obra da soberana graça de deus, por anne dutton

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Obra da Soberana Graça de Deus

Anne Dutton

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Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

Anne Dutton's Letters on Spiritual Subjects • Really a work of grace or not?

By Anne Dutton

Via: GraceGems.org

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Fevereiro de 2016

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permissão

do website Gracegems.org, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-

NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Obra da Soberana Graça de Deus Por Anne Dutton

[Cartas de Anne Dutton Sobre Temas Espirituais • Really a work of grace or not?]

Meu querido irmão no Senhor,

O relato que você me fez sobre a obra do Senhor em sua alma refrigera o meu espírito, e

que a Ele aprouve fazer de meu relato impresso de Seu lidar gracioso comigo, um conforto

a você, enquanto você encontrou uma tão grande porção disso correspondendo à sua

própria experiência, por isso eu me regozijo, e bendigo ao Senhor. E, em resposta ao seu

pedido, “para conceder-lhe os meus pensamentos se a obra de Deus em sua alma é real-

mente uma obra da graça ou não?”, eu posso com alegria assegurar-te que estou plena-

mente convencida de que é, e parece evidente a mim, a partir das seguintes particula-

ridades:

1. O Senhor tem cercado o seu caminho com espinhos, e afastado você de todos os

prazeres pecaminosos.

2. Em que você foi convencido de sua condição perdida e arruinada como um pecador,

tanto por natureza e prática.

3. Sobre a espiritualidade da lei, em vigor contra você, e que a justiça flamejante barrava a

misericórdia a você por esse caminho.

4. Em que você foi trazido da dependência das areias mortais de seus próprios deveres.

5. Em que Deus revelou o Seu Filho em você, como sua única e suficiente ajuda — na

glória da Sua justiça perfeita e sangue todo-expiatório, e na glória da Sua infinita plenitude

— para salvá-lo completamente, e para satisfazer todos os seus desejos através do tempo

e para a eternidade.

6. Em que, portanto, vendo Jesus ser um tal Salvador adequado ao seu caso como um

pecador perdido, você O abraçou como o seu Salvador, e fugiu para Ele em busca de

refúgio como a única, gloriosa esperança posta diante de você no Evangelho. Onde quer

que essas coisas sejam experimentadas, meu irmão, a obra de Deus nesta alma é salvífica

— uma obra especial da graça sobrenatural — pela qual o homem é trazido das trevas para

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a maravilhosa luz de Deus, ou feito uma nova criatura em Cristo Jesus. Como crente no

Filho de Deus, esta alma já passou da morte para a vida, e não entrará em condenação.

Quanto ao que você ainda menciona, de seu ser atraído, recentemente, mais do que nunca

para mais perto do bendito Jesus; que Ele agora tornou-Se a sua rocha espiritual, de onde

flui toda a sua consolação; que, como você disse (o que foi doce para mim), “Tire a Cristo,

e você tira todo o consolo de minha alma”; que se você tivesse todos os tesouros que este

mundo poderia dar, você consideraria tudo apenas com perda e escória pela excelência do

conhecimento de Cristo Jesus, o Senhor; que você deseja tanto estar com Cristo, o que é

muito melhor, do que se você tivesse o Céu por seu quinhão, e toda a alegria e felicidade

que ele poderia dar, ainda assim, se você não tivesse a presença do precioso Jesus ali, os

desejos de sua alma jamais seriam satisfeitos; que o seu desejo de não ser salvo, não é

meramente por causa da felicidade, mas para que Deus e o Cordeiro sejam assim glorifi -

cados; e que, agora, todo o prazer que você tem sobre a terra está no deleitoso serviço do

bendito Jesus, de modo que seria um Inferno para você voltar ao seu estado natural, e seu

desejo é louvar a livre graça, a graça vitoriosa, na vida e na morte, e reinar em seus louvores

triunfantes por toda a eternidade. Essas coisas, meu irmão, são outras evidências de que

a obra de Deus em sua alma é salvífica. Mas eu considero estes pertencentes, antes a

algum bom grau de crescimento na graça do que a verdadeira, ou primeira existência da

mesma em seu coração.

Eu gostaria, a seguir, de tentar uma breve resposta àquelas objeções que surgem em sua

mente e que fazem você temer que a obra do Senhor em sua alma não seja salvífica, ou

que ela seja algo mais do que o fruto de uma educação religiosa.

Mas antes que eu considere as suas objeções em particular, permita-me dizer que uma

educação religiosa é um grande privilégio, como um meio para restringir o vício e imorali-

dade, e para treinar os jovens no conhecimento doutrinário das verdades do Evangelho; e

muitas vezes é abençoada para convicção, e pode servir para a conversão. Todavia, a

educação mais religiosa com que uma pessoa alguma vez foi favorecida, em si mesma e

por si só, nunca deu, nem pode dar uma tal convicção espiritual do pecado, do pecado do

coração, de forma a fazer a alma chorar diante da visão da imundícia de sua natureza, à

luz da espiritualidade da lei e da sua própria incapacidade de ajudar ou salvar a si mesma:

Ai de mim, pois estou perdido! Nem ainda a educação mais religiosa, por si só, jamais pode

fazer de Cristo precioso, como o único e suficiente Salvador para qualquer alma.

Não! estes são, como eu posso dizer, as duas principais dobradiças sobre as quais a alma

é convertida de um estado natural para um estado de graça. Estas são as duas grandes

características pelas quais uma nova criatura, um homem que está em Cristo, pode ser

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conhecida, e as evidências inegáveis de uma real mudança graciosa espiritual sobre o cora-

ção, ou da alma de ser transportada da escuridão natural para a maravilhosa luz de Deus.

Tal homem é novamente criado; tem verdadeira, preciosa fé, a fé dos eleitos de Deus ope-

rada em seu coração, ao que a salvação eterna da alma é vinculada. E o poder que o

produziu não foi a força natural de uma educação religiosa, mas o poder sobrenatural e

onipotência do Espírito Santo na regeneração.

A educação mais religiosa é uma árvore de uma natureza muito baixa para suportar esses

frutos ricos e preciosos, tais como: a percepção de uma condição arruinada pelo pecado e

condenada pela lei, prestes a perecer, e uma fuga para Cristo em busca de refúgio, en-

quanto contempla o Poderoso Salvador como totalmente desejável. É impossível que isso

seja encontrado em qualquer alma antes de ser enxertada em Cristo e que participe do

espírito de graça dEle, ou de Sua plenitude como a raiz de graça e de gordura, como a

gloriosa Oliveira, à Sua Igreja.

Mas, devo tratar de suas objeções. E, você teme que a obra de Deus em sua alma não seja

salvífica, e diz:

Objeção 1. Por que eu não senti aqueles terrores da consciência pelo pecado que os outros

sentem.

Resposta. Não é necessário que o mesmo grau de terror seja sentido por toda a alma que

é verdadeiramente convencida do pecado; nem é usual que aqueles que tiveram uma edu-

cação piedosa, e foram impedidos de imoralidades exteriores, sintam o mesmo grau de

terror que aqueles que correram a grandes distâncias em cursos ímpios. Se uma pessoa

moralizada, que tem sido religiosamente educada, teve tanto terror pelo pecado, pelo seu

pecado de coração e vida, de forma que ele não ousa confiar em si mesmo ou em suas

próprias obras para a vida, mas sendo advertido por Deus, por Sua santa lei, sobre a ira

vindoura, e por Seu Evangelho, a fugir para Cristo como o único esconderijo da ira, e sendo

movido com temor (de ser encontrado fora de Cristo), corre para Ele por segurança; isso é

suficiente para provar uma salvífica convicção de pecado. E, quão grande demonstração

do poder do Espírito Santo em Sua obra de convicção do pecado é esta, onde a alma tem

menos terror, do que quando a mesma obra em outras almas, que têm sido abertamente

imorais, é assistida com grandes assombros. Eu humildemente penso que a demonstração

de poder no primeiro é maior. Mas, ainda assim, as glórias da Onipotência em vários raios

brilham em ambos. A alma que passou pelos maiores terrores, que foram ordenados para

trazê-la a Cristo, tem motivos para bendizer a Deus para sempre por Seu lidar amável com

ela, na medida em que, embora Ele a tenha conduzido por um caminho áspero, Ele a trouxe

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para um lugar tão glorioso de repouso e segurança. E a alma que teve menos terror, que

não é deixada a descansar insuficientemente em Cristo, está tão segura quanto a outra, e

tem razão para bendizer a Deus de forma especial por que Ele lhe deu uma passagem tão

suave a partir daqueles que perseguiam a sua alma, para Cristo, a cidade de refúgio, e

trouxe-a por meio do caminho estreito do novo nascimento sem as dores e sofrimentos que

algumas almas sentem. No entanto, seja qual for o caminho que o Senhor lida conosco na

convicção do pecado, Ele nos conduz por um caminho reto, que seja e será mais para a

Sua glória e nossa alegria, se somos conduzidos deste modo a Cristo, aquela cidade de

habitação. Mas, novamente, você teme a realidade da obra, e diz:

Objeção 2. Porque eu não tenho experimentado aquelas alegrias transbordantes na cren-

ça, as quais outros santos experimentam.

Resposta. O Espírito Santo, como o Consolador dos crentes, é um soberano, e provê a

cada alma recém-nascida individualmente como Lhe apraz. O menor conforto, a menor

concessão de infinito favor, ao fugir para Cristo como refúgio, é uma bênção indizível, um

raio de luz que é o alvorecer do dia eterno. O que, embora, para algumas almas que foram

cobertas com a escuridão de incrível terror, a luz da salvação de Deus em alegria arreba-

tadora tenha resplandecido sobre seus espíritos, e no momento, fez dia, sim, meio-dia, por

assim dizer, de uma vez com eles; talvez eles sejam chamados a seguir andando por fé em

trevas, e como não vendo nenhuma luz, a confiar no nome do Senhor, e se firmar sobre o

seu Deus.

E você, cuja noite não foi tão escura, e sobre quem a luz surgiu gradualmente, pode, em

breve, ter o brilho claro do sol da justiça, e andar na luz da face de Deus por todos os dias.

Esses desejos sinceros que são operados em sua alma, pelo testemunho claro do Espírito

e selo completo do Espírito Santo, prenunciam uma eminente manhã de alegria indizível e

cheia de glória. Espere um pouco, e você terá alegria suficiente para preencher cada canto

da sua alma até a borda. A alegria da fé, a alegria do senso espiritual, a alegria do Espírito

Santo em Seu testemunho de seu interesse no Deus Triuno, a sua excedente alegria, estará

em você ali; e futuramente você entrará em alegria, no gozo do seu Mestre, e será imerso

em deleites para todo o sempre, enquanto, como um vaso de misericórdia, você será

lançado nEle, o oceano de alegria e glória, para ter a sua plenitude de Deus em Cristo para

a felicidade desconhecida, pelos dias da eternidade. Porém, além disso, você teme que a

obra de Deus em sua alma não seja salvífica, e diz:

Objeção 3. Porque eu não tenho aquelas aflições interiores e tentações de Satanás que

outros Cristãos têm.

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Resposta. Você pode ter muito destes a seguir; e faça com que a sua atual liberdade seja

estimada por você como o seu grande privilégio, e seja motivo de sua ação de graças. Foi

bom que você tenha dito: “não sendo totalmente livre das tentações interiores”, porque,

dentre o restante, devo dizer-lhe que esta é uma tentação interior o fato de você estar duvi-

doso a respeito da obra da graça em sua alma, porque você não tem mais tribulações

interiores. Oh, meu irmão, não cobice as tentações, mas continue orando para que você

não caia em tentação, mas seja livre do mal. Mais uma vez, você tem medo, e diz:

Objeção 4. Porque a obra de Deus tem sido tão gradual sobre a minha alma.

Resposta. A gradação da obra não é argumento contra a veracidade, mas é antes, uma

prova da mesma. O reino de Deus, ou a obra da graça na alma de Seu povo, é progressiva.

A palavra do Evangelho, como uma semente viva, sendo lançada no coração, e recebida

pela fé no poder de Deus em seus efeitos benditos na alma, surge, pela primeira vez, em

uma pequena, frágil folha, então avança para espiga, por último, para o milho maduro, cheio

na espiga, assim, a graça amadurece e se desenvolve em ritmo acelerado para a glória.

Isto é verdade com relação à boa obra de Deus, iniciada nas almas de todos os santos.

Mas ainda é preciso confessar que, em alguns, a primeira obra, bem como o seu progresso

posterior, é muito mais rápida do que em outros. O Senhor age aqui, como eu sugeri em

outro tópico, como um Soberano; e em Seus vários lidares com todos os Seus filhos abunda

em direção a eles de acordo com a suprema riqueza da Sua graça e infinidade de Sua

sabedoria. E, tanto maior demonstração da glória da graça Divina é que haja uma variedade

tão grande nas experiências particulares de almas particulares, enquanto a mesma obra

bendita no geral é feita em todos, como se cada um em particular e individualmente expe-

rimentasse a mesma coisa, ao mesmo tempo e no mesmo grau.

Nosso Deus é um grande Ser! Grande em Seu amor, graça e misericórdia, grande em Sua

sabedoria e poder, e em todas as Suas imensas perfeições; e Ele Se deleita a agir como

Ele mesmo, laçando a Sua glória infinita em mil diferentes raios, em mil diferentes formas

de agir sobre os vasos de misericórdia, no Seu tempo, preparando-os para a glória, para

aquela glória que Ele os ordenou e preparou para eles antes dos tempos eternos, que o

será para o Seu louvor exaltado em mil diferentes notas entre os salvos do Senhor, enquan-

to todos eles se unem na canção: “Salvação a Deus e ao Cordeiro”, pelos séculos sem fim.

Meu irmão, quanto a estas objeções que surgem em sua mente, e muitas mais de seme-

lhante natureza que, às vezes, deixam perplexos os corações do povo de Deus, não há

justo fundamento para elas, enquanto que as coisas que algumas almas particulares care-

cem, as quais podem ser encontradas em outros verdadeiramente graciosos, não perten-

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cem ao essencial de um estado de graça, mas às “circunstâncias”, de modo que, com

muitas diferenças, diferentes pessoas estão sendo objetos de uma obra graciosa em suas

almas. Se quisermos julgar o nosso estado de graça, comparando a nossa experiência com

a de outros a quem percebemos ser verdadeiramente graciosos, o façamos naqueles pon-

tos gerais em que todos concordam, e não nas particularidades, em que há tanta diferença.

Veja os dois que eu mencionei antes de vir a, especialmente, responder às suas objeções.

Parece-me, meu irmão, que você era uma alma regenerada quando o que o mundo chama

de diversões inocentes tornaram-se tão desagradáveis para você; o que era seu anterior

principal prazer, tornou-se o seu maior fardo. A causa, como eu concebo, foi isso, a nova

natureza foi operada em sua alma, um santo apetite espiritual, que não poderia encontrar

deleites em prazeres pecaminosos naturais, mas permanecia na busca por prazeres de um

tipo mais elevado, de uma essência celestial, agradável em si mesmo e sua procedência e

sabor celeste, com que por si só poderia ser satisfeito. Isto é evidenciado a mim por motivo

daquele prazer pelo qual, você, então, encontrou o seu coração em tristeza, pelo pecado;

por aquele medo que você teve, então, temendo que convicções pudessem desaparecer

sem qualquer efeito salvífico; por seu desejo por convicções mais profundas quanto ao

pecado e por sua fervorosa oração por graça para viver uma vida santa aqui, mesmo se

você nunca desfrutasse de felicidade futura. Essas coisas, juntamente com o que você tem

experimentado desde então, evidenciam a mim, mui clara e plenamente, que a obra de

Deus em sua alma é, de fato, uma verdadeira obra sobrenatural da graça Divina, que não

é operada em ninguém, senão naqueles que são predestinados para a glória, ou “feitos

idôneos para participar da herança dos santos na luz”.

Mas oh, não descanse nas experiências atuais. Você deve contemplar coisas maiores do

que estas. Esforce-se pela segurança do Espírito. Ele pode desvelar a você tais percepções

claras, satisfatórias, arrebatadoras da alma, quanto à sua participação em Cristo, em um

momento, como o que de longe, transcenderá tudo o que as criaturas por meio de discurso

ou argumento possam dar-lhe em um século. Oh, quando o Espírito Santo vem; o grande

poder de Deus para confirmar ao seu coração a sua participação eterna em Jesus, os

temores incrédulos e raciocínios carnais fugirão diante dEle como as sombras da noite ou

as sombras antes da manhã raiar, o sol irromper, em seu resplandecer no meridiano. E

imediatamente, em plena segurança de fé e intensas alegrias espirituais, você clamará com

Tomé: “Meu Senhor, e meu Deus”.

Oh, meu irmão, é esta a alegria pela qual você anela? Esta é a alegria que está reservada

para você. Esta é a alegria com que você ficará satisfeito. Seu amado é seu, e você é dEle,

e você deve conhecer esta alegria. Envolvido em Seus braços, e inclinado em Seu seio,

sua alma enferma de amor, será consolada, regalada, cheia de amor. Seu Amado introduzi-

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rá você na Sua sala do banquete, e Seu estandarte sobre você será o amor. Ele convidará

você a comer, como Seu amigo, aquele pão celestial, o pão da vida. Seu corpo partido por

você, para você, em particular; e o chamará para beber, o dará de beber como Seu amado,

do vinho do Seu amor que fluiu de Seu sangue derramado por você, para você tão

especificamente como se ele não tivesse sido derramado por nenhum outro no mundo.

“Beba”, Ele dirá: “Ó amado, ó alma infinitamente amada! Venha, abra a sua boca sedenta,

abra-a bem, Eu vou preenchê-la, tome tudo, você nunca conseguirá beber o meu amor até

o fim. Beba, sim, beba abundantemente, inebrie-se com o Meu amor, com todas as Minhas

glórias imensas, como suas, em amor! Olhe para Mim, toque-Me, tome-Me como o seu

próprio, pois Eu mesmo, em Quem habita toda a plenitude da Divindade, Sou seu em amor,

para satisfazer e consolar você com felicidade inefável, com novos deleites a cercá-lo, para

arrebatar você através do tempo e por toda a abundante eternidade”.

Meu querido irmão, tão familiar assim será o seu amável e amante Senhor com você; assim

gracioso Ele será para você, em quem a Sua alma se deleita. O seu Criador é o seu marido,

e como um noivo se alegra com a noiva, assim o seu Deus Se regozijará sobre você em

demonstrações renovadas de Seu antigo e eterno amor, que não conhece limite, nem

mudança, nem fim! Oh feliz, três vezes feliz é você! Jesus é seu para sempre! Atraído,

então, por Suas cordas de amor, seja igualmente dEle, e entregue-se ao Seu serviço em

amor, de forma a glorificá-lO agora e para sempre.

Os tempos parecem sombrios, os céus estão escuros com nuvens; a Igreja, como um navio

em um mar revolto, pode estar sendo atirada pelas ondas; todavia, uma vez que o nosso

Senhor está conosco no navio, não afundaremos, teremos bendita companhia nas dificulda-

des, a salvos da tempestade, e seremos levados, por fim, ao nosso porto desejado. Jesus

está ao leme, a Igreja não precisa temer; Ele também a conduzirá em meio ao perigo e em

breve a levará ao seu descanso e glória prometidos.

Que a Graça seja com você. Aos braços de Cristo eu o entrego.

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.