las posibilidade genericas s y narrativas del … · nrffí, xliv posibilidade genÉrica ys...

38
LAS POSIBILIDADES GENERICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO: FORMAS BREVES, HISTORIA LITERARIA Y CAMPO CULTURAL HISPANOAMERICANOS* De la inevitablemente incompleta y cambiante historia literaria de Hispanoamérica surgen interrogantes respecto a algunos textos insurgentes. En diferentes momentos se citan, por graciosos o geniales, pero rara vez se los encuentra como parte significativa de la producción de un autor. Como lo muestra Iglesias Santos, el carácter sui generis de esos textos es difícil de adscribir a un géne- ro, autor, escuela, movimiento literario o polisistemas de base eurocéntrica, pecado mortal en otros sistemas 1 . Siempre están en los intersticios de la literatura, pero casi nunca parecen adquirir la legitimidad que les permitiría definir la producción total de un autor. Por ser textos heterogéneos, los manuales e historias lite- rarias convencionales parecen considerarlos de mera ocasión, fri- volos, a lo máximo reveladores de un desliz discursivo de sus autores o de una recuperación tardía. La paradoja consiste en que se reconoce, por ejemplo, el valor de los Pernees (1670) de Pascal y se los recupera como prolegómenos en 1844, pero no se hace algo similar con autores hispanoamericanos pares suyos. Se trata, después de todo, del problema de la colonización de las historias literarias. Estas no deben ser la racionalización de lo que las auto- ridades didácticas, políticas o institucionales han determinado que forme parte de las historias literarias, es decir, una agrupación de textos cuyos valores se expresan sólo implícitamente, y de acuer- do con criterios que nunca se conocen o formulan explícitamen- * Un resumen de este trabajo fue presentado al IV Colloque International del CRIC CAL (París), dedicado a "Formes brèves de l'expression culturelle en Amérique Latine de 1850 à nos jours". 1 "El sistema literario: teoría empírica y teoría de los polisistemas", en Avan- ces en teoría de la literatura, ed. Darío Villanueva, Universidad, Santiago de Com- postela, 1994, pp. 809-356. NRFH, XLIV (1996), núm. 2, 451-487

Upload: others

Post on 17-Mar-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

LAS POSIBILIDADES GENERICAS Y NARRATIVAS D E L FRAGMENTO:

FORMAS BREVES, HISTORIA LITERARIA Y C A M P O C U L T U R A L HISPANOAMERICANOS*

D e l a inev i tab lemente i n c o m p l e t a y cambiante h is tor ia l i t e rar ia de Hispanoamérica surgen interrogantes respecto a a lgunos textos insurgentes . E n di ferentes m o m e n t o s se c i tan , p o r graciosos o geniales, p e r o rara vez se los e n c u e n t r a c o m o parte signif icativa de l a producc ión de u n autor . C o m o lo mues t ra Iglesias Santos, e l carácter sui generis de esos textos es difícil de adscr ib i r a u n géne­r o , autor , escuela, m o v i m i e n t o l i t e rar i o o pol is istemas de base eurocéntrica, pecado m o r t a l e n otros sistemas 1 . S i e m p r e están en los interstic ios de l a l i teratura , p e r o casi n u n c a parecen a d q u i r i r l a l e g i t i m i d a d que les permitiría d e f i n i r l a producc i ón total de u n autor . P o r ser textos heterogéneos , los manua les e historias l i te ­rarias convenc ionales p a r e c e n cons iderar los de m e r a ocasión, f r i ­volos , a l o máx imo reveladores de u n desliz discursivo de sus autores o de u n a recuperación tardía. L a parado ja consiste en que se reconoce , p o r e j emplo , e l va lor de los Pernees (1670) de Pascal y se los r e c u p e r a c o m o p r o l e g ó m e n o s e n 1844, p e r o n o se hace algo s imi la r c o n autores h i s p a n o a m e r i c a n o s pares suyos. Se trata, después de todo , d e l p r o b l e m a de l a colonización de las historias l i terar ias . Estas n o d e b e n ser l a racionalización de lo que las auto­r idades didácticas, políticas o inst i tucionales h a n d e t e r m i n a d o que f o r m e parte de las historias l i terarias , es dec i r , u n a agrupación de textos cuyos valores se expresan sólo implícitamente, y de acuer­d o c o n cr i ter ios que n u n c a se c o n o c e n o f o r m u l a n explícitamen-

* U n resumen de este trabajo fue presentado al IV Col loque International del C R I C C A L (París), dedicado a "Formes brèves de l 'expression culturelle en Amérique Latine de 1850 à nos jours".

1 " E l sistema literario: teoría empírica y teoría de los polisistemas", en Avan­ces en teoría de la literatura, ed. Darío Vil lanueva, Universidad, Santiago de C o m ­postela, 1994, pp. 809-356.

NRFH, X L I V (1996), núm. 2, 451-487

Page 2: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

452 WILFRIDO H. CORRAL NRFH, X L I V

t e 2 . P e r o , c o m o re i tera u n o de sus pocos pract icantes h i s p a n o a ­mer i canos , aquélla es u n a ob jec ión genera l i zada que se p u e d e i n c o r p o r a r a l a periodización de nues tra l i t e ratura :

Es claramente perceptible en los historiadores serios y profundos que escogen esquemas únicos y unidimensionales direcciones de l cambio histórico, el uso de otros criterios ordenadores, no puestos explícitamente en evidencia, que emplean muy sostenida y persis­tentemente al lado del esquema propuesto 3 .

¿Pero t endremos que d e p e n d e r de l a a r b i t r a r i e d a d crítica o habrá que esperar tanto e n Hispanoamérica? T o d o lo c o n t r a r i o . C r e o que l a g r a n producc i ón e n nuestro c on t inente d e l t ipo d e texto que especif ico nos urge a recrear — o p o r l o m e n o s c o r r e ­g i r — e l c a m p o c u l t u r a l c o n que se f o r m a n nuestras historias l i t e ­rarias. Estas, c o m o c u a l q u i e r o tra , p r iv i l eg ian l a l e c tura d e l pasado más que l a d e l presente . E n l u g a r de d e t e n e r m e e n e l Darío d e Azul y l a prosa poética que e n g e n d r a r o n los " m e d a l l o n e s " de ese l i b r o , o los escritos epigramáticos de otros poetas modernistas y de p r i n c i p i o s de siglo, asumo y par to de las pos ib i l idades precursoras de esa prosa . C o m i e n z o c o n l a l e c t u r a de cuatro f ragmentos p r ó ­x i m o s a nuestro m o m e n t o sociohistórico. E l p r i m e r o de ellos d i ce : " T e n g o u n a g r a n desconf ianza p o r los h o m b r e s que n o f u m a n n i p r u e b a n u n vaso de a l c o h o l . D e b e n ser t e r r ib l emente v i c iosos" 4 ; "Tratándose de ideas basta e l texto corto ; tratándose de i n d i v i d u o s n i e l texto extenso basta" 5 , p r o c l a m a e l segundo . E l tercero casi pont i f i ca así: " N o te muestres m u c h o n i permitas demasiadas f a m i ­l iaridades: de tanto conocerte l a gente t e r m i n a p o r n o saber quién eres" 6 . E l cuarteto t e r m i n a c o n u n o de varios f ragmentos i n t e r ­pretativos acerca de u n exper to e n f ragmentos : " L a m u j e r (es casi s iempre l a m i s m a : ángel, niña, fantasma, h e r m a n a ) que aparece en l a poesía de R a m o s Sucre es también s i m b o l i s t a " 7 .

2 CLÉMENT MOISAN, Qu'est-ce que Vhistoire littéraire, Presses Universitaires de France, Paris, 1987, p. 190.

3 CEDOMIL GOIC, " L a periodización en la historia de la literatura hispanoa­mericana", Los mitos degradados, Rodop i , Amsterdam-Atlanta, 1992, p. 295.

4 JULIO RAMÓN RIBEYRO, La tentación del fracaso, t. 2: Diario personal 1960-1974, Javier Campodónico Editor , L i m a , 1993, p. 85.

5 NICOLÁS GÓMEZ DÁVILA, Nuevos escolios a un texto implícito, Procultura, Bogo­tá, 1986, t. l , p . 123.

6 AUGUSTO MONTERROSO, La letra e. (Fragmentos de un diario), E r a , México, 1987, p. 87.

7 FRANCISCO RIVERA, "De ensayos y fragmentos", La búsqueda sin fin, Monte

Page 3: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFfí, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453

V e a m o s entonces las varias vetas genéricas e interpretativas que nos p r o p o r c i o n a n los f ragmentos citados. E n todos ellos y e n su c on tex to super io r , más de u n a reg la sobre los géneros, leyes, cánones y p r i n c i p i o s de l a l i t e ra tura mayor se c r u z a o tergiversa, a u n sin ins ist ir e n l a problemática de su carácter re ferenc ia l . E n este artículo q u i e r o most rar c ó m o , desde ese c o m p l e j o contexto , se podr ían establecer pautas factibles p a r a las pos ib i l idades gené­ricas y narrativas d e l fragmento.

E n varios m o m e n t o s , c u a l q u i e r lec tor de prosa se h a en f ren ­tado a esta tensión: u n texto de género borroso , que algunas veces es parte de u n texto mayor ; y otras t iene sentido p o r sí solo, a pesar de f o r m a r parte de u n a compi lac ión de textos s imilares . T i r a n t e z q u e c o n f r e c u e n c i a se t raduce e n l a crítica c o n variantes de l a fór­m u l a "te q u i e r o contar algo, p e r o también q u i e r o convencerte" , s in pensar e n que estos dos actos discursivos n o se exc luyen m u t u a ­m e n t e , c o m o postu laba Valéry c u a n d o se refería a l a tensión entre e l c o n t r o l r a c i o n a l d e l inte lec to y l a posesión i r r a c i o n a l p r o d u c i ­d a p o r l a pasión. E l q u e r e r d a r sent ido a l género p r o d u c i d o p o r este t ipo de presión c r e a d o r a tal vez se d e b a a l a manía o tiranía q u e todo c a m p o crítico c o m p a r t e e n algún m o m e n t o : clasif icar, encas i l lar , o r d e n a r , catalogar, e n fin, r e p r i m i r lo que n o se p u e d e esclarecer. E l acto podr ía ser innecesar io , si n o fuera p o r e l h e c h o de que e n Hispanoamérica e l f ragmento n o es s i empre u n texto casual , de ocasión. Buscar pos ib i l idades genéricas p a r a e l frag­m e n t o , ya e n e l c a m p o interpretat ivo , c o r responde a l móvil de m a t i z científico de sumin i s t rar i n s t r u m e n t a l hermenéutico en l u g a r de a c u m u l a r s imples taxonomías normativistas . Es e n este p u n t o q u e pos tu lo esta revisión de nuestra h i s to r ia l i t erar ia . D e b e q u e d a r c laro que l a h i s to r ia l i t e r a r i a es u n a especie de m a l nece­sario cuyas func i ones son indispensables p a r a l a v i d a c u l t u r a l y l a recepción de l a l i teratura. Y a Perk ins postuló que " T h e p r o p e r sub-j e c t o f l i terary h istory is n o t the succession o f works b u t the suc-cession o f systems, f or to descr ibe the w o r k w i t h o u t des c r ib ing the system i n w h i c h it func t i ons is mean ing less " 8 .

Ávila, Caracas, 1993, p. 36. N o se ha estudiado hasta la fecha la práctica del frag­mento de parte de las escritoras hispanoamericanas. E n este sentido es intere­sante el postulado de ELIZABETH HARRIES, según el cual el siglo XVIII percibe los fragmentos como femenino o "bello", en vez de masculino o "sublime" (The un­finished manner: Essays on the fragment in the later eighteenth century, University Press o f V i r ginia, Charlottesville, 1994, pp. 122-128). Es decir, propone una sexuali-zación del género que no trato en lo que sigue.

8 DAVID PERKINS, IS literary history possible?, The Johns Hopkins University Press,

Page 4: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

454 WILFRIDO H . CORRAL NBFH, X L I V

M e exp l i co c o n u n p a r de anécdotas concéntricas. H a c e u n o s tres lustros publiqué e n inglés u n a brevísima introducc ión a u n a selección de f ragmentos de A l f o n s o Reyes y O l i v e r i o G i r o n d o 9 . Apare n te me n te, l o que postulaba tuvo u n a recepción r e d u c i d a , t a l vez p o r q u e e l públ ico ang lopar lante n o se convencía de que Reyes y G i r o n d o f u e r a n o t r a cosa que u n crítico y u n poeta . O t r a p o ­s ib i l idad es que l a circulación de l a revista n o e ra a m p l i a , y s u público tal vez demas iado exquis i to p a r a temas "ef ímeros" p r o ­duc idos en u n c a m p o c u l t u r a l que preferían c o n o c e r e n su l e n ­gua. Q u i e r o pensar que esa introducción mía n o tuvo repercusión deb ido a l a última razón. Después de todo , e ra l a época de lo q u e Saúl Yurkiévich h a l l a m a d o "e l f l e c h i s m o " en l a crítica l i t e rar ia , y, aparte de ser m a l d ibu jante , n o había a f inado m i puntería o p r o ­puesto u n corpus más extenso, c o m o q u i e r o hacer e n este artículo. Es más, cabe pensar todavía u n a respuesta previs ib le : "e l f rag ­m e n t o ya había s ido prac t i cado hasta l a sac iedad e n O c c i d e n t e " .

U n par de años después, e n u n a clase d e d i c a d a a l cuento h i s ­p a n o a m e r i c a n o c o n t e m p o r á n e o , p r e g u n t a b a a mis a l u m n o s sobre qué pod ía ser u n f ragmento . U n a a l u m n a p r o p u s o que l a f o r tuna que se e n c u e n t r a e n las galletas de restaurantes ch inos e r a u n género narrat ivo . Después de todo , c u e n t a algo , e n u n c i a c o n convicción, y a veces hay "personajes"; y hoy cabría preguntarse s i se d i f e r e n c i a m u c h o d e l p a p e l narrat ivo que t i e n e n las "recetas" con q u e L a u r a Esqu ive l construye su Como agua para chocolate. L a discusión fue larga, y quedamos de acuerdo en que todo tenía que ver c o n las economías y tecnocracias de la producc ión y recepc ión de l a l i t e ra tura canónica. D i c h o s in " f l ech ismo" , si a l g u i e n tuv iera l a in ic iat iva y pac ienc ia de c o m p i l a r esas frases, adivinanzas, clichés y simplezas que se a n u n c i a n e n esas galletas, si a lgu ien las j u n t a r a y las p u b l i c a r a en u n l i b r o o fo l le to ; c u a n d o se vend ie ra , se leyera, y se reseñara esa antología de textos, tal vez entonces serían u n género . H a sido inevitable r e c u r r i r a l a fragmentación de lo que

Baltimore, 1992, p. 170. U n ejemplo reciente de este tipo de reordenación es el libro de fragmentos del mexicano FELIPE GARRIDO, La musa y el garabato, Univer­sidad de Guadalajara-F.C.E., México, 1992. Estos 221 textos (o más de la mitad de los escritos por el autor) fueron publicados semanalmente en una sección de "cuentos" en el suplemento Sábado de Unomásuno, entre 1984 y 1992. U n texto anterior, Garabatos en el agua (1985), recoge los del pr imer año, y algunos de és­tos son incluidos en la segunda colección. Retomo más adelante las implicacio­nes de este tipo de resemantización para un autor canónico como Benedetti.

9 "The art of the fragment i n Spanish American literature", Review, 1982, núm. 31, 49-52.

Page 5: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NBFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 455

se podr ía l l a m a r e l nouveau solipsisme (de m o d a e n l a crítica espe­c ia l i zada estadounidense) d e b i d o a l p r o b l e m a de l i d i a r c o n u n a percepc i ón r e n o v a d a de lo que son l a narrat iva , e l género y l a i n ­terpretación.

C o m o las notas a p i e de página e n u n texto e r u d i t o , que pue ­d e n ser u n a c i ta , digresión, amplificación o marginalización de l a expos ic ión p r i n c i p a l , e l f ragmento desmante la , desplaza, c r u z a y r o m p e categorías. S i se qu i s i e ra u n a h i s t o r i a l i t e r a r i a ( f ragmento d e u n a t o t a l i d a d que n o existe) l i n e a l de las formas breves h i spa ­n o a m e r i c a n a s e n los últimos tres cuartos de este siglo, podr íamos trazar u n a línea crono lóg ica que c o m i e n z a c o n dos J u l i o s , G a r -m e n d i a y T o r r i . P e r o l a h i s t o r ia se det iene e n l a metafísica de l a n a d a (según l a expresión fel iz de A n a María Barrenechea ) de M a c e d o n i o Fernández y l a metaficción de l o grotesco e n P a b l o P a l a c i o ; y se r e a f i r m a c o n A n t o n i o P o r c h i a , más las " o currenc ias " de Fe l i sber to Hernández y P i n e r a . E l f ragmento adqu iere otros matices c o n Cortázar, Borges y B i o y Casares, M o n t e r r o s o , A r r e o -l a , pasa p o r las re - fabulac iones o " fa ls i f i cac iones" de D e n e v i (y e n o t r o g r a d o de A n d e r s o n Imbert ) y sigue e n nuestros días c o n lo q u e e l venezo lano E d n o d i o Q u i n t e r o l l a m a "cuentos cortísimos" e n Cabeza de cabra y otros relatos (1993) y los de sus compatr io tas G a b r i e l J iménez Ernán (Los 1001 cuentos de 1 línea, 1981) , E d u a r ­d o L i e n d o (El cocodrilo rojo, 1987) y A l b e r t o B a r r e r a .

T a l vez se e x p l i q u e n las cadenas más recientes c o n e l s iguiente texto de B a r r e r a , l l a m a d o "Las cucarachas n o ex isten" : "Las cuca ­rachas n o existen: sólo son grandes escritores disfrazados, buscan­d o m a t e r i a l p a r a escr ib ir sus obras c o m p l e t a s " 1 0 . Se podría leer este f r a g m e n t o c o m o u n h o m e n a j e a M o n t e r r o s o filtrado p o r K a f k a , o e n l a terminología de Rose, u n a p a r o d i a d o b l e m e n t e cod i f i cada , que consiste e n dos m u n d o s textuales 1 1 . Pre f iero l a p r i m e r a opc ión . E l p r ó l o g o de B a r r e r a d ice : 'Edición de lujo es u n a f o r m a de orga ­n i z a r la cur i os idad frente a otros l ibros y otras historias. U n a m a n e r a de expresar e l a m o r gratui to d e l l ec tor e n e l c ód igo que lo somete

1 0 ALBERTO BARRERA, Edición de lujo, Fundarte, Caracas, 1 9 9 0 , p. 4 1 . 1 1 MARGARET ROSE, Parody: Ancient, modern and posí-modern, Cambridge U n i -

versity Press, Cambridge, 1 9 9 3 , pp. 3 9 - 4 2 passim. N o nos interesa ahora expla­yarnos sobre la parodia. Rose, en este estudio — e l más reciente, confiable y totalizante que hay— después de distinguirla de varias formas (burlería, plagio, broma, pastiche, cita, centón, sátira, metaficción, ironía y otros) discute el perío­do histórico correspondiente a los textos que estudio y los incluye en el pos­modernismo (pp. 2 0 6 - 2 4 2 ) . Las salvedades sociohistóricas hispanoamericanas que señalo di luyen la adhesión estricta a los postulados de Rose.

Page 6: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

456 W I L F R I D O H . C O R R A L NRFH, X I J V

y lo seduce" (p. 5) . P e r o aquí se p u e d e creer que , c o n c e p t u a l m e n -te, l l a m a r a u n l i b r o "edición de l u j o " n o se d is tanc ia m u c h o de l l a ­m a r a otro Obras completas (y otros cuentos), c o m o hace M o n t e r r o s o . P o r otro lado , creo que e l archicódigo d e l l i b r o de B a r r e r a se e n ­c u e n t r a e n l a c i ta de M o n t e r r o s o que antepone a su p r i m e r texto: "Dios todavía n o h a creado e l m u n d o : sólo está imaginándolo, c o m o entre sueños. P o r eso e l m u n d o es perfecto p e r o confuso" . Es de ­c ir , e l f ragmento puede hacer concesiones , p e r o hay que r e c o r d a r que n o s i empre sus repertor ios se c o m p o n e n de piezas insepara ­bles que se c i tan , p l a g i a n , g losan o c o m e n t a n . S i se qu is i e ra ensan­char este t ipo de p o s i b i l i d a d transtextual (en e l sent ido que le d a Genette a las re lac iones textuales manifiestas o secretas), se tendría que consul tar los homenajes narrados o "ensayados" de varios a u ­tores. D e éstos serían representativos los de 1981 (corregidos p a r a l a segunda edic ión) d e l m e x i c a n o G u i l l e r m o S a m p e r i o : a M o n t e ­rroso ("Ellas n o t i enen l a c u l p a " ) , a E l i z o n d o ( "Carta anónima a S.E.") y a Borges ( ' J . L . B . " ) , r e u n i d o s e n Textos extraños (1985).

E n u n ensayo rec iente l l a m a d o " D e ensayos y f ragmentos" , Francisco R ivera traza c o n in te l igenc ia l a h is tor ia d e l f ragmento e n O c c i d e n t e . A n t e los interrogantes que discute , e l más p e r t i n e n t e es e l " p r o b l e m a d e l l i b r o " . Es dec ir , qué hacer c o n e l f e n ó m e n o de l a co lecc ión de f ragmentos , que s i empre resul tan ser "obras i n ­comple tas " a pesar de su aparente fijación. E n r e a l i d a d n o d a u n a respuesta p o r q u e n o l a hay. E n sus Exercices d 'admiration (1986) e l d i funto C i o r a n preguntaba c o n razón si los Cahiers (29 volúmenes) de Valéry n o serían las baratijas o cur ios idades d e l " L i b r o " que quería c o m p o n e r . A las historias l i terarias h i s p a n o a m e r i c a n a y o c c i d e n t a l habría que preguntar les si e l proyecto b o r g e a n o d e l " L i b r o " n o supera a l de su antecesor. S i n hacer preguntas retóri­cas, e l f ragmento s i empre p r e t e n d e o aparenta dar respuestas a l lector , n o a l crítico. C o n s e c u e n t e m e n t e , R i v e r a se apoya p a r a su a r g u m e n t o (respecto a los lazos entre l a abstracción f o r m a l de l a v ida m o d e r n a y su c o n t r a p a r t i d a l i teraria) e n l a consideración de los textos de Heráclito c o m o architextos s iempre-presentes. A l hacer l o , R i v e r a cae e n l a tentación de i n c l u i r los f ragmentos d e l filósofo " l lorón" e n u n a l ista de precursores clásicos (no h i spano ­americanos ) de l a escr i tura f ragmentar ia . L a aserción conver t ida en p o s t u r a crítica o lv ida que e l p r i m e r l i b r o sobre Heráclito e n América fue Heráclito defendido (1663) d e l jesuíta V i e y r a , p u b l i c a ­do dos años más tarde e n M é x i c o 1 2 .

1 2 A l respecto, es de notar que hasta hoy una de las ediciones más fiables de

Page 7: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 457

T a m p o c o es casual que Pa lac i o los haya t r a d u c i d o c o n e l títu­l o de Doctrinas filosóficas15, basándose e n l a versión francesa de So lov ine . Esta progresión se d a tal vez p o r q u e —según u n a de va­rias e luc idac iones de H e i d e g g e r sobre e l l o s — antes de t raduc ir los debemos traducirnos a lo que dice u n f ragmento , a lo que está p e n ­s a n d o 1 4 . V o l v i e n d o a R ivera , p a r a él, sólo a par t i r de los años t r e i n ­ta de este siglo e l escr itor (de O c c i d e n t e ) "se entrega a l a escr i tura de d iar ios , apuntes , aforismos, f ragmentos y otras cosas p o r e l esti­lo que luego habrá de recoger e n f o r m a de l i b r o " (art. cit . , p p . 39-40 ) ; pero ese l i b r o será raro , y d e l género raro posdar iano , p o r q u e hay que r e c o r d a r l o que no h a l o g r a d o hacer l a h i s t o r i a l i t e rar ia h i s p a n o a m e r i c a n a c o n las ampl i f i cac iones y d igres iones genéricas de Motivos de Proteo. U b i c a r este p r o d u c t o de l a "vocación c o n ­t e m p l a t i v a " y d e l fet iche de l a f o r m a autosuf ic iente de R o d ó e n e l g é n e r o ensayo es d i s m i n u i r su r i q u e z a . R i v e r a conc luye : " P a r a l l e ­gar a u n a aceptación gozosa de l a escr i tura f r a g m e n t a r i a hay que esperar hasta los años sesenta" (p. 40) . S u conclusión es c o n t u n ­d e n t e y c o r re c ta : " U n n u e v o c o n c e p t o de l a e s c r i t u r a y, p o r l o tanto , u n nuevo concepto d e l l i b r o , l o c u a l i m p l i c a u n nuevo c o n ­cepto de l a función d e l l ec tor y de l a operac ión de l a l e c t u r a " (p. 41) . Es dec i r , estamos h a b l a n d o de metatextos , elevados a va­r ios poderes de s igni f i cado .

L a salvedad que se le p u e d e hacer a l texto de R i v e r a es que es más u n exce lente e jerc ic io e r u d i t o y repaso de los orígenes d e l f r a g m e n t o que u n r e c o n o c i m i e n t o de l a tradición que , paradóji­c a m e n t e , él ayuda a r e c u p e r a r , r e c o n o c e r y c o n s t r u i r de n u e v o e n Hispanoamérica. S i algo nos h a n r e c o r d a d o constantemente D e r r i d a y sus seguidores es que a u n los textos aparentemente o r i ­g inales t i e n e n orígenes, y éstos a l a vez buscan otros, a u n más re­motos en e l espacio y e n e l t i e m p o , y así, ad infinitum. P e r o ya que hab lamos de Hispanoamérica, y s in negar e l pal impsesto y e l a r ch i ­vo o c c i d e n t a l de los que surge e l f ragmento h i s p a n o a m e r i c a n o , u n a visión s o m e r a de esta práctica se p u e d e hacer e x p l o r a n d o e l i m p u l s o ant i f o rmal i s ta d e l arte d e l f ragmento . A n t e s de los años t re in ta ya había e n Hispanoamérica gozo p o r este t ipo de texto,

los fragmentos (y que toma en cuenta las aseveraciones de Heidegger que dis­cuto más adelante) es la de DAMLAO BERGE, O logos heraclítico. Introducao ao estudo dos fragmentos, Instituto Nacional do Livro , R io de Janeiro , 1969.

1 3 E n Ediciones Erc i l la , Santiago, 1935. 1 4 Early greek thinking, trads. D . Farrel l K r e l l , 8c F. A . Capuzzi , Harper 8c Row,

New York, 1975, pp. 14-19 passim.

Page 8: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

458 WILFRIDO H . CORRA!. NRFH, X L I V

c o m o también p o r l a co lecc ión , a veces espur ia , de el los . N o e ra u n a t e n d e n c i a s u b o r d i n a d a o f u n d a c i o n a l , s i n o más b i e n u n desafío a l a h i s t o r i a l i t e r a r i a obses ionada , extrañamente, c o n l a puri f icación de l a f o r m a . S i R i v e r a m e n c i o n a c o n razón que e l f r a g m e n t o es e l género típico d e l r o m a n t i c i s m o alemán, l a prác­t i ca h i s p a n o a m e r i c a n a c o m i e n z a def iniéndose e n f o r m a negativa, y encaja c o n l o que c o n c ier ta s e gur ida d se podr ía l l a m a r nues tra p r i m e r a v a n g u a r d i a 1 5 .

E n t r e 1921 y 1929 José A n t o n i o R a m o s Sucre (1890-1930) p u b l i c a cuatro c o m p i l a c i o n e s de textos inclasi f icables e n l a esfera l i t e rar ia de su época : Trizas de papel (1921), Sobre las huellas de Hum-boldt (1923) , ambas recogidas e n La torre de Timón (1925) , más dos co lecc iones en 1929, El cielo de esmalte y Las formas del fuego. Estos, más u n a recopi lación de "poemas" , t raducc iones , cartas, y textos n o recog idos e n l i b r o se p u b l i c a n c o m o su Obra completa e n 1980. O t r o venezo lano , J u l i o G a r m e n d i a (1898-1977), p u b l i c a La tienda de muñecos e n 1927. E n 1984 sale a l a luz Opiniones para después de la muerte, que recoge textos escritos p o r él entre 1917 y 1 9 2 4 1 6 . S i los textos que c o m p o n e n estas co lecc iones n o son f ragmentos e n e l s e n t i d o q u e le a t r i b u y o a l v o c a b l o , s o n c u e n t o s - f r a g m e n t o s e n los que l a fragmentación textual izada los a p r o x i m a a los cruces espacio - temporales de l a l i t e ra tura fantástica. M i e n t r a s tanto , e n México , J u l i o T o r r i (1889-1970) ya había p u b l i c a d o Ensayos y poe­mas e n 1917, y en 1940, bajo e l título De fusilamientos, l a producc ión de las décadas anter iores . C o m o veremos, es n a t u r a l que esta fija­c ión d e l f ragmento , que desacredita las formas de l a " r e a l i d a d " d e l m o m e n t o , cambie c o n los subsecuentes c o m p i l a d o r e s y antólogos de l a arqueología l i t e rar ia .

1 5 Hasta la fecha, el único l ibro que estudia al fragmento como género y tra­ta de definirlo para el siglo xx es el de HARRIES (op. cit, pp 8-11). Para ella, la tra­dición del fragmento comienza con Petrarca, pasa por Sterne y Coleridge, y cu lmina con el romanticismo dieciochista francés, italiano, alemán y británico, a cuyo estudio se l imita. L a diferencia entre el argumento de Harries y el mío es que ella examina las "ruinas" textuales de varios textos extensos, y cómo cier­tos escritores los publ ican como entidades acabadas. Yo examino esas "ruinas" en sí, no como parte de u n texto mayor.

1 6 E n muchos sentidos, el autor de fragmentos no está exento de la "muer­te del autor" y la exacerbación de su producción. E n el caso de Cortázar, con Cartas desconocidas de Julio Cortázar (1992), El joven Cortázar (1993) —que reúne cartas, fragmentos de cartas, artículos críticos y reseñas (una de Salvo el crepúscu­lo) sobre el autor— y los tres volúmenes de su Obra crítica (1994) pone en jaque la noción de lo inédito. Sus Cuentos completos (1994) de hoy, como veremos, no son los de los Relatos de 1974, n i la totalidad de los que siguieron a éstos.

Page 9: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRl^H, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 459

Más h a c i a e l sur, e n e l E c u a d o r , P a b l o Pa lac i o p u b l i c a los "extraños" y seductores relatos de Un hombre muerto a puntapiés (1927) , más otros nueve textos escritos entre 1921 y 1930 que n o se r e u n i e r o n hasta l a publicación de su m a g r a o b r a c o m p l e t a en los años sesenta. Sus "novelas" ( s iempre cortas) n o se c o m p o n e n de capítulos s ino de párrafos i r regulares que se a p r o x i m a n a secuencias narrativas que q u i e r e n r e p r o d u c i r l a fragmentación de l a soc iedad d e l m o m e n t o . S o n , a l a vez, u n desafío que , c o m o otros c o m p o n e n t e s d e l f ragmento , cues t i onan l a neces idad de l a in ter ­pretación, l a u r g e n c i a de alejarse de los orígenes culturales . Más h a c i a e l sur tenemos las aguafuertes de R o b e r t o A r l t . Es l a m i s m a é p o c a en que O l i v e r i o G i r o n d o p u b l i c a Veinte poemas para ser leídos en el tranvía (1922) , e inc luye los alegatos, adagios o máximas l l a ­m a d o s " M e m b r e t e s " c o m o parte de la co lecc ión Calcomanías, de 1925. N o está de más r e c o r d a r que , entre 1924 y 1925, Q u i r o g a p u b l i c a en revistas cuarenta y cuatro textos sobre an imales , árbo­les, fieras y plantas (publ i cados e n 1967 c o n e l título genér ico De la vida de nuestros animales, t o m o 3 de las obras inéditas y desco­noc idas ) q u e n o son sólo textos p a r a niños s ino u n a m u e s t r a d e l f r a g m e n t a r i s m o e h i b r i d e z de textos que también p u e d e n ser vis­tos c o m o fábulas autobiográficas. P a r a esta é p o c a l a p o p u l a r i d a d de las novelas cortas de Vargas V i l a insta laba e n los campos c u l t u ­rales "bohemios " o progresistas l a neces idad de f ragmentar o supe­rar l a r ig idez de l a h i s t o r i a l i t e rar ia c o n l a inclusión de textos "periféricos". S o n los años de lo que J o r g e Schwartz, c u a n d o h a b l a de l a c onex i ón entre G i r o n d o y O s w a l d de A n d r a d e , h a l l a m a d o "vanguardias enfrentadas". Es u n campo cultural—entendido c o m o luchas p o r legit imarse , según B o u r d i e u - — e n que varias redes inte ­lectuales asociadas a u n a m o d e r n i d a d o a u n a i z q u i e r d a def in idas drásticamente se d i sputaban l a hegemon ía c u l t u r a l .

L a discusión se d a sobre todo e n revistas especial izadas que l o g r a n cons t ru i r u n a esfera in te l e c tua l e n pocos años y pocos n ú m e r o s 1 7 . E n u n c a m p o c u l t u r a l tan po l émico n o era difícil e n c o n t r a r evaluaciones precursoras y c larividentes de l o m a r g i n a l . Borges , c o l a b o r a d o r e n esas revistas y en otras de m e n o s j e r i g o n -

1 7 Véase América. Cahiers du CRICCAL, 1 9 8 9 , núms. 4 / 5 , dedicado a "Le Dis-cours culturel dans les revues Latino-Américaines de l 'entre deux-guerres 1 9 1 9 -1 9 3 9 " . Es un proyecto continuo, que en los núms. 9 / 1 0 ( 1 9 9 1 ) , examina los años 1 9 4 0 - 1 9 7 0 . Véase también el capítulo 4 (pp. 9 8 - 1 2 1 ) de BOYD G . CÁRTER, Historia de la literatura hispanoamericana a través de sus revistas, Ediciones de Andrea , Méxi­co, 1 9 6 8 .

Page 10: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

460 W I L F R I D O H . C O R R A L NRFH, X L I V

za , l l a m a "acotación" a l a n o t a que inc luye sobre a q u e l l i b r o de G i r o n d o e n El tamaño de mi esperanza18, y a f i rma :

G i r o n d o es u n v i o l e n t o . M i r a l a r g a m e n t e las cosas y de g o l p e les t i r a u n m a n o t ó n . L u e g o , las estruja , las g u a r d a . . . Sé q u e esas trazas son inst int ivas e n él, p e r o p r e t e n d o i n t e l i g i r l a s . G i r o n d o i m p o n e a las pas i ones d e l á n i m o u n a manifestación v i sua l e i n m e d i a t a ; afán q u e d a c i e r t a p o b r e z a a su est i lo ( p o b r e z a h e r o i c a y v o l u n t a r i a , ent ién­dase b i e n ) p e r o q u e le c o n s i g u e re l ieve . L a a n t e c e d e n c i a d e ese m é t o d o p a r e c e estar e n la c a r i c a t u r a y señaladamente e n los d i b u j o s a n i m a d o s d e l b i ó g r a f o 1 9 .

Borges tal vez descalificó este texto p o r q u e n o cabía e n e l p r o ­yecto universal ista que se propon ía c o m o parte de l a élite l i t e r a r i a d e l m o m e n t o . C o m o arguye c o n v i n c e n t e m e n t e Víctor Farías, se trata más b i e n de u n a infravaloración a posteriori de l a crítica c r i o l l i s ta de las l i teraturas uruguaya , a rgent ina , española e i n g l e ­sa. Esto n o fue h e c h o , sigue Farías, p o r mot ivos humanis tas , s ino p o r q u e Borges quería c u b r i r así los supuestos reacc ionar ios de su o p c i ó n c r i o l l i s t a 2 0 . E n esa m i s m a A r g e n t i n a , c o m o sabemos, M a c e -d o n i o Fernández p u b l i c a Papeles de recienvenido (1929) , co lecc ión a la c u a l se le va añadiendo los textos i gua lmente f ragmentados de Continuación de la nada (publ i cados c o n j u n t a m e n t e e n 1944) , más relatos, cuentos , poemas , miscelánea y "adelantos" narrat ivos de di ferentes épocas (1966) . E n efecto, p o r razones históricas r e l a ­c ionadas c o n e l m u n d o e d i t o r i a l y su públ ico — q u e n o s i empre se l i m i t a n a centros urbanos y cu l tura lmente hegemónicos c o m o B u e ­nos A i res o l a c i u d a d de México , piénsese p o r e jemplo e n las p u b l i ­caciones fragmentarias d e l Boletín Titikaka de P u n o , Perú, e n los años v e i n t e — se podría constru i r u n a h i s tor ia d e l f ragmento p o r países, a u n q u e sus puls iones creativas serían difíciles de p r e c i s a r 2 1 .

1 8 Proa, Buenos Aires, 1926, pp. 92-95. 1 9 Ut i l i zo ahora la edición de Seix Barral , Barcelona, 1994, pp. 88-89. 2 0 La metafísica del arrabal. (El tamaño de mi esperanza ": un libro desconocido de

Jorge Luis Borges, Anaya 8c Mar io M u c h n i k , M a d r i d , 1992, pp. 14-24 passim. 2 1 Es el caso de Venzuela, desde Ramos Sucre y Garmendia , pasando por

Cadenas y sus "poemarios", Los cuadernos del desierto (1960) y Falsas maniobras (1966); o Montejo y su apócrifo El cuaderno de Blas Coll (1981), analizado como fragmento por RIVERA (Ulises y el laberinto, Fundarte, Caracas, 1983, pp. 71-87). Luego Trejo y la metafísica textualizada de Escuchando al idiota; y otros cuentos (1969), Al trajo trejo troja trujo treja traje trejo (1980) y Tres textos tres (1992), que reú­ne sus otros libros. Para la promoción inmediatamente anterior a Barrera y Quintero , a la cual añadiría Naturalezas menores (1991) de López Ortega, son igualmente precursores los "ejercicios narrativos" de Balza, que llegan hasta la

Page 11: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 461

L o que q u i e r o mos t rar c o n este r e c o r r i d o (al c u a l otros críti­cos sólo podrán a u m e n t a r , mas n o objetar textos) n o es l a l i m i t a ­c ión d e b i d a m e n t e f ragmentar ia de l a enumeración de Rivera . Más b i e n , q u i e r o señalar l a neces idad de i n c o r p o r a r a l estudio de las f o rmas breves y a l a h i s t o r i a l i t e rar ia u n corpus que faci l i te l a crea­c i ón de u n género que l a crítica deb i ó h a b e r establec ido hace m u c h o , tal vez s in r e c u r r i r a prefijos c o m o m i n i - o micro - . E n lugar de alentarse u n a discusión p r o f u n d a e n t o r n o a l o que p u d i e r a cance lar esos t ipos de categoría ab ierta , l o que hay es u n a l u c h a sofista p o r c a n o n i z a r e l c u e n t o o re lato breve. E l p r o b l e m a es que se establece u n a argumentación a l rededor de l a clasificación gené­r i c a s in aseverar que , e n lo que se def ine c o n t u n d e n t e m e n t e c o m o " cuento " , p r e d o m i n a l a narración y n o sus posibilidades, c o m o es ev idente e n e l f ragmento . ¿En qué se asemejan los textos de R a m o s Sucre , G a r m e n d i a , Pa lac i o , T o r r i , y M a c e d o n i o ? L a p r i ­m e r a reacción sería d e c i r que sus cuentos n o son cuentos , que sus ensayos n o son ensayos, o, c o m o pos tu la F e r r a r i acerca de R a m o s Sucre , son cantos o pseudorre latos históricos o míticos.

T o d o esto, p o r supuesto , es u n a reacción g u i a d a y establec ida p o r nuestras expectativas genéricas, p o r los hábitos que los p r o ­toco los y cod i f i cac iones de l a l e c t u r a nos h a n i m p u e s t o histórica­m e n t e . A n t e contrasent idos , paradojas , pensamientos opuestos y c ont rad i c to r i o s , neo log i smos y operac iones s imi lares n o sabemos qué hacer c u a n d o e l c a m b i o e n l a h i s t o r i a l i t e r a r i a se debe a fac­tores que n o son inmanentes . L a crítica genérica h a superado c o n creces l a n o c i ó n de que u n a f o r m a breve es u n a h i s t o r i a e n "semi­l l a " o "núcleo" , o que l a h i s t o r i a c o m p l e j a c o m b i n a las historias s imples m e d i a n t e t rans formac iones g e n e r a l i z a d a s 2 2 . L o m i s m o se p u e d e dec i r de l a f o r m a s imple , espec ia lmente si se t o m a e n c u e n ­ta q u e André J o l l e s 2 3 consideró l a o r a l i d a d c o m o u n o de sus ras­gos característicos. D e m a n e r a tangenc ia l , se p u e d e pensar que l a n o c i ó n de u n a "prosa o r a l " t iene que ver c o n l a in j e renc ia de c o m ­p i ladores o editores , c o n resultados n o s i empre felices. C r e o que este es e l "caso" de las t ranscr ipc iones d e l Arreóla de Y ahora la mujer... (1975) y de dos co lecc iones de 1976, Inventario y La pala­bra educación.

T o r r i , e n " L a opos ic ión d e l t e m p e r a m e n t o o ra to r i o y e l artís­t i co " , m u e s t r a su antipatía "por las sensibi l idades ruidosas , p o r las

reedición de algunos de ellos en Tres ejercicios narrativos (1992). 2 2 Véase GERALD PRINCE, A grammar of stories, M o u t o n , The Hague, 1973.

Formes simples [1930], trad. A . M . Buguet, Seuil , Paris, 1972.

Page 12: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

462 W1LFRIDO H . CORRAL NRFH, X L I V

naturalezas comunicat ivas y plebeyas, p o r esas gentes que o b r a n s i empre en n o m b r e de causas vanas y a l t i s onantes " 2 4 . S i u n o se g u i a r a p o r l a terminología de Jo l l es , e l f ragmento ocuparía u n c a m p o tex tua l i n t e r m e d i o entre los que él l l a m a "caso" y " m i r a b i -l e " , e spec ia lmente si se c o n s i d e r a l a f recuente textualización de s i tuaciones inte lectuales límite. P a r a e l c a m p o c u l t u r a l h i s p a n o a ­m e r i c a n o t iene sent ido l a sugerenc ia g e n e r a l de Fowler : l a crítica genér i ca h o y d e b e p r e o c u p a r s e más p o r i d e n t i f i c a r n u e v o s gé­neros y tipos de carácter p u r a m e n t e f o r m a l 2 5 . Las máximas de L a R o c h e f o u c a u l d n o dejarán de serlo p o r e l h e c h o de que e l contex­to de u n f ragmento h i spanoamer i cano p r o d u z c a r ip ios o ristras en e l presente de l a h is tor ia l i terar ia de l cont inente o de O c c i d e n t e 2 6 .

A h o r a estamos más acos tumbrados a l a l e c t u r a de estos p r o ­c e d i m i e n t o s textuales, c o n e l e l e m e n t o añadido de que l a h isto ­r i c i d a d e n el los es más patente en Hispanoamérica d e b i d o a los c o n g l o m e r a d o s referenciales i n m e d i a t o s que temat izan y e n g e n ­d r a n . A p r i n c i p i o s de los años setenta, estos embragues textuales e r a n u n h e c h o fehac iente e n América L a t i n a . Se hab laba , tal vez co r rec tamente , de l a "destrucción" de las narrac iones , de ant i l i te ­r a t u r a y de los nuevos lenguajes, todo e n e l m a r c o de l a l i t e r a t u r a c o m o experimentación. Estos síntomas y s imbiosis se d a n p o r sen­tados e n e l locus classicus crítico c u a n d o se ref iere a l a destrucción contemporánea de los g é n e r o s 2 7 . D e l a m i s m a m a n e r a , sabemos

2 4 Tres libros, F . C . E . , México, 1964, p. 15. 2 5 ALASTAIR FOWLER, "The füture of genre theory: Furictions and construc-

tional types", Thefuture of literary theory, ed. R. Cohén, Routledge, New York, 1989, p. 29.

26 p o r cierto, no olvido los poemas narrativos dejacques Prevert. L o digo así porque el olvido es una fuerza motriz en la historia literaria. Por ejemplo, Pierre Jean jouve (1887-1976) dejó de escribir ficción en 1935, excepto por su prosa a medio camino entre poema y cuento minimalista. Esta ha sido olvidada. Res­pecto a la lógica de las posibilidades narrativas, Prince define sus "historias míni­mas" como la conjunción de oraciones que expresan tres sucesos. E l pr imero y el tercero son pasivos, el segundo, activo. Los sucesos y las oraciones se arman de acuerdo con una secuencia temporal, el tercer suceso es causado por el segundo. L a "historia mínima" será el axioma de una gramática generativa de historias elaboradas por transformaciones. U n ejemplo serían los tipos de narra­tiva que se podrían elaborar de "Estaba feliz, entonces conoció a u n escritor de fragmentos, y como resultado, estaba descontento". E l problema es que este esquema, básicamente estructuralista, es renuente y excluye formas narrativas que se puedan estructurar por asociación.

2 7 Véase HAROLDO DE CAMPOS, "Superación de los lenguajes exclusivos", en América Latina en su literatura, ed. C. Fernández, Siglo X X I - U N E S C O , México-Paris, 1972, pp. 279-300. De los autores que menciono sólo se discuten los ya

Page 13: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFÍl X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL F R A G M E N T O 463

q u e el rechazo de tales textos c o m o "extraños" n o r a d i c a tanto e n su c o m p o s i c i ó n he terogénea s i n o e n e l carácter p a r c i a l de su r e c e p c i ó n histórica. L o q u e se c o n f r o n t a e n e l f r a g m e n t o es o t r e d a d , d i f e r e n c i a , a r b i t r a r i e d a d , f i n d e l contrato mimét ico tra­d i c i o n a l ; y sobre todo l a autonomía d e l texto. S i n d u d a , estas c o n ­d i c i ones c o n d u c e n a l e n s i m i s m a m i e n t o que de f ine l a práctica de l a p r o s a h i s p a n o a m e r i c a n a de las décadas poster iores . A l m i s m o t i e m p o la caída e n desgrac ia d e l género l i t e rar i o y e l e m p u j e a n t i ­genér i co de l a crítica contemporánea h a n d a d o o r i g e n , paradó­j i c a m e n t e , a u n a ava lancha de p u b l i c a c i o n e s c o m p l e t a m e n t e de­c ididas a p r o b a r lo exagerada que h a sido l a mu e r t e de los estudios genér i cos 2 8 .

L o s f ragmentos o f recen l a p o s i b i l i d a d de que se los; arregle y se lecc ione de tal f o r m a que c u a l q u i e r organización sea válida, p e r o n i n g u n a represente e l o r d e n " correcto" . E l f ragmento susci­ta u n a l e c t u r a a l azar, y desde él. L o s autores de d iar ios a p a r e n ­temente presentan entradas azarosas y p i d e n a su a u d i t o r i o que encuentre e n ellas n o u n o , s ino varios s ignif icados. P o r lo genera l , este t ipo de l e c t u r a c u m p l e c o n u n a ans iedad (tal vez c o m p r e n s i ­ble) de parte de los lectores p o r a l canzar u n a c o n t i n u i d a d n a r r a ­tiva, u n estatuto lóg ico p a r a los c o m p o n e n t e s narrat ivos . E n lugar de var iac iones y repet i c iones . Este p a r a d i g m a de l e c t u r a l i n e a l es difícil de h a l l a r e n los f ragmentos , p o r q u e hay e n el los u n a dis­yunción entre teoría y práctica, l o que n a t u r a l m e n t e activa otros t ipos de l e c tura . E n los f ragmentos se n i e g a n los esencial ismos, se admite que los asuntos de s i m i l a r i d a d se d e t e r m i n a n p o r m e d i o de los contextos y los intereses creados, y se a f i r m a n las func iones per ­sonales engendradas soc ia lmente . Se a d mi te , entre otras cosas, que todos los sistemas cerrados n o son más que postulados in ter -

canonizados, y Felisberto merece una sola alusión. Cabe señalar que desde Mukarovski sabemos que la incompatibi l idad es lo que define a los cánones y, de éstos, los más nuevos confrontan u n mayor número de obstáculos. Por lapi ­dario que parezca, ésta sigue siendo la situación hispanoamericana. Para una puesta al día véase WALTER MIGNOLO, "Canons a(nd) cross cultural boundaries (or, whose canon are we talking about)?", Poetics Today, 12 (1991), 1-28. Por otro lado, la legitimación del fragmento se basa no sólo en su recepción crítica, sino también en el reconocimiento por parte del oficialismo literario, como cuando se le otorga a Dante M e d i n a el Premio Casa de las Américas 1994, en el género "cuento", a su l ibro de fragmentos Cómo perder amigos.

2 8 Véase WILFRIDO CORRAL, Lector, sociedad y género en Monterroso, C I L L - U n i -versidad Veracruzana, Xalapa, 1985, pp. 27-32 passim.

Page 14: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

464 WILFRIDO H. CORRA!, NRFH, X L I V

nos d e l espacio c reado p o r estas categorías 2 9 . L a distinción lógica que se podría establecer entre f ragmento , parte y pedazo es i n c o n ­secuente , pues e n l a l e c t u r a d e l p r i m e r o se progresa h a c i a la c o n ­sideración de u n a t o t a l i d a d breve; esta n o es utópica p o r q u e los lectores l a re -generan p a r a a t r i b u i r c i er ta espec i f i c idad estética a esa p r o d u c c i ó n l i t e r a r i a apenas ale jada de valores extraestéticos.

C o m o s i empre , es m e j o r expresar este t ipo de digresión teóri­c a c o n las palabras de u n o de los pract icantes d e l f ragmento . E n e l texto " E l ensayo c o r t o " T o r r i d ice :

E l ensayo corto ahuyenta de nosotros la tentación de agotar el tema, de decirlo desatentadamente todo de una vez. Nada más lejos de las formas puras de arte que el anhelo inmoderado de perfección lógi­ca. E l afán sistematizador ha perdido todo crédito en nuestros días, y fuera tan ocioso embestirle aquí ahora, como decir mal de la hoguera en una asamblea de brujas.

N o es el ensayo corto, sin duda alguna, la más adecuada expre­sión literaria n i aun para los pensamientos sin importancia y las ideas de más poca monta. Su leve contenido de apreciaciones fugaces — e n que debemos detener largo tiempo la atención so pena de dañar su delicada fragancia— tiene más apropiada cabida en el cuer­po de una novela o tratado... Es el ensayo corto la expresión cabal, aunque ligera, de una idea. Su carácter propio procede del don de evocación que comparte con las cosas esbozadas y sin desarrol lo 3 0 .

P o r su parte , y a su m a n e r a , M a c e d o n i o mani f i es ta e n e l p r i ­m e r párrafo de su " M o d e l o de disculpas p a r a inasistentes a u n b a n ­quete" : "So l i c i to se m e p i d a t o m a r l a p a l a b r a s in a n u l a r m i cond i c i ón de inasistente que se d i s c u l p a a p u r a d a m e n t e , pues m e toca faltar, de c i r l a d i s c u l p a e i r m e , t odo e n los c i n c o m i n u t o s reg lamentados d e l estar s in a s i s t i r " 3 1 . E n t r e los dictámenes de T o r r i y los trabalenguas y "teorías" de M a c e d o n i o se e n c u e n t r a n otros c o m p o n e n t e s d e l f ragmento , y todos a p u n t a n a l d e b e r de repensar l a interpretación de l a h i s tor ia l i terar ia . L a prosa d e l frag­m e n t o está l l e n a de yuxtapos i c iones y extravagancias; es cabalísti­ca, h u i d i z a . Estas cond i c i ones se p u e d e n dar e n e l pre-texto. T o r r i ,

2 9 JOSEPH MARGOLIS, "Genres, laws, canon, principies" , en Rules and conven-tions: Literature, philosaphy, social theory, ed. M . Hjort , The Johns Hopk ins U n i -versity Press, Balt imore, 1992, p. 154 passim.

3 0 E l ensayo se encuentra reunido en Tres libros, utilizo la edición de 1964 que ya he citado (cf. supra, nota 24), p. 33.

3 1 Papeles de recienvenido, Centro Edi tor de América Lat ina , Buenos Aires , 1966, p. 71.

Page 15: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 465

p o r e jemplo , h u b i e r a q u e r i d o que sus Ensayos y poemas se l l a m a r a n "fantasías mex i canas " , p e r o G e n a r o E s t r a d a cambió su t í tulo 3 2 . T o r r i sometía b u e n a parte de sus f ragmentos inéditos a u n proce ­d i m i e n t o de supresión y condensac ión que d a b a p o r resul tado textos autónomos de los géneros ensayo o c u e n t o 3 3 .

Es fact ible que n o todos estos procesos de reelaboración nos p u e d a n convencer de l o que es u n f ragmento . E n u n m o m e n t o en q u e casi todo pros ista parece tener o q u e r e r tener u n a c o m p i l a ­c i ón de f ragmentos , e l r u m a n o C i o r a n , tal vez hoy e l autor que j u n t o c o n C a n e t t i se acerca más a l a combinac ión fluida de filo­sofía y a for ismo, nos de f ine e l anto jo de l a operac ión textual e n u n a co lecc ión de este t ipo de texto. E n l a c o n t r a p o r t a d a de su Aveux et anathèmes C i o r a n d e t e r m i n a que :

D a n s t o u t l ivre o ù le F r a g m e n t est r o i , les vérités et les lub ies se côto ient d ' u n b o u t à l ' a u t r e . C o m m e n t les d issoc ier , c o m m e n t savoir ce q u i est c o n v i c t i o n et ce q u i est capr i ce? T e l p r o p o s , f r u i t de l ' i n s ­tant, p r é c è d e o u suit te l autre q u i , c o m p a g n o n de toute u n e v ie , s'élève à l a dignité d ' u n e obsses ion . C 'es t a u l e c t e u r de fa ire le départ, p u i s q u e aussi b i e n , dans p l u s d ' u n cas, l ' a u t e u r lui -même hésite à se p r o n u n c i e r 3 4 .

Así visto, e n l a construcción d e l f ragmento se d a constante­m e n t e u n a " g e n e r i c i d a d textua l " . Es dec i r , los e lementos de u n texto se re f i e ren a u n a función m o d e l a d o r a o m a n i p u l a d o r a eje­c u t a d a p o r otros textos. Q u e u n texto asuma u n a definición gené­r i c a n o i m p l i c a que las reglas que se le a p l i q u e n d e b a n reduc irse a las que se asoc ian c o n e l género escogido. L a o m n i p r e s e n c i a de

3 2 Aunque no había una conciencia de grupo o de generación literaria, las redes entre algunos de estos autores existían, con la variante de precursor, maes­tro, cómplice, simpatizante o amigo. Por cierto, la red se da en varios niveles. Ta l es el caso entre Garmendia y T o r r i (SERGE I . ZAÏTZEFF, 'Jul io Garmendia y J u l i o T o r r i : dos espíritus afines", Gaceta delF.C.E., 1993, núm. 269, 42-46), Macedonio y Borges (SONIA MATTALÍA, "Macedonio Fernández/Jorge Luis Borges: la supers­tición de las genealogías", CuH, 1992, núms. 505/507, 497-505), éste (o todos) y Gómez de la Serna, Cortázar y Pinera (ANTONIO FERNÁNDEZ FERRER, " E l dispara­te claro en Cortázar y Pinera" , en Encuentro con América Latina. Historia y literatura, eds. S. Mattalía y j . del Alcázar, Universität de Valencia , Valencia, 1993, pp. 166-186), Arreóla y Monterroso, etc. Estoy consciente de la extensa bibliografía acer­ca de Felisberto y de los otros autores que incluyo en m i selección. Sólo me refiero a la más importante entre la contemporánea.

3 3 SERGE I . ZAÏTZEFF, "LOS textos breves de Ju l io T o r r i " , Sábado, suplemento de Unomásuno, 1994, núm. 877, 1-2.

3 4 Ga l l imard , Paris, 1987.

Page 16: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

466 W I L F R 1 D O H. CORRAL NRFH, X L I V

factores evaluadores e n las teorías genéricas se observa n o sólo d e n ­tro de l a descripción de u n género d a d o s ino también e n l a c las i ­ficación de los diversos géneros : " T o the h i e r a r c h y o f works w i t h i n a genre co r responds a h i e r a r c h y a m o n g the various g e n r e s " 3 5 .

E n v e r d a d n o p u e d e h a b e r u n a versión fact ible o ag lu t inante d e l decá logo d e l per fecto pract i cante d e l f ragmento , p e r o sí u n a versión m a y o r y yuxtapuesta que n o agote e l tema, o si se pre f ie ­re , i n t e r t e x t u a l e n su pos ib le sistematización. Esta debería i n c l u i r los s iguientes m a n d a m i e n t o s :

1. Tensión o presión genérica multifacética y auto impues ta res­pecto a extensión, rasgos, temática y f o rma(s ) .

2. T i p o f ronter i zo y escueto, asociado a l a prosa poética o p o e m a e n prosa .

3. Tiranía lúdica o pseudofilosófica e n e l "mensaje" y l a escr i tu ­r a o re -escr i tura c o m o protagonis ta .

4. N e c e s i d a d de " e n t r e c o m i l l a r " e l texto e i m b r i c a r l e archicódi-gos exp l i cator ios .

5. Pró logos o posfacios c o m o m a r c o c o n c e p t u a l d e l calco o l a concis ión.

6. A n h e l o de sabiduría a tempora l basado e n presunta exper ienc ia . 7. Ironía c o m o atentado constante a l a ser iedad y c o m o parte de

u n h u m o r cáustico. 8. C u l t e r a n i s m o y c o n c e p t i s m o asumidos v iscera lmente . 9. Crítica social asumida , aunque n o c o m o componente exclusivo.

10. A u s e n c i a total de c o n c i e n c i a de g r u p o o poética c o m p a r t i d a . 11. L a ficción c o m o h e c h o discursivo genera lmente a u t ó n o m o y

enigmático. 12. N a r r a t i v a de ecos, c i r cu lar idades , pal impsestos y reflejos. 13. Eliminación de expectativas convencionales y alteración de tra­

d i c i ones recogidas .

3 5 JEAN-MARIE SCHAEFFER, "Literary genres and textual genericity", trad. A . Otis, en RALPH C O H E N , op. cit., p. 1 7 9 . L a totalidad de las teorías de Schaeffer se encuentra en su Qu'est-ce quun genre littéraire, Seuil , Paris, 1 9 8 9 . Aparte de los estudios genéricos que analizo para la obra de Monterroso (Lector, sociedad y géne­ro...), véanse las revisiones de H E L M U T HAUPTEMEIER, "Sketches of theories of genre" (Poetics, 1 6 , 1 9 8 7 , 3 9 7 - 4 3 0 ) , y ADENA ROSMARIN (The power of genre, Univer ­sity of Minnesota, Minneapolis , 1 9 8 5 ) , este último analizado por J . MARGOLIS (art. cit.); la proyección de FOWLER (art. cit.) y los clásicos contemporáneos sobre el tema editados por MIGUEL GARRIDO GALLARDO, Teoría de los géneros literarios (Arco Libros , M a d r i d , 1 9 8 8 ) .

Page 17: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, XLIV POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 467

14. C u a n d o se d a n , política y ficción c o m o discursos u n i d o s i r r e ­d u c t i b l e m e n t e .

15. S igno móvil que p r o p o n e u n a n u e v a sintaxis narrat iva y cons­tantemente pros c r ibe características que p e r m i t e n u n a t ipo ­logía.

16. C u a n d o se exp layen e n personajes, que éstos n o sean tipos o caracteres s ino que a d q u i e r a n e l n ive l semiótico de actores o cantantes.

S i se ensayara u n a definición d e l f ragmento (y aquí reviso m i texto de 1981) ésta tendría que r e c o n o c e r que aborrece c u a l q u i e r escr i tura que sea estilística o temáticamente estática, c o m p l e t a , r e d o n d a . D i c h o c o n otras palabras : l a m e t a d e l f ragmento n o es tanto d i r ig i rse h a c i a u n a conclusión c o m o m a n t e n e r u n a tensión suelta , a pesar de q u e t i tu lar sea consagrar . Esta pos tura o x i m o -rónica es su presenc ia ; es esencial p a r a e l texto, se construye e n él y se siente e n l a l e c tura , tal vez p o r q u e e l f ragmento es f recuente ­m e n t e u n a escr i tura tautológica e n prosa re f inada , lo cua l n o se p u e d e argüir p a r a c u a l q u i e r texto corto . P o r o t ro lado , se tendría q u e cons iderar que p a r a c u a l q u i e r definición, los f ragmentos ten ­drán que superar e l espinoso asunto de l a opos ic ión prosa-poesía.

N o es difícil observar e n los textos h i s p a n o a m e r i c a n o s de las p r i m e r a s cuatro décadas de este siglo —textos ya m e n c i o n a d o s — , u n a act i tud análoga c o n las características estructurales de l a l i tera ­t u r a o c c i d e n t a l de m i t a d d e l s iglo p o r acabar. E n ésta, "los estilos emot ivo , f i g u r a d o , p e r s o n a l , etc., p r e d o m i n a n e n l a «poesía» , mientras que l a ficción se caracteriza a m e n u d o p o r e l p r e d o m i n i o d e l estilo r e f e renc ia l . D e b e agregarse que l a l i t e r a t u r a c o n t e m p o ­ránea t i ende a i g n o r a r esta o p o s i c i ó n " 3 6 . Después de los años cua­r e n t a e l f r a g m e n t o se convierte e n parte i n t e g r a l de l a l i t e ra tura "act iva" p r o d u c i d a p o r l a p r o s a h i s p a n o a m e r i c a n a . L a d i f e r e n c i a entre e l m u n d o c o m o algo que se e x p e r i m e n t a e n acc iones y e l m u n d o c o m o algo representado e n e l d iscurso n o sólo se in f i ere s ino que se d i luye . E l lenguaje , a l t i e m p o que se convierte e n p r o ­tagonista, es más fluido, m e n o s pr iv i l eg iado y autosuf ic iente , y e l f r a g m e n t o aparece e n e l c ruce de ese t ipo de lenguaje c o n u n a geometr ía d e l sent ido , c u a n d o éste se p i e r d e . L a brevedad d e l f r a g m e n t o es e l recurso ant ihegemónico más f recuente ; e n él, las

3 6 TZVETAN TODOROV, "Géneros literarios", en Oswald Ducrot y Tzvetan Todo-rov, Diccionario enciclopédico de las ciencias del lenguaje, trad. E. Pezzoni , Siglo X X I , Buenos Aires, 1974, p. 182.

Page 18: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

468 W I L F R I D O H . C O R R A L NEFH, X L I V

tematizac iones t i e n d e n a asombrar menos , e l autor h a m u e r t o y l a crítica c o m i e n z a a c ontaminarse d e l m a n u a l que ofrece l a p r o s a onírica que l e e 3 7 . N a t u r a l m e n t e , esta prosa n o se d a e n u n vacío estético o soc ia l , a u n q u e su s i n g u l a r i d a d a veces se base e n u n a sola o b r a , c o m o e n e l caso de A n t o n i o P o r c h i a (1886-1968). S u co lecc ión Voces (1943, y varias ed i c iones hasta 1992) t iene a f i n i ­dades c o n las escrituras budistas y taoístas, K a f k a y B l a k e . E n t r e l a sentenc ia y lo ef ímero, las "voces" de P o r c h i a son paradigmas p a r a esta época d e b i d o a su c o n t e n i d i s m o y d iscurs iv idad fugaces. A l g u n o s e jemplos de esas voces: " Q u i e n m e t iene de u n h i l o n o es fuerte ; l o fuerte es e l h i l o " , o "Todos mis pensamientos son u n o solo. P o r q u e n o he de jado de pensar" , nos m u e s t r a n que las voces n o son apotegmas n i n i n g u n o de los otros términos que he e m p l e a d o , s ino l a expresión de u n "pensamiento pol iédrico , tal vez « facetado», que d ice de sí lo que d iversamente e l lector t iene e n s í " 3 8 . P a r a l a é p o c a de P o r c h i a , y p a r t i c u l a r m e n t e p a r a e l área r ioplatense , Fel isberto p u b l i c a b a p o r p r i m e r a vez, e n revistas pasa­jeras , varios de los cuentos f ragmentados r e u n i d o s p o s t e r i o r m e n ­te en Primeras invenciones (1969) y e l paradigmático relato "Las dos histor ias" , i n c l u i d o después e n Nadie encendía las lámparas (1946) . Este c ont i ene " L a v is i ta" , " L a ca l l e " y " E l sueño" , textos que Fe l i s ­ber to l l a m a "trozos" y que le s irven p a r a p o t e n c i a r persecuc iones discursivas que u n e n v i d a y l i teratura . E n su edición de aque l l i b r o de relatos, E n r i q u e M o r i l l a s evalúa c o n ac ierto "Las dos h is tor ias" y a p u n t a : " S i los f ragmentos in ic ia les h u b i e s e n q u e d a d o c o m o tales, tendríamos e l t es t imonio de u n escritor . A l conseguir inte -

3 7 U n excelente registro de géneros menores (que excluye al fragmento) es el editado por FRITZ NIES, Genres mineurs: Texte zur Theorie und Geschichte nichtka­nonischer Literatur, W i l h e l m Fink, München, 1978. Nies provee una lista, mien ­tras que GÉRARD GENETTE (Palimpsestes: la littenature au second degré, Seuil , Paris, 1982 y Seuils, Seuil , Paris, 1987) examina los textos como principios básicos para la acción cultural y el fluir de esa prosa hacia la tribuna, viaje común en la ensa-yística hispanoamericana. Véase también Prosakunst ohne Erzählen. Die Gattungen der nicht-fiktionalen Kunstprosa, ed. K. Weissenberger, Niemeyer, Tübingen, 1985, que incluye el fragmento entre géneros no ficticios (sie) como el aforismo, auto­biografía, biografía, carta, diálogo y ensayo.

3 8 L E Ó N BENARÓS, Antonio Porchia, Hachette, Buenos Aires, 1988, p. 18. Bena-rós provee no sólo u n estudio y antología temática, sino también una fascinan­te colección de testimonios, juicios críticos y cartas inéditas. Todos estos textos se caracterizan, como era de esperarse, por su fragmentarismo. Respecto al pen­samiento Zen, véase el estudio de ALBERTO LUIS PONZO, Antonio Porchia, el poeta del sobresalto, Epsi lon Editora , Buenos Aires, 1986.

Page 19: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 469

grarlos narrat ivamente, Felisberto Hernández p u d o contarnos los avatares d e l of ic io , l a índole m i s m a de l a producción d e l r e l a t o " 3 9 .

¿En qué r e s i d e n las pos ib i l idades narrativas de este t ipo de f ragmento? J o r g e P a n e s i p r o p o n e q u e los p r i m e r o s relatos de Fe ­l i sberto :

más que encadenamiento j e rarquizado de sucesos, constituyen sumatorias, suma de escenas narrativas metonímicamente super­puestas. Esta superposición contiene en sí u n núcleo de fijeza, de estatismo, como si fuesen escenas a contemplar por u n espectador hipotético que no podrá otorgarles movimiento y que está constre­ñido a indagar o investigar u n misterio o u n significado que escapa siempre 4 0 .

U n c o m e n t a r i o a n t e r i o r p r o p o n e : "Dos pos ic iones básicas y corre ­lativas g e n e r a n ficción e n Fel i sberto Hernández. L a p r i m e r a d e r i v a de l a p o b r e z a d e l artista y de su i m p o s i b i l i d a d de c o m p r a r objetos deseados; l a s egunda de l a p o b r e z a d e l m e r c a d o de arte: d i f i c u l t a d p a r a v e n d e r l o " 4 1 . P e r o u n estudio más c o m p l e t o de l a t o ta l idad de sus relatos revela que se e n g e n d r a n , a l n ive l d e l e n u n ­c iado y de l a enunciac ión, p o r m e d i o de redes de e x c e n t r i c i d a d , d i v e r g e n c i a y c o n v e r g e n c i a 4 2 . C o n sus debidas variantes sociales y metaf ict ic ias , n o es osadía crítica e x t e n d e r este c r i ter i o a l frag­m e n t o de l a época , p e r o c o m o e l f ragmento es también u n texto limítrofe, su progresión crono lóg ica destruye fácilmente l a adhe­sión a épocas. Sus propuestas epistemológicas, después de todo , n o t i e n e n n a d a que ver c o n l a obsesión o l a transcripción teórica pos ter i o r a l m o m e n t o de su aparición i n i c i a l . Pensemos e n que si los comentaristas de Heráclito se o c u p a n de investigar si sus frag­m e n t o s son auténticos, dudosos , apócrifos o adul terados , es por ­q u e esa es su condic ión sirte qua non p a r a las a t r ibuc iones que p u e d e postu lar l a h i s t o r i a l i t e rar ia . H e i d e g g e r se p r e g u n t a c o n qué a u t o r i d a d u n f ragmento de hace mi les de años p u e d e h a b l a r a l l ec tor de hoy (op. cit., p. 16). Según l a c o n t e m p o r a n e i d a d (nues­tra) e n que se inscr ibe este último acto interpretat ivo , seguir l a pis­ta de l a enseñanza "objet ivamente co r rec ta " de Heráclito qu iere

3 9 Cátedra, M a d r i d , 1993, pp. 63-64. 4 0 Felisberto Hernández, Beatriz Viterbo, Rosario, 1993, pp. 35-36. 4 1 JOSEFINA LUDMER, " L a tragedia cómica", Escritura, 1982, núms. 13/14,

p. 1 1 3 / 4 2 Véase A N A MARÍA BARRENECHEA, "Ex-centricidad, di-vergencias y con-ver-

gencias en Felisberto Hernández", Textos hispanoamericanos, Monte Avi la , Cara­cas, 1978, pp. 159-194.

Page 20: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

470 W I L F R I D O H . C O R R A L NRFH, X L I V

d e c i r r ehusar a exponerse a l r iesgo sa ludable de ser desconcerta ­d o p o r l a v e r d a d de u n pensamiento . Esta h a s ido l a r e sonanc ia de Héraclito e n Hispanoamérica, según C a p p e l l e t t i 4 3 .

S i esta es l a h i s t o r i a l i t e rar ia que estamos cons t ruyendo , hay que n o t a r que e n Hispanoamérica l a ficción instantánea, c o m ­pacta , y que f r e cuentemente d a c r e d i b i l i d a d a l o fantástico, s i em­p r e h a t e n i d o u n a acog ida s ingular entre los prosistas. Borges y B i o y Casares, e n l a " N o t a p r e l i m i n a r " de su antología Cuentos bre­ves y extraordinarios ( 1 9 5 5 / 1 9 6 7 ) , nos aseguran que " l a anécdota, l a parábola y e l re lato h a l l a n aquí h o s p i t a l i d a d , a cond i c i ón de ser breves. L o esencial de l o narrat ivo está, nos atrevemos a pensar , e n estas piezas; l o demás es ep i sod io i lustrat ivo , análisis ps ico lógico , feliz o i n o p o r t u n o a d o r n o verba l " . Estos cr i ter ios acerca de l a pos i ­b i l i d a d narrat iva — q u e r e m i t e n a los pr iv i leg ios p r o d u c i d o s p o r e l i n g e n i o — les p e r m i t e n c o m p i l a r textos heterogéneos que rebasan m o l d e s de diversas n a c i o n e s y épocas . C o m o c r i t e r i o s l i t e r a r i o s son just i f i cables . Después de todo , l a h i s t o r i a l i t e rar ia presenta lo h e t e r o g é n e o , p o r e j e m p l o , l a n a r r a t i v a p o p u l a r c o m o fusión de c u l t u r a s , l o c u a l sería d a r l e a l m i t o u n a f o r m a más l i b r e . N o es arr iesgado creer que ex i s t i e ron d i chos popu lares e n los que se basaron los presocráticos c o m o Heráclito p a r a crear sus f r a g m e n ­tos. L o s que los i m i t a r o n h i c i e r o n lo m i s m o , y así sucesivamente. Y este patrón n o se h a a b a n d o n a d o p a r a e l f ragmento h i s p a n o a ­m e r i c a n o . P e r o n o hay que c o n f u n d i r renovadores c o n i n n o v a ­dores . C o m o consecuenc ia , l a h i s t o r i a l i t e rar ia ac tual , e n lo que tenga de exacta (véase P e r k i n s ) , debe saltar de género a género p a r a tratar de fijar l a l i b e r t a d y va lor d e l f ragmento , p o r q u e este es más que e l viaje l i t e rar i o de l a frase fel iz .

Borges y B i o y Casares s in d u d a tenían absoluto c o n o c i m i e n t o de esta situación. N o obstante l a r e a l i d a d genérica, su estratagema

4 3 ANGEL CAPELLETTI, La filosofía de Heráclito de Efeso, Monte Avi la , Caracas, 1 9 6 9 , pp. 1 7 3 - 1 7 6 . CHARLES SCOTT explica la simpatía de Heidegger por la com­binación de oscuridad y claridad de Heráclito (en " T h i n k i n g non-interpretively: Heidegger on technology and Heracl itus" , Epoché, 1, 1 9 9 3 , p. 3 6 ) . C o n base en el griego, Heidegger y F ink establecen u n diálogo respecto a la verdad, el ser y el conocimiento; con el propósito de elevar el texto del lugar común a u n esta­do superior, a la diferencia entre lo uno y lo diverso. Se examina esta lectura en Heidegger on Heraclitus: A new reading, eds. K . Maly, Se P. E m a d , Edwin M e l l e n Press, Lewiston, N Y , 1 9 8 6 . JEAN LÉVÉQUE, Lefragment I, Editions Osiris, Paris, 1 9 8 9 , estudia las funciones precisas del fragmento en el pensamiento heideggeriano, mientras PAOLO VALESIO, "The fragment", Novantiqua: Rhetorics as a contemporary theory, Indiana University Press, B loomington , 1 9 8 0 , pp. 1 7 2 - 1 8 4 , lo examina en términos del discurso autorial y su ideología.

Page 21: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 471

m o t r i z n o de ja de ser l a brevedad . C a l v i n o discute esta antología e n u n apartado sobre l a " R a p i d e z " , y añade: "Yo qu i s i e ra p r e p a r a r u n a co lecc ión de cuentos de u n a so la f r a s e " 4 4 . E l p r o b l e m a , d i ce , es que n o e n c u e n t r a n i n g u n o que supere a " E l d i n o s a u r i o " de M o n t e r r o s o 4 5 . Cons i s tenc ia , exac t i tud , l igereza , m u l t i p l i c i d a d , r a ­p i d e z y v i s i b i l i d a d son las v ir tudes card inales de l a o b r a l i t e rar ia p a r a C a l v i n o , y es difícil c reer que tanto él, Borges y B i o y Casares, c o m o los narradores h i s p a n o a m e r i c a n o s que d iscuto , n o c o m ­p a r t a n , a u n fuera de u n n ive l g e n e r a c i o n a l o sociohistórico, e l n i v e l lúdico y epifánico de esas correspondenc ias . E n su antología Borges y B i o y Casares n o o m i t e n apuntes , reseñas, cuentos , pre ­sentaciones, pró logos , in t roducc i ones , resúmenes, cuadernos , afo­r i smos (en e l sent ido o r i g i n a l gr iego de "def inic ión" ) , fábulas, crónicas, retratos y textos similares. E n t r e éstos i n c l u y e n u n a parte de El deslinde (1944) de A l f o n s o Reyes y u n a descripción de Od ín t o m a d a de Antiguas literaturas germánicas de Borges y D e l i a Inge­n ieros . L o s únicos otros h i s p a n o a m e r i c a n o s i n c l u i d o s son S i l v ina O c a m p o , V i r g i l i o P i n e r a y B i o y Casares, autores p o c o conoc idos p o r su crítica. S u presencia , s in embargo , establece otros hi los para l a h i s t o r i a l i t e rar ia ; e n palabras de H e i d e g g e r : " E l ant iguo frag­m e n t o d e l p r i m e r p e n s a m i e n t o o c c i d e n t a l y e l f ragmento tardío d e l p e n s a m i e n t o o c c i d e n t a l rec iente t raen lo M i s m o a l lenguaje , p e r o l o que d i c e n n o es idént ico" (op. cit., p. 23) .

U n o s años después, e n Guirnalda con amores (1959), B i o y Casa­res ofrece relatos de a m o r y fragmentos , aforismos, apuntes, bor ra ­dores , observaciones y (otra vez y c o m o otros autores) digresiones. U n a visión cínica de este t ipo de texto misceláneo sería postu lar q u e se c o m p o n e de lo que n o cabe e n otros proyectos d e l autor , desechos y fruslerías textuales, p r i m e r a s versiones. Es dec i r , d e l t i po de (pre) texto que s i empre cont i ene u n pref i jo que t e r m i n a l i m i t a n d o sus pos ib i l idades narrativas. A u n más, se p u e d e creer q u e son e l p r o d u c t o de l o que o c u r r e c u a n d o u n autor agota l o que t iene que dec i r . P e r o e l asunto es que hay patrones n a r r a ­tivos que r e q u i e r e n de los lectores e l c o n o c i m i e n t o de conven -

4 4 ITALO CALVINO, Seis propuestas para el próximo milenio, trad. A . Bernárdez, Siruela, M a d r i d , 1989, p. 64.

4 5 E n este sentido, la antología de FERNÁNDEZ FERRER, La mano de la hormiga. Los cuentos más breves del mundo y de las literaturas hispánicas, Fugaz-Ediciones U n i ­versitarias, M a d r i d , 1990, es insuperable. N o me detengo en conocidos proble­mas textuales de la brevedad. Véase, PIERRE TESTUD et al., De la brièveté en la littérature, Université de Poitiers, Poitiers, 1993, y La Licorne, 1991, n u m . 21, dedi­cado a "Brièveté et écriture".

Page 22: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

472 WILFRIDO H. CORRAL NRFH, X L Í V

c iones establecidas. A u n q u e c laramente este n o es e l caso de B ioy , l o que q u i e r o d e c i r es que c u a n d o los f ragmentos se s u p l e n o flu­y e n c o n func i ones protegidas o engendradas p o r las variantes de l a i n t e r t e x t u a l i d a d , r e cogen , p o r l o g e n e r a l , " re f lex iones i n c o n e ­xas" que c o n bastante r e g u l a r i d a d t o m a n de l i teratos, políticos, personajes históricos y seres afínes. ¿ C ó m o d i f e renc iar entre l o que es u n p r o d u c t o m e d i o c r e de l o que se suele l l a m a r "horas de o c i o " y u n f ragmento más cercano al d i c t a m e n de Gracián sobre l a b revedad , o a c u a l q u i e r a de los afor ismos sobre f o r m a y c o n t e n i ­d o de su Oráculo manual y arte de prudencia (1647)?

C o m o sabemos, e l S ig lo de O r o español provee u n c l i m a p r o ­p i c i o p a r a l a creación de c o m p e n d i o s de máximas, proverb ios , refranes, a for ismos, emb lemas e inc luso reglas que se c onv ie r t en e n f o rmac iones discursivas e n t o r n o a l p r a g m a t i s m o y m o r a l i d a d co t id ianos . S o n textos que r e q u i e r e n u n a l e c t u r a de l a c o m p l e j i ­d a d d e l contexto renacent is ta m a y o r 4 6 , d e b i d o a que se ade lantan a la n o c i ó n de paratexto que discutiré adelante . S i n e m b a r g o , e l f ragmento c ontemporáneo , cuyo contexto es mayor p o r h a b e r i n t e g r a d o o as imi lado a su antecesor, se d i f e r e n c i a d e l clásico de u n a m a n e r a esencial : n o pre tende descubr i r l a ley orgánica o taxo­nómica que r e d u c e l a d ivers idad a l a u n i d a d . Q u e e l f ragmento r e t o m e c o m o p a r a d i g m a variantes de u n a f o r m a breve c a n o n i z a ­d a e n l a h i s t o r ia l i t e rar ia tal vez se d e b a a l h e c h o de que l a in ter ­pretación actual es inev i tab lemente tecnológica. E n e l m o m e n t o e n que e l crítico asume esta perspect iva, d i s tors i ona e l diálogo es-c larecedor que pos ib i l i taba l a interpretación pretécnica; ésta gene­r a l m e n t e r e c u p e r a b a contextos, n o se volvía sobre sí y, sobre todo , surgía de l a h i s to r ia d e l a sombro ante e l deven i r de las cosas 4 7 . P e r o e l f ragmento se d istancia de la "sensatez" que es deseable que construyan e l autor y e l lector . E l estado " i n c o m p l e t o " d e l f rag­m e n t o o b l i g a a l l ec tor a desplazarse m e n t a l m e n t e , y e l proceso interpretat ivo de " c o m p l e t a r l o " es parte de este desp lazamiento .

E l p r o p i o Borges , h o m e n a j e a n d o a pesar de sí a M a c e d o n i o , se ade lanta a Stanislaw L e m ( q u i e n cumpliría c o n e l deseo borgea -n o ) , d ice que su m o d e l o es e l Car ly l e de Sartor Resartus y p r o p o n e , e n e l "Pró logo" a sus Prólogos, u n l i b r o que "constaría de u n a serie de pró logos de l ibros que n o existen. Abundaría e n citas e jem-

4 6 Véase ROSALIE COLIE, "Small forms: Multo in parvo", The resources of kind: Genre-theory in the Renaissance, ed. B. K. Lewalski, University of Cal i fornia Press, Berkeley, 1973, pp. 32-75.

4 7 C. SCOTT, art. cit., p. 35.

Page 23: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 473

piares de esas obras p o s i b l e s " 4 8 . C o m o nos señala C o b o B o r d a , e l p r o b l e m a es que ta l vez n u n c a se t e r m i n e n de c o m p i l a r los pró ­logos de Borges , p o r q u e p a r e c e n sal ir de las entre l ineas de otros m i n i t e x t o s caseros. H a s t a e l fin, d igamos , hasta e l Atlas (1984) y Los conjurados (1985) Borges c i e r r a su escr i tura c o n los textos abiertos c o n que l a c o m e n z ó . E n e l "Pró logo" a su último l i b r o , q u e l l a m a " u n a entrega de símbolos" , e n l a inscripción d i ce c o n certeza r e m o z a d a : " N o profeso n i n g u n a estética. C a d a o b r a c o n ­fía a su escritor l a f o r m a que busca: e l verso, l a prosa , e l estilo b a r r o c o o e l l l a n o . Las teorías p u e d e n ser admirab les estímulos ( r e cordemos a W h i t m a n ) p e r o as imismo p u e d e n e n g e n d r a r m o n s t r u o s o meras piezas de m u s e o " 4 9 . C o n lo que A n a María B a r r e n e c h e a h a l l a m a d o " l a narración que se autoanal i za" , Borges c o n c r e t a l a ambigüedad genérica de l a prosa , y de varias formas, c o m o arguye e n " K a f k a y sus precursores" , l e g i t i m a l a cond ic ión p r o t o m o d e r n a de l a h i b r i d e z c o m o sistema. Esto n o qu ie re dec i r q u e Borges se aleje de los sistemas sociales, p o r q u e si sus " frag­m e n t o s " p r u e b a n algo es que l a jerarquía de los géneros y los cánones está r e l a c i o n a d a c o n las jerarquías sociohistóricas y l a a u t o c o n c i e n c i a que t iene e l autor de sus proyectos. Después de proveer las piezas de l a " o b r a v i s ib le " de P i e r r e M e n a r d , e l n a r r a ­d o r m e n c i o n a que u n o de los textos que i n s p i r a r o n l a empresa "es a q u e l f r a g m e n t o filológico de Nova l i s — e l que l leva e l n ú m e r o 2005 e n l a edic ión de D r e s d e n — que esboza e l t e m a de l a total identificación c o n u n autor d e t e r m i n a d o " 5 0 . E n este sentido , Borges también provee u n a c o n t i n u i d a d respecto a las p r e o c u p a c i o n e s estéticas que compartía c o n M a c e d o n i o y G i r o n d o , y deja u n pa l impsesto de para le l i smos obvios.

S i se en t i ende así e l desarro l l o l i t e rar i o , l a d i s tanc ia que sepa­r a a l f ragmento h i s p a n o a m e r i c a n o de los c o m p o n e n t e s textuales que Genet te c o m p i l a bajo las rúbricas genéricas "paratextos" (en 1982) y "umbra les " (en 1987) se acorta cada vez más a par t i r de los años c i n c u e n t a , de l a m i s m a m a n e r a que las aposti l las de Co lón a los textos que leía se a p r o x i m a n a los addenda y notas a l m a r g e n que correc tamente pers igue l a crítica genética. Prec i samente , se podr ía con je turar que Pedro Páramo sólo se convierte e n nove la e n cuanto los lectores fus i onan , c o n sus expectativas, los sesenta y c i n -

4 8 Prólogos con un prólogo de prólogos, Torres Agüero, Buenos Aires, 1975, p. 9. 4 9 Obras completas, Emecé, Buenos Aires, 1989, t. 2, p. 455. 5 0 Obras completas, Emecé, Buenos Aires, 1974, t. 1, p. 446, las cursivas son

suyas.

Page 24: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

474 WILFRIDO H. CORRAL NRFH, X L I V

co o sesenta y siete f ragmentos que l a c o m p o n e n . Tres décadas después ocurrirá l o m i s m o c u a n d o L u i s Ra fae l Sánchez a r m e La importancia de llamarse Daniel Santos (1988) c o n los sup lementos , mi tos y faits divers de l a c u l t u r a p o p u l a r y farándula m u s i c a l e n tor­n o a l cantante que p r o t a g o n i z a ( con e l lenguaje) su metanove la . E n e l r e c o n o c i m i e n t o de esa c o y u n t u r a t e m p o r a l yace e l estable­c i m i e n t o de u n a n u e v a c o n c i e n c i a simbiótica entre texto e intér­prete , espec ia lmente e n l o que se ref iere a las re lac iones entre c u e n t o y ensayo. Este es u n " p r o b l e m a " genér ico d e l c u a l se h a n o c u p a d o novelistas cuyas obras a d q u i e r e n mayor públ ico e n los años o c h e n t a . P ienso e n e l d iálogo ( in ter textua l y crítico) entre los argent inos R i c a r d o P i g l i a y J u a n José Saer. P e r o a u n más e n l a novelística de este último y su evaluación de l a t e n d e n c i a ac tua l a l a fragmentación de las formas cul turales . Este es u n t e m a que Saer v iene d i s c u t i e n d o desde su s e m i n a l estudio acerca de l a i n f l u e n c i a de los mass media e n l a l i t e r a t u r a 5 1 , que también se tra­d u c e e n u n nuevo p l a n o o m o d e l o textual :

E l fragmento no posee la autonomía de u n género, sino que depen­de, para existir como fragmento, de su relación con una intención totalizadora, explícita o implícita. E l fragmento existe como texto conflictivo, como residuo de una praxis problemática. Es u n resul­tado empírico y no la aplicación ortodoxa de normas preexistentes. E l fragmento metaforiza el heroísmo trágico de la escritura, aunque también lo acecha, desde u n punto de vista histórico, el triste desti­no de todos los géneros, que es como el de las civilizaciones, el de ser mortales 5 2 .

C o m o dije a n t e r i o r m e n t e , n o se trata de crear tipologías s ino de señalar pautas que e x p l i q u e n l a dispersión i n t e r i o r y ex te r i o r d e l texto. L o s f ragmentos son textos de resistencia, y si se cree que son representac iones textuales patológicas y l iberadoras es p o r ­que , a u n n i v e l i n m e d i a t o , " e l fragmento o p e r a c o m o metáfora de l a d e c a d e n c i a de u n ep is tema, su pérdida de c r e d i b i l i d a d y e l des-m a n t e l a m i e n t o de sus postulados. Tales procesos c rean escombros a l a vez que f r a g m e n t a n compos i c i ones epistemológicas obsole­t a s " 5 3 . D i c h o e n términos m e n o s p o s m o d e r n o s , las teorías de d i v i -

5 1 Véase " L a literatura y los nuevos lenguajes", en C. FERNÁNDEZ, op. cit, pp. 301-316.

5 2 Juan José Saer por Juan José Saer, Editor ia l Celt ia, Buenos Aires, 1986, p. 15. 5 3 GIANMARCO VERGANI et ai, ' T h e culture of fragments. Notes on the question

of order i n a pluralistic world: Towards a structure of difference", Precis, 1987, núm. 4, p. 8.

Page 25: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 475

sión narra t iva h a n s ido arrasadas y e n su l u g a r h a n q u e d a d o los m o d o s , f ormas y t ipos de narc i s i smo l i t e rar i o . Estos p r o c e d i m i e n ­tos de desintegración (aunque n o d e b i l i t a m i e n t o ) de l a r epre ­sentación se t ransp lan tan a l a n o v e l a de p r i n c i p i o s (Rayuelo) y finales de los años sesenta, y las f ormas breves se c onv ie r t en e n eje o m a t r i z de aquélla, tal vez p a r a contrarrestar e l cu l t o a l c rec i ­m i e n t o textua l de l a nove la " t o t a l " que p r e d o m i n ó desde esa década hasta l o que algunas histor ias l i terarias h a n l l a m a d o e l c o m i e n z o de l a "nueva nove la histórica". O t r a vez, es Borges q u i e n i r o n i z a al respecto e n u n f r a g m e n t o de 1983, " A r g u m e n t o de u n a n o v e l a que n o escr ib iré" 5 4 . P e r o c o m o b i e n nos r e c u e r d a l a reco­pilación de Zaitzeff , El ladrón de ataúdes, e l carácter f o r m u l a i c o y dialéctico d e l arte de nove lar m o d e r n o t iene u n antecedente tal vez más i lustre e n u n texto de T o r r i de 1912, "Pró logo de u n a n o v e l a que n o escribiré n u n c a " 5 5 . E l f ragmento n o es entonces u n a "novela f ragmentada" , c o m o lo son las truncas y genera lmente cortas anti -novelas p r o d u c i d a s p o r poetas y narradores vanguar­distas, desde los años veinte hasta fines de los t re inta . E l a m p l i o desafío d e l f ragmento a las noc i ones de "género" o " texto" n o per­m i t e r e d u c i r l o exclusivamente a n i n g u n a de las diversas formas que he m e n c i o n a d o e n este ensayo, n i a las que se les p u e d a n o c u r r i r a mis lectores. E l p r o g r a m a paradój ico d e l f ragmento , c u a n d o lo t iene , es m a n t e n e r su f lu idez genérica a l a vez que a d q u i e r e u n a i d e n t i d a d que l o m a n t i e n e e n tensión c o n las historias l i terarias o f i c i a l e s 5 6 .

N o es u n asunto de t o ta l idad o de escala. E l p r o b l e m a es que t r a d i c i o n a l m e n t e l a h i s t o r ia l i t e r a r i a h a visto e n e l f ragmento u n término antagonista p a r a u n a serie c o m p l e t a de "objetos, c oncep -

5 4 A h o r a en Los novelistas como críticos, eds. W. H . Corra l y N . K l a h n , F . C . E . -Ediciones del Norte, México-Hanover, N H , 1991, t. 2, pp. 650-651. N o ignoro los postulados de Barthes, para los cuales véase PHILIPPE VERCAEMER, "Roland Barthes: le román d u fragment", Modernités 4: Ecritures discontinúes, ed. Y. Vade, Presses Universitaires de Bordeaux, Bordeaux, 1993, pp. 159-193.

5 5 F . C . E . , México, 1987, pp. 33-37. 5 6 Hasta la fecha, sólo encuentro en JOSÉ MIGUEL OVIEDO, Breve historia del

ensayo hispanoamericano (Alianza Editor ia l , M a d r i d , 1991, pp. 142-143; 150-151 passim) una atención a textos genéricamente marginales. Estudia ensayos (como testimonios y reportajes), memorias, denuncias, revisiones y otros "ensayistas" periféricos como Gómez Dávila y Francisco Rivera, a cuya última obra dedica mayor atención ("Francisco Rivera: el ensayo y el fragmento", La Jomada sema­nal, 1994, núm. 243, 16-17). Para la crítica del cuento es pr imord ia l la reciente compilación de CARLOS PACHECO, y Luis BARRERA LINARES, Del cuento y sus alrededo­res, Monte Avi la , Caracas, 1993.

Page 26: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

476 W I L F R I D O H . C O R R A L NRFH, X L I V

tos y fantasías que i m p l i c a n e l proyecto de u n a t o t a l i d a d escrita. Sea l i b r o , p o e m a , nove la , e n c i c l o p e d i a o b ib l i o te ca , s igni f i ca e l proyec to utóp ico de l og rar u n a t o ta l idad p o r m e d i o de l a escr i tu ­r a " 5 7 . L o que sí tenemos es u n e n s a n c h a m i e n t o o desp lazamiento de l a n o c i ó n de l a prosa , ficticia o n o ficticia. E n las últimas tres décadas, l a producc ión novelística h i s p a n o a m e r i c a n a instala e n los lectores l a e x p e r i e n c i a d e l i n d i v i d u a l i s m o genér ico d e l f r a g m e n ­to c o m o parte d e l r e p e r t o r i o novelístico y su andamia je c o n c e p ­tua l . E n l a construcción de l a h i s t o r i a l i t e rar ia , c u a l q u i e r m u e s t r a acaba p o r convert irse e n e l f ragmento de u n a h i s t o r i a poster ior . Así, sólo se p u e d e n dar e jemplos canónicos de ese t ipo de "nove­l a " 5 8 . Esto n o s igni f ica r e c u r r i r a u n centro , s ino más b i e n entab lar o t ra dialéctica. E n v e r d a d n o hay u n a b a n d o n o dec larado y total de t o d a re f e renc ia a u n sujeto, a u n re ferente pr iv i l eg iado o a u n p r e c u r s o r abso luto ; se trata, prec i samente , de ver e l fósil de l a his ­t o r i a en l a narrat iva c o m o u n pasado novelesco que habrá de ser r e n o v a d o p o r los p r o p i o s autores, tal c o m o sucede de m a n e r a patente c o n l a rec iente p r e f e r e n c i a de D o n o s o y Fuentes p o r l a n o v e l a corta .

P e r o se vuelve a las formas breves c o n diversos n o m b r e s , cre­y e n d o que n o se las h a d e f i n i d o per fec tamente . J u n t o a l a "prosa " de l a poesía conversac iona l de los sesenta (Parra , C a r d e n a l , J u a -r r o z , D a l t o n , e in c luso N e r u d a ) i r r u m p e n entonces las recons­t rucc iones que h a c e n D e n e v i y G a l e a n o respect ivamente de mot ivos l i terar ios clásicos e indígenas, las narrac i ones textual iza -das c o m o "disparates" de S o r r e n t i n o , y las brevísimas "fantasías" n o s iempre ficticias de Aviles F a b i l a . S u r g e n varios términos a m o r ­fos (genera lmente calcados de l a tradición l i t e rar ia de O c c i d e n t e ) que , r ep i t o , n o se exc luyen o c o n s t r i n g e n . C o m o consecuenc ia p a r a e l c a m p o c u l t u r a l h i s p a n o a m e r i c a n o , l a conceptualización d e l f ragmento n o p u e d e p a r t i r de l a n o c i ó n a priori de que t odo texto i m p o r t a n t e debe tener u n a u n i d a d . Esta n o c i ó n es ideo ló -

5 7 WALTER MOSER, "Fragment and Encyclopaedia: F r o m Borges to Novalis", en Fragments: Incompletion and discontinuity, ed. L . D . Kritzman, New York Literary F o r u m , New York, 1981, p. 111.

5 8 Para los sesenta: La feria, Tres tristes tigres, Rajuela, Museo de la novela eterna —escrita mucho antes de 1967, cuando se p u b l i c a — y El hipogeo secreto, de E l i -zondo. E n los setenta: Entre Marx y una mujer desnuda de A d o u m ; La guaracha del Macho Camacho de Sánchez; Lo demás es silencio de Monterroso, y Abrapalabra de Britto García. E n los ochenta: El palacio de las blanquísimas mofetas de Arenas; D de Balza; El único lugar posible de Salvador Garmendia ; Maldito amor de Ferré, y la mencionada La importancia de llamarse Daniel Santos.

Page 27: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 477

g i c a y m i s t i f i c a d o r a 5 9 , c o m o también obso leta p a r a los textos de hoy . Nuestros f ragmentos ex igen u n a definición mane jab le que le p i d a a los lectores i m a g i n a r u n o r d e n invis ib le e i d e a l , e n e l q u e t oda o b r a de arte es u n f ragmento . Ese t ipo de definición f u n ­cionaría so lamente si se c o n s i d e r a r a que lo que es u n f r a g m e n t o p a r a la soc iedad e n que se p r o d u c e l a prosa h i s p a n o a m e r i c a n a , n o l o es en otra . P o r o t ro l a d o , l a f o r m a e n que se h a r e c o g i d o l a tra ­dic ión narrat iva es i gua lmente i m p o r t a n t e . L o que dice H e i d e g g e r respecto a Heráclito se p u e d e ap l i car c o n p o c o riesgo a l a pesqu i ­sa genealógica d e l f r a g m e n t o h i s p a n o a m e r i c a n o :

T h e t r a i n o f t h o u g h t o f these later t h i n k e r s a n d wr i ters d e t e r m i n e s t h e i r se l e c t i on a n d a r r a n g e m e n t o f H e r a c l i t u s ' words . T h i s i n t u r n d e l i m i t s the space avai lab le f o r any i n t e r p r e t a t i o n o f t h e m . T h u s a c l o s e r e x a m i n a t i o n o f t h e i r p lace o f o r i g i n i n the w r i t i n g s o f subse­q u e n t a u t h o r s y ie lds o n l y the c o n t e x t i n t o w h i c h the q u o t a t i o n has b e e n p l a c e d , n o t the H e r a c l i t e a n c o n t e x t f r o m w h i c h i t was t a k e n . T h e q u o t a t i o n s a n d the sources , t a k e n together , s t i l l d o n o t y i e l d w h a t is essent ia l : the de f in i t i ve , a l l - a r t i c u l a t i n g u n i t y o f the i n n e r s t r u c t u r e o f H e r a c l i t u s ' w r i t i n g . O n l y a c ons tant ly a d v a n c i n g i n s i g h t i n t o this s t ruc ture w i l l r evea l the p o i n t f r o m w h i c h the i n d i v i d u a l f r a g m e n t s are s p e a k i n g , a n d i n w h a t sense e a c h o f t h e m , as a saying , m u s t be h e a r d (op. cit, p . 102) .

Se p u e d e c o n c o r d a r también c o n l a i d e a de que

l a c o m p r e n s i ó n pragmática de u n a cosa p a r t i c u l a r c o m o f r a g m e n t o d e p e n d e p o r l o m e n o s p a r c i a l m e n t e d e l a interacc ión e n t r e l a cosa m i s m a y e l agente d e p e r c e p c i ó n , y esa p e r c e p c i ó n es a fec tada p o r e l c o n t e x t o . E l p r o b l e m a c o n los c on tex tos es q u e p u e d e n ser e m p í ­r i c os o implícitos; y éstos d e b e n ser prove ídos n o r m a l m e n t e p o r e l agente d e p e r c e p c i ó n 6 0 .

Estas pres iones son p a r t i c u l a r m e n t e claras e n las obras de B e n e -dett i , Cortázar, M o n t e r r o s o , P i n e r a , y Ribeyro ; y e n otros grados e n todos los textos de Arreóla, e l C a b r e r a Infante de O (1975) y Exor­cismos de esti(l)o (1976) y El grafógrafo (1973) de E l i z o n d o . E n los tres últimos autores e l m o n o p o l i o textual l o o c u p a l a p a l a b r a y su h u e l l a . S u presenc ia es colusión, br i co la je , g a n c h o ; l a gramática y

5 9 Véase P. VALESIO, art. cit. 6 0 A L A N RENOIR, "Fragment: A n oral-formulaic nondef init ion" , en LAWRENCE

KRITZMAN, op. cit, pp. 4 0 - 4 1 .

Page 28: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

478 WILFRIDO II. C O R R A L NRFH, XLÍV

e l ab ismo d e l sujeto textual ; l a práctica, e l p o d e r , l a c u l t u r a ; e n fin, l a travesía y e l f u t u r o e n que va a desembocar l a escr i tura de nues­tros días. E n este contexto se p u e d e pensar también e n e l m o m e n ­to t e s t i m o n i a l d e l f r a g m e n t o , cuyo m e j o r e x p o n e n t e ta l vez sea l a p r e s u n t a ficcionalización de varios contextos sociohistóricos e n e l r e c o r r i d o que d e s e m b o c a e n e l b i n o m i o de Amares y Las palabras andantes p u b l i c a d o p o r G a l e a n o e n 1 9 9 3 6 1 . N o obstante, e l f rag­m e n t o s iempre nos hace volver a l pasado de su autor . N o creo , p o r e j e m p l o , q u e se p u e d a e n t e n d e r a l E l i z o n d o de Camera lucida (1983) s in cons iderar los "a f o r i smos "—concentrados e n e l acto de escr ib ir y recog idos e n l a sección " L a esfinge p e r p l e j a " — y l a ' T e o ­ría mínima d e l l i b r o " de su Cuaderno de escritura (1969) . Y e l f rag­m e n t o nos hace saltar a l presente más presente de E l i z o n d o : los c i n c u e n t a ensayos breves de Estanquillo (1993) .

¿Pero qué pasa c o n los otros autores, p o r qué están ellos más cerca d e l f ragmento? P i n e r a , sobre todo e n l a antología de m a y o r difusión t i t u l a d a El que vino a salvarme (1970) , n o sólo se c o n c e n ­tra e n e l i n d i v i d u a l i s m o y e n l a i n f i n i t a v a r i e d a d de temas que sitúan a su narrat iva e n u n l i m b o genér ico , s ino que hace de l a fragmentación e l sine qua non de su d iscurso . Textos c o m o " U n a desnudez salvadora" , "Grafomanía", "Cosas de cojos", " E l i n f i e r ­n o " , " L a bata l la " , "Natación", " L a montaña" y otros de i g u a l extensión p r o b l e m a t i z a n dos asuntos c o n convenc iones ya surrea­listas, ya fantásticas: l a lógica de l a razón onírica y e l q u e r e r ser ( c o m o varios de los autores discut idos) pro fe ta e n su t i e r ra , que g e n e r a l m e n t e es u r b a n a . A u n n i v e l más p r o f u n d o estos son frag­mentos metafísicos d e b i d o a que i lus t ran u n a condic ión e n l a c u a l l a i d e a de l a es tructura es i m p o s i b l e . P o r esto l a sátira, l a ironía, l o g r o t e s c o , e l a b s u r d o y e l b a r r o q u i s m o c e d e n e l paso a o tras considerac iones que se instalan dent ro de los paradigmas d e l cues-t i o n a m i e n t o total d e l d iscurso l i t e rar i o . Estas, c o m o l a " n o t a h u ­morística" y l a p a r o d i a , n o son géneros s ino e lementos q u e los

6 1 Digo "presunta" porque Eduardo Galeano testimonia acerca de la otre-dad desde y no para Hispanoamérica. Su penúltimo texto se compone de "ven­tanas" sobre la cotidianidad desesperante del continente, e incluye ocho sobre la palabra y cinco sobre la memoria . De varia fragmentación y oral idad, tal vez los más contundentes sean "Ventana sobre los titulares de la crónica roja lati­noamericana" (Las palabras andantes, Siglo X X I , M a d r i d , 1993, p. 53) e "Histo­r ia del superdotado, sus hazañas y su asombroso destino" (ibid., pp. 149-152). Estos se deben cotejar con Amares. (Antología de relatos), "ordenación" narrativa del mismo año, en que incluye fragmentos, viñetas y capítulos de su obra de no-ficción. L a más reciente re-estructuración de esos fragmentos es el opúsculo monotemático Mujeres (1995).

Page 29: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 479

p r o b l e m a t i z a n in f in i tamente . S i l a fragmentación i m p l i c a e l recha­zo a las estructuras, centr i smos e ideologías, l a afirmación de l a h e t e r o g e n e i d a d y p o l i v a l e n c i a c o m o marcos d e l mensaje se c o n ­vierte e n l a característica p r i n c i p a l y modus operandi d e l sujeto pos­m o d e r n o 6 2 .

E n P i n e r a , y también e n e l Arreóla n o cuent is ta o p e r i o d i s t a d e l Confahulario definitivo (1986) — q u e es m u y d i ferente e n c o n ­ten ido y ordenación a l pal impsesto Confahulario total (1962)—, hay contratos de h i p e r t e x t u a l i d a d m e d i a n t e los cuales l a tradición d e l " c u e n t o " y sus cód igos s u c u m b e n ante autores p a r a qu ienes las c o n e x i o n e s sincrónicas d e l lenguaje t i e n e n p o c o interés. N o es que r e d u z c a n todo a "d iscurso" , o que l a es tab i l idad de sus re­l a t o s / f r a g m e n t o s sea su ines tab i l i dad . Prec i samente , se p u e d e pensar que lo que P i n e r a y Arreóla q u i e r e n re-presentar es l a nece­s i d a d evo luc ion is ta de l a l e c t u r a de sus textos, y l a subsecuente contaminación de mensajes. Es dec i r , i dent i f i car las re lac iones de éstos c o n obras análogas o encasi l larlos d e n t r o de mov imientos n o es i dent i f i ca r su s i n g u l a r i d a d , s ino señalar u n c a m b i o e n l a pato­logía c u l t u r a l que p u e d e ser caracter izado , según d i c e j a m e s o n a l h a b l a r de l a lógica d e l cap i ta l i smo tardío, c o m o u n m o m e n t o e n e l cua l l a alienación d e l sujeto es desplazada p o r su fragmentación. Es , a l fin y a l cabo, l a fragmentación psíquica que permi te dar le u n m a r c o a u n a l i t e ra tura " m e n o r " , ena jenada p o r e l énfasis h u m a n o e n l a c o n t i n u i d a d . C o m o t oda l i t e r a t u r a " m e n o r " 6 3 , e l f ragmento u r d e u n a v e r d a d e r a subversión l i t e rar ia , que desterr i tor ia l i za a l lenguaje o f i c ia l a l a vez que l o e m p l e a .

T o m e m o s c o m o e j emplo a B e n e d e t t i . Desde l a re-ordenación temática de l a penúltima versión de sus Cuentos completos e n 1986 — m u y s i m i l a r a l a de los Relatos (1974) y Cuentos completos (1994) de Cortázar y los Cuentos completos (1994) de R i b e y r o y sobre todo e n los "re latos" más breves de Despistes y franquezas (1990), a h o r a parte de l a narrat iva breve de l a edic ión de 1994 de sus Cuentos completos— B e n e d e t t i h a v e n i d o r e s u m i e n d o los m o d o s de su escri­t u r a vis-á-vis su d e n u n c i a (sus "ensayos" pasan p o r e l m i s m o p r o -

6 2 Nótese de paso la implicación para el canon de las formas breves de la recuperación de u n autor. Por razones de índole de política sexual más que de "rareza" l iteraria, P inera había sido condenado al ostracismo. Después de su muerte se publ ican (en Cuba también) varias colecciones de su prosa y el órga­no oficial de la U N E A C dedica uno de sus números (Unión, 1990, núm. 10) a ' V i r g i l i o tal cual" .

6 3 Véase GILLES DELEUZE, et FÉLIX GUATTARI, Kafka; pour une littérature mineare, Éds. de M i n u i t , Paris, 1975.

Page 30: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

480 W I L F R I D O H . C O R R A L NRFH, X L I V

c e d i m i e n t o ) . N o se debe creer que esta ac t i tud p r i v i l e g i a l a H i s t o ­r i a y e l c o m p r o m i s o , si p o r l a p r i m e r a se en t i ende lo que Genet te l l a m a "re lato f a c t u a l " 6 4 ; más b i e n , B e n e d e t t i a r t i c u l a f u n c i o n a ­m i e n t o s textuales que "v is ten" a otros textos, e n e l sent ido en que e l Genet te de Seuils arguye que l a presentación e d i t o r i a l , e l n o m ­bre d e l autor , los títulos, las dedicator ias , los epígrafes, prefacios , notas, entrevistas y reportajes i m p o n e n u n m o d o de e m p l e o e interpretación con formes , f r e cuentemente , a los diseños d e l a u t o r 6 5 . P o r c ier to , podr íamos añadir a este andamia je mani f ies ­tos, proc lamas , diálogos pub l i cados e inc luso l a c o n f e r e n c i a públi­ca, c o m o m u e s t r a D i a n a S o r e n s e n G o o d r i c h (en u n trabajo e n prensa ) . Es así c o m o l a fragmentación construye sus p r o p i o s tex­tos y c a m p o c u l t u r a l . L a ines tab i l i dad posit iva d e l f ragmento — e n e l sent ido matemático de que e l o r d e n de los factores n o afecta a l p r o d u c t o — se c o n f i r m a e n l a aparente neces idad de tergiversar patrones , encas i l lamientos , c o m p a r t i m i e n t o s estancos. D e n e v i , p o r e j e m p l o , reúne bajo e l título Falsificaciones (1984) mater ia les extraídos d e l l i b r o h o m ó n i m o y de otros, y r e a g r u p a textos escr i ­tos entre 1966 y 1984 según u n nuevo o r d e n , a lgunos también de a c u e r d o c o n nuevas versiones. Es más, esas fals i f icaciones se c o n ­v i e r t e n e n e l cuarto t o m o de sus Obras completas, mientras reserva los dos volúmenes de sus " cuentos" p a r a los tomos dos y tres.

¿ D ó n d e e m p i e z a o t e r m i n a e l f ragmento c o m o texto conver t i ­d o e n l ibro? C i o r a n a p u n t a : "«¿Por qué fragmentos?», m e r e p r o ­c h a ese j o v e n filósofo. — « P o r pereza , p o r f r i v o l i d a d , p o r disgusto p e r o también p o r otras razones . . . »— Y c o m o n o encontré n i n g u ­n a , m e precipité h a c i a exp l i cac iones prol i jas que le p a r e c i e r o n serias y que t e r m i n a r o n p o r c o n v e n c e r l o " (op. cit., p p . 144-145). P o r preguntas y respuestas s imi lares creo consecuente n o t a r las c o n e x i o n e s que e l m i s m o B e n e d e t t i presenta c o m o "envío":

6 4 Ficción y dicción, trad. C. Manzano , L u m e n , Barcelona, 1993, pp. 53-76. 6 5 Para una puesta al día de la noción de intencional idad en Genette, véa­

se la entrevista de YVAN LECLERC ( "Gérard Genette: Poétique et esté tique", Maga­zine Littéraire, 1995, n u m . 328, 96-102). RIVERA (art. cit.) examina sagazmente las proyecciones de la noción "Texto definitivo" propuesta por Genette en Palimp­sestos. GUSTAVO GUERRERO a su vez dice que el l ibro de Rivera es: " U n intento por rodear la tarea de la crítica de u n contenido simbólico y por integrar la lectura dentro del contexto de u n proyecto de evolución personal" ("Ulisesy el laberinto de Francisco Rivera", Vuelta, 1984, núm. 93, p. 35). Para distinguir los regíme­nes del "mimotexto" (imitación) como transposiciones inagotables del para-texto, Genette recurre, naturalmente, a Borges y Bioy Casares.

Page 31: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFfí, XLIV P O S I B I L I D A D E S GENÉRICAS Y N A R R A T I V A S D E L F R A G M E N T O 481

Este l ibro, en el que he trabajado los últimos cinco años, es algo así como u n entrevero: cuentos realistas, viñetas de humor, enigmas policíacos, relatos fantásticos, fragmentos autobiográficos, poemas, parodias, grafitti.

Confieso que como lector, siempre he disfrutado con los entre­veros literarios. Cortázar, sin ir más lejos, fue todo u n especialista (ver: La vuelta al día en ochenta mundos, Ultimo round, Salvo el cre­púsculo) pero en América Latina también cultivaron el amasijo gen­tes tan sabias como Oswald de Andrade (con las "invenciones" de su célebre Miramar), Macedonio Fernández (con su regodeo en el absurdo) y el más cercano Augusto Monterroso (con su espléndido h u m o r ) 6 6 .

H a c i a e l final de su prólogo-envío , B e n e d e t t i r e conoce que su texto "padece (o quizá disfruta) de c i er ta inarmonía, ya que abar­ca, desde relatos casi tenebrosos hasta cuentitos p o c o m e n o s que cursis. ¿Importa eso demas iado? " (ibid., p. 14). Se p u e d e volver, p o r c ierto , a l p r o b l e m a d e l " l i b r o " , que ya hemos d i scut ido , sobre t o d o respecto a l o que serán o serían los cuentos " comple tos " de B e n e d e t t i , Cortázar y M o n t e r r o s o . C r e o que l a respuesta que he v e n i d o a r m a n d o sería c lara . C o m o práctica, e l f ragmento n u n c a a b a n d o n a a su autor después de que lo pract i ca p o r p r i m e r a vez. Es c o m o a p r e n d e r a a n d a r e n b ic i c le ta . Así, lo que d igo de B e n e ­de t t i aparece o t r a vez e n su "nove la " La borra del café (1992). E n ésta, su a r g u m e n t o es básicamente l i n e a l , entre los amores i rreso­lutos de C l a u d i a y M a r i a n a y las per ipec ias de N o r b e r t o y e l n a r r a ­d o r , e n c o n t r a m o s u n a sección l l a m a d a "¿Para qué hablar? ( F r a g m e n t o de los Borradores d e l v ie jo ) " . L o s borradores serían los p e r g a m i n o s de Melquíades e n Cien años de soledad, e l viejo tal vez e l autor empír ico que vuelve a r e cor rer u n M o n t e v i d e o a h o r a frag­m e n t a d o .

Es i r revocab le , evidente (y problemático) p a r a l a h i s to r ia l i te ­r a r i a que l a aparición d e l f ragmento haya provocado — c o m o coro­l a r i o a l a fa l ta de hor i zontes de expectativas p a r a su l e c t u r a — l a invención o adaptación a las necesidades de u n autor específico de m u c h o s términos cuasi-genéricos o subord inados . S i n embargo , parece v iable , n o e n oposic ión a l a n o m e n c l a t u r a d e l f ragmento que p r o p o n g o , et iquetarlos c o m o p o s i b i l i d a d narrat iva h i s p a n o a -m e r i c a n i z a d a d e l m i n i m a l i s m o , que e l prosista n o r t e a m e r i c a n o J o h n B a r t h h a propues to p a r a O c c i d e n t e . P a r a él hay m i n i m a l i s ­mos de u n i d a d , f o r m a y escala; de esti lo; de m a t e r i a l (en perso-

66 Despistes y franquezas, Alfaguara, Madrid, 1990, p. 13.

Page 32: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

482 W I L F R I D O H . C O R R A ! , NRFH, X L I V

najes, expos i c i ón ) ; de tramas y mises en scéne67; B a r t h cree que su c o m p a t r i o t a D o n a l d B a r t h e l m e tenía razón a l dec i r : " e l f r a g m e n ­to es l a única f o r m a e n que conf ío " , p o r q u e e l m i n i m a l i s m o se esfuerza p o r i n d i c a r más que e x p l i c a r las verdades posibles . T h o -mas P y n c h e o n , o t ro n o r t e a m e r i c a n o que ve e n e l collage l a so lu ­c ión p a r a l a p r o s a de O c c i d e n t e , a p u n t a que "due to the fact that his veri f iable mirac les are l iterary, i t is probab le that B a r t h e l m e wi l l n o t b e c o m e a saint anyt ime s o o n " 6 8 . A u n q u e creo que lo m i s m o se podr ía d e c i r de M i c h e l T o u r n i e r y sus Petites proses (1986) , y antes de los p a l i m p s e s t o s g e n é r i c o s q u e se e n c u e n t r a n e n P u s h k i n , E m e r s o n , N ie t zs che , K i e r k e g a a r d , K a f k a (sus a for ismos) , O r t e g a y Gasset y los zettel de Wi t tgens te in ; c reo que los " trozos" h i spa ­n o a m e r i c a n o s e m b l e m a t i z a n y a la vez a p u n t a n h a c i a o t ra apre ­hensión d e l c o n o c i m i e n t o . D i c h o de o t ra m a n e r a , y de vue l ta a l ar ch i tex to de Heráclito, e l f ragmento h i s p a n o a m e r i c a n o qu iere superar l a n o c i ó n de que l a única r e a l i d a d es que lo representado s i empre está e n transición.

E n 1928, e l m e x i c a n o Salvador N o v o incluyó u n "apéndice gra­m a t i c a l " e n su d o c u m e n t a l nove lado Return ticket. D e acuerdo c o n e l autor , es " p a r a e l uso d e l l ec tor que n o haya i d o a H a w a i i y quie ­r a a p r o v e c h a r l o " [sic]. E n r e a l i d a d e l texto n o era n i apéndice n i tratado g ramat i ca l ; e r a más que n a d a u n a miscelánea pseudo -científica y esotérica que r e z u m a b a de pedantería, y tan j u g u e t o n a c o m o m u c h o s de sus poemas . A n t e s , e n 1925, N o v o había p u ­b l i c a d o c o n e l título de Ensayos a lgunos textos que e n v e r d a d po ­seían características g e n e r a l m e n t e asignadas a l a poesía. L o s ensayos más cercanos a las convenc iones (que n u n c a van entre comi l las ) t rataban temas c o m p l e t a m e n t e triviales, a u n q u e l a p r o ­sa e n que se los presentaba asumía u n a exquis i tez que n o hay p o r qué l l a m a r poética. E n los interst ic ios de las propuestas de N o v o se e n c u e n t r a n a lgunos de los orígenes d e l f ragmento actual .

Q u i e r o t e r m i n a r m i r e c o r r i d o c o n los autores que c o m e n c é , pues creo que c o n ellos, e l f ragmento sí p u e d e entrar e n e l c a n o n ; a u n q u e n o es aventurado apostar que l a mayoría de estas obras n o está i n c l u i d a e n las historias, manuales y compi lac iones de estudios críticos de l a l i t e ra tura h i s p a n o a m e r i c a n a . A l hacer aquel los auto ­res caso omiso de las pos ib i l idades genéricas tradic ionales , y de los críticos, nos h a n acos tumbrado p a u l a t i n a m e n t e a cons iderar l a

6 7 "Afewwords about minimalism", The New York Times Book Review, 1986, p. 2. 6 8 "Introduction" , en DONALD BARTHELME, The teachings of don B, ed. K . H e r -

zinger, Random House, New York, 1992, p. xx.

Page 33: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFIi, XLIV P O S I B I L I D A D E S GENÉRICAS Y N A R R A T I V A S D E L F R A G M E N T O 483

i n d e f i n i b i l i d a d de u n texto c o m o fuerza prosel it ista e ind icat iva de l a f e r t i l i d a d de l a invención l i t e rar ia .

V u e l v o entonces a R i b e y r o y M o n t e r r o s o , c o n u n a p a r a d a necesar ia e n Cortázar. C o m o ya mostró B e n e d e t t i a r r iba , Cortázar n o neces i ta carné de i d e n t i d a d p a r a e l f ragmento y su sent ido temático y axiológico. S i n embargo , l o inc luyo p a r a demostrar que c o n esta práctica textual , autores c o m o él re chazan tanto e l m o d e ­lo de síntesis c o m o las ideas positivistas de u n progreso l i n e a l hac ia u n a v e r d a d teleológica. Así, e l Cortázar de sus últimos l ibros (algu­nos de los cuales i n c l u y e n sus p r i m e r o s textos) es q u i e n se so l ida­r i z a ab ier tamente c o n e l f ragmento , c o m o ya lo había h e c h o antes e n Historias de cronopiosy defamas (1962) ; sólo que a h o r a su adhe ­sión continúa e n l a veta de l a s u p l e m e n t a r i e d a d i n f i n i t a de l o l i te ­r a r i o (lo que antes l l a m a b a "pameo" , " m e o p a " , p o e m a o faits divers). E n textos programáticos c o m o "Vidas de artistas", " T e x t u -rologías" y "¿Qué es u n pol ígrafo?" de Un tal Lucas, Cortázar l o g r a d i l u i r e l alter ego de L u c a s p o r m e d i o de l a prórroga d e l s igni f ica­d o , y c rea espejismos tanto d e l personaje c o m o d e l texto e n sí. P e r o e l f r a g m e n t o a d m i t e deslices, y los de Cortázar se expresan así: ' Y o le tengo g r a n simpatía a los polígrafos que agitan en todas d i re c c i ones l a caña de pescar, p r e t e x t a n d o a l m i s m o t i e m p o estar m e d i o d o r m i d o s c o m o e l d o c t o r J o h n s o n . . . A l fin y a l cabo es lo q u e estoy h a c i e n d o e n este l i b r o " 6 9 .

S i hay c ier to es tancamiento discursivo e n e l f ragmento sólo p u e d e darse e n e l p r ó l o g o c u a n d o se co l e c c i ona . A pesar de que a l p r i n c i p i o d e l p o s t u m o Salvo el crepúsculo Cortázar inc luye u n tex­to l l a m a d o " B a c k g r o u n d " , e n que postu la su co lecc ión c o m o c a m i ­n o h e c h o c o n autostop, n o hay e n v e r d a d u n p r ó l o g o s ino lo que a través d e l l i b r o e l n a r r a d o r / a u t o r l l a m a operac iones aleatorias. E n última ins tanc ia , y c o m o él m i s m o admi te , se trata de just i f i car l a c ombinac i ón de p r o s a y poesía. E s a manía, f r e cuentemente crí­t i ca , de sujetar las cosas y los textos es p a r a Cortázar demas iado normat iv i s ta . E n u n texto s in título, él y su n a r r a d o r le r e p r o c h a n ese c o n f o r m i s m o a u n i n t e r l o c u t o r :

...sigo tercamente convencido de que poesía y prosa se potencian recíprocamente y que lecturas alternadas no las agreden n i derogan. E n el punto de vista de m i amigo sospecho una vez más esa seriedad que pretende situar la poesía en un pedestal privilegiado, y por cul­pa de la cual la mayoría de los lectores contemporáneos se alejan

6 9 Un tal Lucas, Alfaguara, M a d r i d , 1979, p. 102.

Page 34: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

484 W I L F R I D O H . C O R R A L NRFH, X L I V

más y más de la poesía en verso, sin rechazar en cambio la que les lle­ga en novelas y cuentos y canciones y películas y teatro 7 0 .

E s t a c i ta , tan cargada, n o sólo m u e s t r a que Cortázar s i empre fue consecuente c o n su práctica s ino que , si nos m a n t e n e m o s e n e l c o n t o r n o d e l f ragmento , invar iab lemente tuvo c lara c o n c i e n c i a de las necesidades y cambios estéticos p r o d u c i d o s p o r los puentes d e l c a m p o c u l t u r a l c o n t e m p o r á n e o y su rev is ion ismo. P e r o este c a m p o c u l t u r a l n o es s i empre b i e n r e c i b i d o . S i pensamos en las formas breves de las Prosas apatridas aumentadas ( 3 a ed . , 1978) , no tamos que su autor , R i b e y r o , n o es n i apocalíptico n i in tegrado respecto a la c o n t e m p o r a n e i d a d . Sus pensamientos , esbozos y anotaciones se u b i c a n e n la c u e r d a f lo ja discursiva que osci la entre hechos y abstracciones, p e r o n a d a de p o s m o d e r n i d a d e s p a r a él. C o m o decía a r r i b a , u n a vez que u n autor se instala en e l f rag­m e n t o n o lo suelta, y así, R i b e y r o vuelve a él e n Dichos de Luder (1989) . E n e l paratexto de l a carátula se a f i r m a que aquel los d i chos son "presentados p o r J u l i o Ramón R i b e y r o " , y a l final d e l p r ó l o g o , manteniéndose fiel al d e s d o b l a m i e n t o que p e r m i t e l a creación de u n ser apócri fo , R ibeyro c i ta a " L u d e r " : "«Los c o n ­ceptos p e r t e n e c e n a l d o m i n i o públ ico — m e di jo secamente. Sólo las f ormas son privadas»" 7 1 . E n este caso, e l f ragmento es l i t e ra tu ­r a sobre l i t eratura , autores sobre autores, textos sobre textos, b o n ­d a d e ironía sobre l a c o n t e m p o r a n e i d a d : " M e c o n m u e v e l a desesperación de tantos jóvenes artistas p o r n o p e r d e r e l carro de l a m o d e r n i d a d [dice L u d e r ] . N o se d a n cuenta que ese carro c o n ­duce i n e x o r a b l e m e n t e a l M u s e o de las Antigüedades" (ibid., p. 36) . E l f ragmento es p o r lo genera l u n pasajero de l a é p o c a de su autor , y d a l a sensación de que se qu iere c o n s t r u i r e n u n a suer­te de c o n c i e n c i a de su m o m e n t o , de que qu ie re atestiguar e l m i t o de l a "pérdida de t o t a l i d a d " e n l a cosmovisión p r o p u e s t a p o r las varias c iencias h u m a n a s e n e l curso de su h is tor ia . Esto es p a r t i ­c u l a r m e n t e notab le c u a n d o e l texto d e l f ragmento asume e l caos que p r o v o c a l a coex is tenc ia de numerosos órdenes parciales e n l a r e a l i d a d empírica representable . Así, Nicolás G ó m e z Dávila p r o ­p o n e e l s iguiente escol io : " E l pensador c on temporáneo nos c o n ­duce p o r u n laber in to de conceptos a u n lugar p ú b l i c o " 7 2 .

7 0 Salvo el crepúsculo, Alfaguara, M a d r i d , 1985, p. 61, las cursivas son suyas. 7 1 Javier Campodónico Editor , L i m a , 1989, p. 9. 72 Nuevos escolios a un texto implícito, Procultura, Bogotá, 1986, t. 1, p. 173.

Page 35: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 485

E l " L u d e r " de R i b e y r o es e l " L u c a s " de Cortázar, e l " E d u a r d o T o r r e s " de M o n t e r r o s o . ¿Pero cuáles son los m u n d o s reales e n que los autores pasean? ¿Se trata d e l París e n que v i v i e r o n , los l ibros q u e l een , o (lo que n o es lo m i s m o ) su m e m o r i a de esos lugares reales y ficticios? ¿Son sus ficciones más o m e n o s irreales que lo q u e l l a m a n "pedac i tos" de e x p e r i e n c i a que las engendran? L e e r y c r i t i c a r u n f r a g m e n t o n o es entonces aislar, d e l i b e r a d a m e n t e o a l azar , u n a o más partes de u n t odo y someterla(s) a u n análisis exhaust ivo en los términos de ese t odo e n que se inc luye . A l c ont ra ­r i o , leer y c r i t i car u n f ragmento es trazar h i los signif icantes e n u n texto que debe reconocerse c o m o u n todo . Esto debe ser h e c h o c o n la p l e n a c o n c i e n c i a de que , c o m o c u a l q u i e r o tro texto , l a lec­t u r a d e l f r a g m e n t o se d e t e r m i n a e n g r a n parte p o r sus contextos i n m e d i a t o y total . C o n e l actual estado i n c i p i e n t e de l a i n t e r p r e ­tación de l a h i s tor ia l i t erar ia h i s p a n o a m e r i c a n a ¿puede haber p r o ­puestas más autóctonas y pert inentes que las de R ibeyro y G ó m e z Dávila? Según los p o s m o d e r n o s , esta consideración sitúa al crítico h i s p a n o a m e r i c a n o más cerca d e l p e l i g r o interpretat ivo de encua­drar a l f ragmento (que existe p o r sí m i s m o o c o m o parte de u n g r u p o genéricamente factible) frente a las varias coyunturas de l a h i s t o r i a l i t e r a r i a y sus esquemas.

E l caso de La letra e. (Fragmentos de un diario) de M o n t e r r o s o nos muestra c ó m o e l f ragmento h i spanoamer i cano se convierte en l a ex cepc i ón a l a reg la . H a y , e n los textos de esta co lecc ión , u n a continuidad narrativa entre sus sentencias que m a n t i e n e ciertos p r o t o c o l o s y registros (por e j emplo , las fechas y e l p ró l ogo p r o ­veen l a i lación) , c o m o también u n a especie de coordinac ión e n e l j u e g o t e x t u a l 7 3 . E n este t ipo de f ragmento o e n l a narrat iva frag­m e n t a d a hay que leer entre líneas (las líneas mismas son u n entre­t e n i m i e n t o ) , atrapar claves f ragmentar ias , hasta tener u n facsímil o n o c i ó n de t o ta l idad que supere a l a seductora metaforización m i n i m i z a d a . E n f ragmentos c o m o los de M o n t e r r o s o y otros auto­res de la rga trayector ia e n esta práctica, se textual iza y pr iv i l eg ia c o n increíble p o d e r de concisión l a t o ta l idad d e l quehacer l i tera ­r i o , d e l in te l e c tua l h i s p a n o a m e r i c a n o , de l a tradición l i t e rar ia de O c c i d e n t e . E n textos c o m o 'Ventajas de u n género" , "Act itudes de u n género " , "¿Qué cosa es todo poema?" , " A D N l i t e rar io : l a críti-

7 3 Remito a una lectura excelente y completa de La letra e de ELENA LIVERA-NI, "La letra e: Augusto Monterroso y su diario de búsqueda de u n género", Cen­troamericana, 4 (1993), 35-45. Por m i parte, ubico este texto en la producción de Monterroso en "¿Dónde está el chiste en Monterroso?", Studi di Letteratura Ispa-no-Americana, 24 (1993), 83-93.

Page 36: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

486 WILFRIDO H. CORRAL NRFH, X L I V

c a genética", " L o s cuentos cortos, cortos" , " D i a r i o s " , "Negación p a r a u n g é n e r o " y otros co l indantes , M o n t e r r o s o c o n f r o n t a a sus lectores c o n e l p r o b l e m a de l a " g e n e r i c i d a d " vis-á-vis l a l i t e rar ie -d a d 7 4 que ver tebra e l f ragmento e n e l f ragmento .

S i n a l g u n a n o r m a n o hay definición. N o obstante, es c laro que e l f ragmento h i s p a n o a m e r i c a n o , surg ido de lo que podr íamos l l a ­m a r desarro l lados talentos perifrásticos, l o g r a a b o l i r expectativas normat ivas o func i ones y e n c a d e n a m i e n t o s l i terar ios exc lusiva­m e n t e representac ionales . Este efecto, surg ido de u n a c lara c o n ­c i e n c i a de los clichés respecto a las tensiones y pres iones de l a época contemporánea, le permi te a l autor de fragmentos tratar de superar l a d i s curs iv idad re conoc ib l e . Es u n efecto textual izado e n l a co lecc ión de l a c h i l e n a Pía Barros , Miedos transitorios (de a uno, de a dos, de a tres), de 1986. E n esta co lecc ión n o hay n i n g u n a c o r r e s p o n d e n c i a entre e l título g l o b a l y las tres partes (a su vez compuestas respectivamente de c inco , siete y o cho cuentos breves) y los títulos de las subdivis iones . Es dec i r , hay u n a fragmentación, que n o se e n c u e n t r a , p o r e j emplo , e n los cuentos de C r i s t i n a P e r i Ross i . E fec to s imi la r a l de Barros , a u n q u e más c o n c e n t r a d o e n l a c u l t u r a l ibresca , se e n c u e n t r a e n Calendario (1990) , de A n t o n i o López O r t e g a . E l l i b r o se presenta c o m o u n " d i a r i o " ref lexivo, que c u b r e las anotac iones fijadas desde u n 1 de mayo de u n año hasta e l 6 de a b r i l d e l s iguiente . S i n embargo , n o se cubre cada día d e l año , se trata más b i e n de l a posibilidad de n a r r a r l a se lect iv idad d e l ser h u m a n o frente a u n a cronología fuera de c o n t r o l . L a a m b i ­v a l e n c i a cogni t iva de su rev is ion ismo es l o neto e n e l f ragmento , y c o m o práctica l i t e r a r i a p resuntamente r e p e n t i n a n o r esponde a l a a u t o r i d a d de las convenc iones genéricas de l a prosa ficticia o n o ficticia. Es dec i r , e l sent ido d e l f ragmento es s i empre p a r t i c u l a r , genera l i zar l o es t r a i c i o n a r l o . L o que sí hace es d i r ig i rse a l aud i t o ­r i o y a b o l i r e l in ter rogante " ¿ C ó m o r e c o n o z c o u n f ragmento a l l ee r l o ? " p a r a pos ib i l i tar l a renovación b o r g e a n a d e l Cratilo. M e d i a n t e aquélla, e l n o m b r e es a r q u e t i p o de l a cosa, y así c o m o e n las letras de " rosa" está l a rosa y todo e l N i l o e n l a p a l a b r a N i l o , e l f ragmento está e n e l fragmento.

N o debe creerse que p o r ese aparente sof isma todos los f rag­m e n t o s son crípticos o argumentat ivamente pasajeros. S u p e l i g r o , c laro está, es proveer segmentos de m e m o r i a c u l t u r a l y c ier ta des­información respecto a las esferas sociohistóricas que podr ían cons t i tu i r l a genealogía d e l presente , p o r q u e n o todo l o p e q u e ñ o

Véase J . M . SCHAEFFER, art. cit.

Page 37: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas

NRFH, X L I V POSIBILIDADES GENÉRICAS Y NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 487

es h e r m o s o . E l f ragmento — a l c o n t e n e r e n sí l a m o v i l i d a d d e l vér­t igo y l a fijación de l a e s c r i t u r a — se convierte e n u n a f o r m a l i te ­r a r i a de d i s c o n t i n u i d a d . Paradój i c a m e n te, de esa m a n e r a j u n t a las esferas privadas y públicas, c o m o se ve e n R i b e y r o . P e r o este es u n p e l i g r o (o ventaja) que t o d a f o r m a breve h a l ogrado superar , a pesar de sus críticos, p o r q u e l a l i t e ra tura " s e c u n d a r i a " s i empre e n t a b l a contactos tangenciales c o n l a l i t e ra tura canónica. P o r eso los textos de T o r r i o f recen u n m o d e l o p a r a u n a l i t e ra tura " n o b l e " y l a v o l u n t a d de desco lon izar parad igmas . Igua lmente , Fe l i sberto , M a c e d o n i o , N o v o , G i r o n d o , Pa lac i o y sus coetáneos pasarán a ser los nuevos "raros" (a l o Rubén Darío) de esta h i s to r ia l i t e rar ia fini­secular . Es más, hoy e n día R a m o s Sucre n o de ja de tener sent ido c o m o poeta ; los feuilletons de Arreóla y Cortázar n o son p u r o diver-timento o b l i c u o , eurocéntr ico ; y los textos d e l E l i z o n d o "ensayista" se c o n v i e r t e n e n l a fundación de su c oncepto de escr i tura . Es dec i r , ya n o hay que preguntarse si esta práctica h a h e r e d a d o algún patrón l i terar io que l a h is tor ia crítica h a i n t e r r u m p i d o o des­c o n t i n u a d o , e n algún texto enigmático, entre nosotros y e l pasa­d o e n que fue f o r m a d o . Genette arguye c o n razón (en textos suyos q u e n o son o t r a cosa que l a re -escr i tura de las historias l i terarias posibles) que n o hay archigéneros, in c luso m o d o s o t ipos ideales que escapen tota lmente a l a h i s t o r i c i d a d y que m a n t e n g a n a l a vez u n a definición genérica. E n este sent ido (y p róx imo e l fin de siglo que nos hace volver a aquél e n que se originó l a práctica) l a ver­d a d es que , a l i n v a d i r e l c a m p o de p o d e r de l a h i s t o r i a l i t e rar ia (y d e s c o l o n i z a r l o ) , e l f r a g m e n t o h i s p a n o a m e r i c a n o m u e s t r a lo i n c o m p l e t o s e impos ib les que h a n sido y son nuestros proyectos p o r l e g i t i m a r las t radic iones de este t ipo de h i s tor ia .

WILFRIDO H . CORRAL Stanford University

Page 38: LAS POSIBILIDADE GENERICAS S Y NARRATIVAS DEL … · NRFfí, XLIV POSIBILIDADE GENÉRICA YS NARRATIVAS DEL FRAGMENTO 453 S Veamos entonces las varia genéricas veta es interpretativas