modernismo

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Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Bacharelado em Humanidades História da Arte MODERNISMO Alcione Rodrigues Milagres Fabrício Antônio Lopes Kivia Francielle Barbosa Solange Maria Oliveira Mario Nunes Pereira filha Zulma Fernanda Rocha Santos

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Page 1: modernismo

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Bacharelado em Humanidades

História da Arte

MODERNISMO

Alcione Rodrigues Milagres

Fabrício Antônio Lopes

Kivia Francielle Barbosa

Solange Maria Oliveira

Mario Nunes Pereira filha

Zulma Fernanda Rocha Santos

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Um clima para o modernismo:

Os exemplares do modernismo cobrem um terreno muito vasto e diversificado _ pintura e escultura, poesia e prosa ,dança e música, e arquitetura e design , teatro e cinema.

Um ponto incontestável comum entre todos os modernistas era acreditarem que muito superior ao conhecido é o desconhecido, melhor do que o comum é o raro e que experimental é mais atraente do que o rotineiro.

Nessa busca de afinidades mais amplas é talvez a de uma grande família muito interessante e variada, com todas as suas expressões individuais diferentes, mas unida por alguns laços fundamentais.

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Entendendo mal o modernismo

A maioria dos artistas da vanguarda conseguiu uma vida confortável, alguns deles até mesmo prosperando. Os radicais passaram a viver de renda; de modo geral, os escritores ou compositores vanguardistas do séc. XIX, independentemente de onde partiram, acabaram se transformando em sólidos cidadãos.

O principal vilão claro, era a burguesia, e o agressor de mais prestígio continuava a ser Flaubert. Segundo os modernistas ele era incapaz de apreciar criações originais.

O modernismo era afetado em todos os aspectos pela sociedade. Para florescer, o modernismo precisava do apoio de condições sociais e culturais previamente dadas. Sendo assim era evidente que os modernistas precisavam de um estado e de uma sociedade relativamente liberais, até para existir.

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Marginais por profissão

O heroísmo da vida moderna não há, pintor ou compositor que possa reividicar com segurança a paternidade do modernismo. Mas o candidato mais plausível a esse papel é Charles Baudelaire. O modernismo de Baudelaire incluía acima de tudo o “efêmero ou fugidio, o contingente, que melhor podia ser visto em perambulações pelas ruas fervilhantes da metrópole .Baudelaire falava a uma minoria ainda restrita de artistas mas em crescimento que estavam dando as costas ao passado clássico e cristão.

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“Toda arte aspira constantemente á condição de música ,Ou em termos mais simples , a finalidade da arte é a arte O principio da arte pela arte já estava com seu canteiro preparadoDécadas antes do surgimento do modernismo ,semeado com aIdealização de monumentos seletos no mundo da literatura,Da pintura e da música...

Bethoven deixa sua marca...Incentivou que os leitores extraíssem inferências biográficasDe sua vasta obra em poesia e prosa e era com muita alegriaQue recebia os visitantes que registravam com fidelidade suasDeclarações solenes.

O culto a arte se converteu com muita facilidade no cultoAo artista porque o voculabulário espiritual “sumo sarcedote “ ,“redentor se tornou comum no sé.XIX entre os artistas e seusadmiradores.

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Pintura e Escultura

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Bem antes de 1890, o ritmo da inovação artística, que já era vivaz, se acelerou consideravelmente, sobretudo na Europa. Os espíritos progressistas marchavam sob a bandeira comum do modernismo, mas estabeleciam entre si diferenciações meticulosas, com insígnias mais variadas. Foram os pintores da vanguarda que apareceram e tiveram mais visibilidade com os primeiros revolucionários culturais.

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Édouard Manet (Nasceu em Paris, 23 janeiro de 1832, e morreu em 1883, pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XX.Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista.

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Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Freqüentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século do Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta sua liberação das associações literárias tradicionais, cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fato de ser considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas principais obras foram: Almoço na relva ou Almoço no Campo, Olympia, A sacada, O tocador de pífaro e A execução de Maximiliano.

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Van GoghO Holandês Vincent Willem van Gogh, nasceu no dia 30 de março de 1853 em Brabante do Norte e morreu em 29 de julho de 1890 na França.Sua característica estética era baseada no pós-impressionismo suas principais obras foram: Os Comedores de Batata, Os Girassóis, A Noite Estrelada e Retrato do Dr. Gachet. É considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo.

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Paul Gauguin

Nasceu em Paris, no dia 7 de Junho de 1848, nas Ilhas Marquesas, e morreu no dia 8 de Maio de 1903, e foi um pintor francês do pós-impressionismo.

Gauguin desenvolveu as técnicas do "sintetismo" e "cloisonnisme" (alveolismo), estilos de representação simbólica da natureza onde são utilizadas formas simplificadas e grandes campos de cores vivas chapadas, que ele fechava com uma linha negra, e que mostravam uma forte influência das gravuras japonesas.

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Paul Gauguin

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A visão depois do sermão, 1888, Edimburgo

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Esses dois importantes pintores modernistas, viviam entre a genialidade e a loucura.Vicent Van Gogh e Pau Gauguin, exibiam à suficiência dos sintomas esperados: o primeiro se matou depois de uma sucessão de terríveis surtos psicóticos, o segundo abandonou a esposa e cinco filhos, além da próspera carreira de corretor de ações, para passar o resto dos dias num exílio pobre e distante, pintando, pintando e pintando sem parar

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Paul Cézanne

Nasceu em Aix-en-Provence em 19 de janeiro de 1839 e morreu no dia 22 de outubro de 1906, foi um pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XIX para a arte radicalmente inovadora do século XX. Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do século XX.

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Histórico do cubismo

O cubismo nasceu em Paris,no século XX e pode ser dividido em três partes:Cubismo Analítico,o "Alto" Cubismo Analítico e o Cubismo Sintético.O cubismo começou com o pintor Cézanne,que pintava a relação entre espaço e volume das formas.Pablo Picasso e Georges Braque resolveram basear-se nas obras de Cézanne para criar suas obras.Picasso e Braque começaram a pintar linhas curvas,demonstrando assim que o cubismo não precisaria mais ser pintado com cubos,mas dando um efeito tridimensional.Os objetos retratados e as paisagens tentavam mostrar detalhes o máximo possível.Também era muito ligado a natureza.

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• CUBISMO ANALÍTICO:Período entre 1906 e 1909,caracterizou-se por apresentar uma pintura cristalina,semitransparente e com cores limitadas as sombras.

• CUBISMO "ALTO" ANALÍTICO:Ocorreu entre 1909 e 1912.Os pedaços transparentes,que costumavam"montar o quebra-cabeça" se tornaram cada vez menores dificultando o trabalho.

• CUBISMO SINTÉTICO:Aconteceu entre 1912 e 1914.Neste último período as pinturas ficaram mais completas,As figuras eram organizadas em plano,facilitando o trabalho.

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James Ensor, nasceu em Ostende, no dia 13 de Abril de 1860, morreu em 19 de Novembro de 1949, foi pintor e gravador belga dos séculos XIX e XX.Ensor ficou particularmente famoso pelos seus desenhos e pinturas de máscaras e multidões que utilizou como crítica social. As suas obras estão espalhadas por museus e colecções particulares de toda a Europa. Data de 1888 a sua obra-prima, Entrada do Cristo em Bruxelas, que anuncia ao mesmo tempo o fauvismo e o expressionismo. Criou, com outros artistas, os grupos Os Vinte e Arte Contemporânea.

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“Skeletons Fighting Over a Picked Herring” (1891)

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“The Skeleton Painter” (1895)

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“Skeletons Fighting for the Body of a Hanged Man” (1891)

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“The Dangerous Cooks” (1896)

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“The Strange Masks” (1892)

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Edvard Munch, nasceu em Loten, no dia 12 de Dezembro de 1863, morreu em Ekely, no dia 23 de Janeiro de 1944, foi um pintor norueguês, um dos precursores do expressionismo alemão.Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Oslo, teve como influências artísticas as obras de Courbet e Manet. Em suas obras predominou os temas sociais. Começou a pintar em 1880, iniciando em retratos e quadros naturalistas, nessa época pintou “Criança doente” de 1886.

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Wassily Kandinsky, nasceu em Moscou, no dia 4 de dezembro de 1866, morreu em Neuilly-sur-Seine, no dia 13 de dezembro de 1944, foi um artista russo, professor da Bauhaus e introdutor da abstração no campo das artes visuais. Apesar da origem russa, adquiriu a nacionalidade francesa. Passou grande parte da infância em Odessa. De volta à capital russa, estudou Direito e Economia na Universidade de Moscou, chegando a diplomar-se em Direito aos 26 anos, mas desistiu dessa carreira.

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Wassily Kandinsky

A tendência do artista para estabelecer correspondências entre a música e a pintura, expressa uma afinidade através das linhas e cores que compõem as suas telas. É de notar, ainda, que ao escolher títulos não referenciais para os seus quadros, Kandinsky manifesta o seu total desapego em relação ao objecto.

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René François Ghislain Magritte nasceu em Lessines, Bélgica, no dia 21 de Novembro de 1898, filho caçula de Léopold Magritte. Em 1912, sua mãe cometeu suicídio por afogamento no rio Sambre. Magritte estava presente quando o corpo de sua mãe foi retirado das águas do rio.Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, ultilizou-se de processos ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.

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André Breton nasceu em, 19 de fevereiro de 1896, morreu em Paris, no dia 28 de setembro de 1966, foi um escritor francês, poeta e teórico do surrealismo.

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Joan Miró i Ferrà, nasceu em Barcelona, no dia 20 de abril de 1893, morreu em Palma de Maiorca, no dia 25 de dezembro de 1983, foi um importante escultor e pintor surrealista catalão.Quando jovem, frequentou a Escola de Belas Artes da capital catalã e a Academia de Gali. Em 1919, depois de completar os seus estudos, visitou Paris, onde entrou em contacto com as tendências modernistas como os fauvismo e dadaísmo.

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Salvador Dalí

Foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Dalí foi influenciado pelos Mestres da Renascença e foi um artista com grande talento e imaginação. O seu trabalho chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras e grotescas, como nos sonhos, com a excelente qualidade plástica.

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Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso

Foi reconhecidamente um dos mestres da arte do século XX. É considerado um dos artistas mais famosos e versáteis de todo o mundo, tendo criado milhares de trabalhos, não somente pinturas, mas também esculturas e cerâmica, usando, enfim, todos os tipos de materiais. Ele também é conhecido como sendo o co-fundador do Cubismo, junto com Georges BraqueAo Pintar e desenhar a sexualidade, muitas vezes atirou longe a máscara da sublimação. A inibição não fazia parte de seu vocabulário: sua obra pulsa de lascívia, inclusive os auto- retratos.

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Raphael et la Fornarina X

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Raphael et la Fornarina XVI

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Georges Braque, nasceu em Argenteuil, no dia 13 de maio de 1822 e morreu em Paris, no dia 31 de agosto de 1963, foi um pintor e escultor francês que fundou o Cubismo juntamente com Pablo Picasso.Braque iniciou a sua ligação às cores na empresa de pintura decorativa de seu pai. A maior parte da sua adolescência foi passada em Le Havre, mas no ano de 1899, mudou-se para Paris onde, em 1906, no Salão dos Independentes, expôs as suas primeiras obras no estilo de formas simples e de cores puras (fauvismo).

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Marcel Duchamp nasceu em 1887, foi pintor, escultor, poeta e além de tudo um inovador. Foi um percursor da arte conceitual e contribuiu para a formação da arte abstrata. Transformou objetos do cotidiano em verdadeiras obras de arte, cujo formas fascinam. Com a idéia de fugir do comum, apropiava-se de algo já existente com o propósito de chocar o público.

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Henry Spencer Moore nasceu em Castleford, Yorkshire, 1898 — Perry Green, Hertfordshire, 1986) foi um escultor e desenhista britânico que desenvolveu uma obra tridimensional predominantemente figurativa, com breves incursões pela abstração.Filho de um engenheiro de minas, Moore se tornou conhecido por suas esculturas abstratas em grande escala, de bronze fundido e de mármore. Substancialmente sustentado pela instituição de arte britânica, Moore ajudou a introduzir uma forma especial de modernismo no Reino Unido.

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Panorama da coleção de Henry More, na Galeria de arte de Albright-Knox, Nova York. É a maior coleção pública dos

trabalhos do escultor.

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Prosa e Poesia: As intermitências do Coração

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Características:

Diferente das pinturas de vanguarda, a literatura moderna era acessível a um público muito maior.

Entretanto, havia uma coisa em comum entre os pintores e os romancistas do modernismo: Os dois campos artísticos criaram obras-primas imortais, monumentos perenes da história da alta cultura.

Os editores comerciais sabiam que o público leitor dos romances modernos eram muito restritos.

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Não foi fácil a aceitação da nova literatura, os escritores modernistas pareciam traições sistemáticas numa relação antiga e cordial entre o autor e o público. Os romancistas de vanguarda demandavam do público uma atenção concentrada, algo que autores mais complacentes não exigiam.

A exemplo dos pintores, os escritores modernistas despertavam certa ansiedade e curiosidade entre o público devido à sua imprevisibilidade.

Os modernistas chamavam especial atenção para suas técnicas. Isso os diferenciava dos autores tradicionais.

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Em parte, o que fazia da literatura modernista um escândalo, era a franqueza com que se tratava as relações sexuais, o que no romance tradicional apareciam apenas nas entrelinhas.

Em suma, a literatura modernista foram de contra aos critérios aceitos para a avaliação literária – a coerência, a cronologia, o fechamento – e passou a se dedicar intensamente à introspecção - Os espelhos modernistas refletiam sobretudo a subjetividade do autor.

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Principais escritores

modernistas:

Henry James era escritor modernista cujos romances obedeciam às regras clássicas. No entanto, nos finais dos romances ele trazia o surpreendente e o inesperado, era bastante conhecido, mas nunca foi um favorito.

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Principais obras: As asas da pomba, Os embaixadores e A taça de ouro.

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James Joyce, nascido em Dublim em 1882, em suas escritas carregava todos os estigmas do modernismo em seu grau mais subversivo: a versatilidade intelectual, a profusão de referências literárias, o domínio lúdico de línguas estrangeiras, uma imaginação acrobática e a vontade de transgredir as regras que haviam governado a escrita durante os séculos.

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Principais obras: Dublinenses (1914); Retrato do artista quando jovem (1916); Ulisses (1918).

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Virginia Woolf se tornou tão célebre que sua vida praticamente dispensa apresentações, nasceu em 1882 filha de sir Leslie Stephen. Sempre foi uma leitora voraz e escrevia incessantemente – Cartas, diários, rascunhos, resenhas, ensaios, polêmicas feministas, todos eles de uma inteligência brilhante, e depois romances.

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Principais obras : Mrs. Dolloway; Ao Farol.

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Nascido em 1871 em Paris, numa família de classe média alta, sendo o pai um médico ilustre e a mãe adorada oriunda de uma próspera família Judaica, Marcel Proust na maturidade viveu para escrever.

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Principais obras: Em busca do tempo perdido; O tempo redescoberto.

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Franz Kafka comparece em qualquer lista de grandes romancistas, não se aliou a causa modernista e a nenhuma outra, era um modernista acidental. Kafka não conheceu a fama em vida, foi e continua a ser mais minuciosamente analisado do que qualquer outro escritor moderno e, depois de décadas de discussões, ainda é o romancista mais irremediavelmente controverso do século XX.

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Principais obras: Um artista da fome (1924); O processo (1925); O castelo (1926); A metamorfose.

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T. S. Eliot, nascido em St. Louis em 1888, numa próspera família de unitaristas devotos de Boston que tinha se transferido para Missouri por razões comerciais. Ganhou o prêmio Nobel de literatura (em 1948), o que significou o avanço e a aceitação do modernismo.

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Uma de suas principais obras foi: A

terra desolada.

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Juntos esses escritores, romancistas e poetas empreenderam uma revolução na literatura. Esses modernistas tinham noção e, por vezes, até certa autoconsciência de seu papel sobre o impacto que julgavam tremendamente necessários em suas profissões. Virginia Woolf e T. S. Eliot, em particular, justificaram a demanda e a necessidade de seus textos numa cascata de ensaios, palestras, introduções e resenhas. Henry James também discorria solenemente sobre suas obras, uma por uma, em especial nos longos prefácios, profundamente reflexivos. Proust havia estudado a moderna literatura francesa, bem como a inglesa, e escrito sobre ambas, mas em anos mais avançados deixou de dedicar tempo aos meros comentários.

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A escrita modernista, portanto, era um empreendimento árduo não só para os autores como também para os leitores. Nem todos os autores e leitores seguiam a viagem inteira no expresso rumo ao futuro; alguns apeavam do trem ao sentir que as ofensas ao gosto tradicional estavam se tornando excessivas. Coisa que, tendo em vista o extremismo de alguns modernistas, não chega a surpreender. Afinal, ninguém forçou tanto os limites do costumeiro como eles – a não ser os compositores modernistas.

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Música e Dança: A libertação do som

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De todos os domínios do modernismo, o mais esotérico era a música. Arnold Schoenberg, o líder da sublevação musical no século XX, nunca teve um público considerável.

Ao contrário da pintura, do romance ou da arquitetura de vanguarda, que após um período de provas passaram todos a fazer parte da corrente estética dominante, grande parte da música vanguarda continua a ser de vanguarda. Os compositores se resignaram ao destino de continuar emocionalmente acessíveis apenas a uma elite reduzida.

Claude Debussy (1862-1918) e Gustav Mahler (1860-1911) iniciaram o processo para libertação artística musical no final do século XIX e começo do século XX.

Características:

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Debussy nasceu em 1862 e entrou no conservatoire aos onze anos e suportou a duras penas o ensino rigorosamente acadêmico, o qual, mesmo a contragosto, lhe foi de proveito.

Se tornou um grande emancipador do som pelo próprio som e, como autêntico modernista, reconheceu que estava trilhando um caminho em larga medida solitária.

A obra de Debussy era uma busca delicada, que se enquadrava à perfeição no mundo que os pintores e poetas modernistas buscavam à sua maneira – a vida interior e sua respectiva representação.

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Gustav Mahler, nasceu em 1860, filho de um destilador judeu na Boêmia, iniciou cedo a carreira musical: aos dez anos, apresentou seu primeiro recital como pianista, e o futuro de virtuose parecia garantido.

É altamente instrutivo, pois com suas sinfonias admiráveis, sua ilustre carreira de maestro e a lentidão com que ganhou renome, ele ilumina os meandros da evolução musical até a rebelião modernista.

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Um traço que o diferenciava de Debussy era sua extraordinária dupla carreira. Não havia nada de estranho num compositor empunhado a batuta sobretudo regendo as estréias de suas próprias composições. Muitos cantores e instrumentistas o admiravam e consideravam extremamente estimulante sua regência rigorosa.

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Os historiadores da música tratam Debussy e Mahler como figuras de “transição”, como se fossem uma espécie de ponte entre os compositores clássicos e os modernistas.

Os dois maiores representantes do modernismo foram Schoenberg e Stravínski e empreenderam em suas revoluções a partir de uma grande variedade de fontes, da doação de tradições esquecidas contrapostas aos clássicos usuais, da insatisfação com as regras consagradas e da pressão radical para desafiar essas regras, e sobretudo para construir alicerces totalmente novos para a música.

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Arnold Schoenberg nasceu em Viena em 1874, numa família judaica relativamente pobre, que no entanto conseguiu que o filho visivelmente talentoso tivesse aulas de violino. Ele começou a compor desde a infância e aprendeu música com o apoio de amigos generosos, que lhe apreciavam os dotes. Os pais não eram mais hostis à música do que qualquer família autríaca média.

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A música que ele escrevia, por mais profundas que fossem suas raízes na história musical, devia provir totalmente do íntimo.

Para ele, essa base na subjetividade não se restringia à teoria musical; sua trajetória religiosa pessoal foi tensa e tortuosa, e se imprimiu nos textos que escolhia para musicar.

O avanço de Schoenberg rumo ao modernismo ocorreu em 1907 e 1908, quando começou a esboçar seu Segundo Quarteto de Cordas e várias peças para piano.

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Igor Stravínski nasceu perto de São Petersburgo, em 1882, não deu grande peso aos pais para sua fantástica carreira, reconheciam seu talento no teclado, que incluía o dom invejável de executar uma peça à primeira vista. Ele compôs ao piano a vida inteira.

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Titãs menores

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Schoenberg: Seu modernismo se caracteriza pela atonalidade e principalmente pelo serialismo.

O francês Edgard Varèse passou a vida tentando descobrir novos instrumentos que gerassem novas tonalidades, mudou-se para os EUA, onde fez uma série de peças orquestrais. Seu lema era a “libertação do som.”

John Cage era um autêntico radical americano, compositor, poeta, conferencista, filósofo caseiro. A peça 4'33” foi sua criação modernista mais extravagante. Ele colhia interferências não-musicais na criação musical, o que era típico na composição dos progressistas dos anos 1950. Que se negavam a identificar os instrumentos para executar suas obras. “ O barulho do trânsito é mais bonito do que ouvir musica.”

Stravínski se tornou um discípulo tardio de Schoenberg e Webern. Foi o Picasso da musica modernista, após ter experimentado todo o leque compositivo e criado musicas impressionantes, ele revisitou o gênero em que se tornara famoso muitas décadas antes: o balé.

Balanchine foi um bailarino e coreografo que criou o balé da cidade de Nova York. Onde mantinha uma parceria com Stravínski, no qual produziram juntos balés fascinantes.

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Arquitetura e design.

A máquina, um novo fator nos assuntos humanos.

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“Os monumentos duram muito mais do que as palavras. As civilizações são lembradas pelos edifícios. Não existe nada mais importante do que a arquitetura.”

Philip Johnson.

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Casa da Cascata "Fallingwater" de Frank Lloyd Wright, 1935 - 1939.

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vista interna da casa Darwin Martin, Frank Lloyd Wright, Buffalo, Estados Unidos, 1902-04

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vista frontal da casa Darwin Martin, Frank Lloyd Wright, Buffalo, Estados Unidos, 1902-04

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Farnsworth House: um dos marcos da obra de Mies e referência da arquitetura moderna.

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LUDWIG MIES VAN DER ROHE - Casa Farnsworth, 1946-51

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LUDWIG MIES VAN DER ROHE - Casa Farnsworth, 1946-51

Page 95: modernismo

Casa Tugendhat, Brno (1930). Feita por Ludwig Mies van de Rohe

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Le Corbusier, assembléia legislativa, chandigarh, índia 1956.

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fabrica de formas de sapato Fagus, de Walter Gropius, 1911.

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fabrica de formas de sapato Fagus, de Walter Gropius, 1911.

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Antonio Sant' Elia, foi um arquiteto modernista italiano que em 1914 se alinhou os futuristas, fez magníficos desenhos a tinta, prédios residenciais, usinas elétricas, terminais ferroviários, avenidas. O ideal que alimentava esses esboços se resumia na palavra favorita dos futuristas: dinamismo. Em Milão ajudou a criar uma organização para divulgar as “Novas Tendências”.

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Projetos do arquiteto futurista Antonio Sant' EliaI: Central Eléctrica,1914.

II: Aeroporto e Estação Ferroviária com elevadores, 1914.

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- O modernismo gerou uma nova maneira de ver a sociedade e o papel do artista, e trouxe consigo novas idéias, sentimentos e opiniões.

- O começo dessa nova era foi em meados do século XIX.

- No entanto, também mostra como o fenômeno só foi possível graças ao apoio de uma classe média esclarecida, fruto da prosperidade econômica, da urbanização e do avanço da democracia.

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TEATRO E CINEMA

• Os gostos artísticos se dividiam em três públicos distintos: A audiência de classe baixa e da pequena burguesia tinha seus

melodramas, operetas e espetáculos de variedades; os mais educados podiam recorrer as comédias bem-feitas, embora muitos deles também considerassem as diversões oferecidas ao publico operário um bom entretenimento. Apenas uma pequena elite de consumidores cultivadores da alta cultura, encontravam razoes para reclamar.

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Alfred Jarry • Francês Alfred Jarry foi o dramaturgo mais afrontoso entre os

rebeldes da época, se esforçou arduamente em cultivar a excentricidade.

• Em 11 de Dezembro de 1896, presidiu a uma daquelas estréias históricas que marcam algumas ocasiões modernistas com a apresentação de sua notória peça Ubu rei.

• A obra de Jarry põe em cena de maneira insólita os mais grotescos traços humanos. É um dos inspiradores do surrealismo e do teatro do absurdo.

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Alfred Jarry

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A ÚNICA ARTE TOTALMENTE MODERNA • Todos os artistas modernistas sentiam o passado avultar sobre si, e

se empenhavam em negá-lo, menos os cineastas. O filme nasceu moderno e, na ausência de qualquer historia pregressa, era especialmente receptivo ao engenho dos investidores. Após meados do século XIX , a perspectiva de imprimir movimento à fotografia atraiu como um imã pessoas engenhosas e empreendedoras. Foi quando os irmãos Lumière, Auguste e Louis, apresentaram a uma seleta audiência parisiense o filme A saída dos operários da fábrica Lumière.

• Outra ocasião especial dos irmãos Lumière foi a apresentação de varias curtas-metragens que era tudo que havia naquela época no Grand Café, em Paris.

• O principal incentivo para as experiências com as câmaras e materiais sensíveis à luz, foi a invenção e o rápido aperfeiçoamento da fotografia assim aconteceria o milagre moderno do filme.

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• Assim foi superada a idéia que a modesta fotografia estava restrita às superfícies, e o cinema iria muito além mesmo sem o apoio da psicanálise, a qual, na esperança de alguns cineastas, forneceria a chave para os recessos da natureza humana em ação.

• Em 1895 os irmãos Lumière apresentaram sua invenção e em 1896 Freud deu ao conjunto de suas descobertas inéditas e perturbadoras o nome geral de “Psychonalyse”.

• Freud em 1925 manifestou sérias reservas quanto a um filme psicanalítico, e por mais marcante e essencial que Freud tenha sido para a história do modernismo, ele foi um revolucionário em tempo parcial.

• Beirando aos setenta anos, ainda mantinha uma velha desconfiança em relação ao telefone e o avião.

• E insistiu “Pessoalmente não tenho nada a ver com esse filme” Eis um fundador da mentalidade do séc XIX, como modernista relutante, manteve o cinema na lista das inovações desnecessárias.

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Sigmund Freud Irmãos Lumière

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D.W. Griffith • A adaptação do cinema à cultura do

entretenimento moderno foi muito rápida.• Griffith foi durante anos o cineasta mais

famoso do mundo, utilizava confiante o termo “arte” para o cinema.

• Seu filme O Nascimento de uma Nação foi exibido em 1915, com um custo de 110 mil dólares.

• Griffith foi considerado o pai da gramática cinematográfica, para os cineastas americanos ele foi “Uma Revelação” pois foi um técnico brilhante que converteu definitivamente o filme num entretenimento artístico sem igual.

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• No topo do cinema Modernista três inovadores se ombreiam a Griffith: Serguei Eisenstein, Charlie Chaplin e Orson Welles

Serguei Eisenstein Charlie Chaplin Orson Welles

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• Entre os representantes inegáveis do modernismo também estão os autores “excêntricos” o poeta conservador T. S. Eliot, o compositor

“provinciano” Charles Ives e o escritor fascista Knut Hamsun.

T. S. EliotCharles Ives Knut Hamsun

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O observador inteligente de sua época, o idoso Sigmund Freud, observando o cenário a seu redor no começo de 1938 pôs os três ditadores lado a lado, Hitler na Alemanha, Stálin na União soviética e Mussolini na Itália nas mesmas brutalidade coletiva contra inimigos reais ou imaginário compartilha seus alvos e objetivos diferentes atos de regressão.

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Dos três a Alemanha de Hitler foi a mais metódica em eliminar qualquer fonte independente de poder, e mesmo de gosto. Depois de ser convidado a assumir o cargo de chanceler da Alemanha, em 30 de janeiro de 1933 seus capangas de confiança consolidaram o novo poder com uma velocidade demoníaca e uma eficiência assustadora. Por todo o país, os ataques físico aos adversários políticos inclusive deputado socialista do Reichstang supostamente imunes a tal tratamento, multiplicaram-se em quantidade e violência.

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Stálin na União soviética começou a melhorando as condições de vida de centenas de milhões de pessoas mantidas sob firme sujeição. Foi sensato ao ponto de lhe dar um grau razoável de liberdade sexual, mas ao mesmo tempo submeteram-nas à mais cruel coerção e tiraram-lhes qualquer possibilidade de liberdade e pensamento.

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Benito Mussolini não era diferente treinava o povo para a ordem e o senso de dever ele era o ditador do fascismo na Itália.

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Pollock dizia que sua pintura não vinha do cavalete mas no chão ele se sinto mais á vontade e sentia mais perto como uma parte do quadro, pois assim podia andar em volta dele trabalhar pelos os quatro lados e ficar literalmente dentro do quadro.

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