literatura comparada
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Indianara Costa
Jaqueline L. Iapp
Tábata V. Schulze
Literatura Comparada é o ramo da Teoria
Literária que estuda, através de comparação das
literaturas de diferentes áreas linguísticas, assim
como de diferentes mídias e tipos de arte.
A expressão “Literatura Comparada” surge no
século XIX e usa-se da comparação de estruturas
com finalidade de extrair leis gerais da literatura.
Mas apenas nos primeiros decênios do século XX,
ela ganha estatura de disciplina reconhecida,
tornando-se objeto de ensino regular nas grandes
universidades européias e norte-americanas e
dotando-se de bibliografia específica e publico
especializados.
No início, a LC fazia comparações e distinção entre
“literaturas maiores” e “literaturas menores”, sendo
que as primeiras serviam como base para as
segundas.
Converteu-se, porém, em uma disciplina que põe em
relação diferentes campos científicos. Portanto não
deve ser entendida tão somente como um ato de
comparação de uma ou mais literaturas, passa a se
relacionar com a cultura e outros campos, analisada
em pontos que se referem ao significado, à autoria,
aos aspectos ideológicos, ao gênero, à identidade
cultural e à diferença.
Comparar é tentar entender através de uma
confrontação o que há de de particular em cada obra,
assim como a especificidade nacional e lingüística de
uma literatura dentro de um contexto geral a que
pertencem.
A literatura comparada situa-se na área particularmente
sensível da “fronteira” entre nações, línguas, discursos,
práticas artísticas, problemas e conformações culturais.
Investiga a trajetória de um determinado autor,ou de
certa obra, os mitos e motivos, referências e influências
e o sistema de estruturação das obras.
Se torna um método de excelência na perspectiva da
crítica textual, não considerando as obras no seu valor
original, mas principalmente às transformações, que
cada autor contribui para a história da literatura.
É um estudo de semelhanças, analogias, parentescos e
intertextualidades. Para o comparativista, as análises
intertextuais são apenas um passo, dessa forma, ao
lermos um texto, lemos por meio dele, o gênero a que
pertence, suas características, sua cultura e os textos
que o autor leu.
Não podemos pensar que as obras literárias só têm
valor e significado para o período, para a cultura,
classe social, sexo ou grupo étnico que as produz,
segundo Carvalhal (1998) elas contribuem para
esclarecer os fenômenos estilísticos e literários entre
si.
A literatura nasce da literatura; cada obra nova é uma
continuação, por consentimento ou contestação, das
obras anteriores, dos gêneros e temas já existentes.
Quando escrevemos sempre estamos dialogando com o
que já existe, com o que é “conhecido”.
• Indícios
• Influências
• Diferenças
• Afinidades naturais
• Condicionamentos de época ou de gêneros.
“Tanto Salvador Dali, como Franz Kafka, nos trazem a imagem muitas vezes de sonhos, ou até mesmo de pesadelos que criam raízes nos nossos subconscientes. Quanto mais examinamos os grandes artistas de épocas onde a sociedade é totalmente desumana e cruel, mais apreciamos a obras de artistas como Kafka e Dalí. Não importa quão sejam suas obras, eles foram tocados pelos eventos da história assim como qualquer pessoa. Suas vidas foram destruídas por guerras, contradições e amarguras que o mundo produziram, mas maior do que tudo isso são suas obras que permaneceram infinitas em significações.”
“Ao compararmos as duas obras notamos que seus respectivos autores são prisioneiros de sua época, de sua atualidade. Os tempos posteriores os libertam dessa prisão. O autor usa a palavra literária para às vezes libertarem-se de suas angústias existenciais, o desconforto ante sua visão do mundo, em contrapartida do próprio mundo, o autor assim usa essa palavra literária por evasão, libertação de suas ideias, a cura dos seus anseios. Mas, também, o autor usa literatura como forma de denúncia, suas palavras já não precisam de bússolas para serem guiadas, por si só, já fazem o caminho direto.”
“ As duas linguagem formam uma cena em nossas
mentes: O trabalho.”
“ obras como a de Charlie Chaplin e Ernesto Sábato,
trabalham em nós como uma marreta. Derrubando cada
muro de certezas e confianças que temos, e através de
ruínas, e entulhos de nós mesmos, voltamos a grande
tarefa de construir-nos bases, alicerces e colunas mais
fortes para os nossos sentidos.”
“por mais que duas ou mais criações se assemelham,
elas apresentarão ainda outras possibilidades de
despertar a sensibilidade do leitor, motivando-o a
diferentes interpretações. É nesse aspecto de
proporcionar múltiplas traduções que se percebe a
grandiosidade do artista-criador, porque é ele quem vai
ter que se inspirar, por primeiro, para então levar o seu
olhar a outros interpretantes. “
KAISER, Gerhard R. Introdução à literaturacomparada. Fundação calouste gulbenkian. Lisboa.
BOLZAN, Neides M. J. B. LITERATURACOMPARADA: UMA LEITURA INTERSEMIÓTICA ENTREAMAR, VERBO INTRANSITIVO, DE MÁRIO DEANDRADE E O FILME LIÇÃO DE AMOR, DE EDUARDOESCOREL, Revista Travessias Ed. XIV, ISSN 1982-5935,disponível em: <www.unioeste.br/travessias>. Data deacesso: 20/07/2014.
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BERNARDO, Gustavo, Como se faz literatura
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