miller la fuga cap iv

15
I ••<.1 m ,oíbi..* Jacques-Alain Miller .Sf. •¡.16 ^rff La fuga del sentido TEXTO ESTABLECIDO POR SILVIA ELENA TENDLARZ ,íif, 'Rf irsx; .!H7 m. 9 i . 51 1 s PAIDÓS Buenos Aires Barcelona i;;, México

Upload: luis6983

Post on 26-Sep-2015

34 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

Jacques Alain Miller - La Fuga del Sentido - Cap IV

TRANSCRIPT

  • I

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    l l i i m a El oinnmo [L'aumonyme], s i e m p r e en Cuerpos y bienes, y d o n d e escribi de m a n e r a m u y be l la , p o r e j emplo : "F M R F 1 ]". Es u n efec-to p r o p i a m e n t e j a p o n s e n l a escr i tura , pues to que ustedes n o p u e d e n desc i f rar esas letras m s que leyndolas font icamente . L e y nd o la s as, ustedes r e c o m p o n e n u n a frase c o m p l e t a que tiene u n sent ido .

    A l respecto, p o d e m o s dec i r que e n s u carcter perfectamente i r r i -sor io , esto i l u s t r a e l p o d e r de las relaciones p r o p i a s d e l s igni f icante , y pone e n e v i d e n c i a hasta qu p u n t o esas relaciones, esas relaciones p r o -pias d e l s igni f i cante p o r fuera de t o d a significacin, s o n factores e n la gnesis d e l s i g n i f i c a d o . Eso s u p o n e c ier tamente que n o nos o c u p e m o s d e l referente, que n o c o n f i e m o s m s q u e e n las relaciones d e l s i g n i f i -cante, y que rec ibamos entonces el s i g n i f i c a d o que se d e s p r e n d e de e l lo .

    E n el f o n d o , l a g r a n d e z a de la escuela surrea l i s ta - i n c l u i d o lo que h a p o d i d o , c o m o dice Batai l le , tener de i n f a n t i l - es haber r e c i b i d o c o n los b r a z o s abiertos, r e c i b i d o c o n e n t u s i a s m o , c o n arrebato, el s i g n i f i -cado que se desprenda de esas t ransmut a c io ne s y de esas p e q u e a s operac iones . Es to l l ega hasta e l p u n t o de lo que escribe D e s n o s , e n el n 45 de Rrose S lavy : " M r t i r de S a n Sebast in: M e j o r que sus senos sus bajos se t i e n e n " ["Martyre de saint Sbastien: Mieux que ses seins ses bas se tiennent"]. N o p u e d e hacerse n a d a m s i r r i s o r i o q u e esto. Y Rrose Slavy c o n c l u y e m s o menos , e n e l n 147, c o n esto: " A corazn p a g a -d o r u n a n a d a v a l e m i r a " ["A ccsur payant un rien vaut cible"], se trata de u n a variacin font ica de: a corazn valiente nada le es imposible [ ca;ur vaillant rien d' impossible].

    Les recuerdo d e este m o d o esta m i s e r i a d e l s igni f icante , esta m i s e r i a d e l s u r r e a l i s m o , s i lo q u e r e m o s . P o r o t ra parte, D e s n o s m i s m o y Bretn m i s m o se f u e r o n p o c o a p o c o s e p a r a n d o d e esta e xpe r im e nt a c i n a p a -s i o n a d a de esos aos 22-25. P o c o a p o c o de jaron ese l a d o d e l a cuest in. Pero , e n e l f o n d o , si l o recuerdo es p o r q u e e n s u c r u d e z a es a lgo que tiene s u peso, que t u v o su peso en relacin c o n las construcc iones de Bral y que, y o dira, t iene peso tambin en relacin c o n el p o s i t i v i s m o lgico de K a r n a p .

    L o s dejo en este p u n t o e s p e r a n d o encontrar los l a s e m a n a prx ima, a m e n o s que l a h u e l g a h a y a p r e d o m i n a d o , lo que d e s p u s d e t o d o n o sera a lgo que f o r z o s a m e n t e m e disgustar a .

    Wft jaMp m H. * m 6 de diciembre de 1995

    70

    IV Inanidades sonoras

    L a l t ima v e z p e d que m e a y u d e n y ese p e d i d o fue escuchado, l a seora D o i s n e a u m e h a e n v i a d o e l art culo de Benvenis te , e l seor S o l a -no l a fo tocopia de los n m e r o s 5, 6 y 7 de Littrature, y P ierre S k r i a -b ine encontr , en las Questions potiques de Jakobson , los desarro l los sobre las a d i v i n a n z a s anagramt i cas rusas. C u e n t o c o n p o d e r dar le h o y la p a l a b r a c u a n d o l l egue el m o m e n t o . S i el m o m e n t o n o l lega , ser l a prxima v e z , c o m o tambin a l a seora D o i s n e a u sobre Benvenis te .

    juegos de palabras

    H o y v a m o s a tratar f e n m e n o s que p o d e m o s l l a m a r de i n a n i d a d sonora , r e t o m a n d o e l t rmino de Mal larm, y v a m o s a encontrar la n a d a e n los s o n i d o s , la n a d a pero tambin a lgo .

    Entonces , p o r qu n o p o n e r c o m o epgrafe de este c u r s o e l p o e m a de Prvert , q u e es, prec isamente , u n p o e m a sobre l a i n a n i d a d sonora? Incluso he p r e p a r a d o u n c o m e n t a r i o d e l m i s m o q u e n o v o y a hacer a h o r a p o r la a b u n d a n c i a de temas en esta cuest in de la i n a n i d a d sono-ra. M e cuesta elegir. P o r lo tanto este p o e m a , a pesar de s u d i f i c u l t a d , no v o y a comentrse los , p o r l o m e n o s hoy .

    Se trata d e l p o e m a t i t u l a d o " E l a l m i r a n t e " :

    E l almirante Larima ,c . o ') Larimaqu . ' i

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    l.i lima con nada ^ ; r -h-.v. ol almirante Larima :; el almirante Nada

    Este es e l g r a n p o e m a que t o m a c o m o t e m a l a i n a n i d a d s o n o r a . Pero entrar en e l c o m e n t a r i o de este p o e m a nos l levara d e m a s i a d o lejos, y pref iero , d a d o q u e n o los conoca , p a r t i r de lo que p u s i e r o n en m i p u e r t a , los seis juegos de pa labras p u b l i c a d o s en e l n 5 de l a rev is ta Littrature de Bretn, c o n la firma de Rrose Slavy.-

    L a formacin m i s m a de ese n o m b r e merecer a comentar ios j u i c i o -sos, hiptesis e n las que los conduci r a s i n d u d a a v e r u n a formacin que d e p e n d e de l a expres in francesa c'est la vie [es l a v i d a ] , que se prof iere h a b i t u a l m e n t e en u n a s i tuacin de c o n t r a r i e d a d , y tambin d e p e n d e d e l a expres in la vie en rose [la v i d a co lor d e rosa], que p o r e l co nt rar i o d e s i g n a u n m o d o m s eufr ico de l a exis tencia . E l n o m b r e for jado Rrose S lavy - s e u d n i m o d e b i d o , c o m o saben ustedes, a M a r -cel D u c h a m p - c o n d e n s a aparentemente estas d o s expres iones . Q u e -dara p o r interpretar la d o b l e Rr d e l c o m i e n z o , q u e p r o d u c e u n Rrose bastante ronco .

    Estos seis juegos de pa labras susc i ta r o n i n m e d i a t a m e n t e e l inters de A n d r Bretn, a l p u n t o de que l o r d e n a a part r d e e l los e l m o v i -m i e n t o de lo que l l a m a la poesa de hoy. A par t i r de esos seis juegos de palabras - q u e m e parece n o estn e n l a recopilacin Cuerpos y bienes-D e s n o s , v i s i b l e m e n t e a lentado p o r l a apreciacin entus ias ta d e Bretn, se p u s o a p r o d u c i r a chorros . E n e l n 7 de Littrature, d o n d e Bretn celebra esos seis juegos de palabras p u b l i c a d o s en e l n 5, e nco nt r a m o s , a cont inuac in d e s u artculo, t o d o u n r o d e n u e v o s a f o r i s m o s d e D e s -nos. M e n c i o n a l g u n o s de el los la l t ima v e z .

    S o n sorprendentes esas Palabras sin arrugas de las que p i e n s o haber-les d a d o l a l t ima v e z e l v a l o r exacto, r e t o m a d o p o r M i c h e l L e i r i s e n sus Palabras sin memoria, y q u e se o p o n e n a l a l ec tura ep i s temolg ica d e l sent ido . Esas Palabras sin arrugas nos p r o m e t e n , p o r e l contrar io , u n a lec tura de a lgn m o d o i n m e d i a t a d e l sent ido , a f lor de l a p a l a b r a . Se presenta bajo u n aspecto e x p e r i m e n t a l y bajo u n aspecto q u e p o d e m o s cal i f icar de " i n f a n t i l " a la v e z , e n l a m e d i d a e n que h a y all juego, pero u n juego d e l que Bretn se o c u p a e n dec i r que es tota lmente serio.

    D e s p u s d e t o d o , los surreal is tas p a g a n c o n s u p e r s o n a p a r a a n i -

    72

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    inar lo . Se presentan c o n eso e n e l m u n d o c o m o c o n u n a i n s i g n i a . Pero l ina lmente hay, de todos m o d o s , u n cierto n m e r o de sujetos que se h a n d e s a n g r a d o m u c h o ms , s i p u e d o d e c i r l o , p a r a rea l izar f e n m e n o s d e i n a n i d a d sonora , p o r cuanto era l o esencial de lo que le d a b a soporte a su exis tencia . V a m o s a v o l v e r sobre esto u n p o c o m s tarde. m

    E n c o n t r a m o s e n e l Glosario d e L e i r i s l a p a l a b r a arruga. L a e n c o n -tramos p a r a d e f i n i r deseo. Escr ibe exactamente: "Dsir: ride inverse" [Deseo: a r r u g a i n v e r t i d a ] . Es e l t i p o de h a l l a z g o s que tenemos en re la-cin c o n l a i n a n i d a d s o n o r a . Podr a i n c l u s o agregar q u e e n l a e t i m o -loga, l a p a l a b r a ride [arruga] y l a p a l a b r a ru [calle] parecen cruzarse , der ivar de lo m i s m o , y que entonces es d i v e r t i d o pensar que en el n 7 de Littrature figura u n d i b u j o a u t o m t i c o d e R o b e r t D e s n o s , d i b u j o bas-tante senc i l lo y que l l e v a c o m o ttulo: La ville aux res sans nom du cir-que cerebral [ L a c i u d a d c o n calles s i n n o m b r e d e l c i rco cerebral] . P o r l o tanto, a r r u g a y cal le se asoc ian all. !' N o p i e n s e n n i p o r u n instante que eso fue c a l c u l a d o . Es tamos ,

    justamente, c o n el f e n m e n o d e i n a n i d a d s o n o r a e n u n a d i m e n s i n d o n d e p o d e m o s p r e g u n t a m o s quin h i z o e l clculo. C m o se hace? Es v o l u n t a r i o ? Es u n h a l l a z g o ? Es e l azar? E s t a m o s all justamente e n u n a d i m e n s i n d o n d e t o d o esto ocurre y p u l u l a . N o h a y m s q u e extender l a m a n o p a r a que v e n g a n i n m e d i a t a m e n t e cadenas enteras de correspondenc ias .

    Esos seis juegos d e p a l a b r a , q u e es tn r e p a r t i d o s e n e l n 5 d e Littra-ture, s o n miserables . S i n e m b a r g o . Bretn - q u cora je ! - escribe: " A m i cr i ter io , es l o m s notable que se h a p r o d u c i d o en m a t e r i a de p o e s a " . T o d o esto deba gustar le m u c h o a Valry, e l p a d r i n o d e esta revis ta , y a d e m s testigo de casamiento de Bretn.

    Bretn celebra p o r lo tanto, en esos seis juegos de palabras que an n o les h e d a d o , " l a a l i a n z a d e l r i g o r matemt ico y la ausencia d e e lementos c m i c o s " . Ev identemente , n o es d i v e r t i d o , pero finalmente es tan p o c o d i v e r t i d o q u e t e r m i n a s indolo. E n c o n t r a m o s el e lemento cmico p o r l a b u r l a , acentuada p o r la i m p o r t a n c i a d a d a a esas inan idades , a esas pequeas nadas . D e b e n clasificarse s i n d u d a en el registro - reg i s t ro que se h a i m p o r t a d o a otras l e n g u a s - de lo que se n o m b r a en ingls nonsense.

    E s notab le d e t o d o s m o d o s q u e , p a r a correg i r l a impres in q u e p o d e m o s tener de u n juego bur ln . Bretn insiste e n que h a y a lgo d e l ser e n esos juegos de pa labras . Escr ibe : " Q u e se e n t i e n d a b i e n que n o s o -

    73

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    tros d e c i m o s juegos d e pa labras c u a n d o s o n nuestras razones de ser m s seguras las q u e estn e n j u e g o " . ^

    N o p o d e m o s dejar de sentir all e l eco de la frase d e L a c a n q u e d ice que e l nonsense es p r o p i o d e l ser, "esto es, e l deseo d e u n a p a l a b r a s i n ms a l l" . L o dice a propsito de las matemt icas pero p o d e m o s de c u a l -quier m o d o hacer lo des l i zar aqu a esta l i tera tura de nonsense, d o n d e nos v e m o s fo rzados a a d m i t i r que la p a l a b r a es all - y era e l i d e a l que L a c a n profesaba p a r a l a interpretacin ana l t i ca - idntica a lo que dice .

    E n efecto, los seres que s u r g e n a propsi to de esos juegos d e p a l a -bras n o se prestan m u c h o a la s i n o n i m i a . N o p o d e m o s d e c i r n o s fcil-me nt e q u e los v a m o s a d e c i r d e otro m o d o . Prec isamente p o r q u e all h a y i n v e n c i o n e s surge u n a n e c e s i d a d q u e hace q u e n o se p u e d a d e c i r m s q u e d e ese m o d o . Y as, esas tontas e l u c u b r a c i o n e s a l c a n z a n a l g o de la escr i tura d e u n m a t e m a .

    Bretn, in fine, corr ige u n a p a l a b r a d e juegos de palabras. C o r r i g e l a p a l a b r a juego. " L a s pa labras h a n t e r m i n a d o de j u g a r " , d ice , y entonces est la clebre frase: " L a s pa labras h a c e n e l a m o r " . Est all i m p l i c a d o e l ser y se trata a la v e z de u n a suerte de copulac in v e r b a l . Es to m ue s t r a , a l m e n o s , que la relacin sexual y el sexo estn i m p l i c a d o s . H a y a q u noc iones a p r o x i m a t i v a s , pero n o p o d e m o s negar la presenc ia d e esas noc iones - n o c i o n e s e v i d e n t e m e n t e p r e c i s a d a s - sobre e l se n t id o y sobre la fu ga d e l s e n t ido e n la reflexin de L a c a n .

    T o m e m o s estos seis juegos de pa labras . N o s s i qu ienes m e los h a n d a d o t u v i e r o n t i e m p o d e leerlos, y s i p u d i e r o n n o t a r q u e e n e l f o n d o h a b l a n d e u n a so la cosa. N o s s i se h a n d a d o cuenta d e e l l o : u n a v e z q u e los r e u n i m o s , h a b l a n d e u n a so la cosa - d i g m o s l o r p i d a m e n t e - : h a y all l a ins i s tenc ia d e u n a representac in d e l acto sexual , y esto d e s d e e l c o m i e n z o hasta e l final.

    Esos juegos de pa labras , q u e y o n o conoca hasta antes de ayer, es necesario m i r a r l o s de cerca y que y o se los c o m u n i q u e . E l p r i m e r o , c o n su m a q u i n a r i a e lementa l , juega s i m p l e m e n t e c o n l a p a l a b r a incesto y c o n la p a l a b r a insecto, y p o d e m o s d e c i r l o , c o n t o d o e l r i g o r m a t e m -tico, pues f o r m a m o s l a s e g u n d a p a l a b r a p e r m u t a n d o s i m p l e m e n t e dos letras en relacin c o n la p r i m e r a . Se v u e l v e tanto m s d i v e r t i d o a l recordar d e m i prct ica u n l a p s u s de a l g u i e n q u e haba e m p l e a d o esta p a l a b r a insecto e n l u g a r d e l a p a l a b r a incesto, que era l a base de u n a representacin i m a g i n a r i a e n u n sueo.

    74

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    T e ne m o s l u e g o e l v o c a b l o que v a a desprenderse en relacin c o n

    i'ste juego d e palabras , el de incesticida:

    < Incesto Insecto

    Incest ic ida

    Se hace escuchar entonces l a opinin d e Rrose S lavy a propsi to d e l inces t i c ida , y es que p o d e m o s , a p a r t i r d e l a es t ruc tura v e r b a l d e l i rancs , ' c o n c l u i r q u e se trata d e m a t a r a l p r o g e n i t o r c o n q u i e n u n o se ha acostado. Rrose S lavy hace escuchar s u opinin: " u n i n c e s t i c i d a debe acostarse c o n s u m a d r e antes d e m a t a r l a " . L o q u e d a p o r l o tanto, a p a r t i r d e l a o b j e t i v i d a d d e la p a l a b r a incesticida, u n a definicin d e l incesto.

    L o que agrega a la formacin de ese n e o l o g i s m o el armazn de u n a frase. Ese trmino aberrante se t o m a d e l a r m a z n de u n a frase que entonces l a dota de u n sent ido c o m o el de u n trmino n o r m a l de l d i c -c i o n a r i o . Y D e s n o s agrega, despus de u n p u n t o y c o m a , a lgo que es bastante mis ter ioso : "Un incesticide doit coucher avec sa mere; les punaises sont de rigueur" [ U n inces t i c ida debe acostarse c o n s u m a d r e ; las c h i n -ches s o n d e r igor ] .

    N o estoy seguro de haber e n c o n t r a d o exactamente p o r qu agrega esta frase. S i n d u d a , l a c h i n c h e es u n insecto, y p o d e m o s s u p o n e r q u e e l t r m i n o punaise [chinche] h a s i d o c o l o c a d o p o r esa atmsfera d e insecto que e n c o n t r a m o s en l a p r i m e r a frase. L a c h i n c h e es tambin u n insecto paras i tar io , parsi to d e l h o m b r e , y u n parsito infecto. P o r l o tanto, q u i -zs all, l a ch inche necesaria, la ch inche que h a y que a n u n c i a r de rigor, es c o n v o c a d a p o r c u l p a d e l incesto. L a trasgresin d e l incesto p u e d e pagarse, despus de todo, c o n ese p a r a s i t i s m o de las chinches , c o m o p o r e jemplo v e m o s a Orestes s i t iado l u e g o p o r las Er in ias , esas diosas de la v e n g a n z a , que n o lo dejan, c o m o las chinches . N o h a y inces t i c ida s i n chinches . H a c e n falta las chinches en la representacin d e l inces t ic ida .

    L a punaise [chinche] e n francs es tambin otras m u c h a s cosas. E s l a c h i n c h e d e l a sacrista, l a d e v o t a que n o deja los lugares sagrados , q u e

    1, En este caso tambin del espaol. |N. de la T.]

    75

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    IIII ilt ' ja la sacrista, e l c u r a , es decir , u n p o c o p a r e c i d o a l a r a n a de l a p i l a h a u t i s m a l . Y luego , p u e d e ser t a m b i n u n a exc lamac in fami l ia r , u n poco e n desuso , q u e s i g n i f i c a u n m o m e n t o d e sorpresa o de despecho : Qu chinche! Sigue la huelga. P e r o d i g a m o s q u e lo-que esto trae apareja-d o es l a n o c i n d e u n ser v i v o e infecto q u e v i e n e a adherrseles .

    D i g a m o s t a m b i n - p i e n s o q u e era as e n 1922- q u e l a c h i n c h e es i g u a l m e n t e u n a suerte de clavo.^ A s i m i s m o est all l a n o c i n de per-forar, noc in que , d e s p u s d e todo , es t d o s veces presente e n e l inces-t i c i d a . E s p e r f o r a r d o s veces a q u e l l o d e l o q u e se trata. L a hiptes is q u e se v e r i f i c a e n esas l i n d a s p a l a b r a s es q u e finalmente es cuest in d e perforar , has ta i n c l u s o d e p e r f o r a r u n absceso. P o d e m o s entonces, t a n d i s p e r s o s c o m o sean estos juegos d e palabras , r e c o m p o n e r e l h i l o d e u n a h i s t o r i a , d e l a m i s m a m a n e r a q u e l a p o t e n c i a d e esta d i f e r e n c i a l i t e r a l y fontica, q u e v e r d a d e r a m e n t e es mn ima , se deja l i g a r p o r u n a frase que l i b e r a u n e n u n c i a d o q u e produc i r sent ido .

    D e j n d o s e i r u n p o q u i t o , escr ib i r amos t o d a u n a n o v e l a a p a r t i r d e este d a t o d e p a r t i d a . P iensen , p o r e j emplo , e n l a descr ipc in d e la&j)s-tulas y d e las ch inches q u e i n v a d e n a u n o d e los personajes d e Los soto-nos del Vaticano. G i d e escribe u n pargra fo soberb io sobre esta m i s e r i a p u r u l e n t a . L a s ch inches d e r i g o r d e l i n c e s t i c i d a dar an m a t e r i a l p a r a u n a esc r i tura d e este gnero .

    D i c h o d e otro m o d o qu t e n e m o s aqu? E n e l f o n d o , a l p r i n c i p i o , u n s i m p l e e n c u e n t r o v e r b a l , e i n c l u s o u n a suerte d e a z a r v e r b a l . N o t e n e m o s l a s e n s a c i n d e q u e e l inces to y e l insec to e s t u v i e r a n p r o m e -t i d o s u n o a l o t r o p a r a t o d a l a e t e r n i d a d s i m p l e m e n t e p o r l a p e r m u t a -cin d e u n a le t ra . N o t e n e m o s l a sensac in d e q u e e l d i o s d e l a l e n g u a h a y a c a l c u l a d o q u e u n a { e l a c i n necesar ia e i n v e r s a l i g a b a a esos d o s v o c a b l o s de t a l suerte q u e f u e r a n i g u a l e s s a l v o p o r u n a pos ic in l i t e r a l . T e n e m o s entonces u n s i m p l e e n c u e n t r o v e r b a l q u e est aqu , v e r d a -d e r a m e n t e s o p o r t a d o p o r u n a le t ra - p e r o l a le t ra a q u v a j u n t o c o n e l s o n i d o - y t e n e m o s e l h e c h o d e q u e es p o s i b l e , c o n ese p r i n c i p i o , gene-rar u n a frase q u e c o n s t i t u y e u n a s ignif icacin.

    E s t a m o s entonces e n c o n d i c i o n e s d e c o m p r e n d e r e l s e g u n d o juego de pa labras d e D e s n o s q u e se i n t i t u l a " C o n s e j o d e h i g i e n e n t ima: h a y

    f 2. Tambin chincheta en espaol. [N. de la T.] (i, f i'^ r'-^

    76

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    l ino p o n e r l a m d u l a d e l a e s p a d a e n e l p e l o d e l a a m a d a " ["Conseil il'iygine intime: il faut mettre la moelle de l'pe dans le poil de l'aime"]. I ' u e d e n ustedes i m a g i n a r l o q u e p e n s a r o n los l i teratos c u a n d o Bre tn di jo que era v e r d a d e r a m e n t e l o m s notable q u e se haba escrito e n poesa d e s d e hac a m u c h o t i e m p o . . . E s t o tena u n v a l o r m u y p a r t i c u l a r de provocac in.

    E n c u e n t r a n all , d e u n a m a n e r a c laramente expuesta , u n a represen-

    tacin d e l acto sexua l , d e l m i s m o m o d o q u e e n c o n t r a m o s el e s q u e m a -

    t i smo i m a g i n a r i o d e l a penetrac in c o n l a c h i n c h e parsita . Este esque-

    m a se obt iene p o r permutac in d e l a w y de l a p, y es e fec t ivamente casi i m p e c a b l e .

    Q u es lo que genera? Q u i z la p r o x i m i d a d d e l a p a l a b r a epe [espa-da] y l a p a l a b r a aime [amada] , p r o x i m i d a d r e m i t i d a a dos trminos , y que l l e v a d a aqu nos d a esta soberbia m x i m a . N o v o y a desarro l lar los c o m e n t a r i o s que cada u n o podr a hacer. N o nos apresuremos . Pero y o podr a p r o p o n e r l e s , c o m o p e q u e o ejercicio, el c o m e n t a r i o de " l a m d u l a de l a espada e n el p e l o de l a a m a d a " .

    C u a n d o est d i c h o c o n esas letras que se r e s p o n d e n s imtr icamente , surge u n a suerte de e v i d e n c i a , d a d o que respeta y repite esta l ey de simetr a que e n e l f o n d o es u n a especie d e garant a s igni f icante , y que L a c a n p o r otra parte, prec i samente en su " Ins tanc ia de la l e t r a . . . " , pre -senta c o m o u n a es t ructura f u n d a m e n t a l de l a expresin, es decir , u n a es t ruc tura de p a r a l e l i s m o y s imetr a .

    Lo literal y lo sonoro

    fe,

    E l tercer juego d e palabras d e D e s n o s n o presentar d i f i c u l t a d e s

    p a r a ustedes: " Oh! , reventar u n absceso l o m a s l e n t o " [Oh! crever un

    abcs au plus lent].

    LUIS SOLANO: Perdn, pero h a y u n error. N o es plus [ms] s i n o pus

    [pus] .

    P e r o u s t e d h a t i p e a d o l a p a l a b r a ms. Entonces l o corr i jo : " O h ! reventar u n absceso l o p u s l e n t o " . D e t o d o s m o d o s , eso n o le c a m b i a n a d a a l t r m i n o de d o n d e p r o v i e n e p r o b a b l e m e n t e , es decir , de u n

    77

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    . i l i s i i ' s i ) purulento. Y o admit a u n a variacin en relacin c o n purulento, v.iriaii(Sn ms o m e n o s fontica sobre l o que , ta l c o m o m e fue p r e s e n -l a d o , era o ms lento. A p a r e n t e m e n t e es u n error d e t i p e a d o q u e u s t e d cometi , pero q u e d e s p u s d e t o d o es u n fe l iz e r ror y que a d q u i e r e e l v a l o r de u n h a l l a z g o . T o m a n d o e l texto, l l egar amos a esas i n a n i d a d e s sonoras q u e integrar an perfectamente e l e r ror de t i p e a d o . A p a r t i r d e l m o m e n t o e n q u e es tamos all e n l o l i tera l , es inev i tab le , es lgico q u e eso o c u r r a . Es t b i e n , es be l lo , es v e r d a d e r o .

    H a y q u e dec i r q u e e l lo pus lento - q u e e v i d e n t e m e n t e remi te a o t r o v o c a b l o c o m p u e s t o c o n u n a ortograf a d i ferente pero que tiene exac-tamente la m i s m a transcr ipcin s o n o r a y q u e es o p u l e n t o - , h a y que dec i r q u e lo pus lento n o hace s i n o c o n f i r m a r l o q u e y a t e n a m o s c o n " l a m d u l a d e l a e s p a d a e n e l p e l o d e l a a m a d a " , es decir , u n a pr e -sentacin bastante chabacana d e l acto sexua l . Este juego de p a l a b r a s asocia l a p u r u l e n c i a c o n el acto sexual , c o m o e l anter ior l a pes t i l enc ia d e las chinches . E n e l f o n d o , basta p a r a pasar d e purulento a opulento u n m u y p e q u e o a p r o x i m a d a m e n t e . S i p r o n u n c i a m o s u n p o c o rpido, o s i la acst ica n o es b u e n a c o m o ocurre en esta sala, p o d e m o s m u y b i e n , d e s d e e l l u g a r e n q u e m e encuentro , d e c i r purulento y all a r r i b a escuchar opulento.

    Les d o y d e todos m o d o s el cuarto juego de pa labras : " S u v e s t i d o es negro , d ice S a r a h B e r n h a r d t " ["Sa robe est noire, dit Sarah Bernhardt"]. U s t e d e s p u e d e n v e r q u e l a o de robe [vest ido] es t r e m p l a z a d a p o r u n a a, y basta c o n hacer pasar l a p a l a b r a noire [negro] r e m p l a z a n d o oi p o r a p a r a tener este juego d e palabras . T o d o esto c o n u n p o c o d e b u e n a v o l u n t a d , p e r o n o re t rocedemos aqu frente a l a p r o x i m a d a m e n t e s o n o -ro. N o t o d o tiene e l r i g o r m a t e m t i c o de insecto e incesto. L a i n a n i d a d s o n o r a a d m i t e e l a p r o x i m a d a m e n t e , q u e es u n a func in y n o es a l g o q u e se p u e d a borrar . E s a lgo q u e aqu es p r o d u c t i v o , que d e m u e s t r a u n a c ierta p r o d u c t i v i d a d d e l o q u e es exactamente m a l e n t e n d i d o : Di jo u s t e d su vestido es negro o d i jo u s t e d Sarah Bernhardt?

    D a d o q u e h e m o s h e c h o l a l ista , c i temos e l q u i n t o juego d e pa labras : " O p a l i n a , o m i l a n a " ["Opalin. Oh ma laine"]. Opalina es e l ad je t ivo de l a p a l a b r a palo. "Opalin. Oh ma laine."Esto los s o r p r e n d e ? Chinche! los s o r p r e n d e . . . C u a n d o p a s a m o s d e u n o a otro , p o d e m o s p e r m i t i r n o s d o s hiptesis . Q u i z h a y a q u e pensar que h a y u n a m e d i a c i n a p a r t i r d e l ad je t ivo e n f e m e n i n o opalina, y eso nos d a : opalino, opalina, oh mi lana. O

    78

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    b i e n d e b e m o s p e n s a r q u e e l pa lo , e l p a l o c o m o p i e d r a , c u a n d o n o es

    traslcido t iene u n aire u n p o c o lechoso y p a s a m o s d e l l echoso [laiteux]

    al l anoso [laineux].

    X : T a m bin es t pa y ma, es d e c i r p a p y m a m .

    B i e n , eso m e parece m u y ju ic ioso . S, debe ser el p r i n c i p i o esencia l

    de l a cosa y, p o r l o tanto, es l o q u e nos c o n d u c e al inces t i c ida e n u n dos

    p o r tres.

    C i t e m o s finalmente e l sexto juego d e palabras . Tengo v e r g e n z a

    pero esto era l o mejor que se haca e n poesa e n 1922, a p r o x i m a d a m e n -

    te a l m i s m o t i e m p o q u e La joven parca. Este es entonces e l sexto juego de

    palabras : " A b o m i n a b l e s p ie les a b d o m i n a l e s " ["Abominables fourrures

    abdominales"]. E v i d e n t e m e n t e , tenemos all l a casi permutac in d e u n a letra , pues

    basta hacer t rans i tar l a s e g u n d a b de abominable h a c i a l a p r i m e r a b y t r a n s f o r m a r l a p o r este h e c h o e n d. Bastar a c o n tener all u n a reg la : Toda b al final de una palabra trasferida hacia la h del comienzo de una pala-bra se convierte en una d - r e g l a que n o es v e r d a d e r a m e n t e m u c h o m s s o r p r e n d e n t e q u e m u c h a s otras que estn en v i g e n c i a e n e l anlisis font ico d e l a evoluc in d e las l e n g u a s - . Tendr amos all entonces e l i m p e c a b l e r i g o r matemt i co que nos promete A n d r Bretn. Por q u fourrures^ [pieles] d o n d e podr a estar douleurs [dolores] o fureurs [ furo-res]? S i n d u d a tenemos fourrures [pieles] e n razn de las connotac iones de l a palahia fourrer [meter] q u e v a e n l a direccin d e l a penetrac in.

    Y b i e n , eso es l o que le encant a Bretn, y q u e es t d e a lgn m o d o e n l a va de lo que se abri h a c i a u n n u e v o espacio e n l a poesa d e nues-tro s i g l o . D e a lgn m o d o , e n ese h i l o e n c o n t r a m o s l u e g o los g r a n d e s es fuerzos d e esc r i tura automt ica q u e es tn e n Los campos magnticos d e Bretn y S o u p a u l t , es decir , t o d o l o q u e era c o m o u n a suerte d e c u r a d e r e j u v e n e c i m i e n t o p a r a e l d i c h o pot ico e n nues t ra l e n g u a . E s esto, m e parece, l o q u e a t r a p a a Bretn, i n c l u s o s i es c o n m u c h a precipitacin, e n esta operac in c o m p l e j a q u e d e a lgn m o d o est e n juego e n esta i n a n i d a d s o n o r a .

    ;/0'f .1' 3. Fourrure es "piel" en el sentido de la piel del animal cuando se le quita. [N. de la T.]

    79

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    P r i m e r a m e n t e - e s necesar io d e t o d o s m o d o s u b i c a r s e a s - n o h a y q u e fascinarse c o n las s ign i f i cac iones . P a r a c o m e n z a r h a y q u e l i m p i a r la p a l abra d e s u s e n t i d o . Us tedes n o se o c u p a n de lo q u e q u i e r e d e c i r insecto y si est en e l c a m p o s e m n t i c o de incesto. N o se o c u p a n en saber si h a y u n c a m p o s e m n t i c o d e l incesto d o n d e e n c o n t r a r a m o s trminos asoc iados a l insecto. H a y pocas chances d e q u e e n c u e n t r e n insecto all. N o p o d e m o s encont rar insecto s i n o s fiamos d e l c a m p o s e m n t i c o d e l incesto . N o p o d e m o s e n c o n t r a r l o s i n o s r e g l a m o s e n l a signif icacin d e l incesto . Entonces es necesar io c o m e n z a r p o r l i m p i a r las pa labras de su sent ido , y es l o que Bretn l l a m a , en ese texto, " d e s -v i a r la p a l a b r a d e su deber de s i g n i f i c a r " .

    Entonces , qu es l o q u e resta? Resta exactamente, e n s e g u n d o lugar , u n a suerte d e m a t e r i a v e r b a l q u e est a q u entre l o l i t e ra l y l o sonoro . Es eso lo q u e Bretn l l a m a la p a l a b r a en s, s u exis tenc ia concreta .

    I nme di a t amente luego , e n tercer lugar , h a y q u e m a n i p u l a r esta mater ia v e r b a l , c o n " r i g o r m a t e m t i c o " d ice Bretn. P o r otra parte , la pa labra rigor est en el p r i m e r juego de palabras : " l as ch inches s o n d e r i g o r " . Es l o q u e Bretn l l a m a es tudiar " l as reacciones de l ^ p a l a b r a s u n a s sobre o t ras" .

    L u e g o , e n cuar to lugar , qu constatamos? Q u constatamos , i n c l u -so p a r t i e n d o de nader as c o m o esas? C o n s t a t a m o s q u e el se n t id o surge. Les he r e c o m p u e s t o toda u n a h i s tor ia c o n esos seis juegos de pa labras y, u n paso m.s, c o m e n z a m o s el psicoanl is is salvaje d e Rober t D e s n o s . P o r l o tanto, e l c u a r t o l u g a r es que surge el sent ido . Es lo que Bretn d e s i g n a d i c i e n d o q u e " las pa labras s o n creadoras d e e n e r g a " - l a ener-ga es, d e s p u s de todo , u n trmino q u e p u e d e retenernos d a d o q u e es e l t rmino f r e u d i a n o de l i b i d o - .

    E l q u i n t o t rmino q u e agrega e l s u r r e a l i s m o a esas cuatro o p e r a c i o -nes es que t o d o esto t iene u n a funcin d e c o n o c i m i e n t o . F i n a l m e n t e el parentesco d e insecto y d e incesto, e l parentesco so lo l i t e r a l de esas dos palabras , nos aclara n o sobre l o q u e es u n insecto, s i n o ta l v e z sobre l o q u e es u n incesto. Bretn d ice q u e se trata, p o r este c a m i n o , d e hacer le d a r " u n g r a n paso a l c o n o c i m i e n t o " .

    N o p o d e m o s e v i t a r pensar que esto est fechado e n 1922, y l o que se m o v i l i z a e n todas esas i n v e s t i g a c i o n e s es la i n f l u e n c i a d e F r e u d d e m o s t r a d a s i n n i n g n l u g a r a d u d a s . P o r otra parte , en u n o de los n m e r o s d e Littrature, se e n c u e n t r a l a resea h e c h a p o r Bre tn d e

    8 0

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    MI entrevis ta c o n F r e u d . F u e m u y e n t u s i a s m a d o a encontrarse c o n l. I i e u d lo dej en su sala de espera en m e d i o de los pacientes - l o que lo puso u n p o c o n e r v i o s o - ; l u e g o lo recibi r p i d a m e n t e dic indole , i m a -g ino , las p a l a b r a s d e M a c M a h o n : " S o n ustedes los z u a v o s , p u e s b i e n , c o n t i n e " . F i n a l m e n t e , F r e u d n o se es forz m u c h o p o r Bretn, q u e si hien m e n c i o n a esta cuest in en s u resea, s i n e m b a r g o cont ina s ien-i lo m u y respetuoso c o n respecto a F r e u d , h a c i e n d o saber i n c l u s o q u e qued m u y a s o m b r a d o d e q u e h u b i e r a s i d o ese p e q u e o personaje, e n ose i n m u e b l e p e r d i d o d e V i e n a , q u i e n e s t u v i e r a e n e l o r i g e n d e t o d o s esos d e s c u b r i m i e n t o s .

    L a i d e a de que a travs de esos juegos de palabras se obtenga u n vis tazo p r o p i a m e n t e epis tmico es u n a i d e a que e l s u r r e a l i s m o volvi romntica. Us tedes saben q u e Bretn, finalmente, se volc a l a a l q u i -m i a , u n p o c o a l b u d i s m o , etctera . Pero , d e todos m o d o s , s u p u n t o d e p a r f i d a t iene u n a b u e n a procedenc ia .

    Q u es lo que est tambin detrs de esto? Est, c o m o lo recuerda Bretn al pasar, Lautramont . Ya en las Poesas de Lautramont est l a idea d e i n v e r t i r o d e negar a for i smos clebres. E n las Poesas, que e n c o n -tramos en genera l d e s p u s d e Los Cantos de Maldoror, h a y u n a c i n c u e n -tena de a f o r i s m o s i n v e r t i d o s - d e Pasca l , de L a R o c h e f o u c a u l d , etcte-r a - y que, d i c i e n d o lo contrar io , hacen notar que la cosa se sosfiene o, en todo caso, que d a vis tazos interesantes. Por e jemplo : "vosot ros que entris, de jad t o d a d e s e s p e r a n z a " . E n c o n t r a m o s esto e n Lautramont , y es y a u n a exper ienc ia p u r a m e n t e s igni f icante de generacin de senf ido .

    L a escr i tura automt ica , que fue prac t i cada d u r a n t e u n t i e m p o y de lo que son u n esbozo estos juegos d e palabras , especula en el f o n d o c o n la fe l iz tych, c o n el fe l iz azar, c o n e l encuentro for tu i to de a q u e l l o que producir sent ido , y c o n el hecho de que se obf iene ese sent ido n o p o r la demostrac in , n o p o r la coherenc ia , s i n o p o r el encuent ro for tu i to . S i n d u d a , h a y m u c h o p a r a dec i r sobre e l hecho de q u e la escr i tura auto-mtica fuera u n fracaso, u n error, etctera. Eso n o i m p i d e que h a y a s i d o u n a c u r a de re juvenec imiento p a r a la expresin potica, en el senf ido e n q u e L a c a n p u d o dec i r q u e las paradojas de la teora de los conjuntos fue u n b a o d e re juvenec imiento q u e permit i a l a lgica encontrar su v i g e n c i a para nosotros . T '^H : -'i'-'^- >

    E n estos ejercicios p e r c i b i m o s en efecto q u e n o se par te de la i n t e n -cin d e signif icacin para buscar las pa labras que v a n a expresar la , s i n o

    81

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    que se procede , de cara a las palabras , a u n a manipulac in f u e r a d e sen-t ido , manipulac in que p u e d e ser i n c l u s o mecnica . L l e g a d o el caso, se h a v u e l t o tal en las frmulas d e l O u l i p o , el c lub de R a y m o n d Q u e n e a u , d o n d e tenemos f r m u l a s p a r a p r o d u c i r s e n t i d o d e m a n e r a s is temti -ca, es decir , u n a f o r m a de s u r r e a l i s m o a l a lcance d e todos , m e c a n i z a -d a , c o m o l a haban c o m e n z a d o a pract icar , p o r o t r a parte , los m i s m o s surreal istas .

    P u e d e n i m a g i n a r , t o m a n d o a l g u n a s frmulas d e u n d i c c i o n a r i o , q u e crean s u p r o p i a poes a . D e s p u s d e t o d o , c u a n d o L a u t r a m o n t d i c e q u e la poesa debe estar hecha p o r todos y n o p o r u n o solo , n o p i e n s a q u e e l espri tu pot ico v a a s o p l a r p a r a t o d o el m u n d o , s ino que t o d o e l m u n d o , c o n u n p e q u e o espr i tu d e c o m b i n a t o r i a , p u e d e n o so lo ser-v i r s e d e l a c o m p u t a d o r a , s i n o hacer t a m b i n s u poesa . " E l sol tero se hace so lo el chocola te" , deca M a r c e l D u c h a m p , y el sol tero p u e d e t a m -bin hacer s u poesa so lo en s u sartn.

    i* E n e l f o n d o , e l acento es t pues to a q u n o sobre e l sent ido , que sera p r e v i o y a p a r t i r d e l o c u a l trata d e expresarse, s i n o sobre l a p r o d u c c i n d e l sent ido , y esto, e n e l f o n d o , de u n a m a n e r a transparente , ^ e t o m a insecto e incesto y, c o m b i n n d o l o s , se encue nt r a incesticida. D i c h o de otro m o d o , t o d o esto p o n e de rel ieve, y d e l m o d o m s s i m p l e , u n a cierta a u t o n o m a de las palabras , e i n c l u s o , por q u no? , u n a c ier ta a u t o n o -ma de lo s imbl ico . P o n e de re l ieve q u e e l se n t id o surge d e l a c o p l a -m i e n t o de esas pa labras c o m o u n retoo. N o se trata all d e l sent ido , s i p u e d o d e c i r l o , c o m o p a d r e de las pa labras , s i n o d e l s e n t i d o re too d e las pa labras .

    Este es e l acento q u e L a c a n le d a al trmino sentido e n l a parte q u e h e m o s t o m a d o c o m o mirac^or, c u a n d o e m p l e a la expresin tomar sentido o hacer sentido - l o que es, en efecto, s i tuar e l sent ido e n u n t i e m p o s e g u n -d o e n relacin c o n e l arreglo d e los e lementos e n tanto tales, y c o m o p r i v a d o s de s ignif icacin- . D i c h o de otro m o d o , all tomar sentido remite a u n a d v e n i m i e n t o s e g u n d o d e l sent ido a p a r t i r de u n a operacin.

    E v i d e n t e m e n t e , es all d o n d e la s imetr a saussureana d e l s i g n i f i c a n -te y e l s i g n i f i c a d o se desbarata frente a nuestros ojos. P o r e l contrar io , tenemos la as imetr a l a c a n i a n a d e l s ign i f i cante y e l s i g n i f i c a d o , a s i m e -tra d o n d e s igni f i cante y s i g n i f i c a d o n o s o n c o m o e l revs y e l derecho, s i n o c o m o la causa y e l efecto. Es eso lo q u e tocamos c o n l a p u n t a d e los d e d o s c o n esas exper ienc ias .

    82

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    N o v o y a i n t r o d u c i r m e e n u n a h i s t o r i a d e l s u r r e a l i s m o , p e r o y o v e o .1 esa h i s t o r i a d iv idindose en u n m o m e n t o , entre Rene C h a r y Jacques I 'rvert. P o r u n l a d o , tenemos u n a poesa d e l s igni f i cante e i n c l u s o hasta tal p u n t o d e l s igni f i cante que y a n o sabemos d n d e est e l s i g n i f i c a d o . Esto es e n e l f o n d o l a c u l t u r a d e l e n i g m a p o r R e n e C h a r . E l p o e m a se cierra sobre e l e n i g m a , y de entrada , al leerlo, estamos en la posic in d e l desc i frador , desc i f rador de u n a o p a c i d a d creciente que hace que t o d o eso se ausente d e l a circulacin c o m n y que r e m i t a necesar iamente a ima c ier ta ar is tocrac ia d e l s igni f i cante .

    P o r otra parte . Rene C h a r , que fue a l g u i e n v a l i e n t e de l a resistencia d u r a n t e l a S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , e x p o n a al m i s m o t i e m p o o p i -n iones c o m p l e t a m e n t e descabe l ladas d e corte m o n r q u i c o que s o n bastante dis tantes d e l o q u e se h u b i e r a p o d i d o p e n s a r sobre l a c o n -sistencia d e su posic in, p e r o que reflejan justamente , m e parece, esta ar is tocrac ia d e l s ign i f i cante p o r desci frar . D e este m o d o , v e m o s a p a -recer a lgn t i e m p o d e s p u s d e s u m u e r t e u n a suerte d e m a n u a l d e t raduccin d o n d e R e n e C h a r les e x p l i c a a l g u n o s d e sus p o e m a s . H a b a c o m p r i m i d o tanto, ce r rado tanto, que se haba v u e l t o an m s o p a c o que M a l l a r m .

    Los versos de Prvert

    L a otra l nea, en relacin con esta poesa d e l s igni f i cante enigmt ico , es u n a suerte d e poes a d e l s i g n i f i c a d o abier to . E n t r a m o s all c o m o a u n m o l i n o . Es to l l a m a a lo p o p u l a r , l o mani f ies ta . Se trata d e la poesa d e Jacques Prvert , q u i e n es t a m b i n u n retoo d e l s u r r e a l i s m o , p e r o que s i n d u d a les es m s fami l iar .

    Dir a q u e h a y v i s i b l e m e n t e u n a relacin entre L a c a n y Prvert . L a c a n , e n c iertos aspectos, t ambin cerr sus expres iones sobre e l e n i g -m a -es eso lo q u e nos retiene tambin y nos p o n e a p a r t e - p e r o a l m i s m o t i e m p o sus s impat as v a n c laramente hac ia Prvert . Us tedes c o n o c e n " L a ins t a nc ia d e la le tra . .."y las cons iderac iones d e L a c a n sobre e l cogi-to: no soy, all donde soy el juguete de mi pensamiento. T o d o descansa aqu e n ese ow [donde] c o n acento grave , y n o p o d e m o s ev i ta rnos ver all u n eco d e l p o e m a de Prvert t i t u l a d o " E l acento g r a v e " . Este es el p o e m a " E l acento g r a v e " , c o n el a l u m n o H a m l e t :

    83

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    PROFESOR

    Alumno Hamlet!

    A L U M N O H A M L E T

    (sobresaltado) . . .Eh.. . Qu... Perdn... Qu ocurre?... Qu pasa?... Qu hay?...

    PROFESOR

    (descontento) No puede responder "presente" como todo el mundo?

    No lo entiendo, todava est usted en las nubes.

    A L U M N O H A M L E T

    Estar o no estar en las nubes!

    PROFESOR

    Basta. Menos bobadas y conjugeme el verbo estar como tod el mundo, solo le pido eso. I

    * * A L U M N O H A M L E T

    Tobe... n . > , ,,y..;

    PROFESOR

    En francs por favor. Como todo el mundo.

    A L U M N O H A M L E T

    f De acuerdo seor. (Conjuga.) Yo estoy o yo no estoy

    T ests o t no ests l est o l no est

    Nosotros estamos o nosotros no estamos...

    PROFESOR

    (excesivamente descontento) Lo que pasa, mi querido amigo, es que usted no est!

    84

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    A L U M N O H A M L E T A

    Exacto, seor profesor. C Yo estoy "o" / (donde) no estoy A Y, en el fondo, pensndolo bien A

    Estar 0 no estar (ser o no ser) Es quiz tambin la cuestin.

    E n " L a ins tanc ia de l a l e t r a . . . " , tenemos p o r l o tanto el eco de l a operac in p r e v e r t i a n a , que es p o n e r ese o [donde] c o n acento grave.*

    Us tedes tambin c o n o c e n ese pasaje, en " D e u n a cuest in p r e l i m i -nar a todo t ra tamiento p o s i b l e d e l a p s i c o s i s " , d o n d e L a c a n cita expl-c i tamente a Prvert , y n o en c u a l q u i e r m o m e n t o , s ino e n l a parte final de ese texto, d o n d e se trata de l a forclusin p r i m o r d i a l y de lo que, de esta forclusin p r i m o r d i a l , n o es so lo u n efecto mecn ico de s intaxis , de esti lo: el Nombre del Padre no est escrito y luego es todo. > :i

    L a c a n e v o c a que l o que est e n juego en l a forclusin psictica es u n rechazo d e l sujeto. H a y u n rechazo subjet ivo de l a i m p o s t u r a pa terna c u a n d o e l l a est r e d o b l a d a y s u b r a y a d a , es decir , c u a n d o e l p a d r e exa-gera c o n el ar t i f i c io d e l N o m b r e d e l P a d r e , c o m o era e l caso d e l p a d r e de Schreber. Y entonces, la referencia de L a c a n es u n a referencia al p o e m a de Prvert " L a pesca de l a b a l l e n a " .

    E s c r i b e t o d o eso e n u n so lo p a r g r a f o i m p r e s i o n a n t e d o n d e e v o c a a l p a d r e de Schreber : " p o d e m o s c o n s i d e r a r c o m o rebasados los l mi-tes en q u e l o n a t i v o y lo n a t a l v a n a l a n a t u r a l e z a , a l o n a t u r a l , a l n a t u r i s m o , i n c l u s o a l a na tura l izac in ( todo esto s o n asonancias , q u e d e s c a n s a n e n u n a pot ica de l a l e n g u a ) , e n q u e l o v i r t u o s o resu l ta v e r -t i g i n o s o , e l l e g a d o l i g a , la sa lvac in sal tacin, e n q u e lo p u r o b o r d e a lo m a l e m p e o r i a l , y e n q u e n o n o s a s o m b r a r que el n io (all e l n i o Schreber) , a l a m a n e r a d e l g r u m e t e d e l a pesca celebre de Prvert , m a n d e a paseo [werwerfe] a l a b a l l e n a de l a i m p o s t u r a , d e s p u s de ha be r t raspasado , s e g n l a o c u r r e n c i a d e este t r o z o i n m o r t a l , s u t r a m a d e p a d r e a p a r t e " .

    P a r a aque l los que n o c o n o c e n " L a pesca de l a b a l l e n a " , p u e d o leer a l g u n o s pasajes, a u n q u e n o v o y a leer e l p o e m a entero:

    4. O con acento grave es "donde" y ou sin acento es la conjuncin "o". [N. de la T.]

    as

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    A l > i " . i . i r l'.illonas, a pescar ballenas, I i r i i . i i ' l piidre, con colrico acento, A su hijo l'rspero, tendido bajo el ropero, A [H-scar ballenas, a pescar ballenas. No quieres ir,

    Se puede saber por qu? '

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    I ) i ' sdi ' (.'1 c o m i e n z o , tenemos este efecto que es t presente e n l a e n u -i i u ' i a i ion , es decir , l a muerte , e l d u e l o . E n " C o r t e j o " tambin ocurre ( o n u ) en " E l inspec tor " , la e n u m e r a c i n se hace s i e m p r e bajo e l s igno l ie la muerte . E n e l f o n d o , es l o que h a y en e l c u a d r o de Los embajadores: eso, y eso, y l u e g o a n eso, y l u e g o la muer te . L a f o r m a m i s m a de la acumulac in se c o m p e n s a , e n u n contragolpe , p o r u n a desapar ic in. Esos cuatro versos m u e s t r a n b i e n u n a suerte de d o m i n a c i n d e l s i g n i f i -cante sobre las s igni f i cac iones h u m a n a s .

    T e ne mos e n ese " C o r t e j o " , s i l l e g a m o s hasta e l final, u n a suerte de d a n z a p r o p i a m e n t e macabra .

    T o m e m o s e l p r i m e r verso : Un viejo de oro con un reloj de duelo. Est hecho s i m p l e m e n t e d e u n vie jo d e d u e l o c o n u n reloj de oro . E l verso se f o r m a entonces s i m p l e m e n t e p o r l a p e r m u t a c i n de de oro p o r de duelo.

    Y a e l reloj hace pesar a q u e l t i e m p o sobre t o d a esta e num e r a c i n . Instala y a la m u e r t e e n el asunto , m i e n t r a s q u e un viejo de oro es p r o d u c -tor de sent ido . P o d e m o s m u y b i e n v e r all u n H a r p a g n a c u m u l a n d o , s i e n d o " C o r t e j o " m i s m o u n a acumulac in . P o r o t r a parte, c ls icamente , H a r p a g n a m e n u d o est representado, a c t u a d o c o m o u n h o m b r e de d u e l o , y a p e g n d o s e a s u o r o e n e l u m b r a l d e 1^ m u e r t e .

    E l s e g u n d o verso . Una reina a jornal con un hombre de Inglaterra, est c o n s t r u i d o a p a r f i r d e u n h o m b r e a j o r n a l c o n u n a re ina d e Inglaterra ; basta esta p e r m u t a c i n p a r a hacer v a c i l a r los semblantes h u m a n o s .

    P o d e m o s d e c i r q u e c o n e l p r i m e r v e r s o , e n g e n e r a l , n o c o m p r e n -d e m o s d e q u se t ra ta , p e r o c o n e l s e g u n d o , y s i m p l e m e n t e p o r tener reina e Inglaterra e n e l m i s m o v e r s o , c o m e n z a m o s a c o m p r e n d e r c m o es t c o n s t r u i d o . Bas ta a p r o x i m a r e l h o m b r e a j o r n a l y l a r e i n a d e I n g l a t e r r a y h a b e r l o s h e c h o i n t e r c a m b i a r s e s u s a t r i b u t o s , p a r a q u e n o p o d a m o s d u d a r d e q u e a l l t e n e m o s u n a p o e s a , s i p u e d o d e c i r l o , p r o g r e s i s t a . L a c o n f r o n t a c i n d e l a r e i n a d e I n g l a t e r r a y e l h o m b r e a j o r n a l , este e n c u e n t r o i m p r o b a b l e , y a es t g o b e r n a d o p o r u n a i n t e n c i n b u r l o n a ; d e l m i s m o m o d o l l e g a e l t r m i n o trabajadores e n e l tercer v e r s o . S i n d u d a a t r a d o p o r h o m b r e a j o r n a l . T r a b a j a d o -res d e l m a r v i e n e n flanqueados p o r g u a r d i a n e s d e l a p a z , es dec i r , e n e l f o n d o , i n s p e c t o r e s - s e t ra ta d e l a po l i c a , q u e e n u n corte jo p o n e a t o d o s e n fila-. A l h a c e r i n t e r c a m b i a r s e estos t r m i n o s , n o p o d e m o s n o d a r n o s c u e n t a d e q u e eso r e d o b l a a l l t a m b i n e l a s p e c t o p r o g r e -s is ta d e l a c u e s t i n .

    88

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    " L a polic a i n v o c a a l e jrcito, y y o s u p o n g o q u e es eso l o q u e hace venir a l h s a r d e l a m u e r t e c o n e l tonto d e capirote . M e detengo en ese I //( hsar de capirote con un tonto de la muerte, q u e parece u n a frase v e r d a -deramente rad iante y d i g n a d e Hercl i to . P o r q u e se trata de Prvert n o lo reverenc iamos c o m o a Hercl i to .

    E l h s a r d e l a m u e r t e , por q u es hsar d e la muerte? Prec isamente p o r q u e e n g a a a l a m u e r t e , p o r q u e c o n su coraje engaa a la m u e r t e . I .1 a d o p t a c o m o e m b l e m a , y p o r esa razn es u n imbci l , y p o r eso el luisar d e l a m u e r t e est flanqueado p o r e l tonto d e capirote . Eso d ice i-\actamente que el que " e n g a a a la m u e r t e " es u n e n g a a d o , que l es el e n g a a d o , que l es e l incauto . Eso es lo que e v o c a n los trminos \outo de capirote.

    H a y m u c h o s otros versos que s o n sensacionales: Un recolector de conciencias con un conductor de colillas. Es tan verdadero ! Una monjita de Hengala con un tigre de San Vicente de Paul, Un profesor de porcelana con un restaurador de filosofa. Es u n a exclamacin de verdades ! Un remolcador lie familia numerosa con un padre de altamar. H a y otros, n o p u e d o citarlos a lodos, pero es claro aqu que la permutacin de los atr ibutos a lcanza las sustancias m i s m a s , y que se p r o d u c e u n a suerte de desustancializacin. i S i n d u d a se trata e n ese p o e m a de u n p r o c e d i m i e n t o . Ese p o e m a procede a u n a especie de q u i a s m a mecnico , y a u n a seleccin que est g o b e r n a d a , de u n m o d o m u y l mpido, p o r u n a signif icacin p r e v i a . Es u n a poesa d e m o s t r a t i v a , o r i e n t a d a p o r u n a nocin b u r l o n a , s u b -v e r s i v a d e los valores establecidos, a r m a d a c o n u n a m u e r t e final q u e iguala . C o n este p u n t o de v is ta a v a n z a este " C o r t e j o " . M u e s t r a , c o m o u n a d a n z a macabra , todos esos h u m a n o s c o n sus a t r ibutos que p u e -d e n tambin intercambiarse , pues l a m u e r t e l l e g a y c o n d u c e a t o d o e l m u n d o a u n agujero. P o r l o tanto, es u n a poesa q u e est d o m i n a d a p o r u n a s ignif icacin m u y explcita, y que, p o r o t ra parte , es l o que hace a su xito.

    L a permutac in se d i r i g e a q u a los m o r f e m a s , es decir , a partes d e l d i s c u r s o q u e y a estn d o t a d a s d e significacin, de oro quiere d e c i r a lgo , de duelo quiere dec i r otra cosa. A s c o m o del mar, o de la paz. T o d o s esos trminos e n s m i s m o s estn d o t a d o s d e signif icacin.

    E l p r o c e d i m i e n t o es e v i d e n t e m e n t e m u c h o m s i n q u i e t a n t e c u a n -d o se d i r i g e a e lementos s i n s ignif icacin p r o p i a , a f o n e m a s o a letras. Es as c o m o antes d e D e s n o s estaba R a y m o n d R o u s s e l . R a y m o n d R o u s -

    89

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    m I , . i i i c lu- t ra tado p o r Janet, n o tena aparentemente u n a n e u r o s i s i i l ) ' , i ' s iva - d i a g n s t i c o que r e t o m a M i c h e l F o u c a u l t e n l a o b r a que le ( i tnsagr- . R a y m o n d R o u s s e l , p o d e m o s d e c i r l o , era un/prncipe d e l a h o m o f o n a , y q u e c o m o poeta , c o m o escri tor , h i z o d e l a h o m o f o n a la base m i s m a d e s u producc in, y n o sobre u n juego d e p a l a b r a s s i n o sobre l ibros enteros.

    C o m o dice L a c a n , c u a n d o se trata d e la homofona , t o d o s los go lpes estn p e r m i t i d o s . Y, p o r o t ra parte , l o v e r i f i c a m o s a q u m i s m o : a pesar de la ausenc ia de c o m i c i d a d y d e l carcter m i s e r a b l e de a l g u n o s juegos de palabras , finalmente all e l senf ido pasa . T o d o s los g o l p e s estn per-m i t i d o s , d i ce L a c a n , " p o r l a razn d e que es tando c u a l q u i e r a a s u a l can-ce s i n p o d e r reconocerse all, s o n e l los los q u e j u e g a n c o n n o s o t r o s " . L o s go lpes h o m o f n i c o s juegan c o n nosotros - l o v e r i f i c a m o s - s a l v o p o r e l hecho de que los poetas hacen u n clculo d e e l lo .

    Tratemos entonces p r i m e r a m e n t e a R a y m o n d Rousse l c o m o a a l g u i e n que hace u n clculo de esos golpes . Inc luso es u n clculo q u e l m i s m o h a reve lado , c o m o ustedes saben, a l final de feu obra , en ese escrito e x t r a o r d i n a r i o q u e se l l a m a Cmo he escrito algunos de mis libros. A n t e s de m o r i r , revela segn q u p r o c e d i m i e n t o s escr ib i a l g u n o s d e sus l ibros - M i c h e l F o u c a u l t se i n c l i n a espec ia lmente p o r la cuest in d e l p r o c e d i m i e n t o de los otros, y p o r c m o se a r t i c u l a n e l p r o c e d i m i e n t o expl c i to y e l p r o c e d i m i e n t o implcito-.^

    Un chorro de cosas dichas

    E l m t o d o de R a y m o n d R o u s s e l consist a e n p a r t i r de pa labras casi semejantes, p a r t i r d e casi h o m f o n o s , d e casi h o m g r a f o s s a l v o p o r u n a letra, y t o m a r l o s cada u n o e n u n a secuencia d e h o m n i m o s . H a y p o r lo tanto dos frases, dos frases semejantes, s a l v o que u n a p a l a b r a tiene u n a le tra di ferente - l a s otras pa labras p u e d e n ser t o m a d a s c a d a u n a en u n s e n t i d o d i s t i n t o e n l a l e n g u a o r d i n a r i a - . L u e g o t o m a esto c o m o la frmula de u n p r o b l e m a , es decir , c m o pasar de l a p r i m e r a frase a la s e g u n d a , y l escribe u n cuento , o u n p o e m a , o u n a e p o p e y a , que c o m i e n z a c o n la p r i m e r a frase y que t e r m i n a c o n l a s e g u n d a .

    L a i d e a es t razar u n p u e n t e entre esas d o s frases, d e l a m i s m a m a n e -ra q u e los surreal is tas hac an eso d e m a n e r a m u c h o m s e c o n m i c a e n

    90

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    uno de sus p e q u e o s juegos d i v e r t i d o s . Este p e q u e o juego consista 111 c o n v e n i r e n u n a pa labra c o n a l g u i e n , hacer lo sa l i r d e l cuarto, hacer

    l in 'go e legir a leator iamente otra p a l a b r a p o r a l g u i e n ms , d e f i n i r los

    Icrminos d e l a p r i m e r a c o n los t rminos d e l a s e g u n d a , y l u e g o hacer vo lver a la p r i m e r a p e r s o n a y hacerle d e s c u b r i r l a s e g u n d a pa labra a

    l ' .u t i r de l a definicin aberrante que haba s i d o d a d a de la p r i m e r a , t ra-l.indo d e este m o d o de d e m o s t r a r que , entre d o s pa labras cua lesquiera del lenguaje, p o d e m o s s i e m p r e t o m a r u n a c o m o u n definiens y la otra r o m o u n definiendum: p o d e m o s s i e m p r e hacer u n puente de lenguaje i ' iUre dos pa labras , cua lesquiera q u e sean.

    L a o b r a d e R a y m o n d R o u s s e l est basada en l a m i s m a conviccin,

    sa lvo p o r q u e h a y e n e l l a u n a s e r i e d a d y u n a m e t i c u l o s i d a d e n la q u e

    lu i n v e r t i d o m i l e s de h o r a s / l o que o b l i g a e v i d e n t e m e n t e a u n cierto

    diagnstico^, q u e n o es e l q u e r e t o m a M i c h e l F o u c a u l t . D iagns ico q u e

    concierne tambin a lo que l refiere acerca de u n s e n t i m i e n t o que expe-

    riment, en u n m o m e n t o d a d o , de estar e n la g l o r i a , y que c u a n d o tra-

    zaba sus letras, a l m i s m o t i e m p o m i l e s d e p o r t a p l u m a s t r a z a b a n las

    m i s m a s pa labras . Esto le ocurr i c u a n d o , al sa l i r a l a calle, se d i o cuenta

    de que n a d i e lo m i r a b a . E s t u v o m u y d e p r i m i d o . F i n a l m e n t e , t u v o expe-

    riencias d e ese o r d e n . L e s d o y sus m i s m o s trminos : " Y o elega dos palabras casi semejan-

    tes, p o r e jemplo billard [billar] y pillard [pi l lo] . L u e g o agregaba palabras parecidas pero t o m a d a s en u n sent ido diferente, y obtena de este m o d o dos frases casi idnticas . E n l o q u e concierne a billard y pillard las d o s frases que o b t u v e f u e r o n estas. Las letras [lettres] d e l b lanco sobre las bandas d e l vie jo bi l lar . L a s cartas [lettres] de l b lanco sobre las bandas d e l vie jo p i l l o . E n l a p r i m e r a frase, lettres estaba t o m a d o e n el s e n t i d o tipogrfico, b l a n c o e n el sent ido de t rozo de tiza, y b a n d a s en el sent ido de bordes . E n la s e g u n d a frase, lettres estaba t o m a d o e n el sent ido de m i s i v a , b l a n c o en el sent ido d e h o m b r e b lanco , y b a n d a s e n el sent ido d e h o r d a s guerreras . Se trataba d e escr ib i r u n cuento q u e deba c o m e n z a r c o n la p r i m e r a y t e r m i n a r c o n la s e g u n d a de las dos frases encontradas . Yo extraa todos m i s materiales e n la resolucin de esos p r o b l e m a s " .

    A p a r t i r d e esas p r i m e r a s pa labras q u e t iene all, c o m i e n z a a e n g e n -d r a r n u e v a s , y hace p r o l i f e r a r p o r lo tanto e l con junto d e l texto a par t i r del salto i n i c i a l . E l p r o c e d i m i e n t o a m p l i f i c a d o consiste en buscar p a l a -bras que se ref ieran a esas pa labras , t o m a r l a s e n otro s e n t i d o que e l

    91

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    q u o se presenta e n p r i m e r lugar , y c o n l a p o s i b i l i d a d , d e este m o d o , d e obtener creaciones.

    I'or e jemplo , t o m e m o s billard. Q u es lo que f o r m a parte i n m e d i a -tamente d e l c a m p o semnt ico de esta pa labra? Es e l taco de b i l lar . Y v e m o s que nos presenta u n a herona a r r a s t r a n d o e l v e s t i d o , d o n d e h a y que z u r c i r las viejas b a n d a s . P e r o l a reanudac in es t a m b i n l a r e a n u -dacin m u s i c a l , e l l e imot iv , y v e m o s q u e e n e l c u e n t o figura u n a e p o -p e y a cantada c o n le i tmot iv . Tambin t ienen ustedes e l b l a n c o . E l b l a n c o e v o c a l a cola , p o d e m o s decir , la co la que fija e l p a p e l , pero tambin p u e d e ser e l casf igo a u n a l u m n o e n e l co legio , y este e p i s o d i o tambin v a a figurar e n e l cuento . A l m i s m o t i e m p o , est e l m t o d o de " l i g a r u n a p a l a b r a c o n o t r a p o r la prepos ic in a t o m a d a e n u n s e n t i d o di ferente d e l senf ido p r i m i t i v o " .

    T o d o e l p r o c e d i m i e n t o de R a y m o n d R o u s s e l descansa en ese p r o -c e d i m i e n t o g e n e r a d o r de u n a frase i n i c i a l , o r i g i n a r i a , m a t r i z , que p o n e e n m a r c h a t o d a l a m a q u i n a r i a d e l lenguaje . A p a r t i r d e esta p e q u e a l a g u n a el texto se p o n e a pro l i ferar , y co e n t i d a d e s fantasmticas , d a d o que c o n ese p u n t o de p a r t i d a , tenemos t o d o u n m u n d o q u e se p u e b l a de seres c o m p l e t a m e n t e inditos . Tenemos a lgo a leator io al c o m i e n z o , q u e es lo a leator io m i s m o de l a l e n g u a -billard y pillard n o d i f i e r e n m s q u e p o r u n a s o l a l e t r a - y a p a r t i r d e este aleatorio , y p o n i e n d o en m a r -cha e l lenguaje , se teje u n a n e c e s i d a d a b s o l u t a entre esos d o s trminos .

    P o r eso F o u c a u l t d ice m u y b i e n q u e los azares d e l lenguaje son all t ratados m e t d i c a m e n t e , y que ese p r o c e d i m i e n t o " e x f i r p a el n o ser que c i r cu la c u a n d o se h a b l a " . T o d o se v u e l v e abso lutamente necesario. Esto d e m a n d a h o r a s p a r a c a d a v e r s o . . . P o r l o tanto h a y al l u n a c o n j u n -cin d e l o a lea tor io y Icnnecesario.

    Cul sera l a interpretacin de este texto? L a interpretacin de este texto es m s b i e n el re torno a l m a t e m a i n i c i a l , e l re torno a l a frase gene-r a d o r a i n i c i a l . S o l o tenemos u n a parte de esas frases, pues R o u s s e l o l v i -d a a veces cul fue l a m a t r i z d e l c o m i e n z o . S o l o tenemos expl c i tamente e l d e s a r r o l l o d e l c o m i e n z o a l final e n las p r i m e r a s obras . L u e g o , n o l o hace ms , y l m i s m o tiene d i f i c u l t a d e s p a r a acordarse d e la frmula g e n e r a d o r a . S i n e m b a r g o , a l c o m i e n z o , n o h a y n a d a de inconsc iente aqu. E l sabe s u p r o p i o m a t e m a . Ese m a t e m a est e n el o r i g e n de ta l o c u a l o b r a par t i cu lar . D e ese m o d o fue i m i t a d o p o r u n c ierto n m e r o de escritores d e l a n u e v a n o v e l a .

    92

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    L e i r i s pract ic t o d o eso d e u n a m a n e r a m s m o d e r a d a e n s u Glosa-lii', d e l que h i z o u n a especie de c o n t r a - d i c c i o n a r i o , e i n c l u s o u n a espe-1 i c de subversin d e l d i c c i o n a r i o , c o n la i d e a surreal is ta , c o m o deca IWi'ton, d e l iberar las pa labras contra l a e f imologa , c o n l a i d e a d e q u e i l sent ido v e r d a d e r o n o es e l s e n t i d o d e u n a p a l a b r a , n o es el s e n t i d o l i inolgico que es c o m n a todos los u s u a r i o s de la l e n g u a , que es el riitido b a n a l , s ino que su s e n t i d o v e r d a d e r o es e l nuestro par t icular ,

    i . i l c o m o p o d e m o s d e s c u b r i r l o d e s c o m p o n i n d o l o . E l Glosario d e L e i r i s es p o r l o tanto u n a especie d e e t imologa subjet iva , a l q u e le presta - u n poco r indose, entre el juego y lo s e r i o - u n a funcin de c o n o c i m i e n t o . Inscribe que entonces " e l lenguaje se t r a n s f o r m a e n o r c u l o " .

    P o d e m o s d e c i r que h a y all u n p r o c e d i m i e n t o - e s t a v e z p a r a n a d a ps ict i co- q u e consiste e n t o m a r l a p a l a b r a c o n s u signif icacin c o n v e -nida - n o so lo c o m o u n ensambla je d e letras o d e s o n i d o s - y cons iderar -1.1 c o m o u n a a d i v i n a n z a . C o m o s i la p a l a b r a flanqueada p o r s u s i g n i -licacin c o n v e n i d a fuera e l escondi te d e s u s e n t i d o v e r d a d e r o , sent ido \o q u e e n c o n t r a m o s p r a c t i c a n d o u n a descompos ic in fnica d e l,is que les d i el e jemplo la l t ima v e z . L o que es m u y r a z o n a b l e tambin en Le i r i s es proceder a u n a decompos ic in nica, y l p u e d e entonces presentar su exper ienc ia c o m o u n g losar io , u n g losar io d e d e f i n i c i o n e s .

    H a y q u e ver, c u a n d o L a c a n escr ibe " L i t u r a t i e r r a " , q u e se trata d e u n p r o c e d i m i e n t o de este o r d e n . Es u n p r o c e d i m i e n t o d e l o r d e n de D e s n o s V Le i r i s , s a l v o que L a c a n , en la p r i m e r a frase de su texto, d ice a lgo sobre ese t rmino l i tura f ier ra que es p o r l o tanto u n a descompos ic in fnica de literatura. D i c e que esta descompos ic in se l e g i t i m a p o r la e t i m o l o -ga, p u e s p o d e m o s , en efecto, en el E r n o u t y M e i l l e t , ver u n a relacin entre l i tera tura y litura c o m o desecho. a? 'S-

    E n L e i r i s , Desnos y Bretn se trata d e u n p r o c e d i m i e n t o d e palabras s in m e m o r i a : se extrae e l sent ido s i n ocuparse d e la h is tor ia , se juega con el insecto y el incesto, n o se o c u p a n de la h is tor ia de las palabras , se hace s u r g i r el sent ido s i n pasar p o r la et imologa, hasta obtener e l neo-l o g i s m o incesticida. Pero, c iertamente, el p r o c e d i m i e n t o de L a c a n es e l p r o c e d i m i e n t o de las Palabras sin memoria - s e juega c o n l a p a l a b r a - pero , a d e m s , la palabra q u e d a cargada de toda su m e m o r i a et imolgica . ' E v i d e n t e m e n t e , lo que l o d i f e r e n c i a tambin es que se trata de u n

    escrito sobre lo escrito, sobre lo que h a y de escrito en el lenguaje , m i e n -tras q u e los juegos d e pa labras d e L e i r i s - l o d i c e e x p l c i t a m e n t e - des-

    93

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    . . M I . . 1 1 1 i i i u n a pr imaca d e l o o r a l . I n v o c a p o r o t ra parte e l f a m o s o afo-I i M i i o d e I r i s tan T z a r a : " E l p e n s a m i e n t o se hace e n l a b o c a " . Estos jue-r,i>s tiMiicos, esos juegos d e i n a n i d a d sonora , s o n u n a suerte de d e m o s -tracin de esta local izacin d e l p e n s a m i e n t o en la b o c a .

    H a y a n u n personaje que q u i s i e r a evocar. T o d o s esos e x p e r i m e n t a -dores de l a i n a n i d a d s o n o r a se a g o l p a n e n l a p u e r t a , r e c l a m a n u n p o c o de presenc ia a q u e n la escena; d e b o evocar a pesar de todo a a l g u i e n que quizs a l g u n o de ustedes c o n o z c a , Brisset, e l Brisset de La Ciencia de Dios, q u e era u n o f i c ia l de polica de fines d e l s ig lo X I X o de c o m i e n -z o s d e l X X , y q u e F o u c a u l t extrajo d e l o l v i d o e n e l m o m e n t o e n q u e l a l ingst ica se q u e d a b a s i n herederos .

    E n efecto, Br isset , e n s u d e l i r i o , p r o c e d e a u n anl is is fon t i co d e las p a l a b r a s francesas , y p i e n s a , a t ravs de este anl is is , e n c o n t r a r e l v e r d a d e r o o r i g e n d e la l e n g u a . H a c e j u g a r f o n t i c a m e n t e la p a l a b r a sobre l a p a l a b r a . I n c l u s o c a d a s o n i d o a i s l a d o v a l e c o m o u n a p a l a b r a , y c a d a p a l a b r a es la contracc in de u n a frase. H a y p o r l o tanto t o d a u n a e s c e n o g r a f a f a n t a s m a g r i c a q u e surgesa p a r t i r d e l s i m p l e anl i - ; s is font i co .

    E s c r i b e siete obras, y e n u n a q u e se l l a m a La ciencia de Dios, d a l a g r a n ley, l a c lave d e l a p a l a b r a . E s t a g r a n l e y d e l a p a l a b r a es q u e " t o d a s las ideas e n u n c i a d a s c o n s o n i d o s semejantes fienen u n m i s m o o r i g e n " . A p a r t i r de s o n i d o s semejantes, a p a r t i r d e l m i s m o s o n i d o , e n g e n d r a u n a i n f i n i d a d de e n u n c i a d o s que c o n s i d e r a q u e t ienen l a m i s m a refe-renc ia . A p u n t a exactamente a lo q u e est escrito e n l a p a l a b r a y lo que p u e d e leerse all. Estos s o n sus trminos : " Sordos , e scuchen ! L a s p a l a -bras d i c e n otra cosa q u e l o q u e c o m p r e n d e m o s h a b i t u a l m e n t e " .

    P o r este hecho , h a y u n ^ suerte d e d i s c u r s o d e l a p a l a b r a d o n d e n o es u n sujeto el q u e t o m a la p a l a b r a . Se trata de u n a p a l a b r a par lante . " L a p a l a b r a m i s m a h a b l a " , d ice . Y agrega q u e l a p a l a b r a se reduce a la genealoga de l a h u m a n i d a d . A este respecto, n o es e l N o m b r e d e l P a d r e , s ino l a mult ipl icac in de los ancestros de los h o m b r e s , sobre los cuales Brisset t iene ideas bastante precisas, pues los v e c o m o especies d e batrac ios . S u tesis es que las pa labras que u t i l i z a m o s " s o n ant iguas [ frases d e l lenguaje d e los ancestros" y q u e "esas frases e r a n de u n a s i m -p l i c i d a d i n f a n t i l " . P e r o tengo q u e d a r m e e l p lacer d e leerles e l pasaje q u e e x p l i c a d n d e c o m e n z l a v i d a d e los ancestros:

    94

    I N A N I D A D E S S O N O R A S

    * Por el anlisis de las palabras, vamos entonces a escuchar hablar a los ances-i tros que viven en nosotros. Veamos dnde esos ancestros estaban alojados.

    El agua-tengo igual a yo tengo agua, o yo estoy en el agua. Lo alto-tengo i;^ual a soy alto, debajo del agua, pues los ancestros construyen sus primeros alojamientos sobre las aguas. El hueso-tengo igual a tengo el hueso o los huesos. Se los coman donde se alojaban, nuestros ancestros eran carnvo-ros. [...] Alojo-tengo igual a tengo un alojamiento. El primer alojamiento

    I era un lugar para comer en el agua. Lote-tengo igual a tengo mi lote. Estar alojado es el lote natural: quien no est alojado ha perdido su lote. Comede-ro tengo igual a tengo mi comedero. El primer comedero era una pequea charca [...] se tuvo don al principio, alojado en el agua, y en el albergue, sobre la orilla de las aguas. i ,ff,- rs

    L u e g o tenemos l a conclusin de esta construccin que p e r m i t e d e d u -

    c r la p r i m e r a , l a s e g u n d a y la tercera persona : " A n t e el espritu de l a

    palabra, c u a n d o h a b l a m o s d e u n a tercera persona , h o m b r e . D i o s o D i a -

    blo, h a b l a m o s d e nosotros m i s m o s . L o q u e dices d e otro . D i o s l o d ice d e

    l i " .

    All, c o m o a flor de p i e l , t enemos e l grafo de L a c a n , segn e l c u a l el

    mensaje le v i e n e a l sujeto bajo u n a f o r m a i n v e r t i d a . Est aqu a n t i c i p a -

    lio c o n todas las letras. E v i d e n t e m e n t e , p a r a l legar a esta deducc in que es sensac ional - se

    reservan horas d e sana distraccin s i se ejercitan e n e l l o - p r i m e r o es necesario d e m o s t r a r que e l latn n o existe, que es e n v a n o i r a b u s c a r el o r i g e n e n l a e f imologa e n e l latn, h a y q u e b u s c a r l a e n la d e s c o m p o s i -cin fnica . Tenemos aqu u n anlisis m u y diferente d e l de L e i r i s , pues es u n anlisis s i e m p r e equvoco . S i e m p r e re tomado, mlt iple . Tiene res-puesta p a r a t o d o . A n a l i z a el m i s m o s i n t a g m a de m i l maneras diferentes y e n g e n d r a n d o t o d a u n a serie d e frases. C o m o l o d i c e m u y b i e n F o u -cault , es " u n c h o r r o de cosas d i c h a s " . L a p a l a b r a c h o r r o se encuentra por o t ra parte e n e l L i t u r a t i e r r a de L a c a n . /:.c.hq ai'ik v4 fil

    L a u n i d a d de la que se trata aqu n o es l ings f icamente morfo lg i -ca. N o es t a m p o c o semnt ica , n i referencial Es u n a u n i d a d p u r a m e n t e de o do . Es e l s o n i d o . E i n c l u s o , debajo d e l s o n i d o , es u n r u i d o , u n r u i d o que corre, que despier ta , que atrae y rene sent idos d i v e r s o s . T o d o e l d i c c i o n a r i o d e la l e n g u a , t o d o el Littr se entrega aqu a u n a especie d e voci ferac in p r i m i t i v a . Brisset n o s presenta v e r d a d e r a m e n t e e l s e n t i d o

    95

  • J A C Q U E S - A L A I N M I L L E R

    (II el l i n i m e n t o e n que es o do . Es e l s e n t i d o p r o p i a m e n t e h a b l a n d o de l