoes te , e a dat a "1753" , na da fachada no rdes te . A fachada pos te r io r é cega.

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P o r t a l d a Q u i n t a d o P a ç o 0 1 9

Barbeita. Paço Trata -se de uma cerca com por ta l bar roco, como demons t ram a decoração e as formas ondu lant es dos des enhos que o ornamentam.

O a lçado é s imét r i co , equ i l ib rado, no qua l s e ras ga po r ta l ao cent ro , de ve rga rec ta , i nser i ndo -se num pano l ige i ramente a f rente do res tant e muro.

Corn i j a perco r rendo t odo o a lç ado. Remate em p la t i banda reco r tada e ondu lante . P i l as t ras nos cunha is sobrepu jados po r p inácu los .

Lade iam o po r ta l duas abe r tu ras s imples emolduradas com pro t ecção em gradeamento de fer ro .

A enc imar o po r ta l ex is te uma pedra d ’ armas t íp ic a do sécu lo XVI I . Es ta qu in ta com tor re tem or igem no sécu lo XIV e per t ence r ia aos morgados do couto de Barbe i ta , só recent emente des t ru í ram a tor re a té ao n íve l do corpo p r inc i pa l do ed i f íc i o .

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05. Barroças e Taias

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C a p e l a d a S e n h o r a d a S a ú d e 0 2 0

Barroças e Taias. Temporão.

Enquadramento rura l , i so l ada, des tacada em p la ta f orma ampla , per t o do cem i tér i o des ta f regues ia .

Ed i f íc io de o r igem medieva l (a a t es tar em a lguns e lementos como são a por t a de ac esso à sac r is t ia , rosácea e cachorros que decoram o exte r io r da cape la ) , com ampl iações do séc u lo XVI / XVI I .

P lanta long i t ud ina l compos ta por nave, cape la -mor e sac r is t ia .

Possu i to r re s ine i ra em vo lume e p lano d is t in t o , de do is reg is tos , co locada a meio da fachada p r inc ipa l , de base quadrangu la r , com uma aber tu ra em cada face ao n íve l do segundo reg is to , e com cober t ura p i ram ida l .

A fachada p r inc i pa l t em reg is to cent ra l l i ge i ramente sa l ien te f lanqueado por p i las t ras (cor respondent e à tor re s ine i ra) , na qua l s e abre po r ta l o qua l é ant eced ido po r pequeno a lpendre, def in i do pe lo vo lume da to r re s i ne i ra .

Quant o aos ac rescentos , es tes são a sac r is t ia e o a l ta r -mor , obras p rovave lmente do sécu lo XVI I ; de um pe r íodo in te rmédio será a to r re s ine i ra que cobre a fachada do ed i f íc io . São vár ios os e lementos em vo l ta des ta cape la em que se deve a tenta r , como são as tampas de sepu l tu ra e p ias .

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06 . C ambe z es

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P e t r o g l i f o d e C a m b e z e s / C o v a d a M o u r a 0 2 1

Cambezes. Agrelo (Outeiro)

O pet rog l i fo de Cambezes é uma i nscu l tura rupes t re de aspec to serpent i fo rme s i tuada no luga r de Mi lag res , f regues ia de Cambezes . Es ta inscu l t u ra encont ra -se no cabeço cons t i tu ído por monó l i tos de grandes d imensões que fo rmam o morro conhec ido po r Cas te l o . Es ta re ferênc ia topon ím ica repo r ta -se mui to provave lmente a uma ata la i a medieva l que aqu i poder i a te r exis t ido , ta l como era t rad ição no Ent re -Douro -e -Minho nas a l tu ras da Reconquis ta – os cas te los re fúg io .

Uma prospecção no l oca l perm i t iu -nos cadas t rar a exi s tênc ia de cerâm ica de cons t rução moderna, mas também cerâm ica medieva l , p rovave lmente dos sécu los IX/ X, e um out ro f ragmento que parece i nd ica r uma c rono log ia mais ant iga (Bronze F ina l ) . O cabeço encont ra-se, no ent anto , mui to arbor i zado, quer com vegetação ras te i ra quer p i nhe i ros , fac to que d i f i cu l ta uma melhor p rospecção da área.

O pet rog l i fo de Cambezes é uma denom inação de Quin tas Novas , numa pub l i cação de 1953. Também no Minho P i toresco exis te uma breve desc r i ção do l oca l , ac rescent ando-se à exis tênc ia da gravura rupes t re ves t íg i os c laros de mura lha e próx imo d ’ah i a l guns t i jo los , de cons t rução ev ident emente ant iga .

Nos anos 1980, Maia Marques re fere a ex is tênc ia des te arqueo-s í t io no seu i nventá r i o arqueo lóg ico do conce lho e já nes tes ú l t imo c inco anos fo i a lvo de es tudo para poss íve l c lass i f i cação.

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F a c h a d a d a C a s a d a S e n h o r a d o s M i l a g r e s 0 2 2

Cambezes. Milagres Si tua-se na ent rada de Mi lag res , no sent i do de quem va i da Igre j a Pa roqu ia l de Cambezes , e def i ne -se como uma fachada setecent is ta , que terá per t enc ido a gente nob re .

No d in te l g ran í t i co do por t ão, ex is te uma insc r ição, no meio da qua l es tá um coração com asas .

O remate é fe i to com uma t r ip l a corn i ja sob re a qua l , ao cent ro do por tão, pousa uma c ruz ladeada po r do is p inácu los de cada lado. Es ta c ruz, t revada ou t r i l obada, assenta sob re uma base ornamentada, com uma insc r ição f ormada po r pa lavras e abrev ia tu ras .

Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , sobre Cambezes .

. C a p e l a d e S t o A n t ó n i o e C r u z e i r o d o O u t e i r o 0 2 3

Cambezes. Outeiro

Enquadramento rura l , i so lado, des tacado em p la ta forma natura l , rodeada de veget ação.

Es ta pequena e rm ida fo i mandada ed i f i c ar em 1608 por Gaspar da Fonseca e sua esposa, senhores da Quin t a de Sant o Antón io , no luga r de Oute i ro .

T ra ta -se de um con junto def in ido po r uma cape la e um c ruze i ro que se implant a ao e i xo do por ta l do ed i f íc io .

A cape la def ine-se com um só vo lume com cober t ura em te lhado de duas águas . A fachada p r i nc ipa l é s imét r i ca , com empena sob re levada, in te r rompida para dar l uga r a campanár i o coroado po r c ruz. Possu i por t a l ún ico ao cent ro e p i las t ras nos cunha is .

Ac tua lmente es tá num es tado lamentáve l de apa rente abandono

O c ruze i ro fo i levantado no cent ro do lugar , em f rente da erm ida de Santo Antón io , inaugurado no d ia 25 de Agos to de 1940.

T ra ta -se de um c ruze i ro process iona l , s imples na forma e no es t i lo . Tem fo rma de c ruz la t i na , com fus te quadrangu lar , assentando numa base também quadrangu lar , sobre um degrau, tendo como base um penedo. Na face vo l tada a Nascente tem escu lp ida a data de 1940, e nas f aces vo l tadas a Su l e Poente as segu in t es insc r ições : I I I DA RESTAURAÇÃO 1640/ V I I I DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL, ( le i tu ra fe i ta por Ernes to Por tuguês) .

Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , sobre Cambezes .

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12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção |

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Q u i n t a e P e l o u r i n h o d o C a r r e g a l 0 2 4

Cambezes. Carregal. Trata -se de um c ruze i ro do sécu lo XVI I I , que per t ence à Arqu i t ec tura re l ig iosa, o i tocent is ta , e es tá co locado em f rente à cape la da Quin ta do Car rega l , tendo s ido mandado e rguer pe lo mesmo pat rono, no ano de 1750.

Cruze i ro fo rmado po r uma base, f us te cap i te l e c ruz la t i na . Possu i co luna sa lomónic a, com pequenos su lcos , e ornat os escu lp idos .

O fus te , a l to , monol í t i co , de secção c i rcu la r , apresenta -se em re l evo, e em t rês das faces des ta base es tão g ravadas cenas a legór ic as da Pa i xão de Cr is to , na face vo l tada a Nor t e tem inscu lp ida a dat a 1750 e o nome do seu pat rono (Ca l i s to de Barros Pere i ra) . Es tá enc imado por um cap i te l compós i to , sus tentando c ruz de secç ão quadrangu lar , com o remate das has tes de fo rmato subc i rc u la r . A c ruz com a imagem de Cr is to es tá assente numa base quadrada tendo, em cada uma das faces , os quat ro p r imei ros m is tér ios da Pa i xão, rematando com a Cruc i f i cação.

A Capela é conhec ida como cape la de S . Bento do Carrega l , e per t ence ao sécu lo XV I , insc revendo-se na a rqu i tec tura renascent is ta .

As fachadas são rebocadas e ca iadas perco r r i das por c orn i ja sa l ien te , com p i las t ras nos cunha is sobrepu jados po r p i nácu los p i ram ida is de remate es f ér ico , e com c ruzes sob re ac ro té r i o nas empenas . A fachada pr i nc ipa l tem f ront i sp íc i o em empena de corn i ja e po r ta l de ve rga rec ta , enquadrado po r p i las t ras e de pad ie i ra com corn i ja sa l ien te .

Lade iam o por t a l jane las quadrangu la res e sob repu ja -o um n icho emoldurado s imples , sendo ce r rado po r po r ta de v i dro .

Do lado d i re i to def i ne -se muro em a lvenar ia , pon tuado po r p i las t ras com p inácu los p i ram ida is , onde se rasga por t a l bar roco, com l in te l e c imalha, empena sobre levada coroada po r c ruz. Possu i p i las t ras nos cunha is rematadas por p inácu los .

Apesar dos s eus 260 anos encont ra -se em razoáve l es tado de conservação, mantendo o ext er i o r a t raç a o r i g ina l , do es t i lo renascença i ta l i ana, embora o i n te r io r tenha sof r i do a lgumas a l te rações que a descarac ter i za ram.

Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , sobre Cambezes .

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I g r e j a d o s M i l a g r e s 0 2 5

Cambezes. Milagres.

Este imóve l , levantado no lugar da Erm ida, fo i te rm inado no ano de 1602 e inse re -se na Arqu i tec tura Rel ig i osa Manei r i s ta .

Carac ter i za-se por p lanta long i t ud ina l , com cape la -mor e uma nave separadas por um arco de meio pont o no i n ter i o r , ao que cor responde o vo lume com cober turas d i fe renc iadas de te lhados de 2 águas .

Fachada p r inc i pa l com f rontão t r iangu lar , c om p inác u los sob re os cunha is e c ruz no vé r t i ce .

Por ta l ún ic o emoldurado com f rontão redondo, i n ter rompido para dar l uga r a t rês n ichos de ped ra , supor t ando t rês imagens também de pedra.

Em c ima rasga-se ócu lo s imples , sobre o qua l es tá insc r i to o escudo de famí l ia .

As paredes são em a lvenar ia rebocada.

Do l ado Su l da Capela , ergue -se uma tor re c om quat ro s i ne i ras , quadrangu la r com cober t ura p i ram ida l coroada por c ruz e p i las t ras nos ângu los . D i v ide-se em t rês reg is tos tendo no super io r uma jane la em cada face, emoldu rada e de arco p l eno.

Em f rente a es te Santuá r i o ergue -se o c ruze i ro de N. Sr . ª dos A f l i t os .

C r u z e i r o d o S e n h o r d o s A f l i t o s 0 2 6

Cambezes. Milagres. Enquadramento ru ra l , no e i xo do por ta l ao San tuár i o dos Mi l ag res , a uma d is tanc ia de 50 met ros .

Pe las suas carac ter ís t i cas gera is Ernes to Por tuguês a t r i bu i es te c ruze i ro a 1610/1630 e na i nsc r ição pode le r -se que fo i mandado cons t ru i r pe lo v igár i o Sebas t ião Á lvares .

Es te c ruze i ro da Senhora da P iedade, de dup la f ace, é uma boa obra de canta r ia de in f l uênc ia ga lega.

T ra ta -se de um c ruze i ro com um soco cons t i tu ído por t rês deg raus de p l anta quadrangu la r , sob re o qua l assenta um p l in to , monol í t i co , de forma quadrangu lar que, nas faces poente e nascent e , tem escu lp ida uma insc r ição, e é co roado por um cap i te l compos to .

A par t i r daqu i surge o f us te , monol í t i co , de secção c i rcu lar enc imado por um cap i te l t ipo co r ín t io , es t i l i zado, sus tentando uma c ruz la t i na de secção quadrangu la r , com o remate das has tes em forma de botão . A c ruz ap resenta na face f ront a l a rep resentação escu l tó r i ca do Senhor na Cruz, e de Nossa Senhora da P iedade (vo l tada para o Santuár io ) .

Cruze i ro carac ter i zado pe lo carác ter geomét r i co da decoração , r ig i dez e fa l ta de exp ress iv idade dos grupos escu l t ór i cos , que f iguram o Senhor na Cruz.

Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , sobre Cambezes .

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Q u i n t a d o S o p e g a l 0 2 7

Cambezes. Em 1720, o morgado Mateus Pere i ra de Cas t ro , mandou cons t ru i r umas novas casas , de um e out ro lado da t or re , pa ra sua hab i tação.

A fachada e ent rada p r inc i pa l da Quin ta es tão vo l tadas a Nor te , na d i recção dos montes do Cas te lo , e deve datar da época da cons t rução das novas cas as , ou se ja , in íc ios do séc u lo XVI I I . A loca l i zação des ta fac hada ind ic ia , po r sua vez, a poss íve l loca l i zação da cape la de São Bar to lomeu que f i car ia aos por t ões da Quin t a .

Em 1875, ent re a cas a e o por t ão de ent rada, fo ram cons t ru ídos , em gran i to bem t raba lhado, um can iço e uma e i ra , a inda ex is tent es .

Ac tua lmente , a Casa da Quin ta do Sopegal es tá ao abandono.

A Casa ter i a uma tor re cu ja fachada pr i nc ipa l , vo l tada a Nascente , t inha um brasão do sécu lo XVI I com paqu i fe e t imbre Pere i ra .

Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , sobre Cambezes .

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F o n t e d e S a n t o A n t ó n i o / E p i g r a f e C e r d e i r a s 0 2 8

Cambezes. Este e lemento , ac tua lmente des t ru ído, nunca teve grandes cond ições de sa lubr i dade, mas era uma das fontes do Lugar do Oute i ro .

O b loco gran í t i co da Fon te das Canles , reve la o seu nome pr im i t i vo com a segu in t e insc r ição: 18 † 78 FONTE PÚBLICA DE SANTO ANTÓNIO COM LICENÇA DA CÂMARA MUNICIPAL.

Es ta ped ra , out ro ra pa r t e in tegrante de um muro robus to , encont ra -se ho je enca i xada numa la j e de c imento . A ped ra t erá s ido a i co locada pa ra acaute lar a nascente de água, com o assent imento da Câmara Munic ipa l .

Apesar de ter s ido há mais de 120 anos bapt i zada como Fonte de Sant o Antón io , é mais conhec ida como Font e das Canles .

Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , sobre Cambezes .

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I g r e j a P a r o q u i a l d e C a m b e z e s 0 2 9

Cambezes. Trata -se de uma cons t rução, cu ja data de fundação s e desconhece, mas pode-se d izer que é mui to ant iga , e que te rá sof r ido , ao l ongo dos tempos modi f i cações , res tauros e ac rescentos . O ac rescento mais recente e marcante terá s i do a tor re s ine i ra , datada de 1901.

A sua p lanta é fo rmada por uma nave e cape la -mor , a qua l s e encont ra do lado su l da sac r is t ia .

Na fachada p r inc ipa l des taca-se por ta l rec tangu la r , com pad ie i ra encu rvada, enc imada por corn i ja es quemát ica , uma jane la ova lada e o remate em forma de cor t inado. Possu i c ruz no vé r t i ce , que se repet e na empena do a rco c ruze i ro e na cabece i ra .

Nos cantos do ed i f íc io erguem-se p inácu los .

Do lado su l da f achada pr inc ipa l , de f ine-s e a to r re com quat ro s ine i ras , remate em cúpu la bo lbosa, rodeada de uma ba laus t rada com p i râm ides nos cantos .

A p ia bapt ismal , aparent emente mui to ant iga , f i ca no bapt is té r io à ent rada da por t a pr i nc ipa l , do lado esquerdo. A lém do a l ta r -mor t inha mais 3 a l t a res la tera is , 2 de les jun t o do a rco c ruze i ro .

Nota : I n fo rmações baseadas no l i v ro de Ernes to Por tuguês , sobre Cambezes .

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0 7 . C e i v ã e0 7 . C e i v ã e0 7 . C e i v ã e0 7 . C e i v ã e ssss

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Q u i n t a d o H o s p i t a l 0 3 0

Ceivães. Hospital

Edi f íc io do sécu lo XVI I I que se i nsere na a rqu i tec tura res idenc ia l ba r roca.

Tra ta -se de uma qu in ta senhor ia l , com cape la par t i cu l a r adoçada ao corpo p r i nc ipa l da casa.

P lanta l ong i tud ina l , vo l ume de do is p isos , com cober t uras d i fe renc iadas em te lhados de t rês e quat ro águas .

Fachadas p r inc ipa l e la te ra is em a l venar i a rebocada, embasamento em cantar i a de gran i to , cunha is ap i las t rados e remate em corn i ja in te r rompida po r moldura da po r ta pr i nc ipa l . Fachada p r inc i pa l com esquema de fenes t ração regu lar , s imét r i ca e de vãos a l inhados . No segundo p iso rasga-se por t a pr inc i pa l , à qua l s e tem acesso por meio de escadar i a monumenta l em gran i to , que se encont ra adoçada à fachada p r inc ipa l , e sobre a qua l , exis te um escudo de armas da famí l ia à qua l pe r tenceu es ta propr i edade secu lar . P r imei ro p iso com esquema de fenes t ração igua l ao rés -do -chão, com aber tu ras s imples de verga rec ta e pro t ecção em gradeamento de fer ro .

A cape la , sécu lo XVI I / XVI I I é compos ta por p lanta long i tud ina l , rec tangu lar , com f ront isp íc io em empena de corn i ja e por t a l ún ic o de verga rec ta com l in te l e c imalha. As fachadas são rebocadas e ca iadas perco r r idas por corn i j a sa l ien t e , com p i las t ras nos cunha is sob repu jados por p i nácu los p i ram ida is de remate es fér ico , e c om campanár i o na empena. Lade iam o por ta l , j ane las quadrangu la res e sobrepu ja -o um n icho emoldurado s imples , sendo ce r rado po r po r ta de v id ro .

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P o r t a l d a Q u i n t a d o s A b r e u s 0 3 1

Ceivães. Valinha. Por ta l Bar roco a ju l ga r pe los mot ivos decora t i vos e pe las fo rmas ondu lantes que o compõem.

Por ta l p r i nc ipa l de ve rga convexa, enc imado por brasão 8cercado po r p ro fusa o rnamentação) . Empena sobre levada reco r tada com remate em p inácu lo de g rande d imensão.

P i las t ras nos cunha is rematadas po r p i nácu los .

Encont ra-se em mau es tado de cons ervação.

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I g r e j a P a r o q u i a l 0 3 2

Ceivães. Moujuzão. Este imóve l inse re -se na época Manei r i s ta , e ca rac ter i za -se pe lo s eu as pec to mac iço, por grandes quant idades de ped ra d is t r ibu ídas segundo p lanos ver t i ca is . Os a rcos são de meio pont o e a fachada pr i nc ipa l é decorada com arabescos geomét r i cos .

A ig re j a de Ceivães , a ap rec ia r pe lo pó r t i co e f rescos no seu in ter io r , reve la-nos um ed i f íc io qu inhent is ta , ún ico no conce lho.

Carac ter i za-se po r p lanta long i tud ina l à qua l se adoça do lado esquerdo tor re s ine i ra mais recente .

Fachada p r inc i pa l sem p i las t ras nos ângu los , empena com corn i j a em ângu lo rec to com c ruz no vér t i ce .

A decoração da fachada, envo l ve o por ta l e a rosácea, apresent a in f l uênc ias de um geomet r ismo própr i o da arqu i tec tu ra gót ica , se bem que mui to pr im i t i va .

Tor re es t re i ta , p i las t ras nos ângu los , t rês reg is tos , tendo no super io r uma jane la em cada face, emoldu rada e de arco p leno, c imalha com corn i ja , ângu los sob repos tos po r p inácu los e cober t ura em coruchéu p i ram ida l coroada po r c ruz em c imento .

Como todos os ed i f í c ios re l ig i osos da reg ião sof reu remodelações ao longo des tes ú l t imos sécu los , havendo s ido numa des tas remode laç ões , em que se re t i rou um a l ta r o i tocent is ta , que aparec eram f rescos nas pa redes jun to da cape la -mor , p rovave lment e do mesmo per íodo da cons t rução da cape la .

NOTA: ser i a de todo o in teresse a c lass i f i cação des te imóve l , dadas as suas carac ter ís t i cas arqu i t ec tón icas e das p in tu ras no seu in te r io r .

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0 8 . C o r t e s

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R e d u t o d e C o r t e s 0 3 3

Cortes.

Protecção – Em v ias de c l ass i f i cação, com despacho de aber t ura de 12/10/2004

O Redut o de Cor tes s i tua -se no conce lho de Monção, f regues ia de Cor t es , jun t o da zona i ndus t r i a l des ta f regues ia , podendo-s e aceder a es te l ugar a pa r t i r da EN 202 e depo is a pé; loca l i za-s e na ca r ta m i l i t a r n . º 3 e com as segu in tes c oordenadas : la t i tude – 42º 03 ’ 48 ’ ’ ; long i t ude – 08º 31 ’ 1 ’ ’ ; aprox imadamente 84 m de a l t i t ude.

Es te redut o assemelha -se a uma pequena mota de fo rma quadrangu la r com um fosso que a rode ia na sua to t a l idade. Te rá serv i do, durante as Guerras da Res tauração, como ponto es t ra tég ico de assentamen to de t ropas para v ig ia e cont ro l o da passagem de t ropas i n im igas por aque le l ugar .

Apesar de se encont ra r num es tado de c onse rvação razoáve l , es tá su je i to a abandono ou mesmo à des t ru ição, po i s es tá mui to próx imo da c rescente zona indus t r i a l de Cor tes .

Per to podemos detec tar mais do is pequenos cotos com carac te r ís t i cas mui to idênt icas , tendo um de les o nome de Sub idade. Con juntamente es tes t rês morros formar i am uma bar re i ra defens iva / o fens i va à ent rada de t ropas espanholas e um bom ponto de v i g ia sob re o Rio Minho e a margem espanhola des te .

N e c r ó p o l e d e C o r t e s 0 3 4

Cortes.

O espaço conhec ido po r Necrópo le de Cor tes i nse re-s e numa área ag r icu l tada e urban i zada, organ i zada no c imo e or l as de um cabeço com exce lent e expos ição so lar , e cu jas ver t entes suaves se or i en tam para Su l , no r te e Oc ident e .

T ra ta -se de um campo ag r íco la des t inado à p l antaç ão de uma v inha, onde resu l tou o aparec imento de a lgumas sepu l tu ras . Á super f íc ie são v is íve is ves t íg ios de cerâm ica de cons t rução e out ra (comum).

Da ex is tênc ia de mui tos ves t íg i os nas imediações , e ana l i sando a área de d ispersão dos mesmos , conc lu i -se que o ter r i tó r io ocupado pe la nec rópo le ser i a mui to mais vas to , ocupando t odo o cabeço e as suas imediações , num ra io de 150 met ros a pa r t i r do cent ro do cabeç o.

Es ta Necrópo le , pe r tence ao per íodo Ta rdo Romano.

O es tado de conse rvação é mau, e o uso do so lo é agr íco la .

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‘ S u b i d a d e ’ 0 3 5

Cortes.

Pequeno a l to , jun to ao Rio Minho, onde há not i c ia de terem aparec ido ce râm icas durante t raba lhos re lac i onados com madei ras .

O s í t io apresent a cond iç ões que denunc iam o seu carác te r de povoado fo r t i f i cado ( ta lude ) .

Es te povoado, pe r tence ao per íodo Romano.

O es tado de conse rvação é razoáve l , e o uso do so lo é f lo res ta l .

N o t a : I n f o rm aç õ es r e t i r ad a s da f i c h a d e r e l oc a l i za ç ã o d e s í t i os a rq u e o l ó g i c o s . F o i i m p o ss í v e l o r eg i s t o f o to g r á f i c o de s t e e l em en t o , d ev i d o á s m ás co n d i çõ e s d e a ce ss o a o l oc a l .

F o r t e e m T e r r a ( 1 ) 0 3 6

Cortes.

Mat a, fo rmando um ta lude com fosso, ap lanada, cer tamente des t inada à ins ta l ação de bate r ia de ar t i l ha r ias . Poderá es ta r assoc iada ás gue rras da Res tauração.

Es ta For te per tence ao pe r íodo Moderno.

O es tado de conse rvação é razoáve l , e o uso do so lo é f lo res ta l .

Nota : In f ormações re t i radas da f i cha de re l oca l i zaç ão de s í t i os arqueo lóg icos . Fo i imposs íve l o reg is to fo tog rá f i co des te e lemento , dev ido às más cond ições de acesso ao loc a l .

F o r t e e m T e r r a ( 2 ) 0 3 7

Cortes.

Mat a, fo rmando ta l ude (pa rape i t o) ap lanado no topo. Á semelhança do ‘Fo r te em Ter ra (1) ’ , deverá se r uma base de assentamento de bate r i a de ar t i l ha r ias da época da Res tauração.

Es ta For te per tence ao pe r íodo Moderno.

O es tado de conse rvação é razoáve l , e o uso do so lo é f lo res ta l .

N o t a : I n f o rm aç õ es r e t i r ad a s da f i c h a d e r e l oc a l i za ç ã o d e s í t i os a rq u e o l ó g i c o s . F o i i m p o ss í v e l o r eg i s t o f o to g r á f i c o de s t e e l em en t o , d ev i d o á s m ás co n d i çõ e s d e a ce ss o a o l oc a l .

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12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção |

v entu ra da c r uz , p la neamen to / l uga r d o p l a no / l e i t u ra s do t e r r i tó r i o | 12.44

0 9 . L a p e l a

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12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção |

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T o r r e d e L a p e l a 0 3 8

Lapela.

Protecção - MN, Dec re to -Le i n . º 16 -06 -1910 DG 136 de 23 Junho 1910.

Es ta tor re e rgue-s e na margem esquerda do r i o Minho , sobre um mac iço rochoso, jun to ao r io e sob rance i ro ao casa r io envo l vente . A Su l tem um esp igue i ro e uma e i ra .

Como a modes ta povoaç ão de Lape la faz i a pa r te da co r t ina defens iva da f ronte i ra se t ent r iona l po r tuguesa, fo i do tada de um cas te lo , cu ja fundação é a t r ibu ída ao re inado de D. A fonso Henr iques . A car ta de povoamento data de 1208, a l t u ra em que se renovam mui tos fora is em todo o A l to Minho. Ent re tant o as dúv idas quant o à fundação do cas te lo subs is tem, a t rad ição d iz que D. A fonso Henr iques após o recont ro de Va ldevez o te rá mandado ed i f i car , cer t o é que a tor re apres enta carac ter ís t i cas pos ter i o res , com arco quebrado e armas de D. Fe rnando.

O cas te lo fo i demol ido em tempos de D. João V sendo a sua ped ra aprove i tada na cons t rução da p raça - for t e da v i la de Monção. F icou então soz inha a to r re que a inda ho je permanec e em pé.

Possu i p lant a quadrangu la r , s imples , com 27 m de a l tu ra e 11, 5 m de la rgu ra , com 4 p isos coroados por mer lões p i ram ida is .

A cober tu ra faz -se num te l hado de 4 águas .

Os a lçados são rasgados por 3 f res tas cent radas s obrepos tas , tendo, o v i rado a Nor te , apenas 1 enc imando o por t a l . Es te , abr indo-se à a l tu ra de 6 m , tem arco quebrado sob re pés d i re i tos , com as armas de Por tuga l na f lec ha, e é p reced ido po r pequeno patamar sobre 3 modi lhões , a que se t em acesso po r escadas de fe r ro .

Possu i também c is terna, paredes de gran i to apare lhado c om 2,5 m de espessura , e passad i ço a n íve l da cober tu ra , t e rm inado em te lha t rad ic i ona l .

A sua d ispos ição i n ic ia l no cent ro do con junto amura lhado reve la uma organ i zação ant iga , t íp ica dos cas te l os român icos , mas a es t ru tu ra ex is tent e é já bem pos ter io r , poss ive lmente do sécu lo XIV , uma vez que denunc ia in f luênc ias gót icas tard ias .

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1 1 . L a r a

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C a p e l a d a Q u i n t a d a S e n r a 0 3 9

Lara. Senra.

Enquadramento rura l , i so lada.

Capela pa r t i cu la r da Quin ta da Senra, na f regues ia de La ra , que per t ence ao es t i lo Neoc láss ico .

P lanta l ong i tud ina l . Massa s imples com cober tura ún ica em te lhado de duas águas .

Capela de reg is to ún ico onde se ras gam um por ta l com remate sem i -c i rcu lar , que se assemelha a um t ímpano, e do is vãos la tera is , cor respondendo a do is jane lões p rovave lmente pos ter i o res à cons t rução do ed i f íc io , g radeados e emoldu rados .

Front ão t r i angu la r , deco rado, que remata com do is p inácu los e c ruz no topo assent e em pedes ta l .

Corn i j a pe rcor rendo o ed i f íc io , e escudo de a rmas , ent re es ta e f r i so , sobre a por t a .

Paredes em a lvenar ia rebocada.

As ares tas s imulam co lunas quadrangu lares com cap i té is s imples .

Ent re os f rontões , co r tando o f r i so es tá um escudo esquar te l ado sem e lmo mas enc imado pe la c ruz dos Pere i ra , ta lvez do sécu lo XVI I .

C o t o d o M o u r ã o 0 4 0

Lara.

Cast ro , mui to a l te rado pe la presença de uma pedre i ra e pouco prospec táve l dev ido ao denso cober t o vegeta l . Do lado no r te tem cor te em forma de ta l ude. Ves t íg i os de ce râm ica da Idade do Fer ro e pedra ta l hada para cons t rução, que c onf i rmam uma ocupação ant iga do loc a l , p rovave lmente um povoado for t i f i cado

Tem como coordenadas la t . -42 º02 ’49 ’ ’ e l ong. -8º32 ’29 ’ ’ sendo o uso ac tua l do so lo f l o res ta l . Havendo ard ido há mui to pouco tempo pro l i fe ra nes te a vegetação ras te i ra , nomeadamente o to jo e os fe tos , que d i f i c u l t am uma melhor prospecção do l oca l .

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M o n t e C r a s t o 0 4 1

Lara.

Trata -se de uma e levação com do is p icos cent ra is , a f lo ramentos e ve r tent es rochosas , sendo as Oes te e Nor te abruptas e a Es te , de pendor suave. Na ver t ente Su l es tão p resen tes campos de cu l t i vo , onde ex is te not íc ia de te rem aparec ido cerâm icas ant igas , ent re essas , tegu la .

Possu i boa l oca l i zação em re lação ao r io Minho e dom ina comple tamente a r i be i ra de La ra , com as segu in t es coordenadas : la t . -42º02 ’01 ’ ’ e long. -8º31 ’21 ’ ’ .

Dev ido ao espesso manto vegeta l não fo i poss íve l detec ta r es t ru tu ras , mas em prospecção encont raram-se f ragmentos de tegu la e cerâm ica incarac t er ís t i ca mas de fabr ico ant igo .

R e d u t o / F o r t e 0 4 2

Lara.

Loca l i zado j unto de um campo de fu tebo l no luga r de Motas , encont ra -se uma e levação ar t i f i c ia l , ac tua lmente mui to cober t a de vegetação e que t rad i c iona lmente se d i z se r uma es t ru tura defens iva , re l ac ionada c om as Guerras de Res tauração ou mesmo das Invasões Francesas . O m ic ro- topón imo é for te e de fac to exis tem ves t íg i os de fosso a Nor te , sendo que o seu uso ac tua l é f lo res ta l .

Nota : Fo i imposs íve l o reg is to fo tográ f i co des te e l emento , dev ido à densa veget ação.

M a c a c a 0 4 3

Lara.

Cachorro que ap resenta ser uma f igura ant ropomór f i ca , provave lmente proven ien te de uma igre j a românica das imediações .

Es te Cachorro pe r tence ao per íodo Medieva l .

Tem como coordenadas la t . -42 º02 ’02 ’ ’ e l ong. -8 º31 ’51 ’ ’ .

O es tado de conse rvação é razoáve l , e o uso do so lo é cons t ru ído.

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1 1 . L o n g o s V a l e s

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C a s t r o d e S . C a e t a n o 0 4 4

Longos Vales. Outeiro

P ro tecção: MN Dec . N. º 735/74, DG 297 de 21 Dezembro 1974.

O monte de S . Caetano é um cabeço pouco f lo res tado, com a lguns a f lo ramentos gran í t i cos , com uma a l t i t ude média de 329 m , jun to à Ribe i ra da S i l va , A veget ação que cob re es te p lana l to de p lanta sub t r iangu lar de grandes d imensões é fundamenta lmen te o to jo , dent ro da vegetação ras te i ra , e o p i nhe i ro , no que conce rne à veget ação a l t a .

A denom inação des te loca l fo i de f in ida pe la cons t rução da Capela de S . Caet ano, ent re os sécu los XVI I / XVI I I . O grau de des t ru ição nes te loca l não é mui to grande, po i s só houve um grande movimento de ter ras aquando à cons t rução da cape la , sa ib re i ra jun to da es t rada e a la rgamento do cam inho de acesso.

A n íve l a rqueo lóg ico es te cas t ro apresent a um con junto de t rês l inhas de mura lha, def in i ndo-se as s im como povoado for t i f i cado de grandes d imensões . O s í t io fo i a l vo de in te rvenç ões arqueo lóg icas ao longo des te sécu lo , que puseram a descober to um con junt o in teressante de es t ru tu ras .

O cas t ro de S . Caetano e ra um povoado t íp ico da Idade do Fer ro , com cerâm ica ind ígena, de impor tação romana, como a ânfora e a s ig i l l a ta , bem como mater ia is de cons t rução de in f l uênc ia romana ( tegu la e ímbrex) .

São v is íve is hab i t ações c i rcu la res e sub rec tangu lares , o que a tes ta , con junt amente com o espó l io cadas t rado, a impor tânc ia des te povoado desde o sécu lo I a . C. a té ao sécu lo I I d .C.

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12.51

C a p e l a M o r d a I g r e j a d e L o n g o s V a l e s 0 4 5

Longos Vales.

Protecção - MN, Dec . n . º 11 454, DG 35 de 19 Feve re i ro 1926.

A cape la -mor i n teg ra -se numa igre ja de p l anta long i tud ina l , de nave ún ica, com f ront isp íc io te rm inado em empena e tor re s ine i ra adoçada um pouco recuada, prec ed ida por amplo ad ro . A es te ed i f íc io , fo i adoçada a Nor t e a sac r is t ia .

T ra ta -se de uma cape la do sécu lo XI I , exemplo magn í f i co do românico do A l to Minho.

A cabece i ra des ta cape la possu i 2 t ramos , o 1º de p l anta rec tangu lar e o 2º c i rcu la r , de vo lumes ar t i cu lados e cober tu ra d i fe renc iada com te lhados de 2 águas .

Ext er i o rmente , o 1 º t ramo tem a lgumas i r regu la r i dades na canta r ia , é cont ra f or tado e tem corn i ja b ise lada sobre cachorros escu lp idos com enro lamentos , f i guras humanas e an imalescas . O 2º tem adoçado 4 co lunas , sob re p l in tos , com cap i té is de escu l tu ra an imalesca e vegeta l vo lumosa, e é pe rcor r ida por corn i j a igua l à ante r io r .

No pano cent ra l ab re -se f res ta de a rco p l eno e 2 a rqu ivo l tas – a exte r io r enxaquetada – sob re co lunas com cap i té is escu lp idos e leque de enxaquetado no t ímpano.

O res to da i g re ja apresent a uma nave ún ica com l inhas mui to s imples e arqu i tec tu ra t íp ica do sécu lo XVI I .

Ao lado exis te o ed i f íc io do ant i go convento , bas tante a l te rado com a cons t rução de uma casa t ipo qu in ta , ed i f i cada no sécu lo XI X, a l tu ra em que o convent o passa def in i t i vamente pa ra pr i vados . É a inda poss íve l ve r pa r te da es t ru tura moderna do convent o , com suas arcadas vo l tadas para o que se r ia um pát io i n te r io r (o c l aus t ro) . Em sondagens arqueo lóg icas rea l i zadas recentemente encont raram-se ves t íg i os bas tante ant i gos , re l ac i onados com o pr im i t i vo c laus t ro e a inda ante r io res a es te , demons t rando a ances t ra l idade e impor tânc ia pat r imonia l do l ugar .

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12.52

M o n t e C r a s t o 0 4 6

Longos Vales. Samarão O monte Cras to f az f ront e i ra ent re as f regues ias de Longos Va les e Cambezes , sendo que a sua ve r tente mais escarpada e de d i f íc i l acesso es tá vo l tada à f regues ia de Cambezes e a área f l o res tada, onde oc or rem ves t íg ios e onde exis tem acessos ao t opo es tá vo l t ada à f regues ia de Longos Va les .

Monte Cras to é um monte de média a l t i t ude, des tacando-se na pa isagem pe lo seu dec l i ve p ronunc iado, nomeadamente na ver t ente Oes te , e a sua coroa reduz ida mas ap lanada, onde ho je em d ia ex is te um c ruze i ro .

Apesar da vegetação e do grau de e rosão a que es tá su je i t o é poss íve l encont ra r -se ves t íg i os cerâm icos do per íodo p ro t o-h i s tór ico e medieva l .

Aquando da cons t rução de uma in f ra -es t ru tura no sopé do monte , jun to do ag lomerado, fo ram encont rados ves t íg ios não só cerâm icos mas também de es t ru turas , do povoado cas t re jo .

C a s t e l o 0 4 7

Longos Vales. Castelo O Cas te lo é um pequeno morro que se des taca v isua lmente da sua envo l vente , maior i ta r iamente compos ta por campos agr íco las , sobre os qua is tem cont ro l o .

É compos to por monól i tos gran í t i cos de g randes d imensões , que d i f i cu l tam o acesso ao topo, l i ge i ramente ap lanado . Na sua ver tente Oes te , menos acentuada, pode-se encont ra r cerâm icas medieva is e uma sér ie de l e i ras cu l t i vadas , onde f oram encont rados f ragmentos de cerâm ica, à super f íc ie , tan to cas t re jos como medieva is . O que nos leva a supor que es te tenha s ido uma ata la i a ou cas te l o re fúg io , u t i l i zado pe la popu laç ão loca l , tan t o mais que a Su l pa rec e formar uma pequena cerca.

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12.53

C a p e l a d e S ã o C a e t a n o 0 4 8

Longos Vales. Outeiro. Este imóve l pe r tence ao s écu lo XVI I / XVI I I , e i nsere-se na a rqu i tec tura bar roca, sendo um e lemento pecu l i a r da a rqu i tec tu ra re l i g iosa m inhot a .

Carac ter i za-se po r p l anta long i tud ina l rec tangu la r , compos ta por nave , cape la -mor e s ac r is t ia , com cober turas d i fe renc iadas em te lhados de 2 águas .

Duas to r res s ine i ras quadrangu la res com cober tu ras p i ram ida is , co locadas nos do is ext remos da fachada p r i nc ipa l .

A fachada p r inc ipa l possu i empena com corn i ja em ângu lo reco r tado e c ruz no vér t i c e .

Possu i por ta l ún ico emoldurado, vo l tado a no r te , com l in te l e f rontão curvo i n te r rompido po r n icho. Em c ima e lemento dec ora t i vo em forma de c i rcu lo . Lade iam o por ta l duas aber t uras s imples rec tangu la res . Possuía , a inda, mais t rês por t as : duas la te ra is , ac tua lmente enta ipadas , e a po r ta da sac r is t ia , o r ien tada pa ra Nascente .

As tor res são es t re i tas , com do is reg is tos tendo no s uper io r uma jane la em cada face, emoldu rada e de a rco p l eno, c imalha com corn i j a , e cober t ura em coruchéu p i ram ida l coroada po r p i nácu lo .

A par t i cu la r idade des ta cons t rução re l i g iosa res ide no fac to de em ambos os lados da c ape la es ta rem adossados t rês espessos cont ra f or tes , fac to que se exp l i ca por a p r im i t i va es t ru tu ra de cober tura da cape la ser em abóbada de pedra, mas que ru iu , segundo a t rad ição loca l , no d ia da sua inauguração. Es te e lemento a i nda se pode observa r na cober tu ra do a l t a r -mor da cape la .

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1 3 . L u z i o

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I g r e j a 0 4 9

Luzio. Leiradelo.

Capela do sécu lo XVI I / XVI I I , que se inse re na arqu i tec tu ra bar roca, já a reve la r a lguns e l ementos neoc láss ic os como o f rontão t r i angu la r e as l i nhas rec tas que t raç am a arqu i tec tu ra do ed i f íc i o .

P lanta l ong i tud ina l , de vo lume tér reo com cober tu ra em te lhado de duas águas .

Paredes de a lvenar i a rebocadas e p i n tadas .

Fachada p r inc i pa l ass imét r i ca com empena s ob re levada em ângu lo rec to co roada po r c ruz, à qua l se adoça t or re s ine i ra de do is reg is tos , num p lano mais recuado.

Por ta l ún ico ao cent ro emoldurado com l in te l e c imalha, enc imada por aber t ura s imples rec tangu lar emoldurada com gradeamento em fer ro . Lade iam-na do is n ichos de arco p l eno, emoldurados , onde se i ns ta lam imagens de Santos escu lp idas .

Front ão i ncorpo ra ócu lo s imples .

P i las t ras nos cunha is sob repu jados po r p inácu los p i ram ida is .

Ao longo dos tempos fo ram ac rescentados corpos l a tera is , mas no ad ro a inda s ão v is íve is a lgumas tampas de sepu l tu ras comprovando a u t i l i zação des te como espaço de ent er ramentos . O in ter io r é r i co em ta lha dourada.

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C o n j u n t o d e E s p i g u e i r o s 0 5 0

Luzio. Luzenças.

Trata -se de um con junto bas tante in te ressante de vár i os esp igue i ros , a lguns recent es , out ros mais ant igos mas que tem sof r ido a l te rações ev identes .

Aparentemente , es tes e l ementos não usuf ruem todos da mesma d i recção so la r , apesa r da maior par t e se d ispo r perpend icu larmente à v i a que a t ravessa es te la rgo.

Def inem-se com cor redo res es t re i tos , assentam em pés s inge los de g ran i to .

A cober tu ra é s imples em te lhado de duas águas .

Nas fachadas , es tão ve r t i ca lmente d ispos tas r ipas de madei ra , com t ravessas a meio .

À f rente , abre-se, a meio da fachada, a por ta .

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1 3 . M a z e d o

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Q u i n t a d e S e r r a d e 0 5 1

Mazedo. Agrelo.

Protecção – Em v ias de c lass i f i cação, po r despacho de 7 /09/2004.

O ed i f íc io pr inc ipa l te rá or igem no sécu lo XVI I I , tendo s ido sede das t ropas f rancesas aquando das invasões f rancesas , no i n íc io do sécu lo XI X.

Tra ta -se de um ed i f íc i o compos to por quat ro vo lumes d i fe renc iados , cu ja d ispos ição em p lanta formam um T, com cober t uras em te lhados de duas e quat ro águas .

Fachada p r i nc ipa l s imét r i ca , com por ta de ent rada ao meio , ladeada por mais duas aber tu ras de cada lado. Nos do is ext remos da fachada, fo rmam-se duas espéc ies de to r res . Tra tam-se de do is vo lumes que possuem mais um reg is to que o vo lume pr i nc ipa l , cu jas p i las t ras e p i nácu los fazem acentua r a inda mais a sua ver t i ca l idade, em re lação à hor izonta l i dade propos ta pe lo r i tmo das fenes t rações .

Todas as abe r tu ras possuem moldura em gran i to , e ca i xi lha r i as de duas fo lhas , em madei ra p in t ada de b ranco.

As paredes são rebocadas e p in tadas de b ranco, e são rematadas por uma corn i ja que perco r re todo o ed i f íc io .

Encont ramos a inda, a l guns pormenores deco ra t i vos , como é o caso da por ta de ent rada.

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C r u z e i r o d e S a n t o I s i d r o 0 5 2

Mazedo.

Enquadramento urbano, i s o lado, na pe r i fe r ia da v i la de Monção junto à Esco la Secundár i a e à face da EN Monção – Arcos de Va ldevez.

Tra ta -se de um c ruze i ro cu ja época de cons t rução remonta ao séc . XVI I I , de f i ne -se c om soco cons t i tu ído por do is degraus de p lant a quadrangu la r , sobre o qua l assenta um pedes ta l para le l ep ipéd ico, compos to por p l i n to , dado monol í t i c o , com or i f íc io quadrangu la r para enca i xe da ca i xa de esmolas , já inex is tente , e corn i ja emoldurada.

O fus te , a l to , monol í t i co , de secção c i rcu la r , ap resent a , em re l evo, na face f ronta l os ins t rumentos da Pa i xão e , na opos ta , as a lmas , duas f iguras cent ra is e a rep resentação do Espír i t o Santo . Es tá enc imado por um cap i te l compós i to , p in tado, sus tentando c ruz la t i na de secção quadrangu lar , c om o remate das has tes em forma de bo tão. A c ruz ap resenta na f ace f ront a l a rep resentação escu l tó r i ca do Senhor na Cruz, de pés sobrepos tos e sob repu jado por ca r te l a , e na f ace opos ta a imagem da Nossa Senhora, sobre o cap i te l , es tando ambas as rep resentações p in tadas .

O c ruze i ro es tá res guardado po r um a lpendre de p l ant a quadrangu la r , sus tentado por p i l a res de secção quadrada, com os e lementos in te r l igados por "gatos " de fe r ro , es tando vedado por la j es g ran í t i cas co locadas ent re os p i la res . A sua cober tura é de madei ra te l hada, em quat ro águas com lambrequ im recor tado.

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12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F a se | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção

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I g r e j a P a r o q u i a l 0 5 3

Mazedo. Quinteiro. Enquadramento ru ra l , i so lada, des tac ada em p la t a forma l ige i ramente e l evada que l he serve de ad ro , envo l v ida por muro que se i n ter rompe para da r luga r a escadar ia no e i xo do por ta l .

Es te imóve l per tence ao sécu lo XVI I / XVI I I , e i nsere -se na arqu i tec tu ra re l i g iosa renascent is ta e ba r roca.

Carac ter i za-se por p lanta l ong i t ud ina l com cober tu ra em te lhado de 2 águas .

Possu i do lado d i re i to , to r re s ine i ra quadrangu la r com cober tura p i ram ida l .

Fachada p r inc i pa l com p i las t ras nos ângu los , empena com corn i j a em ângu lo rec to , p inácu los com remate em es fera sob re os cunha is e c ruz no vé r t i ce da empena.

Por ta l ún ico de arco p leno, ladeado por p i l as t ras esquemát icas que supor tam corn i j a , sob re a qua l se desenha um f ront ão com enro lamentos pa ra o in t er io r t e rm inando junt o a n ic ho cent ra l . Lade iam-na do is ócu los ova is com molduras t raba lhadas ao es t i lo Bar roco. O remate é formado por um f rontão t r iangu lar , borde jado po r corn i jas vo lumosas , com um ócu lo ao meio .

Tor re es t re i ta , p i l as t ras nos ângu los , t rês reg is tos , tendo no super io r uma jane la em cada fac e, emoldu rada e de arco p leno, c imalha com corn i ja , ângu los sob repos tos po r p inácu los e cober t ura em coruchéu p i ram ida l co roada por c ruz em c imento . Ao n íve l do pr imei ro reg is to desenha-se arcada de d imensão super io r ao por t a l de ent rada.

P o n t e d e S e n d i m 0 5 4

Mazedo. Outeiro.

Ponte em pedra com 2 a rcos de vo l t a per f e i ta (um p i la r assente no l e i to do r io ) e os ext remos assentes em af lo ramento rochoso de um lado e out ro , p rovave lmente da Época Moderna, a i nda ho je t rans i t áve l .

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1 4 . M e r u f e

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M a m o a s 0 5 5

Merufe. Serra da Anta Como o próp r io nome ind ica es te loc a l de grande a l t i t ude é formado por vár i as chãs e p lana l t os e p rop íc io à exis tênc ia de monumentos megal í t i cos , datados mui tas vezes de um per íodo ent re os 5 e os 3 m i l anos a .C. e onde os nossos antepassados ente r rar i am os seus entes . A maior ia encont ra-se já bas tant e des t ru ída por v i o lação ou mesmo des t ru ição quase comple ta , provoc ada pe la aber t ura de cam inhos ou f lo res tação do loca l . No c imo da ser ra foram ident i f i cadas do is des tes monumentos fune rá r ios de que a segu i r se faz a desc r ição.

A mamoa que obse rvamos na fo to ao l ado, de grande d imensão, com cerca de 30 m d iâmet ro , encont ra -se mui to des t ru ída com v io l ação cent ra l mui to prenunc iada e a lguns es te i os ar rancados , poss ive lmente a la je de aber t ura ; possu i couraç a pé t rea à v is ta l ige i ramente co r tada pe lo cam inho.

Es ta mamoa per tenc e ao per íodo Neo /Ca lco l ì t i co .

O es tado de conse rvação é mau, e o uso do so lo é f l o res ta l .

A área fo i recentemente re f lo res tada o que poderá ter causado a lguns danos nes te t i po de monumentos . Tem como coordenadas la t . – 41 º59 ’00 ’ ’ long. – 08º23 ’30 ’ ’ .

Es te é também um monumento de grande d imensão, com cerca de 40m de d iâmet ro , com c ra te ra de v i o lação mui to p ronunc iada. Encont ra-se mui to des t ru ída com es te ios ar rancados provave lmente aquando da sua v io l ação. A cou raça encont ra -se v is íve l e l ige i ramente dan i f i cada pe la aber t ura do cam inho. Ves t íg i os de cou raça pét rea e es te ios sob re a mamoa.

A área fo i recentemente re f lo res tada, ex is t indo p i nhe i ros em grande número de bom por te sobre o monumento.

Es ta mamoa per tenc e ao per íodo Neo/ Calco l í t i co .

O es tado de conse rvação é mau, e o uso do so lo é f l o res ta l .

Tem como coordenadas la t . – 41º59 ’00 ’ ’ long. – 08º24 ’26 ’ ’ .

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M o s t e i r o 0 5 6

Merufe. Mosteiro.

Enquadramento ru ra l , i so l ado, reba i xado em p la ta fo rma in fer io r à co ta da rua.

Es te ed i f íc io so f reu a l gumas in f luênc ias da arqu i tec t ura ec léc t i ca , com or igem medieva l , po is exis tem documentos e e lementos arqu i tec tón icos a a tes ta r es te fac to .

P lanta long i tud ina l compos ta por nave, cape la -mor e sac r is t ia , no mesmo vo lume, com cober t ura em te lhado de 2 águas .

Fachada p r inc ipa l com reg is to cent ra l l i ge i ramente sa l ien te f lanqueada por p i l as t ras (cor respondente à tor re s ine i ra ) , p i las t ras nos ângu los da fachada, sobrepu jados po r p i nácu los .

Por ta l ún ico com p i las t ras e arco p leno.

Enc ima-o ócu lo ova l emoldurado.

A lçados la te ra is com aber t uras s imples de verga rec t a .

Tor re s ine i ra de t rês reg is tos , quadrangu lar , co locada a meio da fachada pr inc ipa l , num p lano avançado.

Paredes com apare lho graní t i co à v is ta com as jun tas ca iadas .

Do con junto do convento só nos res ta a i g re ja e a l gumas ru ínas (a l i nhamentos de muros ) que nos ind icam a área aprox imada do convento , á rea essa des cober t a e sem in tervenç ões a té ao momento.

No a lçado la te ra l vo l tado a Su l exis te um arco cego, que da r i a acesso ao c laus t ro do convento , ass im com a toda a vo l ta do ed i f íc io são v is íve is res tos de es t ru t uras e t ampas de sepu l t ura . No in t er i o r exis te a inda uma p ia bapt ismal e a lgumas pedras s ig ladas , que i nd icam a ances t ra l idade da i g re ja .

NOTA: Propo r c lass i f i cação pa ra s a lvaguarda r ru ínas do ant igo convento medieva l .

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1 5 . M e s s e g ã e s

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O r a t ó r i o d o S e n h o r d o s P a s s o s 0 5 7 Messegães.

Este e lemento enquadra -se em meio ru ra l , na per i fe r i a do ag lomerado, i n teg rando-s e ha rmoniosamente ao l ongo da EN Monção – Melgaço, j un to ao c ruzamento que dá acesso à Igre j a da Miser ic órd ia de Va lada res .

Tra ta -se de um ora t ór i o cu ja época de cons t rução remonta ao séc . XVI I I , e que per tence à arqu i tec tu ra ba r roca.

A cober tu ra é de madei ra , com te lhado de duas águas , apresent ando p i las t ras nos cunha is e remate em f rontão de lanços , sobrepu jado po r p inácu los e c ruz, sobre ac ro té r io , ao cent ro . Possu i vão insc r i t o em moldura recor tada e com remate, igua lmente , recor tado, t endo a pedra de fec ho, sa l ien te , emoldurada e deco rada com mot ivo geomét r i co , sob repu jada po r pa lmeta es t i l i zada, re l evada.

O pa rape i t o é sa l ien te , envo l v ido po r g radeamento metá l i co , com ca i xa de esmolas embut ida com tampa metá l i ca , sendo cer rado por j ane la env id raçada.

O in te r i o r é rebocado e c a iado, a lbe rgando imagem de g randes d imensões , em madei ra , do Senhor dos Passos .

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I g r e j a P a r o q u i a l 0 5 8

Messegães. Cachada.

Este imóve l per t ence ao sécu lo XVI I / XVI I I carac ter iza -se po r p lant a long i tud ina l com cober t ura em te lhado de duas águas .

Possu i f rontão t r i angu lar que te rm ina com do is p inácu los e é enc imado por um c ruz s imples , no cent ro do f rontão exis te um n icho com uma imagem em gran i to de S . Migue l Arcan jo .

Por ta l ún ico emoldu rado, ornado com e lementos ba r roc os , com f rontão sem i -curvo in te r rompido por um ócu lo com a forma de c ruz ou t revo. Tem do is jane lões b ise lados a ladear a po r ta . As paredes são em a lvenar i a rebocada a branco pa ra rea lçar os e lementos deco ra t i vos a t rás desc r i tos .

Em c ima, no e ixo do po r ta l de f ine -se n icho em aber tura de arc o p leno.

Fo i - l he ac rescentada pos ter io rmente a to r re s ine i ra , co locada com l ige i ro recuo à esquerda da fachada pr i nc ipa l , que possu i p i las t ras nos ângu los , do is reg is tos tendo no super io r uma jane la em cada face, emoldurada e de a rco p leno, c imalha com corn i ja , ângu los sobrepos tos por p inácu los e cober tu ra em coruchéu p i ram ida l .

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1 6 . M o n ç ã o

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C a s t e l o / F o r t a l e z a d e M o n ç ã o 0 5 9

Monção.

Protecção - MN, Dec . 16-06-1910, DG 136 de 23 Junho 1910.

Es te e lemento , tem enquadramento u rbano, envo l vendo o núc leo urbano mais ant igo da v i la de Monç ão, na o r la r i be i r i nha f ronte i ra com Espanha. Quase todo o c i rcu i to de mura lhas es tá cober t o por arbus tos e veget ação ras te i ra , com a lguns t roç os desmoronados e com os ba lua r tes pequenos a jard inados .

Tra ta -se de um t roço de mura lha medieva l f ront e i r i ça , de p lanta c i rcu la r , in tegrado e envo l v ido por f o r t a leza de t i po Vauban, de p lant a i r regu lar , que se inser i a na l i nha defens iva es t ra teg icamente co locada na margem do Rio Minho e ao l ongo da Cos ta A t lân t i ca .

Faz par t e da A rqu i t ec tura m i l i t a r , gó t i ca e bar roca.

É uma For ta leza de p lanta po l igona l fo rmada por onze ba luar tes de d i fe rentes d imensões e co loc ados ass imet r i camente , com mura lhas rasgadas em quat ro t roços , pe lo c am inho-de - fe r ro e es t radas . Os muros def inem-se em ta lude, cor r idos em toda a sua extensão po r moldura curva enc imada po r parape i to , in ter rompido nos cunha is por gua r i tas facetadas . Os ba luar t es de Nossa Senhora da Guia , do Sout o ou Cas tanhe i ros , Senhora Conce ição, São Bento , São F i l i pe de Nery são to ta l ou parc i a lmente envo l v idos po r fa lsas bragas , rasgadas po r canhoei ras , fo rmando uma l inha defens i va mais ba i xa . Conse rvam-se a inda duas por t as : a de Sa lvate r ra e a do Rosa l . A pr imei ra , i n ic ia lmente com pont e levad iça, abre-se na face la tera l do ba lua r te de Sa l vat er ra , com arco p leno sobre pés -d i re i t os enquadrada po r p i las t ras apo iando f ront ão cu rvo, com armas de Por tuga l no t ímpano. In te r io rmente é enc imada po r adarve. A segunda, ab re -se na mura lha ent re o ba lua r te da Senhora da Guia e o de Te r ra Nova, de arco p leno, com uma longa abóbada ladeada por f res te i ras , e dup la por ta . In te r i o rmente t em cont ra f or tes , ent radas pa ra casamata e do is túne is de ac esso à fa lsa braga; exte r io rmente é enc imada po r guar i t a . Nas suas imediações f i ca o pa io l , de p lanta rec tangu la r , cober t ura de la jes , rodeada po r a l to muro com po r ta l de a rco p leno. A nor te , a fo r ta l eza in tegra t roços do ant igo cas te lo , com a lçado ve r t i ca l , sobrepu jado po r moldu ra e pa rape i to , conservando o que f i ca ent re o ba luar te de São Lu ís e o de São F i l ipe de Nery.

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C a p e l a d e S . S e b a s t i ã o , n a I g r e j a M a t r i z 0 6 0

Monção.

P ro tecção – I IP , Dec . N. º 33 587, DG 63, de 27/03/1944

A ig re ja mat r i z enquadra-se no ambiente urbano do núc leo medieva l de Monção, j un to ao hosp i ta l da Mise r i córd ia , es tá vo l t ada a um dos e i xos pr inc ipa is des te núc leo e rodeada po r rue las t ransve rsa is , de ca r iz medieva l .

Ed i f íc io re l ig i oso mandado cons t ru i r no re i nado de D. D in is com por t a l de rem in iscênc ias a inda românicas so f reu vá r ias t rans fo rmações e ac rescen tos de es t i los pos te r i o res .

Tra ta -se de um ed i f íc io do séc . XVI I I , que tem in f luênc ias da Arqu i t ec tura re l ig i osa, gót i ca , manuel ina , manei r i s ta e ba r roca.

Possu i p l anta long i tud ina l , compos ta po r nave ún ic a e cape la -mor , rec tangu lares , com sac r is t ias , cape las e anexos , quadrangu la res e rec tangu la res , adoçados . Os vo lumes são esca lonados , com cober turas d i fe renc iadas em te lhados de uma, duas , t rês e quat ro águas . As fachadas são em apare lho regu la r de gran i to , c om f iadas ps eudo- isódomas , rebocadas e ca iadas , perco r r idas po r uma corn i ja sa l i en te , com p i l as t ras nos cunha is sobrepu jadas por p inácu los , e c ruz sobre ac ro té r i o nas empenas . A fachada pr i nc ipa l possu i empena, c om por ta l de arco p leno, de t rês arqu i vo l t as sobre t rês pares de co lunas , ladeado por j ane las quadr i l obadas , e enc imado por amplo ócu lo c i rcu lar , emoldurado, sobrepu jado po r gárgu la . A tor re s ine i ra é de quat ro reg is tos , sobrepu jada por c oruc héu , rematada po r c ruz e ca ta-vent o em fer ro . Na f achada Nor t e , des taca-se a Capela de São Sebas t ião , com cont ra fo r tes nos cunha is , sobrepu jados por gárgu las zoomór f i cas e p inácu los , sendo rematada por p la t ibanda rend i lhada, sob re corn i j a decorada com bo leados . O in ter io r é rebocado e ca iado com lambr i l de azu le jo de pad rão azu l , amare lo e branco.

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C a s a d e R o d a s 0 6 1

Monção. Rodas

Protecção- I IP , Dec . n . º 1 / 86, DR 2 de 03 Jane i ro 1986.

Es te ed i f íc i o tem enquadramento rura l , e es tá i so l ado .

E rgue-se numa qu in ta de produção v i n íco la e no fundo de um largo te r re i ro re lvado f echado por a l tos ced ros .

T ra ta -se de um so lar bar roco de l ong i tud ina l in tegrando cape la no f ront i sp íc io .

Possu i p lanta rec tangu lar compos ta , in t eg rando cape la , sens ive lmente avançada no ext remo esquerdo e co rpo perpend icu lar no d i re i t o . Os vo lumes es tão ar t i c u lados e a cober t ura é d i fe renc iada com te lhados de 2 águas . O f ront i sp íc io tem corpo cen t ra l de 2 p isos , o 1º rasgado por 2 jane las quadrangu la res , 3 po r tas de verga rec ta e 2 em arc o p leno; a do cent ro cons t i tu i a ent rada p r inc i pa l , sendo enc imada por pedra d ' armas , que se es tende pe lo t ímpano, de f rontão t r iangu lar , o qua l in ter rompe a l inha dos te l hados e é ladeado por p inácu los . O 2 º p is o tem fenes t ração i r regu la r , com jane las de pe i to r i l e de sac ada com moldura cu rva.

Junto à cape la , e rgue -se pequena s i ne i ra .

O corpo pe rpend icu la r t em também 2 p isos , e uma varanda cor r i da no 2 º .

A Capela t em cunha is de cantar ia e te rm ina em empena com c ruz e p inácu los la te ra is . Ne la ab re-s e po r ta l com moldura de cantar i a e corn i ja ondu lada ent re 2 f res tas de moldura reco r tada e sob ócu lo quadr i l obado.

No i n te r io r exis te um coro -a l to , com pú lp i to quadrado e re tábu lo , de t a lha, ladeado por 2 por tas - uma adaptada a confess ioná r i o - com f ront a le i ra e enc imado por ped ra d 'a rmas .

O tec to é de madei ra p in t ado com Nossa Senhora da Assunção ao cent ro da es t ru t ura arqu i tec tón ica em t rompe l 'oe i l .

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I g r e j a e C o n v e n t o d e S a n t o A n t ó n i o d o s C a p u c h o s 0 6 2 e 0 6 3

Monção. Protecção – I IP , Dec . N. º 1 /86, DR 2 de 03 Jane i ro 1986, e Pro tecção – Em v ias de c l ass i f i cação com despacho de abe r tura de 12/10/2004

À Igre j a , é adoçado o Convento dos Capuchos , implantado no ext remo Es te da Praça de Monção, nas prox im idades dos ant igos Quar té is , em ampla esp lanada sobrance i ra ao Rio Minho; t em adro f ront e i ro à fachada pr inc ipa l pontuado po r cedros e vedado po r muro com gradeamento e por t ão em fer ro fo r jado, enquadrado po r p i la res sobrepu jados por p i nácu los , ao qua l se ac ede po r ampla escadar ia , pét rea, de do is lanç os , tendo pa rape i t o do pat amar coroado por p inácu los . T ra ta -se de um ed i f íc io compos to po r do is corpos , convento e ig re ja , datados do sécu lo XVI I , per tencentes à arqu i tec tu ra manei r i s ta , os qua is so f reram uma sér i e de a l t e rações ent re os sécu los XVI I I e XX.

A p lanta da Igre ja é long i tud ina l compos ta po r nár tex, nave ún ica e c ape la-mor , rec tangu la res , com s ine i ra , sac r is t ias e anexo, rec tangu la r adoçado a Oes te , e anexo, rec tangu la r , adoçado a Es te . Os vo lumes são esca lonados , com cober t uras d i fe renc iadas em te lhados de duas e uma água. As fachadas são rebocadas e ca iadas , perco r r idas po r co rn i ja sa l ien te , c om p i las t ras a lmofadadas nos cunha is , coroadas , na fachada pr i nc ipa l e na pos ter io r , por vasos e c ruzes sob re ac ro tér io no remate das empenas . A fachada p r inc i pa l é v i rada a Nor t e , com lambr i l de azu le j os de pad rão po l i c romo e term inada em empena de remate reco r t ado. Possu i po r ta l p r i nc ipa l , de arco abat i do, emoldu rado, sobrepu jado po r jane lão recor t ado, ent re do is n ichos de moldu ra também recor tada, e jane lão e l ipso ida l , emoldurado. O pano de s ine i ra é rasgado por po r t a de verga rec ta no 1º p iso e j ane la quadrangu la r no 2º , enc imado po r vent ana de arco p leno, c om s ino de meta l , sobrepu jada po r corn i j a , coroada po r p i nác u los e c ruz e cat a-vento , ao cent ro .

Os a lçados l a te ra is s ão des igua is , sendo v is íve l o esca lonamento dos co rpos , rasgados por jane las rec tangu la res , na nave e cape la -mor . O a lçado pos te r io r tem aber tu ras rec tangu lares , ho r i zont a is , nas sac r is t ias e anexo. No nár t ex, exis te um po r ta l de verga rec ta enc imado po r n icho de moldura reco r tada com imagem.

O convento t em do is p isos com p lanta em U, d ispos tos em redo r de um c laus t ro quadrangu lar . Os vo lumes são ar t i cu lados , com cober t uras d i fe renc iadas em te lhados de duas e t rês águas . As fachadas são rebocadas e ca iadas , pe rco r r i das por co rn i j a sa l ien te , com p i las t ras nos cunha is . A f achada pr i nc ipa l é v i rada a Oes te , rasgada po r por t as de ve rga rec ta , no 1 º p iso , e marcada po r escadar i a de do is lanç os , com patamar a lpendrado, de acesso ao 2 º p iso , onde se desenvo l ve , i r regu la rmente , uma sequênc ia de jane las quadrangu la res de pe i to r i l e jane las de sacada, com bases rec tangu la res de pedra e guardas de fer ro , l adeando va randa env idraçada, supor t ada em t rês p i la res , em cu jo enf iamento se desenvo l ve, ao n íve l do te lhado, ampla cham iné.

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I g r e j a e C a s a d o C o n s i s t ó r i o d a M i s e r i c ó r d i a d e M o n ç ã o 0 6 4

Monção.

Protecção- Inc lu ído na Zona de Pro t ecção do Cas te lo de Monção ( v . 1604170001 ) .

Este ed i f íc io enquadra -se no cent ro urbano, ext ra -muros da v i la amura lhada med ieva l , implantado em pos ição sobre levada f ace ao ar ruamento que a def i ne la tera lmente , num adro pav imentado a cubo de gran i to enquadrado por gu ias também em gran i to . Tem f ron tar ia v i rada para la rgo la j eado e a j ard inado e a f achada l a tera l esquerda, tem pequeno ja rd im , fechado po r muro e por t ão. T ra ta -se de uma Igre ja que começou a ser c ons t ru ída no séc . séc . XVI I , cont inuando a s of re r a l te rações du rante os sécu los XVI I I e XI X, pe lo que, observamos in f luênc ias do es t i lo arqu i t ec tón ico manei r i s ta , ba r roco e neoc láss ico . Ig re j a de p lanta long i tud ina l compos ta , por nave ún i ca e cape la -mor rec tangu la r , mais ba i xa e es t re i ta , com Casa do Cons is tór i o rec tangu la r , de vo lume s imples e com 2 p isos separados por f r i so , adoçada à fachada a Oes te . Vo lumes esca lonados , com cober turas d i fe renc iadas em te lhados de 2 águas na ig re ja e 3 no cons is tór i o . As fachadas são rebocadas e ca iadas , pe rco r r i das por embasamento avançado e corn i ja sa l i en te , com p i las t ras nos cunha is , sobrepu jados por bo las sobre p l i n tos , e c ruzes sob re ac ro t ér i o nas empenas . A fachada pr i nc ipa l é v i rada a Nor te com entab lamento metopado, sobrepos to por f ront ão t r i angu lar , vazado no t ímpano por ócu lo c i rcu la r , com contorno re levado. Possu i po r ta l em arc o de vo l t a in te i ra , assente em cap i té is toscanos , ladeado po r dup las p i las t ras jón icas que supor t am um f rontão de vo lu tas in t er rompido po r edícu la ; es ta tem arco de vo l t a in te i ra de remate in te r io r concheado, enquadrada por moldura def in ida po r p i l as t ras com cap i té is toscanos supor t ando f ront ão cu rvo, a lbergando imagem de Nossa Senhora da Mis er icó rd ia . Lade iam a edícu la do is ócu los e l íp t i cos , de cont orno re levado. A fachada Nor te é rasgada na nave po r t rês jane lões rec tangu la res e por ta l de ve rga rec ta , com f rontão in te r rompido po r ca r te la cent ra l com a data 1693, e do is j ane lões rec tangu lares na cape la -mor . A fachada Su l tem do is jane lões rec tangu lares na nave e duas abe r turas i dênt icas na cape la -mor .

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C a s a d o C u r r o / C a s a d o T e r r e i r o 0 6 5

Monção.

P ro tecção - Inc lu ído na Zona de Pro tecção do Cas te lo de Monção ( v . 1604170001 ) .

Enquadramento u rbano, f lanqueado. S i tua -se na praça pr i nc ipa l da v i la , abr i ndo a fachada pr i nc ipa l d i rec tamente para a rua. O p iso dos passe ios é em la jeado e a v i a , em para le l o de g ran i to . O cent ro da p raça é ocupado po r uma p laca a rbor izada, pav imen tada com ca lçada à por tuguesa e pequeno j a rd im . T ra ta -se de um Palác io u rbano do séc . XVI I , que segue a t rad ição da casa - tor re , e que pe r tenc e à Arqu i tec tura c iv i l res idenc ia l , bar roca. Ed i f íc io de p l ant a rec tangu la r , compos ta po r 1 corpo cent ra l de 3 p isos e 2 corpos la te ra is com 2 p i sos . Vo lumes ar t i cu l ados com cober t uras d i fe renc iadas de 4 águas . Possu i f ront i sp íc i o v i rado a Es te , r i tmado por p i las t ras , sobrepos tas por gá rgu las de canhão, que marcam os corpos e formam os cunha is , com embasamento e p isos separados por f r i so . Esquema de fenes t ração regu lar e s imét r i co , de vãos sobrepos tos , tendo no 1 º p iso , nos corpos la t era is do is po r ta i s de ve rga rec ta enc imados po r corn i ja , os dos ext remos mais la rgos , e no cent ra l , po r t a l de igua l desenho ent re do is jane los rec tangu la res ; no 2º p iso rasgam-se, nos corpos la tera is , uma jane la de gu i lho t i na e uma de sacada, com ba lcão sob re m ísu la e ba laus t rada de fe r ro , ambas com molduras enc imadas por corn i ja e f ront ão cu rvo de vo lu tas in te r rompido po r bo la ; no corpo cent ra l , duas jane las de sacada, igua i s , enquadram pedra d ’a rmas enc imada por corn i j a e f ront ão cu rvo. No 3 º p iso , no corpo cent ra l , duas jane las de gu i lho t i na enc imadas por corn i j a e f ront ão cu rvo de vo lu tas . O por t a l p r inc i pa l é co locado ax ia lmente , acedendo ao á t r i o cent ra l in t er i o r . Es te ed i f íc io é marcado pe la ho r i zonta l i dade que é in ter rompida pe lo co rpo c ent ra l de 3 p isos , func ionando como tor re , def in ido por p i las t ras , e com fenes t ração regu la r e s imét r i ca em torno de um e i xo formado pe lo por t a l e ped ra d ’a rmas . A s impl ic idade das abe r tu ras do 1º p iso cont ras ta com a opu lênc ia dos f ront ões que enc imam as jane las dos p isos super i ores , de l i ge i ro requebro, e da ped ra de armas . No in ter i o r , des taque para a escadar ia com cor r imão term inado em car ranc a.

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H o s p i t a l d a M i s e r i c ó r d i a d e M o n ç ã o 0 6 6

Monção. Este ed i f íc i o enquadra-se no cent ro u rbano de Monção, i so lado jun t o ao r io . S i t ua-se sobre a esp lanada das for t i f i cações se iscent is tas , sobrance i ro ao r i o Minho, jun to à Ig re ja Mat r i z de Monção e do pano de mura lha que segue em d i recção à Ig re j a das Caldas . S i tua-se no l uga r onde exis t iu o ant i go convento dos Congregados , u t i l i zado ma is ta rde como hosp i ta l , do qua l a inda mantém a t ipo log ia arqu i tec tón ic a , com aber turas regu la res fo rmando a lçados s imét r i cos de acent uada ve r t i ca l idade, remodelação es ta datada da 1ª década do séc . XX. Ed i f íc io de p l anta em L compos ta po r do is c orpos rec tangu lares , co locados perpend icu larmente ent re s i e rodeando um espaço a jard inado. Corpos de vo lume s imples e cober tu ra em te lhados de 2 e 4 águas . Corpo pr i nc ipa l com a lçados p i n tados de co r oc re , de 2 p i sos e bande i ra super i or , separados por f r i so , com embasamento e cunha is em cantar i a e te rm inados em corn i j a . A fac hada pr i nc ipa l f i ca v i rada a Oes te , com por ta l ax ia l de ve rga rec ta , sob repu jado por jane la de sacada de verga convexa, enc imada por bande i ra em sem ic í rcu lo enquadrada po r pano em canta r ia coroado po r es cudo, abr indo para varand im , sobre m ísu las , em gran i to ; lade iam es te e i xo , no 1 º p iso , 2 jane las , emoldu radas , de ve rga rec ta e , no 2º p iso , 2 jane lões , d i v id idos ve r t i ca lmente , com ca i xi l har ia re t i c u lada e bande i ras rec tangu lares . A fachada la te ra l Nor t e tem fenes t ração regu la r e s imét r i ca , t endo no 1º p iso jane las emolduradas , de ve rga rec ta , in te rca lando duas po r tas de ve rga rec ta e , ao cent ro , por t a l de verga rec ta com moldura cane lada; no 2 º p i so ab rem-se jane las a longadas com ca ix i lhar i a re t i cu l ada e bande i ra rec tangu la r super i or e , ao cent ro , j ane lão de s acada, de ca i x i lhar i a re t i c u lada e varand im , sobre m ísu las , em gran i to , com bande i ra de ve rga convexa. A fachada Es te é cons t i tu ída por 2 panos , com por tas de verga rec ta e jane las s imples no 1º p i so , e jane las a longadas e com ca i xi lha r ia re t i cu lada no 2º , enc imadas po r bande i ra rec tangu la r , a cent ra l de ve rga abat i da. A out ra a l a do L , é um corpo do ant igo convento de Nér is , tem a fachada es te de 2 p isos , tendo no 1º por t a de ve rga rec ta , ladeada po r 5 j ane las , de verga rec ta , de cada l ado e no 2º p iso , j ane las de ve rga rec ta com as bases de pequenos ba lcões já sem ba laus t rada. V i radas para o espaço a ja rd i nado, a fachada su l do corpo pr i nc ipa l t em fenes t ração regu la r de t ipo log ia semelhant e à exis tente na fachada Nor te . O ant i go convento tem a fachada v i rada a Oes te , com fenes t ração i r regu la r , marcado por um grande vão aber t o , cor respondendo a um át r io precedendo a por t a p r inc ipa l .

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F o n t e d a V i l a 0 6 7

Monção.

A fonte da v i la encont ra -se i so lada j un to da aven ida das Ca ldas e o ac esso ao f ontaná r io p rocessa-se po r uma la rga escadar ia de t rês lanç os de deg raus , in terca lados po r amplos patamares , conduz indo a á t r io murado e l a jeado, com bancos pét reos co locados la tera lmente .

T ra ta -se de um Marco h is tór ico -cu l tu ra l do séc u lo XVI , que per t ence à A rqu i tec tura c iv i l de equ ipamento , de es t i l o manuel i no

Possu i p lanta quadrangu lar , em cantar ia , com cober tu ra pét rea em te lhado de quat ro águas , com remate em peça pr ismát ica co locada sobre o vé r t i ce .

Os a lçados são perc o r r i dos po r uma corn i j a sa l ien t e , sobrepondo-se ao f r i so que perco r re todas as fac hadas e que os tenta insc r ições re feren te à sua ed i f i cação e reed i f i cação. A par t e super io r da corn i ja apresenta , em duas fachadas , uma ca le i ra escavada, com or i f íc io para escoamento de águas p luv ia is . A fachada p r inc ipa l es tá enquadrada por p i las t ras toscanas , apresent ando no terço super io r , nos ext remos la tera is , uma coroa rea l aber ta s obre escudo nac iona l e uma es fera arm i la r , enquadrando, na base, t rês b icas car rancas . Sob as b icas ex is te um pequeno tanque, reba i xado, de p l anta rec tangu lar . As res tantes fachadas são l i sas .

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C h a f a r i z d a D a n a i d e 0 6 8

Monção. É uma fonte de f ina is do sécu lo XI X, s i tuada no luga r onde out rora se encont rava a c ape la medieva l da N. S r . ª do Lo re t o . No cent ro da font e ex is te es tá tua em pedra com a Danaide e escudo da v i la , onde es tá a hero ína da v i la Deu- l a-Deu Mar t i ns .

Possu i um tanque c i rcu la r , no in ter io r do qua l se e leva uma base pr ismát ica , enc imada po r peça quadrangu lar em cu jos lados se insc revem meios c í rcu los , sendo duas taças . Sobre es ta implanta-se co luna de p l in to p r ismát ico , emoldurado, com a lmofadas em re levo, rematado super i ormente po r concha, em pos ição cent ra l , de onde jo r ra a água pa ra o tanque. A base, pr i smát ica , de lados côncavos , sus tenta o fus te , também pr ismát ico , os tentando nas faces anter io r e pos ter i o r , car te las , sendo a ante r io r envo lv ida por pa lmas , com o cent ro preench ido por moldu ra ova l com a insc r ição "DEU LA DEU MARTINS" e a data de 1369, e o in t er i o r decorado com o bus to da Deu- la -Deu sobre as po r tas da V i l a de Monção.

O cap i t e l , f i t omór f i co , envo lve a base que supor ta a es tá tua da Danaide, t ra jando tún ica , a mão d i re i ta sobre o pe i t o e a esquerda segurando a pene i ra , tendo aos pés a insc r ição ident i f i ca t i va da pers onagem.

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E d i f í c i o d a s C a l d a s 0 6 9

Monção. Enquadramento u rbano, i s o lado, jun t o ao r io .

T ra ta -se de um ed i f íc i o do séc . XX, de massas s imples e sóbr ias .

É compos to por vo lumes d i fe renc iados , des tacando-s e uma tor re de quat ro reg is tos , que acentua a ve r t i ca l i dade do con junto , à qua l se adoç a um out ro co rpo fo r te e robus to .

Os a lçados , são def in idos po r paredes rebocadas e p in t adas de branco, onde se insc reve um esquema de fenes t ração regu lar , de abe r tu ras s imples .

Tem acesso d i rec to ao j a rd im por por t a s i tuada ao n íve l do 3 º p iso e ponte em c imento , com decoração românt ica .

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“ S o u t o d ’ e l R e i ” 0 7 0

Monção. Enquadramento urbano, def in i ndo f rente u rbana de v i a no in ter io r da fo r ta l eza de Monção, no ext remo da p raça pr inc i pa l .

T ra ta -se de um ed i f íc i o do séc . XI X, que se insere na Arqu i t ec tura Ci v i l Popu lar , e que se encont ra bas tante deg radado.

Vo lume de do is p isos e p l anta regu la r , que possu i p i las t ras nos cunha is e co rn i ja .

A fachada p r inc ipa l d i v ide -se em c inco vãos no rés -do -chão, e quat ro no p r imei ro andar .

As aber t uras são s imples de ve rga rec ta , com ca i x i lhar i as em madei ra , e de gu i lho t ina , ao n íve l do segundo p iso , as por tadas tem acesso a varand ins com bases em gran i to e gradeamentos em fer ro .

As paredes são em a lvenar ia rebocadas e p i n tadas de branco.

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1 7 . M o r e i r a

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C a t e l i n h a 0 7 1

Moreira. Catelinha

No lugar da Cate l inha foram encont radas , aquando à rea l i zação de obras no loca l , uma sér ie de ob jec tos em bronze. Des te tesouro , segundo Maia Marques , faz iam pa r te dezo i t o machados de ta lão e dup lo ane l , uma f íbu la em sanguessuga, uma f íbu la ane lar , uma f íbu la de l ongo t ravessão, do is arcos de f íbu la t i po Santa Luz ia e vár ios f ragmentos de ob jec tos indeterm inados , também em bronze.

Normalmente es tes s í t i os são denom inados como esconder i j os de fund ido res , t íp ic os da Pré -h is tó r ia recente , ou se ja , são luga res onde os ar tes ãos de i xar i am os seus have res esc ond idos por ques tões de fac i l i dade de mobi l idade e também de roubo. Ass im , de i xa r iam esses ob jec tos ou mesmo meta l em bru to , pa ra t raba lhar e comerc ia l i za r , mais ta rde, com as povoações v iz inhas .

Es te esconder i j o te rá s ido encont rado aquando da c ons t rução de uma hab i tação, a inda ho je exis tente .

O parade i ro des te tesou ro é desconhec ido, havendo apenas re fe rênc ias à sua ex is tênc ia e loca l onde fo i encont rado.

Segundo Maia Marques , no seu i nventá r io a rqueo lóg ico do conce lho rea l i zado nos anos 1980, fo ram também encont rados se i xos a fe içoados nos t er raços a luv ia is , da tados do pe r íodo pa leo l í t i co .

O u t e i r o d a T o r r e 0 7 2

Moreira.

No luga r de Oute i ro da Tor re , f regues ia de More i ra , exis te uma pequena e levação, com as coordenadas 42º01´04 ´ ´ e 08º29´13 ´ ´ , cu jas carac ter ís t i cas topográf i cas levam a supor a exis tênc ia de um cas t ro agr íco la nesse l oca l , aparecendo no i nvent ár i o de Maia Marques como ta l

O uso do so lo é f lo res ta l .

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1 8 . P a r a d a

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M a n e t a 0 7 3

Parada.

Durant e os t raba lhos de l evant amento toponím ico fo i encont rado o topón imo Cras to na f regues ia de Parada, ho je c hamado de Maneta , com as segu in tes coordenadas : 42 º00 ’ ’55 ’ ’ e 08 º27 ’33 ’ ’ . Es te é um morro que se des taca da pa isagem pe la sua v is ib i l i dade e loca l i zação em re l ação ao r io Gadanha e aos acessos ao in te r io r , com exc e lente v is ib i l i dade para a Cos ta do Mendoi ro e , a Nor t e , Cambeses .

Dev ido à densa f l o res tação ras te i ra não é poss íve l enc ont ra r ves t íg ios ind icadores de ocupação, embora tenha cond ições exce lentes para uma ocupação da Idade do Fe r ro , pe lo que necess i ta a tenção em termos de cons t ruções .

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1 9 . P i a s

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C r u z e i r o d a S e n h o r a d a P i e d a d e 0 7 4

Pias. Este c ruze i ro loca l i za-se na per i fe r ia da a lde ia , jun to do cem i tér io paroqu ia l , em face da es t rada que conduz à Igre j a Paroqu ia l no ent roncament o com um cam inho ve lho em ca lçada.

Tra ta -se de um c ruze i ro do sécu lo XI X, que se def i ne com soco cons t i tu ído por t rês degraus quadrados sob re o qua l assenta um p l in to pa ra le lep ipéd ico, monol í t i co , tendo uma cav idade para enca i xe do fus te . O fus te , monol í t i co de secção quadrangu la r com chanf ros , l i so , é enc imado por um cap i te l t oscano, que apresent a nos seus la te ra is s ímbolos , em ba i xo- re l evo, a lus i vos à Pa i xão de Cr is to . A c ruz la t i na de secção quadrangu la r , assenta sob re uma base também quadrangu lar . De um lado, a rep resentação escu l tó r i ca do Senhor na Cruz e , no l ado opos to , Nossa Senhora da P iedade t ra j ando um manto e es tando envo l ta num rosár i o , sus tentando o Men ino nos b raços e es tando co locada sob re um querub im . Aos pés do Senhor encont ra -se uma ro ldana, ún ico e lemento remanescent e do s is tema de e levação da cande ia para o aze i te das promessas .

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12 . pa t r imón io a r qu i t e c t ón i co e a rqueo lóg i co | 3 . ª F ase | p la no d i r e c t o r mun i c i p a l de monção |

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I g r e j a 0 7 5

Pias. Barreiro. Enquadramento rura l , i so l ada, des tacada, envo l v ida po r muro com gradeamento em fer ro .

Es te imóve l per tence ao sécu lo XVI I / XVI I I , e i nsere -se na Arqu i t ec tura Rel ig ios a Bar roca e Neoc láss ica .

Carac ter i za-se po r p l ant a long i tud ina l compos ta por nave, cape la -mor e sac r is t ia , vo lumet r i camente d is t i n tos , com cober t uras d i fe renc iadas em te lhados de duas e t rês águas .

A fachada pr i nc ipa l é s imét r i ca , com f rontão t r iangu lar enc imado por uma c ruz, com um ócu lo cent ra l ; do is ócu los decorados ao es t i lo ba r roco sob re a po r ta , também bas tante dec orada, com um n icho cent ra l ; jane lões la tera is b ise lados .

Foram ac rescentadas duas tor res s ine i ras quadrangu la res com cober t uras p i ram ida is , co locada uma em cada dos do is ext remos da fachada pr inc ipa l (uma s ine i ra out ra ac tua lmente com re l óg io ) , com p i l as t ras nos ângu los coroadas por p inácu los com remate em es fera , t rês reg is tos tendo numa de las , no reg is to super io r uma moldura em cada face, emoldurada e de arco p leno, c imalha com corn i ja , e cober t ura em coruchéu p i ram ida l .

Num dos a lçados la te ra is es tá enta i pado um grande pó r t i co de vo l t a pe r fe i ta enc imado po r jane lão ao gos to do sécu lo XVI I I .

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C a p e l a d a S e n h o r a d a L a p a 0 7 6

Pias. Lapa.

Enquadramento urbano, i so lada. Antecede- lhe ad ro envo l v ido por muro com gradeamento em fer ro .

Capela do sécu lo XVI / XV I I , com a lguns e l ementos de or i gem medieva l (como exemplo os arcos ) dos a lçados l a tera is .

P lanta l ong i tud ina l compos ta por vo lume ún ico com cober tura em te lhado de duas águas .

Fachadas em canta r ia aparente , de apa re lho isódomo, com cunhais f i rmados , e p i l as t ras sobrepu jados por p i nácu los de remate em es fera . Fac hada p r inc ipa l com f rontão e jane la b ise lada a enc imar a po r t a , vãos es tes rasgados em e ixo , com por t a l ún ic o de verga rec ta e po r tada em madei ra , sobrepu jado por aber t ura s imples emoldurada que in t ersec t a a c orn i ja in ter rompendo-a.

A empena é coroada com cruz.

Do lado esquerdo e rgue -se campanár i o de do is reg is tos , ao qua l se acede po r meio de escadas exte r io res , co roado po r p inácu los semelhantes aos da fachada p r inc i pa l mas de d imensão mais pequena.

Numa das fachadas l a te ra i s exis te um n icho c om uma es tá tua em pedra da N. Sr . ª da Lapa.

Em vo l ta da cape la , espec ia lmente no ad ro exis t em inúmeras tampas de sepu l tura , a l gumas das qua is servem, ac tua lmente , de cante i ro .

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2 0 . P i n h e i r o s

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P a l á c i o d a B r e j o e i r a 0 7 7

Pinheiros. Brejoeira.

Protecção – MN, Dec . 16 -06-1910, DG 136 de 23 Junho 1910.

Cons iderado um dos mais imponentes so la res do Nor t e do pa ís , o Pa lác io da Bre joe i ra benef ic ia , a inda, da mata e ja rd ins envo l ventes , que lhe conf e rem um es ta tu to s i ngu lar no campo da arqu i tec tu ra c iv i l por tuguesa. Ed i f i cado no i n íc io do sécu lo XI X e conc lu ído, a i nda que parc i a lmente em re lação ao p ro jec to in ic ia l , apenas 28 anos mais ta rde, es te imóve l reves te-se de espec ia l impor tânc ia po r represent ar "o encont ro ent re do is es t i los - o bar roco e o neoc láss ico" (AZEVEDO, 1969, p . 122 ) . De acordo com as in formações d ispon íve is , e a c rer nas re fe rênc ias de Dora W ordswor th , aquando da sua passagem po r Por tuga l em 1845, a cons t rução des te imóve l te r -se- i a in ic iado em data próx ima de 1806, devendo-se a in ic ia t i va da sua ed i f i cação a Lu ís Pere i ra Ve lho de Moscoso. A ampl i tude e a r ro jo do pro jec to , a l iadas às despesas impl icadas , te rá re ta rdado a sua conc lusão, que se ve r i f i cou, ao que tudo i nd ic a , cerca de 1834. A inda ass im , abandonou-se a p l anta quadrada , com quat ro to r reões e pát io cent ra l , para da r luga r a um pa lác io de p l ant a em L, com duas f achadas e apenas t rês t or reões . Não se sabe quem fo i o autor do p ro jec to , embora o nome do arqu i tec t o braca rense Car los Amaran te sur j a , po r vezes , assoc iado a es te imóve l (AZEVEDO, 1969, p . 121) .

A fachada p r inc ipa l des taca-se pe la monumenta l idade dos seus tor reões la te ra is , com mais um andar , e pe lo corpo cent ra l , mais e levado. O a lçado é abe r t o po r jane las s imét r i cas , de l inguagem bar roca, que ocupam toda a super f íc ie . Remata o con junto a p la t ibanda que perco r re , também, os tor reões , es tes ú l t imos coroados po r u rnas (mo t ivo neoc láss ico) . O corpo cent ra l , mantendo o r i tmo dos vãos (mas com espaçamentos d i fe rentes ent re as jane las ) , é e levado pe la p l a t ibanda, carac ter ís t i ca j á neoc láss ica , ta l como out ros e l ementos que fazem des ta zona cent ra l o cont raponto o i tocent is ta ao gos to ba r roco, presente no reco r te e d ispos ição das molduras das j ane las . Se es tas t inham como ob jec t i vo an imar a fachada, a verdade é que a so lução resu l ta a l go monótona e t rad ic iona l , numa t ipo log ia de fachada longa, com tor res nas ext rem idades , e que acent ua a impor tânc ia do co rpo c ent ra l . Em todo o caso, não de i xa de se r um modelo empregue em compos ições neoc láss icas , como o Pa lác io da A juda ( IDEM, p . 97 ) .

Da mesma forma, podemos entender o a lçado l a te ra l , marcado pe lo f rontão t r i angu lar , ao cent ro , que faz des taca r as jane las de sacada que l he cor respondem.

No i n te r io r , ganha es pec ia l in t eresse a escadar ia de acesso ao andar nobre , bem como a decoração neoc láss ica dos sa lões , conhecendo-se o nome de a lguns dos ar t i s tas que aqu i t raba lharam, bem como do mes t re que os d i r ig iu - Dom ingos Pere i ra , natu ra l de V i l a Nova de Cerve i ra (AZEVEDO, 1969, p . 122 ) .

Já no sécu lo XX, o pa lác io fo i ob jec to de in te rvenç ões , como é o caso dos azu le j os do á t r io , da aut or i a de Jorge P in to , ent re mui tas out ras , que a l te ra ram a espac ia l i dade o r ig i na l . Pos to à venda em has ta púb l i ca em 1901, o imóve l fo i adqu i r ido pe lo

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Conse lhe i ro Pedro Mar ia da Fons eca Araú jo , remontando a es te per íodo o teat ro .

Ac tua lmente , é nos seus ter renos agr íco las que se cu l t i va a cas ta nob re "A l va r inho" , responsáve l pe la p rodução de um dos mais impor tantes v inhos verdes da reg ião.

I g r e j a 0 7 8

Pinheiros. Ponte. Enquadramento ru ra l , i so lada, envo l v ida por muro com pro t ecção em gradeamento de fer ro , que def ine o adro .

Ig re j a do sécu lo XVI I /XVI I I cu j as ob ras recentes descarac ter i za ram a cons t rução, nomeadamente a cober tu ra , com la je em c imento .

Carac ter i za-se po r p lant a long i t ud ina l compos ta po r t rês vo lumes com cober tu ras d i fe renc iadas em te lhado de duas águas .

Fachada p r inc ipa l em a lvenar i a rebocada, com p i las t ras toscanas nos ângu los , empena com corn i ja em ângu lo rec to , p inácu los p i ram ida is sob re os cunha is , e c ruz no vér t i ce .

Por ta l ún ico emoldu rado, enc imado po r jane la rec tangu lar , com moldura de desenho semelhant e ao do por ta l .

A lçados la te ra is com apare lho de pedra à v is ta .

Tor re es t re i ta , co locada com l ige i ro recuo à d i re i ta da fachada pr i nc ipa l , com p i l as t ras nos ângu los , t rês reg is tos , tendo no super io r uma jane la em cada fac e, emoldu rada e de arco p leno, c imalha com corn i ja , ângu los sob repos tos po r p inácu los e cober t ura em coruchéu p i ram ida l .

Ex is tem a lgumas sepu l turas em vo l ta .

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J u n t a d e F r e g u e s i a 0 7 9

Pinheiros. Ponte. Enquadramento rura l , i so lada, resguardada po r muret e em pedra com gradeamento de fe r ro .

Tra ta -se de um ed i f íc io que pe r tence à Arqu i tec tu ra Civ i l Ru ra l , t íp ica do A l to Minho, recuperada para sede da jun t a de f regues ia , mas mantendo as carac ter ís t i cas ge ra is .

A p lanta é i r regu la r , de f in i ndo vo lumes com cober tu ras d i fe renc iadas em te lhados de uma e quat ro águas em te lha canudo.

Possu i do is reg is tos , com varanda em madei ra e acesso ao pr imei ro p iso por escadas exte r io res em gran i to .

Pát io cent ra l descober to e anexos também em gran i to .

A lçados ass imét r i cos , com paredes em apare lho de ped ra apa rente .

P o n t e M e d i e v a l 0 8 0

Pinheiros. Ponte. Ponte em cava le te com arco quebrado que nos ind ica per tence r ao per íodo gót ico , t an to mais que ap resenta a lgumas pedras s ig ladas , também t íp ico do per íodo menc ionado.

Um dos lados do a rco apresent a anomal ias provave lmente provoc adas po r obras de res tau ro da ponte , po is é a inda ho je t rans i táve l e u t i l i zada não só por pessoas mas também car ros .

Apesar d is to enc ont ra-se em bom es tado de conservação e insere-se nos e i xos v i ár i os de l igação de vár i os luga res da f regues ia .

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2 1 . P o d a m e

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C a s t r o d a S e n h o r a d a V i s t a 0 8 1

Podame. Segundo Dr . Maia Marques (MARQUES: 1987) es te povoado poder -se-á cons iderar um dos mais impor tantes povoados for t i f i cados da Cul tu ra Cas t re ja de todo o conce lho, com exce lente v is ib i l i dade pa ra o va le do Mouro, sendo que as ve r tent es sobre es te r io são bas tant e inc l inadas . Es te grande cas t ro , jun t amente com out ros da reg ião, fa r ia par te de um grande complexo de fo r t i f i cações de cont ro l o sob re o r io Mouro.

A lgumas es t ru turas te rão já s ido dan i f i cadas com a cons t rução de todo o equ ipamento de apo io à c ape la e à romar i a , rea l i zada todos os anos em homenagem à Nossa Senhora da V is ta . Sem dúv ida cont inuam soter radas , gua rdando mui to do conhec imento dos nossos ant epassados que a í hab i t aram. No que respe i ta a es t ru tu ras defens i vas , de que são exemplo as mura lhas , Maia Marques aponta pa ra a poss íve l ex is tênc ia de t rês l inhas de mura lha e um fosso, todos es tes e lementos rodeando o monte .

Das p rospecções super f i c ia is e fec tuadas reco lhe ram-se vár i os f ragmentos de cerâm ica cas t re ja , havendo a inda Dr . Maia Marques , em f ina is da déc ada de 1980, reco lh ido f ragmentos de tegu la ( te l ha romana) e de escór i a , bem como p ios e pr isões de gado.

Cons iderando o es pó l i o reco lh ido e a loca l i zação des te povoado, poderemos ac rescentar que o Monte da Senhora da V is ta cor responde em l inhas ge ra is aos t íp icos povoados da Idade do Fer ro do Noroes te Pen insu lar – povoados implantados no c imo de montes , com v is ib i l i dade e defesa sob re a pa isagem envo lvente , mas também de forma a cont ro l ar os cursos de água e as v ias de comunicação mais próx imos .

Ta l como mui tos out ros cas t ros do Nor t e de Por t uga l , o Monte da Nossa Senhora da V is ta f o i sac ra l i zado, a t ravés da implantação de ig re j as e cape las no c imo dos mesmos e cons t ru indo -se toda uma sér ie de es t ru tu ras e in f ra-es t ru t uras de apo io a pereg r inos e romar i as , que a inda ho je pe rs is tem com mui ta fo rça. À semelhança t ambém des tes na ac rópo le f oram cons t ru ídos uma cape la e ed i f íc i os de apo io às romar ias .

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G r a v u r a s R u p e s t r e s d a C h ã d a S o b r e i r a 0 8 2

Podame. A Chã da Sobre i ra é uma vas ta p la ta fo rma de cota sens ive lmente igua l a 380 met ros e de coordenadas aprox imadas : la t i tude – 42º 02 ’ 49 ’ ’ e long i tude – 08º 21 ’ 28 ’ ’ .

Es ta p la ta fo rma abre-se a Nor te e Oes te , fechando-se a Su l para a Cos ta da Gre la e a Es te para o Monte da Lade i ra e o vé r t i ce geodés ico de Quin t enda.

Na chã como nas enc os tas , exis tem mui tos a f lo ramentos gran í t i cos de g rão médio , a lguns dos qua is bas tante expos tos à erosão p rovocada pe lo ven to nor t e .

Após reconhec imento do ter reno, Dr . Maia Marques e sua equ ipa p rocederam à l impeza e deca lque das gravu ras encont radas . Es tas d is t r ibu íam-se por quat ro rochas .

A rocha 1 apresenta um mot ivo lab i r ín t i co com vár ias ram i f i cações em esp i ra l e em pro to - lab i r in to . A nordes te do mot ivo cent ra l , a t rás des c r i to , e l igado a e l e , in i c ia -se uma f igura de c í rcu los concênt r i cos com un iões rad ia is , que se ar t i cu l ar i a com out ro c omplexo, mais a no r te , de cont ornos indef i n idos pe la g rande e rosão eó l i ca sof r i da .

A rocha 2 apresenta t rês grupos d is t in t os , separados po r f i ssuras nat ura is . Nos do i s pr imei ros são pe rcept íve is mot ivos em esp i ra l , l i nhas po l i gona is , cov inhas e um prováve l con junt o de c í rcu los concênt r i cos em cov inha cent ra l peduncu lada. No terce i ro grupo, Maia Marques i dent i f i ca uma das f igu ras com uma cena de equ i tação em que d is t inguem per fe i t amente do is cava le i ros .

A rocha 3 es tá t ambém subd i v id i da em t rês campos . O pr imei ro , a Nor te mos t ra do is c í rcu los concênt r i cos com fosset te cent ra l e a l guns apênd ices s inuosos , bem como uma grande fosset te com cerce de 9 cm de d iâmet ro . Num out ro campo, à esquerda, um grupo de dezanove cov inhas . À d i re i t a um mot ivo m is to de lab i r in tos quadrangu lar e con junto de quat ro c í rcu los concênt r i cos e cov inha cent ra l ; des ta cov inha sa i uma l inha rec ta que se une a uma assoc iação de l inhas s inuos as .

A rocha 4 , exi be um mot ivo pr i nc ipa l , cons t i tu ído po r se is c í rcu los concênt r i cos c om cov inha cent ra l , c or tados por um su lco or i en tado Su l / Nordes te , que va i ent ronca r em out ro c i rcu lo com cov inha cent ra l . Es te mot ivo é acompanhado de va r ias cov inhas iso ladas e out ros c í rcu los concênt r i cos e de um su lco em ângu lo rec to com cov inha te rm ina l .

Es tes con juntos i nserem-se no per íodo do Bronze F ina l , do c í rcu lo dos pet rog l i fos ga la icos , es tações ao ar l i v re , sobre super f íc ies rochosas , sobre t udo em gran i to , g ravados pe lo método l i t os t í t i co (p ico t agens sucess ivas ) .

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2 2 . R i b a d e M o u r o

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B r a n d a d e S a n t o A n t ó n i o d e V a l e d e P o l d r o s 0 8 3

Riba de Mouro. Este ag lomerado desenvo lve-se a meia encos ta , numa chã v i rada a Su l , en t re os 1000 e os 1050 m . , dom inando o va le do Rio Vez. Ex is te nas proxim idades out ros ag lomerados semelhantes , jun tos dos qua is se apresentam os campos agr íco las e á reas de pas to , a ocupar as ve r tent es Su l des t e mac iço montanhoso. Es ta área cons t i tu i -se po r subs t ra to x is toso sendo v is íve is b l ocos er rá t i cos graní t i c os e , em fundo, um va le g lac ia r .

T ra ta -se de uma área res idenc ia l ag r íco la sazona l , que te rá as suas or i gens long ínquas na Idade Média ou j á durant e o Per íodo Moderno. Des ignadas na reg ião por brandas , de pas tore io e cu l t i vo ap rove i tando os pas tos de a l t i t ude da Ser ra da Peneda durante os meses de Verão. Inserem-se num con junto de a lde ias de a l t i t ude que aprove i tam os pas tos da Serra da Peneda. São compos tas por um con junto de ab r igos de fa lsa cúpu la , cons t i tu ídos na sua maior ia por cons t ruções de 2 p is os cons t ru ídos com la jes g raní t i cas . Organ i zam-se ao l ongo de um e i xo p r inc i pa l que des emboca num largo onde se er i g iu um c ruze i ro . O p iso i n fe r io r das cons t ruções , ao n íve l do so lo , é des t inado ao gado. Grandes l a jes g ran í t i cas cons t i tuem o pav imento in t er i o r e es tabe lecem a separação ent re os do i s p isos . No p iso super i or , des t inado a hab i tação, t em luga r , num canto a la re i ra . Em a lguns casos há um pequeno cercado ou pát io f ront e i ro à ent rada.

NOTA: Propo r a execução de um P lano de Pormenor para a Branda ou leg is lação espec ia l quanto à cons t rução, em termos do regu lamento do PDM

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P o n t e d a V e i g a 0 8 4

Riba de Mouro. Junto a es ta ponte c res cem sa lgue i ros , v idoe i ros , f re i xos e carva lhos . Galgam a encos ta de dec l i ve suave v inhas em la tadas e campos de m i lho dom inados pe los cumes da Peneda que se e levam pa ra Su l . As casas mais próx imas são de cons t rução recente e , em a lguns casos , mui to des toante .

Tra ta -se de um equ ipamento do sécu lo XVI I , de f i ne-se como pont e de tabu le i ro ho r i zon ta l e rampa na margem d i re i ta , sobre do is a rcos igua is de vo l ta pe r fe i ta em apare lho de s i lhares de gran i to . Adue las l a rgas e pouco compr idas , com ext rado rso regu la r .

O pegão es tá re forç ado com um ta lhamar de s ecção t r iangu lar e um ta lhante de conto rno quadrangu la r . As gua rdas são de s i lhares de gran i to , a la rgando sob re a margem d i re i ta , e o pav imento de la j es gran í t i cas . A meio do t abu le i ro , do l ado jusante , erguem-se umas a lm inhas com n icho gua rdando um pa ine l p i n tado em fo lha metá l i ca onde f i gu ram des tacados , no p lano super io r , C r is to c ruc i f i cado, São Migue l e Sant o Antón io . O n icho é f lanqueado po r duas p i l as t ras e é enc imado po r corn i j a e peanha do que s er i a uma c ruz ho je om issa. Frente às a lm inhas , para montante , uma pedra com bras ão os tent a insc r ição mui to de l i da e data inscu l tu rada no canto in f er i o r esquerdo: "1634" .

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C a p e l a d a S e n h o r a d a S a ú d e 0 8 5

Riba de Mouro. Portela.

Esta Capela encont ra-se i s o lada em ambiente rura l .

T ra ta -se de um ed i f íc i o do séc . XVI I I , que per t ence à arqu i tec tu ra ba r roca, a j u lga r pe las vo lu tas no f rontão e os jane lões também da fachada p r inc ipa l .

É compos ta por p lant a long i tud ina l do vo lume p r inc ipa l , à qua l se adoça vo lume da sac r i s t ia , com cober tu ras d i fe renc iadas em te lhado de duas águas .

Possu i reg is to ún ico onde se rasga um por ta l com moldura de ve rga convexa e do is n i chos la te ra is , com moldura em arc o p leno.

A fachada pr i nc ipa l é s imét r i ca com empena sobre levada decorada com e lementos de desenho Barroc o, possu indo c ruz no vé r t i ce .

Tem p i las t ras nos cunha is sobrepu jados po r p inácu los .

As paredes são em a lvenar ia rebocada.

Em c ima do po r ta l desenvo lve-se nova aber tu ra com gradeamento de f er ro e mo ldu ra t raba lhada, l adeada por p i las t ras que se envo l vem na p róp r i a moldura .

Corn i j a pe rcor rendo o ed i f í c io .

Foram- lhe ac rescentados vo lumes la tera is e o seu in t er i o r es tá já bas tante descarac ter i zado.

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2 3 . S á

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C a p e l a d e S a n t a E u l á l i a 0 8 6

Sá. Esta Capela , encont ra -se i so lada em meio rura l , in t egrando-se harmoniosamente numa p la ta f orma sob rance i ra à super f íc ie a luv ia l do Rio Minho, em adro murado e ca lce tado f lanqueado pe lo cem i tér i o pa roqu ia l , tendo f ronte i ro , um pequeno la rgo la jeado e a ja rd i nado ao longo da es t rada munic ipa l Va ladares – Sá.

Tra ta -se de um ed i f íc io do sécu lo XVI , que per t ence à Arqu i t ec tura re l ig i osa renascent is ta .

Possu i p lanta l ong i tud ina l , compos ta por nave ún ica e cape la -mor , rec tangu lares , com sac r is t ia , cape la e to r re s i ne i ra adoçados . Vo lumes esca lonados , com cober turas d i fe renc iadas em te lhados de uma e duas águas . Fachadas , em cantar i a de gran i to em f iadas pseudo- isódomas , perco r r idas por corn i j a sa l ien te , c om cunhais sob repu jados po r p i nácu los , e c ruz s obre ac ro té r io nas empenas . A fachada pr i nc ipa l é o r ien tada a Oes te , em empena, com po r ta l de arco p l eno, com chanf ro côncavo decorado por mot ivos veget a l i s tas quadr i fo l iados e ant ropomór f i cos , ap resent ando uma adue la insc r i ta com a data 1534; é enc imado por ócu lo c i rcu la r . A to r re s ine i ra def i ne -se em corpo rec tangu la r , com acesso exte r io r de escada de um lanço, com jane la de a rco p leno rematada por corn i j a sa l ien te , supor t ando c ruz ent re p inácu los .

A fachada Nor te tem jane las rec tangu la res e por t a de a rco p leno, chanf rado, na nave , e jane la rec tangu lar na cape la-mor . A fachada Es te tem po r ta de ve rga rec ta e jane la rec tangu la r , na sac r is t ia , e a fac hada Su l tem jane la rec tangu la r , na cape la-mor , e escada de acesso à s ine i ra . A cape la adoçada à nave, com p i las t ras nos cunha is , é rasgada por duas jane las rec tangu lares , la tera is , possu indo na empena n icho decorado.

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I g r e j a d e S ã o J o ã o B a p t i s t a 0 8 7

Sá. Esta Igre j a i n teg ra -se ha rmoniosamente , em p la t a forma des tacada, sob rance i ra à super f íc i e a l uv i a l do Rio Minho, em adro murado e ca lce t ado, f ronte i ro a pequeno la rgo empedrado, em pos ição sub jacent e , onde se implanta um core to e o c ruze i ro paroqu ia l .

T ra ta -se de um ed i f íc io do sécu lo XVI , que per t ence à Arqu i t ec tura re l ig i osa renascent is ta remodelada.

A p lanta é l ong i tud ina l , compos ta por nave ún ica e cape la -mor , rec tangu lares , com sac r is t ia rec tangu la r adoçada a Su l , to r re s ine i ra e cape la l a te ra l , rec tangu lar , adoçados a Nor t e .

Os vo lumes são esca lonados , com cober tu ras d i fe renc iadas em te lhados de duas e quat ro águas . As fachadas são em cantar i a de g ran i to , em f iadas pseudo- isódomas , e com os paramentos rebocados , perco r r idas po r corn i ja sa l ien te sob re cachor rada, com p i las t ras nos cunha i s da cape la-mor , sac r is t i a e cape la la tera l , e c ruz sob re ac ro t ér i o nas empenas . A fachada pr i nc ipa l é or i en tada a oes te , em empena, com por ta l de ve rga rec ta , com chanf ro côncavo, sob repu jado por ócu lo c i rcu lar . A tor re s ine i ra def ine-se em corpo rec tangu la r , com acesso exte r i o r de escada de um lanço, com jane la , a l ta , de arco p l eno rematada por corn i j a sa l ien te , supor t ando c ruz ent re p inácu los . A fachada nor t e tem quat ro vãos , d issemelhantes , de ve rga rec ta e de a rco p leno, com chanf ro côncavo, rec tangu la r , sob re levado, de acesso ao co ro -a l t o , e um ú l t imo, enta ipado, em arco p leno, com chanf radura côncava, sob re impos tas , e jane la na cape la -mor .

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C a s a d o P a d e i r o 0 8 8

Sá. Albergaria. Trata -se de um ed i f íc io que pe r tence à Arqu i tec tu ra Civ i l Ru ra l , que fo i a l vo de recuperação e f az ac tua lmente pa r te dos ed i f íc ios monçanens es para ac t i v i dade hote le i ra .

A p lant a é i r regu lar , de f i n indo um vo lume de do is p isos com cober t ura em te lhado de quat ro águas .

Os a lçados são ass imét r i cos , com paredes em apare lho de ped ra apa rente , compos tos por abe r turas s imples com ca i xi l ha r ias de made i ra de duas fo l has .

A cons t rução encont ra -se encos tada a um soca lco, ao qua l se tem acesso por meio de escadar i a em pedra, que antecede um a lpendre.

Par te da casa, es ta reves t ida por a l guma vegetaç ão, rea lçando o seu carác ter p rópr i o .

Ao lado encont ra -se um 2º ed i f íc io de um só p iso ao qua l se acede por meio de escada com pequeno a lpendre a p ro tege r a ent rada, ed i f íc io es te que terá s ido a ta l casa do pade i ro , bas tante a l te rada.

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2 4 . S a g o

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P e l o u r i n h o d e S a g o 0 8 9

Sago. Perral Cruze i ro assente em soco cons t i tu ído po r 3 deg raus quadrangu la res sob re o qua l assenta um p l in t o pa ra le l ip i péd ico, monol í t i co , de secção rec t angu la r onde assenta o fus te . O p l in to apresent a moldura nas 4 faces havendo ind íc ios de insc r ição mas que já não é v is íve l dev ido aos fungos e l íquenes que o cobrem. O fus te é quadrangu lar com ares tas b ise ladas enc imadas com base quadrangu lar com pedra d ’armas de Por tuga l onde assenta a c ruz.

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2 5 . S e g u d e

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L a r g o 0 9 0

Segude. Paradela.

Conjunt o de cons t ruções , fo rmando um largo com uma cer ta qua l idade de espaços , mas que se encont ra em mui to mau es tado de p res ervação, espec ia lmente os e l ementos mais s ign i f i ca t i vos em termos de pat r imónio .

Incorpora Capela adoçada à hab i tação, que data do s écu lo XVI I I e per t ence à A rqu i tec tura Re l ig iosa, Ba r roca.

Possu i p lanta l ong i tud ina l , massas s imples com cober t ura em te lhado de duas águas .

Def ine-se num só reg is to , no qua l se rasga um por t a l ún ic o com moldura de verga rec ta e duas aber tu ras la te ra is , c om moldura e gradeamento em fer ro .

A fachada pr i nc ipa l é s imét r i ca , tem empena sobre levada decorada com e lementos de desenho ba r roc o , possu indo campanár i o no vé r t i ce .

P i las t ras nos cunha is sob repu jados po r p inácu los .

As paredes são em a lvenar ia rebocada.

Em c ima dos pos t igos desenvo lvem-se do is ócu los com a forma de t revo.

Corn i j a pe rcor rendo o ed i f í c io .

Nes te la rgo encont ramos também o que res ta de um por ta l p rovave lmente do mesmo pe r íodo, i gua lmente com pedra d ’a rmas , mas ta lvez de f amí l ias d i fe rent es po is à excepção de Caldas os out ros campos são d i fe rentes . O po r ta l é de ve rga rec ta rematando em p la t ibanda rec or tada e ondu lant e .

É cons t ru ído com pedra que se encont ra à v is ta .

O seu a lçado, antes da sua parc i a l des t ru ição , dev ia se r s imét r i co , equ i l i b rado.

Rasga-se por t a l ao cent ro , de ve rga rec ta , que remata em p la t ibanda recor t ada e ondu lant e .

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2 6 . T a n g i l

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C a s t r o d e T a n g i l 0 9 1

Tangil. Crastelo. Pequena e levação, per t o da qua l se cons t ru í ram as esco las de Tang i l , sob rance i ra ao c urso do r i o Mouro. Segundo Maia Marques a loc a l i zação es t ra tég ica , des te monte de per f i l c ón ico , ent re o cas t ro da S r . ª da V is ta e a Ci v idade de Riba de Mouro perm i t i ram- lhe ad ianta r duas h ipóteses : a t a la i a / reduto ou pequeno povoado de pesc adores , com exce lente cont ro l o sobre grande pa r te do curso do r io .

O fac to de es ta r inse r i do numa zona urban izáve l causou a lguma des t ru iç ão na ver tente Su l , mantendo-s e o res tante i n tac to , pe lo que se deve te r a lguma atenção ao loc a l .

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C r u z e i r o d e T a n g i l 0 9 2

Tangil. Este c ruze i ro tem enquadramento rura l , e es tá i so lado numa p la ta f orma sobrance i ra ao Rio Mouro, implantado num pequeno la rgo c imentado em face da es t rada que conduz à Ponte de Tang i l .

T ra ta -se de um c ruze i ro c u ja época de cons t rução remonta ao séc . XI X, def i ne-s e com soco cons t i tu ído po r um degrau de p lant a quadrangu lar , sobre o qua l assenta um pedes ta l para le l ep ipéd ico, compos to po r p l in to e dado monol í t i co , de remate denteado. O dado apresenta , l a te ra lmente , decoração re l evada em mot ivo f i t omór f i co e , na face pos te r io r , pequeno n icho desnudo, com vão emoldurado e de remate super io r em arco de vo l ta i n te i ra . O fus te , a l to , mono l í t i co , de secção c i rcu la r com entase, cane lado nos do is te rç os super i ores , e com ane l dent eado a envo l ver o remate dos terços in fer i o r e super io r , ap resenta , em re l evo, s ímbolos da Pa i xão: mão, escada, cá l i ce , mar te l o , c ravos , cordas , f igura humana com espada e uma out ra . Front a lmente , e sob o cap i te l , os tenta uma rep resentação humana não ident i f i cáve l , em meio corpo, inse r ta em vão arqueado. O fus te é enc imado po r um cap i te l toscano, sus tentando c ruz la t i na de secção quadrangu lar , de ares ta chanf rada e c om remates em forma de bot ão. Es ta ap resent a , na face f ronta l , a rep resentaç ão escu l tó r i ca do Senhor na Cruz, de pés sobrepos tos e resp lendor .

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P o n t e d e T a n g i l 0 9 3

Tangil. A pont e de Tang i l enquadra-se em meio ru ra l , e in tegra-s e harmoniosamente em zona de va le ape r tado com as margens pont uadas por a f lo ramentos gran í t i cos e c ober tas com f re i xos e am ie i ros , sobre o R io Mouro.

Na margem esquerda, do lado montant e , encont ram-se encas t radas num muro que de l im i ta o cam inho que conduz ao r io , umas a lm inhas com n icho em arco p leno, assente em p i las t ras , rematado por f rontão i n te r rompido, com parape i to sa l ien te , onde se rasga or i f íc io pa ra ca i xa de esmolas , já inex is tente . O n icho apresenta pa ine l azu le j ar com a imagem de Nossa Senhora do Carmo, es tando aos seus pés as A lmas ent re chamas .

Tra ta -se de um equ ipamento que pe r tence à Arqu i t ec tura c iv i l moderna.

Def ine-se com tabu le i ro p l ano assente sob re t rês a rcos , de vo l ta per f e i ta , des igua is , tendo o cent ra l e o da margem d i re i t a maior ampl i tude de abe r tu ra . Os paramentos são em cantar is de gran i to , em apare lho regu la r , em f iadas pseudo- isódomas , sendo as adue las dos a rcos compr idas e de ext ra -dorso regu lar . Apresenta pegão cego c om ta lha-mar t r iangu la r , de remate p i ram ida l , e ta lhante po l i gona l . O in t rado rso dos arc os preserva uma sér ie de or i f íc ios para enca i xe dos c imbros .

O tabu le i ro possu i uma largura de cerc a de 4 m , es tando pav imentado c om camada bet um inosa e tendo gua rdas em es t ru tu ra tubu lar de fe r ro ent re p rumos de c imento .

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I g r e j a P a r o q u i a l 0 9 4

Tangil. Igreja.

Este imóve l per tence ao sécu lo XVI I / XVI I I , e i nsere -se na Arqu i t ec tura Rel i g iosa Manei r i s ta possu indo a inda, a lgumas in f luênc ias de out ros es t i los arqu i t ec tón icos .

Carac ter i za-se po r p l ant a long i tud ina l compos ta por nave, cape la -mor e sac r is t ia , vo lumet r i camente d is t i n tos , com cober t uras d i fe renc iadas em te lhados de 2 águas .

Possu i to r re s ine i ra quadrangu lar com cober t ura p i ram ida l co locada no mesmo p lano à d i re i ta da fachada pr i nc i pa l .

A fachada pr inc ipa l tem p i las t ras toscanas nos ângu los , empena com corn i ja em ângu lo recor tado, p i nácu los sobre os cunha is e c ruz no vér t i c e .

Por ta l ún ico com moldura em arco convexo. Em c ima aber tu ra s imples , emoldurada e pos su indo gradeamento em fer ro .

A tor re é es t re i ta , possu i do is reg is tos tendo no s uper io r uma jane la em cada face, emoldu rada e de a rco p leno, c imalha com corn i j a , ângu los sob repos tos por p inácu los e c ober tu ra em coruchéu p i ram ida l co roada po r c ruz em c imento .

Possu i vá r ios vo lumes anexos , ent re e l es a sac r is t ia e a t o r re s ine i ra .

Em vo l ta do ed i f íc io ex is tem vár ias tampas de sepu l t ura .

C a p e l a S e n h o r a d o J u í z o 0 9 5

Tangil. Trogal. Esta Capela encont ra -se i so lada, des tacada, j un to à pont e que faz a t ravess ia do Rio Mouro.

Capela do sécu lo XVI I I , que se insc reve na a rqu i tec tu ra bar roca.

É compos ta po r p lanta l ong i tud ina l , rec tangu la r , com f ront isp íc io em empena de corn i ja in te r rompida para dar lugar a campanár i o enc imado por c ruz s imples e p inácu los nos ext remos , que s e sobrepõe à por ta pr i nc ipa l .

Por ta l ún ico de verga convexa com l in te l e c imalha. As fachadas são rebocadas e c a iadas perco r r idas po r co rn i ja s a l ien te , com p i las t ras nos cunha is sob repu jados po r p inácu los .

Lade iam, o po r ta l , jane las quadrangu la res e sob repu ja-o uma out ra semelhant e .

Acesso ao coro por escadar ia exte r io r em gran i to .

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2 8 . T r o p o r i z

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P o n t e d a I g r e j a 0 9 6

Troporiz. Ponte em pedra, em cava le te , com do is arcos de vo l ta pe r fe i ta e des igua is , que assentam d i rec tamente no a f lo rament o gran í t i co . Guardas pét reos .

Nos anos 1960 fo i ac rescentada, aumentando ao tabu le i ro .

Não possu i s ina is espec ia is de carac te r ização, a lem do cava le te , mas é prováve l que se ja uma cons t rução da Época Moderna.

O es tado de conservaç ão é razoáve l , e inse re -se em v ia , numa povoação.

P o n t e R o m a n a 0 9 7

Troporiz. Rebouça

Ponte em pedra, com um arco de vo l ta pe r fe i ta , e s i lhares com pequenos a lmofadados .

Es ta ponte pa rece pe r tencer ao per íodo Romano, uma vez que exis t i r ia um cam inho romano que a t ravessava a f regues ia rumo a Cor t es , onde se conf i rma a ocupação romana pe la ex is tênc ia de uma necrópo le , no luga r de Peraf i t a .

O es tado de c onse rvação é bom, e insere-se em v ia , numa povoação, no entanto es t á mui to cober t a po r vege tação o que não perm i te re t i ra r mais e lementos sobre es ta ob ra .

Nota: Fo i imposs íve l o reg is to fo tográ f i co des te e lemento , dadas as más cond ições de aces so ao loca l .

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2 8 . T r o v i s c o s o

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C e v i d a d e d e T r o v i s c o s o 0 9 8

Troviscoso. A Cev idade de T rov iscoso s i tua-s e no conce lho de Monção, f regues ia de Trov iscoso, l uga r de V i l a Nova, jun to do Rio Minho, pe la ant iga EN que L iga Monção a Melgaço e depo is a pé, pe r to de um campo de fu tebo l ; loca l i za-se na car ta m i l i t a r n . º 3 e com as segu in tes coordenadas : la t i tude – 42º 04 ’ 46 ’ ’ ; long i tude – 08º 27 ’ 13 ’ ’ .

Es te morro assemelha-s e a uma pequena mota de forma quadrangu la r com um fosso e um ta lude, que o rode iam na sua to ta l idade.

T ra ta -se de um for te em ter ra , com fosso e apa rentando ba luar t es , que j á nada tem a ver com um assentamento cas t re j o ou romano, mas s im com um ponto def ens i vo das gue rras da Res tau ração ou das invasões f rancesas . Fo i ap lanado e t rans fo rmado em bater ia , como ponto es t ra tég ico de assentamento e cont ro lo da passagem de t ropas i n im igas po r aque le luga r , e pa rece te r s ido bas tante impor tante , po is es tá num dos e i xos mais impor tantes que perm i tem a v i g ia sobre a c i rcu lação no r io Minho.

Es ta For t i f i cação per t ence ao per íodo Moderno.

O es tado de conse rvação é bom, e o uso do so lo é f l o res ta l .

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Q u i n t a d a S o b r e i r a 0 9 9

Troviscoso. Sobreira.

Quinta rura l , compos ta por um con junto de vár i os e lementos , ent re os qua is um ed i f íc i o res idenc ia l ru ra l , e uma Capela . O ed i f íc io pr i nc ipa l é compos to po r p lanta l ong i tud ina l def i n ido no mesmo vo lume, com cober tura ún ica em te lhado de 2 águas . A fachada p r inc ipa l com embasamento , cunha is re f orçados com cantar i as e remate em p inácu los . Possu i corn i ja que também desenha a l inha da empena coroada no vé r t i ce po r c ruz.

L inhas ve r t i ca is de canta r i as s imples , idênt icas às que re forçam os cunha is , def i nem t rês panos na fachada t endo, no cent ra l , por t a l de a rco de vo l ta per fe i t a . Enc ima-o pequeno n icho com imagem, ladeado po r do is pequenos brasões .

Paredes em a lvenar ia rebocada.

A cape la es tá separada do corpo pr i nc ipa l , sendo um vo lume à par t e de p lanta hexagonal , jun to a uma das ent radas da qu in ta .

A lém da cape la a qu in t a possu i grande e i ra rodeada de anexos agr íco las , pa ra gua rda r a l f a ias e p rodutos e casa de case i ro .

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C a p e l a d a Q u i n t a d a P e d r a 1 0 0

Troviscoso. Pedra.

Enquadramento rura l , p róx ima de out ras cons t ruções .

Capela do sécu lo XVI I , com insc r ição de pat rono e data de ed i f i cação na fachada p r inc ipa l .

P lanta l ong i t ud ina l , rec tangu la r , com f ront isp íc io em empena de corn i j a in te r rompida para dar luga r a campanár i o .

Por ta l ún ico de verga rec ta com l in te l e c imalha.

Fachadas rebocadas e ca iadas perc or r idas po r co rn i ja sa l i en te , com p i las t ras nos cunha is sobrepu jados po r p inácu los p i ram ida is .

Campanár i o na empena. O campanár io possu i p i nácu los nos ext remos e c ruz ao cent ro .

Lade iam o po r ta l do is pos t i gos quadrados emoldu rados .

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2 9 . T r u t e

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C o u t o d e T r u t e 1 0 1

Trute. Esporão rochoso de per f i l acentuadamente cón ico e p lant a ova l , apresent ando a lguns a f lo ramentos gran í t i cos a Noroes te , tem como coordenadas la t . 42º00 ’13 ’ ’ e long. 08 º26 ’58 ’ ’ , sendo ac tua lmente um loca l de densa vegetação ras te i ra .

Segundo Maia Marques t ra ta -se de um Cas t ro , um povoado for t i f i cado, que pe r tence ao per íodo da Idade do Fer ro , onde foram encont rados f ragmentos de cerâm ica de c ober tu ra e ped ras apare lhadas d i rec toras de ta l t ipo de ocupação.

Pe la sua pos ição es t ra t ég ica e proxim idade de luga res de pas tore io , segundo Maia Marques , es te poderá ter s ido um povoado de apo io às ac t i v idades pas to r is , tão impor t ante na econom ia cas t re j a .

C r u z e s 1 0 2

Trute. Cruzeiro. Este é um dos poucos con juntos de c ruze i ros , que compõem uma v ia-sac ra , a inda observáve l no conce lho, sendo poss íve l ident i f i ca r o percu rso des de o luga r a té ao topo do monte . São c ruze i ro s imples , com cerca de 2m de a l tu ra ass entes numa base s imples quadrangu la r de um só degrau.

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3 0 . V a l a d a r e s

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I g r e j a d a M i s e r i c ó r d i a d e V a l a d a r e s 1 0 3

Valadares.

Class i f i cação – Dec . 44 075, GD 281, de 05/12/1961

Es ta Igre ja , encont ra -se i so lada, bem in teg rada na pa is agem, com adro sobre levado em re lação à rua, la jeado e cer rado por muro, cor r i do por banc os de pedra , in te r rompido por escadar ias la tera is , ladeadas po r p inácu los rematados po r es fe ras , sendo o ar ranque do parape i to em dup la esp i ra l .

T ra ta -se de um ed i f íc io do sécu lo XVI I , que per t ence à Arqu i t ec tura re l ig i osa, manei r i s ta .

P lanta l ong i tud ina l , compos ta po r nave ún ica e cape la -mor rec tangu lares , com tor re quadrangu la r , sac r is t ia rec tangu lar e anexo po l i gona l , adoçados à d i re i ta do corpo cent ra l .

Os vo lumes es tão a r t i cu l ados e esca lonados , com cober t uras d i fe renc iadas em te lhados de duas e uma água.

As fachadas são rebocadas e ca iadas , perc or r idas por embasamento avançado e corn i j a sa l i en te , com p i l as t ras nos cunha is , sobrepu jados por p inácu los , rematadas po r c ruzes nas empenas . A fachada p r inc ipa l t em entab lamento pu jante , metopado, sob repos to po r f rontão t r iangu la r , com ed ícu la no t ímpano a lbergando a imagem de Nossa Senhora da Mise r icórd ia . O po r ta l é em arco p leno, assente em cap i té is toscanos , enquadrado por moldura def i n ida po r p i las t ras toscanas , de f us te es t r i ado, que supor tam f ront ão c urvo, sob re entab lamento metopado. Lade iam o f rontão duas jane las quadrangu la res .

Possu i to r re s i ne i ra de quat ro reg is tos , com por t a rec tangu la r , no p r imei ro , j ane la rec tangu la r , f res ta e re l óg io de ped ra , no terce i ro , e s i ne i ra de quat ro vent anas em arco p l eno , no ú l t imo, marcado por f a i xa de ped ra e rematado por c orn i ja rec ta , com cúpu la sobrepu jada por p inácu los .

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C a s a d a A m i o s a 1 0 4

Valadares.

Protecção – I IP , Dec . N. º 129/77, DR 226 de 29 Setembro 1977.

Es te ed i f íc io tem enquadramento ru ra l , encont ra-s e i so lado por um muro cons t ru ído em pedra que se encont ra à v i s ta , com um a lçado s imét r i co , equ i l i b rado, no qua l se rasga um por ta l ao cent ro , com gradeamento em fer ro , anunc iado po r p i las t ras decoradas .

Tra ta -se de um ed i f íc io do sécu lo XVI I I , que se insere na arqu i tec tu ra res idenc ia l .

P lanta l ong i tud ina l , vo l ume de do is p isos , com cober t uras d i fe renc iadas em te lhados de t rês e quat ro águas .

As fachadas p r inc i pa is e la tera is são em a lvenar ia rebocada, possuem embasamento em cantar ia de g ran i to , e remate em corn i j a .

A fachada p r inc i pa l t em um esquema de f enes t raç ão regu la r , s imét r i ca e de vãos a l inhados . No pr imei ro p iso ras ga-se por t a pr i nc ipa l , à qua l s e tem acesso por meio de escadar ia monumenta l em gran i to . O segundo tem esquema de fenes t ração no mesmo enf iamento que o do rés -do-chão, com aber tu ras s imples de verga rec ta e p ro tecção em gradeamento de fer ro .

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C r u z e i r o d o S e n h o r d o s A f l i t o s 1 0 5

Valadares.

Este c ruze i ro , encont ra-se i so lado, no cent ro da a lde ia , s i tuado num largo cons t i tu ído pe lo ent ronc amento da EM Valadares – Messegães com a EN 202.

Tra ta -se de um c ruze i ro do sécu lo XVI I I com um soco cons t i tu ído por um p l in to para le l ep ipéd ico, monol í t i co , apresent ando cav idade para enca i xe do fus te . O p l in to apresent a , na face f ront a l , uma insc r ição: "ANO D 1765" . O fus te , a l to , monol í t i co , é de secção quadrangu la r com chanf ros , apresent ando es tes , um mot ivo emoldu rado na base e bosantes no topo, conse rvando, j un to ao c ap i te l , uma cande ia . Cap i t e l cor ín t io , sus tent ando c ruz la t ina de secção quadrangu lar , com term ina is em f lo r -de- l i s .

A c ruz ap resenta na face f ront a l a representaç ão escu l tór i ca do Senhor na Cruz, de pés sobrepos tos , sob repu jado po r car te l a .

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Q u i n t a d o R o s a l 1 0 6

Valadares.

Enquadramento rura l , i so lada, des tacada em ext enso ter reno.

Ed i f íc io do sécu lo XVI I I / XI X, compos to po r t rês vo lumes d i fe renc iados , cu jas cober turas a l t e rnam ent re te l hados de duas e quat ro águas é ladeado por duas to r res .

Do l ado esquerdo ergue-se uma tor re , com p lant a quadrada, t rês reg is tos , cada um d iv id ido em do is vãos , nos qua is se desenham duas jane las com molduras em gran i to e ca i xi l hos em madei ra , acompanhadas por va randas também em gran i to e com gradeamentos em fer ro . Possu i p i las t ras nos cunha is , sobrepos tos po r p inácu los , ent re os qua is se impõe quat ro escu l turas em cada l im i te do quadrado.

Remate em p la t ibanda com corn i j a .

O vo lume cent ra l carac ter iza -se pe la sua hor i zonta l idade t íp ic a dos so la res des ta reg ião, c om do is p isos e s imet r ia de vãos .

No out ro ext remo do a lç ado, a segunda to r re acentua novamente a ve r t i ca l idade que cont ras ta com o do meio , mas sendo esse o ún ico aspec to que se lhe d i fe re . Os tentando um bras ão do sécu lo XVI I I , en t re as jane las do p iso super i or des te vo lume.

P a ç o V e l h o 1 0 7

Valadares. Estas são as ant igas i ns ta lações da sede do c once lho de Va ladares , ext in t o no sécu lo XI X.

T ra ta -se de um ed i f íc io de do is p isos cu jos e lementos exte r io res , como são as jane las e por t as , cor respondem aos encont rados nout ros ed i f íc ios com funções semelhantes .

Insere -se pe r fe i tamente na u rban idade do loca l podendo remontar a pe r íodos long ínquos da h is tór i a des te ext in t o conce lho.