o sapateiro - síntese
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9º Ano
Agrupamento de Escolas de MirandelaPortuguês
Nome:___________________________Nº____ Ano/Turma:_____
Auto da Barca do Inferno Professora: Ana Paula Silva
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Símbolos cénicos formas de sapatos avental.
As formas dos sapatos e o avental representam a profissão desta personagem e, ao mesmo tempo, são o símbolo dos seus pecados, pois o Sapateiro pecou no exercício da sua profissão, roubando os seus clientes nos preços exagerados que cobrava.
Argumentos de Defesa Argumentos de Acusação O Sapateiro argumenta ter morrido confessado e comungado e que, por esse motivo se salvará: “Como poderá isso ser,/confessado e comungado.”
Tal como o Fidalgo, defende-se dizendo que ouviu missas, deu ofertas à Igreja e que rezou pelos mortos: “Quantas missas eu ouvi”; “E as ofertas que darão/E as horas dos finados?”
O Sapateiro é acusado pelo Diabo e pelo Anjo de vir carregado de pecados: “Como vens tão carregado.”; “A carrega t’embaraça” O Diabo acusa-o de viver excomungado e de ter enganado os clientes na sua profissão: “E tu morreste escomungado(…)/calaste dous mil enganos/Tu roubaste bem trint’ anos/o povo com teu mester” O Anjo e o Diabo acusam-no de roubar: “Ouvir missa, então roubar/é caminho per’ aqui”; “leva quem rouba de praça” No fundo é acusado de não ter vivido uma vida correcta: “Se tu viveras dereito,/elas foram cá escusadas.”
Percurso cénicoCais Barca do Diabo Barca do Anjo Barca do Diabo
Caraterização do Fidalgo Intenção críticaO Sapateiro pertence ao povo e é uma personagem-tipo que representa toda a sua profissão. Não era honesto no seu trabalho, pois roubava os clientes nos preços e serviços mal feitos. No fundo, era uma má pessoa que julgava salvar-se apenas por rezar e ir à missa, o que também revela que era um mau cristão e praticava erradamente os princípios da sua religião.
Gil Vicente quer tecer uma crítica, não só aos sapateiros, mas a todos aqueles que confiam em rezas e pensam que ir à missa os salvará sem fazerem nada de bom na vida. No fundo critica-se com esta personagem-tipo a falsa prática da religião por parte dos católicos do tempo de Gil Vicente, mas esta crítica é actual e pode ser aplicada aos nossos tempos.
SentençaÉ condenado ao Inferno.
O Sapateiro