o alienista

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O ALIENISTA (1882)

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Page 1: O alienista

O ALIENISTA(1882)

Page 2: O alienista

SOBRE A OBRA Pertence ao conjunto das obras que

inauguram a segunda fase do escritor, isto é,

a) do livro de contos:Papéis avulsos (1882)

a) do romance:Memórias póstumas de Brás Cubas (1880)

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SOBRE A OBRA Embora alguns autores classifiquem essa obra

como conto, o enredo ampliado aproximam-na mais do gênero novela (grande quantidade de personagens);

Nessa obra, o autor trata de questões conflituosas, como a cura e a sanidade, doença e saúde, ciência e verdade, filosofia e senso comum;

À época da publicação da obra no Brasil, a teoria psicanalítica ainda estava nascendo (Freud tinha apenas 26 anos em 1882...).

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SOBRE A OBRA A obra é estruturada em treze capítulos;

Recorre ao recurso de crônicas como estratégia narrativa de deslocamento temporal, mesclando o real e a ficção.

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QUESTÕES IMPORTANTES O Alienista é uma sátira contra o espírito

cientificista que dominava o pensamento no século XIX;

Descrente que os conceitos puramente científicos possam levar ao entendimento do homem, o autor cria uma situação paradoxal.

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O SEU TEMPO No século XIX as concepções positivistas,

desenvolvidas principalmente pelo filósofo francês Auguste Comte, compreendiam a história da humanidade em três estágios:

A. o míticoB. o metafísico eC. o positivo.

Page 7: O alienista

POSSÍVEIS INFLUÊNCIAS É provável que Machado tenha lido O elogio da

loucura (1511), do autor renascentista Erasmo de Roterdã.

i. Nessa obra, a Loucura, personificada em uma deusa, sobe a um palco e, diante de uma plateia (os leitores), começa a enumerar toda sorte de disparates capaz de gerar a irracionalidade;

ii. Na visão renascentista, a Loucura é também a personagem principal de muitos fatos importantes que contribuíram para o desenvolvimento da sociedade.

Page 8: O alienista

O NARRADOR O Alienista é narrado em terceira

pessoa;

O narrador se baseia no relato de crônicas antigas, o que promove um deslocamento temporal em relação ao presente.

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PERSONAGENS PRINCIPAIS Simão Bacamarte (o Alienista): espécie

de caricatura do cientificismo do século XIX, é vitimado pelas próprias ideias;

D. Evarista: esposa de Bacamarte, desempenha papel coadjuvante;

Crispim Soares (o boticário): amigo e admirador de Bacamarte, ajuda-o em suas pesquisas megalômanas.

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PERSONAGENS PRINCIPAIS Porfírio (o barbeiro): preso duas vezes na

Casa Verde, liderou uma rebelião popular contra Bacamarte, o que o levou a tomar a Câmara de Itaguaí na sua derradeira posição de protetor da Vila.

Padre Lopes: conselheiro de Bacamarte, não via com bons olhos suas ideias científicas, embora seja um personagem ambivalente, uma vez que funciona na narrativa ora como protetor ora como instigador contra o alienista.

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ESPAÇO E TEMPO A ação se passa em Itaguaí, pequena cidade

do estado do Rio de Janeiro, próxima de Iguaçu.

Os “tempos remotos” parecem se referir a algum momento no século XVIII, no tempo de D. João V.

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LINGUAGEM Como se trata de uma sátira a um determinado

tipo de cientificismo, a obra recorre:

a) a uma linguagem objetiva e impessoal;b) procura apresentar com fidelidade os fatos

narrados (crônicas);c) Ao simular uma linguagem mais próxima da

objetividade da linguagem científica, o autor amplifica o efeito cômico;

d) Ao se apoiar numa linguagem pretensamente neutra, confirma o fracasso da neutralidade e a ruína das concepções científicas descritas em toda a novela.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASASSIS, Machado de. O Alienista. São Paulo: Saraiva, 2007. (Clássicos Saraiva)