jornal publiquesé - 4ª edição

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Publique E Publique S Agrupamento de Escolas da Sé - Lamego Ano Lectivo 2010/2011 4 ª Edição Sara Araújo, 5º A Editorial - 2 Destaques - 3 Pré-escolar e 1º Ciclo - 6 D. Directo - 10 Boas Práticas - 12 A unidade ... - 15 Leituras e escritas - 20 Comemorações - 28 Entrevista - 30 Agrupamento de A a Z - 32 Sabia que - 33 Pensamentos..... - 34 Divulgação - 35 Acontece(u) - 23 Conselho Geral - 26 Palavras do Director - 27 A Escola... Somos Todos

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Page 1: Jornal PubliqueSé - 4ª Edição

Publique EPublique SAgrupamento de Escolas da Sé - Lamego

Ano Lectivo 2010/20114 ª Edição

Sara Araújo, 5º A

Editorial - 2Destaques - 3

Pré-escolar e 1º Ciclo - 6D. Directo - 10

Boas Práticas - 12

A unidade ... - 15

Leituras e escritas - 20

Comemorações - 28Entrevista - 30Agrupamento de A a Z - 32Sabia que - 33Pensamentos..... - 34Divulgação - 35

Acontece(u) - 23Conselho Geral - 26Palavras do Director - 27

A Escola... Somos Todos

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Publique EPublique SEditorial

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Um novo ano lectivo traz consigo um conjunto de projectos, todos eles subordinados ao projecto educativo do

agrupamento de escolas. Iniciativas, meios e recursos que se concretizam e rentabilizam pela intervenção de pessoas,

verdadeiros protagonistas do processo educativo.

São os alunos e os encarregados de educação, os professores, os funcionários e a equipa directiva que

viabilizam as potencialidades físicas e humanas, actuando proactivamente em todos as áreas do projecto educativo.

Todos são artífices de uma comunidade educativa que congrega, no seu interior, sensibilidades, motivações, sonhos,

capacidades, projectos de vida individuais e diversificados.

Este agrupamento de escolas tem rosto humano, e ele, qual mosaico multicolor e integrador, é feito, antes de

mais, de alunos. Alunos do ensino pré-escolar, do ensino básico e do ensino secundário; alunos adultos que

encontram aqui a oportunidade de relançarem a sua vida; alunos com condicionantes físicas e psíquicas; alunos que

seguem a via de ensino e alunos que optaram por enveredar pela via profissionalizante. Jovens da nossa terra, com os

valores da nossa região e do nosso povo; alunos oriundos de outras paragens, com outras culturas. Rosto fisionomado

por todos os agentes educativos intervenientes no mesmo processo, agregador de capacidades e de vontades.

Esta é uma escola valiosa e enobrecedora, que acolhe a comunidade e se abre a ela como um foco de

esperança, uma proposta de realização; um espaço onde se aprende e se ensina, onde se educa para a vida; casa de

civismo, onde todos se sintam bem, uma vez respeitados na diversidade de circunstâncias e de opções de vida.

A nossa comunidade educativa, vista deste modo, é um organismo estruturante e subsidiário de uma

sociedade democrática que preza os valores da liberdade, da responsabilidade, do compromisso com a valorização da

vida, onde cada um, não perdendo a sua identidade e os papéis que lhe cabe, cresce, partilhando a vida com os

demais.

A sociedade actual tende a transpor a função de educação para além dos redutos tradicionais. A escola tem

vindo a assumir uma importância cada vez maior no processo de socialização, à medida que a escolaridade se tem

alargado e tornado obrigatória. Contudo, para que este processo seja completo e tenha êxito, tem que se implicar e

integrar o contributo construtivo de outras instituições e grupos primários e secundários. É num quadro valorativo

equilibrado e harmonioso, de respeito, inclusão, solidariedade, aceitação do outro, multicultural, que se dá resposta a

todas as solicitações que chegam à escola, vindas de dentro ou chegadas do exterior.

A Escola… somos todos!

José Francisco, Professor de Filosofia

Desenho feito por Marta, 4º ano (Educação Especial - CELS)

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DestaquesDestaquesDestaques

Não é fácil falar sobre o nosso

encontro na Hungria, que decorreu

de 4 a 8 de Outubro… Mas vou

tentar…

Saímos de Portugal repletos

de ideias, imagens idealizadas,

dúvidas, receios, expectativas…

«Como será revermos os nossos

parceiros?», «Como seremos

recebidos em casa deles?», «Será

que nos iremos adaptar ao clima, à

comida, à escola…?», «Como serão

os alunos, o ambiente …?» Tudo isto

nos passava pela cabeça enquanto

seguíamos viagem.

Ao chegarmos à escola, pela

primeira vez, acabadinhos de pisar

terra estrangeira, tudo estagnou.

Rever aquelas pessoas que haviam,

em Março, entrado de rompante nas

nossas vidas, poder abraçá-los e

sorrir-lhes, poder entrar numa escola

onde nunca havíamos estado, mas

sentir que era, de alguma forma,

nossa, culminou, por fim, num

sentimento de alegria e bem-estar

únicos!

Ao longo da semana, fomos

vivendo experiências que jamais

e s q u e c e r e m o s : u m s i m p l e s

pequeno-almoço ou uma deslocação

à central de camionagem, jogos que

realizávamos em conjunto durante os

tempos livres. Tudo isto teve um

significado tão especial! Fomos

verdadeiramente felizes naquela

semana.

Torna-se difícil explicitar

aquilo que mais nos surpreendeu. A

educação e a simpatia das pessoas,

o comportamento e respeito dentro

de uma sala de aula, por parte dos

alunos e dos professores, o civismo,

a limpeza na escola, nas ruas, nos

estabelecimentos, a gestão do

tempo…

A meio da semana, alguns

d e n ó s p e r g u n t a v a m - s e e

perguntavam a outros se estavam a

gostar e se tudo estava a

corresponder positivamente às

expectativas de cada um. A resposta

era unânime: claro que sim! Toda a

organização merecia felicitações,

todos os alunos deveriam ser

l i son jeados pe lo esforço e

dedicação que mostraram ao

receber-nos e ao integrar-nos no

seu meio.

A quem nos recebeu

agradecemos pela possibilidade de

conhecimento e estadia em sítios

tão bonitos e tão agradáveis, bem

como a exibição de tradições e a

partilha de coisas típicas da cultura

húngara. Esperemos, como é óbvio,

ter a possibilidade de regressar a

Aszód, rever todos aqueles que,

e m b o r a r e p e n t i n a m e n t e ,

marcaram as nossas vidas e nos

fizeram sorrir da forma mais

ingénua e sincera.

Porque, de facto, fomos

verdadeiramente felizes nessa

semana!

Vânia Roque, 12º A

Comenius Meeting

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Destaques

COMENIUS - Ensino Básico

A nossa escola está a desenvolver, desde Setembro de 2010, uma parceria

multilateral com escolas de Espanha, Turquia, Polónia, Eslovénia, Grécia,

Bulgária, Itália, inserida no Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida da

Comissão Europeia, com a duração de 2 anos. O projecto intitula-se “Let the

Forests Breathe”, e nele participam alunos do 8.º ano. Tem como objectivos

incentivar a aprendizagem de línguas estrangeiras; aumentar a consciência dos

alunos da sua própria identidade nacional/cidadania europeia; permitir a

alunos/professores o desenvolvimento de aptidões/competências essenciais

num mundo globalizado e sensibilizar os alunos para os problemas ambientais, sobretudo a desflorestação. Ao

implicar a realização de intercâmbios, esta parceria representa uma oportunidade para a utilização, num contexto

real, da língua inglesa.

De 6 a 10 de Novembro, decorreu o 1.º encontro de docentes das 8 escolas parceiras. Na sessão de abertura dos

trabalhos, realizada no nosso auditório, no dia 8, o Director deu as boas-vindas a todos parceiros, realçando a

importância que esta escola tem dado a este tipo de projectos de âmbito internacional, tornando-a uma Escola

Aberta ao mundo global e plural, respeitadora da singularidade de cada um, na valorização da diversidade cultural

sensível aos problemas ambientais que assolam o nosso planeta. Cada escola parceira apresentou a sua escola e o seu

país/região, e, no final, os presentes assistiram a um pequeno sketch sobre

um incêndio na Serra das Meadas dramatizado pelos alunos participantes

no projecto. No final da tarde, a Vereadora do Pelouro da Cultura e da

Educação acolheu as delegações estrangeiras, no Salão Nobre da Câmara

Municipal de Lamego. Nas reuniões realizadas, partilhou-se informação

sobre a situação da desflorestação em cada país, definiram-

se/calendarizaram-se actividades, traçaram-se metodologias/estratégias

de trabalho e programou-se a próxima actividade de mobilidade:

deslocação de alunos e professores a Roma, em Fevereiro.

A visita ao Centro Escolar de Sudeste foi um dos pontos altos, tendo os parceiros ficado admirados com as

inovações, afirmando tratar-se de uma “Escola de sonho”. No dia 10, os elementos das 8 escolas partiram de Lamego

em direcção a Becilla de Valderaduey, em Espanha, onde continuaram os trabalhos.

A Equipa Responsável

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«Um cego lê um jornal online? Um tetraplégico uso o Google? Como?!»

Foi no passado dia 9 de Novembro que a nossa escola acolheu, uma vez

mais, de braços abertos, o Eng.º Fernando Gouveia, docente da Licenciatura

em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas da UTAD. Fernando

Gouveia aceitou, gentilmente, o convite da nossa escola, vindo fazer uma

palestra sobre as dificuldades que as pessoas deficientes, idosas e com

necessidades especiais enfrentam no seu dia-a-dia, para vencer todos os

obstáculos e barreiras que se lhe apresentam.

Numa pequena introdução, o nosso convidado salientou o facto de

todos nós, independentemente da nossa condição física e psicológica actual,

pudermos vir a necessitar de apoios tecnológicos

especiais, em consequência de um qualquer

acidente ou doença, mas também pontualmente, p e r a n t e l i m i t a ç õ e s

circunstanciais (não permanentes). Numa conversa a m e n a , F e r n a n d o

Gouveia, referiu a importância das Ciências e Tecnologias, para a

melhoria da qualidade de vida e da autonomia de qualquer pessoa com

necessidades especiais, a possibilidade de aquisição d e i g u a l d a d e d e

oportunidade no acesso ao emprego e à informação e, tão ou mais importante

ainda, o aumento da participação activa destas pessoas na sociedade.

Lidando de perto com exemplos verídicos de

situações extremas e to ca nte s , Fe r n a n d o

Gouveia exemplificou a dificuldade de alguns conhecidos seus que, por

e x e m p l o , f i c a r a m amputados de ambos os membros superiores,

embora isso não os tenha imobilizado ou impedido de continuar as suas vidas

pessoais e profissionais, sendo, até, trabalhadores exemplares na área do

s e r v i ç o /a t e n d i m e n t o público, não sofrendo qualquer tipo de restrição

física nem preconceito social, devido aos apoios técnico-científicos

criados.

O ponto alto do encontro foi, sem dúvida, o

momento em que o nosso orador exemplificou a

utilização de diversos mecanismos a fim de ilustrar a forma como se torna

possível que pessoas com necessidades especiais consigam realizar todas as

tarefas ou, mais especificamente, como é possível uma pessoa amputada de

ambos os membros superiores aceder a um computador ou à Internet, sendo,

para tal, necessários, instrumentos de adaptação e ajuda, mais ou menos

complexos, dependendo das limitações do utilizador.

Em nome de todos os presentes, há que agradecer a vinda do Eng.º

Fernando Gouveia à nossa escola, bem como louvar a iniciativa, uma vez que é,

cada vez mais, importante a criação de condições para a adaptação adequada de

pessoas com necessidades especiais à Sociedade da Informação em que

vivemos.

Vânia Roque, 12º A

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Destaques

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Pré-escolar 1º Ciclo

Uma escola para todos

Marta – É uma família grande, onde aprendemos

muitas coisas bonitas.

Inês – É onde nos ajudamos uns aos outros

para aprendermos e crescermos.

Bru

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Ro

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ines

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ien

tes.

Marta – É onde andam os meninos que nasceram doentes nas barrigas das mães.

Tiago – É um lugar muito importante,

onde nós trabalhamos e aprendemos as

vogais, os ditongos, os conjuntos com

elementos, os números e as músicas que

a nossa professora nos ensina.

Beatriz – No recreio da nossa

escola, eu já vi a Ana (chinesa) a

brincar e a abraçar o Ricardo (sala

da multideficiência).

Dana – É onde há muita alegria e onde se trabalha muito e se brinca com os amigos.

Inês – Na nossa escola podem andar os meninos todos iguais que somos nós, e os diferentes, que são a Ana e o Zé (irmãos chineses) e os meninos deficientes.

Daniela – É importante andarmos na nossa

escola para crescermos e escolhermos o que

queremos ser quando formos grandes.

Maria – Na nossa escola há meninos diferentes porque nasceram

doentes, mas devemos ser amigos deles e ajudá-los.

Henrique – É um sítio onde todos podemos

aprender e brincar em conjunto.

EB1 Lamego nº2, 1ºAno A

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Pré-Escolar e 1º Ciclo

Números puxam números

Um Centro Escolar bonito de verdade

Duas salas com uma de apoio

Três computadores tem a nossa sala

Quatro pavilhões coloridos

Cinco recreios para diversão

Seis funcionárias da nossa cantina

Sete portas para o interior e exterior

Oito salas de apoio

Nove janelas em cada pavilhão colorido

Dez quadros interactivos muito preciosos

Onze mesas cinzentas

Doze professoras animadas

Treze alunos especiais

Catorze cores que há na escola

Quinze alunos e “Magalhães”.

Centro Escolar de Lamego Sudeste, alunos das turmas do 3º e 4ºC

Os Amigos da Terra

Na “Sala dos Castelos”, somos “Os Amigos da Terra”. Queremos que todos

fiquem a saber que, desde pequenos, nos preocupamos em cuidar do nosso meio

ambiente.

Não há tempo a perder! Comecemos já!

“Ajudem-me a inventar

Uma máquina poderosa

Para despoluir a TERRA

Para que volte a ser formosa!”

Cuidar do ar, da água e do solo é responsabilidade de todos. Não o esqueçamos!

Eis o nosso lema:

“UM POR TODOS…E TODOS POR UM”

Jardim de Infância Lamego nº2, sala 1

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Pré-Escolar e 1º Ciclo

O Centro Escolar Lamego-Sudeste

O nosso Centro Escolar, inaugurado no dia 6 de Setembro, está situado

na freguesia de Ferreirim, recebe crianças de dez freguesias da zona sudeste

do concelho, encontrando-se distribuídas pelas 8 turmas do 1.º Ciclo e 2

turmas do Jardim de Infância. Entre outras valências tem também refeitório,

sala de música, sala de informática, biblioteca/mediateca… e belos espaços

exteriores que fazem a delícia das crianças e encantam o olhar dos adultos.

Para que o Centro funcionasse da melhor forma, foi criada a

Associação de Freguesias do Sudeste do Município de Lamego, a quem a Câmara

delegou, entre outras competências, o fornecimento das refeições e transporte.

Será nesta nova escola que todas as crianças poderão crescer, aprender e

enriquecer-se. Espera-se que todas se “sintam em casa”, apreciem, desfrutem e

tenham vontade de preservar o que foi construído pensando no seu

desenvolvimento global e sucesso educativo. Será para se alcançar este objectivo

que toda a comunidade educativa enveredará esforços.

Que o futuro nos sorria!

A Coordenadora do CELS, Anabela Rodrigues

Eu gosto do Centro Escolar porque:

é grande

tem condições e é giro

tem espaços para brincar

tem baloiços e escorregas

tenho muitos amigos

a professora ensina bem e tenho muita diversão

tem muitas salas e casas de banho bonitas

tem uma cantina grande e a comida é boa

tem um grande pavilhão onde fazemos Educação Física.

Centro Escolar de Lamego Sudeste

Alunos do 3ºAno

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Pré-Escolar e 1º Ciclo

A minha nova escola

Gosto das professoras.

O chão é lindo, porque é colorido, verde e quentinho.

A outra escola não tinha tantas .

Eu gosto das ; em casa não são assim.

Esta escola tem muitas coisas.

Eu gosto dos e dos brinquedos novos.

Esta tem um quadro para os filmes.

Gosto dos baloiços: são grandes e diferentes.

Esta escola tem mais e mais barulho.

A outra escola era perto de casa.

Nesta escola toca a .

Jardim de In fância do Cen tro Esco lar de Su deste

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Discurso Directo

No nosso agrupamento estudam alunos que vieram do estrangeiro, nomeadamente, da França, da Suíça do Brasil, da China. Estes alunos já conheciam o sistema de ensino no país de onde vieram. Questionámo-los sobre as impressões que tiveram quando aqui chegaram, sobre a forma como foram recebidos, sobre as dificuldades sentidas, sobre os apoios que receberam, sobre o percurso que aqui estão a fazer..

Quando cheguei a esta escola, vinda do Brasil, no segundo período do ano

lectivo passado, tudo era novo para mim. Amigos, professores, fala. Tive dificuldades na

pronúncia e na escrita. É que o meu Português era o do Brasil. Com o passar do tempo

fui-me habituando. Os professores foram muito atenciosos quando eu tinha dúvidas. A

minha Directora de Turma foi fantástica no apoio que me deu. Os meus colegas de turma

não me receberam muito bem e não foram muito simpáticos comigo. Fiquei triste com

esta situação e chorei, muitas vezes, por causa deles. Mas… eu também nem sempre fui

muito simpática com eles. Este ano, as coisas já correm melhor.

Maurina Izabelle, 6.º A

Eu estudava na Suíça e quando cheguei a esta escola estava com medo de ser mal

recebida. Mas, afinal não foi assim tão difícil. Os meus professores e os meus colegas foram e são

muito simpáticos. Embora esteja aqui apenas desde Outubro, gosto muito do ambiente vivido

na escola e espero que continue assim.

Gabriela Silva, 8.º C

Eu vim do Interior do Brasil .No primeiro dia, quando cheguei a esta escola, estava muito nervosa e bastante ansiosa para conhecer os colegas e os professores. Nem tudo foi fácil. No segundo dia, as coisas já correram melhor. Os professores receberam-me muito bem, como a maior parte dos meus colegas. Gosto muito da escola, tem boas condições, é bonita e é totalmente diferente das outras escolas que já frequentei.

Carla Terezinha, 9ºB

Quando cheguei do Brasil, há dois anos, fiz muitos amigos e fui bem recebido

pelos meus colegas, nesta escola. Os professores, por vezes, criticavam algumas das

minhas atitudes. A maior parte das vezes, mereci, e ainda mereço, as “chamadas de

atenção”.

Jhony Carlos de Oliveira, 8.º C

Vindos de Fora

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Discurso Directo

Eu vim da China para Portugal. Quando entrei na escola, embora não conhecesse ninguém, fiz rapidamente amigos. Fui bem recebido e todos me trataram bem. Estavam todos muito curiosos para saber palavras chinesas. Gosto muito desta escola apesar de ter algumas dificuldades em exprimir as minhas ideias. Os professores foram e são simpáticos porque me explicam as matérias que eu não entendo tão bem.

Yadong Ruan, 9ºB

Regressei de França e desde o início deste ano lectivo estudo nesta escola. Fui bem recebida

pelo corpo docente e pelos meus actuais colegas. A turma disponibilizou-se a ajudar-me a todos os

níveis. Mostraram-me a escola e sugeriram-me comportamentos e atitudes adequados para atingir o

sucesso escolar. Os professores portugueses são mais exigentes e mais preocupados do que os

franceses. Há mais diálogo e compreensão entre toda a comunidade educativa.

Cátia Almeida, 12ºA

Eu sou a Stefanie e há cerca de 3 anos cheguei da Suíça e quis continuar os meus

estudos. Os meus pais transferiram-me para esta escola, no 8.º ano. No início, estava nervosa

e pensei que ia ser um pouco difícil, mas prometi a mim própria e aos meus pais que iria

superar todas as dificuldades. E assim foi. Sinto-me muito bem e considero ter nesta escola

uma “família”.

Stéfanie Gomes Matos, 11.º D

Quando deixei a França e vim para esta escola, achei que não iria conseguir adaptar-me a

esta realidade. As principais dificuldades que senti, e que ainda sinto, passaram e passam pela

utilização da língua portuguesa, tanto a nível escrito como oral. Este é o terceiro ano que

frequento esta escola e as aulas de apoio ajudaram-me a colmatar as dificuldades. Hoje, já me

sinto muito mais à vontade quando falo e escrevo em Português. Por outro lado, a minha relação

com os meus colegas e professores tem vindo a melhorar, o que faz com que me sinta bem aqui.

Stéfanie Pinto, 12.º D

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Definições

A par das boas práticas vividas da escola, existem muitas outras práticas exteriores a ela, mas que são vividas

pelos nossos alunos. Fazer parte de bandas musicais é um exemplo acabado de sucesso. Nesta escola, os alunos

músicos são mais de vinte. O maior número toca em Lalim, Cambres, Magueija, Tarouca e Armamar. Trompa,

trombone, clarinete, sax-tenor, sax-alto, caixa e bombardino são alguns dos instrumentos tocados pelos nossos

artistas.

Boas Práticas

Publique-Se: O que torna o ambiente que vivem na banda tão especial? Por quê?

Joel Duarte: O ambiente que se vive na banda é um ambiente de amizade, e de

convívio com amigos. Por outro lado, também aprendemos música e ocupamos

tempo a fazer algo de que gostamos. Os vícios e os maus hábitos nas nossas vidas

deixam de ter lugar.

P - Acham que as bandas são importantes para os jovens que vivem em meios

mais pequenos?

Daniela Melo - Acho que sim, porque nos meios pequenos normalmente não

temos nada para fazer e se formos para uma banda sempre podemos conviver

com os amigos, aprender música e fazer coisas de que gostamos. É algo que vale a

pena!

P - Acham que frequentar a banda lhes tira tempo para conviver com os amigos?

Filipe Alexandre - Não, muito pelo contrário, a banda está repleta de amigos. A banda é um

círculo de amigos.

P- Nas actuações que fazem, do que gostam mais?

Fábio Duarte – Do convívio, de tocar e do dinheiro que recebemos, porque também é bom.

Joel Duarte - Sim e conhecemos novas terras, passeamos, brincamos, fazemos algo de que

gostamos e isso é muito bom.

P - O que é que a música lhes trouxe a mais na vida?

Joel Duarte - A música trouxe-nos tudo isto e muito mais. Por exemplo, concentração.

Daniela Melo - Sim e trouxe-nos também formação musical, experiência de vida,

amizades, convívio…

À Banda da Escola

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Boas Práticas

P- Consideram que o tempo que dedicaram à música foi tempo perdido?

Daniela Melo – Não. Por exemplo, há pessoas que gostam de cantar, de tocar e de

fazer teatro e tal gosto passa a ser a vida delas. A música é algo que nós gostamos de

fazer e por isso queremos dedicar-lhe o nosso tempo. Por isso nunca o perdemos.

P - Achariam importante que a Educação Musical fizesse parte do currículo de todos

os alunos?

Daniela Melo – Sim, porque há muitas pessoas que de facto gostam ou gostariam de

tocar música mas não têm possibilidade de o fazer.

Joel Duarte – E a música ajuda na educação, na concentração, nos estudos…

P - Gostariam de actuar, como banda, na nossa escola?

Joel Duarte – Sim, claro! Para além disso seria uma mais-valia para a escola, porque

nem todas as escolas se podem dar ao luxo de ter uma banda. Gostaríamos que, já no

próximo período, fizéssemos uma actuação.

Adriana Martins,12ºA

P - Os planos futuros passam pela música?

Joel Duarte – Quem sabe um dia?! Não me importava nada de vir a ser um grande

músico.

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Boas Práticas

Um ano depois de termos pedido às alunas a receita para se ter sucesso nos estudos,

voltamos a contactá-las para saber se o esforço dispendido tinha valido a pena.

Olá a todos! Lembram-se de mim? Sou a Diana Ramos que andou por aí na vossa escola

durante seis anos. Vivi bons momentos nessa escola, fiz bons amigos e tenho saudades dos

professores que me acompanharam durante todo este tempo. É claro que também recordo,

com carinho, os auxiliares que aturavam as nossas “maluqueiras”. É uma fase da nossa vida que

nos deixa marcas, e garanto-vos que essa escola vos deixará marcas muito positivas, porque

tem gente capaz de enriquecer as vossas vidas.

No ano passado escrevi um texto para o jornal da escola onde partilhava convosco a

minha receita para ser boa aluna. Fi-lo com a intenção de vos incentivar a estudar porque sempre achei que valia a pena.

Tudo passa por um estudo diário das matérias, criação de hábitos de estudo, organização pessoal e muita atenção nas

aulas. Foi o que eu fiz para conseguir concretizar o meu sonho. Agora, que entrei no curso que queria, dou ainda mais

valor ao tempo que dediquei ao estudo. Nada me impediu de viver uma vida própria. O tempo deu para tudo e continua

a dar, porque a estratégia continua a ser a mesma, agora, no ensino superior.

Quero, com isto, deixar-vos a mensagem de que vale a pena levar mais a sério a tarefa de estudante, porque

estão a investir no futuro que vai ser vosso. Não queiram arrepender-se daquilo que não fizeram, porque o tempo passa

e não volta atrás.

Diana Ramos, 1.º ano do curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Universidade do Porto)

Valeu a Pena!

Ensino Secundário, testes, médias, exames, candidaturas ao ensino superior. Coisas

tão ansiadas, que só se nota a rapidez com que as alcançamos quando já temos passado por

elas. Mas é preciso começar a prepará-las desde bem cedo. Traçar o objectivo é o primeiro

passo a dar e quanto melhor média alcançarmos, mais confortável estaremos. A atenção e

interesse nas aulas são meio caminho andado para uma menor carga de estudo em casa e,

assim, podermos organizar o horário de lazer com as obrigações escolares sem ter que deixar

de fazer nada. Custa, mas, por vezes, torna-se imperativo sacrificar uma saída com amigos,

jogar computador ou ver televisão porque temos teste no dia ou semana seguintes. No final, já a caminho da faculdade,

vemos que tudo valeu a pena. Em certos momentos, achamos aborrecidos os conselho dos mais velhos, professores,

pais, colegas, amigos, mas olhando para trás, eles fazem todo o sentido. Já estive sentada nos bancos do segundo e

terceiro ciclos, e ensino secundário e, neste momento, estou sentada nos bancos da faculdade onde desejei entrar. Sim,

todo o esforço de estudar diariamente e nem sempre poder fazer tudo aquilo que queria valeu muito a pena.

Ana Cristina Costa, 1.º ano do curso de Gestão de Empresas, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto.

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Unidade na Diversidade

Os cursos de educação e formação (CEF) podem ser muito úteis para os alunos que se sentem atraídos por esta

oferta qualificante de jovens. A vertente teórica, mas, sobretudo, a prática, pode ajustar-se mais aos alunos que

perspectivam a médio prazo a integração na vida profissional. O Publique-Se foi ao encontro do aluno João

Paulo Conceição Oliveira para saber mais em pormenor quais as suas motivações e as suas perspectivas de

futuro. O professor Filipe Ferraz também testemunhou a sua experiência com este tipo de curso.

Dois Olhares

Publique-Se: Que curso frequenta e em que ano está?

João Paulo: Estou a frequentar o 2º ano do Curso de

Educação e Formação de Empregado Comercial.

P - Qual o motivo que o levou a optar por este Curso?

JP - Optei por este Curso para acabar a escolaridade

obrigatória.

P - O que gosta mais de fazer na sala de aula?

JP - Gosto de trabalhar, das aulas práticas e, às vezes, de

falar

P - Tem perspectivas de futuro? Pretende seguir,

profissionalmente, este Curso?

JP - Depende. Se tiver trabalho e for bom, fico. Mas, se

surgirem propostas melhores,

opto por estas.

P – Caso não enverede pela

área comercial, o que gostava

de fazer?

JP - Gostava de tirar um curso de

electricista.

P - Qual é a maior dificuldade que pensa encontrar

quando quiser trabalhar?

JP - Eu penso que não vou ter nenhuma porque não é

impossível trabalhar. Posso ter dificuldades, mas tenho

que me adaptar.

Ao inscreverem-se em cursos CEF, muito jovens

dispõem de uma última oportunidade para conseguir

concluir a sua escolaridade e de, na escola, adquirir

competências para o desempenho de uma profissão. O

primeiro passo é, frequentemente, alterar a atitude

perante a escola e os outros, consciencializando-se que,

sem esforço e respeito mútuo, dificilmente algo se

consegue. Estes alunos deverão ter consciência que este

tipo de curso constitui uma oportunidade essencial para

as suas vidas e, por isso, devem aproveitá-la.

Lembro, aqui, os alunos do primeiro curso de

Empregado/ Assistente Comercial. Organizaram e

promoveram um evento de

v e n d a d e p r o d u t o s ,

estagiaram empenhadamente

em diversas empresas da

nossa cidade, valorizando,

desta forma, a esco la ;

participaram em mostras de projectos e encontros e,

sobretudo, concluíram a escolaridade obrigatória.

Agora, é a vez dos alunos do segundo curso seguirem o

exemplo dos colegas que os precederam.

Considero que esta tipologia de curso deveria

continuar. Na medida do possível, estarei sempre

disponível para ser mais um a ajudar, integrando um

grupo de docentes que deverá sempre revelar muita

coesão, muito profissionalismo e uma forte entreajuda.

Filipe Ferraz, professor de Matemática Aplicada

Page 16: Jornal PubliqueSé - 4ª Edição

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Unidade na diversidade

Eu decidi frequentar o Curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) porque no

ensino regular tive dificuldades em concluir as disciplinas de Matemática e de Físico-

Química, e penso que se continuasse, iria continuar com obstáculos. Este curso ajuda-me a

rapidamente atingir o meu objectivo, que é concluir o 12.º ano, para depois, possivelmente

concorrer ao ensino superior.

Penso que o curso EFA é uma boa oportunidade para todos aqueles que pretendam

terminar o ensino secundário, quando lhes faltam apenas algumas disciplinas.

Apesar do facto do curso EFA nos limitar a hipótese de escolha do curso que

pretendemos frequentar no ensino superior, possui também pontos a favor. É um ensino

que utiliza as experiências da vida, e aborda questões pessoais e sociais que nos podem

ajudar no futuro, para sermos melhores cidadãos e para nos preparar para o mundo.

Deixo um conselho para aqueles que pretendem terminar o seu percurso no ensino

secundário, mas que possuem dificuldades para atingir este objectivo, tal como eu:

informem-se sobre esta hipótese que têm.

André Oliveira Carrapatoso

Na minha opinião, o curso de Educação e Formação para Adultos, ou simplesmente

EFA, é um programa bem organizado e uma excelente oportunidade para outros que se

encontrem na minha situação (ou semelhante). Desde o início do meu percurso escolar que

sempre fui um aluno de letras, tendo sido o Inglês a minha disciplina favorita. No entanto,

nunca fui muito habilidoso com números, e isso reflectiu-se no Ensino Secundário, pois logo

no 11º ano fiquei com a disciplina de Física e Química atrasada. No 12º ano seguiu-se

Matemática, e durante os dois anos seguintes, o tempo em que esperava recuperar deste

lapso, só consegui completar a disciplina de Física e Química. Como eu queria seguir para o

Ensino Superior com a intenção de frequentar um curso onde a Matemática não fosse

necessária, decidi inscrever-me no curso EFA. Tenho a oportunidade de completar o Ensino

Secundário e de poder ainda seguir para o Ensino Superior. Neste curso, temos vários

formadores para as três áreas de competências (Sociedade, Tecnologia e Comunicação;

Cidadania e Profissionalidade; Cultura, Língua e Comunicação), que abrangem diversos

temas para estudo. Todos eles são importantes para o nosso dia-a-dia e para a nossa

formação enquanto adultos e cidadãos.

Bruno Rodrigues

Segunda Oportunidade

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Unidade na diversidade

Os Cursos Profissionais são uma modalidade de ensino de nível secundário de educação, especialmente vocacionada para o ingresso na vida activa. Estes cursos constituem-se como alternativa ao ensino regular, valorizando o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão, em articulação com o sector empresarial local. Organizam-se segundo três componentes de formação – Sóciocultural, Científica e Técnica incluindo, nesta última, a Formação em Contexto de Trabalho – num total de 3100 horas de formação. A estrutura curricular organizada por módulos possibilita aos alunos estabelecerem os seus próprios ritmos de aprendizagem. Estes cursos culminam numa Prova de Aptidão Profissional (PAP) que consiste na apresentação de um projecto, através do qual o aluno demonstrará as competências e os saberes que desenvolveu ao longo da formação. Destinam-se aos alunos que concluíram o 9.º ano de escolaridade ou formação equivalente e àqueles que procuram um ensino mais prático, voltado para o mundo do trabalho. Apesar de serem cursos com uma forte ligação ao mundo profissional, não excluem a hipótese de, mais tarde, os alunos poderem prosseguir estudos no ensino superior. A conclusão de um Curso Profissional confere uma dupla certificação, na medida em que certifica a conclusão do Ensino Secundário e atribui um Certificado de Qualificação Técnica de nível 3.

No presente ano lectivo, a oferta educativa da Escola Básica e Secundária da Sé – Lamego integra três cursos profissionais – o Curso Profissional de Técnico de Instalações Eléctricas, o Curso Profissional de Energias Renováveis e o Curso Profissional de Técnico de óptica Ocular.

Esmeralda Costa, Directora do Curso de TOO

Os T(r)ês Cursos

Escolhi o curso de Técnico de Instalações Eléctricas (TIE) porque é uma área

interessante que me pode proporcionar um bom futuro. Nesta área, posso optar

por duas situações distintas. Uma delas é a oportunidade de ficar a trabalhar na

empresa onde for estagiar. Posso também optar por prosseguir estudos na

Universidade e quem sabe tornar-me Engenheiro Electrotécnico. Para além de ficar

com o certificado de curso, fico com o diploma de 12º ano o que, hoje em dia, é

extremamente importante para se entrar no mundo do trabalho.

Miguel Ribeiro, 3º TIE

Achamos que seria uma boa opção para o nosso futuro escolher

o curso de Técnico de Energias Renováveis, na medida em que o nosso

país está a investir muito neste tipo de energias. Desta forma, as saídas

profissionais serão bastantes e a dificuldade em arranjar emprego será

muito menor.

Joana Ribeiro Bernardo Martins, 1º TER

Para mim, um curso profissional é um curso que prepara os alunos para o mundo do trabalho, não impedindo que possam concorrer ao ensino superior.

A escolha de um curso profissional foi uma decisão própria. Sou maior de idade e já tenho o 12º ano, embora incompleto. Decidi optar por um curso profissional uma vez que o meu objectivo não é fazer um curso superior, mas incluir-me no mundo do trabalho.

O curso em que estou inscrita, técnico de óptica ocular é, de facto, muito interessante. Ando muito motivada e decidida a seguir até ao fim. Pretendo concluir o curso com todo o sucesso possível e, assim, entrar no mundo do trabalho. Olga Daniela Lopes Martinho, 1º TOO

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Pagina central

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Eolândia, num dia qualquer de um mês ventoso, do

ano das 2010 rajadas

Caro amigo Vento,

Como tens soprado? Tem sido fácil abanar as

árvores para que dispam os seus vestidos, agora no

Outono? Tens levantado as saias das senhoras que

passeiam pelas ruas? Espero que sim, e que continues

com o teu bom trabalho.

E a família, como vai? Como está a tua filha

Ventania? E a tua esposa, a Brisa Suave de que tanto

gosto, que acaricia a minha face sempre que passa por

mim? Não fiques ciumento, não digo estas coisas para

te deixar irritado, não quero que fiques de mau humor.

Ainda há um furacão num dos quatro cantos da terra

por minha causa... Não quero ficar com esse peso na

minha consciência. Quando te zangas, destróis tudo à

tua passagem, derrubas as mais belas árvores, retiras

os chapéus às casas, é um grande problema.

Vamos ao que interessa, o motivo que me

levou a escrever-te esta carta. Estou realmente

preocupada contigo. Quero pedir-te que tomes os

calmantes todos os dias. Tens visto as notícias? Sabes o

que tens feito? Parece-te bem? A mim não... Sei que

não fazes por mal, mas isto não pode continuar assim...

Parece-me que tens dupla personalidade.

Aconselho-te a consultar um especialista. Tu, amigo

Vento, que nos fazes tão bem e tão mal ao mesmo

tempo.

Quero agradecer-te por todas as coisas boas

que fazes e repreender-te por todas as maldades.

Obrigada por me refrescares no Verão, por me fazeres

sentir livre sempre que bates docemente na minha

cara, obrigada pelo oxigénio que me trazes.

Agradeço-te também pelo simples facto de

existires. Se pudesses ser sempre assim... Mas não! Às

vezes pergunto-me porque o fazes. Porque insistes em

mostrar a tua força e o teu poder? Não acredito que

seja apenas para te gabares. Tem de haver outra razão.

E qual é?

Publique EPublique SLeituras e Escritas

20

Nebelinolândia, numa madrugada do Brumário de 2010

Meu adorado Nevoeiro,

Escrevo-lhe para lhe dizer o quanto me fascina.

Não sei porquê mas sinto-me feliz sempre que o vejo. Será

porque me visitou na madrugada de verão em que nasci?

Será porque é silencioso quando vem, fica ou vai? Será

porque me traz sossego quando faz desaparecer tudo o

resto à medida que o envolve?

Existem muitas pessoas que o odeiam, pelas mais

variadas razões: por lhes tapar a visão enquanto

conduzem, por trazer sempre consigo o seu grande amigo

Frio ou por (na opinião delas) lhes tirar a beleza do que está

à volta enquanto nos visita.

Adoraria um dia acompanhá-lo nas suas viagens

pelo mundo, infelizmente, não me é possível, pelo menos

por enquanto. Não disponho dos recursos, do tempo ou

sequer sou feito de matéria capaz de flutuar no ar, apesar

de não me importar de o ser.

Gostaria ainda de lhe perguntar o que faz quando

vem cá a Portugal. Será que vem para ver o seu

desenvolvimento ao longo dos séculos? Vem ver os nossos

monumentos? Bem isso talvez não, visto que já está aqui

na Terra desde que ela tem atmosfera portanto

provavelmente assistiu à sua construção. Será que só vem

pela simples vontade de passear? Seja como for, aproveito

para lhe pedir o que me pode contar de Londres. É uma

cidade à qual eu sempre quis ir mas ainda não tive

possibilidade.

Esta foi a nona pergunta que te fiz nesta carta. Exijo

uma resposta veloz para todas elas.

Brisas e abraços

A tua amiga Maria Eolófila, 10.º C

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Leituras e Escritas

Bem, não quero maçá-lo mais, por isso

termino com um pedido: que me visite no meu

aniversário.

P.S: Dê também os meus cumprimentos ao

seu amigo Frio e um agradecimento por me ter

ajudado a aprender a pronunciar o “R” quando

proferi pela primeira vez o seu nome.

Sebastião Omicléfilo, 10.º B

Lamego, na primeira tarde fria de Novembro

de 2010

Queridíssimo cachecol,

As tuas riscas coloridas iluminam os dias mais

cinzentos. Passeio contigo naqueles dias em que as

folhas amarelas caem das formosíssimas árvores

espalhadas por toda a avenida.

Eras apreciado e cobiçado pelas pessoas

quando estavas na montra das lojas enrolado à volta

de um manequim. Foi assim que me seduziste. Não

me arrependo de te ter comprado, pois de facto, és

indispensável, porque me proteges daqueles

vendavais que arrancam cabelos e do gelo das noites

invernais.

Sei que ainda vou passar um longo tempo

contigo, mas quando chegarem aqueles dias mais

suaves de Primavera, terei que te arrumar. Espero

que não te aborreças naquela gaveta funda e escura,

onde te irei depositar.

Mas não te preocupes, porque esse tempo

ainda vem longe.

Um caloroso e colorido beijo.

Da tua grande amiga,

Ana Ribeiro Friorento, 10.º B

Lamego, numa tarde de Novembro de 2010

Minhas mui queridas chuteiras,

Escrevo-vos esta carta com o propósito de vos

transmitir os meus agrados, desagrados e alguns

sentimentos.

Eu, que quando cheguei à loja e vos vi, me virei

para a minha mãe e lhe disse: «São as tais, mãe!», desde

já, queria pedir-vos desculpa pelo facto de vos fazer

acordar todos os domingos de manhã para serem

violentamente caceteadas, mas essa infelizmente é a

vossa função, lamento.

Sinto-vos um pouco desgastadas, é normal, mas

ainda sois muito novas. Se bem que já quereis meter os

papéis da reforma! Por favor, tudo bem que têm uma

profissão cansativa e intensa. Compreendo que tendo três

dias úteis de trabalho por cada semana, depois do

descanso, levantar ao fim-de-semana, seja muito difícil,

mas, caramba, ainda têm muito que pisar, derrapar,

rematar, enfim, celebrar comigo os golos e,

principalmente, cooorrrer!

No entanto, não são só aspectos negativos, não.

Vós sois confortáveis, elegantes, de marca cara, e desde

que vos adquiri, que sinto um maior rendimento, o que é

excelente. Foi convosco calçadas nos meus pés que

marquei o meu primeiro golo neste novo clube. Sei que

não o viram, mas decerto que sentiram a energia com que

rematei. Que goooooolo, minhas queridas! Se juntarmos

todos os quilómetros que vocês já andaram, já teriam

dado mais de 3 voltas à volta do mundo! Bom, do meu

mundo. Infelizmente vou separar-me de vós, embora

permaneçais parceiras da minha vida .

Com mais nada para vos dizer de momento,

despeço-me com muitos mimos, adiantando-vos que em

breve terão novo habitat, o meu cantinho de recordações

especiais no sótão, pois se eu vos dou à minha mãe, de

certeza que a vossa próxima morada será o lixo.

Um sentido adeus del goleador que marcou

convosco.

Paulo, 10.º B

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Leituras e Escritas

Inventário de uma escola

Uma grande escola simétricaDois alunos a verem o tempo passarTrês vezes quatro computadores na bibliotecaO som calmo da água a correr – que bom!Uma obra barulhenta que podia ter sido feita em tempo de fériasMuitas e fatigantes escadasDuas árvores quase gémeasTrês ou mais alunos ruidosos Inúmeras uvas às quais o meu braço infelizmente não chegaSete filas de pereiras militarmente alinhadas Um colossal esforço para não adormecer numa aula maçudaDuas bandeiras de estilo medieval a drapejaremTrês auxiliares a mandarem-me sair de cima dos murosUns alunos pendurados em ramos frágeisUm cheiro incomodativo da casa de banho masculinaOutro, mas vindo da cantinaUma demasiado longa falta de internet na escolaMuito pouco papel higiénicoUma carreta vazia no jardimTodos os cacifos demasiado pequenosUm empedrado irregularO som contínuo da água mole a bater na pedra duraUns piropos repugnantesUma grande gargalhadaTrês bancos pintados da cor da esperançaDois títulos que me apetece somar: Cidades invisíveis + Os olhos da noiteVárias caras conhecidas e outras tantas por conhecerUm casal de namorados Dois rapazes que dão pontapés na língua portuguesaUm ensurdecedor grito da campainha que me faz saltar de sustoUm professor com cara de segunda-feiraUm gordinho que se empanturraUma garrafa por reciclar abandonada num cantoUma escada que vai dar ao mundo dos livros à espera de serem lidosUm ambiente agradável.

Ana, Maria, Matilde, Sebastião, 10.º B

Fátima, Simone, 10.º C

Depois de um passeio pelo recinto escolar, fez-se um inventário das impressões colhidas pelos alunos.

Os meus espaços preferidos na escola

Gosto desta escola porque tem biblioteca, bar para os alunos e vários espaços para praticar desporto e falarmos com os colegas.

Nos intervalos, costumo ir para junto de uma árvore à frente da escola para conversar com os colegas e partilhar

informações. Nos meus tempos livres, vou para a biblioteca, onde costumo realizar trabalhos. Acho que a biblioteca é um

recurso essencial nesta escola, pois vários alunos a utilizam diariamente, como é o meu caso. Se ela não existisse não

podíamos ler nem realizar trabalhos no computador, excepto se tivéssemos um em casa. Na biblioteca, utilizo a mediateca

e também requisito livros. Eles existem para isso mesmo, para serem lidos e mexidos. Já agora, não se esqueçam do

projecto Luís Silva, 7ºD

Ler+

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Acontece(u)

Desfile de Finalistas

A cidade de Lamego parou para nos receber e acarinhar, participando e apoiando o nosso Desfile, que se

realizou no dia 1 de Dezembro, pelas 14h30m. Teve início na nossa escola e termo na Avenida Alfredo de Sousa.

Alunos das escolas Escopal e Esfosol e do Colégio de Lamego uniram-se, pela primeira vez, aos alunos da

nossa escola. Desfilaram juntos, com um espírito de alegria e confraternização, numa tarde que prometeu ficar

bem viva na memória de qualquer participante. No desfile participaram, também, alunos da Escola Latino Coelho.

Juntamente com a música, a tradicional colher de pau ou as fitas,

todos nós, alunos que estamos prestes ainiciar uma nova etapa e a

prepararmo-nos para uma nova vida, levamos connosco alegria, boa-

disposição, amizade e partilha e mostramos, a toda a cidade de Lamego,

o orgulho que temos em ser lamecenses e dignos de uma educação

extraordinária e reconhecível, uma vez que, à parte das já tradicionais

brincadeiras juvenis, correspondemos e colaboramos no cumprimento

das normas e dos princípios estabelecidos pelas entidades

competentes.

O Desfile de Finalistas será, para sempre, recordado com carinho

e saudade por parte de todos aqueles que contribuíram para a sua

realização e para o seu sucesso.

A Comissão de Finalistas

Baile de Finalistas

Realizou-se, no dia 26 do mês passado, o Baile de

Finalistas que contou com a animação de um conhecido

grupo e DJ, a par da inédita e arrasadora actuação de uma

banda de música ainda não lançada, constituída por

alunos finalistas e não finalistas desta escola.

Somente quem participou neste evento

consegue descrever o ambiente vivido na noite mais

fantástica deste ano lectivo – música, animação,

companheirismo, desportivismo e muita alegria reinaram

conjuntamente na nossa escola, numa festa dedicada a

todos os alunos do 12º ano.

Com a ajuda de funcionários, professores e, pela

primeira vez, com colegas da Escopal e Esfosol, do Colégio de Lamego e, também, da Escola Latino Coelho, a

Escola da Sé organizou o baile que veio a revelar-se um enorme sucesso a todos os níveis, sobretudo no que

respeita a espírito de grupo e alegria, recebendo miúdos e graúdos da nossa cidade e de outras.

A Comissão de Finalistas quer agradecer a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para que

tal noite fosse possível.

A Comissão de Finalistas

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Acontece(u)

O dia do Diploma

A nossa escola celebrou

o Dia do Diploma, no dia 9 de

Setembro, homenageando os

cinquenta e seis alunos que

concluíram, com sucesso, o 12º

ano.

O s h o m e n a g e a d o s

receberam, individualmente,

palavras de incentivo e ânimo,

de modo a conseguirem

prosseguir as suas vidas rumo a

um futuro repleto de vitórias e

conquistas.

Sessões de Esclarecimento

No início do ano lectivo,

foram realizadas sessões de

e s c l a r e c i m e n t o s o b r e a

organização e gestão do currículo e

sobre a avaliação no Ensino

Secundário. Os destinatários foram

o s a l u n o s d o 1 0 º a n o d e

escolaridade dos Cursos Científico-

Humanísticos e foram dinamizadas

pela Assessoria Pedagógica e pela

Coordenação dos Directores de

Turma do Secundário.

Recepção aos “caloiros”

No passado dia 14 de

Outubro, foi real izado um

convívio para receber de forma

mais “ca lorosa” os novos

professores do Agrupamento. Do

“menu” constou animação

quanto baste e muitos e bons

motivos gastronómicos.

No total, entre caloiros e

não caloiros, contabilizaram-se 76

convivas.

Apoios à unidade de multideficiência

A Escola Básica e Secundária da Sé vai ter uma Unidade de Multideficiência. Estas unidades destinam-se a

oferecer uma resposta educativa de qualidade a alunos portadores de deficiências, assegurando o desenvolvimento e a

integração social e escolar dos alunos e os apoios específicos ao nível das terapias, da psicologia, da orientação e

mobilidade.

A instalação desta unidade na Escola está em fase de construção. Neste momento, já são uma realidade o

percurso de acesso ao edifício com as rampas para o transporte dos alunos e uma casa de banho adaptada a estas

situações.

Também foi erigido um elevador que facilitará o acesso de alunos com dificuldades de locomoção aos pisos

superiores.

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Acontece(u)

Ajudar a dar Natal a quem precisa

Durante o mês de Novembro, a Henkel, em parceria com Estabelecimentos do Ensino Básico do país, recolheu brinquedos, jogos, livros de histórias, junto das crianças e dos encarregados de educação, para serem distribuídos por crianças carenciadas. No mês de Dezembro, os brinquedos serão distribuídos pelas Instituições de Solidariedade escolhidas.

Estamos de parabéns, pois a nossa Escola aderiu de braços abertos a este projecto...

A Coordenadora da EB1-Lamego,n,º2 - Maria Bernardete Almeida

O Dia Mundial do Não Fumador

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, no dia 17 de Novembro, Dia

Mundial do Não Fumador, a turma do 12.º B realizou um conjunto de actividades,

com o objectivo de sensibilizar a comunidade escolar sobre os principais malefícios

provenientes dos consumos activo e passivo do tabaco.

Neste dia, além da distribuição de um panfleto, foi também efectuada uma

pequena exposição de imagens e a exibição de um filme.

Os alunos da turma B do 12º ano

Duas Novas Salas

Do velho se fez novo! Nas instalações das oficinas de Mecanotecnia, foram

construídas duas novas salas de aula que receberão turmas que, até aqui, trabalharam em

espaços mais pequenos. É mais uma vez, notório o esforço que está a ser feito para

melhorar as condições de trabalho de alunos e professores. Já desde o início do ano lectivo,

os alunos puderam usufruir de 10 salas de aula totalmente remodeladas, a nível do

mobiliário.

Quentes e boas!

No passado dia 11 de Novembro, foi feito o

Magusto do Agrupamento. No convívio, não faltaram

as castanhas e a boa disposição também não.

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Conselho Geral

Reunião de 20 De Julho de 2010

Transmissão de várias informações de carácter geral.

Aprovação do cronograma temático das reuniões do Conselho Geral.

Aprovação do documento emanado do Conselho Pedagógico relativo aos princípios e critérios

gerais para elaboração de horários.

Aprovação da proposta relativa ao pedido da Vereadora do Pelouro da Educação e dos Assuntos

Sociais da Câmara Municipal de Lamego, Doutora Marina Valle, no sentido das aulas terem início

às 8 horas e trinta minutos, em vez das 8 horas e quinze minutos inicialmente previstas e

aprovadas em Conselho Pedagógico, de forma a estarem em conformidade com os horários das

restantes escolas da cidade.

Aprovação da minuta da acta nº3, relativa à tomada de posição do Conselho Geral manifestando

a sua discordância no tocante à decisão da DREN em instalar uma unidade de multideficiência no

edifício principal da escola sede do Agrupamento, sem satisfação das contrapartidas pretendidas

pela escola ao nível dos espaços físicos.

Propostas do Conselho Geral:

ü Aplicação rigorosa do consignado no art.º 6.º -A do Despacho 11120-B/2010.

ü Adopção de um novo modelo de acta sendo o conteúdo de cada reunião exarado, através dos

seguintes itens: uma síntese clara, objectiva e rigorosa das intervenções realizadas a propósito de

qualquer tema, terminando com a qualidade de decisão tomada e apresentada em caixa de texto.

ü Criação de grupo de trabalho constituído por representantes dos Departamentos

Curriculares, um Encarregado de Educação e um aluno, a integrar o Projecto Mediação de

Conflitos, que pretende educar para o saber estar e ajudar na gestão da conflitualidade, no seio da

comunidade escolar. Esta proposta advém da ocorrência cada vez mais frequente de diferentes

tipos de conflitos no meio escolar.

ü Atribuição de nome de patrono que melhor identifique a nossa escola, respeitando o seu

património histórico, educativo e cultural e a região em que se insere. A escola como qualquer

instituição/organização deverá ter uma referência, algo com a qual se possa identificar.

ü Criação do Dia do Professor, a nível local, (actividade já integrada no plano anual de

actividades do nosso agrupamento) a dinamizar pelo município e alargado a todas as escolas do

concelho de Lamego, num dia a definir pela Câmara Municipal, como forma de celebrar e valorizar

o professor.

A Presidente do Conselho Geral, Dalila Carvalho

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Palavras do Director

Uma escola inclusiva?

Na última edição do Publique-Se, em reflexão

sobre a gratuitidade da educação como conquista do 25

de Abril, defendi a importância de uma muito mais

exigente responsabilização dos alunos e das famílias, no

sentido da preservação desse bem face aos sinais de

degradação económica e financeira do país, que já na

altura se percepcionavam a olhos vistos.

Defendi então, tal como o defendo hoje, até

porque há uma maior exigência na responsabilização dos

alunos e das famílias para que os resultados do sucesso

educativo justifiquem os custos do investimento público

em recursos, pois é sabido que para os governantes a

educação é uma bandeira política, quando dá jeito, mas

rapidamente se transforma no alfa e ómega de todos os

males quando convém que seja vista como um factor de

despesa e não de investimento, na hora de reduzir custos

de funcionamento do sistema.

Se, quanto ao papel da famílias e dos seus filhos,

deve caber ao Estado, em primeira mão, um papel de

regulador muito mais activo do que aquele que tem tido,

porque se acomoda muitas vezes em intervenções

incongruentes, que apenas acentuam a sua fragilidade,

em vez de criar mecanismos legais verdadeiramente

responsabilizantes, a exemplo do que já acontece no

Reino Unido, quanto a nós, professores, também não

ficaria mal a reavaliação da nossa quota-parte de

responsabilidade pelo ónus do custo que a gratuitidade

da educação tem no erário público. Não raras vezes

temos sido, ao longo da nossa carreira, agentes activos,

pelas decisões que tomamos, do agravamento do valor

da factura que a educação de muitos alunos custa ao

Estado.

Num contexto ambiental marcado por processos

acelerados de permanente inovação, por forma da

revolução tecnológica a que se assiste, e a que aderimos

cada vez com mais apetência, parece ser no plano da super-

estrutura que reside a maior resistência à aceitação e

compreensão de uma nova matriz educacional. Convivemos

bem com a diferença, com a incapacidade, com as opções de

interesses diferentes, temos equipamentos tecnológicos

acessíveis a todos, sem excepção, temos turmas com alunos

com necessidades educativas especiais e professores para os

apoiar, temos instalações que se vão adaptando para o

efeito, criamos ofertas formativas diferenciadas, vestimos o

conhecimento que transmitimos com uma roupagem

cultural, abrimo-nos às portas da velha Europa… oferecemos

novas oportunidades aos que perderam a primeira, somos

uma escola de saber, somos uma escola de projecto, somos

uma escola cultural, mas será que já somos uma escola

inclusiva?

Todos nós a proclamamos no nosso discurso do

dia-a-dia, mas poucas vezes a praticamos ou, quando o

fazemos, temos dificuldade de nos desligar da matriz

fundadora da escola que nos formou, em que o “aluno que

não sabe tem de reprovar”. Por mim, prefiro muito mais a

premissa do “aluno que não sabe tem de aprender”.

Enquanto assim não for, não poderemos falar de uma escola

verdadeiramente inclusiva. Mudar este padrão pode bem

ser o nosso desafio para o futuro próximo.

Carlos Dinis Marques de Almeida

Director

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Comemorações

Centenário da República Portuguesa

No dia quatro de Outubro, por volta das nove e quarenta minutos,

saímos das salas de aula, um pouco mais cedo que o habitual, e dirigimo-nos,

acompanhados dos professores que estavam naquele momento com a turma,

para o campo atrás do ginásio. Uns sentados nas bancadas, outros formando a

bandeira, no meio do campo. Vermelho, amarelo e verde. As cores da bandeira

da República Portuguesa. Esta imagem policromática constituída pelos alunos

do ensino básico que envergavam t-shirts ou camisolas de uma das três cores,

ia ganhando contornos e, por fim, estava definida.

Com muita honra, segurei e hasteei o mais alto que conseguia, o

símbolo desta centenária República: a bandeira nacional. Pouco depois, ouvia-

se o hino, “A Portuguesa”. De pé e em conjunto cantámo-lo, em uníssono.

Regressámos, depois às actividades lectivas, alegres e felizes com tão

republicana celebração!

Paulo Lamelas, 11º D

Na comemoração do centenário da implantação da República, o nosso agrupamento não

poderia deixar de passar esta data em branco. Na escola sede, foi “humanizada” a bandeira

nacional e foi ouvido o hino. O Centro Escolar e a Escola Básica nº 2 também comemoraram a

data, com exposições de trabalhos feitos pelos alunos e com a divulgação à comunidade

escolar de um desdobrável.

No nosso agrupamento, estes cem anos não poderiam passar sem comemoração!

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Comemorações

TRADIÇÕES ANGLO-SAXÓNICASNo dia 27 de Outubro, na escola sede festejou-se, como habitualmente,o

Halloween. Abóboras e cartazes alusivos decoraram o átrio da escola. Mais uma

vez, esta tradição anglo-saxónica fez as delícias dos nossos alunos, especialmente

dos mais pequeninos, que apreciam as bruxas, os fantasmas e os esqueletos a

passearem-se assustadora e fantasmagoricamente, por todo o lado.

TRADIÇÕES DA NOSSA TERRA

O mês de Novembro inicia-se com duas celebrações cristãs, inscritas na cultura

tradicional da nossa terra. No dia um celebra-se o dia de Todos os Santos e no dia dois celebra-

se o dia dos Fiéis Defuntos. Segundo as pessoas mais velhas da nossa terra, estes dias já se

celebram há muito tempo. Isto significa que foi passando de geração em geração a vivência

destes dias nas comunidades cristãs.

É habitual ir ao cemitério visitar as campas. Antigamente, esta visita fazia-se apenas no

dia dois, mas, agora, devido ao feriado do dia um, a maior parte das pessoas fá-lo neste dia.

Colocam-se flores e velas nos jazigos, mandam-se celebrar missas pelos familiares defuntos e

pelas almas do purgatório e reza-se pelos mortos, mais do que em qualquer outra altura do

ano.

Por estas razões, nas nossas terras, o mês de Novembro é chamado “mês das almas”.

Joana, Ricardo e Sara, 11º A

OUTRAS TRADIÇÕES

Na mesma data, em algumas terras de Espanha e no México, representa-se a peça Don Juan

Tenório de José Zorilla. Parece completamente descabido celebrarem-se os mortos com um texto cuja

personagem principal é um sedutor incorrigível? Mas faz sentido, porque na segunda parte da peça, a

acção decorre no cemitério, onde o protagonista ceia com a estátua de um homem, pai de uma mulher

seduzida, assassinado pelo próprio Don Juan. No final, este convidado de pedra arrastará o homicida para

o Inferno. Deste modo, vinga-se, pessoalmente, o ofendido, castiga-se Don Juan, pelos crimes de burlador

de mulheres, de assassínio e – sobretudo – de ofensa aos mortos. Há notícia de que, no princípio do século

XX, esta peça também se representava nalgumas localidades de Portugal, neste dia e com a mesma

finalidade religiosa: a sacralidade dos mortos.

Já pensaste que é sempre no dia 1 de

Novembro que se faz o Peditório Nacional da

Liga Portuguesa Contra o Cancro ?

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Entrevista

A Professora de Educação Especial ( Maria do Céu Gregório, entrevistou a mãe de uma aluna de 12 anos que é portadora de uma Encefalopatia Mitocondrial .

Unidade de Apoio Especializado à Multideficiência),

Professora Céu - O que é para si uma escola para todos?

Mãe da Beatriz- Uma escola para todos é a melhor solução de inclusão na sociedade. Não é correcto nem é

certamente a melhor solução separar as crianças com aprendizagens diferentes de crianças ditas

“normais”. Todos temos dificuldades de uma ou outra maneira, com ritmos diferentes, sendo profícua a

presença de meninos com necessidades especiais para ajudar no crescimento e descobrir as diferenças.

Todos somos diferentes mas nem todos aceitamos as nossas diferenças. Adultos ou crianças deviam

conviver mais de perto com todas as realidades.

Uma escola que funciona a pensar na integração de todos e não só de alguns é uma escola que traz

benefício não só para os alunos, pais e família, mas também para toda a sociedade onde está inserida.

Todos ganham!

Professora Céu - Sente que a sua filha está numa dessas escolas?

Mãe da Beatriz - Sem sombra de dúvidas. Esta escola é dos melhores exemplos de inclusão. As actividades

são feitas em conjunto com as várias turmas.

A importância de uma escola aberta é um ponto fundamental no bem-estar dos nossos filhos e, se os

nossos filhos estão a sentir-se bem na escola, nós também estaremos bem e mais tranquilos.

Professora Céu - Acha que a escola ainda pode fazer mais por essas crianças? O quê?

Mãe da Beatriz- A escola da Beatriz é para mim, sem dúvida, um exemplo de uma boa escola. Claro que,

como em tudo o que fazemos, há sempre coisas que podem ser melhoradas.

Na minha opinião, o que seria preciso para responder a uma necessidade de ajuda às mães, passaria pelo

funcionamento mais alargado do horário diário, bem como o encurtamento do período de férias escolares,

recorrendo à contratação de mais recursos humanos. Isso seria uma ajuda grande para muitas mães que

trabalham, que se vêem a braços perante esta situação.

A escola é uma grande ajuda para nós, se ela funcionar dentro das nossas necessidades.

Professora Céu - Em que é que a escola tem contribuído para a sua tranquilidade como mãe?

Mãe da Beatriz - No início do ano, tal como tinha prometido, levei a minha filha para a escola. Fui convidada

a ficar na sala e fui-me apercebendo do cuidado e carinho com que mimavam a minha filha.

Durante a minha presença fui questionada sobre os comportamentos dela, alertando as docentes que

quando estava a protestar seria para chamar a atenção ou estava mesmo desconfortável; as professoras

perguntavam se era assim que ela mais gostava ou era da outra maneira, enfim uma série de dúvidas de

quem não a conhece, mas que tem interesse em conhecer. Assim, dia após dia, eu fui deixando a Bea sem

me sentir aflita (preocupada fico sempre, mesmo quando a deixo em casa com alguém da família, aflita

não).

Sempre que deixo a minha menina na escola, saio a saber que ela não podia estar melhor. Tem umas

professoras que sinto que a adoram, umas auxiliares fantásticas, uns funcionários prestativos, está

integrada com os outros meninos, o que contribui para o seu desenvolvimento cognitivo, pois o contacto

com outras crianças estimula-a muito.

Não há nada melhor para uma mãe saber que os seus filhos estão a ser bem tratados quando estão longe

dela.

A diferença vivida de perto

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Entrevista

Professora Céu - Que perspectivas tem para o futuro em relação à sua filha?

Mãe da Beatriz - Viver um dia de cada vez, dar um passo depois do outro sem correr, aproveitar cada segundo, dar

valor a pequenas coisas, olhar só o presente, agradecer cada conquista, lutar em cada obstáculo, ultrapassar todas as

dificuldades, conseguir mostrar que somos todos diferentes... e um sem número de preocupações, de projectos a

curto e não a longo prazo, é essa a minha expectativa para o futuro da minha filha. O futuro dela é uma vitória, de

cada dia, de cada conquista, de cada batalha. É certamente por isso que tudo tem um sabor mais especial.

Tudo o que é conseguido com esforço tem mais valor, e as conquistas da Bea têm um valor que poucos podem ter o

prazer de sentir.

Professora Céu - Sente que a sua filha é feliz?

Mãe da Beatriz- Não tenho qualquer dúvida ao dizer que a Beatriz é muito feliz! É uma menina muito amada por

todos e uma verdadeira lutadora. Lutou sempre por conseguir superar a doença, e a força da sua luta, as conquistas e

o amor que lhe é dado, fazem dela uma criança feliz!

Equipa do Ensino Especial da Sala de Multideficiência da EB1 – Lamego nº2

A pessoa portadora de Perturbações do Espectro do Autismo tem uma forma muito peculiar de compreender os outros e tudo o que a rodeia. Só através do esclarecimento e da informação é que poderemos abrir as portas que permitam que todos pertençamos ao mesmo mundo. Comecemos por conhecer as realidades que a criança com Autismo gostaria que os outros soubessem:

Já agora, sabia que...

Antes de tudo eu sou uma criança.

A minha percepção sensorial é desordenada.

Eu sou um "pensador concreto”. Não consigo fazer abstracções.

Oriento-me melhor se tiver pistas visuais.

Tenha paciência com o meu vocabulário limitado.

Diga-me o que posso fazer em vez de dizer só o que eu não

posso fazer.

Ajude-me nas interacções sociais.

Tente descobrir o que provoca a minha perda de

controlo.

Grupo de Educação Especial

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Agrupamento de A a Z

Aumente o abecedário do Agrupamento. O leque de possibilidades é imenso, por isso dê asas à sua imaginação!

Seguindo os exemplos já dados, participe criativamente no dicionário do Agrupamento.

Alunos - _______________________________

Biblioteca - cerca de 8000 livros à sua espera…

Cantina - a boa educação vê-se à mesa…

Disciplinas - há disciplinas e disciplina…

Estudar - _______________________________

Física - _______________________________

Giravolei - _______________________________

Horários - é preciso cumpri-los…

Intervalo - _______________________________

Jogar - também é preciso…

Leccionar - _______________________________

Monitor - atenção! Alguém pode estar do outro lado…

Números - ai! A Matemática!!!!

Óptica Ocular - existe na escola o Curso Profissional de…

Professores - _______________________________

Quadros - rectângulos, triângulos…

Reprografia - _______________________________

Secretaria - _______________________________

Tecnologias - aposta no futuro!

União - faz a força!

Voleibol - _______________________________

Xadrez - existe o clube na escola…

Zelo - é um dever de todos!

Adriana, Daniela, Ívan e Marta, 12º A

Agrupamento de A a Z

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Sabia que...

Vamos à (re) descoberta do nosso Agrupamento. Temos a certeza de que é um aluno atento, mas há

pormenores que lhe poderão ter escapado. Verifique ao que esteve atento ou ao que não prestou

tanta atenção. No final, poderá classificar o seu grau de atenção e passar a prestar mais atenção a tudo

o que o rodeia.

...na escola sede,

existem na biblioteca cerca de 8000 livros

cerca de 420 alunos frequentam o bar da escola diariamente

existem 432 cacifos

1986 foi o ano da construção

no ano lectivo passado, 88 alunos entraram para o quadro de excelência e dois para o quadro de valor

há 92 alunos finalistas

se gastam cerca de 10 caixas de giz com 100 paus cada uma, por ano

há 35 salas de aula

diariamente, se tiram cerca de 2000 fotocópias na reprografia

existem 13 clubes em funcionamento se servem cerca de 650 refeições por dia na cantina

o aquário está colocado no átrio há 8 anos

...na EB1 de Lamego,

a Unidade de Apoio à Multideficiência é frequentada por nove alunos

170 alunos frequentam o Primeiro Ciclo e 36 o Pré-Escolar

há 8 salas de aula

há 1 sala onde os meninos almoçam, sendo as refeições fornecidas pela APITIL.

...no Centro Escolar Lamego Sudeste,

há 191 alunos.

as luzes apagam e acendem sozinhas

há quadros interactivos em todas as salas

há muitos espaços envidraçados que deixam entrar bem a luz natural

há baloiços, escorregas e balancés no recreio

há muita relva onde podemos brincar.

Adriana, Daniela, Ívan, Marta, 12º A e alunos do Centro Escolar e EB1 de Lamego, n.º2

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Pensamentos, palavras, actos e emoções

Em Portugal existem duas abordagens

diferentes na investigação sobre a violência na escola.

A primeira está centrada na indisciplina, tomando

como ob jecto as d i ferentes s i tuações e

comportamentos (sejam violentos ou não) que não

estão em conformidade com as regras de carácter

escolar e social vigentes em cada escola. A segunda

abordagem foca-se na violência como um fenómeno

específico, realçando o seu carácter social e

psicológico.

A violência na escola manifesta-se num

conjunto vasto de comportamentos anti-sociais

(agressões, roubo, vandalismo, opressão ou exclusão

social) que podem ser desencadeados por alunos ou

por outros elementos da comunidade escolar.

Normalmente estão associados a baixos níveis de

tolerância, a dificuldades no desenvolvimento moral e

na auto-estima tanto das vítimas como dos

agressores. O fenómeno da violência está também

intimamente associado aos princípios fundamentais

da democracia e à defesa dos direitos humanos.

O problema do Bullying - "maltrato entre

iguais" - pode ser visto como um aspecto particular da

violência na escola que, segundo a definição proposta

por Olweus (2000), ocorre "quando um aluno ou uma

aluna são expostos, repetidamente e durante um

período de tempo, a acções negativas por parte de um

ou mais alunos". A designação "maltrato entre iguais"

deve ser usada quando existe uma relação assimétrica

de poder entre alunos. Este tipo de agressões pode ser

levado a cabo, quer por um aluno individualmente,

quer por um grupo.

A Violência na Escola

As principais causas parecem ser psicológicas.

Vulgarmente, tanto as vítimas como os agressores

manifestam baixa auto-estima e têm um fraco poder

de influência nas relações interpessoais com os pares.

As vítimas, normalmente, não têm amigos,

apresentam uma aparência física mais frágil do que a

dos seus pares e são muito protegidos pelos pais

(principalmente pelas mães). Normalmente, os pais

dos agressores e das vítimas não estão ao corrente da

situação e isto torna-a mais problemática.

Convém também fazer referência a outros

tipos de violência que afectam a escola, como seja os

grupos organizados ou gangs. Nestes casos, as causas

parece estarem, normalmente, associadas a

problemas económicos, sociais e étnicos, como

famílias disfuncionais e desestruturadas, pobreza,

racismo ou outros tipos de discriminação sistemática,

e modelos sociais violentos propagados pelos media.

Em Portugal, tal como em outros países, as

raparigas são com maior frequência vítimas de

agressões indirectas (como seja a exclusão social,

rumores menos positivos, entre outras) enquanto os

rapazes são mais frequentemente vítimas de

agressões físicas e de ameaças.

A violência nas escolas está à vista de todos. Não acontece só aos outros. Nós

também podemos sofrer com ela. Caso conheças alguma situação de

violência na escola, não fiques indiferente. A atitude correcta a tomar será

alertares os teus professores e familiares e não pactuares com os agressores.

Pedro Reis, psicólogo

Amado, J. & Freire, I. (2005), “Definições, incidência e causas da violência em Portugal”; Prevenção da violência nas escolas. Disponível em:

http://www.bullying-in-school.info/pt/content/contexto/violencia-na-escola/portugal-texto-integral.html. Acesso em: 15/ 11/ 2010.

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Divulgação

PARLAMENTO DOS JOVENS

À semelhança dos anos anteriores, o nosso Agrupamento inscreveu-se na actividade Parlamento dos Jovens, que é uma iniciativa institucional da Assembleia da República. Este programa tem como objectivo promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pelo debate democrático, com respeito pela diversidade de opiniões. O tema escolhido este ano é "Violência em meio escolar".

Numa primeira fase, na Escola, após a formação de listas com 10 alunos, com as medidas propostas, procede-se à eleição dos deputados para a sessão escolar a realizar no dia 21 de Janeiro. Nesta sessão, será elaborado um Projecto de Recomendação do Agrupamento e serão eleitos dois ou três deputados à Sessão Distrital. Numa segunda fase, em Castro Daire, reunir-se-ão os deputados eleitos nas diferentes escolas para aprovar as recomendações a submeter à Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens e eleger os respectivos representantes. E, na terceira fase, na Assembleia da República, reunir-se-ão os deputados dos diferentes distritos para produzir as recomendações finais sobre o tema.

A participação do Agrupamento, neste projecto, proporcionará aos nossos jovens a oportunidade de analisarem e debaterem o tema proposto, bem como levarem à Assembleia da República as medidas que considerem contribuir para a prevenção da violência em meio escolar.

Participa e torna-te um verdadeiro deputado!

Rui Rodrigues, Coordenador do Projecto

Participa nas actividades!Deixamos-te aqui alguns exemplos das muitas iniciativas levadas a cabo pelo e no Agrupamento.

Apresentação da peça Viva a República, no mês de Fevereiro, no Teatro Ribeiro Conceição

Comemoração do Dia de S. Valentim, no dia 14 de Fevereiro

Semana da Leitura, na segunda semana de Março

Dia Mundial da Poesia, no dia 21 de Março

Simulação de um julgamento no Tribunal Judicial de Lamego, no mês de Março, integrado no programa «Faça-se

Justiça!», cuja temática é «A violência no namoro».

Título: PUBLIQUE-SE

Tiragem: 600 exemplares

Publicação: Dezembro de 2010

Propriedade: Agrupamento de Escolas da Sé

Av. D. Egas Moniz – Quinta da Cerca

5100- Lamego

Telefone: 254 600 280

Fax: 254 615 079

Email: [email protected]

Coordenação: Helena Maria Sebastiana e Maria Filomena

Design Gráfico: Áurea Vaz Rodrigues

Colaboradores Permanentes: Cristina Teixeira, Cristina Zagalo, Helena Gama, José Francisco, Simão Cardoso e alunos do Clube de Leitura e Escrita

Colaboradores: Professores e Alunos do Agrupamento

Ficha Técnica

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Divulgação

DIVULGAMOS MAIS UM CONCURSO A NÍVEL NACIONAL

Vítor Sequeira, 12ºA

satO se F saoB aj- e sde

Publique SEa r t alo ocd sEa e da a diC nomu