logÍstica reversa, logÍstica verde do …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf ·...

162
UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Rosiclei Pereira Benevides da Silva Tássia de Queiroz Gargiulo D’Andréa LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO CONCEITO À PRÁTICA Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina CAMDA – Lins/SP Lins – SP 2009

Upload: duongmien

Post on 30-Jul-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Rosiclei Pereira Benevides da Silva

Tássia de Queiroz Gargiulo D’Andréa

LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO

CONCEITO À PRÁTICA

Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina

CAMDA – Lins/SP

Lins – SP

2009

Page 2: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

ROSICLEI PEREIRA BENEVIDES DA SILVA

TÁSSIA DE QUEIROZ GARGIULO D’ANDRÉA

LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO

CONCEITO À PRÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Esp. Paulo José Manzolli Godinho e orientação técnica da Profª Esp. Ana Beatriz Lima.

Lins – SP

2009

Page 3: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

Silva, Rosiclei Pereira Benevides; D´Andrea, Tássia de Queiroz Gargiulo

Logística reversa e logística verde: do conceito a pratica: Camda Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina / Rosiclei Pereira Benevides da Silva; Tássia de Queiroz Gargiulo D´Andréa. – – Lins, 2009.

166p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2009

Orientadores: Paulo José Manzolli Godinho; Ana Beatriz Lima

1. Logística. 2. Logística Reserva. 3. Gestão Ambiental. 4. Reciclagem. I Titulo

CDU 658

Page 4: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

ROSICLEI PEREIRA BENEVIDES DA SILVA

TÁSSIA DE QUEIROZ GARGIULO D’ANDRÉA

LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO

CONCEITO À PRÁTICA

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: ___/___/___

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Paulo José Manzolli Godinho

Titulação: Especialista em Administração Empresarial

Assinatura: _________________________________

1ª Profª: ________________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: _________________________________

2ª Profª: ________________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: _________________________________

Page 5: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

AGRADECIMENTOS

A DEUS

A Deus por abençoar-nos em mais uma etapa de nossas vidas, dando-nos a

força que precisávamos para elaborar esse projeto, pois sem o apoio divino,

não seriamos capazes de superar tantos obstáculos que surgiram na

passagem deste momento.Obrigada pelo Dom da vida, pela inteligência e

oportunidade concebida.

AOS MEUS PAIS

Aos meus pais Oscalina e Antonio, alicerces da minha grande conquista, que

no decorrer da minha vida, proporcionaram-me, além de extenso carinho e

amor, os conhecimentos da integridade, da perseverança e de procurar sempre

em Deus a força maior para o meu desenvolvimento como ser humano.

AOS QUE AMO

Aos meus irmãos Antonio Sergio e Maicon por caminharem sempre ao meu

lado.

Aos meus sobrinhos Matheus, Hiago e Helen pelo amor e admiração

Ao meu AMOR, por ter ficado ao meu lado, me apoiando, ensinando a sorrir

diante das dificuldades e acreditar que nada acontece por acaso, exemplo de

amor e otimismo. Te amo!

A COMPANHEIRA DE MONOGRAFIA

Especialmente para minha amiga Tássia por ter convivido comigo durante essa

fase da minha vida. Obrigada por estar comigo em momentos bons e ruins,

pois desses momentos que tiro as lições de vida e otimismo que preciso, por

essa razão dedico a você minha imensa gratidão.

AO ORIENTADOR

Agradeço imensamente ao meu orientador Paulo José Manzolli Godinho, por

ter chegado até o final, revendo alguns conceitos, refletindo sobre alguns

Page 6: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

pontos de vista e principalmente por ter sido tão paciente, um verdadeiro

Mestre.

AOS PROFESSORES

A todos os Professores, que nos ensinaram muitas coisas, pela competência,

dedicação e empenho em doar seus ensinamentos. Lutando muito para

alcançar este momento e agora concluído, agradecemos a todos; vocês foram

essenciais para a realização deste projeto.

AO UNISALESIANO

Ao Unisalesiano, a todos os funcionários, em especial ao Sr. Luiz que todos os

dias nos acolhe com muito amor e carinho, de alguma maneira, contribuíram

para o nosso crescimento e desenvolvimento

A EMPRESA

À Cooperativa Camda, pelo apoio e empenho, acreditando no nosso potencial

no desenvolvimento deste trabalho e pela contribuição para o nosso

fortalecimento profissional.

“Busquei o conhecimento e encontrei exemplos. Aprendi com os Mestres,

valores que agregaram muito enquanto docente e enquanto ser humano”

Rosiclei Pereira. Benevides da Silva

Page 7: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

A DEUS

A força iluminada, que a cada amanhecer nos sorri, abençoando nosso dia. Por

ter feito isso todos os dias da minha vida, por não ter deixado eu perder o

propósito e me dar forças para continuar.

AOS PAIS

A família é a base de tudo, o amor incondicional, meu agradecimento é eterno,

não há como finalizá-lo. A batalha da vida é constante e renuncias sempre

serão feitas, por isso meu agradecimento especial aos meus pais Sonia e José

Luiz que muitas vezes tiraram de si para me proporcionar algum bem, que

sempre acreditaram em mim, confiaram e estarem sempre comigo. Amo muito

vocês.

AOS QUE AMO...

Avós, Tio e Tia...

Ao meu avô José (in memória) meu agradecimento será eterno, e minha

saudade também, e a minha avó Maria Antonieta, obrigada por terem me dado

a base de tudo e principalmente por terem existido da minha vida. Aos meus

tios, Maria José e José Carlos, por me apoiarem e sempre estarem presente na

minha vida e motivando para seguir em frente. Amo vocês!

Irmãos

Tatiana, Fabiano e Rodolpho, por serem meus irmãos, por me amarem e

darem força, e apoiarem. Amo muito vocês!

Diego e Família

Diego, meu amor, obrigada por compreender minhas ausências, me apoiar e

estar sempre presente. Família, minha nova família, por agradeço pelo carinho

que dedicam a mim sempre que estamos juntos. Amo todos vocês!

Amigos

Michelle e Carol por me apoiarem e contribuírem para a realização desse

trabalho, por sempre estarem comigo me apoiando. Obrigada aos meus

Page 8: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

amigos que sofreram com minha ausência e me apoiaram. A turma do 8ª A de

2008 por terem transformado minha vida e tornarem meus dias maravilhosos.

COMPANHEIRA DE MONOGRAFIA

A Rosi, obrigada por me agüentar e estar presente nessa face tão especial da

minha vida, concluindo mais uma etapa. A luta foi grande e a vitória é maior

ainda. O agradecimento aqui é pouco por toda ajuda dada.

AO ORIENTADOR

Obrigada por contribuir e nos apoiar na realização desse nosso projetos e

realizar nosso objetivo. Sem seu apoio final meu sonho, não estaria se

realizando. Muito obrigada

AOS PROFESSORES

Aos serem iluminados escolhidos por Deus para entrarem em nossas vidas e

causarem uma revolução. Agradeço a todos professores que tive no decorrer

dos anos, por terem sempre me passado aquilo de tão precioso que possuem.

Devo muito a todos do que sei hoje, serei grata para sempre.

AO UNISALESIANO

A Universidade por me proporcionar um ambiente familiar para que eu pudesse

concluir mais uma etapa de minha de melhor forma possível; a todos os

funcionários por contribuírem para o meu crescimento e a Sr. Luiz que a cada

Boa Noite com um sorriso no rosto, me motivava a continuar a minha

caminhada.

A EMPRESA

Obrigado Cooperativa Camda, por terem aberto as portas, para qual

pudéssemos realizar nossa pesquisa, pelo apoio nos dado e a contribuição

para o nosso conhecimento e fortalecimento profissional.

Tássia de Queiroz Gargiulo D´Andréa

Page 9: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

RESUMO

Desde do principio o mundo começou a ser degradado, no começo a capacidade do homem de degradar era entretanto suprida pela capacidade da natureza de se recompor, a exploração dos meios naturais era mais racional e os problemas não refletiam, qualquer preocupação quanto a um futuro problema ambiental. Com o crescimento acelerado do planeta a natureza não consegue repor o que esta sendo degradado com o crescimento. A preservação do meio ambiente no mundo atual é um padrão que todas as organizações devem estar cientes para se manterem competitivas no mercado, as empresas podem optar por duas ferramentas a Logística Reversa e Logística Verde que visam diminuir ou eliminar a degradação dos recursos naturais, para garanti- los as futuras gerações. A aquisição dessas ferramentas não trazem só um benefícios as empresas, por estarem mais em evidencia, mas também a natureza que nesse momento precisa muito de atenção. Várias ferramentas envolvem a logística reversa e logística verde, elas precisam de colaborações para que possam dar o resultado que é esperado. O trabalho visa apresentar uma solução ate o momento nova, a logística verde, que se preocupa com os aspectos e impactos ambientais causados pelos meios operacionais, mais também uma solução já conhecida a logística reversa, que trata o retorno de materiais, para minimizar os impactos causados por eles, ela conta com a colaboração da reciclagem, opção fácil, para diminuição de materiais já utilizados, que muitas vezes são eliminados de forma incorreta. Será realizado uma pesquisa na Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina, com o intuito de verificar a preocupação com o meio ambiente, que ações são tomadas para reverter os impactos causados e que ferramentas elas utilizam para conscientizarem seus cooperados. Palavra chave: Logística. Logística reversa. Logística verde. Gestão Ambiental. Reciclagem

Page 10: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

ABSTRACT

Since the beginning of the world began to be degraded in early man's ability to degrade was however made up by nature's ability to reconstitute itself, the exploitation of natural resources was more rational and the problems did not reflect any concern about a future problem environment. With the rapid growth of the planet nature can not replace what is being degraded with the growth. The preservation of the environment in the world today is a standard that all organizations should be aware in order to remain competitive in the market, companies can opt for two tools to Reverse Logistics and Green Logistics aimed at reducing or eliminating the degradation of natural resources, secure them for future generations. The acquisition of these tools not only bring benefits to a business, because they are most in evidence, but also the nature that this time needs a lot of attention. Several tools involve reverse logistics and green logistics, they need contributions so they can give the result that is expected. The paper presents a solution until the time new logistics park, which is concerned with the environmental aspects and impacts caused by operational means, it also has a known solution to reverse logistics, which is the return of materials to minimize the impacts caused by them, it has the collaboration of recycling easy option to decrease materials already used, which are often disposed of improperly. One will be held at the Cooperative Agricultural Research Joint Adamantina in order to verify the concern for the environment, what actions are taken to reverse the impacts and what tools they use to educate their members.

Keywords: Logistics. Reverse logistics. Logistics green. Environmental

Management. Recycling

Page 11: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Primeira sede Camda.......................................................................20

Figura 2: Sede Adamantina.............................................................................21

Figura 3: Filial Lins...........................................................................................22

Figura 4: Silo Andradina.................................................................................. 23

Figura 5: Fábrica de ração e suplemento mineral........................................... 24

Figura 6: Posto de recebimento de embalagem vazia de Penápolis...............27

Figura 7: Entrega do certificado...................................................................... 28

Figura 8: Propaganda projeto escola no campo..............................................30

Figura 9: Programa segurança e saúde no campo..........................................31

Figura 10: Crianças na aula da Dupont na escola...........................................32

Figura 11: Mosaico Teatral..............................................................................33

Figura 12: Canais de distribuição.................................................................... 48

Figura 13: Símbolo Reciclagem.......................................................................91

Figura 14: Simbologia dos materiais recicláveis..............................................92

Figura 15: Variação do símbolo da reciclagem................................................92

Figura 16: Símbolo de identificação dos materiais plásticos........................... 93

Figura 17: Etapas da Reciclagem Química..................................................... 97

Figura 18: Etapa da reciclagem mecânica.......................................................99

Figura 19: Esquema da reciclagem energética............................................... 101

Figura 20: Uso de Pet reciclado no Brasil........................................................112

Figura 21: Vendas de aço plano no mercado interno......................................115

Figura 22: Preço do cobre de janeiro a agosto de 2009..................................116

Figura 23: Preço do alumínio no cenário mundial de janeiro a agosto de

2009............................................................................................................ 117

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Filiais da Camda..............................................................................21

Quadro 2: Posto de Recebimento....................................................................26

Quadro 3: Benefícios da gestão ambiental......................................................75

Quadro 4: Cores da reciclagem.......................................................................93

Quadro 5: Classificação dos Plásticos.............................................................95

Quadro 6: Processos de reciclagem química.................................................. 98

Page 12: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

Quadro 7: Processo da reciclagem mecânica.................................................99

Quadro 8: Economia feita com reciclagem......................................................102

Quadro 9: Papel reciclável e não reciclável.....................................................103

Quadro 10: Vidros que podem ou não serem reciclados.................................108

Quadro 11: Comparativo destinação final acumulada de janeiro a junho em

todos os estados..............................................................................................113

Quadro 12: Requisitos mínimos para a construção de Unidades de

Recebimento....................................................................................................130

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACV; Avaliação de ciclo de vida

AMN: Associação Mercosul de Normalização

ANAC: Anuário de Transporte Aéreo

APR: Análise Preliminar de Risco

Basf: The Chemical Company

BRACELPA: Associação brasileira de celulose e papel

CAMDA: Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina

CEMPRE: Compromisso Empresarial para Reciclagem

CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente

COPANT: Comissão Panamericana de Normas Técnicas

COPPEAD: Instituto de Pós Graduação Pesquisa Administração Universidade

Federal do Rio de Janeiro

CVM: Comissão de Valores Mobiliários

DFS: Distrito Florestal Sustentável

DNER: Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

DQS: Deutsche Gesellschaft zur Zertifizierung von Managementsystemen

DS: Desenvolvimento Sustentável

EIA: Estudo do Impacto Ambiental

EPA: Environmental Protection Agency

EVA: Poliacetato de Etileno Vinil

FAQ: Perguntas frequentes

IAMA: Instituto de Assistência ao Menor de Adamantina

Page 13: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

IBS: Instituto Brasileiro de Siderurgia

ICZ: Instituto de Metais Não Ferrosos

INCRA: Instituto Nacional Colonização e Reforma Agrária

INPEV: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias

IPCC/ONU: Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas

ISO: International Organization for Standardization

LA: Licenciamento Ambiental

LME: London Metal Exchange

MNCR: Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis

Ocesp: Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo

OS: Poliestireno

PA: Náilon

PE: Polietileno

PEAD: Polietileno de Alta Densidade

PEBD: Polietileno de Baixa Densidade

PEPS: Primeiro que entra primeiro que sai

PET: Politereftalato de etileno

PIB: Produto Interno Bruto

Plastivida: Instituto Socio Ambiental dos Plasticos

PMMA: Acrílico

PND: Plano Nacional de Desenvolvimento

POM: Poliacetal

PP: Poliproprileno

PU: Poliuretanos

PVC: Policloreto de Vinila

RIMA: Relatório de Impacto Ambiental

SEAQUA: Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental,

Proteção, Controle e Uso Adequado dos Recursos Naturais

SEMA: Secretario de Estado do Meio Ambiente

SGA: Sistema de Gestão Ambiental

SMA: Secretaria do Meio Ambiente

SNUC: Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza

Page 14: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................... 17

CAPÍTULO I - COOPERATIVA CAMDA.................................................... 19

1 HISTÓRICO............................................................................... 19

1.1 Visão.......................................................................................... 20

1.2 Missão....................................................................................... 20

1.3 Valor .......................................................................................... 20

1.4 Sede e Filiais............................................................................. 20

1.5 Estrutura Funcional.................................................................... 21

1.5.1 Fabrica....................................................................................... 23

1.6 Planejamento e projeções ......................................................... 23

1.7 Projetos...................................................................................... 24

1.7.1 Programa Lave e Devolva.......................................................... 24

1.7.2 Programa Adamantina Recicla................................................... 25

1.7.3 Projeto Dia Nacional do Campo Limpo...................................... 27

1.7.4 Programa Agricultor nota 10...................................................... 27

1.7.5 Programa escola no campo....................................................... 29

1.7.6 Projeto Horta Familiar................................................................ 29

1.7.7 Jogo de futebol beneficente....................................................... 30

1.7.8. Programa segurança e saúde no campo com ênfase no uso

de equipamentos de proteção individual....................................

31

1.7.8.1 Dupont na escola....................................................................... 31

1.7.8.2 Dupont na Universidade............................................................. 32

1.7.9 Mosaico Teatral.......................................................................... 32

1.7.10 Reflorestar/ Mata Viva................................................................ 33

1.7.10.1 Reciclando Óleo de Cozinha – Rotary (apoio Camda)............. 33

1.8 Importância dos projetos sociais e sócios ambientais............... 34

CAPÍTULO II - LOGÍSTICA E SUSTENTABILIDADE................................ 36

2 CONCEITO DE LOGÍSTICA...................................................... 36

2.1 História da Logística................................................................... 36

Page 15: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

2.2 Missão da logística..................................................................... 38

2.3 Objetivo da logística................................................................... 39

2.4 Benefícios da logística............................................................... 39

2.5 Funções da logística.................................................................. 40

2.5.1 Processamento de pedidos ....................................................... 41

2.5.2 Armazenagem............................................................................ 41

2.5.3 Manuseio de materiais.............................................................. 42

2.5.4 Gerenciamento de estoques...................................................... 43

2.5.5 Transporte................................................................................. 43

2.5.5.1 Transporte aéreo..................................................................................... 44

2.5.5.2 Transporte rodoviário............................................................................. 45

2.5.5.3 Transporte ferroviário............................................................................. 46

2.5.5.4 Transporte hidroviário............................................................................. 46

2.5.6 Sistemas de informação....................................................................... 47

2.5.7 Canais de distribuição............................................................................ 47

2.5.8 Conceito para estrutura de um canal de distribuição................. 48

2.5.9 Logística de distribuição como ferramenta estratégica.............. 48

2.5.10 Terceirização............................................................................................ 49

2.5.11 Logística globalizada............................................................................... 49

2.5.12 O gerenciamento da logística............................................................... 50

2.5.13 Dificuldades no processo logístico............................................. 50

2.5.14 Custos logísticos....................................................................................... 51

2.6 Logística Verde......................................................................................... 52

2.6.1 Aplicação Logística Verde..................................................................... 53

2.6.1.1 Mecanismos Legais................................................................................. 53

2.6.1.2 Mecanismo de coordenação................................................................. 54

2.6.1.2.1 Politica Desenvolviento Sustentavel.......................................... 55

2.6.1.2.2 Politica de Gestão Ambiental................................................................ 55

2.6.1.2.3 Certificação sócio ambiental...................................................... 56

2.6.1.3 Mecanismos Instrumentais......................................................... 56

2.6.2 Ferramenta de análise, avaliação e remediação....................... 56

2.6.2.1 Contabilidade ambiental............................................................ 57

2.6.2.2 Consultoria Ambiental................................................................ 58

2.6.2.3 Auditoria Ambiental.................................................................... 58

Page 16: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

2.6.2.4 Avaliação Ambiental do Ciclo de Vida de Produto..................... 58

2.6.2.5 Análise Preliminar de Risco....................................................... 59

2.6.2.6 Avaliação de Riscos Toxicológico.............................................. 59

2.6.2.7 Plano de Remediação................................................................ 60

2.6.2.8 Plano de Recuperação Ambiental.............................................. 60

2.6.3 Responsabilidade Socio Ambiental............................................ 60

2.7 Logística Reversa....................................................................... 61

2.7.1 O Processo de Logística Reversa.............................................. 62

2.7.2 Importância da Logística Reversa............................................. 63

2.7.3 Benefícios Ambientais e Econômicos........................................ 64

2.8 Diferença entre logística reversa e logística verde.................... 65

2.9 Sustentabilidade........................................................................ 66

2.10 Sustentabilidade Ambiental........................................................ 66

CAPÍTULO III - GESTÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM......................... 69

3 CONCEITO DE GESTÃO AMBIENTAL................................... 69

3.1 Evolução da Gestão Ambiental no Brasil.................................. 70

3.2 Vantagem da Gestão Ambiental................................................ 73

3.3 Impacto Ambiental..................................................................... 76

3.4 Política Ambiental...................................................................... 77

3.5 Normas e Regulamentações..................................................... 78

3.6 ISO 14 000................................................................................. 82

3.6.1 Subcomitê 1: Sistemas de gestão ambiental............................. 83

3.6.1.1 Estrutura da norma ISO 14001.................................................. 83

3.6.1.2 Objetivo da norma ISO 14001.................................................. 84

3.6.2 Subcomitê 2: Auditorias na área de meio ambiente.................. 84

3.6.3 Subcomitê 3: Rotulagem ambiental........................................... 85

3.6.4 Subcomitê 4: Avaliação da performance ambiental.................. 85

3.6.5 Subcomitê 5: Análise durante a existência................................ 86

3.6.6 Subcomitê 6: Definições e conceitos......................................... 87

3.6.7 Integração de aspectos ambientais no projeto e

desenvolvimento de produtos....................................................

87

3.6.8 Subcomitê 8: Comunicação Ambiental...................................... 88

3.6.9 Subcomitê 9: Mudanças climáticas........................................... 88

Page 17: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

3.7 Benefícios e Resultados ........................................................... 89

3.8 História da Reciclagem.............................................................. 89

3.8.1 Simbolo da Reciclagem............................................................. 90

3.8.2 Etapas da Reciclagem.............................................................. 93

3.8.3 Plástico...................................................................................... 95

3.8.3.1 Tipos de Reciclagem................................................................. 97

3.8.3.1.1 Reciclagem Química.................................................................. 97

3.8.3.1.2 Reciclagem Mecânica................................................................ 98

3.8.3.1.3 Reciclagem Energética.............................................................. 100

3.8.2 Papel.......................................................................................... 101

3.8.3 Metal.......................................................................................... 104

3.8.3.1 Pilhas e Baterias........................................................................ 106

3.8.4 Vidro.......................................................................................... 107

3.8.5 Orgânico.................................................................................... 108

3.9 Legislação ................................................................................. 109

3.10 Estatística da Reciclagem......................................................... 111

3.10.1 Plástico...................................................................................... 111

3.10.1.1 PET............................................................................................ 112

3.10.1.2 Embalagens agrotóxicos........................................................... 113

3.10.2 Madeira...................................................................................... 114

3.10.3 Papel.......................................................................................... 114

3.10.4 Metal.......................................................................................... 115

3.10.4.1 Aço............................................................................................. 115

3.10.4.2 Cobre......................................................................................... 116

3.10.4.3 Alumínio..................................................................................... 117

3.10.4.4 Chumbo..................................................................................... 117

3.10.4.5 Pilhas e Baterias.................................................................... 118

3.10.4.6 Têxtil.......................................................................................... 118

3.10.4.7 Vidro.......................................................................................... 118

3.10.4.8 Sucata eletrônica....................................................................... 119

CAPÍTULO IV - APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA VERDE EM EMPRESA

NA REGIÃO DE LINS.................................................................................

120

4 INTRODUÇÂO........................................................................... 120

Page 18: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

4.1 Prefeitura Municipal de Lins....................................................... 120

4.4.1 Município Verde Azul................................................................. 120

4.1.2 Programa Município de Incentivo ao Transporte Alternativo..... 121

4.1.3 COMPOR – De olho no Óleo..................................................... 122

4.1.4 Arborização Urbana................................................................... 122

4.1.5 Bosques Urbanos....................................................................... 123

4.1.6 Educação Ambiental.................................................................. 123

4.1.7 Coleta Seletiva........................................................................... 124

4.1.8 Papa Pilhas................................................................................ 124

4.2 Sacolas Retornáveis.................................................................. 125

4.3 Troca de Óleo Amigão............................................................... 125

CAPÍTULO V - APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA E LOGÍSTICA

VERDE NA COOPERATIVA CAMDA........................................................

127

5 INTRODUÇÃO........................................................................... 127

5.1 Métodos e Técnicas................................................................... 128

5.2 Aplicação da Logística na Cooperativa Camda......................... 129

5.2.1 Logística Reversa...................................................................... 129

5.2.2 Logística Verde.......................................................................... 132

5.3 Parecer final .............................................................................. 133

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO............................................................... 135

CONCLUSÃO............................................................................................. 136

REFERÊNCIAS........................................................................................... 137

APÊNDICES................................................................................................ 146

ANEXOS..................................................................................................... 156

Page 19: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

17

INTRODUÇÃO

Em um ambiente de globalização, competitividade e preocupação tão

intensa com a preservação do meio ambiente, as empresas precisam buscar

ferramentas que as façam destacar-se no mercado e que envolva todos os

requisitos.

A logística, logística reversa, logística verde, sustentabilidade, gestão

ambiental e reciclagem, se unem na intenção de preservar o meio ambiente,

cada um de sua forma e com seu valor. A logística tem como objetivo facilitar o

fluxo de produtos, economizando e poluindo menos, a logística verde se

preocupa em minimizar a utilização de recursos naturais, a logística reversa

idealiza uma maneira de reaver o material distribuído; as logísticas fazem parte

da reciclagem, pois sua intenção é reaproveitar, economizar e reduzir recursos

humanos; a sustentabilidade provê o melhor para as pessoas e para o

ambiente tanto agora como para um futuro indefinido e a pratica da gestão

ambiental deve visar o uso de ações que garantem a conservação e

preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias primas e a redução

do impacto ambiental. Todas as ferramentas em um ponto se unem.

Existe quem confunda logística reversa com logística verde, mas a

logística reversa trata do retorno de materiais ao centro produtivo, e está ligada

com a logística verde quando o retorno de materiais ao centro produtivo traz

algum ganho ambiental.

A logística verde ou Ecologistica utiliza a logística reversa como ferramenta operacional, no sentido de minimizar o impacto ambiental, não só dos residuos na esfera da produção e do pós consumo, mas de todos os impactos ao longo do ciclo de vida dos produtos, já que a logística reversa viabiliza a devolução para a produção, materiais que serão reaproveitados. (DONATO, 2008 )

O tema central desse trabalho é apresentar a logística verde mostrando

sua importância, e mostrar outros meios de minimizar a utilização de recursos

naturais, abordando ferramentas que colaboram com essa idéia.

Page 20: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

18

Para reforçar foi feita uma pesquisa de campo, realizada na Cooperativa

Agrícola Mista de Adamantina - Camda, que atua na área de vendas de

insumos, mudas, sementes, agrotóxicos entre outros, que necessita por vender

materiais nocivos ao meio ambiente seguir a legislação e pensar na

preservação do meio ambiente. Foi realizada a pesquisa no período de

fevereiro a outubro de 2009, sobre a pergunta problema:

A logística reversa utilizada pela Camda aliada à implantação de uma

logística verde, são ferramentas que amenizam impactos ambientais?

Como hipótese acredita-se que a pratica correta da logística reversa é

de profunda importância para a reparação do meio ambiente, assim

minimizando os impactos ambientais; pode-se aliar com uma nova ferramenta

à logística verde na qual contribui com a função de prevenir possíveis impactos

ambientais que podem ocorrer com o processo de logística.

Os métodos e técnicas utilizados na pesquisa estão descritos no capítulo

IV.

O trabalho está assim estruturado:

O capítulo I apresenta a cooperativa em que foi realizada a pesquisa,

incluindo seu histórico, área de atuação entre outro.

O capítulo II descreve logística, logística reversa, logística verde e

sustentabilidade.

O capítulo III descreve gestão ambiental e reciclagem, o modo de

realização e vantagens.

O capitulo IV apresenta empresas que obtiveram sucesso, investindo em

ferramentas que se preocupam com o meio ambiente.

O capitulo V apresenta a analise do comportamento da cooperativa em

relação ao meio ambiente

O trabalho finaliza com a apresentação da proposta de intervenção e

conclusão.

Page 21: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

19

CAPITULO I

COOPERATIVA CAMDA

1 HISTÓRICO

A Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina – Camda – foi constituída

em 4 de abril de 1965, formada na época por apenas 23 associados, com um

capital inicial no valor de Cr$ 22 mil, com o intuito de formar um elo entre eles.

O elo pretendido tinha o objetivo de fortalecer a comercialização da

produção, aquisição de insumos, mudas, sementes e outros produtos

necessários para o plantio e a colheita. Outro objetivo desta união foi fundar

uma representação firme e coesa junto aos órgãos governamentais da época,

sendo que a mais importante tarefa foi ser uma espécie de indicador da rota a

seguir, o divulgador da mais moderna tecnologia e criador de processos para o

manuseio da terra.

Assim surgiu e, sob esses princípios, trabalha até os dias atuais, a

Camda - Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina.

Fonte: Camda, 2009 Figura 1: Primeira sede Camda

Page 22: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

20

1.1 Visão

A Cooperativa Camda visa, crescer e se desenvolver em bases

econômicas sólidas, sendo referência na prática da administração moderna,

com foco no cooperado e nos resultados; ser profissionalizada e caracterizada

pelo estilo participativo de gestão, alicerçada nas parcerias com marcas fortes

e nos conceitos de qualidade e confiabilidade; ser reconhecida no setor pela

prática de uma política de recursos humanos que proporciona desafios e

oportunidades de crescimento pessoal e profissional aos seus colaboradores;

cultivar uma identidade de missão, visão e valores, cuja prática seja claramente

reconhecida pelos cooperados, fornecedores e colaboradores e ser

comprometida com a preservação do meio ambiente.

1.2 Missão

A cooperativa Camda possui a missão de atender às expectativas dos

cooperados através de orientação técnica qualificada e insumos de

reconhecida qualidade, para que sua atividade agrícola ou pecuária alcance

maior produtividade e melhores resultados e exercer uma atividade técnico-

educacional formativa, desenvolvendo e preparando cooperados como

cidadãos conscientes e participativos para o aprimoramento contínuo de sua

atividade, da comunidade e da cooperativa.

1.3 Valor

Há 44 anos a Cooperativa Camda trabalha com uma ferramenta

importante para o crescimento, o valor profissional. Pode-se descrever como

valor profissional: ética, honestidade de princípios e propósitos, confiança e

Page 23: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

21

respeito mútuo, pioneirismo e ousadia, integridade, perseverança,

transparência e comprometimento.

1.4 Sede e Filiais

A sede da Cooperativa Camda, fica situada na cidade de Adamantina.

Fonte: Camda, 2009

Figura 2: Sede Adamantina

Espalhados pelos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas

Gerais e Paraná, pode-se encontrar 27 filiais, distribuídas conforme quadro a

baixo.

(continua)

São Paulo Mato Grosso do Sul Minas Gerais Paraná

Adamantina Aquidauana Coromandel Londrina

Andradina Bataguassu

Araçatuba Campo Grande

Assis Coxim

Page 24: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

22

(conclusão)

Dracena Dourados

Jaú Nova Andradina

Junqueirópolis Paranaíba

Lençóis Paulista Ribas do Rio Pardo

Lins Três Lagoas

Ourinhos

Macatuba

Pacaembu

Penápolis

Presidente

Prudente

Santa Fé do Sul

São José do Rio

Preto

Fonte: Camda,2009 Quadro 1 – Filiais Camda

Fonte: Camda, 2009 Figura 3: Filial Lins

Page 25: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

23

1.5 Estrutura Funcional

A Cooperativa Camda possui para seu desenvolvimento; um campo

experimental situado em Adamantina /SP; uma fábrica de ração e suplemento

mineral localizada em Andradina /SP; dois silos situados em Andradina /SP e

Lavinia /SP e vinte postos de recebimento de embalagem de agrotóxico.

Fonte: Camda, 2009 Figura 4: Silo Andradina

1.5.1 Fábrica

A cooperativa possui uma linha própria de produtos chamada

MINERCAMDA, que sempre garante a qualidade e a confiança dos pecuaristas

associados da Camda. Em 2007, as fábricas de suplemento mineral, ração e

mudas nas cidades de Adamantina e Andradina trabalharam em dois turnos

para atender a demanda crescente, o que significa que a Camda sempre busca

inovações.

Page 26: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

24

Fonte: Camda, 2009 Figura 5: Fabrica de ração e suplemento mineral.

1.6 Planejamento e projeções

A cooperativa a cada ano vem crescendo e se fortalecendo no mercado

e com isso a perspectiva de crescimento para o ano de 2009 da Camda são:

a) aquisição de silo para milho em Adamantina;

b) instalação da fábrica de ração anexa ao silo adquirido;

c) construção de prédio para filial de Presidente Prudente;

d) instalação de laboratório de analise de solo;

e) abertura de novas unidades em SP/MS/PR;

f) ampliar a assistência técnica ao cooperado;

g) elevar o índice de cooperados atuantes.

1.7 Projetos

Page 27: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

25

Com atenção voltada à qualidade de vida de nossos funcionários e

cooperados, a Camda fomenta uma política contínua de investimento em seus

colaboradores, com planos de benefícios, programas de treinamento e

qualificação profissional, de educação, saúde e promoção do bem-estar. Aos

cooperados destinam-se diversas palestras, dias de campo, cursos e

treinamentos sobre novas tecnologias, programas de incentivo as boas práticas

agrícolas e segurança no campo e outras campanhas na matriz e filiais. Para

os filhos dos cooperados tem o programa juventude Cooperativista com cursos

de formação de jovens lideranças.

Em paralelo, desenvolvem-se projetos voltados não só ao público

interno, mas à comunidade como um todo e, dentre eles, destacam-se ações

de educação (social e cultural) e preservação ambiental realizadas muitas

vezes com parcerias de fornecedores, prefeituras e instituições como os

citados abaixo:

a) Lave e devolva

b) Adamantina recicla

c) Dia nacional do campo limpo

d) Agricultor nota 10

e) Escola no campo

f) Projeto horta familiar

g) Jogo de futebol beneficente

h) Programa segurança e saúde no campo com ênfase no uso de

equipamentos de proteção individual

i) Reciclando Óleo de Cozinha – Rotary (apoio Camda)

Outros projetos começaram a serem implantados no ano de 2008 como

Mata Viva, Dupont na Universidade, Dupont nas escolas e Mosaico Teatral,

Reflorestar/ Mata Viva.

1.7.1 Programa Lave e Devolva

A Camda, a partir da Lei nº 9.974 de junho de 2000, desenvolveu o

programa com finalidade de receber as embalagens distribuídas por ela, e

Page 28: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

26

fornecer as instruções necessárias para a tríplice lavagem que é necessária

antes da devolução da embalagem.

A cooperativa ao vender o produto deve indicar na nota fiscal o endereço

para a devolução das embalagens e conscientizar o produtor quanto a

devolução; o agricultor, após fazer a tríplice lavagem deve inutilizar as

embalagens armazenando - as temporariamente em local apropriado na

propriedade até entregar na unidade de recebimento; já a industria recolhe as

embalagens vazias devolvidas nas unidades de recebimento e dá a correta

destinação final – reciclagem ou incineração.

Para receber as embalagens a Cooperativa Camda disponibiliza 20

postos de recebimento distribuídos conforme tabela abaixo.

SÃO PAULO MATO GROSSO DO

SUL

Adamantina Campo Grande

Assis Dourados

Bilac Navirai

Jales São Gabriel do Oeste

Jaú

Paraguaçu Paulista MATO GROSSO

Penapolis Campo Novo do Parecis

Santa Cruz do Rio

Pardo Tangara da Serra

São José do Rio Preto

Tres Lagoas PARANÁ

Votuporanga Cambe

MINAS GERAIS

Iturama

Monte Carmelo

Fonte: Camda, 2009. Quadro 2 – Posto de Recebimento

As embalagens recolhidas nos postos da Camda, são transportadas até

a Central de Recebimento, onde é separada por tipo de material e cor e

prensadas antes do envio para as empresas recicladoras.

Page 29: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

27

Fonte: Camda, 2009. Figura 6: Posto de recebimento de embalagem vazia de Penapolis

1.7.2 Programa Adamantina Recicla

Este programa foi implantado na filial de Adamantina e funciona como

uma coleta seletiva com intuito de reciclar todo lixo, através de uma parceria

com a prefeitura do município e que também tem apoio da Basf. Este projeto foi

inscrito no V Diálogo de Interbacias de Educação Ambiental em Recursos

Hídricos na cidade de Avaré-SP, e ganhou como premiação troféu “ Pratica

Significativa “ como um dos 10 melhores trabalhos que tiveram como objetivo

favorecer e consolidar um processo permanente de integração de programas,

projetos e ações educativas, realizadas por diferentes autores sociais.

1.7.3 Projeto Dia Nacional do Campo Limpo

Em 2005 foi instituído pela Impev o projeto dia nacional do campo limpo,

como forma de mobilizar todos os envolvidos no programa de destinação final

Page 30: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

28

de embalagens vazias de agrotóxicos (agricultores, distribuidores,

cooperativas, industria fabricante e poder publico).

A Camda recebeu um certificado de reconhecimento ao compromisso

com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da

agricultura brasileira, demonstrados por meio de participação ativa no sistema

de destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas, durante o

ano de 2007.

Fonte: Camda, 2009.

Figura 7: Entrega do certificado.

O consumidor não procura simplesmente um produto, mas o beneficio

que ele é capaz de lhe proporcionar. Na tarefa de atender este principio a

cooperativa deve criar produtos de valor e qualidade; criar e manter clientes

satisfeitos; construir e manter relações significativas com a sociedade; usar os

recursos produtivamente; praticar princípios de conduta aceitos e obter um

lucro que seja razoável. Assim, os atributos do produto ofertado pela

cooperativa e a imagem que ela revela ao consumidor são o que a diferencia

da concorrente e define o seu posicionamento no mercado. Significa que o

posicionamento da cooperativa está intimamente ligado à mensagem que ela

deseja passar e á imagem que ela pretende formar na mente do consumidor.

Portanto, para que os produtos de uma cooperativa possam ser identificados e

requeridos devido aos seus atributos, ela deve posicionar-se de forma a ser

Page 31: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

29

claramente percebida pelo consumidor. E é nesse sentido que a cooperativa

Camda caminha para cada vez mais obter sucesso e êxito em suas atividades.

As cooperativas de um modo geral e o governo federal trabalham para

que os frutos do progresso e do desenvolvimento seja uma realidade para

milhões de pessoas em todo País.

Com o quadro da economia brasileira estabilizado, o setor agropecuário,

como um todo, parte para uma luta mais intensa pela implantação de uma

política agrícola mais consistente e de longo prazo, que dê condições de

planejamento e onde as coisas aconteçam e não fiquem apenas no papel.

Embora esta seja uma reivindicação dos vários segmentos que

compõem a atividade, a diretriz é particularmente pleiteada pelo cooperativismo

que, nesses tempos de globalização, precisa de uma base sólida para atuar

com eficiência diante das exigências impostas pela competitividade. O

superintendente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo

(Ocesp) sugere que as cooperativas enfrentem a globalização procurando

alianças estratégicas, mas sempre buscando manter a autonomia e os

princípios, sobretudo o poder de decisão, além da presença dentro da cadeia

inclusive agroindústria.

1.7.4 Programa Agricultor nota 10

A cooperativa Camda, sempre atenta aos problemas ambientais, aderiu

a este projeto que possui o intuito de conscientizar e premiar agricultores que

se preocupam com o meio ambiente, principalmente na devolução de

embalagens de agrotóxicos nos postos autorizados. Em 2007, três cooperados

da Camda foram destaques na premiação.

1.7.5 Programa escola no campo

Page 32: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

30

O projeto Escola no Campo tem por objetivo educar as crianças do

ensino fundamental e preservar o meio ambiente, através de apostilas,

dinâmicas, jogos, aulas práticas e visitas. Este é o quarto ano consecutivo que

a Camda, em parceria com a Syngenta Proteção e Cultivos, realiza estes

projetos nas escolas de suas filiais em Adamantina, Dracena e Pacaembu,

totalizando 600 alunos por ano, que também concorrem a uma premiação

participando de um concurso de frases e desenhos referentes ao tema meio

ambiente.

Fonte: Camda, 2009.

Figura 8: Propaganda projeto escola no campo

1.7.6 Projeto Horta Familiar

Através de um projeto desenvolvido pela IAMA (Instituto de Assistência

ao Menor de Adamantina), mais de noventa famílias desenvolvem hortas em

espaços ociosos das residências, buscando uma alternativa para suprir a

deficiência alimentar e nutricional. A Camda apóia este projeto através da

doação de sementes e visitas técnicas.

1.7.7 Jogo de futebol beneficente

A Camda realiza jogos de futebol beneficentes entre funcionários como

intuito de arrecadar brinquedos para doação a entidades carentes. Cada

integrante do time e outros convidados que participam do evento levam um

Page 33: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

31

brinquedo; em 2007 o jogo realizado em Adamantina arrecadou noventa itens

que beneficiaram o projeto SOS Bombeiros.

1.7.8 Programa segurança e saúde no campo com ênfase no uso de

equipamentos de proteção individual

Fonte: Camda, 2009. Figura 9: Programa segurança e saúde no campo

1.7.8.1 Dupont na escola

A divisão de agricultura e nutrição da Dupont do Brasil (Multinacional na

área de defensivos agrícolas) lançou durante o mês de 2006, em parceria com

sua rede de distribuidores, o programa Dupont na Escola. Ele foi implementado

na região de Adamantina, na cidade de Mariapolis, na Escola Municipal de

Page 34: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

32

Ensino Fundamental Nelson Magnani, visando conscientizar alunos da 3ª e 4ª

series, incentivando-os a serem multiplicadores de conhecimentos de praticas

agrícolas perante seus familiares e a comunidade onde vivem para que

promovam o crescimento sustentável da atividade agrícola na região. Sendo a

maioria filhos de produtores rurais, este projeto desenvolve a cidadania e

mentalidade de preservação do meio ambiente nos futuros agricultores e

contribui para o aprendizado de segurança e saúde no trabalhador rural.

Fonte: Camda, 2009. Figura 10: Crianças na aula da Dupont na escola

1.7.8.2 Dupont na Universidade

Este projeto tem como objetivo levar ao meio acadêmico o conceito de

segurança no uso de defensivos agrícolas conscientizando através de aulas

teóricas e práticas para as boas práticas agrícolas, promovendo crescimento

sustentável e desenvolvendo a cidadania.

1.7.9 Mosaico Teatral

Page 35: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

33

Este projeto visa proporcionar entretenimento e cultura aos cooperados

e população em geral, trazendo para o município peças teatrais renomadas

gratuitamente.

Fonte: Camda, 2009. Figura 11: Mosaico Teatral

1.7.10 Reflorestar/ Mata Viva

O objetivo deste projeto é diagnosticar e implementar a readequação

ambiental, disponibilidade metodológicas de viabilidade econômica permitindo

uma mudança cultural dos cooperados e comunidade dentro do conceito de

preservação e recuperação da qualidade ambiental, sinônimo obrigatório de

sustentabilidade da agricultura, e dos negócios a médio e longo prazo.

1.7.10.1 Reciclando Óleo de Cozinha – Rotary (apoio Camda)

Focando na preservação ambiental a Camda apóia um projeto

desenvolvido pelo Rotary de Adamantina chamado “Reciclando o óleo de

Page 36: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

34

cozinha”, que busca a conscientização da população com relação à reciclagem

do material utilizado na culinária. O projeto viabiliza por parceria firmada entre o

Rotary e a empresa Granol, conta com o apoio fundamental da Camda e das

Secretarias de Obras e Meio Ambiente da Prefeitura de Adamantina. A parceria

propõe conscientizar os funcionários e cooperados sobre o armazenamento do

material utilizado em garrafas do tipo pet, ao invés de jogar no ralo. O material

recolhido é destinado a produção de biodiesel. Além do recolhimento e

reciclagem do material, o projeto também atua socialmente, por meio da

distribuição de óleo de cozinha às entidades assistenciais de Adamantina. Ao

final de 2008, foram contabilizados mais 1.000 latas de óleo de soja de 900ml.

A Camda possui a intenção de ampliar a iniciativa para outras cidades da

região, ressaltando o trabalho de conscientização ambiental, com ações

também voltadas para redução do numero de sacolas plásticas utilizadas pelos

cidadãos.

1.8 Importância dos projetos sociais e sócios ambientais

Os projetos são fundamentais para o real desenvolvimento da

cooperativa; a responsabilidade social e o compromisso ambiental estão

inseridos nos conceitos estruturais da Camda, auxiliando no desenvolvimento

sólido, consciente e responsável diante da comunidade.

Cada projeto é desenvolvido de acordo com a necessidade, ou em

parceria com empresas multinacionais.

Os projetos desenvolvidos pela cooperativa conscientizam, o agricultor

sobre o reflorestamento, a utilização de equipamentos de proteção individual e

a devolução de embalagens de produtos agrotóxicos, entre outros. Por outro

lado, aqueles que envolvem parcerias de multinacionais estão geralmente

ligados à educação, como projeto Escola no Campo,que conta com o apoio de

empresas como Syngenta, uma das lideres mundiais na área de agribusiness

comprometida com a agricultura sustentável, por meio de inovação em

pesquisas e tecnologia. A Basf, a empresa química líder mundial, também

participa dos projetos sócio-ambientais.

Page 37: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

35

Atualmente a Camda desenvolve projetos sociais, com objetivo de

renovar os atos cooperativistas junto ao publico jovem, onde crianças e

adolescentes podem conhecer as praticas de ajuda mútua e companheirismo.

Desta forma a cooperativa torna-se presente na sociedade e se destaca.

Page 38: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

36

CAPITULO II

LOGÍSTICA E SUSTENTABILIDADE

2 CONCEITO DE LOGÍSTICA

Segundo Hara (2005), a logística trata de todas as atividades de

movimentação e armazenagem, que tem como objetivo facilitar o fluxo de

produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até a finalização do

produto, assim como os fluxos de informação que colocam os produtos em

movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos

clientes a um custo razoável.

Uma visão antiga da logística era apenas em transporte e na distribuição

física, mas a nova conceituação de logística diz que a logística é o processo de

planejamento, implementação e controle da eficiência, e do custo efetivo

relacionado ao fluxo de armazenagem de matéria-prima, material em processo

e produto acabado, bem como o fluxo de informações, do ponto de origem, ao

ponto de consumo com o objetivo de atender às exigências do cliente.

Logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades do cliente. (BOWERSOX; CLOSS 2001, p.20).

2.1 História da Logística

Segundo Souza, a logística originou-se no século XVIII, no reinado de

Luiz XIV, onde existia o posto de Marechal – General de Lógis – responsável

pelo suprimento e pelo transporte do material bélico nas batalhas. (apud DIAS,

2005)

Page 39: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

37

O sistema logístico foi desenvolvido com intuito de abastecer, transportar

e alojar tropas. Desde os tempos bíblicos, os líderes militares já se utilizavam

da logística. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram

necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos, propiciando que

os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa. Este sistema

operacional permitia que as campanhas militares fossem realizadas, e

contribua para a vitória das tropas nos combates.

A partir do momento em que os militares começaram a perceber o poder

estratégico que o sistema logístico possuía, deu-se mais atenção ao serviço de

apoio que as equipes prestavam no sentido de deslocamento de distribuição de

equipamentos, armazenagem, suprimentos e socorro médico nas batalhas.

Consequentemente, despertou-se o interesse em estudos nesta área que foi

evoluindo após os resultados observados na Segunda Guerra Mundial em

relação ao sistema logístico utilizado pelos militares. Existem algumas versões

para a origem da palavra logística: alguns autores afirma que ela é vem do

francês Logistique e tem como uma de suas definições a parte da arte da

guerra que trata do planejamento e da realização de : projeto e

desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição,

reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou

administrativos . Logística também pode ser definida como a satisfação do

cliente ao menor custo total (FERREIRA, 1986). Pode-se dizer então que os

termos logística e Cadeia de suprimentos tem o mesmo significado, já que

ambos têm a finalidade de satisfazer o cliente com menor custo possível.

Outros historiadores defendem que a palavra logística vem do antigo grego

logos, razão que significa a arte de calcular, pensar e analisar detalhes de uma

operação. (OLIVEIRA, 2006).

Os professores John L. Kent. Jr.; Daniel J. Flint, estudaram a evolução

do pensamento de logística em cinco eras principais. (apud FIGUEIREDO;

ARKADER, 2007),

A primeira era, denominada do campo ao mercado, teve seu inicio

situado na virada para o Século XX, sendo a economia agrária sua principal

influência teórica. A principal preocupação, no caso, era com questões de

transporte para escoamento da produção agrícola.

Page 40: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

38

Rotulada de funções segmentadas, a segunda era, apesar dessa

evolução, até a década de 40 havia poucos estudos e publicações sobre o

tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com

a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito logística empresarial,

motivado por uma nova atitude do consumidor.

A terceira era, denominada de funções integradas, vai do inicio da

década de 70. Como seu nome indica, trata-se do começo de uma visão

integrada nas questões logísticas, explorando-se aspectos como custo total e

abordagem de sistemas. Pela primeira vez, o foco deixa de recair na

distribuição física para englobar um aspecto mais amplo de funções, sob a

influencia da economia industrial. É interessante observar que é neste período

que se presencia o aparecimento, tanto no ensino quanto na prática da

logística, de um gerenciamento consolidado das atividades de transportes de

suprimentos e distribuição, armazenagem, controle de estoques e manuseio de

materiais.

A era seguinte, após os anos 80, a logística passa a ter realmente um

desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela

globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de

computadores na administração. Nesse novo contexto da economia

globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro

de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de

operações para moldes mundiais de operação.

A quinta era, que vai de meados da década de 80 até o presente, tem

ênfase estrategicamente, como indica o rótulo que lhe foi atribuído: a logística

como elemento diferenciador.

2.2 Missão da logística

De acordo com Bowersox e Closs (2001), a logística existe para atender

às necessidades dos clientes, de modo a facilitar as operações relevantes de

produção e marketing. O desafio é equiparar as expectativas de serviços e os

gastos de modo a alcançar os objetivos do negocio.

Page 41: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

39

É possível atingir qualquer nível de serviço logístico se a empresa

estiver disposta a alocar os recursos necessários. O serviço logístico

representa um equilíbrio entre prioridade de serviço e custo. Quanto mais

significativo for o impacto da falha do serviço sobre o cliente, maior será a

prioridade dada ao desempenho logístico.

A medição do desempenho do serviço logístico se dá em termos de

disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade do serviço, salienta

Bowersox e Closs (2001).

2.3 Objetivo da logística

Conforme Kotler e Armatrong (2003), infelizmente, nenhum sistema de

logística pode maximinizar o atendimento ao cliente e minimizar o custo de

distribuição ao mesmo tempo.

Um processo logístico efetivo é essencial para satisfazer o cliente e

ganhar vantagem competitiva. Melhorar a qualidade do serviço que a logística

fornece, aumenta da participação do mercado e a maior margem de lucro.

Ao mesmo tempo, focalizar as reais necessidades do cliente elimina

custo de serviço não valorizado. Melhorar a produtividade do processo logístico

também reduz custo. Juntas, essas ações ajudam a tornar os produtos e

serviços mais atraentes ao mercado.

2.4 Benefícios da logística

Ao ser corretamente entendida e aplicada, a logística permite

desenvolver estratégias para a redução de custos e o aumento de nível de

serviço ofertado ao cliente. Com essas duas condições, isoladamente ou em

conjunto, possibilitam o estabelecimento de diferenciais competitivos,

justificando-se que este caminho escolhido por um numero crescente de

empresas para buscar vantagens sobre a concorrência.

Page 42: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

40

Segundo Guimarães e Jardim (2005), a utilização da logística pode

permitir a uma empresa :

a) penetrar rapidamente em novos mercados;

b) dividir custos e riscos;

c) ter acesso a soluções inovadoras, com a utilização de tecnologia

da informação, através de hardware e software, para o gerenciamento e

controle de centros de distribuição.

E melhorias esperadas como:

a) melhoria do nível de serviço ao cliente (pontualidade na entrega,

rastreabilidade de carga, redução do tempo de ciclo);

b) da qualidade dos serviços, que pode resultar em maior disponibilidade

de estoques, menores tempos de ciclo, e maior pontualidade nas

entregas;

c) da malha logística (tamanho da frota, capacidade de veículos,

localização dos centros de distribuição).

Apesar do potencial de vantagens competitivos identificadas

anteriormente, o uso estratégico de operadores logísticos não se trata de uma

solução de igual beneficio para todas as empresas e não esta livre de

problemas e riscos.

2.5 Funções da logística

Em uma economia cada vez mais dependente de resultados

operacionais, em que as empresas lutam para manter sua participação no

mercado, o sucesso das operações passou a ser vital. Neste cernario, a

logística é a ferramenta de maior impacto na melhoria dos resultados

operacionais, pois é com ela que as empresa podem obter grandes reduções

de custo e melhoria de performance.

De acordo com Kotler e Armstrong (2003), as funções mais importantes

da logística incluem processamento de pedidos, armazenagem, manuseio de

materiais, gerenciamento de estoques e transportes. Podem-se incluir ainda os

sistemas de informação.

Page 43: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

41

2.5.1 Processamento de pedidos

Os pedidos podem ser processados de diversas formas - por correio,

telefone, vendedores, fax, internet e EDI. Em alguns casos até os próprios

fornecedores geram pedidos para seus clientes recebendo diariamente

relatórios com informações de vendas dos produtos. Essas informações são

recebidas e analisadas pelos fornecedores que produz um novo pedido e

reenvia ao cliente aguardando sua aprovação.

Após o recebimento da aprovação do pedido pelo cliente, outro passo

importante é o processamento com rapidez e precisão, acelerando assim o

ciclo pedido - expedição -cobrança.

2.5.2 Armazenagem

Devem decidir quantos e de que tipos de depósitos irão precisar, e onde

eles serão localizados. Quanto maior o número de depósitos, mais

rapidamente os produtos serão entregues. No entanto, se a empresa tiver

muitos depósitos em localidades diferentes, os custos de armazenagem serão

mais altos.

O armazenamento de materiais é uma atividade especializada e consiste em armazenar adequadamente os materiais para que seja possível sua rápida recuperação e a manutenção dos níveis de qualidade para que a entrega seja facilitada. (MARTINS; LAUGENI, 2006, p. 262-265)

O armazenamento de materiais é necessário para reduzir os custos de:

produção e fretes, para garantir um melhor atendimento aos clientes.

Um bom armazenamento de materiais é aconselhável para permitir o

correto funcionamento do sistema Primeiro que Entra Primeiro que Sai (PEPS).

A estocagem deve ser planejada, para não alterar as características dos

materiais e também, para manter uma visualização e identificação clara dos

Page 44: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

42

itens estocados.

O bom armazenamento também ajuda a diminuir o espaço alocado, a

estocagem dos materiais e consequentemente os custos relacionados a ela.

Segundo Rosenbloon (2002), o componente armazenamento ou

estocagem de um sistema logístico diz respeito à guarda dos produtos até que

eles possam ser vendidos.

O armazenamento pode ser um dos mais complexos componentes de

um sistema logístico porque, ao considerar opções para armazenamento, a

empresa frequentemente enfrenta várias decisões críticas, e cada uma delas

pode ser difícil e complexa de se lidar. As mais básicas dessas decisões são: a

localização das instalações, o número de unidades de armazenamento, o

tamanho das unidades, o projeto das unidades, incluindo layout e sistemas

internos, e a questão da propriedade.

2.5.3 Manuseio de materiais

Segundo Rosenbloon (2002), o manuseio de materiais envolve todas as

atividades e equipamentos ligados à acomodação e movimentação de

produtos em área de armazenamento.

A manutenção dos estoques pode atingir de um a dois terços dos custos

logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma atividade chave da

logística.

Selecionar o equipamento adequado para manuseio físico dos produtos,

incluindo o próprio prédio do armazém, constitui o subsistema do manuseio dos

materiais na administração da distribuição física. Um equipamento bem

apropriado para a tarefa pode minimizar prejuízos decorrentes de quebra,

danos e furto. Um equipamento eficiente pode reduzir os custos de manuseio,

bem como o tempo necessário para realizá-lo.

A conteinerização é um sistema de manuseio da carga que se tornou

uma prática padrão na distribuição física. Os carregamentos de produtos são

colocados em grandes contêineres de metal ou madeira. Os contêineres são

transportados fechados, desde o momento em que deixam as instalações do

Page 45: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

43

expedidor, até que cheguem ao seu destino. A conteinerização minimiza o

manuseio físico, reduzindo as avarias, diminuindo o risco de furto e permitindo

um transporte mais eficiente.

2.5.4 Gerenciamento de estoques

De acordo com Kotler e Armstrong (2003), os níveis de estoque também

afetam o grau de satisfação do cliente. O principal problema é manter um

equilíbrio cuidadoso entre um estoque grande demais e pequeno demais. O

estoque grande demais resulta em custos mais altos que o necessário, e

possível obsolescência dos produtos. O estoque pequeno demais resulta em

produtos esgotados, expedições ou produções de emergência onerosas, e

insatisfação dos clientes.

Assim, nem sempre os níveis de estoque no armazém são passíveis de

otimização da forma como planejada. Muitas vezes, o depósito funciona como

um pulmão entre o processo produtivo e a comercialização/distribuição, sem

que o gerente do armazém tenha interferência nas decisões sobre produção e

vendas. Assim, se o nível de estoque de um determinado produto começar a

cair muito, o gerente do depósito acionará a fábrica para atendê-lo com

prioridade.

2.5.5 Transporte

As primeiras rodovias brasileiras datam do século XIX, mas a ampliação

da malha rodoviária ocorreu no governo Vargas, com a criação do

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e, mais

tarde, com a implantação da indústria automobilística, na segunda metade da

década de 1950.

As primeiras medidas concretas para a formação de um sistema de

transporte no Brasil só foram estabelecidas em 1934. Desde a criação da

Page 46: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

44

primeira estrada de ferro até 1946 os esquemas viários de âmbito nacional

foram montados tendo por base as ferrovias, complementados pelas vias

fluviais e a malha rodoviária. Esses conceitos começaram a ser modificados a

partir de então, especialmente pela profunda mudança que se operou na

economia brasileira, e a ênfase passou para o setor rodoviário.

O transporte é o componente mais fundamental e obviamente necessário de qualquer sistema logístico [...], os produtos precisam ser movidos fisicamente de um local para outro para completar a transação. É o conjunto que responde pela maior porcentagem do custo total da logística. (ROSENBLOON, 2002, p. 324).

Conforme Kotler e Armstrong (2003), "ao escolher o meio de transporte

para um produto, às empresas devem levar em conta muitos aspectos:

velocidade, confiabilidade, disponibilidade e custo, entre outros".

No Brasil os principais modais de transportes são: o transporte aéreo, o

transporte rodoviário, o transporte ferroviário e o transporte hidroviário.

2.5.5.1 Transporte aéreo

A partir da II Guerra Mundial a aviação comercial assistiu a um grande

desenvolvimento, transformando o avião num dos principais meios de

transporte de passageiros e mercadorias no contexto mundial.

O transporte aéreo foi o que mais contribuiu para a redução da distância

tempo, ao percorrer rapidamente distâncias longas. Rápido, cômodo e seguro

o avião suplantou outros meios de transporte de passageiros a médias e

longas distâncias.

Implantado no Brasil em 1927, o transporte aéreo é realizado por

companhias particulares sob o controle do Ministério da Aeronáutica no que diz

respeito ao equipamento utilizado. A rede brasileira, que cresceu muito até a

década de 1980, sofreu as conseqüências da crise mundial que afetou o setor

Page 47: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

45

nos primeiros anos da década de 1990.

O frete para o transporte de carga aérea é significativamente mais elevado que o correspondente rodoviário. Mas, em compensação, os tempos de deslocamento porta a porta podem ser bastante reduzidos, abrindo um mercado específico para essa modalidade. (ALVARENGA; NOVAES, 2000, p. 84-85)

No processo clássico, de transporte aéreo de mercadorias, são

utilizados aviões cargueiros exclusivos. Há também versões combi, ou seja,

aeronaves para transporte combinado de passageiros e de carga (parte da

cabina utilizada normalmente para acomodar passageiros se transforma em

compartimento para carga). Noutros casos, aviões de passageiro são

convertidos à noite para o transporte de correio e malotes, voltando à

configuração normal (passageiros), após o vôo noturno. No Brasil, o emprego

de aviões wide body (fuselagem larga) nos vôos domésticos, com maior

volume útil nos porões e maior capacidade em peso, tem dado certo impulso

ao desenvolvimento do transporte aéreo de carga.

2.5.5.2 Transporte rodoviário

Hoje a rede rodoviária nacional se apresenta bastante deteriorada, com

extensos trechos necessitando de recursos maciços para sua recuperação.

O modo rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, e atinge praticamente todos os pontos do território nacional. Com a implantação da indústria automobilística na década de 50, com a pavimentação das principais rodovias, o modo rodoviário se expandiu de tal forma que hoje domina amplamente o transporte de mercadorias no país. (ALVARENGA; NOVAES, 2000, p. 82)

Essa situação prejudica bastante o transporte rodoviário de mercadorias,

aumentando os tempos de viagem e encarecendo os custos operacionais.

Page 48: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

46

Apesar de ter as rodovias, como principal forma de trânsito a nível

nacional, estas não compreendem uma rede eficaz, segura e moderna. Grande

parte das ligações interurbanas no país, mesmo em regiões de grande

demanda, ainda se dão por estradas de terra ou estradas com pavimentação

quase inexistente. Durante a época de chuvas, a maioria das estradas

enchesse de buracos, sendo comuns, ainda que em menor quantidade,

deslizamentos de terra e quedas de pontes, provocando muitas vezes

prejuízos para o transporte de cargas bem como acidentes e mortes.

2.5.5.3 Transporte ferroviário

A malha ferroviária brasileira é pequena e obsoleta. Os serviços de

passageiros praticamente acabaram, e os de carga subsistem em sua

maioria para o transporte de minérios. A única linha de passageiros que

ainda preserva serviços diários de longa distância com relativo conforto é a

ligação Belo Horizonte-Vitória. Entretanto, ainda existem algumas ferrovias

de interesse exclusivamente turístico em funcionamento, tais como Curitiba-

Paranaguá.

O transporte ferroviário tem custo baixo, porém não tem muita flexibilidade e os prazos de entrega são longos e variáveis, além de haver necessidade em alguns casos, de baldeação para troca de trem, pois há ferrovias que possuem bitola estreita, enquanto outras possuem bitola larga. Este tipo de transporte é indicado para grandes quantidades de produtos, longas distâncias e produtos não perecíveis e não frágeis. (MARTINS, LAUGENI, 2006, p. 271).

2.5.5.4 Transporte hidroviário

As hidrovias, uma alternativa sempre lembrada dadas às condições

privilegiadas da rede fluvial nacional, pouco se desenvolveram.

Segundo Martins e Laugeni (2006), os transportes fluvial e marítimo, são

Page 49: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

47

uma alternativa barata, contudo, suas operações apresentam alguns

problemas. No transporte fluvial há a dificuldade de navegabilidade contínua

dos rios, que muitas vezes dependem de eclusas de navegação, e na falta das

eclusas há necessidade de baldeação dos produtos. Esse tipo de transporte é

indicado para longas distâncias e grandes quantidades.

2.5.6 Sistemas de informação

Segundo Laudon (1999), um sistema de informações pode ser definido

como um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para

coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações com a

finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o

processo decisório em empresas.

O avanço da tecnologia vem contribuindo imensamente para isto, à

medida que processa a informação de um modo mais rápido e confiável. O que

antes era praticamente executado com papéis, hoje se baseia principalmente

num processo integrado que combina hardware e software para medir,

controlar e gerenciar as operações das organizações. Como hardware,

computadores, dispositivos para armazenar dados, instrumentos de entrada e

saída de dados, como códigos de barra, leitores ópticos, Global Position

System (GPS), (NAZÁRIO, 1999).

2.5.7 Canais de distribuição

Segundo Cobra (1997), o canal ou via de distribuição é composto de um

número de organizações ou de indivíduos que se encarregam de levar o

produto ou serviço ao local onde o comprador potencial se encontra, em tempo

e momento convenientes a esses compradores e em condições de transferir a

posse.

Um canal de distribuição é um conjunto de

Page 50: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

48

pessoas e empresas envolvidas na transferência da propriedade de um produto durante seu trajeto do produtor até o usuário final ou usuário empresarial. Um canal de distribuição sempre inclui tanto o produtor e o consumidor final em sua forma atual, quanto quaisquer intermediário, como varejistas e atacadistas. (ETZEL; WALKER; STANTON, 2001, p. 350)

2.5.8 Conceito para estrutura de um canal de distribuição

O canal de distribuição deve ser orientado, com estratégias e

planejamentos estruturados, para que haja um maior controle no processo de

distribuição, e maior eficiência no atendimento aos clientes.

Segundo Rosembloon (2002), as empresas necessitam de membros

fortes e responsáveis, capazes de atingir as metas e objetivos com flexibilidade

de se readaptar as mudanças e variações do mercado.

Fonte: Dias, 1993.

Figura 12: Canais de distribuição

2.5.9 Logística de distribuição como ferramenta estratégica

PRODUTOR

CONSUMIDOR

Varejista

Atacadista

Varejista

Atacadista

Representante

Varejista

Page 51: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

49

De acordo com Martins e Laugeni (2006), no ambiente atual as

empresas utilizam-se de decisões estratégias, táticas e operacionais, visando à

busca de um diferencial competitivo em relação aos concorrentes.

Esses diferenciais, em grande parte das negociações entre cliente e

empresas, são fatores decisivos para a conquista ou manutenção de clientes.

Uma vez que no momento do fechamento dos negócios um dos pontos fortes

atualmente está na rapidez em cumprir os prazos exigidos pelo mercado

consumidor.

Ao se aplicar a logística de distribuição, como ferramenta estratégica,

deve-se analisar o gerenciamento estratégico dos fluxos de materiais e das

informações correlatas para levar, de forma eficiente e eficaz, os produtos de

uma origem ao seu destino.

2.5.10 Terceirização

Segundo Viana (2004), terceirizar uma atividade nada mais é que

repassar a terceiros a sua realização. Em termos empresariais, pode-se dizer

que é o repasse de uma atividade que não esteja relacionada ao objetivo

principal da empresa.

Conforme Rezende (2001), a maior parte das terceirizações de

transportes de cargas teve como foco principal a redução de custos,

permitindo que as empresas se tornassem mais flexíveis; a escolha,

provavelmente não indica o menor preço, porém, certamente que a relação

entre custo e benefício apresenta resultados muito mais satisfatórios a médio e

longo prazos.

2.5.11 Logística globalizada

Conforme Martins e Alt (2003), a globalização tem provocado alterações

nas transações comerciais e no fluxo de materiais, ultrapassando os limites

Page 52: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

50

locais para os globais.

Assim, as empresas globalizadas não se diferenciam, só pela busca de

melhores mercados, mas por sua capacidade de fornecer produtos e serviços a

nível mundial.

A logística globalizada passa a ser vista como um diferencial estratégico,

ampliando suas relações internacionais, dando às empresas condições de

atuar em novos mercados, com a constante busca de atingir um alto nível de

competitividade.

Na economia mundial, sistemas logísticos eficientes, formam a base

para o comércio e a manutenção do padrão de vida na maioria dos países. Não

há como ser eficiente sem pensar em um padrão adequado de logística. É a

única forma de sobreviver em um mercado cada vez mais globalizado e

competitivo. Nesta dinâmica, a qualidade já é pré-requisito em todos os

setores, mas a busca por eficiência, economia de tempo e redução de custos

pode representar sucesso nos negócios.

As características particulares de cada setor, produto e companhia

exigem o desenvolvimento de soluções sob medida, que atendam às

necessidades específicas de cada cliente.

2.5.12 O gerenciamento da logística

Segundo Martins e Alt (2003), o gerenciamento da logística, nada mais é

do que administrar o sistema de logística integrada da empresa, com o uso de

tecnologias avançadas, que permita gerenciar informações e pesquisas

operacionais, para planejar e controlar uma complexa rede de fatores, visando

produzir e distribuir produtos e serviços aos clientes.

Tem por objetivo buscar a satisfação dos clientes, criando um diferencial

competitivo, minimizando os custos financeiros, diminuindo desperdícios e

evitando as atividades que não agregam valor.

2.5.13 Dificuldades no processo logístico

Page 53: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

51

Segundo Taboada (2002), uma das dificuldades para a logística, nas

empresas brasileiras, está na matriz dos transportes do país, que apresenta

um grande desequilíbrio, pois mais dos 60% do mercado de cargas é

transportado pelo modal rodoviário. Países com dimensões continentais, tais

como Estados Unidos e Canadá, transportam 27% e 21 %, respectivamente,

de todas as suas cargas pelo modal rodoviário.

O Brasil possui uma frota com idade média de 14 anos, já os caminhões

superam um milhão de veículos. A malha rodoviária encontra-se em péssimo

estado de conservação, abrangendo mais de 1,7 milhões de quilômetros,

menos de 10% (162 mil quilômetros), são pavimentados. A falta de infra-

estrutura adequada nas rodovias brasileiras contribui significativamente para a

elevação dos custos logísticos.

2.5.14 Custos logísticos

No Brasil os custos logísticos, calculados pelo Instituto Coppead (Instituto

de Pós Graduação Pesquisa Administração Universidade Federal do Rio de

Janeiro) em 2004, chegaram a 12,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja,

aproximadamente US$ 73 bilhões no ano. a Banco Mundial estima que o gasto

logístico brasileiro seja equivalente a 20% do PIB.

Conforme Guedes (2007), os custos logísticos do modo empresarial,

passou a ser um fator determinante para competitividade das empresas e dos

produtos, nos mercados externo e interno, principalmente no contexto global

dos negócios.

A movimentação de produtos acabados ou insumos, existente entre uma

fábrica e um centro consumidor, deve ocorrer em uma velocidade muito

grande, produzindo maior qualidade e integridade total dos produtos, com

custos cada vez menores. É por esse motivo que se diz que a logística passou

a ser utilizada, também, para aumentar a força do marketing, agregar valor,

aumentar a eficiência da operação e gerar satisfação ao cliente.

Page 54: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

52

2.6 Logística Verde

Conforme Donato (2008) a preservação do meio ambiente também está

diretamente ligada aos diversos sistemas logísticos. Surgindo assim a Logística

Verde ou Ecologística entre o final do século XX e inicio do XXI.

A logística Verde ou Ecologística é a parte da logística que se preocupa

com os aspectos e impactos ambientais causados pela atividade logística. Por

se tratar de uma ciência em desenvolvimento ainda existe uma grande

confusão conceitual a respeito desde conceito. Muitas pessoas confundem

logística verde com logística reversa.

Conforme Donato (2008), alguns fatores que deu inicio a movimentação

da logística verde, foram :

a) a crescente poluição ambiental decorrente da emissão dos gases

gerados pela combustão incompleta dos combustíveis fósseis durante

os diversos sistemas de transportes;

b) a crescente contaminação dos recursos naturais como consequencia

de cargas desprotegidas, tais como: caminhões com produtos químicos

que acidentam e contaminam rios, navios petroleiros que contaminam os

oceanos;

c) movimentação e armazenagem, destacou-se o fator de extrema

importância que forma os impactos causados por vazamento dos

diversos produtos contidos através de rompimento dos diques de

contenção, utilizados pela armazenagem de resíduos da atividade

produtiva (mineração e celulose);

d) a necessidade de desenvolvimento de projetos adequados à efetiva

necessidade do produto contido, de forma a evitar qualquer as ações

geradas pelo transporte ou armazenagem não causem avarias à

embalagem em produtos químicos, petroquímicos, defensivos agrícolas

e farmacêuticos.

O objetivo principal da logística verde é o de atender aos princípios de

sustentabilidade ambiental como o da produção limpa, onde a responsabilidade

é do começo ao fim, ou seja, quem produz deve se responsabilizar- se também

pelo destino final dos produtos gerados, de forma a reduzir o impacto ambiental

Page 55: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

53

que eles causam. Assim as empresas devem organizar canais reversos,

retorno de materiais após seu ciclo de utilização, para terem a melhor

destinação, seja por reparo, reutilização ou reciclagem. A logística verde será

um referencial importante para as empresas que queiram ter um diferencial

competitivo no mercado.

Um dos desafios dos empresários que atuam na logística verde é

construir um modelo de distribuição reversa com parte da cadeia de

distribuição direta, pois com a rapidez que um produto é lançado no mercado, o

rápido avanço da tecnologia, juntamente com um grande fluxo de informações,

a alta competitividade das empresa e o crescimento da consciência ecológica

quanto às consequências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio

ambiente, com isso estão contribuindo para conscientização da adoção de

novos comportamentos por parte das organizações e da sociedade.

As empresas devem buscar um desempenho razoável em todas as

competências logísticas, posicionamento, integração, agilidade e mensuração.

Para o sucesso na implementação de estratégias de operação de logística

deve-se sempre adotar a administração de um sistema de medida de avaliação

desempenho e além de tudo uma estrutura organizacional apropriada para se

atingir a excelência nas operações.

2.6.1 Aplicação Logística Verde

Os intrumentos de gestão ambiental podem ser utilizados como

ferramentas de suporte a decisão estratégica. Estas ferramentas poder ser

classificado segundo Donato (2008) pelos seus objetivos em analise e

avaliação de desempenho, de recursos humanos e de comunicação. Outra

forma de classificação apresenta como tipologia a classificação como:

mecanismo legais, mencanismos de coordenação (conceituais) e mecanismos

instrumentais.

2.6.1.1 Mecanismos Legais

Page 56: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

54

Esse mecanismo existe para enquadrar a empresa na lei, a possissiona-

la corretamente perante o juridico.

O inciso IV, do § 1º, do art. 225, da Constituição Federal, determina que

haja de se exigir, na forma de lei, o Estudo Prévio de Impacto Ambiental para a

instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente.

O EIA – Estudo de Impacto Ambiental e o RIMA – Relátorio de Impacto

Ambiental, são instrumentos da Politica Nacional do Meio Ambiente, previsto

na lei nº 6.938, de 1981 e também na Resolução CONAMA nº 1, de 1986. O

EIa é o principal instrumento para o Licenciamento Ambiental e é por meio do

qual o orgão ambiental toma suas decisões quanto ao menos impacto e a

melhor solução para a instalação da obra, atividade ou empreendimento

objetivo do pedido do interessado.

O licenciamento ambiental consitui importante instrumento de gestão

ambiental, por meio dele a administração pública exerce o necessário controle

sobre as atividades humanas que interferem nas condições ambientais, de

forma a compatibilizar o desenvolvimento econônico com a preservação do

equilibrio ecológico e consiste na preparação de documentação para a

obtenção de licenças prévias, de instalação e de operação de atividades

produtivas e serviços publicos. Esta licença é obtida junto aos orgãos

competentes nas esferas municipal, estadual e federal.

Segundo a resolução CONAMA nº 237, de 1997, art. 1º, Licenciamento

Ambiental (LA) é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental

competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de

empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,

consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob

qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as

disposições legais e regulamentares e as normas aplicaveis ao caso.

O LA é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer

empreendimento ou atividade potencialmente poluidoea ou degradadora do

meio ambiente.

2.6.1.2 Mecanismo de coordenação

Page 57: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

55

O mecanismo de coordenação, tem como objetivo administrar a

empresa, coordenando todos as areas e o meio ambiente, resultando na

redução de recursos ambientais e proteção ao cenario ambiental.

Dentre as ferramentes de coordenação existentes encontramos a

política de desenvolvimento sustentavel e a politica de gestao ambiental como

uma das principais, por estarem na base das ações da empresa

2.6.1.2.1 Politica Desenvolviento Sustentavel

Uma politica de desenvolvimento sustentavel (DS) para empresa

logisticas, apregoa que as atividades empresariais devem incorporar

tecnologias para a produção limpa, a empresa deve investir no uso racional de

recursos e no controle das emissões atmosfericas e na redução de geração de

residuos, reduzindo os impactos negativos do processo logisticos sobre o meio

ambiente. O principal objetivo de implantação de uma politica de DS é

contrubuir para que a empresa cresça sem agredir o meio ambiente.

2.6.1.2.2 Politica de Gestão Ambiental

A implantação de uma politica de gestão ambiental é uma ferramenta

básica para alcançar os objetivos citados na visão e missão da empresa e tem

que ser considerado como prioridade corporativa.

A ISO 14000:2004 é a unica norma certificável da serie que se refere a

implantação de um sistema de gestão ambiental, esta norma padronizou,

organizou e sistematizou o gerenciamento ambiental nas empresas. A referida

norma serve como intrumento de vantagem competitiva e coloca a questao

ambiental em todas as areas da empresa, desta forma forçando a empresa

invetir nos processos com vistas à melhoria continua e provocando um efeito

cascada na cadeia produtiva, com fornecedores de empresas certificadas

Page 58: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

56

sendo obrigados, por força do mercado, a tambem implantar o sistema de

gestão ambiental (SGA).

2.6.1.2.3 Certificação sócio ambiental

No intuito de estimular a responsabilidade socio ambiental nas empresas

uma serie de instrumentos de certificação foi criada nos ultimos anos. No

mundo cada vez mais competitivo, empresas veem vantagens comparativas

em adquirir certificações que atestam suas boas práticas empresariais. A

pressão por produtos e serviços socialmente corretos faz com que empresas

adotem processos de reformulação interna para se adequarem às normas

impostas pelas entidades certificadoras. A certificação é voluntaria, as

certificações não tem qualquer poder de mando sobre os governos nacionais.

O certificado assegura que a empresa tem compromisso absoluto com o

desenvolvimento, preocupação com o meio ambiente, com crianças ou é uma

empresa solidaria, (DONATO, 2008).

2.6.1.3 Mecanismos Instrumentais

Dentre os mecanismos industriais se destaca as ferramentas de análise,

avaliação e remediação, de gestão de recursos humanos e ferramentas de

comunicação.

2.6.2 Ferramenta de análise, avaliação e remediação

Desde de 2005 está em vigor deliberação da Comissão de Valores

Mobiliarios (CVM) que obriga as empresas que tem suas ações negociadas na

bolsa a declaram o passivel ambiental, e que sejam eles classificados como:

Page 59: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

57

provaveis, possiveis ou remotos. Porém esta classificação cabe a empresa

considerar que esse ou aquele dano é um passivo ambiental.

As principais ferramentas utilizadas para analise, avaliação e

remediação são:

a) Contabilidade Ambiental

b) Consultoria Ambiental

c) Auditoria Ambiental

d) Avaliação Ambiental e de Ciclo de Vida

e) Análise Preliminar de Risco

f) Avaliação de Risco Toxicológico

g) Plano de Remediação

h) Recuperação Ambiental

2.6.2.1 Contabilidade ambiental

A preocupação mundial em torno do meio ambiente caminha para um

consenso em torno da adesão a um novo estilo de desenvolvimento que deve

combinar eficiência econômica com justiça social e prudência ecológica. A

combinação desses elementos somente será possível se houver um esforço

conjunto de todos com objetivo de atingir o bem-estar geral no futuro.

Segundo Donato (2008) a contabilidade ambiental é o mecanismo que

facilita as decisões relativas à atuação da empresa a partir da seleção de

indicadores ambientais e análises de dados contábeis. A contabilidade mede

somente os elementos que possuem preço, a maioria desses elementos

ambientais não carrega rótulo de preço e pode, portanto, ser ignorado. Então,

enquanto o encaixe não é perfeito, há quase que uma certeza de que o

sucesso contábil e a degradação contábil andam juntas. As inovações trazida

pela contabilidade ambiental estão associadasa pelo menos em cinco temas.

a) Definição do custo da preservação ambiental;

b) Forma de mensuração do passivo ambiental, com destaque para o

decorrente de ativos de ciclo de vida longa;

Page 60: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

58

c) Utilização intensiva de notas explicativas abrangentes e o uso de

indicadores de desempenho ambiental, padronizados no processo

de fornecimento de informações ao público;

d) Cálculo do custo ambiental evitado e

e) Informação para viabilizar o comércio de carbono.

2.6.2.2 Consultoria Ambiental

A consultoria ambiental consiste numa assessoria especializada para o

correto encaminhamento das assuntos relacionados ao meio ambiente em

atendimento á legislação e às boas praticas de gerenciamento.

A atividade de consultoria ambiental visa suprir a necessidade das

empresas que não possuem departamentos ambientais proprios. Ela pode

auxiliar na implantação da contabilidade ambiental, (DONATO, 2008).

2.6.2.3 Auditoria Ambiental

A auditoria ambiental é uma atividade que frequentemente acontece nas

atividades de acompanhamento dos processos de obtenção e manutenção de

certificação das empresas e objetiva diagnosticar as possiveis pendencias

ambientais existentes face ao atendimento da legislação vigente. É uma

atividade necessária nos processos de compra e venda de ativo e objetiva a

observância a legislação como tambem diagnostica as pendências ambientais

existentes face ao atendimento da legislação.

2.6.2.4 Avaliação Ambiental do Ciclo de Vida de Produto

Page 61: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

59

A Avaliação de ciclo de vida (ACV) é uma ferramenta para análise das

relações entre os sistemas produtivos e o ambiente. O conceito fundamental

dessa técnica é o do estudo do ciclo de vida do produto, que surge com a

consciência de que a qualquer produto, processo ou atividade produz impactos

no ambiente desde o momento em que são extraídas as matérias primas até

que, após o esgotamento de sua vida útil, o produto é devovildo à natureza,

(DONATO, 2008).

2.6.2.5 Análise Preliminar de Risco

É um mecanismo de identificação de risco militar originada de programa

de segurança da área militar, que foram adaptadas para a instalação industrial.

Dentro de uma visão matemática, a taxa de risco é definida como a

combinação entre frequência de ocorrência e a sua consequência.

O emprego predominante do estudo de analise preliminar de risco (APR)

acontece durante o processo de licenciamento ambiental de fontes

potencialmente geradoras de acidentes ambientais, (DONATO, 2008).

2.6.2.6 Avaliação de Riscos Toxicológico

O escopo de uma avaliação de riscos toxicológico pode variar em

detalhe e extensão, conforme a natureza das informações a serem utilizadas e

com o grau especificidade dos dados relativos à área de interesse. O processo

tradicional pode ser dividido segundo EPA - Environmental Protection Agency

(1989), nas seguintes etapas de trabalho:

a) Aquisição e avaliação de dados

b) Avaliação de exposição

c) Análise de toxicidade

d) Caractarização do risco

Page 62: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

60

2.6.2.7 Plano de Remediação

De posse de dados dos levantamentos de avaliações realizadas ou de

investigações especificas das áreas de interesse e constatados que existam

áreas contaminadas, sistemas de remediação são projetados para o

abatimento dos contaminantes. Para cada tipo de degradação , existe uma

tecnica que busca reverter o proceso, se não reverter, minimizar o impacto

ambiental, (DONATO, 2008).

2.6.2.8 Plano de Recuperação Ambiental

Estes planos tem finalidade recuperar áreas degradadas, com plantio de

mudas e vegetação local, que devem ser escolhidas conforme a localidade do

terreno, para que atinjam o objetivo e de forma econômica, (DONATO, 2008).

2.6.3 Responsabilidade Socio Ambiental

Segundo Donato (2008) entende-se por responsabilidade sócioambiental

corporativa o somátorio dos investimentos de uma empresa em ações de

responsabilidade social, cultura e ambiental.

Algumas atividades sócioambiental atualmente em prática na atividade

logística são:

a) Monitoramento dos motoristas: o conjunto (equipamento, pneus e

combustível) pode ter o máximo de tecnologia porém é o condutor

quem comanda o espetaculo do transporte.

b) Reuso de água: o volume de água doce, limpa e de fácil acesso é

de cerca de menos que 1% de toda a água disponível no planeta e

está reeduzindo.

Page 63: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

61

c) Aumento da vida útil dos pneus: estender ao máximo a vida útil dos

pneus das frotas, sem comprometer a segurança é uma meta de

responsabilidade social

d) Utilização de combustíveis alternativos e atualozação da frota.

Essas atividades socioambiental, são ferramentas utilizadas na pratica

da logística verde, que idealiza minimizar a utilização dos recursos naturais.

Para adoção da logística verde é necessario uma reeducação no consumo

responsavel, consumo consiente e educação ambiental.

2.7 Logística Reversa

A logística reversa trata dos aspectos de retornos de produtos,

embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Esse processo já ocorre a

alguns anos nas industrias de bebidas (retorno de vasilhames de vidro) e

distribuição de gás de cozinha com a reutilização de seus vasilhames, isto é, o

produto chega ao consumidor e a embalagem retorna ao seu centro produtivo

para que seja reutilizada e volte ao consumidor final em um ciclo continuo ,

(DONATO, 2008).

Atualmente podemos observar esse fluxo mais claramente em alguns

segmentos do mercado, pois o retorno de embalagens descartáveis, como

latas de alumínio, garrafas plásticas, caixas de papelão, entres outras, por

diversos motivos é constante.

Muitas empresas trabalham com o conceito de logística reversa, porém

nem todas encaram esse processo como parte integrante e necessária para o

bom andamento ou para a redução nos custos, apenas utiliza o processo e não

demandam maior importância e nem investem em pesquisas.

Uma empresa que recebe um produto como conseqüência de devolução, por qualquer motivo, já esta aplicando conceitos de logística reversa, bem como aquele que compra materiais recicláveis para transforma-los em matéria-prima, , (DONATO, 2008, p 19).

Page 64: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

62

De acordo com Lacerda (2002), o processo de logística reverso tem

trazido consideráveis retornos para as empresas. O reaproveitamento de

materiais e a economia com embalagens retornáveis têm trazido ganhos que

estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e

melhoria nos processos de logística reversa. Também não podemos ignorar os

custos que o processo de logística reversa pode acarretar para as empresas,

quando não é feito de forma intencional, isto é, muita das vezes a logística

reversa é utilizada em prol da empresa, transformando materiais, que seriam

inutilizados, em matéria-prima, reduzindo assim, os custos para a empresa.

Acontece que o contrário também pode acontecer, e é o que notamos com

mais freqüência, materiais que voltam aos seus centros produtivos devido às

falhas na produção, pedidos emitidos em desacordo com aquilo que o cliente

não queria, troca de embalagens, entre outros. Este tipo de processo reverso

da logística acarreta custos adicionais, muitas vezes altos para as empresas,

uma vez que processos como armazenagem, separação, conferência e

distribuição serão feitos em duplicidade, e assim como os processos, os custos

também são duplicados.

De forma mais abrangente, Leite (2003) conceitua logística reversa da

seguinte maneira. A logística reversa é responsável por tornar possível o

retorno de materiais e produtos, após sua venda e consumo, aos centros

produtivos e de negócios, por meio dos canais reversos de distribuição

agregando valor aos mesmos.

A alta competitividade das empresas, grande fluxo de informações

juntamente com o avanço tecnológico, a rapidez com que o produto é lançado

no mercado e o crescimento da consciência ecológica quanto às

consequências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio ambiente,

estão contribuindo para a inclusão de novos comportamentos por parte das

organizações e da sociedade de um modo geral, sinalizando assim para uma

valorização maior dos processos de retorno de produtos e materiais

descartados no meio ambiente.

2.7.1 O Processo de Logística Reversa

Page 65: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

63

Segundo Donato (2008), o processo da logística reversa movimenta

materiais reaproveitados que retornam ao processo tradicional de suprimentos,

produção e distribuição. A logística reversa é composta por uma serie de

atividades que a empresa tem que realizar para atendê-lo, como exemplo,

coletas, embalagens, separações, expedições até locais de reprocessamento

do materiais quando necessário.

O processo de logística reversa tem que ser sustentável, pois se trata de

questões muito mais amplas que simples devoluções. Os materiais envolvidos

nesses processos geralmente retornam ao fornecedor, são revendidos,

recondicionados, reciclados ou simplesmente são descartados e substituídos.

Segundo Barbieri e Dias (2002), a logística reversa deve ser concebida

como um dos instrumentos de uma proposta de produção e consumo

sustentável, por exemplo, se o setor responsável desenvolver critérios de

avaliação ficará mais fácil recuperar peças, componentes, matérias e

embalagens reutilizáveis e recicla-las.

2.7.2 Importância da Logística Reversa

Devido a legislações ambientais cada vez mais rígidas, a

responsabilidade do fabricante sobre o produto está se ampliando. Além do

refugo gerado em seu próprio processo produtivo, o fabricante está sendo

responsabilizado pelo produto até o final de sua vida útil. Isto tem ampliado

uma atividade que até então era restrita a suas premissas. Normalmente os

fabricantes não se sentem responsáveis por seus produtos após o consumo. A

maioria deles usados são descartados ou incinerados com consideráveis danos

ao meio ambiente. Atualmente, legislações mais rígidas e a maior consciência

do consumidor/empresário sobre danos ao meio ambiente estão levando as

empresa a repensarem sua responsabilidade sobre seus produtos após o uso.

Segundo Lambert et al. (1998) a logística tem seu papel importante no

planejamento estratégico, e como arma de marketing nas organizações.

Empresas com um sistema logístico bem estruturado tem grande vantagem

Page 66: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

64

competitiva sobre aquelas que não possuem. Sua grande contribuição é na

ampliação do serviço ao cliente, satisfazendo exigências e expectativas.

2.7.3 Benefícios Ambientais e Econômicos

A preocupação com a logística reversa tem aumentado dentro do

gerenciamento da logística. As corporações estão se especializando nos

processos reversos e transformando isso num diferencial competitivo, no que

tange a produtos retornáveis, reciclagem e destinação final de material. A

logística reversa tem uma interface com áreas ligadas até mesmo fora das

corporações, por exemplo, na manufatura, marketing, compras, engenharia de

embalagens, conseguindo através dessa integração transformar metas em

geração de recursos (SINNECKER, 2007).

Conforme Campos (2006) um processo de retorno altamente custoso e

complexo pode ser revertido em vantagem competitiva através da aplicação de

um sistema eficiente de logística reversa.

Chaves e Batalha (2006) afirmam que as vantagens competitivas podem

ser alcançadas pela adoção de políticas reversa, sendo elas:

a) Restrições ambientais: a conscientização sobre a preservação

ambiental esta promovendo uma crescente mudança da produção e do

consumo no sentido de fomentar o desenvolvimento sustentável. A

logística necessita a diminuição do impacto ambiental, não só dos

resíduos procedentes das fases de produção e do pós- consumo, mas

dos impactos ao longo de tido ciclo de vida dos produtos;

b) Redução de custo: os ganhos obtidos com o reaproveitamento de

materiais e a ecomonia com embalagens retornáveis estimulam o

desenvolvimento e melhorias do processos de logística reversa. Com

isso as empresas podem produzir matéria-prima através da reciclagem

de produtos descartados, conseguindo processa-los a custos menores

do que se fosse extrair da natureza o mesmo material;

c) Razões competitivas: uma forma de aumento de vantagem

competitiva frente aos adversários é a utilização de estratégias que

Page 67: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

65

minimizem os obstáculos no retorno e troca de produtos, fidelizando

assim os clientes. Com isso as empresas podem se sobressair no

mercado, pelo fato de proporcionarem atendimento diferenciado dos

seus concorrentes.

d) Diferenciação da imagem corporativa: posicionar-se como

empresa cidadã utilizando estrategicamente a logística reversa no

auxilio ao menos favorecidos (a exemplo das cooperativas de catadores

de material reciclável), conseguindo com isso agregar valor à sua marca,

e também aos seus produtos.

2.8 Diferença entre logística reversa e logística verde

O termo logístico verde, atualmente utilizado por pesquisadores, possui

características distintas da logística reversa. A logística reversa estuda meios

para inserir produtos descartados novamente ao ciclo dos negócios,

agregando-lhes valores. A logística verde, ou logística ecológica, estuda meios

para planejar e diminuir impactos ambientais da logística comum. Isso inclui

estudo de impacto com a inserção de um novo meio de transporte na cidade,

projetos relacionados com o certificado ISO 14000, redução de energia nos

processos logísticos, e redução na utilização de materiais, (DONATO, 2008).

Como se pode notar, a logística verde é muitas vezes classificada como

logística reversa. Por exemplo, um estudo para reutilização de pneus trata ao

mesmo tempo da logística reversa e da logística verde. Entretanto, a redução

no consumo de energia em um determinado processo é um estudo de logística

verde, porém não trata de logística reversa.

Donato (2008) define logística verde ou Ecologística é a parte da

logística que se preocupa com os aspectos e impactos ambientais causados

pelos meios que operacionalizam a atividade logística. Já logística reversa é a

parte da logística que trata do retorno de materiais e embalagens ao processo

produtivo.

Page 68: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

66

2.9 Sustentabilidade

Colocando em termos simples, a sustentabilidade é prover o melhor para

as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido.

Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é: "suprir as

necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações

futuras de suprir as suas". O termo original foi “desenvolvimento sustentável”,

um termo adaptado pela Agenda 21, programa das Nações Unidas. Algumas

pessoas hoje, referem- se ao termo "desenvolvimento sustentável" como um

termo amplo pois implica desenvolvimento continuado, e insistem que ele deve

ser reservado somente para as atividades de desenvolvimento.

"Sustentabilidade", então, é hoje em dia usado como um termo amplo para

todas as atividades humanas.Se pensarmos que 10% de tudo o que é extraído

do planeta pela industria (em peso) é que se torna produto útil e que o restante

é resíduo, torna-se urgente uma Gestão Sustentável que nos leve a um

consumo sustentável, é urgente minimizar a utilização de recursos naturais e

materiais tóxicos. O Desenvolvimento Sustentável não é ambientalismo nem

apenas ambiente, mas sim um processo de equilíbrio entre os objetos

econômicos, financeiros, ambientais e sociais.

2.10 Sustentabilidade Ambiental

O mundo está chegando num ponto cada vez mais crítico, o aumento do

consumo e exploração incontroláveis de produtos e recursos naturais e

minerais do planeta só agravam a vida na terra, deixando em dúvida o futuro.

Para reverter essas situações, precisa- se pensar na sustentabilidade

ambiental, envolvendo todos os setores a sociedade: econômica, política,

educação, saúde.

E se for exercida a Sustentabilidade Ambiental, proporcionara qualidade

de vida, atendendo às necessidades do presente sem comprometer a

capacidade de gerações futuras, (GUAITOLINI, 2008)

Page 69: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

67

Para resolver esse problema, toda sociedade precisa educar suas

ações, estabelecer limites de consumo, e isso envolve não só os

consumidores, mas também as empresas que devem desenvolver produtos

ecologicamente corretas e com materiais que não agridem o meio ambiente.

Automaticamente, esse fato influencia a economia, algumas empresas

perderão muito dinheiro em nome da conservação ambiental.

Porém todos pagarão um preço pelo futuro do nosso planeta. O

desenvolvimento sustentável não deve ser apenas econômico, é necessário

planejar ações e programas (governamentais ou não) que levem em conta a

sustentabilidade econômica, ambiental e social, (GUAITOLINI, 2008)

Sustentabilidade significa usufruir de recursos naturais e matérias com

responsabilidade social, desenvolver produtos e fontes de energia renováveis

(como o biodiesel).

Segundo Guaitolini (2008), no caminho para a sustentabilidade, é

importante observar e mudar atitudes em relação aos seguintes aspectos:

a) Ecologia: sabe usar conscientemente os recursos naturais do

planeta.

b) Espacial: a má distribuição e o crescimento desordenado da

população resultam em favelas e moradias de péssima qualidade.

Conseqüentemente, cresce a violência.

c) Economia: vincular - se a políticas públicas e privadas para

destinação e administração corretas.

d) Sociedade: melhor a distribuição de renda, oferecendo mais

empregos e diminuindo as diferenças sociais.

e) Cultura: fazer mudanças harmoniosas de cultura de acordo com a

realidade em que se vive esse fato diminui as diferenças sociais, pois

cada realidade possui seus próprios traços de cultura.

Promover a sustentabilidade não é fácil, pois cada mudança impõe seus

obstáculos. E com a cultura materialista que a sociedade se encontra, esse

desafio se torna mais complexo. Quando se trata das grandes cidades, se

torna um problema quase sem solução. A população urbana é dependente do

consumo desenfreado que a sociedade em geral impõe. Diminuir esse

consumo e se conscientizar quanto a isso requer tempo e reflexão no seu dia-

a-dia, em com o capitalismo a flor da pele, as pessoas não param para pensar.

Page 70: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

68

Por outro lado, em comunidades rurais esse problema fica mais fácil, pois as

pessoas precisam aprender a melhorar sua qualidade de vida, fazendo uso

correto da terra, aumentando suas produção sem agredir o meio ambiente.

Segundo Guaitolini (2008), para desenvolver práticas agrícolas sustentáveis é

necessário:

a) Fazer manutenção, por longo prazo, dos recursos naturais e da

produtividade agrícola.

b) Satisfazer às necessidades humanas de alimento e renda.

c) Garantir o atendimento às necessidades sociais, das famílias e das

comunidades rurais.

A agricultura sustentável tem apoio e recomendações de órgãos do

governo como o Instituto Nacional Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o

FAQ (perguntas freqüentes)

Enfim, com as mudanças acontecendo na agricultura,

consequentemente as empresas e depois a sociedade (consumidora) terão que

se adequar às novas necessidades. Pois as necessidades de agora (se forem

atendidas) garantirão futuro do planeta. A sociedade deve se conscientizar

quanto à Sustentabilidade Ambiental, e para tanto deve - se traçar medidas e

projetos com parceria, criar maneiras das pessoas pensarem e perceber os

benefícios que o consumo consciente pode causar no seu dia-a-dia.

Para esse projeto de ações as informações importantes para a melhoria da

cultura da sociedade, fazendo mudanças harmoniosas de acordo com a

realidade em que vivemos. Promover a sustentabilidade não é fácil, pois cada

mudança impõe seus obstáculos, e com a aventura materialista que a

sociedade se encontra esse desafio se torna mais complexo.

Page 71: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

69

CAPITULO III

GESTÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM

3 CONCEITO DE GESTÃO AMBIENTAL

O termo gestão ambiental foi adotado em determinados espaços

geográficos com a intenção de nomear ações ambientais.

A gestão ambiental é administração do exercício de atividade

econômicas e sociais de forma a utilizar maneira racional os recursos naturais,

renováveis ou não. A pratica da gestão ambiental deve visar o uso de praticas

que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem

das matérias primas e a redução do impacto ambiental. Fazem parte também

do arcabouço de conhecimentos associados à gestão ambiental, técnicas para

a recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento, métodos

para exploração sustentável de recursos naturais, e o estudo de riscos e

impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou

ampliação de atividades produtivas.

À medida que a sociedade vai se conscientizando da necessidade de

preservar o meio ambiente, as empresas também estão transferindo a gestão

ambiental de uma função complementar para uma parte do planejamento

estratégico da empresa, idealizando um método de preservar e reduzir os

recursos naturais.

A proteção ambiental, não pode depender apenas de controle no final do

processo, mas de todas as suas fases, isto é, desde a fabricação ate as

vendas e consumo dos produtos; ciclo de vida do produto. A empresa para

adquirir uma postura responsável com relação ao meio ambiente, é necessário

incluir a variável ambiental em suas decisões e estratégias.

Existem pessoas que imaginam que a pratica da gestão ambiental cria

um conflito entre preservação ambiental e negócio, que para conciliar os dois é

necessário investir muito, mas pelo ao contrário, a preservação cria

oportunidades de negocio e benefícios à empresa e o que é investido, retorna a

Page 72: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

70

empresa em forma de lucro, pois atualmente a busca por produtos verdes tem

crescido.

3.1 Evolução da Gestão Ambiental no Brasil

A Gestão Ambiental no Brasil começou sua evolução a partir de 1500.

Em abril de 1500, Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao Rei de Portugal, faz

o primeiro relato, que se tem registro, sobre o Brasil; “A terra em si é de muito

bons ares, frescos e temperados. Águas são muito, infinitas”. Já na época das

capitanias hereditárias, registros históricos já apresentavam sinais de

preocupação com a derrubada descontrolada da mata atlântica na costa da

Bahia, como segue o trecho a seguir:

“Nesta capitania, da Bahia, já não há aquela abundancia de madeira que

havia em outros tempos, porque as infinitas derrubadas, que no espaço de

tantos anos se tem feito, por causa de plantações, e para as embarcações da

Coroa e dos particulares”.

A preocupação com a gestão ambiental há a centenas de anos, e cada

vez se torna mais forte à medida que a sociedade vai se conscientizando da

necessidade de se preservar o meio ambiente. A opinião pública começa a

pressionar o meio empresarial a buscar meios de desenvolver suas atividades

econômicas de maneira mais racional, (DONATO, 2008)

Durante a evolução ambiental no Brasil, percebe-se que as primeiras

industrias surgiram em uma época em que os problemas ambientais eram de

pequena expressão, devido às reduzidas escalas de produção.

Conforme Donaire (1999) nessa época as exigencia ambientais eram

poucas e a fumaça das chaminés era um símbolo de progresso, apregoada

orgulhosamente na propaganda de diversas industrias.

Em 1940, foi fundada a ABNT (Associação Brasileira de Normas

Técnicas), uma entidade privada, independente e sem fins lucrativos, que atua

na area de certificação, é o Órgão responsável pela normalização técnica no

país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro;

É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da

Page 73: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

71

COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN

(Associação Mercosul de Normalização).

Fundada em 1947 e com sede em na Genebra, a ISO foi estabelecida

com a missão de promover o desenvolvimento da normalização de atividades

correlatas no mundo, com vistas a facilitar as trocas internacionais de bens e

serviço s e para o desenvolvimento da cooperação nas esferas intelectual,

científica, tecnológica e de atividades econômicas. Os trabalhos da ISO

resultam em acordos internacionais que são publicados como Normas

Internacionais.

Em 5 de janeiro de 1962 foi criado pela Lei nº 2.606 o Instituto Estadual

de Florestas e regulamentado pelo Decreto nº 44.807, de 12/05/2008, com o

intuito de dirigir, orientar e promover a fiscalização DFS das atividades da

florestas, fauna silvestre e aquática.

A lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965, nomeada lei da florestas,

determina a proteção de florestas nativas e define áreas de preservação

permanente.

A lei da Fauna Silvestre, nº 5.197, surgiu em 03 de janeiro de 1967,

classificando o uso, perseguição, apanha de animais silvestres, caça

profissional, comercio de espécie da fauna silvestre e produtos derivados de

sua caça como crime e proibindo a introdução de espécie exótica (importada) e

a caça amadorística sem autorização do ibama.

Em 1968, foi realizada a 1ª Conferência das Naçoes Unidas sobre o

meio ambiente, que inspirou a criação da Secretaria Especial de Meio

Ambiente e inaugurou uma nova fase no Brasil, cujo modelo de

desenvolvimento é baseado em uma industrialização concentrada e rápida.

Tal modelo criou deseconomias de escala, que manifestaram pelo

agravamento de certos problemas urbanos, especialmente o aumento da

poluição industrial, falta de saneamento e os problemas de abastecimento que

afetaram os habitantes das principais cidades do país, onde se manifestou uma

grande vontade politica de resolver a problemática ambiental.

Devido à sensibilização durante esse período, grupos criaram vários

movimentos sociais relacionados às questões ambientais. Em 1975,

acreditavam-se que os problemas relacionados à poluição ambiental deveriam

ser prioridades aos de ordem economica. Porém, a posição sustentada pelo

Page 74: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

72

Brasil na Conferencia de Estocolmo foi de quem a proteção ao meio ambiente

era considerada um empecilho ao crescimento da produção, uma vez que seria

dificil recuperar os grandes investimentos, pois reduziriam os lucros, devido ao

aumento do custo de produção; e a posição no mercado, colocando a empresa

com risco de cessar suas atividades.

Entre 1975 e 1979, criou-se o PND (Plano Nacional de

Desenvolvimento), que definiu como prioridade o controle da poluição

industrial, fazendo uso de normas antipoluição e de uma política de localização

industrial nas regiões extremamente urbanizadas, presente em seu capítulo

sobre desenvolvimento urbano, controle de poluição e preservação do meio

ambiente.

Este Plano tinha apenas um objetivo: apontar que o maior problema

ambiental era a poluição industrial, sendo que o responsável pelo seu controle

deveria ser o Estado.

A Lei Federal nº 6.803 de 1980, a Lei nº 6.938 de 1981 e o Decreto do

Executivo nº 88.351 resultaram na criação de diversos agentes de controle

ambiental; marcado a necessidade de responsabilização dos causadores dos

danos ambientais.

Em 17 de janeiro de 1981, surgiu a lei ambiental nº 6.938, denominada

Lei da Politica Nacional do Meio Ambiente, a mais importante e define que o

poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar,

independentemente da culpa. No mesmo ano no dia 27 de abril de 1981

entrou em vigor a lei nº 6.902, Lei da Área de Proteção Ambiental, que

determina a existencia da estação ecologica nas areas, sendo que 90% elas

devem permancer intocaveis e 10% podem sofrer alterações para fins

cientificos.

No ano de 1985, foram criados o Ministerio do Desenvolvimento Urbano

e Meio Ambiente, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e o

Sistema Nacional do Meio Ambiente. A partir daí, os regulamentos limitavam as

organizações produtivas, dando inicio a mudança no meio ambiente de

negócios. As empresas passaram a rever e reformular seus planos e diretrizes

referentes ao meio ambiente.

A constituição de 1988 foi a primeira constituição brasileira a tratar

abertamente a questão ambiental.

Page 75: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

73

Com a Lei nº 7.735 de 22 de fevereiro de 1989, decreta que a Secretaria

de Estado do Meio Ambiente (SEMA) seje extinta, e criado o Instituto Brasileiro

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Em 1989, surgiram duas leis, a lei nº 7.802, lei dos agrotóxicos,

regulariza desde a pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua

comercialização, aplicação controle, fiscalização e também destino da

embalagem e a lei nº 7.805, lei da exploração mineral, que regulariza as

atividades garimpeiras.

Década de 90, foi cheia de acontecimentos, o gerenciamento ambiental

teve sua grande marca em 1991, quando a Câmara de Comércio Internacional

lançou em Roterdã, Holanda, a Carta de Princípios sobre o Desenvolvimento

Sustentável. Em 1991, surgiu a lei da política agrícola. No mês de agosto de

1994 foi fundada a Deutsche Gesellschaft zur Zertifizierung von

Managementsystemen - Associação Alemã para Certificação de Sistemas de

Gestão (DQS) do Brasil, que é responsável pela coordenação das certificações

no Brasil e nos países vizinhos, tanto para as normas referentes à qualidade

quanto às da ISO 14001. Em 1995 foi aprovada a política ambiental, que levou

a implementação do primeiro sistema de gestão ambiental, relativa tanto a

gestão interna dos edifícios como de serviços. No Brasil em 1996 surgiu a ISO

14001, que substituiu em 1997 a norma BS 7750. No ano de 1998 a lei de

crimes ambientais reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere

às infrações e punições.

3.2 Vantagem da Gestão Ambiental

Cada vez mais a questão ambiental está se tornando matéria obrigatória

das agendas dos executivos das empresas. A globalização dos negócios, a

internacionalização dos padrões de qualidade ambiental descritos na serie ISO

14000, a conscientização crescente dos atuais consumidores e a disseminação

da educação ambiental nas escolas permitem reconhecer a exigência

crescente dos consumidores em relação ao meio ambiente.

Page 76: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

74

Segundo Faria (2000) afirma que hoje em dia, face à crescente a

concorrência global, as expectativas dos clientes não se restringem à procura

de um determinado nível de qualidade ao menor custo. Eles estão cada vez

mais informados e predispostos a comprar e usar produtos que respeitem o

ambiente, o que é uma vantagem para a natureza e a organização.

As vantagens ambientais resultam da definição de regras escritas para a

realização de operações com potencial impacto ambiental e a introdução de

práticas ambientais nessas operações, conseguindo-se reduzir os riscos

ambientais da atividade.

Segundo Winter apud Donaire (1999), existem seis razões principais

pelas quais as empresas deveriam aplicar o principio da gestão ambiental em

sua empresa.

a) Sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá existir uma

economia orientada para o ambiente – e sem esta última não se

poderá esperar para a espécie humana uma vida com o mínimo e

qualidade;

b) Sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá existir

consenso entre o público e a comunidade empresarial – e sem

consenso entre ambos não poderá existir livre economia de mercado;

c) Sem gestão ambiental da empresa, esta perderá oportunidades no

mercado em rápido crescimento e aumentará o risco de sua

responsabilização por danos ambientais, traduzida em enormes

somas de dinheiro, pondo desta forma em perigo seu futuro e os

postos de trabalho dela dependentes;

d) Sem gestão ambiental da empresa, os conselhos de administração,

os diretores executivos, os chefes de departamentos e outros

membros de pessoal verão aumentada sua responsabilidade em face

de danos ambientais, pondo assim em perigo seu emprego e sua

carreira profissional;

e) Sem gestão ambiental da empresa, serão potencialmente

desaproveitadas muitas oportunidades de redução de custos e;

f) Sem gestão ambiental da empresa, os homens de negócios estarão

em conflito com sua própria consciência – e sem auto – estima não

poderá existir verdadeira identificação com o emprego ou a profissão.

Page 77: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

75

BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

Economia de Custos

- Economias devido à redução do consumo de água, energia e outros

insumos;

- Economias devidos à reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos e

diminuição de efluentes e

- Redução de multas e penalidade por poluição.

Incremento de receitas

- Aumento da contribuição marginal de “produtos verdes” que podem ser

vendidos a preços mais altos;

- Aumento da participação no mercado devido a inovação dos produtos e

menos concorrência;

- Linhas de novos produtos para novo mercados e;

- Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da

poluição.

BENEFÍCIO ESTRATÉGICO

- Melhoria da imagem institucional;

- Renovação do “portifolio” de produtos;

- Aumento da produtividade;

- Alto comprometimento do pessoal;

- Melhoria nas relações de trabalho;

- Melhoria e criatividade para novos desafios;

- Melhoria das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos

ambientalistas;

- Acesso assegurado ao mercado externo e;

- Melhor adequação aos padrões ambientais.

Fonte: Donaire, 1999, p. 59 Quadro 3: Benefícios da gestão ambiental.

Page 78: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

76

3.3 Impacto Ambiental

Nos anos 70 e 80, a expressão impacto ambiental teve uma definição

mais precisa, quando diversos países perceberam a necessidade de

estabelecer diretrizes e critérios para avaliar efeitos adversos das intervenções

humanas na natureza.

A definição jurídica de impacto ambiental no Brasil vem expressa no art.

1º da Res. 1, de 23.1.86 do CONAMA, nos seguintes termos:

Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que diretamente ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos naturais. (CONAMA, 2006)

O impacto ambiental é a alteração no meio ou em algum de seus

componentes por determinada ação ou atividade. Estas alterações precisam

ser quantificadas pois apresentam variações relativas, podendo ser positivas

ou negativas, grandes ou pequenas.

O que caracteriza o impacto ambiental são alterações que provoquem o

desequilíbrio das relações constitutivas do ambiente, tais como as alterações

que excedam a capacidade de absorção do ambiente considerado, e não

qualquer alteração nas propriedades do ambiente. Em suma, os impactos

ambientais afetam a estabilidade preexistente dos ciclos ecológicos,

fragilizando ou fortalecendo-o.

De acordo com Moreira (1999), o ambiente urbano se trata de uma

relação entre os homens, o espaço construído e a natureza, em aglomeração

de população e atividade humanas, constituídas por fluxo de energia e de

informação para a nutrição e biodiversidade. A percepção visual é a principal

responsável pela atribuição de significado às conformações e configurações da

Page 79: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

77

aglomeração e pela utilização e ocupação do espaço construído e dos recursos

naturais.

Portanto, antes de se colocar em pratica um projeto, seja de caráter

público ou privado, precisa-se levantar informações relacionadas ao local onde

se pretende implementá-lo, conhecer melhor o ambiente natural (atmosfera,

hidrosfera, litosfera e biosfera) e o ambiente social (infra- estrutura material

construída pelo homem e sistemas sociais criados), (MOREIRA, 1999).

A maioria dos impactos ocorre devido ao rápido desenvolvimento

econômico, sem o adequado controle e manutenção dos recursos naturais. A

poluição e o uso incontrolado de recursos, como água e energia, são algumas

das conseqüências das ações humanas voltadas para o desenvolvimento, já a

ocupação urbana indevida em áreas protegidas e a falta de saneamento básico

são alguns impactos gerados em região subdesenvolvida.

De maneira geral, os impactos ambientais mais significativos encontram-

se nas regiões industrializadas, que por oferecerem mais oportunidade de

emprego e infra-estrutura social, apresentam maiores concentrações

demográficas, (BATISTA e PAGLIUSO, 2006)

3.4 Política Ambiental

A política ambiental deve estabelecer um senso geral de orientação para

as organizações simultaneamente fixar os princípios de ação pertinentes aos

assuntos e à postura empresarial relacionados ao meio ambiente. E servir de

modelo de administração a ser adotado por um governo ou empresa para se

relacionar com o meio ambiente e os recursos naturais. Um bom modelo de

política ambiental provavelmente respeitará a premissa do desenvolvimento

sustentável.

Para definir que política usar a empresa necessita inicialmente realizar

um levantamento de informações que permitam identificar a realidade

ambiental da organização, posteriormente, objetivos e metas devem ser

estabelecidos, nesse sentido a organização discute e fixa seu

Page 80: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

78

comprometimento e a respectiva política ambiental, para que tenha um

posicionamento definido e forte.

A política ambiental seguida pela empresa precisa estar em todas as

áreas administrativas e operacionais da organização e incorporada nas

variadas hierarquias existentes, ou seja, da alta administração até a produção.

Com a política ambiental adotada, todos precisam ter comprometimento

de cumprir, pois nenhuma empresa é obrigada a adotar um Sistema de Gestão

Ambiental (SGA), exceto em caso de requisitos exigidos por lei, como

licenciamento ambiental, controle de emissões, tratamento de resíduos e

outros, e sua adoção só trás benefícios para empresa.

3.5 Normas e Regulamentações

O art. 225, da Constituição Federal de 1988, cita que:

Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (BRASIL, 1988)

Verbalizando desta forma num direito que transcende e permeia todos

os demais ramos do direito, posto que o meio ambiente fosse um bem de uso

comum do povo brasileiro e diz respeito à própria vida, que se respeitado

permitirá a viver o presente sem comprometer o futuro.

O avanço da fiscalização e a possibilidade de uma fiscalização mais

rígida esbarram no ainda escasso volume de recursos financeiros destinados

às questões ambientais e na falta de articulação entre os governos federal,

estaduais e municipais, sociedade civil, e mesmo o uso da terra ou dos

recursos hídricos.

O art. 225 da Constituição Brasileira de 1988 dispõe sobre o direito de

todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e estabelece as

incumbências do Poder Público para garantir a efetividade desse direito. Dentre

Page 81: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

79

essas incumbências consta a Educação Ambiental, no § 1º, Inciso VI. Outras

leis que compõem nossa legislação ambiental são as seguintes:

a) Lei nº 4.771 de 1965. Lei do Código Florestal

b) Lei nº 227 de 1967. Lei do Código de Mineração

c) Lei nº 6.803 de 1980. Dispõe sobre as diretrizes básicas para o

zonemanento industrial nas áreas críticas de poluição.

d) Lei nº 9.638 de 1981. Estabelece a Política Nacional de Meio

Ambiente. O licenciamento e a revisão de atividade efetivas ou

potencialmente poluidoras são colocados como instrumentos dessa

política.

e) Decreto Estadual nº 24.715/86. transforma a divisão de proteção de

recursos naturais da coordenadoria da pesquisa de recursos naturais

da Secretaria de Agricultura e Abastecimento em Departamento

Estadual de Proteção de Recursos Naturais, dispõe sobre sua

organização e dá providência correlatas.

f) Decreto Estadual nº 24.932/86. Institui o Sistema Estadual do Meio

Ambiente, cria a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dá

providência correlatas.

g) Resolução CONAMA nº 009 de 1987. regulamenta as Audiências

Publicas, que tem como objetivo expor aos interessados o conteúdo

do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), dirimindo dúvida e

recolhendo críticas e sugestões que devem constar em ata se que

deverão, por sua vez, servir de base, juntamente com o RIMA, para a

analise e parecer final do licenciador quanto à aprovação ou não do

empreendimento.

h) Lei nº 7.735 de 1989. dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade

autárquica, cria o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências.

i) Decreto 99.274 de 1990. Em seu capítulo IV trata do licenciamento

ambiental de atividades utilizadoras de recursos ambientais

consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras.

j) Resolução CONAMA nº 013 de 1990. Determina que nas áreas

circundantes das Unidades de Conservação, num raio de dez

Page 82: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

80

quilômetros, qualquer atividade que possa afetar a biota deverá,

obrigatoriamente, ser licenciada.

k) Decreto nº 750 de 1993. Dispõe sobre o corte, a exploração e a

supressão de vegetação primária ou nos estágios avançados e

médio de regeneração da Mata Atlântica, e dá outras providências.

l) Resolução CONAMA nº 002 de 1996. Determina a implantação de

Unidade de Conservação de domínio público a ser exigida em

licenciamento de empreendimento de relevante impacto ambiental,

em montante não inferior a 0,5% dos custos totais do

empreendimento.

m) Resolução CONAMA nº 237 de 1997. Regulamenta aspectos do

licenciamento ambiental, estabelecidos na política Nacional de Meio

Ambiente e revisa procedimentos e critérios visando sua utilização

como instrumento de gestão ambiental.

n) Lei nº 9.433 de 1997. Política Nacional dos Recursos Hídricos. A

água é um bem público, com apropriação privada. Compete

privativamente à União legislar sobre as águas. A água é um finito,

vulnerável e irregurlamente distribuída, e ainda degradável renovável

e reciclável.

o) Lei nº 9.605. Lei de Crimes Ambientais, sancionada em fevereiro de

1998 e regulamentada em setembro de 1999, estabelece as penas

para a infrações e agressões cometidas contra o meio ambiente no

Brasil. Prevê multas que chegam a 50 milhões de reais para uma

variedade de infrações: pesca em locais proibidos, crimes contra

patrimônio, soltura de balões, pichações, caça ilegal, obras

poluidoras, queimadas e desmatamento.

p) Decreto nº 3.179 de setembro de 1999. regulamentada a Lei nº 9.605

de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a especificação das sanções

aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá

outras providências.

q) Lei nº 9.795 de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental e institui a

política nacional de educação. Em seu art. 2º afirma: A educação

ambiental é um componente essencial e permanente da educação

nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os

Page 83: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

81

níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não

formal. A educação ambiental tenta despertar em todos a

consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente.

r) Lei nº 9.985 de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, inciso I, II, III e

VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades

de Conservação da Natureza (SNUC) e dá outras providencias.

s) Resolução Secretaria do Meio Ambiente (SMA) 25/2000.

regulamenta o desenvolvimento de pesquisa nas unidades de

conservação sobre a responsabilidade do Estado de São Paulo.

t) Resolução SMA 16/2001. institui o “compromisso de compensação

ambiental” no âmbito do órgão central e dos órgão executores do

SEAQUA (Sistema Estadual de Administração da Qualidade

Ambiental, Proteção, Controle e Uso Adequado dos Recursos

Naturais) e dá providências correlatas.

u) Resolução CONAMA nº 281 de 2001. Dispõe sobre os modelos de

pedidos de licenciamento ambiental, diferenciando as exigências de

publicação para empreendimentos de menor impacto.

v) Decreto 4.340 de 2002. Regulamenta artigos da Lei 9.985, de 2000,

que dispõe sobre o SNUC e dá outras providencias.

w) Resolução CONAMA nº 334 de 2003. Estabelece procedimentos de

licenciamento de estabelecimentos destinados ao recebimento de

embalagens vazias de agrotóxicos.

Atualmente a Legislação Brasileira é reconhecida e avançada em muitos

aspectos, porém branda no ponto de vista penal. Crimes contra o meio

ambiente ficam impunes, devido à falta de consciência política, ambiental e de

fiscalização, consciência do numero baixo de fiscais em relação ao tamanho do

território brasileiro. Com a elaboração do EIA (Estudo do Impacto Ambiental) e

do RIMA houve um avanço de fundamental importância em relação à proteção

do meio ambiente.

No final da década de 60, o EIA passou a ser um instrumento de

relevante importância para prevenir danos ambientais e fazer parte de forma

significativa dos eventos internacionais.

Page 84: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

82

No Brasil, seguindo a tendência mundial, o EIA e o RIMA foram

legalmente institucionalizados pela resolução CONAMA/ 001 de 23 de janeiro

de 1986.

3.6 ISO 14 000

Passados a Segunda Guerra Mundial, em 1946, delegados de 25

paises, em reunião especial realizada em Londres, decidiram criar uma nova

organização internacional de normalização. A nova organização, a ISO

começou suas atividades no dia 23 de fevereiro 1947. como o nome da

organização poderia ser abreviado de diversas formas, dependendo do idioma

do país, decidiu-se pela utilização de um nome derivado do grego, isos, que

significa igual, assim a abreviação para o nome da organização é sempre ISO,

em todos os países. A sigla ISO é reconhecida por International Organization

for Standarlization.

A ISO é uma federação internacional civil de organizações de

normalização com sede em Genebra, na Suíça. É uma federação sem fins

lucrativos, não governamental, composta de 110 membros. Trata-se de uma

organização de caráter privado que procura associar as diversas entidades de

normalização dos países, respeitando as peculiaridade de cada um.

No início da década de 90, a ISO viu a necessidade de se desenvolver

normas que falassem da questão ambiental e tivessem com intuito a

padronização dos processos de empresas que utilizassem recursos tirados da

natureza e ou causassem algum dano ambiental decorrente de suas

atividades.

No ano de 1993, a ISO reuniu diversos profissionais e criou um comitê

titulado Comitê Técnico TC 207 que teria como objetivo desenvolver normas

nas seguintes áreas envolvidas com o meio ambiente. O comitê foi dividido em

vários subcomitês.

a) Subcomitê 1: Desenvolveu uma norma relativa aos sistemas de

gestão ambiental;

Page 85: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

83

b) Subcomitê 2: Desenvolveu normas relativas às auditorias na área

de meio ambiente;

c) Subcomitê 3: Desenvolveu normas relativas à rotulagem ambiental;

d) Subcomitê 4: Desenvolveu normas relativas a avaliação do

desempenho ambiental;

e) Subcomitê 5: Desenvolveu normas relativas à analise durante a

existência;

f) Subcomitê 6: Desenvolveu normas relativas a definições e

conceitos;

g) Subcomitê 7: Desenvolveu normas relativas à integração de

aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos;

h) Subcomitê 8: Desenvolveu normas relativas à comunicação

ambiental e

i) Subcomitê 9: Desenvolveu normas relativas às mudanças

climáticas.

3.6.1 Subcomitê 1: Sistemas de gestão ambiental

Este subcomitê desenvolveu a norma ISO 14001 que estabelece as

diretrizes básicas para o desenvolvimento de um sistema que gerenciasse a

questão ambiental dentro da empresa, ou seja, um sistema de gestão

ambiental. É a mais conhecida entre todas as normas da série 14000

3.6.1.1 Estrutura da norma ISO 14001

Está é primeira parte da norma onde é abordada o contexto histórico em

que foi desenvolvida, ressaltando a necessidade das empresas estabelecerem

parâmetros para a área ambiental.

Page 86: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

84

A ISO 14001 tem como foco a proteção ao meio ambiente e a prevenção

da equilibrada com as necessidades sócio – econômicas do mundo atual; a

norma se aplica a qualquer tipo de empresa.

3.6.1.2 Objetivo da norma ISO 14001

a) Estabelecer a criação, manutenção e melhoria do sistema de

gestão ambiental;

b) Verificar se a empresa está conformidade com sua própria política

ambiental e outras determinações legais;

c) Permitir que a empresa demonstre isso para a sociedade;

d) Permitir que a empresa possa solicitar uma certificação, registro do

sistema de gestão ambiental, por um organismo certificador

externo.

3.6.2 Subcomitê 2: Auditorias na área de meio ambiente

No que diz respeito à execução de auditorias ambientais, este subcomitê

desenvolveu três normas: ISO 14010, ISO 14011 e ISO 14012 em 1996.

Em 2001 foi desenvolvida a ISO 14015 que foi revisada em 2003. No

ano de 2002 foi criada a norma ISO 19011 que substituiu a 14010, 11 e 12.

As normas citadas estabelecem:

a) ISO 14010: os princípios gerais para execução das auditorias;

b) ISO 14011: os procedimentos para o planejamento e execução de

auditorias num sistema de gestão ambiental;

c) ISO 14012: os critérios para qualificação de auditores;

d) ISO 14015: as avaliações ambientais de localidades e

organizações e

e) ISO 19011: guias sobre auditorias da qualidade e do meio

ambiente.

Page 87: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

85

3.6.3 Subcomitê 3: Rotulagem ambiental

Rotulagem ambiental é a garantia de que um determinado produto é

adequado ao uso que se propõe e apresenta menor impacto ambiental em

relação aos produtos do concorrente disponíveis no mercado. É conhecida

também pelo nome de Selo Verde, sendo utilizadas em vários países , mas

com formas de abordagens objetivos que diferem uma das outras, (BARRA e

RENOFIO, 2008).

Para estabelecer as diretrizes para a rotulagem ecológica, este

subcomitê criou varias normas. São elas:

a) ISO 14020: estabelece os princípios básicos para rótulos e

declarações ambientais (criada em 1998 e revisada 2002)

b) ISO 14021: estabelece as auto – declarações ambientais – Tipo II

(criada em 1999 e revisada em 2004)

c) ISO 14024: estabelece os princípios e procedimentos para o rótulo

ambiental Tipo I (criada em 1999 e revisada em 2004)

d) ISO 14025: estabelece os princípios e procedimentos para o rótulo

ambiental Tipo II (criada em 2001)

No ano de 2003, foi iniciada a criação da ISO 14025 relativa ao Selo

Verde Tipo III que poderá ser usada como empecilho para às exportações dos

produtos de países que não estejam adequados e preparados.

3.6.4 Subcomitê 4: Avaliação da performance ambiental

Para estabelecer as diretrizes para um processo de avaliação de

performance ambiental de sistemas de gestão ambiental, este subcomitê, criou

as normas ISO 14031 em 1999 (revisada em 2004) e ISO 14032 também em

1999.

As normas estabelecem e fornecem:

a) ISO 140315: Diretrizes para a avaliação de desempenho ambiental;

ela inclui ainda exemplos de indicadores ambientais

Page 88: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

86

b) ISO 14032: Exemplos de avaliação do desempenho ambiental.

3.6.5 Subcomitê 5: Análise durante a existência

A analise do ciclo de vida, ou seja, durante a existência da empresa, é

um processo criado com o intuito de avaliar os impactos ao meio ambiente e a

saúde provocados por um determinado produto processo, serviços ou outra

atividade econômica.

A analise abrange todo o ciclo de vida de um produto, processo,

atividade aborda, por exemplo.

a) A extração da matéria – prima

b) O processamento de matéria- prima

c) A produção

d) A distribuição

e) O uso

f) O reuso

g) A manutenção

h) A reciclagem

i) A eliminação.

Para incentivar entidades oficiais e empresas privadas e publicas a

abordarem os temas ambientais de forma integrada durante toda a sua

existência, este subcomitê, criou diversas normas. São elas:

a) ISO 14040: estabelece as diretrizes e estrutura para a analise do

ciclo de vida (criada em 1997)

b) ISO 14041: estabelece a definição do escopo e analise do

inventário do ciclo de vida (criada em 1998)

c) ISO 14042: Estabelece a avaliação do impacto do ciclo de vida

(criado em 2000)

d) ISO 14043: estabelece a interpretação do ciclo de vida (criada em

2000)

e) ISO 14048: estabelece o formato da apresentação de dados (criada

em 2002)

Page 89: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

87

f) ISO TR 14047: fornece exemplos para a aplicação da ISO 14042

(criado em 2003)

g) ISO TR 14049: fornece exemplos para a aplicação da ISO 14041

(criado em 2000)

Com finalidade de facilitar a aplicação, as normas 14040, 14041, 14042

e 14043, foram reunidas em apenas dois documentos (14041 e 14044)

3.6.6 Subcomitê 6: Definições e conceitos

Toda a terminologia utilizada em todas as normas citadas anteriormente

é definida na norma ISO 14050, publicado no ano de 1998, criada por este

subcomitê.

Foi feita uma revisão desta norma, conforme descrito abaixo:

a) ISO 14050 Ver. I: publicada em 2002 e revisada em 2004.

3.6.7 Integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de

produtos.

Este subcomitê estudou como desenvolvimento de novos produtos

interage com o ambiente. Foi criada a seguinte norma:

a) ISO TR 14062: estabelece a integração de aspectos ambientais no

projeto e desenvolvimento de produtos (criada em 2002e revisada

em 2004)

Nesta norma foi criado o conceito de ecodesign. Este oferece inúmeros

benefícios as empresas que o utilizam, tais como;

a) Os custos são reduzidos;

b) O desempenho ambiental é melhorado;

c) A inovação é estimulada;

d) São criadas novas oportunidades de mercado e

e) A qualidade do produto é melhorada como um todo.

Page 90: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

88

3.6.8 Subcomitê 8: Comunicação Ambiental

Este subcomitê desenvolveu duas normas relativas à comunicação

ambiental. São elas:

a) ISO TC 207/WG 4: Estabelece diretrizes e exemplos para a

comunicação ambiental.

b) ISO 14063: Estabelece o que foi definido sobre comunicação

ambiental (criada em 2006)

3.6.9 Subcomitê 9: Mudanças climáticas.

Este subcomitê desenvolveu normas relativas as mudanças climáticas

na Terra. Estas, em grande parte, são provocadas por impactos ambientais

gerados pelo homem. As normas são:

a) ISO TC 207/WG 5: Estabelece a medição, comunicação e

verificação de emissões de gases do efeito estufa, a nível de

entidades e projetos;

b) ISO TC 14064 Parte 1: Relativa aos gases do efeito estufa, diz

respeito a especificação para a quantificação, monitoramento e

comunicação de emissões e absorção por entidades;

c) ISO TC 14064 Parte 2: Relativa aos gases estufa, diz respeito a

especificação para a quantificação, monitoramento e comunicação

de emissões e absorção de projetos;

d) ISO TC 14064 Parte 3: Relativa aos gases estufa, diz respeito a

especificação e diretrizes para validação, verificação e certificação;

e) ISO TC 207/WG 6: Estabelece a acreditação e

f) ISO 14065: Relativa aos gases estufas, diz respeito aos requisitos

para validação e verificação de organismos para o uso em

acreditação ou outras formas de reconhecimento.

Page 91: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

89

3.7 Benefícios e Resultados

Os certificados de gestão ambiental da serie ISO 14000 atestam a

responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades de uma

organização.

Para a obtenção e manutenção do certificado ISO 14000, a organização

tem que se submeter a auditorias periódicas, realizadas por uma empresa

certificadora, credenciada e reconhecida pelos organismos nacionais e

internacionais.

Nas auditorias são verificados o cumprimento de requisitos como:

a) Cumprimento da legislação ambiental;

b) Diagnostico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de

cada atividade;

c) Procedimento padrões e planos de ação para eliminar ou diminuir

os impactos ambientais sobre os aspectos ambientais e

d) Pessoal devidamente treinado e qualificado.

3.8 História da Reciclagem

A palavra reciclagem difundiu-se na mídia a partir do final da década de

1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-

primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta

de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A

expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).

A reciclagem é o termo genericamente utilizado para designar o

reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo

produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns

são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem

são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não

renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de

tratamento final, como aterramento, ou incineração. O conceito de reciclagem

Page 92: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

90

serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser

transformado novamente em um produto igual em todas as suas

características. O conceito de reciclagem é diferente do de reutilização. O

reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado

material já beneficiado em outro.

Para compreender a reciclagem, é importante alterar o conceito que se

tem de lixo, de algo sujo e inútil em sua totalidade. O primeiro passo é perceber

que o lixo, quando encaminhado ao processo de tratamento correto, é fonte de

riqueza. Para tanto, necessita que se faça uma separação de materiais,

(BATISTA e PAGLIUSO, 2006).

A reciclagem em alguns materiais, como papel é finita, pois algumas de

suas propriedades fisicas minimizam a cada processo da reciclagem; mais em

outros materiais como o aluminio é infinita, pois não acarreta em nenhuma

perda de suas propriedades físicas, e esse pode, assim, ser reciclado

continuamente.

O mercado da reciclagem está em continuo crescimento; o Brasil está

entre um dos maiores recicladores do mundo embora a atividade seja pouco

explorada. A reciclagem abrage a todos das industrais as donas de casas,

jovens, (BATISTA e PAGLIUSO, 2006).

Um dos maiores problemas com a reciclagem é a separação dos

materiais aproveitaveis, como papel, vidro e metais do restante de nosso lixo.

Existem usinas de reciclagens onde o lixo misturado pode ser separado do que

possa ser realmente lixo.

Segundo o CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem

(2008) a indústria da reciclagem movimenta, por ano, cerca de 8 bilhões de

reais, entre as atividades de geração, comercialização, medição e consumo de

commodities sucateadas.

3.8.1 Simbolo da Reciclagem

Como resultado da crescente conscientização dos consumidores e

ambientalismo, em 1970, o Container Corporation of America patrocinou um

Page 93: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

91

concurso nacional para a escola secundária e estudantes universitários. Em

resposta a este concurso, o original símbolo reciclagem foi apresentado à

Conferência Internacional de Design por Gary Anderson. Ele desenhou o

símbolo enquanto ele era um sênior na Universidade de Southern Califórnia.

O símbolo mundial da reciclagem é um triângulo, formado por três setas,

no sentido horário. Elas fazem alusão a um ciclo: a primeira seta representa a

indústria, que produz um determinado produto (uma garrafa PET, por exemplo);

a segunda refere-se ao consumidor, que utiliza o item (a pessoa que consome

um refrigerante); a terceira sete representa a reciclagem, que permite a

reutilização da matéria-prima (a garrafa, que volta a ser matéria-prima, dando

origem a novas garrafas PETs e outros produtos).

Cada tipo de material - plástico, vidro, metal e papel - tem um símbolo

próprio. Esses símbolos podem ser encontrados nas embalagens dos produtos

recicláveis e mostram o que pode ser reaproveitado como matéria-prima.

Fonte: Wikipedia, 2009

Figura 13: Símbolo Reciclagem

Page 94: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

92

Fonte: Setor Reciclagem (2009)

Figura 14: Simbologia dos materiais recicláveis.

Fonte: Google, 2009

Figura 15: Variação do símbolo da reciclagem

Page 95: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

93

Os materiais plásticos, por terem uma grande variedade, foram divididos

em 7 categorias:

Fonte: Setor Reciclagem, 2009.

Figura 16: Símbolo de identificação dos materiais plásticos.

As cores é uma ferramenta também utilizada nos símbolos, cada

material tem sua cor.

AZUL

Papel/ Papelão

VERMELHO

Plástico

VERDE

Vidro

AMARELO

Metal

PRETO

Madeira

LARANJA

Resíduos Perigosos

BRANCO

Resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde.

CINZA

Resíduos geral não reciclável, ou misturado ou contaminado não

passível de separação

ROXO

Resíduos radioativos.

MARRON

Resíduos orgânicos.

Fonte: Setor Reciclagem, 2009. Quadro 4: Cores da reciclagem

3.8.2 Etapas da Reciclagem

Page 96: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

94

A reciclagem começa com a separação do lixo. O lixo é separado por

papel, plástico, vidro, metal e orgânico. Nem tudo que é jogado fora pode ser

separado para a reciclagem.

Segundo o Setor Reciclagem (2005), que pode ir para reciclagem:

a) Plástico: Copos plásticos, vasilhas, embalagens de refrigerante,

sacos de leite, embalagens, tubos de canos de Policloreto de Vinila

(PVC).

b) Papel: Jornais, revistas, papelão, formulários, papéis brancos,

cartões, aparas de papel, papel- toalha, cartolina, embalagens de

ovo, fotocópia, envelopes e caixas em geral.

c) Metal: Chapas metálicas, latas de alumínio, panelas, fio, arames,

pregos, sucatas de ferro, cobre, pilhas e baterias. As pilhas e

baterias precisam ser descartadas em lugares corretos.

d) Vidro: Copos, garrafas, potes, frascos e cacos.

e) Orgânico: Restos de comida

O que não pode ir para reciclagem:

a) Papel: Etiquetas adesivas, papel carbono e de estêncil, papel

plastificado, fita crepe, papel de fax, papel metalizado, papéis sujos

de alimentos e guardanapos.

b) Plástico: Tomadas, cabos de panela, embalagens de biscoito,

náilon e poliester.

c) Vidro: Espelho, lâmina, pirex, porcelana, cerâmica e tubos de

televisão.

d) Metal: Clips, esponjas de aço e grampos.

Os produtos que vão para reciclagem precisam ir limpos, secos, latas e

plásticos amassado.

O material separado pode ser entregue aos catadores que o leva para

um depósito, onde ele é triado, prensado e enfardado com o auxílio de prensas

hidráulicas. Desse modo o volume de material é reduzido, otimizando o uso do

espaço e facilitando a organização. Os fardos separados por material são

então vendidos para os grandes sucateiros ou aparistas, que por sua vez

vendem para as indústrias; ou o material já é recolhido e entregues a industrias

de triagem.

Page 97: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

95

3.8.3 Plástico

Conforme o site Setor Reciclavel (2005), a matéria-prima dos plásticos

geralmente é o petróleo, e é formado por uma complexa mistura de compostos;

pelo fato de estes compostos possuírem diferentes temperaturas de ebulição, é

possível separá-los através de um processo conhecido como destilação ou

craqueamento.

Os plásticos são materiais de enorme utilidade. Mas eles não se

decompõem facilmente e é difícil separar seus tipos diferentes para reciclagem.

Segundo Ambiente Brasil (2000), existem sete diferentes famílias de

plásticos que muitas vezes não são compatíveis quimicamente entre si, ou

seja, a mistura de alguns deles pode resultar em matérias defeituosas, de baixa

qualidade, sem as especificações técnicas necessárias para retornar à

produção, como matéria prima.

Os 7 tipos de plásticos são divididos em dois grupos de acordo com as

suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos.

Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem aquecidos,

podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova

forma. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80%

dos plásticos consumidos. Ex: polipropileno, polietileno.

Os termorrígidos ou termofixos são aqueles que não derretem quando

aquecidos, o que impossibilita a sua reutilização através dos processos

convencionais de reciclagem. Ex: poliuretano rígido.

(continua)

Tipos Aplicações

TERMOPLÁSTICOS

PET - (polietileno tereftalado)

Frascos de refrigerantes, produtos farmacêuticos, produtos de limpeza, mantas de impermeabilização e fibras têxteis, etc;

Page 98: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

96

PEAD - (polietileno de alta densidade)

Embalagens para cosméticos, frascos de produtos químicos e de limpeza, tubos para líquidos e gás, tanques de combustível para veículos automotivos, etc;

V ou PVC - (policloreto de vinila)

Frascos de água mineral, tubos e conexões de encanamento, calçados, encapamentos de cabos elétricos, equipamentos médico-cirúrgicos, esquadrias e revestimentos, etc.

PEBD - (polietileno de baixa densidade)

Embalagens de alimentos, sacos industriais, sacos para lixo, lonas agrícolas, filmes flexíveis para embalagens e rótulos de brinquedos, etc;

PP - (poliproprileno)

Embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, seringas descartáveis, equipamentos médico-cirúrgicos, fibras e fios têxteis, utilidades domésticas, autopeças (pára-choques de carro);

PS – (poliestireno)

Copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e tv, embalagens de alimentos, revestimento de geladeiras, material escolar;

OUTROS

Plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores;

TERMORRÍGIDOS

Page 99: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

97

PU - Poliuretanos, EVA – Poliacetato de Etileno Vinil etc

Solados de calçados, interruptores, peças industriais elétricas, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones e etc.

Fonte: Recicloteca, 2009.

Quadro 5: Classificação dos Plásticos.

3.8.3.1 Tipos de Reciclagem

3.8.3.1.1 Reciclagem Química

Segundo o Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos – Plastivida, a

reciclagem química reprocessa plásticos transformando-os em petroquímicos

básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como

matéria-prima, em refinarias ou centrais petroquímicas, para a obtenção de

produtos nobres de elevada qualidade.

O objetivo da reciclagem química é a recuperação dos componentes

químicos individuais para serem reutilizados como produtos químicos ou para a

produção de novos plásticos.

Essa reciclagem permite tratar mistura de plásticos, reduzindo custos de

pré-tratamento, custos de coleta e seleção. Além disso, permite produzir

plásticos novos com a mesma qualidade de um polímero original.

Fonte: Plastivida, 2009

Figura 17: Etapas da Reciclagem Química

(conclusão)

Page 100: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

98

Os novos processos de reciclagem química desenvolvidos permitem a

reciclagem de misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado

grau de contaminantes (ex.: tintas, papéis etc.)

Existem vários processos de reciclagem química, entre eles:

HIDROGENAÇÃO As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias.

GASEIFICAÇÃO Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio.

QUIMÓLISE Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na presença de glicol/ metanol e água.

PIRÓLISE É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em refinarias.

Fonte: Plastivida, 2009.

Quadro 6: Processos de reciclagem química.

3.8.3.1.2 Reciclagem Mecânica

A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos

pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na

produção de outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes,

mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens não- alimentícias

e muitos outros.

Essa reciclagem possibilita a obtenção de produtos compostos por um

único tipo de plástico, ou produtos a partir de misturas de diferentes plásticos

em determinadas proporções. Estima-se que no Brasil sejam reciclados

mecanicamente 15% dos resíduos plásticos pós-consumo.

Segundo o Instituto Plastivida, as etapas básicas desta forma de

reciclagem são:

a) Sistema de coleta dos descartes (coleta seletiva, coleta municipal,

catadores);

Page 101: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

99

b) Separação e triagem dos diferentes tipos de plásticos;

c) Limpeza para retirada de sujeiras e restos de conteúdos;

d) Revalorização (produção do plástico granulado).

Fonte: Plastivida, 2009.

Figura 18: Etapa da reciclagem mecânica

SEPARAÇÃO

Separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de acordo com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são separados também rótulos de materiais diferentes, tampas de garrafas e produtos compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc. Por ser uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática das pessoas que executam esta tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva é mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.

MOAGEM Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e fragmentados em pequenas partes.

LAVAGEM

Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a retirada dos contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba um tratamento para a sua reutilização ou emissão como efluente.

AGLUTINAÇÃO

Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-se assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos contra a parede do equipamento rotativo provoca elevação da temperatura, levando à formação de uma massa plástica. O aglutinador também é utilizado para incorporação de aditivos - como cargas, pigmentos e lubrificantes.

(continua)

Page 102: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

100

EXTRUSÃO

A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um "espaguete" contínuo, que é resfriado com água. Em seguida, o "espaguete" é picotado em um granulador e transformado em pellet (grãos plásticos).

Fonte: Plastivida, 2009

Quadro 7: Processo da reciclagem mecânica

3.8.3.1.3 Reciclagem Energética

A Reciclagem Energética é hoje uma realidade e uma importante

alternativa no gerenciamento do lixo urbano.

Conforme a Instituição Plastivida, é a tecnologia que transforma lixo

urbano em energia elétrica e térmica, um processo amplamente utilizado no

exterior e que aproveita o alto poder calorífico contido nos plásticos para uso

como combustível.

Países que adotam esse processo, além de criar novas matrizes

energéticas, conseguem reduzir substancialmente o volume de seus resíduos,

um benefício incalculável para cidades com problemas de espaço para a

destinação do lixo urbano.

Segundo o Instituto Plastivida, investir na Reciclagem Energética do lixo

urbano proporciona vantagens e benefícios inquestionáveis:

a) soluciona o problema dos lixões e aterros sanitários que já não são

capazes de atender às necessidades dos centros urbanos;

b) é a solução para a destinação final de lixo urbano não reciclável

recomendado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças

Climáticas (IPCC/ONU);

c) reduz a emissão de gases dos aterros sanitários;

d) ajuda a preservar os leitos dos rios;

e) possibilita a recuperação energética dos materiais plásticos;

tecnologia que pode ser implantada próxima aos centros urbanos,

reduzindo os custos de coleta e transporte do lixo para os distantes

aterros sanitários;

(conclusão)

Page 103: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

101

f) a área necessária para a implantação de uma usina de Reciclagem

Energética é muito inferior à exigida.

A reciclagem energética consiste na compactação dos resíduos e

subseqüente queima, gerando energia e resíduos sólidos e gasosos. Este

processo baseia-se no alto poder calorífico dos plásticos, utilizando-os como

combustíveis sintéticos.

Fonte: Instituto do PVC, 2009.

Figura 19: Esquema da reciclagem energética.

Os resíduos gasosos são tratados de forma a se reduzir a toxicidade das

emissões; os sólidos (subprodutos da queima) recebem destinação

diferenciada conforme o país que utiliza o processo. A energia térmica gerada

é recuperada sob a forma de vapor ou eletricidade.

3.8.2 Papel

A aceitação do papel reciclado é crescente, especialmente no mercado

corporativo. O papel reciclado tem um apelo ecológico, o que faz com que

alcance um preço até maior que o material virgem.

A reciclagem do papel é um procedimento que permite recuperar as

fibras celulósicas do papel velho e incorporá-las na fabricação de novo papel.

Não é um processo isento da produção de resíduos, mas a produção de pastas

virgens também não o é, e assim sempre se minimizam os problemas

Page 104: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

102

relacionados com a produção de matéria prima e com a deposição do papel

velho. É importante realçar que os papéis não podem ser reciclados

indefinidamente sem que haja perde de qualidade. Após cada utilização, eles

perdem parte das suas propriedades e só podem ser reciclados para uso

distinto, e um pouco menos nobre, do que o original, (MEIRA, 2002).

Se olhar com cuidado e bem de perto para uma folha de papel vai-se

perceber que o papel é feito de inúmeras fibras que se cruzam. São elas que

lhe dão resistência.

Dependendo do tipo de polpa que é usada para fazer o papel (pode ser

pinho, eucalipto ou até outras fibras vegetais como algodão, linho, entre

outros.) ele vai ter fibras mais longas ou curtas e vai ser mais ou menos

resistente, (MEIRA, 2002).

Fonte: RudzerHOST, 2009.

Quadro 8: Economia feita com reciclagem

O papel é um material biodegradável e orgânico, mas em caso de

aterros com pouca umidade o processo de degradação se torna lento,

chegando a demorar de 3 meses a 100 anos para se decompor.

A definição das matérias-primas fibrosas recicláveis utilizadas para a

fabricação de papel compreende dois grandes grupos: aparas; e papéis

usados.

As aparas juntamente com materiais refugados e não utilizados,

resultam de operação industrial que transforma os papéis e cartões em uma

variada gama de artefatos. O grupo é caracterizado como de pré-consumo.

Já os papéis usados, também designados de papéis velhos, são os

diferentes tipos de papéis e artefatos de papel descartados pelos usuários

finais, após utilização. O grupo é caracterizado como de pós-consumo.

Economia feita com reciclagem:

1000kg de papel reciclado = 20 árvores poupadas

1000kg de papel reciclado = 2000l água

1000kg de papel não reciclado = 100 000l água.

Page 105: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

103

PODE RECICLAR NÃO PODE RECICLAR

Caixas de papelão

Jornal

Revistas

Impressos em geral

Fotocópias

Rascunhos

Envelopes

Papéis timbrados

Cartões

Papel de fax

Papéis sanitários

Papéis plastificados

Papéis metalizados

Papéis parafinados

Copos descartáveis de papel

Papel carbono

Fotografias

Fitas adesivas

Etiquetas adesivas

Papel vegetal

Fonte: RudzerHOST, 2009.

Quadro 9: Papel reciclável e não reciclável.

O processo da reciclagem e fabricação do papel, é dividido em etapas.

Fabricação em industria:

Etapa 1:

a) Entrega das aparas (fardo) na fábrica recicladora de papel

b) Passa pelo controle de qualidade e é classificado

c) Vai para o estoque de aparas

d) O lote do estoque mais antigo vai para as esteiras transportadoras

e) O hidrapulper desagrega o papel, juntamente com água industrial

f) Depois de desagregado, a bomba puxa a massa de papel para

outras etapas

Etapa 2 - turbo tiraplástico (retirada de plástico)

Etapa 3 - processo de centrifugação para retirada de impurezas (areia,

prego, etc)

Etapa 4 - processo de refino da massa

a) Aditivos são adicionados à massa: sulfato de alumínio, amido de

mandioca, etc

Etapa 5 - Caixa de entrada da máquina de papel

Etapa 6 - Mesa formadora (vácuo retira umidade excedente)

Etapa 7 - Prensa acerta gramatura do papel

Etapa 8 - O papel passa pelos rolos secadores

Page 106: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

104

Etapa 9 - Chega até a enroladeira

Etapa 10 - Forma-se o rolo de papel

Etapa 11 - O rolo é transportado por ponte rolante até a rebobinadeira

Etapa 12 - O papel é rebobinado conforme formato da bobina

Etapa 13 - A bobina de papel acabada vai para o controle de qualidade

Etapa 14 - Vai para o estoque, podendo ser vendida ou vai para a

cartonagem, transformando-se em chapa de papelão, a fim de ser

industrializada como caixas de papelão

Reciclar o papel em sua casa (artesanalmente)

Etapa 1: Corte os papéis que deseja reciclar. Ponha em uma bacia com

água. Deixe descansar por 24 hrs.

Etapa 2: Mexa essa mistura ou bata no liquidificador.

Etapa 3: Seque pondo em redes.Prense se quiser.

Etapa 4: Ponha essas redes para secar no sol.

Dica: Se quiser papéis coloridos use corante na cor desejada durante a

"Etapa 1".

3.8.3 Metal

Encontramos os metais em todos os lugares à nossa volta. Em nossa

cozinha - panelas, talheres. refrigerante de latinha, nos automóveis, nas pilhas,

nas baterias e no nosso dinheiro, por exemplo. Ele é sólido, não deixa passar

luz (é opaco) e conduz bem a eletricidade e o calor, possuindo um brilho

especial chamado de metálico. Quando aquecido é maleável, podendo ser

moldado em várias formas, desde fios até chapas e barras. Os metais podem

ser encontrados misturados no solo e nas rochas, sendo chamados de

minérios.

Existem muitos tipos de metais, chegando hoje ao total de sessenta e

oito. Dentre eles existem alguns bem diferentes, como o mercúrio (que é

líquido) e o sódio (que é leve). Os mais conhecidos e utilizados há muitos anos

são o ferro, cobre, estanho, chumbo, ouro e a prata.

Page 107: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

105

De acordo com o site Geocities (2009), os metais podem ser separados

em dois grandes grupos: os ferrosos, compostos por ferro, e os não-ferrosos e

ainda em:

a) Sucatas pesadas: geralmente encontradas nos "ferros-velhos"

(vigas, equipamentos, chapas, grelhas etc.).

b) Sucatas de processo: cavacos, limalhas e rebarbas, além de peças

defeituosas que voltam ao processo industrial.

c) Sucatas de obsolescência: materiais destinados ao lixo após o uso.

Segundo Ambiente Brasil (2209), os metais são 100% recicláveis, por

exemplo, para fabricação de uma tonelada de alumínio são necessárias 5

toneladas de bauxita. A reciclagem de uma tonelada de sucata de alumínio

economiza 5 toneladas de bauxita, um recurso natural não-renovável.

As latas, tanto as de folhas-de-flandres quanto as de alumínio, são as

principais sucatas metálicas desprezadas hoje em dia e que podem ser

recuperadas em grandes quantidades pela coleta seletiva.

Cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1.140 kg

de minério de ferro, 154 kg de carvão e 18 kg de cal. Já na reciclagem do

alumínio, a economia de energia é de 95% em relação ao processo primário,

economizando a extração de 5 toneladas de bauxita (matéria prima para se

fabricar o alumínio) por tonelada reciclada, sem contar toda a lama vermelha

(resíduo da mineração) que é evitada.

Cada material tem o seu próprio processo de reciclagem, que podem se

diferenciar por método de triagem, retirada de impurezas, processo de

derretimento do material, e outros.

O primeiro passo do processo de reciclagem do alumínio é a coleta de

lixo feitos de alumínio a ser reciclado, eles podem ser latinhas de refrigerantes,

peças de carro, armação de janelas, entre outros. O material é limpo e

transformados em fardos(blocos dos materiais compactados), que são

transportados para a usina de reciclagem, então os fardos já na usina de

reciclagem são desenfardados e quebrados em pedaços menores uma

máquina desmancha os pedaços dos fardos transformando-os em pedaços

ainda menores(praticamente voltam a ser latas e peças usadas).Uma triagem

novamente é feita, agora com um separador eletromagnético que remove

metais ferrosos que possam estar misturados ao alumínio. Então o material é

Page 108: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

106

picotado e novamente a separação eletromagnética é feita e uma peneira

vibratória faz a retirada de terra, areia e outros resíduos, depois um separador

pneumático por meio de jatos de ar separam papéis, plásticos e outros

materiais do alumínio. Os pedaços de alumínio são armazenados e colocados

em um forno que realiza a retirada de tintas e vernizes que estão nos pedaços

de alumínio. Feito isso o alumínio é levado para um forno de fusão e os

pedaços são transformados em metal líquido que é separado em

cadinhos(espécie de tigela onde metais fundem). Por fim o alumínio é

transformado em chapas prontas para virarem novos produtos.

3.8.3.1 Pilhas e Baterias

Apesar da aparência inocente e pequeno porte, as pilhas e baterias de

celular são hoje um problema ambiental. Classificadas como resíduos

perigosos e compostas de metais pesados altamente tóxicos e não-

biodegradáveis, como cádmio, chumbo e mercúrio, depois de utilizadas, a

maioria é jogada em lixos comuns e vai para aterros sanitários ou lixões a céu

aberto, (SILVEIRA, 2003)

A forma como são eliminados e o conseqüente vazamento de seus

componentes tóxicos contamina o solo, os cursos d’água e o lençol freático,

atingindo a flora e a fauna das regiões circunvizinhas. Através da cadeia

alimentar, essas substâncias chegam, de forma acumulada, aos seres

humanos.

Durante muitos anos, devido ao pouco uso de aparelhos eletrônicos, não

havia preocupação com a reciclagem de pilhas e baterias. Mas com o passar

do tempo e o avanço da tecnologia, esses materiais tornaram-se artigos

relevantes no dia a dia e de fácil acesso, e seu descarte começou a preocupar

pesquisadores, ambientalistas e autoridades, (SILVEIRA, 2003).

Os metais pesados contidos nas pilhas e baterias, quando absorvidos,

são de difícil eliminação pelo organismo, podendo causar diversos efeitos

nocivos ao ser humano, tais como: alergias de pele e respiratórias; náuseas e

vômitos; diarréias; diminuição do apetite e do peso; dores de estômago e gosto

Page 109: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

107

metálico na boca; instabilidade, com distúrbio do sono; inibição das células de

defesa do organismo e bronquite. Pode inclusive causar danos ao sistema

nervoso, edemas pulmonares, osteoporose e alguns tipos de câncer

Na reciclagem das pilhas, as partes plásticas e os circuitos impressos

são incinerados, gerando energia elétrica. O aço e o níquel são fundidos e

reaproveitados. O cádmio, por sua vez, é purificado e também reutilizado. Nas

baterias, as carcaças são separadas dos componentes internos, moídas e

vendidas para empresas que reciclam plástico.

Os metais, como cádmio, mercúrio, chumbo e cromo, passam por vários

processos químicos e de calcinação, que resultam em óxidos e sais metálicos,

usados como corantes para pisos cerâmicos e vidros, (SILVEIRA, 2003).

3.8.4 Vidro

A sucata de vidro se origina da própria utilização do vidro em nosso

cotidiano, o que engloba vasilhames, copos, vidraças, entre outros. Sucata de

vidro é todo o vidro já utilizado ao menos uma vez que perde sua função pois

sua reutilização é impossibilitada por algum fator ou simplesmente é inviável.

Dessa forma, as alternativas que restam a esta sucata são: a reciclagem ou os

depósitos de lixo. Segundo Instituto Ambientalista Reviverde o vidro é um

material ideal para a reciclagem e pode, dependendo das circunstâncias, ser

infinitamente reciclado.

O vidro transformado em cacos volta ao forno no processo de fusão,

misturado com as mesmas matérias-primas usadas na sua fabricação. Depois

da fusão o vidro reciclado tem as mesmas características do vidro produzido

totalmente com matérias-primas.

O processo de reciclagem do vidro começa com o recebimento , logo

após o vidro é lavado, passa pela maquina que irá limpá-los e triturá-los ,

segue pela esteira o material para a segunda lavagem, há uma seleção para

tirar os plásticos e impurezas que possam ter se misturados, depois desses

processos forma-se um monte de caco de vidro, que segue para as industrias

Page 110: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

108

que trabalham com o vidro, as industrias trabalha com os cacos e moldas

conforme deseja.

Podem ser reciclados Não podem ser reciclados

. Garrafas de refrigerantes e cervejas

descartáveis e retornáveis.

. Garrafas de sucos e águas.

. Garrafas de bebidas alcoólicas.

. Espelhos.

. Vidros de janela.

. Box de banheiro.

. Pára-brisa.

. Potes de produtos alimentícios.

. Frascos de remédios e perfumes.

. Frascos de molhos e condimentos.

. Embalagens de vidro, em geral.

. Cacos de qualquer das embalagens

acima.

. Cristais e lâmpadas.

. Tubos de televisão e válvulas.

. Ampolas de remédios.

. Porcelana, produtos de cerâmica e

louças (não são vidros).

Fonte: Saint Gobain, 2009.

Quadro 10: Vidros que podem ou não serem reciclados.

3.8.5 Orgânico

Lixo orgânico é todo resíduo de origem vegetal ou animal, ou seja, todo

lixo originário de um ser vivo e aqueles que a própria natureza produz. Este tipo

de lixo é produzido nas residências, escolas, empresas e pela natureza. Este

tipo de lixo precisa ser tratado com todo cuidado, pois pode gerar

conseqüências indesejadas para os seres humanos.

O lixo orgânico pode virar adubo, através do processo de decomposição.

No processo de decomposição (apodrecimento) do lixo orgânico é

produzido o chorume, que é um líquido viscoso e de cheiro forte e

Page 111: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

109

desagradável. O chorume também é um elemento que pode provocar a

contaminação do solo e das águas (rios, lagos, lençóis freáticos).

O lixo orgânico deve ser depositado em aterros sanitários, seguindo

todas as normas de saneamento básico e tratamento de lixo. A população

também pode contribuir para o tratamento deste lixo, favorecendo a coleta

seletiva do lixo e a reciclagem.

Este tipo de lixo também pode ser usado para a produção de energia

(biogás), pois em seu processo de decomposição é gerado o gás metano.

Outra utilidade do lixo orgânico é a produção de adubo orgânico, muito usado

na agricultura, através do processo de compostagem.

3.9 Legislação

A legislação sobre resíduos sólidos em geral e em particular sobre sua

reciclagem é bastante escassa, para não dizer inexistente. O tratamento e a

disposição adequados dos resíduos sólidos, entretanto, são condições para a

manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, a sadia qualidade

de vida e a saúde da população, razão pela qual, na legislação ambiental,

encontram-se as linhas mestras que devem nortear o administrador público

nessa questão.

Especificamente em relação à reciclagem, começam a aparecer, ainda

que timidamente, normas de caráter nacional para determinados tipos de

resíduos, saber: agrotóxicos, pneus, pilhas e baterias.

Relativamente a agrotóxicos, vale citar a Lei nº 9.974, de 6 de junho de

2000, a qual, por sua vez, alterou a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989. As

principais alterações introduzidas pela Lei 9.974/00 são:

a) obrigação da devolução pelos usuários das embalagens de

agrotóxicos vazias;

b) responsabilização das empresas produtoras e comercializadoras de

agrotóxicos quanto à destinação das embalagens vazias, dos

produtos apreendidos pela ação fiscalizatória, bem como dos

Page 112: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

110

produtos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua

reutilização, reciclagem ou inutilização.

Quanto aos pneus, o CONAMA aprovou, em 26 de agosto de 1999, a

Resolução nº 258, segundo a qual, as empresas fabricantes e as importadoras

de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final,

ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território

nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às quantidades

fabricadas e/ ou importada.

Assim, pelo disposto na Resolução 258/99 do CONAMA, a partir de 1º

de janeiro de 2002, para cada quatro pneus novos ou fabricados no País ou

pneus importados, inclusive aqueles que acompanham os veículos importados,

as empresas fabricantes e as importadoras devem dar destinação final a um

pneu inservível. A proporção cresce até 2005, quando:

a) para cada quatro pneus novos ou fabricados no País ou pneus

novos importados, inclusive aqueles que acompanham os veículos

importados, as empresas fabricantes e as importadoras devem dar

destinação final a cinco pneus inservíveis;

b) para cada três pneus reformados importados, de qualquer tipo, as

empresas importadoras devem dar destinação final a quatro pneus

inservíveis.

Essas normas devem ser revistas, conforme determina a própria

Resolução 258/99 do CONAMA, no quinto ano de sua vigência.

Em relação a pilhas e baterias, vigora a Resolução nº 257, de 30 de

junho de 1999, do CONAMA. De acordo com essa Resolução, as pilhas e

baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e

seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de

aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos

eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não

substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários

aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica

autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou

importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os

procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final

ambientalmente adequada.

Page 113: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

111

A Resolução 257/99 do CONAMA fixa, ainda, os seguintes prazos, a

contar da vigência da mesma, para os fabricantes, os importadores, a rede

autorizada de assistência técnica e os comerciantes:

a) 12 meses para implantar os mecanismos operacionais para a

coleta, transporte e armazenamento;

b) 24 meses para implantar os sistemas de reutilização, reciclagem,

tratamento ou disposição final.

A Resolução 257/99 do CONAMA também fixa limites máximos de

conteúdo de mercúrio, cádmio e chumbo para pilhas e baterias e abre uma

exceção quanto à obrigatoriedade de recolhimento e reciclagem desses

produtos. De acordo com o art. 13 da citada norma, as pilhas e baterias que

atenderem aos limites fixados no seu art. 6º, podem ser dispostas juntamente

com os resíduos domiciliares em aterros sanitários licenciados. Como a maior

parte dos fabricantes de pilhas comercializadas no Brasil declararam estar de

acordo com tais limites, a reciclagem de pilhas usadas, na prática, não

ocorrerá.

Ante a insuficiência de normas mais abrangentes e mais rígidas, é ínfima

a parcela de resíduos submetida a processos de reciclagem.

3.10 Estatística da Reciclagem

3.10.1 Plástico

Segunda a Revista Reciclagem moderna (2009), desde do inicio do ano

de 2009, o preço dos materiais abaixou de 10% a 20%. Os matérias PET e

PEAD apresentaram um equilíbrio de compra de venda no mês de maio, já o

PP apresentou dificuldades para venda.

Dentro da área de plásticos, o PP, o PE (polietileno) e o PS (poliestireno)

são os plásticos que tiveram maior queda de demanda e de preço até 50 %,

dentre os citados o PP de cor preta chegou a apresentar queda de preço e

demanda acima de 50%, (VIEIRA, 2009).

Page 114: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

112

O problema para a comercialização de algumas resinas secundárias é

que quando comparadas com o preço do produto virgem, a diferença foi

reduzida nos últimos meses, dessa forma, parte dos consumidores de plásticos

migrou para a compra de resina virgem. A diferença de preço historicamente

era de 40%.

Outros plásticos, foram menos afetados pela crise e continuam com boa

saída e diferença do material virgem, é o caso do POM (Poliacetal), PA

(Náilons) e do PMMA (Acrílico).

Segundo o MNCR, o plástico estava sendo comprado dos catadores por

R$ 1,00 passou para R$ 0,60, o quilo, e o plástico de garrafas pet, de R$1,20

para R$0,60; valores pagos entre janeiro e maio de 2009. Teoricamente o

preço do plástico é cotado pelo dólar, mas, como não existe ferramenta de

controle, as empresas não repassam a alta do dólar para os catadores.

3.10.1.1 PET

Uso de PET reciclado no Brasil1,70%

3,20%

3,60%

4,10%

5,80%

6,10%

12%

13,10%

50,50%

Tubos

Plásticos de engenharia

Fitas de Arquear

Injeção e Sopro

Exportação

Resinas insaturadas

Termoformados

Extrusão

Têxteis

Fonte: Revista Reciclagem, 2009

Figura 20: Uso de Pet reciclado no Brasil.

O PET reciclado é a resina plástica no Brasil que apresenta maior

número de aplicações na indústria, o índice de reciclagem hoje segundo a

Revista Reciclagem é de 53,5% e perde no mundo apenas para o Japão, que

detém a marca de 66,3%.

Page 115: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

113

Atualmente, existem no Brasil 300 empresas que transformam a garrafa

PET em flakes ou grânulos , outras 60 empresas compram esse material para

a manufatura dos produtos. A reciclagem de PET gera perto de 6 mil empregos

diretos e 300 mil indiretos.

3.10.1.2 Embalagens agrotóxicos

As embalagens de agrotóxicos necessitam de um destino final córrego,

pois seu descarte errado causa danos ao meio ambiente. Todo ano campanhas

são realizadas para que agricultores e agropecuaristas, se conscientizam e

descartem as embalagens de forma correta, (INPEV, 2009).

Desde de 2002 segundo o site INPEV, 128.371 tonelas de embalagens

de agrotóxicos vazias foram retiradas do meio ambiente.

Fonte: Inpev, 2009.

Quadro 11: Comparativo destinação final acumulada de janeiro a junho em

todos os estados.

Page 116: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

114

3.10.2 Madeira

Segundo Sergio (2009). os restos de serrarias ou até mesmo os restos

de poda de arvores, podem ser reciclados. Na cidade de São Paulo, estima

que 45 mil tonelada de madeiras são recolhidas na cidade após a poda de

arvores.

Na utilização desses materiais reciclados o pecuarista, está dividindo

espaço com fornos de padarias e caldeiras industriais. Os pecuarista estão

utilizando o material para cama onde os animais passam boa parte do tempo.

Grande parte da madeira que serve para a industria de reciclagem é

gerada nos principais pólos moveleiros do Brasil

Outro aplicação ao material reciclado cresce no Brasil, à medida que vai

aumentando a fiscalização em torno no uso da madeira, o segmento em

crescimento é a fabricação de moveis.

A serragem é oferecida entre R$ 80,00 e R$ 130,00 a tonelada, a

pecuaristas. Após seu uso, pelos pecuaristas ela recebe o nome de composto

orgânico e pode ser vendida para agricultores. A serragem compete com o

bagaço de cana, que é mais barato e encontrado com abundância.

A outra forma de venda da madeira é através de briquetes (compactação

em pequenos cubos), utilizados em queima, é oferecida entre R$ 130,00 a R$

140,00, o briquete.

3.10.3 Papel

O consumo de aparas no mercado nacional foi de 875 mil toneladas no

primeiro trimestre de 2009, uma queda de 3,3% se comparado com o mesmo

período de 2008, (VIEIRA, 2009).

Segundo a BRACELPA (Associação brasileira de celulose e papel) apud

Reciclagem Moderna (2009), o consumo de aparas foi 303 mil toneladas em

março de 2009, o que representa um aumento de 9,8%, se comparado com

Page 117: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

115

Mil/ ton

220

277 275250

225

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio

276 mil toneladas consumidas em fevereiro. O mês de março apresenta ainda

queda de 0,7% se confrontado com o mês de março de 2008.

Com a crise do setor da reciclagem, os preços de vários tipos de papéis

se mantêm tão baixos, inclusive, provocando a saída de catadores dessa

atividade. Há cerca de um ano, a tonelada da aparas era comercializada a R$

550,00; hoje não sai por mais de R$ 200,00.

3.10.4 Metal

O setor de sucata ferrosa continua com grande volume de material na

expectativa de que as compras sejam retornadas e os preços apresentem

melhora no segundo semestre de 2009, (VIEIRA, 2009).

Em maio, um agravante passou a desestimular o escoamento de sucata

para o mercado externo; a queda sucessiva do dólar. Segundo o RFR (2009),

até o final de 2009 o mercado de sucata ferrosa ficará nesses leves

movimentos de avanço e retração, sem muitas novidades.

3.10.4.1 Aço

Fonte: Revista Reciclagem, 2009.

Figura 21: Vendas de aço plano no mercado interno.

Page 118: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

116

O mais recente relatório do IBS revela que as siderúrgicas produziram

1,7 milhões de tonelada de aço bruto no mês de abril/ 09, o que representa

queda de 40,4% quando comparado com abril de 2008. Já a produção de

laminados de abril/ 09 foi de 1,5 milhão de tonelada, o que significa queda de

11,5% quando comparada com abril de 2008.

3.10.4.2 Cobre

Enquanto algumas commodities metálicas estão com o preço

paralisados ou apresentando modestas altas em torno de 10% o cobre

conseguiu obter alta de 25%, (VIEIRA, 2009)

Os estoques de cobre iniciaram o último trimestre de 2008 com uma

sequência de altas que culminou com um volume de, aproximadamente, 550

mil toneladas, ou seja, os volumes de oferta estavam maiores que os de

demanda, dessa forma a cotação do cobre nos primeiros meses de 2009 se

mantiveram num patamar de US$ 3,3 mil por tonelada. Encerrando o primeiro

trimestre de 2009, os estoques começaram a diminuir e inicia-se o processo

reverso da lei de oferta e procura, ate o mês de junho/ 09 os estoques estavam

em queda na casa das 298 mil toneladas, dessa forma os preços chegaram à

casa dos US$ 5 mil.

Fonte: LME, 2009

Figura 22: Preço do cobre de jan a ago de 2009 - tonelada/ US$

Page 119: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

117

3.10.4.3 Alumínio

Comparado à situação do período entre outubro de 2009 e fevereiro de

2009, aos poucos o mercado de alumínio secundário começa a esboçar uma

leve reação de fluxo de material.

Desde o final de 2008, o volume de latas de alumínio caiu de 80 para 50

toneladas.

O quilo do produto está sendo comprado a R$ 1,50, enquanto que os

perfis e fundidos são comprados por R$ 2,20.

Fonte: LME, 2009.

Figura 23: Preço do alumínio no cenário mundial de janeiro a agosto de

2009 - Mil US$/ tonelada

3.10.4.4 Chumbo

O chumbo esta entre os cinco metais mais utilizados pela indústria

mundial. Pela norma Brasileira de resíduos, o chumbo é considerado um metal

perigoso e possui duras restrições quanto ao seu descarte, esse fator somado

Page 120: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

118

ao fator que 50% do chumbo usado no Brasil é comprado no mercado externo,

torna sua reciclagem uma atividade importante e lucrativa, (VIEIRA, 2009).

Não há dados muito precisos para o setor, mas estima-se que 60% do

chumbo usado na indústria mundial seja de reciclagem. O Brasil não é mais

produtor de chumbo primário desde a década passada; como não somo

autossuficiente em chumbo, dependemos de duas frentes básicas: importação

e reciclagem interna.

Dados do Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ) apud Reciclagem

Moderna (2009), indicam que o consumo brasileiro de chumbo de 2008 foi de

129 mil toneladas, sendo que as importações somaram aproximadamente 86

mil toneladas de metal, o resto do consumo foi suprido pela reciclagem de

sucatas e material secundário; para as empresas que atuam no setor, o

consumo de chumbo em 2008 ficou entre 210 e 215 mil toneladas, sendo 75

mil toneladas de importação e o restante de reciclagem.

3.10.4.5 Pilhas e Baterias

Estima-se que 12 bilhão de unidade por ano são distribuídos, apenas

consegue se tratar 1%.

3.10.4.6 Têxtil

Essa é uma matéria que carece estudo, para o melhor aproveitamento

de tecidos que são jogados.

3.10.4.7 Vidro

Page 121: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

119

Com um quilo de vidro se faz outro quilo de vidro, com perda zero e sem

poluição para o meio ambiente. Além da vantagem do reaproveitamento de

100% do caco, a reciclagem permite poupar matérias primas naturais, como

areia, barrilha, calcário, etc. Esse material reciclado pode ser aplicado em

segmentos como pavimentação de estradas, fibra de vidro, bijuterias e muitos

outros. Em 2008, 46% das embalagens de vidro são recicladas no Brasil

somando 390 mil ton/ ano. Desse total, 40% são oriundos da indústria de

envase, 40% do mercado difuso, 10% do "canal frio" (bares, restaurantes, etc)

e 10% do refugo da indústria, (CEMPRE, 2008)

A reciclagem desse material não é maior devido ao seu peso, o que

encarece o custo do transporte da sucata. Além disso, o material não pode

estar misturado com pedaços de cristais, espelhos, lâmpadas ou até mesmo

vidro plano usado para automóveis, pois a química do material é diferente o

que impede a reciclagem.

O vidro pode ser comprado a tonelada por: o vidro branco na media de

R$ 170, 00, vidro verde R$ 105,00, vidro âmbar R$ 120, 00 e o misto R$ 70,00.

3.10.4.8 Sucata eletrônica

A tonelada da sucata eletrônica, dependendo do estado pode ser cotada

entre R$ 4.000,00 e R$ 7.000,00. Porem grande parte da sucata eletrônica,

acaba por ficar encostada em residências. No Brasil não existe tecnologia para

extrair a parte mais nobre da sucata eletrônica, por isso ela deixa o País na

forma de sucata triturada e acaba sendo processada em países asiáticos.

Segundo a Revista Reciclagem Moderna (2009), de uma tonelada de sucata

eletrônica pode se extrair ate 300 gramas de ouro além de outros metais como

chumbo, cromo e prata.

Page 122: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

120

CAPITULO IV

APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA VERDE EM EMPRESA NA REGIÃO DE LINS

4 INTRODUÇÃO

A logística verde é um assunto novo, com preocupação ambiental igual a

da logística reversa, só com valores diferentes, ela se preocupa com o impacto

causado com o uso de recursos humanos, ela visa minimizar a utilização dos

mesmos. Projetos voltados à minimização de recursos podem ser considerados

ecologísticamente correto. Vários já são realizados em nossa região,

demonstrando que a idéia é aplicável, e de baixo valor.

4.1 Prefeitura Municipal de Lins

A Prefeitura Municipal de Lins, como todas as outras prefeituras, atua de

maneira a promover o desenvolvimento sustentável, ou seja, procura suprir as

necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às

necessidades das futuras gerações, é o desenvolvimento que não esgota os

recursos para o futuro.

A cidade possui, vários projetos e programas voltados ao meio

ambiente, que, se encaixam na logística verde, com o objetivo de minimizar a

utilização de recursos naturais.

4.1.1 Município Verde Azul

Participação, democratização e descentralização: esta é a receita do

Projeto Estratégico Município Verde Azul. Neste, o Governo do Estado de São

Page 123: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

121

Paulo e os municípios trabalham juntos na efetivação da agenda ambiental

paulista.

A adesão dos municípios ao Projeto se dá a partir da assinatura de um

“Protocolo de Intenções” que propõe 10 Diretivas Ambientais que abordam

questões ambientais prioritárias a serem desenvolvidas. Assim é estabelecida

a parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente que orienta, segundo

critérios específicos a serem avaliados, rumo às ações necessárias para que o

município seja certificado como “Município Verde Azul”.

As 10 Diretivas são: Esgoto Tratado, Lixo Mínimo, Recuperação da Mata

Ciliar, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Habitação Sustentável, Uso

da Água, Poluição do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho de Meio Ambiente,

onde os municípios concentram os seus esforços na construção de uma

agenda ambiental efetiva.

Para a cidade receber o nome de município verde é preciso preencher o

plano de ação nas 10 diretivas, ela sofre uma avaliação e se sua nota for acima

de 80, em uma avaliação que varia de 0 a 100, ela recebe essa nomenclatura.

Com essa iniciação, o município começa a aplicar a logística verde, pois

o intuito de minimizar os recursos humanos e impactos ambientais.

4.1.2 Programa Municipal de Incentivo ao Transporte Alternativo

Nos dias atuais, vem se acentuando a preocupação com a preservação

da natureza, em função das atividades humanas, que tem ocasionado

problemas sérios de degradação ambiental, a ponto de comprometer, caso não

haja uma intervenção decisiva no comportamento humano, os recursos

naturais que restam, as condições de vida e consequentemente toda a vida

futura no planeta. Nunca foram vistas mudanças tão rápidas e com efeitos

devastadores como tem ocorrido nos últimos anos. o aquecimento global

ocorre em função do aumento de gases poluentes, principalmente, derivados

da queima de combustível fóssil. Os gases liberados pela queima de

combustíveis, formam uma camada de poluentes, causando o famoso efeito

estufa. Estes gases dificultam a dispersão das massas de ar, de calor e o

Page 124: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

122

resultado é o aumento da temperatura global. Colaboram também para este

processo o desmatamento e a queimada de florestas, embora ocorra de forma

mais evidente em grandes cidades, suas conseqüências são verificadas em

nível global.

Com esses motivos no dia 06 de julho de 2009, iniciou-se o Programa

Municipal de Incentivo ao Transporte Alternativo, o programa tem como

objetivo incentivar a população a colaborar para a diminuição da emissão de

gases poluentes.

O Transporte alternativo é uma opção ao transporte usual. Por exemplo,

ao invés de se usar o carro, pode-se usar a bicicleta, ônibus ou caminhar. A

busca por transporte alternativo faz parte da corrida por melhorias no meio

ambiente, otimizando os fluxos e poupando as emissões de gases.

4.1.3. COMPOR – de olho no óleo

O Projeto visa a sensibilidade da comunidade para a coleta de óleo de

cozinha em 100% da área urbana.

Estão envolvidos no projetos, a prefeitura municipal de Lins. Sabesp,

Grupo Bertin, COPERSOL e Rotary Club Lins Sul.

Os postos de coleta estão espalhados pela cidade em algumas escolas

municipais ou estaduais, ou em outros locais como, Restaurante 3 azes, Babys

Gula, Restaurante Aldeia das Flores, Novo Horto Municipal de Lins, Posto de

Informação Turística – PIT.

4.1.4 Arborização Urbana

A arborização urbana é fundamental para a cidade pois melhora a

qualidade de vida de seus habitantes. Alem da função paisagística, a

arborização urbana proporciona os seguintes benefícios:

a) Proteção contra ventos,

Page 125: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

123

b) Diminuição da poluição sonora

c) Absorção de parte dos raios solares

d) Neutralização os efeito da poluição

e) Liberação de oxigênio

f) Elevação da umidade do ar

g) Absorção do gás carbônico

4.1.5 Bosques Urbanos

O programa Bosques Urbanos prevê o reflorestamento das matas

ciliares dos cursos d’ água que corta o município de Lins. Alem de estar de

acordo com a legislação ambiental, recupera a vegetação das áreas de

preservação permanente, contribui para melhorar a qualidade do ar,

preservação de recursos hídricos, evita erosão protegendo o solo, elimina

espaços que poderiam estar sendo usados para depósitos de entulhos, lixo

urbano ou moradias clandestinas e proporciona aos munícipes a oportunidade

de atenderem a importância da preservação da natureza como condição Sine

Qua Non para sua sobrevivência.

O programa Bosques Urbanos, é de caráter sustentável pois garante a

continuidade da vida no planeta nos mesmos patamares quando do seu inicio.

Neste projeto, há a participação de parceiros locais e regionais, como

Ongs ambientalistas, DEPRN, UNIMEP, clubes de serviço ( Rotary ), Sabesp,

AES-Tietê, Policia Ambiental entre outros, com o intuito de somar esforços para

a realização de reflorestamento. Até o momento, já foram plantadas 37.053

mudas as quais estão sendo mantidas pela prefeitura e parceiros.

4.1.6 Educação Ambiental

A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação,

que se propõe atingir toda a população, relacionando a humanidade com a

Page 126: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

124

natureza, tendo interferência nos ecossistemas, hoje culminado numa forte

pressão exercida sobre os recursos naturais e ambientais

É clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em

relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de

desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável

dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações

futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a

compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos

positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.

4.1.7 Coleta Seletiva

Os materiais recicláveis são recolhidos e enviados para Coopersol, onde

são triados, beneficiados e depois vendidos para as industrias recicláveis.

Dessa forma estamos protegendo a natureza e gerando emprego as famílias

dos cooperados, proporcionando crescimento social, econômico de forma

sustentável.

4.1.8 Papa Pilhas

A parceria entre o Horto Municipal de Lins e Banco Real, o programa de

reciclagem de pilhas e baterias, papa pilhas, recolhe pilhas e baterias portáteis

usadas e se encarrega de sua reciclagem. Assim, contribuímos para uma

adequada disposição desses materiais, cujos resíduos tóxicos representam um

risco ao meio ambiente e a saúde publica.

Com programa, procuram conscientizar as pessoas sobre a necessidade

de dar uma destinação correta a esses material, reduzindo a quantidade de

pilhas e baterias lançadas inadequadamente no meio ambiente.

Page 127: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

125

A reciclagem é feita por uma empresa especializada e licenciada para

realizar esse trabalho. O Banco Real é responsável pelos custos de coleta,

transporte e reciclagem dos materiais.

O papa pilhas reforça nossas praticas de gestão, que buscam

engajamento dos públicos que relacionam com o banco na construção de uma

sociedade melhor.

4.2 Sacolas Retornáveis – Amigão Lins

Procurando reconhecer a pratica da logística verde foi efetuada

panfletagem em supermercados locais, tais como Amigão I, Amigão II, Hirata,

Amália, Bom Viver e Confiança. No sentido de divulgar a necessidade do

controle de utilização de sacolas plásticas e de sua substituição por sacolas

ecológica ou permanente.

A abordagem efetuada não visava apenas a entrega do panfleto e sim

um trabalho de educação e conscientização ambiental bem dentro do conceito

que preceitua a logística verde.

É importante reconhecer que as pessoas mostram-se receptivas e

interessadas no assunto respondendo de maneira positiva ao apelo efetuado,

entretanto pequena parcela ainda tem dificuldade de compreender uma política

ambiental julgando a iniciativa como mera distribuição de panfletos

publicitários.

Atendo ao fator negativo demonstrado reforça o conceito da logística

verde de que só obterá um ganho de qualidade ambiental com a crescente

divulgação e educação do cidadão.

4.3 Troca de Óleo – Amigão

Page 128: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

126

Uma união entre Amigão, Óleo e Óleo e Grupo Bertin, e em parcerias

com outras entidades, foi fundada a campanha de Recolhimento de Óleo

Usado.

A população leva até o Amigão 4 litros de óleo usado e troca por um

óleo Lisa novo. Esse óleo é recolhido pela empresa Óleo e Óleo e enviado para

o Grupo Bertin que o utiliza na fabricação do biodisel.

O Óleo e Óleo, envia para a reciclagem as embalagens na qual a população

entrega o óleo usado.

Page 129: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

127

CAPITULO V

APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA E LOGÍSTICA VERDE NA

COOPERATIVA CAMDA

5 INTRODUÇÃO

As preocupações nesse início de século voltam-se para as

transformações que o planeta vem passando com impactos visíveis.

Discussões intermináveis estão ocorrendo por todas as partes. Os diversos

segmentos da sociedade - políticos, econômicos e sociais - exercem cada um a

sua maneira uma pressão sobre o outro, numa demonstração clara, não de

preocupação, mas de determinação de responsáveis pela questão da

conservação.

No Brasil, as transformações já são visíveis pelo desequilíbrio climático,

enchentes em regiões seca, o mar avançando sob as cidades litorâneas,

quadro de ciclones e tempestades destrutivas; num país que se colocava como

aquele que estava imune a essas intempéries.

A logística é uma atividade onipresente na sociedade moderna. Sua

importância pode ser medida através da simples observação de todos os

produtos que estão acessíveis ao consumidor em um determinado mercado.

As novas exigências para a atividade logística no Brasil e no mundo

passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de

custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no

cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação

das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação,

análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas

metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e

adequação dos negócios

A pratica da logística reversa e logística verde vem no intuito de rever o

impacto causado ao meio ambiente, cada um de sua maneira, a logística

reversa se preocupando com o retorno do que foi distribuído, e a verde a

Page 130: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

128

minimização da utilização dos recursos naturais, mais os dois no final com o

mesmo propósito, preservar o que ainda resta.

De acordo com a NBR ISO 14001:2004, Impacto Ambiental é qualquer

alteração benéfica ou adversa causada pelas atividades, serviços e/ ou

produtos de uma organização.(apud DONATO, 2009)

A cooperativa Camda, é uma empresa como todas as outras, tem a

preocupação ambiental, ainda mais aguçada por comercializar produtos que

agridem o meio ambiente, ela se preocupa em minimizar os impactos que

causam ao meio ambiente.

5.1 Métodos e Técnicas

a) Método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso na

Cooperativa Camda de Lins, analisando aspectos voltados para

preocupação com o meio ambiente e a pratica da logística reversa e

logística verde. As técnicas abordadas para o procedimento estão

descritas no Apêndice A - Roteiro de Estudo de Caso.

b) Método de observação sistemática: foi analisados e observados os

procedimentos aplicados nos atendimento a clientes, suporte dado a

procedimento de recebimento e destinação de embalagens e

ferramentas para colocar em pratica a logística reversa e logística

verde, a fim de dar suporte para o desenvolvimento do estudo de

caso. As técnicas abordadas para o procedimento estão descritas no

Apêndice B - Roteiro de Observação Sistemática.

c) Método Histórico: foram observados, analisados e acompanhados os

procedimentos aplicados no pré e pós venda de agrotóxico, e qual a

preocupação da cooperativa e cooperados com o meio ambiente,

como suporte para o desenvolvimento do estudo de caso. As

técnicas abordadas para o procedimento estão descritas no

Apêndice C - Roteiro do Histórico da Empresa.

d) Estatístico: foi recolhido dados da cooperativa Camda e dos

cooperados no período de fevereiro a outubro de 2009, com

Page 131: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

129

propósito de demonstrar a evolução com a preocupação com o meio

ambiente e meios de prevenir. As técnicas abordadas para o

procedimento estão descritas no Apêndice D - Roteiro de entrevista

para gerente da cooperativa Camda, Apêndice E – Roteiro de

entrevista para responsável em logística e Apêndice F – Roteiro de

entrevista para cooperados.

5.2 Aplicação da Logística na Cooperativa Camda

5.2.1 Logística Reversa

A cooperativa Camda está ligada diretamente com agricultores, fornecendo

todo o material necessário para o plantio e colheita, e cientes do impacto que

os produtos possam causar ao meio ambiente, desenvolvem projetos sócio

ambientais, com objetivo de renovar os hábitos antigos de seus cooperados.

A cooperativa Camda por seguir decreto nº 4.074, de 04 de janeiro de

2002 - Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989 e lei nº 7.802, de

11 de julho de 1989, treina os seus profissionais para que incentivem e

ensinem os cooperados a dar o destino correto ao final do uso da embalagem

de agrotóxico. Destino que na Lei 9.974 se torna obrigatória, no prazo de um

ano a contar da data da compra. No ato da venda a cooperativa deve indicar na

nota fiscal o endereço para a devolução das embalagens.

A Lei nº 9.974, art. 6, inciso 1, § 5º, da Constituição Federal de junho de

2000, cita que:

As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes. (BRASIL, 2000)

Page 132: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

130

Ao vender a cooperativa já fornece as informações de como manusear e

realizar a tríplice lavagem no final do manuseio. Em Lins não existe nenhum

posto de recebimento de embalagens de agrotóxicos, o posto mais próximo se

localiza na cidade de Penapolis com aproximadamente 50 quilômetros. Fica a

responsabilidade do produtor a entrega nos postos de recebimento de

embalagem, pela distância alguns agricultores preferem dar o destino incorreto

as embalagens, enterrando, queimando ou jogando de forma irregular, o que

causa danos irreversíveis ao meio ambiente.

A cooperativa possui projetos voltados não apenas aos produtos

agrotóxicos, outras áreas também são abrangidas, como reciclagem de

diversos materiais, educação ambiental e outros; em algumas cidades que

possui filiais da Camda; em Lins, os projetos ainda não são realizados.

Para mudar o cenário a cooperativa poderia construir um posto de

recebimento de embalagens na cidade, ou contribuir para o destino final,

marcando um dia com os cooperados e passar recolhendo, e levando ao posto

de recebimento mais perto. Assim aumentaria o número de embalagens

recolhidas, pois facilitaria muito os cooperados.

A construção de um posto necessita dispor de instalações adequadas

para o recebimento e armazenamento das embalagens vazias devolvidas pelos

usuários, até que sejam recolhidas pelas indústrias produtoras e

comercializadoras de produtos fitossanitários, responsáveis pela destinação

final destas embalagens.

Continua Necessidades Unidades de Recebimento

Localização Zona rural ou industrial em terreno preferencialmente plano, não sujeito a inundação e distante de corpos hídricos

Área necessária Além da área necessária para o galpão, observar mais 10 metros para movimentação de caminhões

Área cercada A área deve ser toda cercada com altura mínima de 2 metros

Portão de duas folhas 2 metros cada folha

Área para movimentação de veículos Com brita, outro material similar ou impermeabilizada

Page 133: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

131

Área total do galpão (mínimo) p/ lavadas

Posto 80 m2 - Central 160 m2

Área para embalagens não laváveis Sim (80 m2 mínimo)

Caixa de contenção Sim

Pé direito Posto 3,5 a 4 metros - Central 4,5 a 5 metros

Fundações A critério

Estrutura A critério (definição regional) Ex: metálico, alvenaria

Cobertura A critério, com beiral de 1 metro e

lanternim lateral

Piso do galpão Piso cimentado (mínimo de 5cm com malha de ferro)

Mureta lateral 2 metros

Telado acima da mureta Sim

Calçada lateral 1 metro de largura

Instalação elétrica Sim

Instalação hidráulica Sim

EPI (Equipamento de Proteção Individual) Sim

Instalações sanitárias Sim (com vestiário e chuveiro)

Sinalização de toda a área Sim

Gerenciamento Sim

Licença ambiental Sim

Fonte: Inpev 2009 Quadro 12: Requisitos mínimos para a construção de Unidades de Recebimento

Segundo a Inpev (2009), para o início do funcionamento, as Unidades de

Recebimento devem estar adequadas para o trabalho dos operadores e

preparo das embalagens como a seguir:

a) dotar as unidades de recebimento de equipamentos e instalações

especiais para o manuseio das embalagens lavadas ou não.

(conclusão)

Page 134: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

132

Instalações especiais são células modulares para a separação e

armazenamento das embalagens por tipo de material.

b) treinar a equipe de trabalho (supervisor e operadores) para o uso

de equipamentos de proteção individual e atividades de

recebimento, inspeção, triagem e armazenamento das

embalagens.

O custo para a implantação é alto, porém a Cooperativa tem a opção de

se responsabilizar pelo recolhimento das embalagens agendando data para

entrega das mesmas na filial pelos cooperados ou busca dessas embalagens

nas próprias propriedades dos cooperados, nessa operação o custo seria

adquirir um caminhão apropriado para o transporte, treinamento de funcionário

e combustível, esse que por fim poderia ser repassado aos cooperados já que

é obrigação deles também dar o destino correto às embalagens.

5.2.2 Logística Verde

Por ser um assunto ainda pouco conhecido e publicado, a cooperativa

Camda, assim como outras empresas, fazem pouco relacionado a esse tipo de

logística.

Eles comercializam defensivos agrícolas em embalagens hidrossolúveis,

ou seja, não há o manuseio com o produto apenas joga-se a embalagem

dentro do pulverizador e ela por si só se dissolve, isso torna-se o processo

muito mais seguro que as embalagens convencionais. A tendência é que há

longo prazo todas as empresas fabricantes de defensivos agrícolas e afins

usem dessa tecnologia, protegendo dessa maneira o meio ambiente e as

pessoas ligadas diretamente no manuseio.

Os produtos comercializados necessitam de uma armazenagem correta,

a Camda possui um prédio estruturado com as normas que se exige, dessa

forma eles protegem o meio ambiente de sofrer algum impacto, caso venha há

ocorrer qualquer tipo de acidente.

Page 135: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

133

Atualmente essas são as únicas ações de logística verde praticada pela

Camda em Lins, isso não quer dizer que a cooperativa não possui consciência

ambiental, eles participam de vários projetos visando o impacto ambiental.

Na região de Adamantina na cidade Mariapolis, a Camda possui um

projeto chamado Dupont na Escola, com o objetivo de repassar aos alunos do

ensino fundamental, noções de preservar o meio ambiente, conscientizando-

os dos danos causados no nosso planeta e incentivando- os para que eles

repassam ao próximo o que aprenderam.

A logística verde poderia começar a ser aplicada na estrutura do prédio,

transformando o prédio para ecologicamente correto. Os benefícios seriam

para o meio ambiente e economicamente, já que estaria economizando água e

energia. Para transformar o prédio necessita adaptá-lo com alguns

equipamentos e mudança na estrutura do prédio. Segundo ao site Eletrosul

(2009), que passa as coordenadas para construção ecologicamente correta, as

mudanças que podem ser realizadas seriam as seguintes:

a) abertura aproveitando os eventos de verão;

b) insuflamento mecânico: equipamento que puxa o ar externo, e o

lança no lado interno, favorecendo o resfriamento da temperatura e

conforto;

c) coleta e aproveitamento de água pluvial para fins não potáveis, as

águas não contaminadas vão para um dispositivo que passa por

uma peneira e segue para o tanque de reserva, a água

contaminada segue para o esgoto.

d) sistema fotovoltaico: painel silício amorfo sobreposto a face norte

do telhado, com inclinação definida conforme a latitude local; a

capitação gera energia elétrica.

5.3 Parecer final

Analisando as estratégias adotadas pela cooperativa Camda, pode-se

observar que o processo está atendendo as necessidades de seus

cooperados, mesmo estes não realizando devidamente o que são orientados,

Page 136: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

134

eles sabem que não é correto o destino que dão as embalagens, mais por

acharem mais cômodo, os realizam, de forma que contraria ao que a

Cooperativa Camda os instrui.

A Cooperativa Camda, com os projetos, e palestras realizadas por eles e

por parceiros, orientam seus cooperados a terem uma consciência de seus

atos diante do impacto ambiental. Os projetos e palestras realizados têm

finalidade reeducar seus cooperados, em consonância ao que define a logística

verde.

Porém, percebe-se que ainda são necessárias algumas medidas de

conscientização por parte dos cooperados, e até mesmo da cooperativa, eles

tem a consciência ambiental, mas ainda estão presos a hábitos antigos, os

cooperados precisam mudar para poder agir dentro da ecologística,

Page 137: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

135

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

O estudo realizado pelo grupo na Cooperativa Camda focou como ponto

principal da pesquisa a ferramenta utilizada para a redução do impacto

ambiental, e como implantam essas ferramentas e os métodos que seja

possível realizá-las. Verificou-se que a Camda possui uma conscientização

sobre o meio ambiente, e que tentam repassar a seus cooperados.

Com analises de todos os projetos realizados pela Camda/ Lins, diante

disso propõem-se;

a) A mídia contribua para a conscientização da população aos impactos

causados com pequenas ações. A Camda por sua vez em suas ações

não conscientizar apenas os cooperados mais sim os funcionários e

apoiadores, que normalmente realizam as atividades que causam o

maior impacto ambiental.

b) A construção de mais postos de recebimento de embalagens vazias de

agrotóxicos, para diminuir a distancia e os cooperado não ter obstáculos

para dar o destino correto as embalagens;

c) A aquisição de um caminhão apropriado para o recolhimento das

embalagens nas propriedades, o esquema funcionaria com data

marcada, os cooperados separariam o material e a cooperativa passaria

recolhendo, assim isentaria a responsabilidade do cooperado de

devolver a embalagem, o custo com essa ação poderia ser repassada

para os cooperados, por taxa mínima no ato da compra.

d) Incentivar os cooperados a darem o destino correto através de brindes

ou descontos na compras de produto. É cultural as pessoas aderirem

uma nova ação, quando vêem vantagens nela.

e) Iniciar educação ambiental no ensino fundamental, etapa que se forma o

caráter e as opiniões. É de suma importância, que a educação comece

desde de cedo, e já cresçam consciente de suas ações e no que elas

podem resultar no futuro.

f) Reformar o prédio da Cooperativa Camda, o tornando ecologicamente

correto, trazendo benefícios econômicos e naturais, pois será reduzido o

uso de água e energia.

Page 138: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

136

CONCLUSÃO

No mundo atual, a sociedade esta cada vez mais ligada a importância da

não degradação do meio ambiente, diante disso o cenário atual obriga as

empresas atenderem a preservação da natureza.

O assunto sobre meio ambiente sempre foi um fato muito abordado,

antes empresas se preocupavam somente em buscar os lucros e baixar seus

custos, nos dias atuais ocorrem grandes mudanças, o qual empresas estão

mais focadas na opinião da sociedade, pois ela está mais atenta ao

comportamento ético das empresas.

A resposta da pergunta problema foi respondida e a hipótese

comprovada, com a realização deste trabalho, podemos afirmar que na

Cooperativa Camda, os projetos são fundamentais para o real desenvolvimento

da Cooperativa; a responsabilidade social e o compromisso ambiental estão

inseridos nos conceitos estruturais da Cooperativa Camda, auxiliando no

desenvolvimento sólido, consciente e responsável diante a comunidade.

No decorrer deste trabalho, podemos contar com os funcionários da

Cooperativa Camda, que nos permitiram acesso as dependências do órgão, e

nos disponibilizaram todo o material necessário para a realização do mesmo.

Este trabalho foi direcionado aos alunos e especialistas em

Administração e Ciência Contábeis e para todos os profissionais da área que

buscam coletar informações sobre a Logística Reversa e Logística Verde,

esperamos com a realização deste contribuir para futuras pesquisas, já que

realizamos um trabalho pioneiro dentro desta instituição.

Esperamos que o assunto não deixe de ser explorado, que outros

acadêmicos possam atualizá-lo e aprofundá-lo ao longo dos anos.

Page 139: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

137

REFERÊNCIAS

ABNT. Normas técnicas. Disponível em: <http://www.abnt.org.br>. Acesso em: 10 ago. 2009 AGRICULTURA Limpa. Xico Graziano, São Paulo, 15 jul. 2008, Disponível em: <http://www.xicograziano.com.br/>. Acesso: 22 fev. 2009 ALUMINIO Grade gráfico um preço. LME, Londres, [s.d.]. Disponível em: <http://www.lme.co.uk>. Acesso em: 17 set. 2009 ALVARENGA, A. C.; NOVAES, A. G. N. Logística aplicada. 3. ed. São Paulo: Edgar Blücher Ltda. 2000. AMBIENTE Brasil. Ambiente resíduos. [s.l.]. 2000. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.gov.br>. Acesso em; 10 set. 2009 BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo:Atlas, 1993. BARBIERI, J. C., DIAS, M. Logística Reversa como instrumento de programas de produção e consumo sustentáveis. Revista Tecnologística, São Paulo, Ano VI, nº 77. Abril 2002 BATISTA L.M.; PAGLIUSO V.S.O. Gestão Ambienta: Um Enfoque à Reciclagem. 2006. Monografia (Graduação em Administração) – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2001. BRASIL, Artigo 225, de 05 de Outubro de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil, 25 ed. São Paulo: Saraiva, 2000. BRASIL, Lei 9.974, art 6, inciso 1, § 5. Constituição da Republica Federativa do Brasil, 25 ed. São Paulo: Saraiva, 2000

Page 140: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

138

BRUNHARA, B. S..; BENTO, L. S.; Logística Reversa para o Transporte Rodoviário, Unaerp online, Guarujá. [s.d.] Disponível em: <http://sici.unaerp.br>. Acesso 20 fev. 2009-03-02 BARRA, B.; RENOFIO, A. Rotulagem ambiental: a valida dos critérios para a concessão do selo verde para produtos manufaturados de couro. In: IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO; 2008, Niterói. RJ. CAMDA, Cooperativa agrícola mista de Adamantina Online, Adamantina, [s.d.]. Disponível em: http://www.camda.com.br. Acesso em 13 jan. 2009 CAMPOS, T. Logística reversa: aplicação ao problema das embalagens da CRAGESP, 2006. Dissertação (Engenharia de Produção), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. CASA eficiente: estratégia utilizadas. Eletrosul, [s.l.], [s.d.]. Disponível em: <http://www.eletrosul.gov.br>. Acesso em: 15 set. 2009. CHAVES, G. L. D.; BATALHA, M. O. Os consumidores valorizam a coleta de embalagens vazias? : um estudo de caso da logística reversa em uma rede de hipermercado. Gestão & Produção, São Carlos, v. 13, n. 3, p. 423 – 434, set/dez, 2006 COBRA, M. Marketing Básico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. COBRE Grade gráfico um preço. LME, Londres, [s.d.]. Disponível em: <http://www.lme.co.uk>. Acesso em: 17 set. 2009 CONAMA. Agenda 21. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/conama>. Acesso em 10 ago. 2009. CORES da reciclagem. Setor Reciclagem, [s.l.], 9 jun. 2006. Disponível em: <http://www.setorreciclagem.com.br>. Acesso em: 02 ago. 2009. DIAS, B. Logística militar: berço da logística empresarial. Guia Log, São Paulo, jul. 2005. Disponível em:<http://www.guialog.com.br> Acesso em: 25 fev. 2009 DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

Page 141: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

139

DONATO V.; Logística Verde: Uma abordagem sócio-ambiental, Rio de Janeiro, Editora Ciência Moderna, 2008 ETZEL, M. J.; WALKER, B. J.; STANTON, W. J. Marketing. São Paulo: Makron Books, 2001. EVOLUÇÃO da coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Cempre. São Paulo, 15 abr. 2008. Disponível em; <http://www.cempre.org.br>. Acesso em: 12 set. 2009. FAGUNDES, A. B.; OLIVEIRA, I.L. A integração de canais logísticos como fator para sustentabilidade econômica e ambiental. 2008. artigo (Congresso Internacional de Administração) – Ponta Grossa, Paraná. FARIA, H. M. Beneficio Ambiental. 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia da produção) – Escola Federal de Engenharia de Itajubá. Minas Gerais: Itajubá. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br>. Acesso em 20 jul de 2009 FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. FIGUEIREDO, K.; ARKADER, R. Da distribuição física ao supply chain management: o pensamento, o ensino e as necessidades de capacitação em logística. Centro de Estudos Logística. Rio de Janeiro, [s.d.]. disponível em: <http://www.centrodelogistica.com.br> Acesso em: 22 fev. 2009. FONSECA A. P.; DAHER C. E.; SILVA E.P.S.; Logística Reversa: Oportunidade para Redução de Custos através do gerenciamento da cadeia integrada de valor, bbronline (Brasizilian Bussiness Review), Vitória, 24 abr. 2006. Disponível em: <http://www.bbronline.com.br>. Acesso 20 fev. 2009 GARCIA B.G. et. al. Responsabilidade Social Empresarial, Estado e Sociedade Civil: O Caso do Instituto Ethos, Peiropólis, Editora Fundação Peiropólis, 2002, p. 406 Gerenciamento posto de recebimento: intalação. Inpev, São Paulo, [s.d.]. Disponível em <http://www.inpev.org.br>. Acesso em 15 set. 2009.

Page 142: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

140

HARA, C. H. Logística, armazenagem, distribuição e trade marketing. Campinas; Alínea, 2005. Gerenciamento posto de recebimento: operação. Inpev, São Paulo, [s.d.]. Disponível em <http://www.inpev.org.br>. Acesso em 15 set. 2009. GONÇALVES R.C.; Você sabe o que é logística verde? Administradores. com.br, São Paulo, 7 jul. 2007. Disponível em: <http://www.administradores.com.>. Acesso: 12 fev. 2009 GUAITOLINE, B. S. Sustentabilidade ambiental. Administradores. São Paulo, 15 jul. 2008. Disponível em: <http://www.administradores.com.br>. Acesso em: 05 jul. 2009. GUEDES, P. As empresas de logísticas e seus novos desafios. Canal do Transporte, São Paulo, 18 jul. 2007. Disponível em: <http://www.canaldotransporte.com.br> Acesso em: 22 fev. 2009. GUIMARÃES, L. A.; JARDIM, E. G. M. Operadores Logísticos: uma síntese dos benefícios e riscos. CV Log Marketing, São Paulo, 24 jul. 2005. Disponível em: <http://www.cvlog.net> Acesso em: 06 ago. 2009. HARA, C. H. Logística, armazenagem, distribuição e trade marketing. Campinas: Alínea, 2005 HARE, T. Reciclagem. 15. ed. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 2006. JAMES, B. Lixo e reciclagem. 5. ed. São Paulo : Scipione, 2005 KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. Tradução Arlete Simille Marques, Sabrina Cairo. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. LACERDA, L. Logística Reversa: uma visão sobre os conceitos básicos e as praticas operacionais. Centro de Estudos em Logística – COPPEAD, [s.l.], 2002. Disponível em: <http:// www.cel.coppead.efrj.br>. Acesso em: 15 fevereiro. 2009. LAMBERT, D. M.; STOCK, J. R.; VANTINE, J. G. Administração Estratégica na Logística. São Paulo: Vantine Consultoria, 1998.

Page 143: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

141

LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. LEITE. P. R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Prentice Hall, 2003. LOGÍSTICA Empresarial: Importância Crescente na Atualidade. Artigonal. [s.l.], 20 nov. 2008. Disponível em: <http://www.artigonal.com>. Acesso em: 04 fev. 2009. LOGÍSTICA Reversa. Wikipédia. [s.l.], [s.d.]. Disponível em: <http://pt.wikipédia.org>. Acesso em 02 fev. 2009. MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo, Saraiva, 2003 MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 1998. MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração de produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. MEIO Ambiente: as 17 leis ambientais do Brasil. Planeta Orgânico. [s.d.] Disponível em: <http://www.planetaorganico.com.br>. Acesso em: 05 fev. 2009. MEIRA, R. A reciclagem do papel. Rudzerhost, [s.l.] 2002. Disponível em: <http://www.rudzerhost.com>. Acesso em: 20 ago. 2009 MOREIRA, A. C. M. L. Conceitos de ambiente e de impacto ambiental aplicáveis ao meio urbano. São Paulo, 1999. Disponível em: <http://www.usp.br>. Acesso em: 22 jun. 2009. NAZÁRIO, P. A importância de sistemas de informações para competitividade logística. Centro de Estudos Logístico, Rio de Janeiro, 2009. Disponível em <http://www.cel.coppead.ufrj.br>. Acesso em: 06 ago. 2009.

Page 144: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

142

NEVES, M. S. Rastro verde. Planeta Sustentável. [s.l.], Abr/mai. 2008. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br>. Acesso: 11 fev. 2009 O que pode reciclar?. Saint Gobain Embalagens, São Paulo, [s.d.]. Disponível em: <http://www.sgembalagens.com.br>. Acesso em: 20 ago. 2009. O que pode ou não ser reciclado. Setor Reciclagem, [s.l.], 13 set. 2005. Disponível em: <http://www.setorreciclagem.com.br> . Acesso em: 08 set. 2009. OLIVEIRA, L. H. Introdução à logística. Administradores.com, São Paulo, 23 mar. 2006. Disponível em: <http://www.administradores.com.br>. Acesso em: 19 jul. 2009 ORSATO, R. J. et. al. Gestão ambiente e Competitividade na Empresa. Rio Grande do Sul, PPGA Administração, 2002. OS RECICLAVEIS. Nosso Ambiente. São Paulo: Agosto/ Setembro, n. 09, [s.d.], p. 31-34, 2008. Para uma geração ambientalmente responsável. Inpev, São Paulo, [s.d]. Disponível em: <http://www.inpev.org.br>. Acesso em: 15 set. 2009. PEDUZZI, P. Atingidos pela crise, catadores de material reciclável pedem providências. MNCR, [s.l], 21 jan. 2009. Disponível em: <http://www.mncr.org.br>. Acesso em: 30 set. 2009. Projetos. Novo Horto, Lins, [s.d.] 2009. Disponível em: <http://www.lins.sp.gov.br/novohorto>. Acesso em: 12 set. 2009 RECICLAGEM brasileira está bem posicionada no ranking mundial. CEMPRE, São Paulo, mai/ jun 2008. Disponível em: http://www.cempre.org.br. Acesso em: 15 set. 2009. RECICLAGEM de plástico. Setor Reciclagem, [s.l.], 5 fev. 2005. Disponível em: < http://www.setorreciclagem.com.br>. Acesso em: 12 set. 2009

Page 145: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

143

RECICLAGEM: reciclagem energética. Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, [s.l.], [s.d.]. Disponível em: < http://www.plastivida.org.br>. Acesso em: 10 set. 2009 RECICLAGEM mecânica: conceito e técnicas. Instituto do PVC. São Paulo, [s.d.]. Disponível em: < http://www.institutodopvc.org> Acesso em: 10 ago. 2009. RECICLAGEM: reciclagem química. Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, [s.l.], [s.d.]. Disponível em: < http://www.plastivida.org.br>. Acesso em: 10 set. 2009 RECICLAGEM. Wikipédia. [s.l.], [s.d.]. Disponível em: <http://pt.wikipédia.org>. Acesso em 02 ago. 2009. RECICLAGEM: reciclagem mecânica. Plastivida. São Paulo, [s.d.]. Disponível em: <http:// www.plastivida.org.br>. Acesso em: 10 agot. 2009. RECICLAGEM: reciclagem química. Plastivida. São Paulo, [s.d.]. Disponível em: <http:// www.plastivida.org.br>. Acesso em: 10 agot. 2009. REIS G.C.; SANTOS M.G.; GONÇALVES R.A.; COLOGNESI T.A. Marketing para Cooperativas 2008. Monografia (Graduação de Administração) – Centro Universitário Católico Salesiano Lins

REVISTA de negocio do mercado de reciclagem. Reciclagem Moderna. São Paulo: Mai/Jun, ed. 16, [s.d.], p. 3-65, 2009. REZENDE, A. C. S. Transporte rodoviário de cargas: a atividade logística com maior índice de terceirização. Guia Log, São Paulo, out. 2001. Disponível em: <http://www.guiadelogistica.com.br>. Acesso em: 12 jul. 2009. ROSENBLOON, B. Canais de marketing: uma visão gerencial. Tradução Adalberto Belluomini. et. al. São Paulo: Atlas, 2002. ROSENBURG C.; FERRAZ E., Sua empresa é verde? Época Negócios, São Paulo, 02 mai. 2007. Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com>. Acesso em 21 fev. 2009

Page 146: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

144

SALLES, Y. M. Carga Verde. Planeta Sustentável. [s.l.] Ago/set 207. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br>. Acesso: 11 fev. 2009. SILVA, L. A.; ALVES, M. A.; JUNIOR, W. R. Logística de distribuição. 2007. monografia (Graduação em Administração) – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Unisalesiano, Lins

SILVEIRA, E. Só 30% de baterias e pilhas usadas são recicladas. Resol, Rio de Janeiro, 28 mar, 2003. Disponível em: < http://www.resol.com.br>. Acesso em: 15 set. 2009.

SINNECKER, C. A. Estudo sobre a importância da logística reversa em quatro grandes empresas da região metropolitana de Curitiba. 2007. Dissertação (Engenharia de Produção e Sistemas), Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2007. SOUZA, P. T. Logística Interna Para Empresas Prestadoras de Serviço. Guia Log, [s.l.] 2002. Disponível em: <http://www.guialog.com.br >. Acesso em: 10 set. 2009 TABOADA, C. Logística: o diferencial da empresa competitiva. Fae Business, [s.l.], jun. 2002. Disponível em <http://www.fae.edu>. Acesso em: 12 set. 2009. TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade Social Corporativa. 4. ed. São Paulo; Atlas, 2006 TIPOS de plásticos. Recicloteca. [s.l.], [s.d.]. Disponível em: <http://www.recicloteca.com.br>. Acesso em: 12 set. 2009. TROMBINI, C. L. A.; BARROS, C. E.; Costa, V. R. F. Logística interna. 2007. Monografia (Pós - Graduação Lato Sensu em Gestão Empresarial com ênfase em Marketing e Recursos Humanos) – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Unisalesiano, Lins. VARIAÇÂO do símbolo da reciclagem. Google, [s.l.][s.d]. Disponível em: <http://images.google.com.br>. Acesso em: 02 ago. 2009 VAMOS reciclar nossas idéias sobre o lixo?. Reviver, Rio de Janeiro, [s.d.]. Disponível em: <http://www.reviverde.org.br/>. Acesso em: 15 set. 2009.

Page 147: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

145

VIANA, P. O que é terceirização. Sebrae São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em: <http://www.sebraesp.com.br>. Acesso em: 27 ago. 2009. VIEIRA, R. 50% do chumbo consumido no Brasil é de reciclagem. Revista Reciclagem Moderna, São Paulo, Ano IV, ed 16. Mai/ Jun 2009. VIEIRA, R. A situação e as perspectivas no fluxo de sucata ferrosa. Revista Reciclagem Moderna, São Paulo, Ano IV, ed 16. Mai/ Jun 2009. VIEIRA, R. Abipet: sob nova direção. Revista Reciclagem Moderna, São Paulo, Ano IV, ed 16. Mai/ Jun 2009. VIEIRA, R. Cobre volta apresentar boa liquidez na LME. Revista Reciclagem Moderna, São Paulo, Ano IV, ed 16. Mai/ Jun 2009. VIEIRA, R. Números bem longe da realidade: números da Bracelpa ainda não correspondem à situação de aparistas. Revista Reciclagem Moderna, São Paulo, Ano IV, ed 16. Mai/ Jun 2009. VIEIRA, R. Os novos filões de mercado para a madeira. Revista Reciclagem Moderna, São Paulo, Ano IV, ed 16. Mai/ Jun 2009. XIII legislação do meio ambiente. Sindipetro. Rio de Janeiro, [s.d.]. Disponível em: <http://www.sindipetro.org.br>. Acesso em: 05 fev. 2009.

Page 148: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

146

APÊNDICES

Page 149: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

147

APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

Será realizada uma análise utilizando o processo realizado no pré e pós

venda focando na área de prevenção e preservação do meio ambiente, e na

utilização da ferramenta logística reversa e verde

2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO

ESTUDADO

a) Levantamento de informações pertinentes ao assunto relatado

(descrição do processo de logística, preocupação com o meio ambiente).

b) Descrever métodos do processo de logística, contextualizado ao

cotidiano organizacional.

3 DISCUSSÃO

Confronto entre teoria analisada através da revisão bibliográfica e pratica

obtida através de dados coletados em pesquisa na Cooperativa Camda com a

finalidade de demonstrar a importância da Logística Reversa e Logística

Verde

4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE

MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS

Page 150: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

148

APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA

I IDENTIFICAÇÃO

Empresa:…………………………………………………………………………………

Localização:...........................................................................................................

Atividade Econômica:............................................................................................

Proprietários:..........................................................................................................

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Histórico da cooperativa

2 Procedimento de logística reversa e logística verde.

3 Estrutura dada a pratica da logística reversa e logística verde

4 Possíveis manobras para melhor efeito da logística reversa e logística

verde

5 Garantia da qualidade da cooperativa

Page 151: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

149

APÊNDICE C - Roteiro do Histórico da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa: .........................................................................................................

Endereço: ........................................................................................................

Ramo de Atividade: ..........................................................................................

Porte: ................................................................................................................

Data de Fundação: ...........................................................................................

Tipo de Sociedade: ...........................................................................................

II ASPECTOS HISTÓRICOS DA COOPERATICA CAMDA

1 Evolução do procedimento referente à logística reversa e logística

verde

2 Abertura de postos de recolhimento de embalagem

Page 152: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

150

APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para Gerente da cooperativa Camda

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Tempo de empresa:...............................................................................................

Cargo/Função:.......................................................................................................

Escolaridade:.........................................................................................................

Especialidade:........................................................................................................

Experiência profissionais anteriores:.....................................................................

Experiências profissionais atuais:..........................................................................

Cidade:............................................................... Estado:......................................

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual legislação que cooperativa segue?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2 Quais os programas que a cooperativa tem na área sócio ambiental

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

3 Qual a preocupação que a cooperativa tem com o meio ambiente

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4 Temos conhecimento que a cooperativa recolhe as embalagens

utilizadas, para isso há algum incentivo para que os cooperados as devolvam?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Page 153: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

151

5 Existe prazo para estarem devolvendo as embalagens?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

6 Como é o armazenamento das embalagens recolhidas?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7 Qual o destino das embalagens recolhida?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

8 O recolhimento dos postos de recebimento são realizados pela

cooperativa ou por terceiros?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

8.a Quais os cuidados que eles tem com o transporte?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

9 Existe algum ganho com a embalagem

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

10 Para que fim é reutilizado a embalagem

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Page 154: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

152

APÊNDICE E – Roteiro de Entrevista para responsável em logística.

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Tempo de empresa:...............................................................................................

Cargo/Função:.......................................................................................................

Escolaridade:.........................................................................................................

Especialidade:........................................................................................................

Experiências profissionais anteriores:...................................................................

Experiências profissionais atuais:..........................................................................

Cidade: .............................................................. Estado: .....................................

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual legislação a cooperativa segue?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2 Quais os programas que a cooperativa tem na área sócio ambiental?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

3 Qual a preocupação que a cooperativa tem com o meio ambiente?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4 Temos conhecimento que a cooperativa recolhe as embalagens

utilizadas, para isso há algum incentivo para que os cooperados as

devolvam?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Page 155: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

153

5 Existe prazo para estarem devolvendo as embalagens?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

6 Como é o armazenamento das embalagens recolhidas?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7 Qual o destino das embalagens recolhida?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

8 O recolhimento dos postos de recebimento são realizados pela empresa

ou por terceiros? Quais os cuidados que eles tem com o transporte?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

9 Existe algum ganho com a embalagem

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

10 Para que fim é utilizado a embalagem

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Page 156: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

154

APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista para Cooperados

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Tempo de empresa:...............................................................................................

Cargo/Função:.......................................................................................................

Escolaridade:.........................................................................................................

Especialidade:........................................................................................................

Experiência profissionais anteriores:.....................................................................

Experiências profissionais atuais:..........................................................................

Cidade:...........................................................Estado:...........................................

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 São seguido corretamente as instruções dada a cada agrotoxico sobre

seu manuseio

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

2 A cooperativa Camda na venda, orienta como os produtos devem ser

utilizados

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

3 Qual é o destino dado as embalagens depois de serem utilizados

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

4 Existe preocupação com o meio ambiente, levando em consideração

que aplicação do agrotóxico podem ocasionar no meio ambiente

_______________________________________________________________

______________________________________________________________

Page 157: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

155

5 Os cooperados pagam alguma taxa para o recolhimento,

armazenamento e destinação das embalagens utilizadas por ele.

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Page 158: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

156

ANEXOS

Page 159: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

157

Foto 1: Campanha Sacola Retornável

Foto 2: Campanha Sacola Retornável

Page 160: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

158

Foto 3: Panfleto da campanha da Sacola Retornável

Page 161: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

159

Foto 4: Banner Inpev, campanha Agricultor, lave e devolva as embalagens de agrotóxicos

Page 162: LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/48877.pdf · rosiclei pereira benevides da silva tÁssia de queiroz gargiulo d’andrÉa logÍstica

160

Foto 5: Campanha Troca de Óleo