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2 CAPÍTULO I Introdutório

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Economy & Finance


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CAPÍTULO I

Introdutório

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1. INTRODUTÓRIO

1.1 Formulação do problema

Num mundo cada vez mais dominado pelos avanços tecnológicos e processos dinâmicos devido a

Globalização torna-se imprescindível que as Empresas1 acompanhem devidamente toda e

qualquer mudança ao redor e que sejam retratados todos os factores que influenciam o seu

ambiente económico que são determinantes na sua sustentabilidade.

Por este facto qualquer viabilidade económica apresentada por um projecto agrícola em Angola

vem atender a necessidade de identificar factores exógenos e endógenos que conduzem a

economia numa menor dependência do petróleo. O conjunto de legislações recentemente

aprovadas e um Plano Nacional de Desenvolvimento que tem mudado a dinâmica que se via no

sector Agrícola e os diversos programas como é o caso do PAPAGRO bem como outros que vão

surgindo para criar um ambiente económico estável e estimulante para economia não petrolífera

nomeadamente as Actividades Económicas2 do Sector Agrícola, sendo resultado visível a

disponibilização de recursos para aqueles projectos que se apresentam em termos técnicos

suficientemente bem elaborados e dotados de elementos fundamentais que atestam a sua

viabilidade económica. O princípio da escassez que dita a lei económica não deve ser esquecido

visto se tratarem de recursos escassos e necessidades ilimitadas onde para compreender a

viabilidade económica de um projecto agrícola devemos olhar também para os riscos inerentes e

que estes são virados para um horizonte futuro cujas incertezas são impossíveis de eliminar

totalmente, o que levanta questões como: Será possível a implementação de um projecto agrícola

sem um estudo prévio de viabilidade económica? Estará este projecto isento de riscos? Que

factores são determinantes para a viabilidade económica de projectos agrícolas em Angola?

Vamos então procurar respostas a essas questões no desenrolar deste e do próximo capítulo.

1 Empresa, é a Entidade (unidade jurídica ou ao pequeno agrupamento de unidades jurídicas ou institucionais) dotada

de autonomia de organização e decisão na afectação de recursos as suas actividades de produção, exercendo uma ou

varias actividades, num ou vários locais. (INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. REMPE, Luanda, 2002)

2 Actividade Económica, Combinação de factores produtivos com vista a produção de bens e serviços para terceiros.

(INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. REMPE, Luanda, 2002)

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1.2 Importância do estudo

A importância deste tema traz para a área científica uma contribuição aos escassos estudos em

Angola envolvendo o empreendedorismo e a promoção de empresas, cuja compreensão pelo

Estudante e Profissionais de Gestão permite a identificação de variáveis para a tomada de decisão

sobre negócios e mitigação de riscos. Os ciclos longos dos produtos, as incertezas para ocorrência

de fenómenos exógenos no exercício da actividade agrícola como a estiagem e a seca são

problemas que impactam os ganhos e Volumes de Negócios3 que se esperam dos projectos e a

tomada de decisão de investir num ou noutro ponto de Angola, sendo infinitamente interessantes

para que todos os Stakeholders4 incluindo o próprio Estado possam tomar decisões e deste modo

obter outras formas de arrecadação de impostos não petrolíferos importante para alimentar as

Finanças Públicas conduzindo ao aumento do nível de emprego, distribuição do rendimento e

crescimento económico entendendo-se serem estes os principais objectivos macroeconómicos.

1.3 Objectivos da pesquisa

- Demostrar a importância de um Estudo de viabilidade económica para implementação de um

projecto.

1.3.1 Objectivo geral

Eliminar as incertezas das empresas Agrícolas no médio e longo prazo para sua sustentabilidade e

viabilidade de implementação dos seus projectos.

3 Volumes de Negócios, Corresponde ao total das importâncias facturadas em unidades monetárias durante o período

em referência, corresponde ao total das vendas de bens e serviços prestados a terceiros. (INSTITUTO NACIONAL

DE ESTATÍSTICA. REMPE, Luanda, 2002)

4 Stakeholders, São indivíduos e organizações ativamente envolvidos no projeto, cujos interesses são afetados

(positiva ou negativamente) por ele, ou que exercem influência sobre o mesmo. Incluem o gerente de projeto, o

cliente, a organização que fará o projeto, os membros da equipe de projeto, o sponsor/patrocinador (indivíduo/grupo

interno ou externo que provê os recursos financeiros para o projeto).

Inclui também partes externas, como fundadores, vendedores, fornecedores, agências governamentais, comunidades

afetadas pelo projeto e a sociedade em geral. (Wikipedia disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto#Partes_envolvidas_no_projeto_.28stakeholders.29 acesso em 07.02.2014

20:55)

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1.3.2- Objectivos específicos

- Analisar as políticas e programas do Executivo que podem impactar o sucesso dos projectos

agrícolas.

- Apresentar informações uteis aos utentes para tomada de decisões de investimento, custo de

oportunidades do projecto A ou B e a rentabilidade dos seus capitais.

- Obter através deste estudo uma clara ideia sobre como as empresas podem evitar certos erros na

implementação de seus projectos.

1.4 Formulação das hipóteses

- O que acontecerá se não fizer um estudo de viabilidade económica antes?

Se uma empresa decidir pela implementação de um projecto sem fazer um estudo de viabilidade

económica antes esta se expondo a vários riscos e não tem como mitigar certas dificuldades ou

problemas que enfrentará ao longo da implementação do projecto.

- O que acontece a quem faz um estudo viabilidade económica antes?

Se a Empresa decidir implementar um projecto com um estudo de viabilidade económica pode

enfrentar muitos desafios e ter a certeza de que muitos factores estão sendo mitigados. O

diferencial entre estas hipóteses esta em que num caso a Empresa esta preparada para enfrentar

antes os problemas que surgirem e no outro caso temos aquelas Empresas que a medida que os

problemas forem surgindo serão apanhadas desprevenidas e decisões precipitadas impactaram os

projectos sendo esta opção completamente diferentes da performance exigida pelo mercado não

se cumprindo com uma das funções chaves da Gestão que é o Planeamento.

1.5 Limitação e delimitação da pesquisa

A presente pesquisa está limitada apenas ao Estudo de viabilidade económica de projectos

Agrícolas.

A pesquisa tem como delimitação a Província de Luanda e seus municípios.

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CAPÍTULO II

Fundamentação Teórica

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definição de termos e conceitos

Estudo de Viabilidade Económica entende-se como o conjunto de análises com base em

indicadores económicos de rentabilidade para obtenção de um conjunto de informações que

permitem a tomada de decisão para aceitação da implementação de um projecto.

Projecto é um projecto do projak ou desenho, que é cuidadosamente planejado para alcançar um

objectivo particular. Projectos podem ainda ser definidos como sistemas sociais temporários, em

vez de permanentes, que são constituídos por equipas dentro ou entre as organizações para

realizar tarefas específicas sob restrições de tempo.5

Projecto Agrícola Correspondem à criação de bens duradouros destinados a tornar possível a

conservação, expansão e ou transformação de um dado sistema de produção. Visam assim o

alcance de objectivos de natureza empresarial usualmente associados com a melhoria dos

resultados futuros da exploração agrícola.6

Empresa agrícola Unidade técnico-económica no âmbito da qual se procede à aplicação de

recursos (factores de produção) sob a direcção de um único centro de decisão (empresário) e

orientada para o desenvolvimento de actividades agrícolas (produções vegetais, animais e

florestais) e não agrícolas (turismo rural, artesanato, aquacultura, aluguer de equipamento

próprio, transformação de produtos, …), visando objectivos de natureza empresarial relacionados

com a obtenção de um resultado líquido económico o mais elevado possível.

Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objectivo de obter

alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas,

ou apenas para contemplação estética7.

5Wikipedia disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto acesso em 07.02.2014 20:55

6 Análise de Investimentos – Manual Técnico, Francisco Avillez, Francisco Gomes da Silva, Carlos Pedro Trindade,

Frederico Avillez, José Pedro Salema, Nuno Pereira e Leonor Lopes, Editora Novagráfica do Cartaxo, Lda. 1ªEdição,

Maio 2006

7Wikipedia disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura acesso em 07.02.2014 21:05

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VAL, Valor Actual Liquido é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar o valor

presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o custo do

investimento inicial. Basicamente, é o cálculo de quantos os futuros pagamentos somados a um

custo inicial estariam valendo actualmente. Temos que considerar o conceito de valor do dinheiro

no tempo, pois, exemplificando, R$ 1 milhão hoje não valeriam R$ 1 milhão daqui a um ano,

devido ao custo de oportunidade de se colocar, por exemplo, tal montante de dinheiro na

poupança para render juros8.

Eis a fórmula que evidência o cálculo do VAL ou VPL (Valor Presente Liquido)

Empresa, é a Entidade (unidade jurídica ou ao pequeno agrupamento de unidades jurídicas ou

institucionais) dotada de autonomia de organização e decisão na afectação de recursos as suas

actividades de produção, exercendo uma ou varias actividades, num ou vários locais. (REMPE

2002, Instituto Nacional de Estatística)

Actividade Económica, Combinação de factores produtivos com vista a produção de bens e

serviços para terceiros. (REMPE 2002, Instituto Nacional de Estatística)

Volumes de Negócios, Corresponde ao total das importâncias facturadas em unidades monetárias

durante o período em referência, correspondem ao total das vendas de bens e serviços prestados a

terceiros. (REMPE 2002, Instituto Nacional de Estatística)

CAE, Classificação das Actividades Económicas destina-se a classificar as unidades

estatísticas, segundo as diferentes actividades económicas, isto são as actividades socialmente

organizadas com visa a produção de bens e serviços. (REMPE 2002, Instituto Nacional de

Estatística)

8 Wikipedia disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_presente_l%C3%ADquido (acesso em 07.04.2014

21:15)

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2.2 Fundamentação teórica

Outra definição de projecto pode entender as fases que norteiam a implementação de um plano

que vem responder a uma necessidade temporária ou seja a alocação de recursos materiais e

humanos por um tempo determinado de modo a alcançar um ou mais objectivos.

As entidades financiadoras antes de concederem os capitais de investimentos necessários a

implementação de projectos de precisam ter confiança nos mesmos e esta é confirmada quando

existe viabilidade dos projectos representada neste caso pela obtenção de uma ponderação de um

ou mais indicadores dentre os quais podemos mencionar o VAL, TIR, Payback Period, ROI

sendo essas as técnicas clássicas utilizadas em Estudos de viabilidade económica.

A viabilidade de qualquer projecto Agrícola depende das respostas que se podem obter através

desta técnica clássica de mensuração que evidenciam as seguintes hipóteses ao problema:

1. VAL » 09, um resultado do VAL positivo ou seja maior que zero, estamos diante de um

projecto viável por apresentar um fluxo de caixa que ao longo dos anos permitem

remunerarem a uma dada taxa de actualização os capitais investidos.

2. VAL = 010

, o projecto não gera retorno acima dos capitais investidos os máximo que se

pode obter é o fluxo de caixa iguais aos investimentos efectuados.

3. VAL «011

, é um resultado que evidência que não deve-se esperar muito deste projecto

sendo prejudicial para quem investe não gerando retornos suficientes para o capital

investido.

Os resultados destes indicadores permitem obter sucesso e definir o destino dos projectos.

9 Wikipédia disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_presente_l%C3%ADquido acesso em 07.02.2014

21:22, ponto de indiferença. No entanto, dada a incerteza associada dos cash flows que suportaram a análise, poder-

se considerar elevada a probabilidade de o projecto se revelar inviável.

10

Idem, decisão contrária a sua realização. Estamos perante um projecto economicamente inviável.

11

Idem, quanto maior for a taxa de actualização utilizada na avaliação, menor será o VAL dos projectos, dado que

passa a exigir uma rendibilidade do projecto de investimento superior.

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Existem muitos outros factores que podem viabilizar um projecto ou seja a capacidade dos

promotores do projecto em Gestão quando estes se apresentam sendo muito importante

Empreendedores, uma equipe capaz de responder as exigências ao nível de gestão de empresas ou

do projecto e técnicas de mitigação de impactos de fenómenos naturais.

A colectânea de Análise de Investimentos – Manual Técnico dos Autores: Francisco Avillez,

Francisco Gomes da Silva, Carlos Pedro Trindade, Frederico Avillez, José Pedro Salema, Nuno

Pereira, Colaboração, Leonor Lopes, FZ AGRO.GESTÃO - Consultoria em Meio Rural, Lda,

Editora Novagráfica do Cartaxo, Lda. 1ªEdição, Maio 2006 vem reforçar o interesse na pesquisa

relacionada com Analise de Investimentos de Projectos Agrícolas onde podemos entender que os

projectos agrícolas estão classificados em duas categorias muito distintas ou seja quanto à

respectiva área de influência e aos tipos de efeitos esperados com a sua realização: projectos de

investimento no âmbito da empresa agrícola e projectos de desenvolvimento agrícola e rural.

No primeiro caso pesa o facto de termos uma empresa cuja finalidade vem atender a remuneração

do capital investido com o fim de obter lucro e consecutivamente a satisfação de necessidades

existentes. Ex: SOCAUMBO,LDA

No segundo caso estamos em presença de um programa estrutural de âmbito governamental.

Ex: PAPAGRO

2.3 Caracterização do campo de investigação

A pesquisa foi desenvolvida na província de Luanda Indicar a zona, o ambiente em luanda e

municípios.

A pesquisa não contemplar todo o país encontrando se a pesquisa abrangente apenas ao sector

primário especificamente da Agricultura.

Indicar que se trata de um estudo das empresas do Sector Agrário

2.4 Revisão da Literatura

Instrumentos Fundamentais de Gestão Financeira, Autores: Luís Saias, Rui de Carvalho,

Maria do Céu Amaral, Lisboa, 2002.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. REMPE, Luanda, 2002

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11

Planeamento da Empresa Agrícola – Manual Técnico, Formação Global em Gestão

Agrícola - Módulo de Planeamento da Empresa Agrícola, Autores, Francisco Avillez, Francisco

Gomes da Silva, Carlos Pedro Trindade, Frederico Avillez, José Pedro Salema, Nuno Pereira,

Colaboração, Leonor Lopes, FZ AGRO.GESTÃO - Consultoria em Meio Rural, Lda, Editora

Novagráfica do Cartaxo, Lda. 1ª Edição, Maio 2006

Controlo de Gestão Agrícola – Manual Técnico, Formação Global em Gestão Agrícola -

Módulo de Controlo de Gestão, Autores, Francisco Avillez, Francisco Gomes da Silva, Carlos

Pedro Trindade, Frederico Avillez, José Pedro Salema, Nuno Pereira, Colaboração, Leonor

Lopes, FZ AGRO.GESTÃO - Consultoria em Meio Rural, Lda, Editora Novagráfica do Cartaxo,

Lda. 1ªEdição, Maio 2006

Análise de Investimentos – Manual Técnico, Formação Global em Gestão Agrícola -

Módulo de Análise de Investimentos, Autores, Francisco Avillez, Francisco Gomes da Silva,

Carlos Pedro Trindade, Frederico Avillez, José Pedro Salema, Nuno Pereira, Colaboração,

Leonor Lopes, FZ AGRO.GESTÃO - Consultoria em Meio Rural, Lda, Editora Novagráfica do

Cartaxo, Lda. 1ªEdição, Maio 2006

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12

CAPÍTULO III

Metodologia

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3. METODOLOGIA

3.1 Universo e Amostra

Tendo em conta que actualmente estão registadas em todo o território nacional, um total de 3013

Empresas, Luanda representa 787 Empresas do sector Agrário de acordo as informações

prestadas pelo INE – Instituto Nacional de Estatística o que representa 26, 1% do total de

Empresas existente no país.

Figura – 01: Empresas em Actividade em 2012 por província, segundo a Secção da CAE Rev1

Fonte INE, Estatísticas de Empresas FUE 2009-2012

Figura – 02: Estrutura de Empresas em Actividade em 2012 por província, segundo a Secção da CAE Rev1

Fonte INE, Estatísticas de Empresas FUE 2009-2012

Pela característica das empresas do sector em análise, mais de Setenta porcento destas, estarem

localizadas no interior do país, a nossa população foi de seis empresas aleatórias, sediadas em

Luanda, das quais uma serviu de amostra e estudo de caso.

Assim sendo,

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14

A nossa população esta representada por 6 (seis) empresas nacionais, sediadas em luanda e com

actividades principais ligadas ao sector agrário, incluindo a empresa do estudo de caso.

A nossa amostra baseou-se na Assessoria Técnica da Gerência da empresa SOCIEDADE

AGRÍCOLA CAUMBO, LDA onde nos focamos na elaboração de estudo de viabilidade

económica e projectos de investimento.

3.2 Variáveis

3.2.1 Variável dependente

Os trâmites a se dar no processo de preparação, elaboração e implementação de estudos de

viabilidade económica e financeira, para empresas do sector agrário.

3.2.2 Variável independente

a) Minimizar as incertezas futuras fruto do longo ciclo de exploração que as actividades

agrícolas enfrentam.

b) Garantir a rentabilidade económica e financeira dos capitais investidos.

c) Dar parecer aos investidores quanto ao volume e necessidade de capitais externo.

d) Servir de garantia real para as instituições financeiras, quanto a cedência de capitais.

3.3 Técnica e Instrumentos

Para a análise das informações foi utilizada a técnica de visitas ao MINAGRO, INE, Inquéritos,

Hiperligação de Resposta On-line12

, Questionários (Figura 20 em Anexo) e Entrevista.

Quanto aos meios trata-se de uma pesquisa documental porque foram utilizados documentos para

12

Google Drive em:

https://docs.google.com/forms/d/1uZlsM4gEAl_7d6hAdzEAXR1O8XAvnV7WxwpTfBTRbnQ/viewform acesso

em 07.04.14 23:50

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a sua realização, nomeadamente, o estudo de viabilidade económica da empresa em análise. Ao

mesmo tempo é uma pesquisa bibliográfica porque são baseados em livros.

Mas é também um estudo do caso porque está circunscrita a uma determinada empresa, ou seja a

Sociedade Agrícola Caumbo, Lda.

3.4 Modelo de pesquisa

Os dados foram colectados através de um questionário complementada com entrevistas ao

pessoal da referida empresa e outras dentro da delimitação da presente pesquisa.

3.5 Procedimentos e dificuldades encontradas

A presente pesquisa obedeceu as seguintes etapas:

1ª Etapa: Revisão da Literatura

2ª Etapa: Recolha dos Dados das empresas do Sector junto do Instituto Nacional de Estatística

3ª Fase: Entrevistas e Análise Documental

4ª Etapa: Compilação dos textos e informações obtidas para monografia

Dificuldades encontradas em reunir com as empresas do sector e alguma falta de disponibilidade

de obtenção de obras de pesquisa (Textos, Monografias, Teses e Dissertações) sendo a via mais

utilizada de pesquisa a internet e os Manuais gentilmente fornecidos pela FZ AGRO.GESTÃO -

Consultoria em Meio Rural, Lda no seu Site: http://agrogestao.com/

A aquisição do material bibliográfico e a escassez de tempo, adicionado aos encontros com o

tutor no período pós-laboral, constituíram também dificuldades.

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CAPÍTULO IV

Análise e Interpretação de Dados

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4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

4.1 Caracterização da Empresa SOCAUMBO, LDA

4.1.1 Histórico

A Sociedade Agrícola Caumbo, Lda foi criada em 19 de Julho de 2011. Esta sociedade com

designação abreviada de SOCAUMBO, LDA está localizada no Município do Bungo, na Aldeia

1º de Maio, cujo objecto social é a produção de produtos Agro Pecuários como forma de criar

condições para a melhoria da dieta alimentar da população e igualmente contribuir para o

desenvolvimento do Município.

A SOCAUMBO é uma empresa privada de pequena dimensão e esta preparada para responder os

desafios que o Executivo Angolano definiu candidatando-se a ser uma das empresas do Sector

Agrícola a servir as carências e necessidades de emprego, combate a fome e pobreza dentro do

ambiente económico em que se insere.

A empresa tem sua sede em Angola, Luanda no Distrito de Viana, Bairro Capalanca, rua S/N.

Pode por deliberação do conselho de administração estabelecer ou encerrar, filiais, sucursais,

delegações ou qualquer outro tipo de representação no país.

Desde que iniciou a sua actividade em 2011 que tem desenvolvido trabalhos que tem garantido

postos de trabalhos na Fazenda Socaumbo e pretende estabelecer-se no mercado Angolano como

forte alternativa aos produtos de importação garantindo a produção de arroz, milho, feijão, fuba

de milho e bombo bem como a criação de gado caprino, suíno, ovino, aves e outros em

quantidade e qualidade.

4.1.2 Missão

Promover a actividade Agro-pecuária, visando os objectivos de eficiência produtiva, comercial e

operacional e de geração de resultados, actuando como empresa de referência no sector.

4.1.3 Visão

A nossa visão é de ser uma empresa que reflicta o orgulho do Povo Angolano pela qualidade dos

seus produtos para desenvolver a região em particular do Município do Bungo.

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4.1.4 Estrutura organizacional13

A empresa tem como principal estrutura as seguintes divisões:

Conselho de Administração14

Designada por CA, é a entidade que vela pela autoridade da empresa, no cumprimento dos

Deveres e Obrigações, no seu relacionamento com as distintas áreas da empresa e com as

entidades externas da Organização. Como entidade máxima que é atribuída pelos estatutos, goza

nos Órgãos estatutários e o garante do normal funcionamento da empresa.

Gerente15

É o Órgão da empresa que vela através da assembleia convocada pelo CA, para a deliberação dos

actos e obrigações da Empresa. Permite a apresentação das linhas orientadoras da política

estratégica da Organização, recomenda e aprova Relatórios de actividade.

Pode reunir de acordo com as solicitações de seus Sócios, para deliberação de propostas

apresentadas pelo CA, ou outras de índole de Gestão, podendo ser mensal, trimestral, semestral e

anual, bem como propostas de seus Sócios realizar reuniões extraordinárias. A gestão das

delegações provinciais e as grandes estruturas de armazenamento e distribuição cabe ao gestor o

modus operandium destes.

Departamento Comercial16

Área que define a política de Comercialização e Vendas da Organização. Nesta área tem como

responsabilidade a realização de propostas de contractos de fornecimento de produtos agro

Pecuários, sobre supervisão do Conselho de Gerência, que aprova a política de Vendas. Realiza a

Comercialização e a Venda, bem como o controlo contabilístico. Mantém um relacionamento

13

Manual de Estrutura Organizacional da Socaumbo, Lda (2012) 14

Idem 15

Idem 16

Idem

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19

privilegiado com as instituições Bancárias e outros afins. Controla, analisa e propõe a política de

preços. Define e analisa as condições do mercado (concorrência). Apresenta Relatórios e

Balanços dos Exercícios.

Departamento de Produção e Aprovisionamento17

É a área encarregue de realizar as Compras e o Aprovisionamento de toda a produção.

Neste Departamento realiza o controlo dos Estoques e sua inventariação. Programa a saída e

entrada dos produtos. Têm ligação estreita entre a área de produção e a área Comercial e Vendas.

Têm responsabilidade de propor as Compras que se achem necessárias, (peças e sobressalentes,

fertilizantes, sementes, etc.) assim como de Serviços de Terceiros, prazos médios de inventários,

determinar a demanda e preços locais.

Controla toda a actividade de produção realizada pela empresa. Controla as quantidades de cada

produto e seu respectivo processamento e posterior condicionamento. Informa às outras áreas da

empresa as necessidades de adequar as condições de produção e o melhoramento das qualidades

dos produtos (genética), e dos Recursos Humanos e Materiais neles envolvidos. Estabelece

previsões e metas atingir de acordo com as áreas de produção, sobre aprovação do Conselho de

Gerência. Orienta toda actividade produtiva, e regularmente apresenta o relatório da actividade

bem como submete ao Conselho de Gerência apreciação das necessidades de investimento.

Estabelece contactos, com a prestação de serviços de terceiros, nomeadamente com Engenheiros

Agrónomos e Veterinários.

17

Manual de Estrutura Organizacional da Socaumbo, Lda (2012)

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4.1.4.1 Organigrama

Figura – 03: Organigrama

Fonte: Socaumbo, Lda Plano de Marketing, 2012

4.1.5 Logotipo

4.1.6 Ambiente económico

Clientes

A Socaumbo, Lda visa ter como principal cliente o PAPAGRO “ um programa novo que visa

revitalizar o Comércio Rural e constitui uma excelente oportunidade para os empreendedores,

Page 20: Parte textual - Monográfia - Caso de Estudo de viabilidade económica Socaumbo, Lda

21

agricultores e camponeses rentabilizar a sua actividade”18

.

O programa conta com o apoio do Ministério do Comercio que face as limitações no escoamento

da produção existente pelo facto de existir uma carência nos acessos aos mercados vem fortalecer

a ligação entre os produtores agrícolas e o mercado de produtos agrícolas, promovendo a redução

do esforço na distribuição e combater o fraco poder de negociação dos produtores com os seus

clientes.

Fornecedor

A Socaumbo, Lda visa ter como principal parceiro económico a MECANAGRO no fornecimento

de equipamento de derrube de árvores, alfaias agrícolas, máquinas e outros instrumentos de

trabalho de campo.

4.1.7 Análise SWOT

Pontos Fortes

A Socaumbo, Lda tem um potencial de terra em 180 hectares de mata fechada e uma área actual

de 10 hectares em terras preparadas para a prática Agro-Pecuária.

A comunidade está empenhada nos trabalhos de desmatação pois tem gerado emprego directo e

indirecto com potencial de atingir 80% da população activa na Aldeia1º de Maio.

Pontos Fracos

Carência de Capital de Investimento para adquirir Meios de Produção e Distribuição adequados.

Fraco poder de negociação junto dos mercados onde os preços dos principais produtos são

comercializados.

18

Portal Angop em: http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/economia/2013/10/45/Implementacao-

PAPAGRO-reforca-comercio-rural,3c4e7acd-5902-44b0-a066-ddc5ef0f7023.html acesso em 11.01.14 15:50

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Oportunidades

Abertura do Executivo para o fomento a actividade agrícola através do PAPAGRO.

Ameaças

Elevado nível de importação de produtos concorrentes.

4.1.8 Responsabilidade social

Em responsabilidade social a empresa pretende participar activamente na vida social das

comunidades em que se encontra, nomeadamente na construção de escolas, centros infantis,

centros médicos procurando sempre o bem-estar social.

4.1.9 Objectivos estratégicos

A Socaumbo, Lda tem entre as suas acções desbravar os mais de 200 hectares de mata fechada e

transformar a área actual de pouco mais de 10 hectares em terras preparadas para a prática Agro-

Pecuária, Construção de um Celeiro de Grande porte, Construção do Aviário e produção de

Peixes através da prática da Apicultura numa zona próxima do rio nas proximidades da fazenda.

A existência de pequenos agricultores e fazendeiros um pouco por toda zona de exploração da

actividade agrícola, estes acabam exercendo uma pressão nas políticas da empresa.

Face ao grande desejo de superação de necessidades onde o mercado é obrigado a recorrer a

produtos importados que fazem parte da cadeia alimentar. A Socaumbo, Lda aposta na qualidade

de seus produtos e tem um compromisso com o ambiente promovendo deste modo a utilização de

meios sem prejuízos ambientais.

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23

4.2. Apresentação e Análise do caso de estudo de viabilidade económica

Promotor: SOCAUMBO, LDA

Sede da Empresa: Bairro Kapalanca, Município de Viana

Objecto Social: Produção e Comercialização de produtos Agro-pecuários

Local do Projecto: Aldeia 1º de Maio, Município do Bungo

Ambiente Social: Elevado nível de desemprego. Dificuldades de acesso as zonas de produção

por falta de infra-estruturas (Estradas secundárias e Terciárias) para propiciar a circularização de

pessoas e bens.

Área Geográfica: 220 hectares de área total sendo a área produtiva avaliada de 120 hectares,

ligeiramente acidentada não apresenta montanhas ou serras de grande relevo, a vegetação é

herbácea com predominância e propiciação para actividades Agro-pecuárias.

Limitações Geográficas: Norte (Terrenos Baldios), Sul (Terrenos Baldios), Este (Picada que liga

a aldeia 1º de Maio – Aldeia Banza Polo), Oeste (Rio Lumanha).

Valor do Investimento: USD 500,000.00

Tempo: 5 anos

Figura – 04: Mapa de Investimentos

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

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Mapa de Amortizações Constantes:

Figura – 05: Mapa de Amortizações

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa de Existências:

Figura – 06: Mapa de Existências

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa de Empréstimos:

Figura – 07: Mapa de Empréstimos

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

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Mapa de Recursos Humanos:

Figura – 08: Mapa de Recursos Humanos

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa de Produção:

Figura – 09: Mapa de Produção

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa de Vendas:

Figura – 10: Mapa de Vendas

Page 25: Parte textual - Monográfia - Caso de Estudo de viabilidade económica Socaumbo, Lda

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Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa de Exploração Previsional:

Figura – 11: Mapa de Exploração Previsional

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Balanços Previsionais:

Figura – 12: Balanços Previsionais

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

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Indicadores de Rentabilidade:

Figura – 13: Indicadores de Rentabilidade

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa de Cash Flow:

Figura – 14: Mapa de Fluxo de Caixa

Fonte Socaumbo, Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa de Evolução de Fundo de Maneio:

Figura – 15: Mapa de Evolução do Fundo de Maneio

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Page 27: Parte textual - Monográfia - Caso de Estudo de viabilidade económica Socaumbo, Lda

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Mapa de Demostração da Origem e Aplicação de Fundos:

Figura – 16: Demostração da Origem e Aplicação de Fundos

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa do Valor Actual Liquido

VAL: USD 314,032.00 (é aceite o Projecto)

Figura – 17: Mapa do Valor Actual Liquido

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Mapa do VAL para o cálculo da TIR:

TIR: 27,77% obtido através do VAL positivo i=7% e VAL negativo i=28%

Figura – 18: Mapa do VAL para o cálculo da TIR

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

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Mapa do Cálculo do Período de Recuperação do Investimento:

Pay-Back Period: 3 anos e 5 meses

Figura – 19: Mapa do Cálculo do Período de Recuperação do Investimento

Fonte: Socaumbo, Lda Caderno de Estudo de Viabilidade Económica, 2012

Taxa Média de Rentabilidade do Investimento: 101,9% (obtido através dos Resultados Anuais

Médios obtidos dividindo pelo valor do Investimento)

4.3. Analise das entrevistas, questionário e inquéritos

Das seis empresas analisadas no presente estudo, incluindo a empresa do estudo de caso,

baseando-se no questionário (inquérito) por nós elaborado, chegamos as seguintes interpretações:

83,33% Tiveram um estudo de viabilidade económica como base para implementação de

seu projecto inicial ou de continuidade

Dos 83.33% que apresentaram o estudo, 80% decidiram pela continuidade e 20% pediram

reformulação.

Nenhuma das empresas que apresentaram um estudo de viabilidade económica decidiu

pela paralisação do projecto.

Nenhuma apresentou um nível de satisfação dos estudos como Mau

20% das empresas apresentaram o nível de satisfação dos estudos como Regular (Ver

Gráfico - 01 em anexo)

40% das empresas apresentaram o nível de satisfação estudos como Suficiente e Bom

(Ver Gráfico - 01 em anexo)

Page 29: Parte textual - Monográfia - Caso de Estudo de viabilidade económica Socaumbo, Lda

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Nenhuma apresentou um nível de satisfação dos estudos como Óptimo (Ver Gráfico - 01

em anexo)

A maior parte dos estudos realizados foram feitos por uma Empresa sendo que 40% dos

estudos realizados foram feitos por um profissional independente (Ver Gráfico - 01 em

anexo)

O maior número de empresas analisadas são Micro e 17% das empresas analisadas são

Pequena ou Grande

Nenhuma das empresas analisadas são Média

49% das empresas está localizado no município da Viana e as restantes estão em outros

municípios

A maior parte das empresas analisadas não tem Software de Gestão Agrícola e apenas

17% das empresas analisadas tem Software de Gestão Agrícola

33% das empresas analisadas já beneficiaram de um financiamento

O Banco BCI e o Banco BFA dividem o total de financiamentos efectuados

Dos incentivos provenientes do Estado 33 % beneficiou através do INAPEN e nenhuma

empresa beneficiou dos incentivos do GUE e PAPAGRO

17% das empresas analisadas já beneficiou de um Incentivo da ANIP e BUE

17% das empresas analisadas já foram avaliadas pelo BCI ou INAPEN com base nos

estudos de viabilidade económica e a maioria das empresas analisadas não foram

avaliadas por um Banco ou Instituto com base nos estudos de viabilidade económica

Apenas 33% das empresas analisadas não tem uma base de dados com informações sobre

os problemas versus soluções implementadas

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CAPÍTULO V

Conclusões e Recomendações

Page 31: Parte textual - Monográfia - Caso de Estudo de viabilidade económica Socaumbo, Lda

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5.1 Conclusão

Este é um trabalho não exaustivo sobre a matéria dos Estudos de Viabilidade Económica de

Projectos Agrícolas, tratamos de apresentar aqui algumas das principais questões, a pedra foi

lançada sobre o alicerce de edificação de ideias em torno do actual cenário e ambiente favorável a

implementação de projectos Agrícolas no entanto esse frenesim deve ser acautelado por detalhes

que não se prendem a oportunidade de receber recursos financeiros de investidores pois mais

importante que isto será garantir do retorno destes recursos disponibilizados provando a sua

rentabilidade e se estes apresentam um cenário de inviabilidade caem por terra toda perspectiva

de obtenção de créditos fruto da não-aceitação da decisão de investimento.

Se uma empresa decidir pela implementação de um projecto sem fazer um estudo de viabilidade

económica o resultado mais evidente é a exposição aos riscos sem mitigar a sua existência ou

problemas que poderá enfrentar ao longo da implementação do projecto.

Se uma Empresa decidir pela implementação de um projecto com um estudo de viabilidade

económica aumentam-se as possibilidades de sucesso por se provar ser a via mais viável de

enfrentar muitos desafios e ter a certeza de que muitos riscos estão sendo mitigados.

A diferença entre as os empresários e investidores de sucesso esta na maneira que lidam com o

risco inerente ao investimento entre estas hipóteses apresentadas acima a Empresa no primeiro

caso temos aquelas Empresas que a medida que os problemas forem surgindo serão apanhadas

desprevenidas e decisões precipitadas impactaram os projectos sendo esta opção completamente

diferentes da performance exigida pelo mercado não se cumprindo com uma das funções chaves

da Gestão que é o Planeamento e no segundo caso temos esta preparada para enfrentar os

problemas que surgem ao longo do projecto.

Concluímos que um estudo fundamental tem a importância de distinguir os destinos dos

diferentes projectos quanto a sua concepção, continuidade e implementação bem-sucedida logo

fica claro que não é um mero capricho dos bancos e investidores a solicitação de Estudos de

Viabilidade Económica pois estamos em presença de uma técnica ou instrumento de tomada de

decisão valioso pelas informações capaz de fornecer. As políticas definidas pelo executivo estão

Page 32: Parte textual - Monográfia - Caso de Estudo de viabilidade económica Socaumbo, Lda

33

alinhadas a estratégias de implementação de projectos de sucesso e permitem minimizar o

impacto negativo do fraco poder de negociação dos produtores junto do mercado sendo desta

feita um elemento que vem favorecer o ambiente exógeno das Empresas muito dependente das

leis e regulamentos que são produzidas seja para estimular como proteger a economia nacional.

Poderíamos ter resultados ainda mais interessantes se alargássemos o presente estudo a todo o

país no entanto mostra-se pouco favorável neste momento dada a limitação de recursos técnicos e

porque um trabalho desta magnitude envolve parcerias que ao nível de realização profissional

depende de um patrocínio. Ainda assim fica a pedra lançada neste debate que se quer construir

com uma apresentação não exaustiva deste tema que para todos profissionais e estudantes de

Gestão deve interessar.

Page 33: Parte textual - Monográfia - Caso de Estudo de viabilidade económica Socaumbo, Lda

34

5.2 Recomendações

Se você não tiver reservas para passar por nenhum imprevisto, nem inicie seu negócio e se você

não souber como e para onde ir, você nunca chegará lá19

Nesta senda destacamos como principais recomendações para SOCAUMBO, Lda as seguintes:

As Empresas que fazem um Estudo de viabilidade Económica devem implementar de

imediato os seus projectos sob pena de os mesmos não reflectirem a situação prevista

numa fase temporal anterior à da implementação do projecto. Não obstante a situação

explicada pela Gerência da Empresa onde a mesma refere-se ao aval existente para a

disponibilização do Capital de Investimento pelo Banco no entanto foi decidido parar esta

etapa pela necessidade de criar bases sustentáveis para remuneração dos Capitais a serem

cedidos após o termino do período de carência (nota que a actividade agrícola carece de

tempo para preparação e desmatação de terras uma vez que se tratam de terrenos virgens

que nunca tiveram qualquer pratica agrícola anteriormente e colheita necessária a

realização dos objectivos traçados) e para o seu reembolso a ausência de terreno

preparado para produzir as quantidades que tornam o projecto viável acaba por ser a

decisão mais coerente evitando que hajam dissabores fruto da indisponibilidade de

garantia de recursos financeiros. Deste modo, sugerimos quando se verificarem todas as

condições para que se avance com o projecto o mesmo deve ser revisto o seu estudo

evidenciando as principais mudanças verificadas no ambiente económico endógeno e

exógeno da Empresa.

Para uma posterior etapa de desenvolvimento na estrutura organizacional há a necessidade

de criação de uma área de Contabilidade e Finanças autónoma das áreas Comerciais e

Produtivas pois ajuda e vem atender necessidades específicas no que a apresentação de

Demostrações Financeiras diz respeito, considerando um aumento dos movimentos

contabilísticos e o volume de negócio crescente ao longo do projecto.

19

WILCOX, Jeffrey. Como Fazer uma Pequena Fortuna com Aquicultura. Revista Panorama da Aquicultura,

Edição 51, Janeiro/Fevereiro, 1999

ABRACOA Disponível em: http://www.abracoa.com.br/1308/1308.pdf acesso em 03.04.14 19:50