la interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · la interdependencia en sintaxis a) que la...

24
LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS S ALVADOR G UTIÉRREZ O RDÓÑEZ Universidad de León 1. P ROLEGÓMENOS 1.1. El modelo lingüístico diseñado en los Prolegómenos de Hjelmslev es esencialmente funcional y, por consiguiente, relacional. Por ello, la tipificación de las funciones cobra singular importancia. En el estrato teórico más general diferencia tres clases de relaciones: a) Interdependencia: "Función entre dos constantes" (Hjelmslev, 1943: 178, def. 12). "A las dependencias mutuas, en las que un término presupone el otro y viceversa, las llamaremos convencionalmente interdependencias"(íd.-.42). "Sobre esta base, podemos definir la interde- pendencia como función entre dos constantes" (íd.:57). b) Determinación: "Función entre una constante y una variable" (íd.: 178, def. 15). "A las dependencias unilaterales, en las que un término pre- supone el otro, pero no viceversa, las llamaremos determinaciones" (íd.: 42). c) Constelación: "Función entre dos variables" (íd.:178, def. 16). 'Y a las dependencias de mayor libertad, en las que dos términos son com- patibles, pero ninguno presupone al otro, las llamaremos constelaciones" (íd.:42). Estas nociones remiten a otras previamente definidas: 1) Función: "Dependencia que cumple las condiciones del análisis" (íd.: def. 8, p. 177). 1. Este trabajo se presentó en el Symposium Louis Hjelmslev, celebrado en la Universidad de Copenhague (25-27 noviembre de 1993) con motivo del cincuenta ani- versario de la publicación de Prolegómenos a una Teoría del Lenguaje. Una versión fran- cesa del mismo deberá aparecer en las Actas. CM'CK. Revista de Fihihtxía y su Didáctica. 11 ° 20-21. 1997-98 / ptius 710-725 703

Upload: doanh

Post on 03-Nov-2018

271 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA I N T E R D E P E N D E N C I A E N SINTAXIS

SALVADOR G UTIÉRREZ O R D Ó Ñ E Z

Universidad de León

1. P R O L E G Ó M E N O S

1.1. El m o d e l o l i n g ü í s t i c o d i s e ñ a d o e n los Prolegómenos d e

H j e l m s l e v es e s e n c i a l m e n t e funcional y , p o r c o n s i g u i e n t e , relacional.

P o r e l l o , la t i p i f i c a c i ó n d e las f u n c i o n e s c o b r a s i n g u l a r i m p o r t a n c i a . E n

el est ra to t e ó r i c o más g e n e r a l d i f e r e n c i a tres clases d e re lac iones :

a) Interdependencia: "Función entre dos constantes" (Hjelmslev, 1943: 178, def. 12). "A las dependencias mutuas, en las que u n término presupone el otro y viceversa, las l lamaremos convencionalmente interdependencias"(íd.-.42). "Sobre esta base, podemos def inir la interde­pendencia c o m o func ión entre dos constantes" (íd.:57).

b) Determinación: "Función entre una constante y una variable" ( íd.: 178, def. 15). "A las dependencias unilaterales, en las que u n término pre­supone el otro, pero no viceversa, las l lamaremos determinaciones" ( íd. : 42).

c) Constelación: "Función entre dos variables" (íd.:178, def. 16). 'Y a las dependencias de mayor l ibertad, en las que dos términos son c o m ­patibles, pero n inguno presupone al otro, las l lamaremos constelaciones" (íd.:42).

Estas n o c i o n e s r e m i t e n a ot ras p r e v i a m e n t e d e f i n i d a s :

1) Función: " D e p e n d e n c i a q u e c u m p l e las c o n d i c i o n e s d e l anál is is"

( í d . : def . 8, p. 177).

1. Este trabajo se presentó en el Symposium Louis Hjelmslev, celebrado en la Universidad de Copenhague (25-27 noviembre de 1993) con motivo del cincuenta ani­versario de la publicación de Prolegómenos a una Teoría del Lenguaje. Una versión fran­cesa del mismo deberá aparecer en las Actas.

CM'CK. Revista de Fihihtxía y su Didáctica. 11 ° 20-21. 1997-98 / ptius 710-725

7 0 3

Page 2: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ

2) Constante: " F u n t i v o c u y a p r e s e n c i a es c o n d i c i ó n necesar ia p a r a

la p r e s e n c i a d e l f u n t i v o c o n e l q u e t i e n e f u n c i ó n " ( íd . :178 , def . 12) .

D e p e n d i e n d o d e la d i m e n s i ó n (proceso/sistema ) e n q u e se ins taura la f u n c i ó n interdependencia d i s t i n g u e e l m a e s t r o e n t r e solidaridad y complementariedad: "A la i n t e r d e p e n d e n c i a e n t r e t é r m i n o s d e u n p r o ­ceso la l l a m a m o s solidaridad; a la i n t e r d e p e n d e n c i a e n t r e t é r m i n o s d e u n s is tema, complementariedad' ( í d . : 4 3 ) . "Los [ f u n t i v o s ] q u e c o n t r a e n i n t e r d e p e n d e n c i a ( s o l i d a r i d a d , c o m p l e m e n t a r i e d a d ) se d e n o m i n a n , n a t u r a l m e n t e , interdependientes (solidarios, complementarios)" ( íd . :58 ) . Véase g r á f i c o d e la p. 6 4 :

relación correlación

(conexión) (equivalencia)

cohesión determinación selección especif icación

interdependencia sol idaridad complementar iedad

reciprocidad constelación combinac ión autonomía

1.2. La p r i m e r a a p l i c a c i ó n d e l c o n c e p t o d e solidaridad la rea l i zará

e l m i s m o H j e l m s l e v d o s c a p í t u l o s más a d e l a n t e al t ratar la r e l a c i ó n e n t r e

e l s i g n o y sus c o m p o n e n t e s :

"Por tanto, hay también sol idaridad entre la func ión de signo y sus dos funt ivos, la expresión y el contenido. Jamás habrá una f u n c i ó n de signo sin la presencia simultánea de estos dos funtivos; y una expresión y su contenido, o un contenido y su expresión, jamás aparecerán juntos sin que esté presente entre ellos la func ión signo" (íd.:74-75)

1.3- K n u d T o g e b y ( 1 9 6 5 ) r e c o g e esta t r i p l e d i m e n s i ó n r e l a c i o n a l e n

su a s p e c t o d e relación o conexión:

F o n c t i o n s . De même que pour les principes généraux, on suivra, en ce qu i concerne les fonct ions, la théorie glossématique, qu i n'en reconnaît que trois: la sélection, la solidarité, la combinaison, ainsi définies:

RÉCIPROCITÉ UNILATÉRAIJTÉ

présupposi t ion solidarité sélection

non-présupposi t ion combinaison

( T o g e b y . 1 9 6 5 - . 1 5 )

7 0 4

Page 3: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

1.4. Procedimientos de determinación. C o n f r e c u e n c i a l o s p r i n c i ­

p i o s g e n e r a l e s , l a s c l a s i f i c a c i o n e s , l a s d e f i n i c i o n e s n e c e s i t a n d e l c o m p l e ­

m e n t o d e u n o s procedimientos de determinación q u e n o s p e r m i t a n e n

c a d a c a s o c o n c r e t o e s t a b l e c e r la a d e c u a c i ó n d e u n a e n t i d a d d e l c o r p u s a l

p r i n c i p i o , c l a s i f i c a c i ó n o d e f i n i c i ó n e s t a b l e c i d a . E s t o s p r o c e d i m i e n t o s ,

a d e m á s d e s e r i n m a n e n t e s a la l e n g u a m i s m a , d e b e n s a t i s f a c e r l o s p r i n c i ­

p i o s g e n e r a l e s d e la t e o r í a : s e r c o h e r e n t e s , e x h a u s t i v o s y s i m p l e s .

La c l a s i f i c a c i ó n d e H j e l m s l e v s e a p o y a e n l a s n o c i o n e s d e constan­

te y variable p e r o n o e s t a b l e c e l o s c r i t e r i o s p a r a d e t e r m i n a r c u á n d o u n a

e n t i d a d e s c o n s t a n t e y c u á n d o e s v a r i a b l e . A h o r a b i e n , n i n g u n a p r u e b a

p a r e c e , e n p r i n c i p i o m á s i d ó n e a q u e u n a v a r i e d a d d e la conmutación:

la conmutación por cero o supresión ( V i d . G u t i é r r e z , 1 9 7 8 a : 2 6 2 ) . E n

o t r o t r a b a j o d e la m i s m a é p o c a a l u d í a m o s e x p l í c i t a m e n t e a e s t e m i s m o

p r o b l e m a y a la m i s m a s o l u c i ó n :

"¿Qué s e h a d e e n t e n d e r p o r i n t e r d e p e n d e n c i a , p o r e x i g e n c i a m u t u a ? ¿ C ó m o d e t e r m i n a r los c a s o s d e i n t e ro rd inac ión? N o s o t r o s la h e m o s defi­n i d o t a m b i é n c o m o la r e l ac ión e n t r e d o s funt ivos q u e s e p r e s u p o n e n , a la v e z q u e i n t r o d u c í a m o s u n cr i ter io d e d e t e r m i n a c i ó n : la c o n m u t a c i ó n p o r c e r o d e c u a l q u i e r a d e los funt ivos i n t e r d e p e n d i e n t e s h a c e q u e la fun­c i ó n con jun t a d e s a p a r e z c a " (Gu t i é r r ez ,1978b :538) .

C u a n d o d o s e n t i d a d e s l i n g ü í s t i c a s ( A y B) e s t á n r e l a c i o n a d a s f o r m a n

u n a e n t i d a d m á s c o m p l e j a X q u e a s u v e z c o n t r a e f u n c i ó n c o n la m a g ­

n i t u d Y:

X

A B

Y

Así p u e s d i r e m o s q u e la r e l a c i ó n e n t r e A y B e s d e :

a ) interdependencia: c u a n d o la c o n m u t a c i ó n p o r c e r o d e A o d e B con l l eva la d e s a p a r i c i ó n d e la func ión q u e X con t r a í a r e s p e c t o a Y:

X

A B

0

Y

7 0 5

Page 4: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ

X

B

0

Y

b) coordinación (constelación): la conmutac ión por cero de A o de B (pero no de todos simultáneamente) no anula la func ión que X con­trae respecto a Y:

X

A B

0

X

B

\ 0

Y

c) subordinación (determinación): la supresión de uno de los polos (B o A) permite la subsistencia de la func ión X; pero la anulación del ot ro (A o B), produce la anulación de X:

X

A B

\ 0

Y

X

A B

0

Y

7 0 6

Page 5: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

2. R E L A C I Ó N SUJETO X PREDICADO

La i n f l u e n c i a d e l l o g i c i s m o e n la s i n t a x i s h a s i d o e n o r m e . D e h e c h o ,

la s i n t a x i s d e f u n c i o n e s (sujeto, predicado y , p o s t e r i o r m e n t e , objeto)

n a c e a p a r t i r d e la e s c u e l a d e P o r t - R o y a l . La oración (proposición) e s u n a

r e p r e s e n t a c i ó n e s p e c u l a r d e l j u i c i o l ó g i c o . S u s c o m p o n e n t e s , sujeto y

predicado c o n s t i t u y e n la t r a d u c c i ó n a l c a m p o d e l l e n g u a j e d e l o s c o n s ­

t i t u y e n t e s d e l j u i c i o . I n c l u s o la d e f i n i c i ó n d e e s t o s e l e m e n t o s e s u n c a l c o

s e r v i l d e la d e f i n i c i ó n d e l s u j e t o y d e l p r e d i c a d o l ó g i c o s .

A m e d i d a q u e s e h a c e m á s i n m a n e n t e ( = m e n o s l o g i c i s t a ) la S i n t a x i s

v a c o n s i g u i e n d o p a r c e l a s d e a u t o n o m í a :

1) La o r a c i ó n d e j a d e s e r d e f i n i d a c o m o la e x p r e s i ó n d e u n j u i c i o l ó g i c o

2) L o s t é r m i n o s sujeto y predicado d e j a n d e s e r c o n c e b i d o s , r e s p e c t i ­

v a m e n t e , c o m o :

- " a q u e l l o d e l o q u e e l p r e d i c a d o a f i r m a o n i e g a a l g o " ,

-"lo q u e s e a f i r m a o n i e g a d e l s u j e t o " .

D e f o r m a i n c o n s c i e n t e s e m a n t i e n e e l p r i n c i p i o ( d e i n s p i r a c i ó n l o g i ­

c i s t a ) d e q u e t o d a o r a c i c í n e s b i n a r i a ( c o m o e l j u i c i o l ó g i c o ) : " U n e p a r ­

t i e d e s s y n t a c t i c i e n s , q u i s ' i n s p i r e n t d e la l o g i q u e , m a i n t i e n n e n t la c o e ­

x i s t e n c e n é c e s s a i r e d e s d e u x , d o n c u n r a p p o r t d e s o l i d a r i t é : u n v e r b e a

t o u j o u r s u n su j e t , m ê m e si c e l u i - c i n ' e s t p a s e x p r i m é , c o m m e d a n s l e c a s

d ' u n i m p é r a t i f , o u d ' u n i n f i n i t i f ( T o g e b y , 1 9 6 5 : 7 7 ) .

L. T e s n i è r e c o m p a r t í a e s t a m i s m a o p i n i ó n : "II n e f a u t v o i r d a n s c e t t e

c o n c e p t i o n q u ' u n e survivance n o n e n c o r e é l i m i n é e , d e l ' é p o q u e , q u i v a

d ' A r i s t o t e à P o r t - R o y a l , o ù t o u t e la g r a m m a i r e é t a i t f o n d é e s u r la l o g i ­

q u e " ( T e s n i è r e , 1 9 5 9 : 1 0 4 ) . Y s o s t i e n e d e f o r m a c o n t u n d e n t e :

"En e f f e t t o u s l e s a r g u m e n t s q u i p e u v e n t ê t r e i n v o q u é s c o n t r e la c o n ­

c e p t i o n d u n o e u d v e r b a l e t e n f a v e u r d e l ' o p p o s i t i o n d u s u j e t e t d u p r é ­

d i c a t r e l è v e n t d e la l o g i q u e f o r m e l l e a p r i o r i , q u i n'a r i e n à v o i r e n l i n ­

g u i s t i q u e " .

" D a n s a u c u n e l a n g u e , a u c u n fait p r o p r e m e n t l i n g u i s t i q u e n ' i n v i t e à o p p o ­

s e r l e s u j e t a u p r é d i c a t .

La s o l u c i ó n o f r e c i d a p o r T o g e b y e r a m e n o s a b s o l u t a y c o n t u n d e n t e :

" D a n s c e r t a i n e s l a n g u e s , il s ' a g i r a d ' u n r a p p o r t d e s o l i d a r i t é , p a r c e q u e

l e u r s p r o p o s i t i o n s s u b o r d o n n é e s c o n t i e n n e n t t o u j o u r s e t t i n s u j e t e t u n

p r é d i c a t . D a n s d ' a u t r e s , n o u s a u r o n s a f f a i r e à u n r a p p o r t d e s é l e c t i o n ,

p a r c e q u e l e p r é d i c a t p e u t à l u i s e u l c o n s t i t u e r u n e p r o p o s i t i o n s u b o r -

7 0 7

Page 6: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ

d o n n é e , tandis que le sujet présuppose l'existence du prédicat" (Togeby, 1965:78).

C o m o ejemplo de las primeras cita el caso del latín, d o n d e el suje­to, que deja huella morfológica e n el verbo, p u e d e faltar: amat, pluit. A propósi to de este último ejemplo añade una información interesante: "il n'y a, e n tout cas, aucune possibilité de faire entrer un sujet par cataly­se" (Ibid.).

El español se halla e n la misma situación que el latín. La presencia del sujeto n o e s absolutamente necesaria: trabaja, duerme, vigila, vera­nea, etc. En ocas iones su presencia n o es ni siquiera posible . Es el caso de las impersonales: hay, hace (frío), nieva, graniza, etc. y de las secuencias impersonalizadas mediante la partícula /se/ (Se habla de fút­bol).

Con el fin de salvar la tradición, E. Alarcos p r o p o n e una so lución inteligente: distingue entre sujeto léxico y sujeto gramatical. El primero p u e d e faltar (por elipsis o por imposibil idad). El s e g u n d o es necesario: se concreta e n los morfemas "número" y "persona" del verbo finito. Por consiguiente , las relaciones serían distintas-.

selección sujeto léxico núcleo del predicado

interdependencia sujeto gramatical - • núcleo del predicado

Sin embargo, esta so luc ión presenta problemas:

1) Se trata de una expl icación morfológica, no sintáctica: la relación que el l lamado sujeto gramatical pueda mantener con el núcleo del predica­do no es intersintagmática, sino intrasintagmática. 2) Si la relación predicativa se establece entre el sujeto mor fo lóg ico y el núcleo del predicado se asistiría a la paradoja de que el sujeto gramati­cal pertenece al mismo t iempo al sujeto y al predicado. Así, en nieva:

predicado (nieva)

A propósito del español , h e m o s sostenido (Gutiérrez-.1984)-.

708

Page 7: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección. b ) Que la l lamada "oración" es equivalente a una frase verbal, es decir, a una secuencia que tiene por núcleo u n verbo f in i to . c) Que la presencia de sujeto no impl ica existencia de oración. Los in f i ­nit ivos y gerundios, al menos, pueden tener sujeto, pero no consti tuyen frase verbal y oración.

3 . CONSTRUCCIONES ABSOLUTAS

E n n u e s t r o t r a b a j o "Construcciones atributivas absolutas" ( 1 9 7 8 b ) y , p o s t e r i o r m e n t e , e n Variaciones sobre la atribución ( 1 9 8 6 ) , a l a n a l i z a r e s t a s s e c u e n c i a s l l e g á b a m o s a l a s s i g u i e n t e s c o n c l u s i o n e s :

a) Son construcciones bimembres b) Se establecen entre u n sintagma nominal determinado (tema o base) y u n sintagma de categoría variable (adjetivo o adverbio) que contrae la func ión de atributo. c) Entre tema y atributo media una relación de interdependencia.

J u s t i f i c á b a m o s e s t a ú l t i m a a f i r m a c i ó n a p l i c a n d o f u n d a m e n t a l m e n t e d o s p r u e b a s :

a ) La conmutación por cero: -Terminado el encierro, los estudiantes vuelven a clase

>*Terminado, los estudiantes vuelven a clase >*El encierro, los estudiantes vuelven a clase

b ) Las c o n s t r u c c i o n e s e c u a c i o n a l e s : " l o s c o m p o n e n t e s d e l a s c l á u ­s u l a s a b s o l u t a s n o a d m i t e n e n f a t i z a c i ó n i n d i v i d u a l ( p e r o sí c o n j u n t a ) e n l a s o r a c i o n e s e c u a c i o n a l e s " ( 1 9 8 6 : 1 5 9 ) :

-Terminado el encierro, se fueron a sus casas > Fue terminado el encierro, cuando se fueron. . . >*Fue el encierro cuando.. . >*Fue terminado cuando se fueron. . . .

L a s c o n s t r u c c i o n e s a b s o l u t a s p r e s e n t a n u n p r o b l e m a e n la d e t e r m i ­n a c i ó n d e s u i n t e r d e p e n d e n c i a . E n c o n t e x t o s m u y r i c o s e n i n f o r m a c i ó n , e l t e m a p u e d e s e r s u p r i m i d o ( G u t i é r r e z , 1 9 8 6 : 1 5 9 ) :

-Solicitaron permiso y, una vez concedido 0, entraron

7 0 9

Page 8: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GLITIÉRREZ ORDÓÑEZ

"Se h a d e t e n e r e n c u e n t a q u e s e d a n e s t o s e j e m p l o s s o l a m e n t e

c u a n d o e l e l e m e n t o e l i d i d o c o n t r a e u n a f u n c i ó n d e n t r o d e la s e c u e n c i a

a la q u e p e r t e n e c e o c u a n d o , p e r t e n e c i e n d o a u n a s e c u e n c i a p r e c e d e n ­

t e , a c a b a d e s e r m e n c i o n a d o " ( í d : 1 5 9 ) . El c a s o m á s f r e c u e n t e d e e l i p s i s

e n c o n s t r u c c i o n e s a b s o l u t a s e s e l d e no obstante: s u t e m a e s e l c o n t e n i ­

d o d e l o d i c h o p r e v i a m e n t e . E s t á t a n p r e s e n t e q u e n o e s n e c e s a r i o r e c o r ­

d a r l o , a u n q u e s i e m p r e e s p o s i b l e h a c e r l o : no obstante esto.

T a l p o s i b i l i d a d d e e l i p s i s h a s i d o u t i l i z a d a r e c i e n t e m e n t e c o m o a r g u ­

m e n t o p a r a s o s t e n e r q u e n o e x i s t e e n e s t o s c a s o s r e l a c i ó n d e s o l i d a r i ­

d a d e n t r e t e m a y a t r i b u t o d e l a s c o n s t r u c c i o n e s a t r i b u t i v a s a b s o l u t a s (A .

F e r n á n d e z , 1 9 9 3 : 1 1 0 - 1 1 1 ) . R e c o n o c e q u e e s t o s u c e d e e n c o n t e x t o s e n

l o s q u e a c a b a d e m e n c i o n a r s e e l t e m a d e l t i p o :

-Sos tuv ie ron el e n c i e r r o t o d a la m a ñ a n a ; fue una vez terminado c u a n d o los e s t u d i a n t e s v o l v i e r o n a c lase

U n a a p l i c a c i ó n c i e g a d e la p r u e b a d e la c o n m u t a c i ó n n o s p u e d e

c o n d u c i r a n e g a r la e x i s t e n c i a d e i n t e r d e p e n d e n c i a e n e s t a s c o n s t r u c ­

c i o n e s . T a l s i t u a c i ó n d e b e h a c e r n o s r e f l e x i o n a r s o b r e e l c o n c e p t o m i s m o

d e invariante, o , l o q u e e s l o m i s m o , s o b r e e l c o n c e p t o d e núcleo. L o s

t e ó r i c o s p a r e c e n e s t a r d e a c u e r d o e n l o s s i g u i e n t e s p u n t o s :

1) T o d a invariante ( t o d o núcleo d e b e se r lo ) h a d e se r ob l iga to r i a .

2) Es n e c e s a r i o d i s t ingui r obligatorio de habla (obligatorio1) de obligato­rio de lengua (obligatorio2) (cf. G o n z á l e z E s c r i b a n o , 1980:293) .

E n o c a s i o n e s o c u r r e q u e u n a m a g n i t u d obligatoria de lengua e s e l i ­

d i d a e n c i r c u n s t a n c i a s d e d i s c u r s o m u y c o n c r e t a s y e s p e c í f i c a s . P o r

e j e m p l o , e n la c o o r d i n a c i ó n o r a c i o n a l e l v e r b o p u e d e s e r s u p r i m i d o

c u a n d o s e r e p i t e :

- S a m u e l t i e n e 17 a ñ o s ; J av ie r 0 d iez , y A n d r é s 0 d o s

A q u í e l v e r b o tiene e s obligatorio de lengua, p e r o n o obligatorio de

habla. I n c l u s o a u s e n t e , e l v e r b o c o n t i n ú a s i e n d o el n ú c l e o . S e t r a t a d e

u n a e l i p s i s f a v o r e c i d a p o r l a s c i r c u n s t a n c i a s d e l d i s c u r s o . P e r m i t e s e r

e x p l i c a d a y s i e m p r e e s p o s i b l e r e c u p e r a r l a p o r m e d i o d e la catálisis.

S e p r e s e n t a u n n u e v o p r o b l e m a : ¿ c ó m o d i f e r e n c i a r e n la p r á c t i c a l a s

d o s n o c i o n e s obligatorio de lengua/obligatorio de habla? S e i m p o n e u n

n u e v o c r i t e r i o : Más importante que la ausencia de un funtivo es la impo­

sibilidad de su presencia.

7 1 0

Page 9: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

Es así c o m o h a b í a m o s o p e r a d o para d e t e r m i n a r si e l s u j e t o era o n o

u n f u n t i v o o b l i g a t o r i o e n la r e l a c i ó n sujeto x verbo. N u e s t r a s o l u c i ó n era

nega t i va : e x i s t e n o r a c i o n e s e n las q u e la ausenc ia d e l s u j e t o n o s ó l o era

p o s i b l e , s i n o o b l i g a t o r i a . E n las c o n s t r u c c i o n e s a b s o l u t a s la s i t u a c i ó n

p a r e c e d i s t i n t a :

a) La supresión n o se realiza más que en contextos m u y ricos en infor­mación.

b ) N o existen construcciones absolutas en las que sea imposible la catá­lisis de temas el ididos.

c) Existen modal idades de construcciones absolutas en las que ni siquie­ra es posible la elipsis: cuando func ionan globalmente c o m o atributos en el seno de la oración (en muchos casos l levan la preposic ión con).

d) Parece imposible formar construcciones absolutas con los part icipios de verbos impersonales:

- 'Nevado, bajaron los potros de la montaña. - 'L lov ido , tuvimos que guarecernos en u n refugio.

4. RELACIONES " INTERORACIONALES"

4 . 1 . La a p l i c a c i ó n de las f u n c i o n e s h j e l m s l e v i a n a s al c a m p o d e las

r e l a c i o n e s e n t r e frases ve rba les h a s i d o f e c u n d a e n r e s u l t a d o s y e n p o l é ­

m i c a s . El p r i m e r e f e c t o b e n e f i c i o s o l o h a l l a m o s e n la r e d e f i n i c i ó n y

r e d i s t r i b u c i ó n q u e n o s o f r e c e de la t r a d i c i o n a l c l a s i f i c a c i ó n d e o r a c i o n e s

yuxtapuestas, coordinadas y subordinadas. C o n re la t i va f r e c u e n ­

c ia , se d e f i n í a n e n f u n c i ó n de:

-presencia/ausencia de nexo (coordinadas-subordinadas/yuxtapuestas). -naturaleza del nexo (coordinadas/subordinadas) .

A h o r a b i e n , las d e f i n i c i o n e s t r a d i c i o n a l e s ca ían e n e l v i c i o d e la c i r -

c u l a r i d a d . Las conjunciones e r a n c o o r d i n a d a s o s u b o r d i n a d a s s e g ú n

i n t r o d u j e r a n proposiciones c o o r d i n a d a s o s u b o r d i n a d a s . C u a n d o se

i n t r o d u c e la c l a s i f i c a c i ó n h j e l m s l e v i a n a de las f u n c i o n e s r e l a c i ó n a l e s la

v i s i ó n se i n v i e r t e . L o q u e i m p o r t a n o es n i la p r e s e n c i a o ausenc ia d e l

n e x o , n i la na tu ra leza d e l m i s m o . L o ú n i c o q u e in teresa es:

-la relación que contraen entre sí dos o más cláusulas (nexus) y -el papel de constantes o variables que asume cada una de ellas

C o m o c o n s e c u e n c i a :

7 1 1

Page 10: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ

a) desaparece el conjunto de las oraciones yuxtapuestas (serán incluidas pr incipalmente dentro del g rupo de la coordinación) , b ) aparece u n nuevo conjunto: las oraciones interdependientes, c) la naturaleza de las conjunciones n o determina la naturaleza de la u n i ó n , sino todo lo contrario: una conjunc ión será, por ejemplo, coord i ­nante, si une cláusulas coordinadas.

4 . 2 . G . R o j o e n s u e s t u p e n d o l i b r o Cláusulas y Oraciones ( 1 9 7 8 )

i n t r o d u j o la t r i p l e r e l a c i ó n h j e l m s l e v i a n a e n e l c a m p o d e l a s c o n e x i o n e s

i n t e r c l a u s a l e s . Las b a u t i z a c o n t é r m i n o s t r a d i c i o n a l e s (coordinación,

subordinación) o n o v e d o s o s (interordinación):

-Coordinación (caso particular de constelación) -Subordinación (=determinación) -Interordinación (que sustituye por razones eufónicas al té rmino de interdependencia del maestro danés)

S e g ú n la r e l a c i ó n q u e c o n t r a i g a n l a s c l á u s u l a s e n t r e s í l a s o r a c i o n e s

q u e g e n e r a n s e r í a n :

-Policlausales (< coordinación) -Monoclausales (< subordinación) -Bipolares (< interordinación)

N o s o n e s t a s c l a s i f i c a c i o n e s e n sí l o q u e s o r p r e n d e d e la p r o p u e s t a

d e R o j o , s i n o l a s i n c l u s i o n e s q u e r e a l i z a :

-coordinación -copulativas -disyuntivas

-interordinación

-adversativas -causales -condicionales -concesivas -finales

-subordinación -sustantivas -adjetivas

N o s o t r o s h e m o s d e f e n d i d o ( 1 9 7 8 b ) q u e la bipolaridad n o p r e s u p o ­

n e interdependencia e n t r e l a s p r o p o s i c i o n e s o c l á u s u l a s r e l a c i o n a d a s .

R o j o a p l i c a la conmutación por cero. Si e n l a s s e c u e n c i a s :

7 1 2

Page 11: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

-Juan ha suspendido porque no había estudiado -Si vienes pronto, iremos al cine -Aunque sepa los caminos, nunca llegaré a Córdoba

s e a n u l a n l o s s e g m e n t o s porque no ha estudiado, si vienes pronto, aun­

que sepa los caminos, d e s a p a r e c e n a u t o m á t i c a m e n t e l o s v a l o r e s causal,

condicional y concesivo.

C o m o h e m o s m o s t r a d o e n o t r o l u g a r ( G u t i é r r e z , 1 9 7 8 b ) e n e l p r o ­

c e s o d e m o s t r a t i v o d e R o j o e x i s t e n d o s d e f i c i e n c i a s :

a ) C r e e r q u e l o s v a l o r e s causal, condicional y concesivo p e r t e n e c e n

a l p e r í o d o y n o a la c l á u s u l a c i r c u n s t a n c i a l .

b ) U n a a p l i c a c i ó n i n c o r r e c t a d e la p r u e b a d e la c o n m u t a c i ó n p o r

c e r o . S e h a d e b u s c a r u n c o n t e x t o m á s a m p l i o e n e l q u e e s t é n i n t e g r a ­

d a s d e s e m p e ñ a n d o u n a f u n c i ó n c o n j u n t a . E n l o s e j e m p l o s q u e s i g u e n

l a s f r a s e s a n t e r i o r e s , p r e v i a m e n t e n o m i n a l i z a d a s p o r que d e s e m p e ñ a n e l

o f i c i o d e objeto directo d e l v e r b o dice:

-Dice que Juan ha suspendido porque no había estudiado -Dice que, si vienes pronto, iremos al cine -Dice que, aunque sepa los caminos, nunca llegaremos a Córdoba

A p l i q u e m o s a h o r a la p r u e b a d e la c o n m u t a c i ó n p o r c e r o . Si a n u l a ­

m o s l a s c l á u s u l a s q u e i n t r o d u c e n l o s v a l o r e s causal, condicional y con­

cesivo la f u n c i ó n c o n j u n t a ( o b j e t o d i r e c t o ) n o d e s a p a r e c e : q u e d a r e p r e ­

s e n t a d a p o r e l r e s i d u o d e l a o p e r a c i ó n :

-Dice que Juan ha suspendido -Dice que iremos al cine -Dice que nunca llegará a Córdoba

P e r o s i l o q u e s e a n u l a e s la c l á u s u l a c o n t r a r i a , o b t e n d r e m o s i r r e g u ­

l a r i d a d e s g r a m a t i c a l e s o c a m b i o s d e s e n t i d o :

-*Dice que porque n o había estudiado -*Dice que si vienes pronto (válida c o m o interrogativa indirecta) -*Dice que aunque sepa los caminos

P o r c o n s i g u i e n t e , h e m o s d e c o n c l u i r q u e e n t a l e s c a s o s e x i s t e r e l a ­

c i ó n d e s e l e c c i ó n o s u b o r d i n a c i ó n , t a l c o m o s o s t e n í a la G r a m á t i c a

T r a d i c i o n a l .

7 1 3

Page 12: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ

5 . " T R A B A J A LOS MESES DE V E R A N O "

E n su t r a b a j o "Acerca d e la t r a n s p o s i c i ó n y d e l a d i t a m e n t o s i n p r e ­

p o s i c i ó n " d e f i e n d e J.A. M a r t í n e z ( 1 9 8 1 - 8 2 ) :

a) Que la func ión aditamento es adverbial. b ) Que todos los funt ivos que contraen dicha categoría o son adverbios o b ien segmentos adverbializados. c) Que la preposic ión constituye el med io más normal de adverbializar sustantivos para que func ionen c o m o aditamentos o complementos cir­cunstanciales.

Se e n c u e n t r a , n o o b s t a n t e , c o n a l g u n o s casos e n los q u e u n n o m b r e

p u e d e c o n t r a e r f u n c i ó n a d v e r b i a l ( t e m p o r a l ) s in v e n i r a c o m p a ñ a d o d e

p r e p o s i c i ó n :

a) Los días de la semana y el sustantivo la víspera: Nos vimos el domin­go, Saldrás el jueves, Se encontraron la víspera. b) Sustantivos con referencia temporal que presentan una determinación:

-"Trabaja los meses/Trabaja los meses de verano -"Llegó el día/Llegó el día de Pascua - 'Sucedió el año/Sucedió el año pasado -*Se matricula la semana/Se matricula la semana próx ima

A n t e este c o m p o r t a m i e n t o , c o n c l u y e este autor :

a) Que los constituyentes de los ejemplos precentes el día de Pascua, el año pasado, la semana próxima, etc. están unidos por medio de una relación de interdependencia. b ) Que esta interdependencia ejerce una f u n c i ó n transpositora: adverbia-liza a los sintagmas nominales

Sin e m b a r g o , n i n g u n a d e estas d o s a f i r m a c i o n e s es a c e p t a b l e . Basta

c o n q u e c a m b i e m o s la f u n c i ó n d e l s e g m e n t o h i p o t é t i c a m e n t e i n t e r d e -

p e n d i e n t e para q u e a d v i r t a m o s q u e se res t i tuye la p o s i b i l i d a d d e c o n ­

m u t a r p o r c e r o u n o d e los c o n s t i t u y e n t e s :

-Pasan los meses de verano > Pasan los meses Pasan los meses de verano > *Pasan de verano

-Contó los meses de verano > Contó los meses -Contó los meses de verano > "Contó de verano -Puso nombre a los meses de verano — > Puso nombre a los meses -Puso nombre a los meses de verano — > "Puso nombre a de verano -Estos son los meses de verano > Estos son los meses -Estos son los meses de verano > "Estos son de verano

7 1 4

Page 13: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

Q u e d a c l a r o q u e e n la c o n s t r u c c i ó n los meses de verano n o h a l l a m o s

r e l a c i ó n d e i n t e r d e p e n d e n c i a , s i n o d e d e t e r m i n a c i ó n : h a y u n n ú c l e o (los

meses) y u n c o m p l e m e n t o (de verano). ¿ P o r q u é c u a n d o la c o n s t r u c c i ó n

los meses de verano f u n c i o n a c o m o a d i t a m e n t o n o p o d e m o s c o n m u t a r

p o r c e r o e l s e g m e n t o de verano?

H e m o s d e r e c o r d a r q u e l a s f u n c i o n e s s i n t á c t i c a s i m p o n e n a l o s f u n -

t i v o s q u e l a s r e p r e s e n t a n c o n d i c i o n e s d e d o s t i p o s :

-restricciones categoriales: el sujeto ha de ser sustantivo, -restricciones formales: el complemento ha de llevar la preposic ión / a /

P u e s b i e n , la a p a r e n t e r e l a c i ó n s o l i d a r i a q u e s e o b s e r v a e n la

s e c u e n c i a / 0 5 meses de verano c u a n d o f u n c i o n a c o m o c i r c u n s t a n c i a l e s

u n a i m p o s i c i ó n e x t e r n a a la p r o p i a c o n s t r u c c i ó n . E s u n a e x i g e n c i a q u e

la f u n c i ó n c o m p l e m e n t o c i r c u n s t a n c i a l d e t i e m p o i m p o n e a l o s s i n t a g ­

m a s q u e la c o n t r a e n . E s e m p í r i c a m e n t e c o m p r o b a b l e :

a) que todo segmento que funcione c o m o aditamento temporal ha de estar complementado (o precedido de preposic ión) . b) que, a la inversa, cuando estos sintagmas complementados cambian de func ión desaparece la necesidad de mantenerse unidos.

P o r c o n s i g u i e n t e , n o s e t r a t a d e u n a r e l a c i ó n s o l i d a r i a la q u e u n e l o s

c o m p o n e n t e s d e los meses de verano. P a r a q u e p o d a m o s s o s t e n e r q u e

h a y s o l i d a r i d a d e n t r e l o s c o n s t i t u y e n t e s d e u n a c o n s t r u c c i ó n e s n e c e s a ­

r i o q u e ta l s o l i d a r i d a d s e o b s e r v e e n t o d o s l o s c o n t e x t o s f u n c i o n a l e s e n

q u e s e r e g i s t r e . D e o t r a m a n e r a , la i n t e r d e p e n d e n c i a h a d e s e r i n t e r n a a

la p r o p i a c o n s t r u c c i ó n , n o e x t e r n a .

6. L A FRASE PREPOSICIONAL

L. B l o o m f i e l d e s t a b l e c í a la o p o s i c i ó n construcciones endocéntri­

cas/construcciones exocéntricas:

-"Exocentric: the resultant phrase belongs to the form-class o f no inme-diate constituent" ($12.10).

Las construcciones exocéntricas m a n t i e n e n u n a e s t r e c h a c o r r e s p o n ­

d e n c i a c o n l a s construcciones interdependientes. Si e n l a s p r i m e r a s e s la

u n i ó n d e d o s c o n s t i t u y e n t e s l o q u e p r o d u c e u n a c a t e g o r í a n u e v a , p a r e -

715

Page 14: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ O R D Ó Ñ E Z

c e n e c e s a r i o c o n c l u i r q u e s e h a l l a n e n r e l a c i ó n d e i n t e r d e p e n d e n c i a :

n i n g ú n e l e m e n t o p u e d e fa l tar . P a r a B l o o m f i e l d , la f r a s e p r e p o s i c i o n a l e r a

e x o c é n t r i c a .

E n la t e o r í a f u n c i o n a l la frase preposicional n o e x i s t e c o m o c a t e g o ­

r ía . La p r e p o s i c i ó n n o e s j a m á s u n f u n t i v o , u n s i n t a g m a a u t ó n o m o .

N u n c a c o n t r a e f u n c i ó n s i n t á c t i c a . S e r e d u c e a d e s e m p e ñ a r p a p e l e s a u x i ­

l i a r e s :

a) Como índice funcional b) Como transpositor

E n l o s m o d e r n o s m o d e l o s d e l g e n e r a t i v i s m o , la preposición e s c o n ­

s i d e r a d a c o m o e l núcleo d e la frase preposicional. E s t a h i p ó t e s i s p a d e c e

e l m i s m o d e f e c t o q u e la b l o o m f i e l d i a n a . N o s a t i s f a c e u n p r i n c i p i o q u e

n o s p a r e c e f u n d a m e n t a l :

-No se podrá considerar núcleo a una categoría que jamás pueda repre­

sentar la función del conjunto al que pertenece.

7. " R E S I D E N EN M A D R I D "

7 . 1 . Si n o s a t e n e m o s e s t r i c t a m e n t e a l c r i t e r i o d e la conmutación por

cero d e b e r í a m o s c o n s i d e r a r c o n s t r u c c i o n e s i n t e r d e p e n d i e n t e s e j e m p l o s

c o m o l o s s i g u i e n t e s :

-Luis reside en Madr id -Juanjo se inmiscuye en mis asuntos

y a q u e la a n u l a c i ó n d e l s u p u e s t o t é r m i n o a d y a c e n t e d e l v e r b o p r o d u c e

a g r a m a t i c a l i d a d e s :

-*Reside -*Se inmiscuye

7 . 2 . A h o r a b i e n , e s t a m o s a n t e u n c o n t e x t o d i s t o r s i o n a d o r d e la c o n ­

m u t a c i ó n p o r c e r o : la rección s e m á n t i c a . E n l o s c o n t e x t o s d e r e c c i ó n ,

r e g e n t e y r e g i d o h a n d e e s t a r o b l i g a t o r i a m e n t e p r e s e n t e s , p e r o n o p o r ­

q u e h a y a d o b l e n u c l e a r i d a d , s i n o p o r q u e e l p o d e r d e l n ú c l e o e s t a n f u e r ­

t e q u e e x i g e la c o m p a ñ í a c o n s t a n t e d e s u s u b o r d i n a d o .

7 1 6

Page 15: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

I.A INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

E s t e t i p o d e r e c c i ó n e n m a s c a r a l o s r e s u l t a d o s d e la c o n m u t a c i ó n p o r

c e r o : p r o p o r c i o n a la e n g a ñ o s a i m p r e s i ó n d e q u e n o s h a l l a m o s a n t e u n a

i n t e r d e p e n d e n c i a . ¿ C ó m o s a b e r l o ?

1) Como se trata de rección semántica, siempre es posible obtener con­

textos en los que se permita la el isión del funt ivo regido:

-Considera tú mismo -¡Cómo pega ese boxeador!

2) Lo que se pretende en el análisis que efectuamos es determinar una relación sintáctica, n o semántica entre dos funt ivos. Las relaciones sin­tácticas están por encima de la idiosincrasia particular de cada verbo, adjetivo,.. Por eso, para que podamos determinar que entre dos funcio­nes existe interdependencia es necesario que se dé en todas sus posi­bles apariciones.

8. "LO FUERTES QUE ERAN"

8 . 1 . A l g u n a s l e n g u a s r o m á n i c a s c o n o c e n u n a c o n s t r u c c i ó n q u e , p o r

s u s i n g u l a r i d a d y p o r l a s d i f i c u l t a d e s q u e p r e s e n t a , h a m e r e c i d o n u m e ­

r o s a s r e f l e x i o n e s d e g r a m á t i c o s . S o n l a s t i p i f i c a d a s e n e j e m p l o s c o m o e l

c o n s a g r a d o p o r E. A l a r c o s ¡Lo fuertes que eran!

C o m o s o s t e n í a e l g r a n m a e s t r o d e l f u n c i o n a l i s m o e s p a ñ o l , t r á t a s e d e

s e c u e n c i a s d e c a r á c t e r e n f á t i c o . N o s o t r o s h e m o s t r a t a d o d e m o s t r a r

c ó m o s e l o g r a e s t e é n f a s i s f r e n t e a la e s t r u c t u r a p r i m i t i v a ( 1 9 8 6 : 2 4 2 y s s ) :

a) Inversión del segmento focalizado. b ) Separación del resto por med io de u n que de relativo. c) Nominal ización por medio del artículo neutro lo (sólo ante adjetivos y adverbios: con sustantivos el artículo presenta var iabi l idad de género y número) :

8 .2 . T o d o h a c e p e n s a r a p r i m e r a v i s t a q u e e l s e g m e n t o d e la o r a c i ó n

d e r e l a t i v o e j e r c e u n a f u n c i ó n c o m p l e m e n t a r i a d e s u n ú c l e o fuerte, lejos,

mucho. S i n e m b a r g o , la c o n m u t a c i ó n p o r c e r o p a r e c e m o s t r a r s o l i d a r i -

-Juan era fuerte —

-Córdoba está lejos

-Te quiere mucho

•>Lo fuerte que era Juan >Lo lejos que está Córdoba >Lo m u c h o que te quiere

7 1 7

Page 16: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ

dad: o bien se pierde el sentido originario o bien nace alguna secuenciaagramatical.

-*Lo fuerte-*Lo lejos-*Lo mucho

Sin embargo, no hemos de olvidar lo específico de estas construc-ciones: son estructuras de énfasis. Toda secuencia de énfasis presuponenecesariamente la existencia de una estructura primitiva frente a la quese presenta como enfática. Es necesario que el receptor descubra a tra-vés de la secuencia de énfasis cuál es el decurso frente al cual muestrael realce. Por ello eliminar o conmutar por cero cualquiera de los seg-mentos está totalmente prohibido.

9. "Mi SOMBRERO" Y LA FRASE SUSTANTIVA

9.1. En su magnífico estudio sobre el concepto del núcleo en la gra-mática tagmémica J. L. González Escribano observaba a propósito de lapropuesta de Pittman: "De acuerdo con el criterio de independencia dePittman, la secuencia mi sombrero constaría de un solo elemento inde-pendiente, y por ello, nuclear, que sería sombrero, un elemento depen-diente mi, que sería periférico. Sin embargo, en cuanto determinamos unconjunto específico, la supuesta independencia del elemento nuclear seesfuma. Tan aberrante resulta ¿Dónde está mi? como ¿Dónde está som-brero?(González Escribano, 1980:274).

R.A. Hudson lo formulaba en su crítica a Zwicky. Para este últimoautor en la construcción Det + N el núcleo es el N. Se basaba en dosargumentos:

a) El determinante está subcategorizado por el nombre:-contables en sing.: each pengwn/*penguins/*sand-contables en plur.: many *penguin/penguins/*sands-no contables: much *penguin/*penguins/sand

Ahora bien, como señala Hudson, este análisis vale para each, pero no paraevery; para this, pero no para the; para some, pero no para a(n).

b) El N es el equivalente distribucional de Det + N. Pero no es fácil deter-minar si esta construcción es endocéntrica:-Está claro en: / know the boys/*the/boys-Pero no en: / knoiv this boy/tbis/*boy (vid. Hudson)

718

Page 17: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

El problema está relacionado con factores semánticos y, en ocasio-nes, con factores de carácter formal. Observemos la siguiente tabla deejemplos de elementos que pueden funcionar como sujetos, implemen-tos, etc. de los verbos: (1) llegar+ sujeto, (2) buscar+ implemento:

1) Llega

(llegan)

-el criado-los criados-'criado-criados

-el arma-las armas-*arma-armas

-el agua-las aguas-agua-aguas

-el azúcar-0-azúcar-0

2) Se busca

(Se buscan)

-el criado-los criados-'criado-criados

-el arma-las armas-'arma-armas

-el agua-las aguas-agua-aguas

-el azúcar-0-azúcar-0

De un examen atento de las posibilidades se obtiene la conclusiónde que la conmutación por cero del determinante (artículo o posesivo)deja de ser posible sólo en el singular de los sustantivos contables (Hlegacriado). Lo que nunca es posible es la supresión del sustantivo. Se ha deconcluir que el nombre es el elemento nuclear. Las dificultades de anula-ción del determinante artículo o posesivo en algunos contextos se debea otras razones.

9.2. Sobre la frase nominal

9-2.1.-Recientemente Rojo-Jiménez Julia (1989) han propuesto unanovedad en la descripción de las llamadas frases nominales: distinguirentre frase sustantiva y frase nominal

Entrarían dentro de las primeras ejemplos como:

(43a) Narraciones cortas(44a) Vacaciones de verano

En ellas el sustantivo carece de determinante. Presentarían un análisiscomo el que se ofrece:

719

Page 18: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ O R D Ó Ñ E Z

sust adj sust fp rep

Nar rac iones cor tas Vacac iones d e v e r a n o

La frase nominal se d i ferencia d e la frase sustantiva e n el h e c h o d e ven i r a c o m p a ñ a d a s d e u n determinante. El anál is is t rad ic ional d e s ­gaja u n n ú c l e o ( sus tan t ivo) y u n modi f i cador ( d e t e r m i n a n t e ) . Así o c u r r e e n a l g u n o s e j emplos e n los q u e la c o n m u t a c i ó n p o r c e r o p a r e c e a p o y a r es te análisis ( íd . :124):

(59a) He comprado los libros (59b) He comprado libros (59c) *He comprado los

(60a) Aquí crece el trigo (60b) Aquí crece trigo (60c) *Aquí crece el

"Sin e m b a r g o , la c u e s t i ó n p a r e c e b a s t a n t e m á s comple ja y el ca rác ­ter e n d o c é n t r i c o d e es tas c o n s t r u c c i o n e s resul ta m á s q u e d u d o s o . En m u y p o c a s o c a s i o n e s e s p o s i b l e e n e s p a ñ o l supr imi r el d e t e r m i n a n t e e n la fo rma e n q u e se pract ica e n ( íd . :59) o ( íd . :60) . Lo n o r m a l e s q u e la s u p r e s i ó n del e l e m e n t o q u e func iona c o m o d e t e r m i n a n t e traiga c o n s i g o la ag ramat i ca l idad d e la s ecuenc i a :

( 6 l a ) La leche es u n buen al imento ( 6 l b ) *Leche es u n b u e n al imento (62a) Nos veremos por la noche (62b) *Nos veremos por noche" (íd.:124)

C o n c l u y e n q u e se trata d e construcciones exocéntricas e n las q u e el sus tan t ivo n o d e s e m p e ñ a la func ión d e n ú c l e o , n i el d e t e r m i n a n ­te e s modif icador . "Una frase n o m i n a l cons ta d e d o s e l e m e n t o s funcio-

720

Page 19: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

nales: un determinante y un nominal, que mantienen entre sí la cone­xión de interordinación característica de las construcciones exocéntricas" (íd.: 125).

9.2.3- Sentenciaban los antiguos escolásticos con enorme carga de sentido común: "Non multiplicanda sunt entia praeter necesitatem". Sin embargo, aquí, nos encontramos con una verdadera inflación termino­lógica:

-sustantivo, nombre, nominal, frase nominal, frase sustantiva, adjetivo, frase adjetiva,...

Parece, a todas luces, exagerado crear dos categorías (frase nomi­nal/ frase sustantiva) y dos tipos de relación (exocéntrica/endocén-trica) para explicar hechos que no parecen distintos en el nivel de las funciones sintácticas:

1) Los casos de oposición presencia/ausencia de determinante no son tan escasos ni se reducen a los sustantivos no contables (Vid. íd.: 124), ni a una función concreta. Los hallamos por doquier:

-Salen vacas/Salen las vacas (sujeto) -Busca criados/Busca los criados ( implemento) -Es ministro/Es el ministro (atr ibuto) -Sucedió en Pascua/Sucedió en la Pascua (aditamento) -Sale con amigos/Sale con los amigos (aditamento) -Opera con bistur í /Opera con el bisturí (aditamento) -Presidente de part ido/Presidente del part ido (A .Nom.) -Cansado de preguntas/Cansado de las preguntas (A.Adj) -Antes de misa/Antes de la misa (A.Adv.)

Bastaría con que existiera un caso no dudoso en el que se pudiera conmutar por cero el determinante y no el sustantivo para determinar que éste es el núcleo y que en modo alguno se trata de construcciones interdependientes.

2) Existen diferencias de contenido (las que aporta el determinante), pero no de función. Las pruebas sintácticas de determinación funcional (concordancia, conmutación por átonos pronominales, etc.) no distin­guen entre ambos tipos de construcció>n:

-Busca criados >Los busca -Busca los criados >Los busca

721

Page 20: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIERREZ ORDONEZ

3 ) La p r e s e n c i a o b l i g a d a d e l a r t í c u l o o d e t e r m i n a n t e e n a l g u n a s f u n ­

c i o n e s (tema d e l a s c o n s t r u c c i o n e s a b s o l u t a s , e l s u j e t o a n t e p u e s t o , . . . ) s e

d e b e a e x i g e n c i a s p a r t i c u l a r e s d e la f u n c i ó n , n o d e la r e l a c i ó n i n t e r n a

artículo-nombre. T a l i m p o s i c i ó n e s d e o r d e n referencial. A l g u n a s f u n ­

c i o n e s r e q u i e r e n q u e e l s i n t a g m a q u e l a s r e p r e s e n t a h a d e p o s e e r v a l o r

d e n o t a t i v o . E s c o n o c i d o q u e p a r a r e a l i z a r t a l c o n d i c i ó n t i e n e q u e p r e s e n ­

t a r s e c o m o expresión definida o expresión referencial.

10 . L A C O N M U T A C I Ó N POR CERO

1 0 . 1 . D e s d e e l p r i n c i p i o d e n u e s t r o t r a b a j o h e m o s m o s t r a d o y a c e p ­

t a d o l o s s i g u i e n t e s p u n t o s :

a) La teoría hjelmsleviana es u n modelo teórico funcional: el e lemento pr imi t i vo es el concepto de función, es decir, de relación. b) La relación fundamental es la de dependencia. c) La relación de dependencia posee tres manifestaciones: constelación, determinación, interdependencia. d) La interdependencia se define c o m o la relación entre dos constantes.

1 0 . 2 . A s i m i s m o d e s d e e l p r i n c i p i o d e n u e s t r a s i n v e s t i g a c i o n e s h e m o s

i n t e n t a d o d e m o s t r a r :

a) Que el mode lo funcional es adecuado en el estudio de la Sintaxis. b) Que la tr iple relación interdependencia, determinación, constela­ción enormemente fecunda en el campo de las relaciones sintagmáticas. c) Que su existencia y su diferenciación en el texto se realiza de forma adecuada a través de la prueba de la conmutación por cero.

1 0 . 3 - E n e s t o s ú l t i m o s q u i n c e a ñ o s e n l o s e s t u d i o s d e s i n t a x i s s o b r e

e l e s p a ñ o l s e h a d e f e n d i d o la e x i s t e n c i a d e u n a r e l a c i ó n d e i n t e r d e p e n ­

d e n c i a e n c o n s t r u c c i o n e s s i n t á c t i c a s d e í n d o l e d i v e r s a :

1) Sujeto/predicado. 2) Construcciones absolutas. 3) Relaciones oracionales (causales, concesivas, condicionales, finales,

adversativas). 4) Frases preposicionales. 5) Circunstanciales de t iempo sin preposición. 6) Rección: Residen en Madrid. 7) Lo fuertes que eran. 8) Frases sustantivas.

7 2 2

Page 21: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

E n t o d o s l o s c a s o s s e a c u d e a la p r u e b a d e conmutación por cero

c o m o c r i t e r i o d e d e m o s t r a c i ó n . S i n e m b a r g o , n o t o d o s c o n s t i t u y e n , e n

n u e s t r a o p i n i ó n , e j e m p l o s d e r e l a c i ó n i n t e r d e p e n d i e n t e . ¿ D ó n d e s e h a l l a

e l e r r o r ? ¿Es i n e x a c t a la p r u e b a d e la c o n m u t a c i ó n p o r c e r o ? ¿ H a d e s e r

r e c h a z a d a ?

1 0 . 4 . N o s o t r o s s e g u i m o s d e f e n d i e n d o q u e e s t a p r u e b a e s v á l i d a p a r a

d e t e r m i n a r c u á n d o u n f u n t i v o e s u n a constante o u n a variable. E x i s t e n

c i e r t o s f e n ó m e n o s q u e e n m a s c a r a n o p r o d u c e n d e s v i a c i o n e s e n e l r e s u l ­

t a d o d e s u a p l i c a c i ó n . C o n e l f in d e e v i t a r e r r o r e s n o d e s e a d o s e s n e c e ­

s a r i o t e n e r e n c o n s i d e r a c i ó n c i e r t a s p r e c a u c i o n e s m e t o d o l ó g i c a s .

1 0 . 4 . 1 . La relación de interdependencia entre dos funtivos es

interna a la construcción. E n c o n s e c u e n c i a , r e c h a z a r e m o s s u e x i s t e n ­

c i a c u a n d o la a p a r e n t e i n d i s o l u b i l i d a d p r o v e n g a d e r a z o n e s e x t e r n a s a

la c o n s t r u c c i ó n m i s m a . E x i s t e u n a f o r m a d e c o m p r o b a r l o : s i la i n t e r d e ­

p e n d e n c i a p e r t e n e c e a la c o n s t r u c c i ó n , d e b e d a r s e e n t o d o s l o s c o n t e x ­

t o s e n q u e la c o n s t r u c c i ó n s e r e g i s t r e .

1 0 . 4 . 2 . Los funtivos de una relación interdependiente han de

ser obligatorios-2 (Obligatoriedad de lengua). L o s f u n t i v o s d e u n a

r e l a c i ó n i n t e r d e p e n d i e n t e s e c o m p o r t a n a t o d o s l o s e f e c t o s c o m o si f u e ­

r a n n ú c l e o s . A h o r a b i e n , e n c i r c u n s t a n c i a s e s p e c i a l e s d e l h a b l a ( u n a

s i t u a c i ó n d e d i s c u r s o r i c a e n i n f o r m a c i ó n ) e l n ú c l e o d e u n a c o n s t r u c c i ó n

d e d e p e n d e n c i a o u n f u n t i v o i n t e r d e p e n d i e n t e p u e d e n s e r e l i d i d o s y n o

e m e r g e r e n e l d e c u r s o . E s e l c a s o d e l v e r b o e n o r a c i o n e s c o o r d i n a d a s :

-Pepe estudia Física y Rosa, Matemáticas -Pepe estudia más que Rosa

¿ C ó m o d e t e r m i n a r la obligatoriedad de lengua? H e m o s d e a t e n e r n o s

a u n a r e g l a n e g a t i v a :

-Una función es dependiente de otra (su núcleo) cuando existan realizaciones de discurso en las que no aparece ni puede aparecer.

1 0 . 4 . 3 - Los funtivos de una relación interdependiente han de

ser sintagmas autónomos. E s t a e s u n a c a r a c t e r í s t i c a q u e l o s p o l o s d e

la i n t e r d e p e n d e n c i a t a m b i é n c o m p a r t e n c o n la n o c i ó n d e n ú c l e o :

-No ha de ser considerado núcleo el constituyente que NUNCA pueda desempeñar una función sintáctica de forma autónoma.

7 2 3

Page 22: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ

1 0 . 4 . 4 . Ninguno de los funtivos de una relación de interdepen­

dencia ha de ser objeto de una rección semántica. C a s i t o d a s l a s

f u n c i o n e s d e d e p e n d e n c i a v e r b a l c o n o c e n c a s o s d e r e c c i ó n s e m á n t i c a :

- implemento: hacer, considerar -suplemento: inmiscuirse,... -aditamento: residir, vivir, provenir -complemento: pegar

E s t e t i p o d e r e c c i ó n e n m a s c a r a l o s r e s u l t a d o s d e la c o n m u t a c i ó n p o r

c e r o : p r o p o r c i o n a la e n g a ñ o s a i m p r e s i ó n d e q u e n o s h a l l a m o s a n t e u n a

i n t e r d e p e n d e n c i a . ¿ C ó m o s a b e r l o ?

1 ) Como se trata de rección semántica, siempre es posible obtener con­textos en los que se permita la el isión del funt ivo regido:

-Considera tú mismo -¡Cómo pega ese boxeador!

2) Lo que se pretende en el análisis que efectuamos es determinar una relación sintáctica, no semántica entre dos funt ivos. Las relaciones sin­tácticas están por encima de la idiosincrasia particular de cada verbo, adjetivo,.. Por eso, para que podamos determinar que entre dos func io­nes existe interdependencia es necesario que se dé en todas sus posi ­bles apariciones

1 0 . 4 . 5 . La relación de interdependencia ha de ser constante en

todas las apariciones de una misma contracción, en todas las

funciones que dicha construcción pueda representar.

1 0 . 4 . 6 . Cuando en circunstancias especiales la lengua permite

elidir un funtivo de una relación de interdependencia, ha de ser

siempre posible su catálisis.

B I B L I O G R A F Í A

ALARCOS, E. ( 1 9 5 0 ) : Gramática Estructural, Madr id, Gredos. AXARCOS, E. ( 1 9 5 1 ) : Fonología Española, Madr id , Gredos. ALARCOS, E. ( 1 9 7 0 ) : Estudios de Gramática Funcional del Español, Madr id ,

Gredos. FERNÁNDEZ FERNÁNDEZ, A . ( 1 9 9 3 ) : La función incidental en español, Dpto . de

Filología Española, Oviedo.

7 2 4

Page 23: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección

LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS

G O N Z Á L E Z ESCRIBANO. J.L. (1980): "Reflexiones acerca del concepto de 'Núcleo" en la gramática tagmémica", Arcbivum, XXIX-XXX, pp . 269-310.

GUTIÉRREZ, S. (1978a): "Visualización sintáctica: u n nuevo mode lo de represen­tación espacial", Actes du VIIe Col loque international de Linguist ique fonc­t ionnel le (SILF), Ov iedo, 1978, pp . 259-270.

GUTIÉRREZ, S. (1978b): " A propósi to de 'Cláusulas y Oraciones'", ARCHIVUM, XXVI I I -XXVI I I , 529-547.

GUTIÉRREZ, S. (1984): "¿Es necesario el concepto 'oración'?", REL, pp . 245-270. GUTIÉRREZ, S. (1986): Variaciones sobre la atribución, Contextos, Universidad de

León. HJELMSLEV, L. (1943): Omkring Sprogteoriens Grundlaeggelse. Cit. Ed. española,

Ed. Gredos. HJELMSLEV, L. (1971): Essais linguistiques, Ed. de Minui t , Paris. H U D S O N , R.A. (1987): "Zwicky o n heads", Journal of Linguistics, 23, 109-132. MARTÍNEZ, J .A. (1981-1982): "Acerca de la transposición y del aditamento con

preposic ión", Arcbivum, XXXI -XXXI I , pp. 494-512. MARTINET, A. (1985): Syntaxe Générale, A r m a n d Col in , Paris. MATTHEWS, P.H.(1981): Syntax, Cambridge University Press, Cambridge. Ro jo , G. (1978): Cláusulas y Oraciones, Universidad de Santiago. Rojo, G. (1983): Aspectos básicos de Sintaxis Funcional, Ed. Agora, Málaga. Rojo, G.-JIMÉNEZ JULIA, T . (1989): Fundamentos del análisis sintáctico funcional.

Lalia, vr 2 (Serie l ingüística), Universidad de Santiago de Compostela. TESNIÈRE, L. (1961): Éléments de Syntaxe structurale, Ed. Kl incksieck, Paris. T O G E B Y , Kn . (1965): Structure immanente de la Langue Française, Paris,

Larousse. Z W I C K Y , A. (1985): "Heads", Journal of Linguistics, 21 , 1-30.

7 2 5

Page 24: La interdependencia en sintaxis - cvc.cervantes.es · LA INTERDEPENDENCIA EN SINTAXIS a) Que la relación predicativa (sujeto léxico-núcleo del predicado) es una relación de selección