na década de 1930

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      Na década de 1930, com o fm da hegemonia da elite agrária e a implantação doEstado Novo, a ideologia vigente precisou se adaptar ao projeto nacionaldesenvolvimentista instaurado por !et"lio #argas$ % caráter mestiço da população&rasileira passou a ser valori'ado, pois a via&ilidade s(cioecon)mica do *rasildecorreria, justamente, da e+istncia de uma -democracia racial- .ue ini&iria a

    possi&ilidade de con/itos raciais, étnicos e culturais, tão comuns em outros pases$!il&erto re2re, em -asa !rande e 4en'ala-, 5orneceu o suporte te(rico 6 novaideologia, tentando nos convencer .ue a escravidão no *rasil não havia sido tãocruel$  Neste conte+to nacional, o movimento um&andista ganhou corpo eestruturouse a fm de o&ter o status de religião &rasileira$ 7rimeiro, criouse aederação Esprita de 8m&anda 1939:, atual 8nião Esprita de 8m&anda do *rasil,cujo o&jetivo primordial era servir de interlocutor entre os templos fliados, o Estadoe a sociedade$ ;epois, promoveuse o 7rimeiro ongresso *rasileiro do Espiritismode 8m&anda 19

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    Iene'es M %gum, Tang) %gossi Na&eji M Bl.uimia de 8m&anda $$8ru&athan M 8m&anda Iista U 4ilvio 7ereira I$ M B 8m&anda e seusomple+os %liveira Iagno M 8m&anda e %cultismo M Iagia 7ratica 4e+ual M 8m&anda Esotérica e Rniciativa M 8m&anda 4agrada e ;ivina 7aulo!omes M % culto de 8m&anda em 5ace da Aei vários autores

    M % .ue é 8m&anda Emmanuel Jespo M Aei de 8m&anda M Ae2 de 8m&anda B&Vd Puanda M Aiç=es de 8m&anda 4amuel 7on'e M Pitual prático de8m&anda %liveira Iagno M am&a de 8m&anda *2ron e Kancredo MIirongas de 8m&anda M ;outrina e Pitual de 8m&anda$

     Kodos estes autores tra&alharam muito nos prim(rdios da 8m&anda com amesma iniciativa@ esclarecer, unir, normati'ar e, alguns, até codifcar, poiscomo vimos este 5oi um dos o&jetivos do primeiro congresso de 8m&anda$

    Em 19LW aparece um -novo- autor de 8m&anda, pois muitos já vinhamescrevendo$ 4urge $$ da Iatta e 4ilva com o seu -8m&anda de Kodos

    N(s-, na intenção de apresentar á 8m&anda$ Este é um livro &i&liográfco,5ruto de pes.uisas, .ue visa mostrar a religião, a cincia, a arte e a flosofa,com material muito pr(+imo ao .ue vinha sendo estudado no 7rimado de8m&anda lem&rando da tese do B8I *SBN;X .ue veio da Kenda Iirimpara o primeiro congresso e anos ap(s 5oi pu&licada pelo nosso irmão ;aIatta:$ ;igase de passagem uma o&ra muito &em 5eita .ue trou+einovaç=es e conhecimentos muito &em em&asados$

    ;a Iatta apresentou á 8m&anda da 5orma como a en+ergava e tra&alhava$% .ue é uma visão particular visvel em sua postura o&servada em

    passagens de sua o&ra, onde vemos como e+emplo o autor citando asentidades Iaria 7adilha, Iaria das 4ete 4aias e Jé 7elintra, atim&o'eiro eIestre da Qurema .ue segundo o autor não 5a'em parte da 8m&anda nemdevem se mani5estar nela, assim como os &aianos, &oiadeiros, marinheirosou ciganos$ Nesta visão do autor a 8m&anda deveria mani5estar apenasa&oclos, 7retos #elhos e rianças na direita> E+u e 7om&a !ira naes.uerda$

    ;e certa 5orma isso é um dogmatismo, uma odifcação restrita a seusseguidores e simpati'antes$ Ias .ue eu em particular tam&ém perce&o

    assim, por.ue acho .ue a hierar.uia esta&elece Aeis e Pegras, no .ual sedeve seguir sem &agunça$ Aem&rando .ue o pr(prio ;a Iatta, e alguns deseus discpulos, identifcou a -sua um&anda- ou a -8m&anda de Kodos N(s-como -8m&anda Esotérica e Rniciática-$ % .ue tam&ém não 5oi novidade,pois a origem desta 5orma de se praticar 8m&anda está no 7rimado de8m&anda na igura de *enjamim igueiredo e o assunto já havia sidoa&ordado em uma pu&licação de %liveira Iagno em 19L0, o livro intitulado-B 8m&anda Esotérica e Rniciática-$ Ias esta nova o&ra além de ser maiscompleta 5oi mais ela&orada e e+emplifcada$

    Esta é uma segmentação dentro da pr(pria 8m&anda, ;a Iatta tam&émteve discpulos, .ue pu&licaram o&ras nas .uais podemos detectar a mesma

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    postura, .ue tra' de 5orma implcita e su&entendida, cada um 6 suamaneira, o -;ogmatismo e odifcação-$ Blias religião nenhuma conseguepassar sua verdadeira mensagem sem um desenvolvimento de umacodifcação efciente e convincente$

    Blguns mudaram de idéia no caminho, s( .ue não é possvel apagar o .ue já 5oi escrito como por e+emplo, um cidadão .ue alcançou um cargo deenvergadura nacional e disse@ -Es.ueçam tudo o .ue eu escrevi-:$ Y muitodi5cil es.uecer, afnal 5oi grande o numero de pessoas .ue leram, e muitosvai continuar lendo, livros e livros, sem, contudo es.uecer .ue a essncia dotra&alho não está apenas na prática da 8m&anda, mas no seuaprimoramento$ Kanto de conhecimentos flos(fcos e religiosos, comotam&ém na sua ritualstica sagrada$ ;efnida assim pelo a&oclo das 4eteEncru'ilhadas@ -8m&anda é a mani5estação do esprito para a caridade-$Ias caridade se 5a' tam&ém na partilha dos conhecimentos$ E é por isso

    .ue devemos ter uma &ase s(lida contida nesses conhecimentos$

    B 8m&anda é simples, sua prática é simples, mas não &asta dei+ar .ue osguias tra&alhem$ Bntes é preciso .ue os sacerdotes tenham, além depreparo espiritual, um grande conhecimento .ue não deve ser apenasmstico, mas flos(fco e esotérico$ E neste conte+to o conhecimentoastrol(gico é 5undamental$ Enganamse a.ueles .ue tentam ignorar osconhecimentos dos astros$ 7ois é inegável, a ligação dos ori+ás com cadaplaneta e signo do Jodaco$ Kam&ém se perce&e .ue na ritualstica, tantoesotérica, .uanto um&andista os princpios astrais estão contidos

    pro5undamente em todas as praticas essncias$ Bpenas uma coisa é certa@-teoria sem o&ras é estéril-$ 7ortanto, estudem e não dei+em de tra&alhar>estudem, mas não usem este estudo para coB odifcação da 8m&anda$ 

    http://portalesdoceu.blogspot.com/2008/08/codificao-da-umbanda.htmlhttp://portalesdoceu.blogspot.com/2008/08/codificao-da-umbanda.html

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     Não é o esforço de uma ou outra pessoa e sim o de tantos que deram suas vidas pelacaridade que realmente mostra resultados na missão de unir os irmãos umbandistas.Podemos começar citando o próprio Zélio de Moraes, fundador da Umbanda com oCaboclo das ete !ncru"il#adas. $ #istória começa com ele mesmo, pois foi com a

    orientação do Caboclo das ete !ncru"il#adas que em %&'& foi fundada a primeira()ederação !sp*rita de Umbanda( do +rasil. Com este ideal de união se reali"ou em%&% o Primeiro Con-resso +rasileiro de !spiritismo de Umbanda, também por orientação desse mesmo mentor e da l pra c vem crescendo muito, tanto o numero defieis, quanto os con#ecimentos adquiridos.

    Por ocasião desse evento foi publicado um livro, em %&/, que leva como t*tulo o nomedo con-resso, contendo tudo o que foi re-istrado antes, durante e depois do encontro.

    $ 0120$ 13 C3N45!36 era evitar a #omo-eneidade de prticas, o que davamotivo de confusão por parte de al-umas pessoas menos esclarecidas, com outras

     prticas inferiores de espiritismo.

    3 e-undo Con-resso +rasileiro de !spiritismo de Umbanda foi or-ani"ado por 7eopoldo +ettiol, 3s8aldo antos 7ima e 1r. $rmando Cavalcanti +andeira. $comissão paulista foi a mais numerosa e representativa, com a participação de )éli9

     Nascenti Pinto, 4en. Nélson +ra-a Moreira, 1r. $rmando :uaresm e 1r. !stevãoMonte +elo reali"ado em %&;%. Neste con-resso que se definiu a criação do uperior uperior dele-ado representante da @enda Mirim?, que no primeirocon-resso situava a palavra tendo ori-em em anti-as civili"aç=es e no sAnscrito. 1aonde viria pela primeira ve" a tese do $UM B +$N1D >%&% B @enda Mirim?.

    $ ori-em da palavra Umbanda6 ()ace Es diver-Fncias encontradas e das dGvidas quantoEs ori-ens e fontes de onde sur-iu o culto, que al-uns pretendiam fosse #indu B sem

     Hustificar com dados concretos e se-uros, elaboramos um ensaio #istórico...demonstrando a anti-uidade do #omem e do con#ecimento africanoI a prtica milenar de sua reli-iosidade...( Parte da e9planação de Cavalcanti +andeira, publicada em seulivro 3 que é a Umbanda, %&JK L !ditora !C3.

    3 terceiro >e Gltimo até então? con-resso de Umbanda aconteceu em %&J', presidido por Cavalcanti +andeira. Cavalcanti +andeira, em seu livro (3 que é a Umbanda(,apresenta um capitulo intitulado (Codificação da Umbanda( só para tratar do assunto.mplicar o .ue já 5unciona de 5orma simples ou para .uestionar .uem nãoteve a mesma oportunidade de estudar, mas tem a garra e a coragem paraajudar o pr(+imo por meio dos espritos militantes na 8m&anda$

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