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  • A INTERNET COMO PODEROSO INSTRUMENTO EDUCATIVO PARA

    INSERÇÃO DO EDUCANDO NO MUNDO GLOBALIZADO: um estudo de caso

    realizado com os alunos do 9º ano B, na Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa, da

    cidade de Ribeirão do Pinhal, no Estado do Paraná

    Autor: Sergio Benedito Rodolfo Vieira1

    Orientador: Prof. Me. Rodrigo Modesto Nascimento2

    Resumo

    Este material didático pedagógico tem por objetivo propor uma forma de

    reflexão sobre como avaliar o poder, os meios e os recursos que a Rede Mundial de

    Computadores tem a oferecer, para educadores e educandos, no processo de

    aprendizado, bem como levar aos alunos como utilizá-la, particularmente, nas aulas

    de História. Pois, considerando que todas as escolas do Estado do Paraná foram

    beneficiadas com recursos tecnológicos educacionais, descobriu-se a necessidade

    de incluir a Internet, que tem atingido significativamente os ambientes escolares,

    aos estudantes atuais, pois são adolescentes e jovens nativos da geração digital. A

    metodologia utilizada inclui desde conteúdos teóricos até pesquisa de campo com

    alguns alunos, com questionários e atividades práticas, para avaliar o conhecimento

    de cada um referente ao próprio computador e à rede. E, finalmente, tem-se as

    reflexões sobre o estudo realizado, que procurou-se demonstrar as nuances da

    Internet, ora refletindo sobre sua questão existencial, ora analisando sua influência e

    o impacto que pode causar no cotidiano societário, dando ênfase à questão

    educacional, que tem papel fundamental e incontestável neste processo.

    1 Professor de História e Filosofia da rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). E-mail: [email protected]

    2 Professor Mestre do Colegiado de História do Departamento de História da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP).

  • Palavras-chave: Internet. Educação. História. Tecnologia.

    Abstract

    This pedagogical didactical content aims to propose a reflection way about

    the power, the ways and the resources that World Wide Web has to offer to

    educators and students in the learning process and present to students how to use it,

    particularly in the History classes. Because considering that all of the schools of the

    Paraná State were benefited with educational technological resources, it was

    discovered the necessity to insert the Internet that has achieved significantly the

    school environment, to the actual students because they are native teenagers and

    young people of the digital generation. The used methodology includes from

    theoretical contents to field research with some students, involving quizzes and

    practical activities to test your knowledge about computer and network. Finally, there

    are the reflections about the study, that aimed to show the sides of the Internet,

    sometimes reflecting about its existential question, sometimes analyzing its influence

    and impact that may result in the daily life of the society, with emphasis on the

    education issue, which has undeniable and central role on this process.

    Keywords: Internet. Education. History. Technology.

    1 Introdução

    Quando se fala em novas tecnologias, a Internet é assunto obrigatório.

    Pesquisas apontam que o ensino através dela propicia ótimos índices de

    aproveitamento. A informática, quando adotada nas escolas, deve integrar ao

    ambiente e à realidade dos alunos, não só como ferramenta, mas como recurso

  • interdisciplinar, constituindo-se também num item a mais com o qual o professor

    possa contar para bem realizar o seu trabalho, desenvolvendo com os alunos

    atividades e questionamentos.

    A problematização levantada veio, justamente, tentar responder a seguinte

    questão: como auxiliar o aluno a utilizar a Internet como fonte de pesquisa para

    melhorar seu conhecimento nas aulas de História?

    As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) podem colaborar,

    enquanto meios, no processo de construção do conhecimento em sala de aula e,

    desta forma, constatou-se a necessidade de abranger temas como: “A Internet como

    ferramenta de aprendizado”, “A Internet como instrumento de revolução”, “Internet

    Cultura”, “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, “A rede mundial de

    computadores na sala de aula”, entre outros. Tais temas estão intrinsecamente

    ligados a esta nova geração de alunos, pois nem se quisessem, não poderiam viver

    sem contato com as TIC que os circundam.

    Com base nisso, essa Produção Didática Pedagógica tem por objetivo a

    apresentação das práticas de utilização da Internet realizadas com os alunos das

    aulas da disciplina de História. Um dos maiores intuitos foi levar ao conhecimento

    dos alunos a importância de utilizar corretamente as tecnologias que podem estar a

    serviço da educação, com ênfase na Internet.

    As práticas realizadas ocorreram na Escola Estadual Ruth Matinez Corrêa -

    Ensino Fundamental – da cidade de Ribeirão do Pinhal, do núcleo de Jacarezinho,

    como parte integrante do desenvolvimento do projeto PDE 2012 da Secretaria de

    Estado de Educação (SEED). As atividades deram-se com a utilização dos

    computadores do laboratório de informática da mencionada escola, com os alunos

    do 9º ano B, do período vespertino.

    2 A história da Internet

    Ao contrário do que muitos podem pensar, a Internet nasceu em plena

    Guerra Fria, num momento de extrema tensão entre os Estados Unidos da América

  • (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), atual Rússia, que

    buscavam por novos métodos que pudessem aumentar ou melhorar seu poder

    bélico. Foi neste turbilhão que surgiu a necessidade de encontrar uma forma de

    interligar as bases militares estadunidenses, mesmo que o Pentágono fosse

    atacado, pois toda a comunicação passava por ele e se fosse derrubado,

    comprometeria todas as outras. Foi então que, ao final da década de 60, surgiu a

    Advanced Research Projects Agency Network (ARPANET) que passou a interligar

    as bases dos EUA de forma descentralizada, onde, se uma delas fosse atingida, a

    comunicação entre as demais não deixaria de existir (Bogo, 2000).

    Ainda segundo Bogo (2000), a partir dos anos 70, pesquisadores de

    diversas universidades puderam integrar-se à ARPANET para trabalhar em projetos

    que agregassem à Defesa norte-americana. Com a diminuição da periculosidade

    iminente da Guerra Fria, mais e mais universidades foram-se juntando à rede que,

    em pouco tempo, teve que ser repensada, pois o tráfego de pacotes (pequenas

    partes em que são divididos os arquivos para serem transportados) aumentara

    significativamente. Neste ínterim, desenvolveu-se um novo protocolo chamado

    Transfer Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP), em substituição ao anterior

    (Network Control Protocol – NCP), que permitiu a expansão ilimitada da rede (era o

    que se pensava na época), que a esta altura já não se limitava somente ao território

    dos EUA.

    No Brasil, os primórdios da Internet (como passou a ser chamada a rede

    ARPANET no mundo todo) aconteceram muito mais tardiamente, ao final da década

    de 80, com a interligação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São

    Paulo (FAPESP) e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) a

    algumas instituições nos Estados Unidos. Na década seguinte, houve a criação da

    Rede Nacional de Pesquisa (RNP), que interligou várias unidades da federação e

    propiciou espaço para que universidades e empresas privadas começassem a

    utilizar a rede, para fins comerciais ou não.

    Hoje a RNP ainda é a base para novos rumos que começam a ser escritos

    pelo governo brasileiro, pois uma outra percepção da Internet está em discussão,

    para que todos possam se adequar às recentes tecnologias, formas de

    relacionamento e comunicação que ela propõe.

  • Quanto à questão da expansibilidade da rede, o que era considerado sem

    limites, nos dias atuais já não mais comporta o grande volume em escala mundial, e

    até mesmo o TCP/IP está sendo abandonado, pois os mais de quatro bilhões de

    endereços disponíveis para computadores únicos terem acesso à Internet já estão

    esgotados (TAGIAROLI, 2011). Isto prova que ela não para de crescer, que está

    sempre englobando novas tecnologias e que cada vez mais faz parte do cotidiano

    de todas as pessoas, de uma criança de poucos anos de idade, até um senhor com

    mais de setenta anos.

    Desde o boom dos anos 90, quando a Internet alcançou patamares

    extraordinários, passando pelo início da primeira década deste novo milênio, onde

    tanto software como hardware mais baratos e mais estáveis começaram a ser

    desenvolvidos, até a febre das grandes redes sociais dos últimos cinco anos, é

    prova mais do que suficiente de que esta rede que já é grandiosa só tende a

    aumentar ainda mais. Até onde isto vai parar, ainda não se sabe, mas as

    expectativas é que ela nunca pare de crescer, de inovar, de surpreender.

    3 Fundamentação teórica

    Os alunos apreciam a moderna tecnologia que nos circunda, mas não a

    utilizam de forma satisfatória ao aprendizado escolar, seja pela falta de

    conhecimento das ferramentas, ou até mesmo pelo seu uso irracional, tirando pouco

    proveito de excelentes recursos que ela oferece. Os professores, por sua vez, não

    estão muito distantes desta realidade, uma vez que a cada dia surgem inúmeras

    novidades, tornando-se praticamente impossível sua absorção instantânea.

    Contudo, os docentes precisam guiar os alunos e ensinar-lhes as informações

    corretas, do melhor modo possível para a lucratividade de seus discentes.

  • 3.1 Linguagens, códigos e suas tecnologias.

    CD-ROM, Home-Page, Internet, Multimídia... Será que o aluno brasileiro

    consegue entender tudo isso e integrar-se ao chamado mundo globalizado? Será

    que consegue compreender e respeitar a diversidade cultural do país? Ou ainda,

    observar que em alguns lugares do Brasil se usa a palavra “aipim” e em outros

    “mandioca”, mas que as duas formas estão corretas?

    A palavra linguagem está presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais

    (PCNs) já indicando a intenção de que o estudante compreenda não somente a

    linguagem verbal, mas também a não-verbal, ou seja, o mundo da imagem, pois a

    Internet proporciona isso no mundo atual.

    Mais do que dominar a língua e a fala, o aluno deve estar preparado para

    produzir textos, criar, ter uma boa visão sobre o papel do homem, inter-relacionando

    os conhecimentos adquiridos em todas as disciplinas e não somente na área de

    História.

    Ao deparar-se com um mundo tão tecnológico, o professor deve mostrar ao

    aluno de que forma essas mudanças interferem em sua vida, em seu modo de

    pensar e agir.

    Jonathan Sterne (1999) sustenta que, entre as missões que os chamados

    estudos culturais estão recebendo agora, está a de relativizar a ascensão da

    cibercultura e das novas tecnologias de comunicação, via o questionamento das

    narrativas que lhes conferem universalidade, cunho revolucionário, alteridade radical

    em relação ao cotidiano e espírito imperialista de fronteira.

    Os culturalistas se recusam a ver na tecnologia uma espécie de coisa e, com

    isso, a sensação confortável de que o objeto de estudo pode ser claramente

    delimitado. Os teóricos da corrente resistem à idéia de estudar o computador como

    se fosse um simples equipamento, os programas e as redes que os conectam entre

    si e com outros meios de comunicação. Em resumo, procuram entender a tecnologia

    como uma forma de vida, uma articulação, um aparato ou conjunto dentro do qual o

    agente flutua (Slack & Wise, 2002, p.480).

  • Ainda para Sterne, o ponto de partida ou matriz para feitura dessa linha de

    pesquisa seria o estudo Television: technology and social form (1974), de Raymond

    Williams. Segundo esse autor dos estudos culturais, as tecnologias, em última

    instância, sempre são produto de um sistema social e de um processo histórico,

    “desenvolvendo-se como um processo de inovação autônoma apenas na medida em

    que falhamos em identificar e questionar suas reais determinações” (WILLIAMS,

    1974, p.135).

    Em resumo, “a tecnologia moderna é a tecnociência moderna tornando-se

    autônoma e instrumental, sendo, na maioria das vezes, associada a projetos

    políticos tecnocráticos e, como tais, futuristas e totalitários” (LEMOS, 2002, p.39).

    Para o autor, verifica-se nos tempos modernos que, como querem os pensadores

    fáusticos, o homem é possuído pela técnica e se torna objeto da máquina.

    Não adianta ficar sentado, vendo tudo passar diante dos olhos, e muito

    menos sonhar com o que poderia ser se não houver condições para que tais sonhos

    possam vir a se tornar realidade. O problema é que mesmo a rede tendo uma

    conectividade muito grande em escala mundial, e no caso do Brasil, ter praticamente

    dobrado em cinco anos, de 20 milhões de usuários em 2006 (CARVALHO, 2006, p.

    152) para cerca de 40 milhões de acessos distintos nos dias atuais, segundo a

    comScore (2011, apud UOL Tecnologia, 2011), a grande maioria da população nem

    mesmo tem acesso a um computador. É como estar dentro de um carro com 700

    cavalos de potência e ele não ter combustível. Ou seja, para que o mundo virtual

    possa favorecer a sociedade, as comunidades em quaisquer lugares, é preciso ter

    estrutura, preparação e oportunidade.

    Líderes de países por todo o globo terrestre estão começando a se mobilizar

    neste sentido. Iniciaram o levantamento de questões sobre o futuro da Internet,

    como as pessoas conseguirão adequar-se a ela, e quais os benefícios reais que

    pode proporcionar à raça humana.

    É algo ainda muito novo, mas que mesmo assim já pode ter um excelente

    ponto de partida, interligando sua capacidade e seus recursos com a educação em

    qualquer nível, desde os primeiros anos de escola primária até um processo de livre-

    docência.

  • É preciso dar atenção especial ao momento pelo qual a História está

    passando. A humanidade ainda está configurada na transição entre dois séculos

    totalmente distintos, sendo um deles com forte inclinação ao passado, com

    pensamentos tão arraigados que qualquer inovação ou forma de vida que proponha

    uma visão diferente são taxadas a ferro e fogo. Já o outro se projeta ao futuro,

    dando resquícios de que o relacionamento entre os seres humanos será (e já está

    sendo) alterado num patamar sem precedentes.

    De um lado está o conservadorismo, a resistência, o romantismo. Do outro,

    a inovação, a mudança, a aventura. Explorar o desconhecido não é tarefa das mais

    simples, porém, consegui-lo não é impossível. O confronto entre professores e

    alunos nas salas de aulas há muito deixou de ser um relacionamento única e

    exclusivamente entre “mestre sabe tudo” e “pupilo aceita tudo”. E, para incendiar

    este ambiente, a Internet chegou como a promessa de algo que jamais passou pela

    cabeça dos grandes pensadores e entusiastas mais famosos, por ser um meio inter-

    relacional praticamente instantâneo e pela forma como está implantada, construída

    sobre uma “jurisdição” completamente diferente daquela que se encontra em redes

    de televisão, jornais impressos, formas de telecomunicações distintas, como por

    exempo, o telefone etc.

    A Internet, sendo a maior rede mundial de comunicação da atualidade, vem

    alterando a forma de relacionamento entre as pessoas em toda a esfera terrestre.

    Uma das grandes contribuições para este acontecimento foi sua rápida aderência

    nos mais variados segmentos, seja na educação, no ramo alimentício, na política, na

    ciência, dentre inúmeros outros. E tal aderência só se concretizou em virtude da

    celeridade com que a tecnologia vem evoluindo, proporcionando novas concepções

    e ferramentas cada vez mais acessíveis à grande massa, trabalhando com o intuito

    de convergir pensamentos e ideais comuns, que se tornam cada vez mais ousados

    e atrativos.

    Esta rede monstruosa encurta distâncias, aproxima grupos sociais que

    tenham o mesmo interesse, permite acesso a informações em tempo real, de

    qualquer lugar do planeta, e instiga para vertentes que inúmeras pessoas nem

    sequer sonhariam há alguns anos.

  • É por esta versatilidade e praticidade que passar horas a fio, diariamente, na

    frente de um microcomputador, por exemplo, tornou-se ofício e lazer ao mesmo

    tempo. Para que ler um jornal impresso, se pode ser lido diretamente no monitor?

    Para que guardar fotos num álbum físico, ou vídeos em dispositivos de

    armazenamento propícios, se eles podem ser compartilhados e vistos diretamente

    de um computador na rede? Para que conversar com um vizinho por cima do muro

    se é mais cômodo teclar com ele por um software de mensagens instantâneas?

    Será que ainda é necessário enviar cartas a um amigo ou parente se é possível falar

    com ele através de uma videoconferência on-line? Para que ir às lojas ou ao

    supermercado se é melhor, menos estressante e mais barato, comprar os produtos

    em seus respectivos sites? Para que ir ao cinema se os filmes podem ser

    comprados numa loja virtual de produtos digitais e assistidos no conforto da própria

    casa?

    Fazendo uma analogia deste novo estilo de vida com a virtualização

    estudada a fundo por Pierry Lévy em sua obra O que é o virtual, pode-se dizer que

    eles se complementam, não porque estamos vivendo a era do virtual, com o

    computador, televisão, rádio etc., mas porque o simples gesto de comprar um

    produto através da Internet acarreta na transferência do supermercado, por

    exemplo, do espaço físico para o meio digital. É claro que em algum lugar da face da

    Terra existirá o estoque físico dos produtos vistos no portal da loja, mas o ponto

    chave é que se deixa de ir até a loja para trazê-la inteira para dentro de nossos

    lares.

    Com tudo isso a apenas um clique, não há como negar que o estilo de vida

    das pessoas, seja na comunidade local, num estado, num país ou num continente,

    está sendo alterado profundamente. Já não se vive mais sem as facilidades das

    novas tecnologias. É preciso estar conectado a tudo e a todos. Quem não se

    atualizar estará fadado ao esquecimento e passará a fazer parte da periferia do

    século XXI.

  • 3.2 A Internet como ferramenta de aprendizado

    A partir do momento que uma maior quantidade de pessoas tem acesso aos

    computadores e, mais especificamente, à Internet, é chegada a hora de aprender

    com ela, tendo um grau de importância elevado o “saber como aprender”.

    Aprendizado constante deveria sempre fazer parte da vida de todos,

    principalmente de um professor e uma professora, independentemente de uma

    necessidade iminente ou obrigatória. Entretanto, muitos deles pararam no tempo e

    acham que tudo o que absorveram até a graduação já é suficiente para dar

    prosseguimento à sua profissão. A Internet acabou por colocar o carro na frente dos

    bois e vem mudando a relação professor-aluno, pois com a quantidade de

    informação disponível, não raras vezes, os próprios alunos já possuem um

    conhecimento mais detalhado de determinado assunto do que seu professor.

    As redes de informação aparecem cada vez mais como importantes canais para acesso e distribuição de informações [...]. Ela oferece o acesso direto a centenas de catálogos de bibliotecas, com milhões de livros e artigos, revistas científicas eletrônicas, discussão de grupos a respeito de inúmeros temas [...], catálogos e coleções de arquivos de dados de pesquisas (CARDOSO e VAINFAS, 1997, p. 613).

    Se não bastasse este conteúdo mais formal, também existem comunidades

    e fóruns, que são espaços reservados para discussão de todo e qualquer assunto,

    com as mesmas aspirações. E sempre há pessoas que realmente sabem e querem

    compartilhar o conhecimento que têm. Ficou simples saber de algo. Existem

    incontáveis páginas de web que falam dos mais diversos temas, e em todo lugar, em

    qualquer que seja o idioma, quebrando os obstáculos das crenças, dos costumes e

    da retenção do conhecimento. Para facilitar ainda mais a utilização da Internet,

    foram desenvolvidos portais de pesquisa instantânea, que varrem toda e rede em

    busca de páginas que tenham disponibilizado seu conteúdo, relacionado à questão

    em pauta, para consulta.

    Há de se ter muito cuidado, porém, com este fascinante meio de navegação

    pelos lugares mais longínquos do nosso planeta. Nem tudo o que se vê é digno de

    confiança, pois a Internet tornou-se terra de ninguém. Por um lado, é bom, claro,

    pois não há tanta burocracia, obstáculos a serem contornados, dependência deste

  • ou daquele meio para se atingir um determinado fim. Por outro, no entanto, pode

    haver invenções, mentiras, falsidade, manipulação etc., por parte do emissor de uma

    informação ou através de uma simples mensagem sobre determinado ponto de

    vista. Uma notícia aferida por um portal, por exemplo, pode ser tendenciosa, de

    acordo com o tipo de negociação feita com quem quer que seja e dos seus objetivos

    comuns. Para evitar este risco ou, pelo menos, minimizá-lo, é necessário a

    orientação correta, por pessoas que já estejam preparadas e mergulhadas neste

    aquário de águas ainda muito turvas.

    Esta preparação pode vir por parte dos próprios professores, mas muitos

    deles ainda não têm, sequer, um mínimo de conhecimento para si mesmos. Sendo

    assim, é muito importante instigá-los, estimulando ao desenvolvimento de pesquisas

    que precisam de ferramentas tecnológicas atuais para isso, principalmente a

    Internet. Mesmo sendo um caminho com muitas pedras, por ser algo recente, é

    necessário ter que percorrê-lo para que a qualidade do próprio professor não venha

    a cair e a fazer parte da já mencionada periferia do século XXI.

    Então esta tecnologia soma, porque ela se combina com as necessidades concretas de um profissional que precisa de formação e informação contínua para a vida, e que não tem as disponibilidades de tempo de uma criança ou de um jovem (SAVAZONI e COHN, 2009, p. 30).

    De fato, os autores têm razão, visto que existem muitos fatores que

    envolvem a rotina de um professor. Seja com a família, seja com preparações de

    conteúdos, ou com atividades junto à comunidade, a quantidade de tempo

    disponível diminui consideravelmente, e estes profissionais podem encontrar na

    Internet uma excelente aliada tanto para benefício próprio como para a

    disseminação de aprendizados e raciocínios que acarretam o bem mútuo.

    Uma vez que já se tenha um mínimo de conhecimento sobre a Internet e

    sobre outras novas tecnologias que a agregam, de forma a tornar a prática algo mais

    prazeroso, e que incite maior atenção por parte dos receptores, é hora de começar a

    trilhar este caminho, aderindo às inovações dentro de uma sala de aula.

    Ter um livro impresso nas mãos, doravante poderá ser apenas uma segunda

    opção. É mais interessante ter todos os livros nas mãos, e não apenas um. Assistir

    um filme ou ver imagens diretamente do próprio site criado por uma grande

    personalidade, para que todos possam acessar na hora em que quiser no decorrer

  • da aula, ao invés de falar sobre ela, ou ler algumas páginas num livro com sua

    história é, no mínimo, mais interativo, tornando-se algo mais emocionante,

    consciente ou inconscientemente. O intuito da Internet numa sala de aula é de

    agregar ao conteúdo da aula e, ao mesmo tempo, de chamar os alunos para uma

    conversa de igual pra igual.

    Compartilhando o racioncício de Umberto Eco, em sua conferência From

    Internet to Gutenberg (1996), do original em inglês, hoje a questão educacional deve

    abranger cuidadosamente as mídias disponíveis. Pois mesmo com os recursos

    visuais, textuais e interativos que a rede oferece, o papel do livro impresso neste

    contexto dificilmente será subtituído ou extinguido na sua íntegra nas próximas

    décadas (CHARTIER, 2002, p. 107). Apesar de serem correntes relativamente

    distintas (dependendo do ângulo de visão), ao se trabalhar de forma a articular

    ambos os recursos, seus usufruidores só tem a ganhar.

    Todo o mundo continua evoluindo, e todos os seres humanos precisam

    acompanhar esta evolução. É inegável que a tecnologia já faz parte da vida

    cotidiana e assim o será a cada novo amanhecer. No que tange à Internet, sempre

    haverá uma forma de despertar os alunos para que corram em busca do

    pensamento, pois são sempre sedentos por conhecimento, e diante de tudo o que já

    veem na rede, uma forma muito segura de fortalecer os laços entre eles e seus

    docentes é justamente inflamar o pensar, questionar, argumentar sobre o porquê

    disso ou daquilo. Já que, segundo Lévi-Strauss apud Savazoni e Cohn (2009), as

    diferenças passaram a ser interiores, nada melhor do que estimular o pensamento,

    intrigar o óbvio para que se possa buscar uma resposta, e a cada resposta sempre

    haverá uma nova pergunta que a rede mundial de computadores estará pronta para

    ajudar. Nem sempre se conseguirá respostas satisfatórias, e é aí que cabe o novo, o

    inexplorado, esperando para ser desbravado e entrar para os anais da Internet.

    O uso da Internet na sala de aula não é só uma questão de tecnologia, pois

    envolve outros aspectos da vida escolar. A comunicação agrega todos eles. Os

    processos de comunicação que temos o costume de utilizar é o chamado modelo

    estrela, ou seja, aquele em que existe um emissor e vários receptores. Esse modelo

    também é o que se encontra na escola e vem se repetindo ao longo dos anos:

    disciplinas compartimentadas, campos delimitados, aprendizagem individual com

  • pouca ou nenhuma negociação de sentido, o professor como emissor da informação

    e o aluno como receptor.

    Segundo Michel Sèrres, filósofo francês, “as novas tecnologias não trazem

    novos desafios para à educação”, isto porque o real desafio da educação é vencer o

    modelo autoritário da prática pedagógica e modificar o tipo de comunicação: do

    modelo estrela para o modelo em rede, aquele em que todos são emissores e

    receptores de informação, porque neste tipo de comunicação existem vários pontos

    de interligação.

    4 Encaminhamento metodológico

    Como auxiliar o aluno a utilizar a internet como fonte de pesquisa para

    melhorar seu conhecimento nas aulas de História? Esta é a pergunta para a qual se

    tentou encontrar uma resposta com métodos que ajudaram no desenvolvimento

    durante o trabalho de implementação na escola.

    A inserção de recursos multimídia na escola pública do Estado do Paraná

    ainda é recente e muitos educadores não utilizam o computador para melhor ajudar

    seu aluno devido à falta de tempo, ou seja, por não ter algum material pronto. Sendo

    assim, elaborou-se alguns recursos para agilizar as aulas via Internet.

    Primeiramente, por meio de uma coleta de dados através de um questionário

    (ver Questionário 1, do Apêndice A), foi feito um levantamento da situação dos

    computadores na escola. O passo seguinte da pesquisa foi o diagnóstico da

    situação dos alunos (ver Questionário 2, do Apêndice A), referente ao uso do

    computador, com o objetivo de verificar qual o grau de conhecimento em informática

    de um modo geral, como por exemplo, o domínio de um editor de textos, o uso de

    um programa de apresentação de slides e os recursos que um navegador web tem

    para realização de pesquisas. Além disso, outros recursos foram utilizados, como

    livros didáticos, textos específicos relacionados ao conteúdo de História,

    computadores com programas de escritório e Internet para realização de pesquisas

    on-line, televisão, pendrive, giz e lousa.

  • Posteriormente à coleta de todas as informações, sugeriu-se trabalhar com

    algumas atividades (disponíveis no Apêndice B) que possibilitam o usufruto da rede

    como ferramenta de trabalho. A finalidade de tais práticas concentra-se em buscar a

    formação de uma consciência histórica, de maneira simples e atrativa com a

    utilização da Internet nas aulas de História.

    5 Análise dos resultados

    Visando uma melhor aprendizagem, a seguinte questão foi proposta: “a

    Internet como poderoso instrumento educativo para inserção do educando no mundo

    globalizado” e obteve-se alguns resultados significativos. Partindo da análise de que

    a escola está distante do século XXI, e tendo uma real preocupação com o tirocínio

    tecnológico, é que se chegou à conclusão de que este assunto deveria ser

    trabalhado.

    Para Pedro Demo (2009, p. 109), o conceito do novo gera insegurança para

    muitos profissionais da educação, pois uma boa parcela dos professores, habituados

    ao velhos métodos aos seus domínios, sente-se insegura com a mudança, a ponto

    de oferecer resistência. A dificuldade de lidar com as novas tecnologias e o

    constrangimento diante da facilidade com que os jovens as dominam, podem

    explicar essa realidade. Ele ainda cita o agravamento dessa resistência docente pelo

    receio da desvalorização do profissional, mas nos lembra que “as novas tecnologias

    não eliminam o professor, ao contrário, o valorizam extremamente, mas na função

    de ‘coach’”. Um conceito inovador em que o ‘coach’ ajuda o seu colaborador a

    aprender, a descobrir as áreas de maior potencial de desenvolvimento, a

    desenvolver a sua inteligência emocional, a fazer opções, a definir os seus próprios

    objetivos, a analisar os seus próprios erros, bem como as suas causas e as formas

    de corrigi-los, faculta-lhe informações e pistas que lhe permitam tomar opções e

    efetuar decisões.

    Como aderir aos recursos tecnológicos da escola para trabalhar História, se

    muitos alunos não tem acesso à Internet e, inclusive, alguns não conhecem o

  • computador? Foi essa a situação encontrada, através da qual desenvolveu-se um

    trabalho de implementação cujas verificações são descritas adiante.

    Primeiramente, para saber a situação do alunos supracitados, com as

    perguntas elaboradas para todos os 30 participantes para avaliar o nível de

    conhecimento referente ao uso do computador, os seguintes resultados foram

    contabilizados: quando se perguntou se conheciam o computador e seus recursos

    básicos, 26 respostas para “sim” e 4 para “não”; no questionamento sobre o local de

    utilização do computador, 16 respostas para “Lan House”, 4 para “em casa”, 6 para

    “na casa de amigos”, 0 para “na escola”, e 4 para “não usa em nenhum lugar”;

    somente 15 sabiam utilizar pelo menos um editor de textos; quando indagados sobre

    onde aprenderam a usar o computador, 12 respostas para “em cursos oferecidos

    pela Escola Despertar APAE em parceria com a Escola de Implementação”, 10 para

    “Lan House”, 4 para “sozinho em casa”, 0 para “no laboratório de informática da

    escola”, e 4 para “não sei usar o computador”. Após a coleta destes dados, a

    implementação foi iniciada.

    No princípio havia muita apreensão porque alguns alunos não tinham

    contato nenhum com o computador. Para solucionar este problema foi preparado um

    passo a passo para o primeiro contato com a máquina, como por exemplo, o acesso

    à rede da escola e também ao site do Dia a Dia Educação, descrevendo link por link,

    até encontrar as imagens necessárias à realização do trabalho. Por meio deste

    impacto inicial a implementação das atividades foi, derradeiramente, iniciada. Houve

    a necessidade da realização em turnos alternados, sendo quinze alunos numa

    semana e quinze na outra, já que somente cerca de metade de todos os vinte

    computadores estava funcionando. Em média, a cada semana ficavam dois ou três

    alunos juntos num mesmo computador. De qualquer forma, todos os alunos tinham

    acesso ao laboratório de informática a cada quinze dias.

    Uma das atividades com maior aproveitamento foi aquela relacionada à Era

    Vargas (ver Atividade 3, do Apêndice B). Os alunos tinham que procurar uma

    imagem no portal Dia a Dia Educação usando o passo a passo e responder algumas

    questões. Eles gostaram muito e alguns chegaram a dizer: “Porque nós vamos tão

    pouco ao laboratório, sendo que é tão gostoso ter aulas no computador quando o

    professor está junto com a gente para atender? - As aulas ficam mais gostosas”.

  • Esta foi uma das várias atividades aplicadas. Porém, um dos maiores pontos

    negativos foi quando não funcionava nenhum computador, por problemas técnicos

    ou de falta de consertos, e a aula deveria ser no laboratório. Neste caso, a aula com

    as máquinas ficava para outro dia. Por outro lado, um dos maiores pontos de

    incentivo ficou por conta de o interesse dos alunos pelas aulas de História ter

    aumentado. As imagens que viam no computador eram mais interessantes do que

    nos livros, e a empolgação aumentava. Outro ponto positivo constatado foi que os

    professores que não gostavam muito de levar os alunos ao laboratório começaram a

    perceber que estes comentavam muito sobre as aulas de História com o computador

    e isso causou certo alvoroço naqueles. Desta forma, a eficácia do projeto tornou-se

    extremamente perceptível.

    Como resultado dessa implementação pude constatar que, primeiramente,

    causou mudanças em mim mesmo, pois aprendi a gostar de trabalhar mais com os

    computadores envolvendo a Internet nas aulas de História. A outra certeza é de que

    o público-alvo foi atingido satisfatoriamente, tendo em vista o entusiasmo e o

    aprendizado de alunos que não sabiam nada sobre computador e nunca haviam

    trabalhado com o mesmo.

    Pode-se afirmar que a implementação do Projeto PDE despertou maior

    interesse tanto de alunos como de professores para os recursos tecnológicos, bem

    como iniciou uma mudança referente ao uso dos computadores disponibilizado pela

    escola, especialmente quanto ao uso da Internet, e refletiu positivamente na prática

    do professor e na qualidade do ensino, contribuindo para uma melhor dinâmica com

    a disciplina de História. Acarretou também uma melhor compreensão dos dizeres do

    professor José Manuel Moran, onde:

    Ensinar na e com a internet atinge resultados significativos quando se está integrado em um contexto estrutural de mudança do processo de ensino aprendizagem, no qual professores e alunos vivenciam formas de comunicação abertas de participação interpessoal e grupal efetiva (MORAN, 1995, p. 24-25).

    Portanto, sugere-se uma reflexão sobre o grande valor do uso da Internet

    nas aulas, e seus inúmeros benefícios, a qual é apresentada como um dos

    caminhos para a renovação, extremamente necessária no campo educacional.

  • 6 Conclusão

    A relevância deste artigo está em compreender a importância do uso da

    Internet na disciplina de História, pois possibilita o desenvolvimento de uma prática

    metodológica eficente, mostrando-se constituir um instrumento indispensável à

    compreensão da História.

    Com esse material didático, espera-se que alunos adquiram conhecimento

    sobre o uso correto dos computadores no aprendizado em geral, mas de modo

    particular na disciplina de História.

    Quanto à informação feita pela Internet, que é a maioria das atividades

    disponibilizadas, tomou-se todos os cuidados para que as fontes disponíveis não

    façam apenas uma busca em só aprender a usá-la. A função mediadora do

    professor é fundamental para a busca da leitura crítica do que se pesquisa usando

    as diferentes fontes de informação disponíveis nos sites. O ponto chave gira em

    torno da esperança de que os alunos percebam a importância da Internet como um

    meio para a obtenção de um resultado, mediado pelo professor, numa relação mais

    democrática de aprendizado. Cabe aos professores orientá-los para mudar a forma

    de ensinar e aprender desfrutando do uso da Tecnologia da Informação (TI). O

    intuito, portanto, é despertar o interesse dos alunos pela Internet de forma mais

    satisfatória, para que possam realizar trabalhos úteis às suas vidas, e não,

    basicamente, utilizá-la para redes de relacionamento, como por exemplo o site Orkut

    ou Facebook, ou ainda Twitter, dentre tantos outros. A finalidade esperada é que

    eles saiam do Ensino Fundamental e Médio sabendo trabalhar com os meios

    tecnológicos que a escola os oferecem, despertando para habilidades e

    competências necessárias ao cotidiano.

    A expectativa de estar contribuindo para uma melhor educação dos nossos

    alunos, usando um dos recursos tecnológicos mais expressivos e, sem dúvida, uma

    ferramenta indispensável para a atualidade, é muito gratificante e, claro,

    extremamente prazerosa.

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  • APÊNDICE A – Questionários para a pesquisa de campo

    Questionário 1 - Diagnóstico da situação dos computadores na escola

    Quantos computadores são?

    Qual o Sistema Operacional que é utilizado na escola?

    Quantos computadores estão em funcionamento?

    Os alunos têm acesso aos computadores da escola?

    Questionário 2 - Diagnóstico da situação dos alunos, referente ao uso do

    computador

    1. Você conhece o computador e seus recursos básicos? ( ) sim ( ) não

    2. Onde você usa o computador?

    a)( )Lan House b)( )em casa c)( )na escola d)( )em casa de amigos

    3. Assinale nos parênteses os programas utilizados pelo computador que você sabe

    usar.

    a)( )Editor de texto b)( )Apresentação de slide c)( )Planilha eletrônica

    d)( )Outro. Especificar__________________e)( )Não sei usar

    4. Onde aprendeu utilizar o computador?

    a)( ) Cursos oferecidos em escolas de informática

    b)( ) No laboratório de informática da escola

    c)( ) Sozinho em casa, interagindo com o computador

    d)( ) Não aprendi usar o computador

    5. Qual é a freqüência do uso do computador ligado à internet?

    a)( ) Todo dia

  • b)( ) Uma vez por semana em casa

    c)( ) Nos finais de semana em casa

    d)( ) Usa pelo menos uma vez por semana na escola

    e)( ) Mais de uma vez por semana na escola

    f) ( ) Uso na Lan House

    g)( ) Não uso a internet

    6. Utiliza a internet como fonte de pesquisa em seus trabalhos escolares?

    ( ) sim ( ) não

    7. Você utiliza MSN? ( ) sim ( ) não

    8. Você utiliza e-mail? ( ) sim ( ) não

    9. Você tem twitter? ( ) sim ( ) não

    10. Você tem Orkut? ( ) sim ( ) não

    11. Você participa do Facebook? ( ) sim ( ) não

    APÊNDICE B – Atividades para a pesquisa de campo

    Atividade 1 - Trabalhando com documento

    A Revolução de 1930

    A letra de uma moda de viola intitulada Tempo ruim, composta pela dupla

    Mandi e Sorocabinha, nos oferece alguma pista sobre a posição social na época.

    Que pistas são estas?

    Transcreva um trecho da música e comente sobre a mudança de governo

    que os autores não compreendem e que eles não acham certo.

  • Que aspectos da realidade nacional os autores da canção consideraram

    para expor na letra dessa música?

    Para os compositores, quando a situação do país começou a se complicar?

    MÚSICA

    “O nosso tempo ta ruim

    Em tudo eu não acho jeito

    Sempre mudar de governo,

    Sempre mudar de prefeito

    É coisa que eu não compreendo

    E eu não posso achar direito, aaai

    Foi depois da Monarquia

    Que houve complicação

    Agora com a República

    Tudo vai por votação

    E a gente que não vota

    Diz que não é cidadão, aaai

    Todas as coisas ficou caro

    Bem depressa, num instante

    Alembro e tenho sôdade

    Daquele tempo distante

    Eu tinha quatro vintém

  • Mas valia que nem diamente, aaai

    Eu pegava em dez mil reis

    E surtia a minha casa

    Pagava tudo vendeiro

    E nada eu atrasava

    Quando era fim da semana

    Mantimento sobejava, aaai

    Hoje eu pego em vinte mil réis

    Vou na vila, fico besta

    Eu gasto tudo os meus vinte

    A compra cabe na cesta

    Não sobra nem dez tostão

    Pra mim comprar uma chupeta, aaai

    Pois olha minha mulher

    Vim pensando pro caminho

    Pra comprar a mamadeira

    Não sobrou nem um pouquinho

    Dê de mamar pro pequeno

    Arade o nosso filhinho, aaai

    Mulher passa a preguntar

    Se eu ouvi falar da eleição

  • E eu passo a contar

    Tá feia a situação

    O Vargas disse que ganha

    Eu não sei se ganha ou não, aaai

    Pois olha minha mulher

    Na vila a coisa ta feia

    Se falar mal do governo

    Põe a gente na cadeia

    E depois da carceragem

    Não se tem pataca e meia, aaai”

    Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2011.

    Atividade 2 - Fórum de reflexão

    Local: Laboratório de Informática

    Usando duas turmas de mesma série e de turnos diferentes, organize um

    fórum de reflexão, pode ser num Blog ou Orkut sobre um conteúdo que está

    estudando no momento em História e que o conteúdo seja de interesse comum às

    turmas de maneira que se estabeleça um debate com reflexões e troca de idéias

    sobre tema.

    Atividade 3 – Trabalhando com imagens

    Vamos trabalhar com algumas figuras sobre a Revolução de 1930.

    Escolheremos uma figura que nos chamou mais atenção pela internet e faremos

    uma análise no caderno para depois debatermos em sala de aula.

  • Disponível em: . Acesso em: 28 jun. 2011.

    Faremos a seguinte análise da figura encontrada:

    Possui título?

    Existem pessoas retratadas?

    Quem são?

    Como se vestem?

    Como se portam?

    Percebe-se hierarquia na representação?

    Que objetos são retratados?

    Como aparecem?

    Que tipo de paisagem aparece?

    Qual é o tempo retratado?

    Há indícios de tempo histórico na representação?

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