hespanha · 2018-05-28 · hespanha, os seus gover nantes têem que tomar muito cuidado nos seus-...
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x i ANNO DOMINGO, 16 OE JULHO DH3 1911 ív:* 5si
S E M A N A R I O R E P U B L I C A N O R A D I C A L
issignstU Fasem estre. ioo reis. Pagamento adeantado. éAnno. (Sooo reis
Para tóra: A nno , 18200; semestre, 600; avuiso. 20 réis. Parr; o b ra zil: A nno . lácoo réis im oeúa forte/.
MftSCTOR-PBOPRIBTftaiO- ■Jq s c Auguslo Saloio
h n E D A C Ç Á 0 . â M I M E A Ç m r, 11 r u u n .$ (Com posição e Im pressão)II RUA CÂ N D ID O DOS REIS ■H A L 1 ) K < J A I , I , h X G r .-V
126, 2 .
| Publicações,I I A n n u n cio s— 1.» pubiicação. 40 réis. a linb*v nas segpihtes-,Q 20 réis. A nnuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto-
0 graphos não se restituem q uer sejam ou não publicados.
EDITOR— José-Cypriano Salgado Junior
HespanhaNinguém ha que ignore
que a Hespanha tem sido altamente incorrecta para com a Republica Portugueza, A Hespanha,. dizemos nós... E’ bom que collo- quemos as coisas nos devidos termos e que nos refiramos simplesmente ás auctoridades do paiz vizinho. Canalejas,. espirito liberal, que teve muitas vezes a simpatia dos republicanos, é o unico responsável pelo que álém-fronteiras se está passando. Outro tanto não podèmos dizer do povo hespanhol Tem. elle sido duma fria indiferença, quando nos não auxilia na lucta, contra os traidores. E"a essa baixa camada da população, que se deve a aprehen.-ão do armamento;, é aos seus protestos vehe- mentes qu.e se deve tambem, o, procedimento ultimo do govêrno. da Hespa- aha;.
Não ha,, porém, que nos admirarmos da atitud,e do govêrno da nação vizinha.
A Hespanha é: um paiz completamente fraccionado sob- o ponto de vista das exigências políticas e sociais dos seus habitantes. Basta a Catalunha para lhe dar que fazer. Isto para não citarmos as Vascongadas e tantas outras regiões, que an,ceiam pelo desmembramento da, monarquia hes- panhola. A’lém d.'isso a Hespanha já foi: Republica, a- iíida; qjjg por curtos.mezes; grande parte da sua. população é: extra ordina riamente corajosa, e nevol.uciona- fia. Metida entre duas Republicas q.ue são a França e Portugal, teme elia' que a coligação republicano-so- ciajista se sinta com mais força para derrubar o trono. de Affonso X III e que aas circumstancias- actuais encontre para,isso mais facilidade. Não póde* pois, a cotóiica nação simpatizar com: o nobilitante acto de cinco de outubro,, e ha de auxiliar sempre,.embora na
sombra, todos os esforços tendentes á restauração da monarquia portugueza.
Mas andará bem a Hespanha?
Não, decerto. No nosso entender ella só daria provas de sagacidade se mostrasse afeição pelo nosso novo reçrimen. Podia, mes-omo não a sentir mas, emfim, lá ia representando... Com o seu procedimenío- d-e agora não só contra si faz revoltar os ânimos do povo portuguez como o seu proprio povo se acha indignado. A adesão, quer material quer moral, da parte dos ?.úbditos hespanhoes para com a Republica Portugueza tem sido altamente manifestada. Elles bem vêem que as instituições estão seguras e que não é o mal encoberto auxilio de Canalejas aos traidores que atemoriza a Patria Portugueza.
Um diario hespanhol, entrevistando o dr. Augusto de Vasconcellos, fez-lhe notar que alguns jornais portuguezes se referiam muito asperamente á Hespanha-.. Admirava-se de que assim, se procedesse. Segundo cremos,.o nosso representante cingiu-se a lamentar que tal facto se désse. Pois- nós não o lamentaríamos. Antes faríamos sentir áquelle diario que a aspereza dos artigos se não dirigia ao povo hespanhol mas sim, ao seu govêrno. O povo portuguez nada. tem que clamar contra o povo hespanhol, e nós só temos que frizar que seria tristíssimo se, por causa de Canalejas, uma conflagração rebentasse em que os dois povos irmãos se vissem, obrigados a pegar em armas uni contra o outro. O tempo não vai bem para estas coisas. Os povos já. se não conduzem como varas de porcos ou rebanhos de ovelhas. E, como acima deixámos dito, pelo completo fraccionamento dos habitantes da Hespanha, os seus governantes têem que tomar muito cuidado nos seus- a- cíos. Contra o drama marroquino já se pronunciou
bem todo o povo vizinho. Contra uma projectada incursão no territorio portuguez melhor se pronunciaria. temos d’isso a certeza. E’ que os povos, hoje, lon ge de se debaterem em defeza d’um rei, antes se coligam para o combater.
Paulino Gpmes.
j m n í i m í í mA M »Ern todas as nações do
velho, mundo acentua-se, caJa dia com maior intensidade,. o movimento de decidida attenção para tu- do quanto se liga á industria agrícola.
Urna notável campanha a favor do regresso á terra, á frente da qual está. em França, o antigo ministro da. Agricultura, Presidente do conselho de ministros e senador Jules M.é- line, encontrou carinhoso reflexo na Italia, na All.e- manhae napropria Hespanha, onde no Congresso Internacional de Agricultura se debateram com especial predileção os themas relativos não só a este regresso, como á fixação da população trabalhadora dos- campos.
Mas se esle problema, como o da colonisação das regiões menos intensamente povoadas,, é dos mais importantes, outras se lhe juntam de não. menor alcance social, como o problema das subsistencias, o da organisação moderna da exploração agrícola, e da organisação da venda das matérias primas de. orir gem agi ícola, e de outros géneros de producção nacional.
A questão d;os eereaes. depois de doze annos de applicação do actual regimen, precisa de ser agro- nomicamente estudada, como o problema vinícola, o das carnes, o das cortiças, o dos seguros agrícolas,, e até os que dizem respeito ás reformas ou pensões dos trabalhadores agrícolas.
Um terceiro grupo, de problemas interessa ainda sobremaneira os-que- estudam as questões a g ' í ..-. c confiam no pío^jjcto cíc."
Ísenvolvimento da agricultura portugueza. E’ o que diz respeito ás condições
Ide produetividade agrícola do solo portuguez, tendendo a demonstrar como a.s nossas condições de solo, clima, população e mercados nos collocam em circumstancias privilegiadas para sermos um paiz agrícola, sendo da maior urgência desfazer a lenda, da agricultura como. industria r ui nos a, a p r es e.n t an d o-adefinitivamente como a roais bella a mais nobre e a mais remuneradora, de todas as industrias e cercando-a do crédido. que ella merece e que lhe é indispensável para alcançar os capitães de que tanto carece para a sua rápida transformação e desenvolvimento.
O problema da irrigação, o problema, florestal são mais interrogações que é urgente formular e a.qu-e é preciso.encontrar resposta, juntando o seu estudo ao dos problemas a que tão summariamente nos acabámos de. referir e. traçando um programma de movimento agrário, programma completo, homogéneob em f andam e n t a do,. pelo qual depois todos trabalhem, agrónomose agricultores,. alvejando a.orga- nisação de uma-agricultura rejuvenescida,lucrativa, consciente, scientifica, n’um pai2.cuja actividade e trans formação económica são condições indispensáveis para assegurar a sua,emancipação económica e financeira.
Convencidos de que esta seria a melhor oportunidade' para affirmar a sua .vitalidade- como corporação scientifica, a Sociedade de Sciencias Agronómicas de Portugal acaba de tomar a iniciativa de realisar em Lisbôa, nos primeiros mezes de 1912, um Congresso Agronómico destinado a estudar os. princi- pa.es problemas da nossa economia agrícola* traçando ou esboçando, o. programma agrário- n
esforços com o da classe agrícola que representa por si só, cêrca de 60 por cemo da população portugueza.
Assim o emprehendi- mento d esta sociedade resulte fecundo..
A mando db Skabka,
L o m in en ta rip s & . M oiicias,
AbsolMÍlsasB.o,Um dia d’estes o. regedoi; &-
presentou-se em, caga de Bernar- d.ijio Netto Aranha, com, ordens do sr. administrador do concelho e ahi, sem. respeito, pela poire mulher que se achava só em casa, deu um bôio ao,cão que esta ali tinha,, dizendo que o. animal estava, atacado,, de raiva, e que- precisava ser morto.
Ora,deixemos. 0 absolutismo da auetoridade porque, se ha ricos. que fazem estimação n’,um dado animal, ha pobres que sacrifioanj: tudo. Mas adeante. Se o cão, no. entender da auetoridade, estava, raivoso, não acha sua ex.s que o» seu absolutismo devia, n’este caso, ir até a. obrigar a familia da. casa.: pai, mãe-e nlhos a recolher no Instituto Bact.breolpgico?
Assim concordaríamos, em absoluto com 0 absolutismo de sua ex.a que, se nos não enganámos, está mordido e naturalmente ata- cado da horrivel, ipecça.T«ím»â&.&!?e.sáa. v i SIa:
Está despertando grandè iate*~ resse, não só aqui como nas povoações limitrophes, a tourada de *23 do corrente promovida por uma commissão de amigos do sympathico bandarilheiro Joaquim, d Almeida. Chispa, em seu beneficio.
A. commissão empenha-se por - conseguir um espectáculo por todos* os tituios majestoso, o que: achámos facil-attendendo a que Chispa é um dos primeiros, artistas portuguezes.C ra íem lssía d © .-
As associações., de classe, d’es- ta villa preparam-se, ao, que parece, para receberem condigna- mente no proximo domingo as suas congéneres da villa da Moir ta e de Sarilhos Graudes, Jardia s Uortinha.
E emquanto o. pow assim for nâo h a . magnates- nem caciques, que levem a melhor,
D a União nasce a força.Uni voa e sereis suprema, po
deroso, oh p.ovo!Síãa h a oSIaos .
Aldegallega estáv.ha: uns tempos a esta parte, carecendo da limpeza o que, infelizmente, se está vendo descurado completamente pelas, auctoridades eomps-- teníes,.
Pelas valle tas das ruas corremdia, e noite. liqiiidos de fazerem.
‘ ihar, conjugando 05 scus- isto!,
* O D O M I N G O
Á’ "ex.ma Camara .Hnaaiei- _í»áí. ,
Agora, que temos estado sob a teriiperatnfáasphyxiante de 31 grafts::á sòínbra, seria bom, nao t ó para a limpeza das ruas —que d'is3o bastaàíe precisam — mas áté para nos' dar ‘um "pouco de fresco que a ex.m1 vereação se. dignasse mandar fazer umas irrigações ás ruas da villa. ~ji>e suas ex.a» estão. «frios»
lembrem se de que temos por cá calor para dar a quem d’elle precizar. . „
'Cator e muito calor!E' o «Sol-a-Sob què o diga.
para apreadcrNa passada segunda feira, a
tárdé,’ na' tabérna de Lute, Bra-ço-Forte - experimentaram-se nalucta gféco-roma.na Jéão ^ 'O liveira Canellas, : trabalhador, e Francisco Pimentel, carpinteuo, ambos d’esta villa, resultancto d ’esse «bello» divertimento a ^bagatella» da fractura do braço esquerdo do primeiro.
E ’ assim que se aprende.
CoKÍereueh»JPelas' 3 béi*às?'da tarde de do
mingo—e não ás 5 como por máinformação dissemos—realisou osr. Ernesto d*1 Albergaria Pereira, director e"proprietário da «B/e- vista Commercial e Industria » uma bella conferencia na salada Associarão Coinnisrciâl sob o thérna: «O valor da instrucção comméréiai como ágerííe 'progressivo do commércio moderno». O conferente dissertou seguramente uma hora deixando no auditorio a mais agradavel impressão. Terminou propondo á montagem n’esta villa d’ujii estabelecimento dè ensino das leis oommérciais e. 'industriais onde todos possam conseguir elementos seguros que os orientem na vida prátiea e isso mereceu o apoio geral da grande assistência.
Oxalá tão util iniciativa fructi-
Fesos e medidasi*ek) ministério do fomento vai
ser publicado um ’decréto que regulamentará o serviço de atilamento de‘pesos e medidas. Modi- ikíâ as épocas e os prazos; estabelece regras :sobre a noCceação dos aferidores; permite o uzo de medidas de vidro e diz a -foriria que devem ter essas medidas; prohibe o uzo de copos não aferidos para a venda de liquidos eoínO leite, etc.; manda fazer as aferiçSes fóra das sédes dos con- ceíbos: iseafa da aferição annual os celleiros, adegas, etõ., e reduz as taxas de aferidor.
© «^CôlSas» ii conspirarLembram-se os nossos leitores
do administrador d’este concelho Guilherme de Vasconcellos Mata, o Coisas, que as casas ricas d’es- ta nossa terra receberam com alegria esquecendo que davam entrada a um rúfia habituado a viver do que lhe davam as des graçadas do Arco Bandeira e que a monarquia das roubalheiras nos impingio paia desassocego. lembram-se? Pois tambem fugio para a Galliza, a conspirar, poV que o nosso governo 0 tolerava u’um logar de contadof d’n‘ma comarca, onde usufruía bons proventos.
Não tem que vêr. Os qlie eram «tÉálassas».continuam a sel-o; e deixem se de fazer-lhes bieba- gata!
«O ComhaíctEstè nosso presado confrade
da Guarda completou 6 annos de existencia, pelo que. lheeny:âmo3 as nossas modestas, mas sinceras felicitações.
C O F R E B B F E l O L â S
H O R R I V ELI_1'Wo M a ta d o u r o d e l i s f w à
Havia a lli muito rico. Mas nenhum compadecido Ou de leve enternecido. . Para do punhal iníquio Salvar o pobre vencido!
Rapando no pavimento, ■Berrava como um veado E chorâva atérrorado A o vêr chegar o momento De c a h i r . assassinado!
E cheirando as fr ia s làgéns,De h orror quã\i desfailece!Mas ninguém sc cõrnpú rree Dãs laYnéntó^rs viçagèiis D o põbre que assim padece!
Olha èm roda, o tecto fita, Mas ninguém rara o sàlvar! Sim, nmguefíi. que no logar Só vê a horda maldita De chacais que o vão tragar!
Pobre victima innocente D um povo tão humanista Que bla^Ona de altruísta, M is a cujo fero dente Quaçi não ha -quem regista! *
Ningiiem lhe quer acudir! Um pobre boi a chorar P o r saber que o vão matai\ E ninguém para o rem ir P o r uns cobres não gasta?:!
E di\-se a grande cidade «Centro de seres humanos»/ Ludíbrios, farças, enganos, Que a virente humanidade Pertence aos «vegetarianos»/
Mas não são só os bovidas Que ao prever a mór te choram^ Pois como elles, mais exoram Compaixão aos omnicidas Que feros. .. os apavoram!
E p o derd o bom Deus Que pune às atrocidades Gostar d 'es las ferida des? Não! porque os preceitos seiiS Prohibem tais crueldades1
E ‘ pena que o homem sejà Mais fero do que os felinos Que são menos assassinos, E que em seus crimes não veja A s obras. .. dos mais ferin o s!
I»ara a s f a m i l ia s d o s r e s e r v i s t a s .
Transporte . . . 8$460Carlos Antonio da Costa 300Dr. Gabriel R ibeiro... . U000Ernesto Lopes.............-. 100Bernardino Serrador.. . 100Carlos de Sousa Fortuna-
100Antonio Dourado........... 200
Som m a.. . 10&2U0
èlbííàiòí d llcvit.
RUDIMENTOS DE POLITICA E DE CIVISMOSer clerical: E’ querer o clero a dom inar a politica. È’ a politica exercida por Unia classe pouca propen
sa aò progresso.— C. A. Fernandes>
d c EÊriíO«A Mocidade» propriedade da
Academia de Estudos Livres, de Lisbôa, pliblicotí o retrato do nosso amigo João de Brito, habil professor de gymnastica da escola Marquez de Pomba), acompanhado de pslávras de inteira justiça, prestando lhe assim ju sta e merecida homenagem.
S£xt3&cção d e c a e sInformam nos de que o. «Sol*
a-Sol tambem se occupa da ex-
tineção de cães qiie sem açaime vagueiam pelas ruas da vilia.
E* urn trabalho de qne a humanidade muito aproveita e qUe não é ma! remunerado havendo vontade de trabalhar.
Ora o peior é se acontece ao «Sol-a-Sob o que aCohteeen a um célebre Mendes, o «Mata-cSes». qtie o nSo deixaram viver muito tempo peio officio, mettendo-o ha Penitenciaria!
A humanidade, quasi sempre, pagn mal a quem a serve bem!
A’s familias dos reservistas de esta villa chamados aos corpos péde-se que venham'ou mandem a esta redacção, até quarta feira, buscar o cartão qne lhes dá direito a receberem da subscri- pçâo n’este jornal aberta. A distribuição será feita na próxima quinta feira, n’esta redacção, até ao meio dia.
Quem quizér concorrér com alguma quantia póde ainda faze- lo até quarta feira.
19o tsypssMtSsíSo á aviação■E’-o-titulo d ’um livro de 100
páginas, ti-adúcção do sr. A. de Mello Loureiro. 'BecOmieendâmo-lo aos nossos leitores ‘pfjis o seu custo é apenás de 150 rérs.
Agradecemos o exemplar offo- recido.Mtsaíie! Taffleco
Negociante de gado suino, batata eitrsaecas ou em'caixas, adu> bos q u i m i c o s , carvão, palha e ce- reaes.
Quem pretender realisar 'algum negocio póde dirigir-se a Manuel Domingos Taneco, rua Manuel José Nepomuceno, proximo á es , taeâo dos C. de F .—Aldegeíiega..
Liquidátn-se contas todos os domingos das 10 da manhã ás 5 da tarde.«O .fcgí<;id«r»
Assiih se intitula tim bem Ve-- digido semanario anarquista que começou a publicar-se em Lisbôa. :
D -um artigo do sen n.° 2 ex- trahimos, para dar de presente aos republicanos d’està villa què entendiam deVer-se lárgaY fogo á urna pára não serem, na as sembléia eleitoral, lidas as listas com o nome d’um anarquista, o seguinte:
«Somos contra a restauração monárquica e contra a interven ção extrangeira, repetimos. Para as impedir estamos dispostos a lançar mão de 'todos os meios, de todos, absolutamente de todos. Assim como hontem dispèn- demos dinheiro, arriscámos a noâsa liberdade e jogámos a nos sa vida parâ derrubar a canalha briganíioa, assim tarr.bem i-remos hoje para a praçâ pública, com os mesmos revólveres, com as mesmas bombas e com os mesmos pu'nhaes de 4 e 5 de otitu bro. eliminar o primeiro monarca que ouse levantar n’este paiz iVm novo trono, ou destruir, em caso de intervenção extranlia e importuna, seni contemplações, não poupando museus de arte nem m-onumentos, destruir, radi calmente^ com a impetuosidade do niilista, tudo quanto possa aproveitar aos que queiram arro gar-se o direito de proteger e ci vilisar o povo "portuguez . . . »
E’ o qne se vê, senhores re- pubiiqneiros. Os anarquistas portuguezes têem sido e são os maiores amigos da Patria. Por elia dão tudo sem mais interesse qne o do bem estar geral da hu manidade.
l2f«s*iSía^«es Bsíeis«O Diario do Govêrno» d'hon-
tem publicava, entre outros os seguintes diplomas:
Fazendo a divizão do paiz em circulos escolares; estabelecendo que nos concelhos onde houver mais de quinze alumnos para
exame do 2.° g ra i, estes sè effe» ctuem nas respectivas sédes.Kxaiiises
Começam ámánhS e terminrftt depois no collegio Coude Ferreira os exames de :3.° grau ‘dos alumnos dos collegios d ’este coir- céílio.
Fizéraíh á semana passadà em Lisbôa exame de admissão -ii2.a classe AtVaro Mendes Moreira, Càrlo's AíFonsb Arahtcs Rribeiro e Diogo Julio Rodrigues de Mendonça, aprovados com 11 valores; Arthur -Ramo VasCOtr*. cellos è Joaquim 'Sálazár Leitè, aprovados COm 10 valores.
Parabéns aos estudiosos rapa> zes e em especial aò seu iilustrô professor, nosso amigb Moreira de Sá.SJ csí<ã«?
Devido aos ultimOs àèoríteci- menteis na visinha -villa de Alcochete, o administrador d!aqnelle concelho que, segundo nos pare» ce, péca por tér urii coração grán* de, incômpátibilisou-se com o pO- vo, vendo-se :por isso abrigado à pedir uma. licença de 30 dias.
Sna e’x.a Coíiimetteu urn errf) crasso, desculpe nòs 'èsta 'nos"- sa franqueza. DeVia ter-se dem-i* tido e dHima 'vez.
O d’aqni que ao contrario «Is sua ex.a .parece não ter coração-, quanto mais mostra quefer aban* donar o logar mais se iticompá*tibilisa cOm o povo!
E ’ qne hoje o povó tamlietíi quer ser respeitado 'iios seus d ireitos.
E então?•lese m a is ^«*eí5frrão?!
Durante a 'semaha, em todos os pontos de cavaco e por vezes na rUâ se 'oifvia dizer: vO Domingo» tem dtias queíellas!
O facto das querellas, -isso nã» nos importava nada a nós, o qnò nos importava mais era a maneira como se articulava à palavra! Todos gaguejavam parecendo soletrar: qae, que, qííe, ré, é, é, <j .. . las.
Que diabo! qne mais qne^erEô de nós?!d is iro s tempos
Faz hoje annos qne foi executada n’uma fogueira em Inglaterra a corajoza protestante Anna Ascue com tres companheiros, por negar a traii s ubs tan ci açào-.
Eram outros tempos-!
O eouflicto de A ÍeocheteFelizmente, e como tudo mais.
que vier, está serenado o confli* cto dos descarregadores de carvão posto de pé pôr élenientos perturbadores qúe querem, naturalmente, lambisco paivante, que quer dizer: barril d agua ás cos-, tas e . . fronteira com elles.,Orâ. o coiceiro deve já efltar farto de intrujões não menos sabidos qne elle, e se se alugou ho intuito de se arranjai', decerto que não se desfaz agofia. do que. conseguiu: apanhar com as suas unhas aduncas. Quem, como o «Coisas», deitou agora a co rre rá procurado barril, já vai tarde. A fonte seceou.
No entretanto os aicochetenses dignos. dVste nome nãó quizeram deixar passar o embuste vomitado por a.cjtiella meia duzia de patifes invejosos nas redacções dos jornais da capital, e deliberaram reunir na sua associação para ali lavrarem o seu protesto. Fizeram muito bem.
— O nosso amigo Gastão .Rodrigues, illustre deputado por este círculo, a pedido de alguns socios da Associação dos Descarregadores de Carvão, fez ali uma conferencia ácerca dos acontecimentos passados, fazendo cora isso que os to imos serenassem. .
O D O M I N G O
Mais um acto de boa fé !...E ^ p iic a ç ô e s e c o n s id e r a n d o s i n d i s
p e n s á v e is .— M ais d o c u m e n to s f ie is , c o m p r o v a t iv o s C é s iu la g á d o r e s .—A c o m é d ia ta m b e m
m e ie q u e r e l la ?
Com á exposição dos documentos qúe se seguem-, termino n’es- te número a série da publicação dos mesmos, declarando ter-me afastado de muitos outros, para jiJo abusar da pacVefteiâ dos dignos leitores, Com especialidade (1’aqji'elles que mais de perto têem ■acompanhado as scenas trágicas, de que esta Comédia- tlíisna se acha revestida.
O 'cavalheiro que se encontra na berlinda, Senhor Antonio Luiz Ramos, podia debater-se com qualquer infelicidade, reparando-a y«r maneira airosa e condigna, ccfflo decerto faria qualquer cida- áSo coherente e criterioso, mas, desgraçadamente, não snccedeu assim. Nem teve obras, nem a- ceoes, Liem tão pouco palavras rímuúeradoras que pudessem al- liviaí o pesâimo acto que havia praticado!
Corno disse, vou concluir a sé rfè d’apresentação dos documentos esmagadores com teais estes, qtie muito honram quem os provocou-, a saber:
l e r i h l â oPedro José Bandeira, escrivão
do terceiro officio perante o juizo de Direito da Comarca de Aldegallega do Ribatejo, etc.
Certifico •..................................., . • . . . . • . . . . , . . . , . . .
Despacho de fls. 1:123--Passe precatorio para Os requerentes de folhas mil cento e doze, Dona Maria Antonia Caliado Ramos e tnanâo Antonio Luiz liamos, levantarem da Caixa Geral de Depositos a quantia de novecentos scíeata e tres mil e tresentos ré- is) e respectivos juros, visto o que consta do mappa a folhas no- Vtscvritas 'cirrcoeftta e seis e do t>?rmo de folhas mil cento e de- z/seto, julgado per sentença a h IhaS mi! cento e dezoito verso. NSo é devida contribuição alguma por.este levantamento. Aldegallega do Ribatejo, vinte e sete de Abril de mil oitocentos noven- tá e oito.—Penha Coutinho.
Certifico finalmente, tiãrrativa- inente que o precaturio ordenado 110 despacho supra foi entregue aos requerentes de folhaã mil conto e doze, Dona Maria Anto- tiiá dos Santos Callàdo Ramós e marido Antonio Luiz Ramos, em vinte e oito de Abril de mil oito- eeutos noventa e oito como se toostra pelo termo de folhas mil cento e vinte e seis, e esse pre- Cillorio foi averbado nos conheci Mentos de deposito respectivos, juntos a folhas oitocentas e noventa e novecéntas trinta e oito, dos referidos autos. O referido é vnftlade; e assim o certifico em iate dos referidos autos, aos quaes me reporto, em meu poder e cartorio.—-Aldegallega, vinte e oito de Junho de mi! oitocentos e
onze. E eu Pedro José Bandeira, escrivão, a subscrevi, rubriquei e assigno.
(a ) Pedro José Bandeira.Todo o cidadão que se presa
de modesto e escrupuloso e que cinge uma faixa, como symbolo e distinctivo d’um honroso cafgo público que desempenhe perante a sociedadade, dentro d^im regimen democrático, de justiça e de moralidade, como o nosso, deve, sem dúvida, proceder por maneira cautelosa e satisfatória, nos actos da sua vida particular, para que nunca pessoa alguma lhe possa beliscar, sequer, não só na sua carreira como funccionario, mas tambem na sna conducta corno cidadão. M as.. infelizmente, não succede assim na sua vida particular!
Imaginam-se qtierellas!Porquê? Commeti acaso algum
crime em recorrer á imprensa, nobre e sympathica instituição, para me defender d’um ataque imprevisto, com documentos ca- bais e aiithenticos, para ser jul gado perante o digno e altivo tribunal da opinião pública, esperando d’elle o seu veredictum consciente?
Parece-me que não incorri em crime algum.
Vim unicamente, como já disse, e repito, deixar aqui consignado o meu protesto de justa indignação. Não foi, não, o es- candalo que me impulsionou, mas sim a désafironta d’uma aggres- são pecuYiiaría, pr meditada e revestida da mais cruel intenção e requintada má fé!
Ameaça se assim com uma querella um cidadão humilde que se presa de sério e probo, e sem offens», procura stiavisâr o golpe dirigido intencionalmente, para ferir o patrimonio escasso de se us fiihos, golpe que, por felioida de, não atingiu a profundidade calculada, porque eníão seria de prejuizo em duplo?!
Ainda me devo considerar feliz em ter partido só uma perlia, porque a intenção e boa Vontade d aquelle cavalheiro era partir-me as duas!
Não se ameaça impunemente um cidâdão que tem diligenciado, durante a sua vida, conduzir-se ante a sociedade, como homem sério e condigno dos seus actos, como se fôra para ahi algum qui- dam, algum pária, algum vagabundo, algum mal intencionado, algum intrujão, etc. Tudo isto é para sentir e lamentar! Julgara, pois, aquelle cavalheiro vir intimidar n.e, por meio de querellas, para eu não mais falar sobre esta qtiestão desairosa? Provavelmente foi essa a sua idéia luminosa.
F . S . ( ' a i.lado .(C o n t nú ).
George. D. M. Lane, Orey Antunes & C.a, Garland Laidley & C.a, E. Pinto Basto & C.a, Sociedade Torlades e Varios outros estrangeiros.
Dizem nos que, estando tudo nas mãos dos extrangeiros, nós temos que nos curvar perante elles. Mas a benemérita Associação Commercial não poderia utilmente intervir no caso, a bem dos interesses do paiz, tanto mais que alguns desses agentes são socios d’ella?!>A Ic i d o in q u i l in a t o
Foi hontem publicada na folhâ official uma portaria dos srs. ministros da Justiça e das Finanças pela qual é fconcedido o prato de 40 dias para os contribuintes, que ainda o não fizeram, prestarem as declarações exigidas pelo artigo 5.° da referida lei.
Sobre este assunto já Foram dadas instfiicçÕes aos inspectores de finanças dos districtos.G regário €-ii8
Com fábrica de distillação na travessa do Lagar da Cera (na Pontinha'! offerece á sua númeró sa clientella, álém de aguardente bagaceira muito bôa de que sempre tem grande quantidade para venda, finissima aguardente de prova (30") para melhoramento dos vinhos, assim como aguardente anisada muito melhor que a chamada de Évora. Os preços sâo sempre inferiores âoS de qtialqUeí parte e as qualidades muito superiores.
67^0G0
10,3725ÒbfjoiJD
COMPANHIA FABRIL SINGER468 _______
P o r Soo réis semanaes se adquirem a? ceie* bres machinas S IN G E R para coser.
Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CP.L’Z, cobradof casa á d c o c M «& c .a e concessionário em Pnnu*
gal para a venda das ditas Machinas.Envia caíalogos a quem os desejar.
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c o r r e s p o n d e n c ia s
&arSEhos f-ivsasdcs. i fl.— A Associação dos Trabalhado res Rurais reuniu na noite de 8 do corrente e deliberou dar 1001 réis por dia á familia do reser vista Manuel Borralho, chamado a dar caca aos paivautes que na fronteira escouceiam contra a Republica Portugueza.
N’e»ta reunião procedeu-se á apresentação de contas relativas ao mez de junho verilicando- se haver um saldo a favor de 50^335 réis, pela seguinte fórma:
Em 30 de maio ficouem cofre. .......................
Despezas diversas durante 0 mez de junho.
Liquido.. .------------:-« a — ^ — * »
I IS f P1Vi
CoHfipaKÍsSas d e X a v e g a - e ã o .«A Vanguarda» d'honíem traz-
nos a seguinte noticia:«Tem sido bastante notado qne agentes em Lisbôa e Porto
das Companhias de Navegação extranfreiras que fazem escala por Lisbôa, não sejam os primeiros a desmentir, tanto junto d e lias como dos vapores, as malévolas e infatnissimas noticias telâ- graphicas e outras que a thalas; .saria e os inimigos da patria fa;
chegar i bordo d’aquelies
que se destinam aos nossos por tos. Eazemo-nos éco d’estes reparos, qtie nos parecera justissi- mo, tanto mais que esses agentes, que são extrangeiros, aqui ganham a sua vida e têem recebido dos portuguezes inequívocas provas de deferencia e de bom acolhimento sém 0 qne teriam que ir ganhar a vida para outras terras.
Os agentes dos vapores que tocam nos nossos portos, são, entre outros, os seguintes:
Henry Burnay & C .\ Ernesto
« § ALDEGALLEGA
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Anlonio Mordes da Cosia Jácome vem, p o r esle\ meio , tornar público o seu profundo reconhecimento1 e indelevel gratidão vara com a distincta filarmónica 1 ,° de Dezembro de Aldegallega, pela maneira assds pronta e desinteressada como accedeu ao seu convite, tnao< na noite de 2 do corrente, abrilhantar com alguns explendidos números do seu vastíssimo repertorio a festa de inauguração do seu prédio da rua M arlyr de Monljuich. onde está ins- tallado o «Hotel Republica». tomando a$$im unia lácitna que seria de lamentar se não fosse o valioso concurso da magnifica banda. A ’ digna direcção, ao seu liabil mestre, sr. Baltha- %ar Manuel Valente e a todos os distinctos executantes 0 seu sincero agradecimen-
\l0 'Aldegallega, 8 de julho' de ra 11.
JOSÉ SEQUEIRA JUNIOR, FILHO— co\í -m m m m tkimm
Esta casa encarrega-se de todas as obras c}Uô dizem respeito á sua arte* assim como concertos em pul- verisadores, garantindo-se o boiti acabamento e o material empregado. Encòntram-se tambem bocais, vidros* torcidas, rós para as formigas, raticida bi*ochas, pin- cíeiâj etc. Tudo por preços baratíssimos.
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Péde-se a fineza de nao fazerem installações sem que primeiro véjam os orçamentos deãta casa.
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L iv ro notabllissim o, livro indispensável a quantos desejam in stru ir sc e progred ir. T em os vivido em uma ignorancia quasi absoluta ácércti da nisto, ria das religiões. Chegam os a náo sabei a própria historia do Catolicismo que mais de perto nos interessa e agita. De modo que um liv ro , congluban- do a historia de to ios os >emp >s e em todos os os paizes, constitue um tra- balho que todos devem possuir, que t-.Uos devem ler e propagar ■■■■ o que representará um valioso ser - ço pre:-tado á a .isa d« instrucção ern P o rtugal. porque uma das mais nece- sarii.s tarefas da sciencia consisto hoje eaj reconstituir a bis tona U;s religiões.
Servindo se d s not .veis trabalhos oe Saio., áo Reinach. de B eufhn t, de H oílebecque e do Baião d O ib a cn , conseguiu k ib e ro de Carvalho confio- bar'em um só liv ro , por maneira clara, ioda essa historia, dividindo a obra em três partes, cuja enumeração basta pa-a lhe m ostrar a im portancia.
«A 'rigem das Religiões —'Religião e Mytologia Theoria .la Revelação prim itiva — O culto das plantas e d js animais — As metamorphoses O T o ts- mismo e as fábulas O sacrifício do I ótern O Sabbat I .iicizaçfO progres.* j s va da Humanidade - 4 Magia e a Sciencia O Fu tu ro das Religiões e a ne- tessidade de ihes estudar a historia— A Sciencia das Religiões r.áo só mstrue e euuca. mas iiberta tambem o espirito humano.
«Religiões Antigas e Religiões A ctuaes.»—-Religiões que existem actuai- mente— Religiões dos povos chamados seivagens Religiões de todos os po* vos antigos — Os seus ritos, os seus deuses, os seus sacrifícios— O s phenó- menos religiosos, as suas formas e a sua natureza— Logares sagrados Os templos -O s m ythos— Com o funcciona uma relig ião— Sacerdócio e Egrejaj — Estu d o histórico das Religiões.
«Çhrist< e o Christianism o.» A Judeia ao nascer Je su s- Quem foi Chris- to l-.xame da .-u,i d o u f in.i O s prim eiros séculos do C hristianism o— A in fluencia de fiatão C h risto áo foi o fundador do Chisrinnism o — Falsidade da actual re lk iã o christan— Os co n c ílio s —Costum es de Christo e da sua pretendida Egreja -G u e rra s entre C h ris tã o s -A tro c id a d e s praticadas pelo Christianism o— C rim es da E g re ja —A moral e b rista s, inim iga da V ide, do A m or e da Felicidade.
Com o se vê. por este sim ples enunciado dos seus capítulos, 8 <rHistor;í das Religiões é um liv ro notável e cuja leitura se im põe.
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