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ST@R TREK

VENTURE

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Star Trek® e todas as séries derivadas, assim como os personagens e material produzido, são marcas registradas da Paramount

Pictures, uma divisão da Viacom, com todos os seus direitos reservados. Este periódico está sendo disponibilizado livremente ao

público, e tem por finalidade apenas divulgar a série e compartilhar todo o conhecimento com as gerações futuras, sem fins lucrativos.

Editor Geral:MDaniel Landman

Revisores:Paulo Segalla

MDaniel Landman

Design Gráfico:Lionel Mota

Artigos, Matérias e Colunas:MDaniel Landman

Flori Antonio Tasca

José Benjamin M. Diniz Costa

Jeff Alfonsin

Fotos e Imagens:MDaniel Landman

NovaFrota/Fernando Perecin

Diversas Imagens foram retiradas de sites públicos da Internet e processadas para está publicação.

O ESP@ÇO...

@ FRONTEIR@ FIN@L !

Chegamos a nossa ultima edição de 2019,um ano muito interessante para os fãs deStar Trek no mundo, e especialmente noBrasil, com duas Convenções com atoresinternacionais e ainda o sucesso da CCXP.Nossa reportagem de capa é totalmentededicada ao evento que aconteceu em SãoPaulo em outubro, com a presença deConnor Trinneer (Trip) no Brasil, sendoescrita por mim, que estive presente,participando e fazendo a cobertura doevento com vídeos e fotos. Além de ConnorTrinneer, o evento contou mais uma vezcom a presença de Richard Arnold,consultor de Star Trek e assistente pessoalde Gene Roddenberry.

A coluna “Antenados” nos traz umantigo muito interessante e completosobre a Filosofia dos Klingons.Na seção “Tripula em Ação”, temosuma entrevista com nosso colaboradorZeca sobre inclusão no Universo dasSéries Star Trek.Na Coluna “Além dos Tricorders” umartigo em homenagem a RenéAuberjonois e sua importância paraStar Trek.Temos também a coluna “MercadoQuark” com reportagem sobre estátuase itens modelados e produzidos emimpressoras 3D.Vale a pena conferir!!

Almirante MDaniel Landman

TRIB

UNA QUARK

ANO 7 N°41 20191216

Reportagem de Capa ................................. 04

Tripula em Ação .......................................... 10

APP Trek ..................................................... 13

Coluna Antenados......................................... 14

Mercado Quark ........................................... 24

Além dos Tricorders ................................... 26

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STARCON F30: Connor Trinneerno Brasil Por Almirante MDaniel Landman

O Evento teve inicio com uma retrospectiva dastrês décadas de historia da NovaFrota, seguidode um bate-papo com convidados conduzidopor Luiz Navarro, sobre curiosidades,dificultardes e também as grandes vitórias queconseguir organizar importantes eventos comgrandes atores internacionais de Star Trek,entre eles Leonardo Nimoy, George Takei,Walter Koenig, Doug Jones e René Auberjonois,além de outras dezenas de eventos econvenções para os fãs de Star Trek.

O evento StarCon F30 “A Longa Jornada”, emSão Paulo, no Teatro Eva Wilma, foi acelebração de marco para o Grupo NovaFrota

(antigo fã-clube Frota Estelar Brasil) pelos 30anos de atuação do Grupo na divulgação doUniverso de Jornada nas Estrelas (Star Trek) emSão Paulo, e nesta comemoração não mediuesforços para trazer novamente um atorimportante ao Brasil, assim como fez ao longodestes 30 anos de grandes Convenções.

Foi a vez da NovaFrota trazer o ator Connor

Trinneer da Série Star Trek: Enterprise, queinterpretou magistralmente o ComandanteCharlie 'Trip' Tucker III, engenheiro chefe daprimeira nave estelar com capacidade de dobra5 da Frota Estelar.

Esta foi uma segunda edição de uma StarConeste ano, onde em fevereiro trouxe o ator DougJones da Série Star Trek Discovery, o eventoocorreu em outubro de 2019 na mesmo TeatroEva Wilma em São Paulo, local com boainfraestrutura e fácil acesso para comportar osfãs de Jornada nas Estrelas, seja no auditório ouna parte externa chamada de “Promenade”

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Na sequência os integrantes da banda PAD:

Marcos Klaine e Fábio Noogh ficaramencarregados de introduzir o grande painel como convidado principal, tocando ao vivo a versãoda música tema da Série Star Trek: Enterprise“Faith Of The Heart ”.

Painel Connor Trinneer:

Muito simpático, e parecendo estar muito feliz deestar no evento, Connor Trinneer sobe ao palcoprincipal da StarCon e logo quer tirar umagrande selfie com o auditório repleto de fãsbrasileiros animados com a possibilidade deestares junto a mais um ator internacional de

Jornada nas Estrelas no Brasil.

O painel principal foi uma grande entrevistaconduzida pelo jornalista Salvador Nogueira, dosite TrekBrasilis e membro da NovaFrota. Comuma série de perguntas em inglês, deixouConnor bem a vontade para falar sobre comodescobriu a talento de ator, sua carreira e oimportante papel do engenheiro chefe Charlie'trip' Tucker III da nave Enterprise NX-01 nasérie Star Trek Enterprise. O evento tevetradução simultânea via radio, o que ajudoumuito os fãs a participarem do painel.

Connor sempre desenvolvia respostas longas edetalhadas como quando estudou na Pacific

Lutheran University em Tacoma, Washington.Onde jogava futebol americano, até o dia emque uma amiga o incentivou a fazer um testepara ator, onde acabou trocando o futebol pelacarreira de ator.

Outra resposta interessante foi quando falou desua audição para o papel do Trip, pois tinhacerteza que não iria conseguir o papel, já quevários outros atores estavam nesses testes

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STARCON F30: Connor Trinneer no Brasil

Painel Stargate: Passado e Futuro.

Em homenagem ao trabalho de Connor Trinneerna franquia Stargate Atlantis, como o cientistarenegado Michael Kenmore, um dos vilões maisinteressantes de toda a saga, foi montadoespecialmente um painel para falar um poucodessa Série com a presença de Luiz Navarro,Paulo Gustavo Pereira e Fernando Afonso.

Cerimonial e Condecorações da Academiada Frota:

A Academia da Frota é uma atividade lúdicapara os sócios do Grupo NovaFrota, quepromove algumas pontuações a atividade deinterações entre os membros. Neste contexto,conforme a pontuação se distribuem um rankpor patentes, e justamente aproveitando oeventos, foi conduzida pelos amigos Israel Ficke Edson Santos uma cerimônia para entrega denovas patentes aos membros da Academia.

Eu, como sócio da NovaFrota e membro daAcademia, fui condecorado com a patente deAlferes no palco junto com diversos outros fás esócios. Caso se interessem em participar destaAcademia acessem o site do Grupo, associem-se e entre para a Academia, quem sabe nopróximo evento você leitor estará recebendotambém sua patente.

para o papel. Tudo era muito enigmático e eletinha apenas algumas páginas de um roteiro noqual basear seu desempenho, e a únicainformação era que o personagem era do suldos Estados Unidos. Após diversas audições, eum “porre de Tequila” no México com anamorada, acabou sendo confirmado no papel.

Os fãs puderam fazer as perguntas diretamentepara o Connor Trinneer, em inglês ou emportuguês, sempre ajudados pelo mediadorSalvador Nogueira. As perguntas foram diversascom respostas também elaboradas, ondeinclusive uma das perguntas deu a oportunidadede Connor falar do impacto dos acontecimentosdo dia “11 de setembro” na Série e em seusroteiros.

Resumindo, foi um painel muito proveitoso paraconhecer o ator e seus trabalhos como em“Stargate: Atlantis”, ou quando interpretou opresidente George W. Bush no filme “AmericanMade” (Feito na América), mas também aquelascuriosidades que todo fã de Star Trek quer sabersobre sua Série e como os atores olhavam paraseus personagens como o fato do Trip ter tidoum fim, quando da sua morte no final da Série, eos demais personagens não terem um final. Elecomo ator considerou normal a situação, adespeito da opinião contrária de muitos fãs.

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Encontros e Reencontros:

Eventos no porte da StarCon F30, com apresença de personalidades internacionais douniverso de Jornada nas Estrelas e FicçãoCientífica, atraem fãs de todo o país, e acabasendo um dia para encontros com aquelesamigos que só nos relacionados pela Internet.

Eventos proporcionam também a chance dereencontrar velhos amigos e fazer outros novos.Entre esses momentos, foi uma honra poderentrevistar algumas pessoas, gravando diversasentrevistas em vídeo para o canal da USSVenture, entre elas o amigo Heitor Teixeira doGrupo Star Trek Baixada Santista.

Painel: Enterprise – A Série raiz de Star Trek

Na sequência, iniciou o Painel sobre a SérieEnterprise, mediado pelo jornalista SalvadorNogueira, com a presença de Roberta Manaa(TrekBrasilis) e Marcelo Daniel Coelho (USSVenture) debatendo alguns pontos importantes epolêmicos sobre a Série Enterprise, e seu papelnas diversas Séries derivadas do Universo StarTrek, e logo após se seguiu uma conversa doPhilippe Maia, o dublador do ator ConnorTrinneer.

Trailers: ST: Picard e ST: Discovery

Uma das grandes surpresas foi poder assistir emprimeira mão junto com diversos fãs os novostrailers das Séries Star Trek Picard e Star TrekDiscovery (3ª Temporada), divulgados pela CBSnaquele mesmo dia. Onde após a exibição seseguiu um bate-papo com convidados sobre asperspectivas para as novas Séries. Existe umgrande diferencial emocional em você assistirum trailer em casa e junto com diversos fãs domesmo Universo, isso deixou todos muitoanimados.

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Estas pessoas, além de grandes fãs, dedicamseu tempo para informar, construir, divulgar epromover o Universo de Jornada nas Estrelas noBrasil em suas diferentes plataformas.

No canal do YouTube do Grupo USS Venture,temos três vídeos que mostram um pouco deConnor Trinneer no palco (com legendas), aparticipação do Grupo USS Venture, alémoutras entrevistas com fãs e momentosmarcantes do evento como um todo.

Fica aqui registrado também um agradecimentoespecial a todos que compõe o GrupoNovaFrota e sua incansável vontade de fazeracontecer estes grandes eventos durante esses30 anos de atividades. Parabéns a todos!!

A StarCon F30 deixará saudades, mas tambéma certeza, que com o sucesso dessa edição daconvenção internacional, a NovaFrota

continuará a alimentar a esperança dos fãsbrasileiros que nos próximos anos teremos umdia para nos reunir, conhecer um ator de StarTrek, e estarmos juntos para conversar sobreesta paixão que é o Universo Star Trek.

STARCON F30: Connor Trinneer no Brasil

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A Inclusão no Universo Star TrekPor José Benjamin Moreira Diniz Costa

Tripula em Ação

saber se é dia ou noite, consigo ter noções de onde estou, pra onde estou indo, se existe algumobstáculo ao meu redor, todavia, não significa que isso seja chamado de visão, apenas consigovisualizar, identificar o ambiente em que estou, seja ao ar livre ou em um ambiente fechado.ISTO POSTO, voltando a sua pergunta, conheci o Universo Star Trek ainda criança quando assisti poracaso um episódio de Jornada nas Estrelas, a Série Original, entretanto, por ser criança, não entendia,mas era a coisa mais legal do mundo! Sobretudo, por tratar-se de uma fantasia! Porém, não seguiacom frequência porque também haviam outras coisas que eu gostava, mas quando conseguia assistirum episódio parava tudo que eu estivesse fazendo!Quanto a minha necessidade especial, preciso de um programa leitor de tela para acessar umcomputador, ou um smartphone, para que eu possa navegar nos sites ligados à Star Trek e aosaplicativos de “streaming” para assistir os filmes e episódios da franquia, paralelo a isso, deveria haveruma áudio-descrição nos episódios e filmes para que pudesse saber o que está acontecendo e o queexiste em cada cena dos episódios e filmes da franquia.

TQ: Qual a importância da Internet, como achou nosso site e se sempre conseguiu acessar omaterial do Grupo USS Venture pelo site? qual o programa que usa?Preciso explicar outra coisa... nós cegos e/ou baixa visão, utilizamos recursos que chamamos“tecnologias assistivas”, são recursos que nos possibilitam ter acesso a todos os bens, produtos eserviços produzidos no país. programas leitores de telas são um dentre as inúmeras opções detecnologias existentes e seu uso é extremamente fundamental nesse processo de acessar a internet eoutras questões correlatas. Os programas leitores de tela transformam os caracteres da tela em sons edaí em palavras. Tudo que está em uma tela, desde que ela tenha sido construída em uma linguagemacessível, conforme o w3c, o leitor irá ler, portanto, no mundo em que vivemos onde a internet faz cada

Esta seção abre espaço para textos e entrevistas comnossos tripulantes e colaboradores que nos ajudam nodia-a-dia na divulgação do Universo Star Trek. E nestaedição, trazemos uma entrevista com nossocolaborador José Benjamin (Zeca) que sempre estáatendo às diversas notícias relacionadas a Star Trek enos ajuda com a divulgação rápida em nosso canaissociais. Vamos conhecer um pouco este nosso amigo.

TQ: Caro Zeca, nos conte como conheceu oUniverso Star Trek e qual a sua necessidadeespecial para visualizar este Universo?

Bom, devo explicar uma situação para que os leitoresda revista saibam o que eu vou falar aqui. sou pessoacom deficiência visual, sou cego devido a um glaucomae retinose pigmentar, no entanto, até meus 18 anosenxergava com auxílio de óculos de grau e daí vimperdendo a visão ao longo da vida. Hoje, prestes acompletar 50 anos estou CEGO, entretanto, consigo

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vez mais parte de nossas vidas, ela é muito importante para que possamos interagir com o resto domundo, em todos os seus aspectos.Quanto a minha navegação no site do grupo, estarei mentindo se disser que é fácil, todavia, consigosaber muita coisa que lá está, mas já tentei buscar umas coisas e também não consegui.Ah! como conheci o site? Bom, há alguns anos, navegando no Facebook procurando postagens sobreStar Trek, encontrei um cara de Curitiba, o Lucas Laines, que me adicionou no seu perfil. após algumtempo comentando e compartilhando suas postagens, um cara chamado Daniel coelho, que tambémencontrei e vinha compartilhando suas postagens, também me adicionou em seu perfil no Facebbok elogo em seguida no seu grupo! Kkkkk Bom, daí fiquei muito feliz porque estava começando umatrajetória no Universo Star Trek! Era quase que uma realização de um sonho, porque, ao longo daminha vida, vinha procurando notícias sobre Star Trek, daí um cara que eu nunca conversei, nem muitomenos vi na vida, me coloca no meio do universo Trek! Show!! Então ele me apresentou o site e o canalno YouTube e desde então tenho acompanhado tudo sobre Star Trek, inclusive, acabei conhecendotambém outros grupos como a NovaFrota BR que, diga-se de passagem, também passei a compartilhare acompanhar suas postagens no Facebook e vídeos no YouTube. Valeu almirante!! KKK

TQ: Como visualiza os episódios e imagina as novas naves?Bom, minha visão, bastante comprometida, me permitiu assistir até o fim de Star Trek Voyager lá pelaprimeira década desse século, passando pelos filmes, e as séries “The Next Generation” e “DeepSpace Nine”, no entanto, sem muitos detalhes, sempre perdendo cenas mais rápidas, um ou outrodetalhe de algum personagem, então pude saber como eram as naves, os personagens, os planetas,entretanto, as Séries Enterprise, a Série Animada e agora Discovery, JÁ ASSISTI SEM VISÃO, tomopor base as séries que assisti e daí vou construindo as cenas e as naves. Preciso dizer que as últimastemporadas das séries TNG, DS9, VOY,e os filmes a partir do “Genetarion” foram bem complicados deacompanhar.

TQ: Sei que tem comprados os modelos de naves da Eaglemoss, quanto eles são importantespara você tocar a visualizar as naves?Lembra que falei sobre construir as imagens, quando comecei a comprar as naves, pude saber comosão as principais naves da Série Discovery, a USS Discovery, a USS Shenzhou, e a USS Enterprise

Clássica (porém modificada), A USS Defiant de DS9,além da própria Estação DS9, além de todas as navesUSS Enterprise, ficou mais fácil de montar as cenas namemória, sobretudo, tocando nelas, lembro as formasgeométricas de quando enxergava, daí construo tudona cabeça. devo confessar que imaginar a Esfera e oCubo Borg não foi nenhum problema em imaginar!!

TQ: Qual a importância do material dublado paravocê? em detrimento do material apenaslegendado?Mesmo eu tendo facilidade em aprender idiomas, meuinglês não é avançado, consigo compreender algumacoisa, mas não é suficiente para acompanhar oandamento da história e não preciso dizer que as

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A Inclusão no Universo Star Trek (continuação)

Tripula em Ação

legendas são inúteis pra mim, então a dublagem é importante porque posso acompanhartranquilamente, já que no idioma original ficaria perdido nos diálogos e não saberia o que estáacontecendo.

TQ: Como você entende a diversidade e a inclusão de todos, presentes nos episódios de StarTrek?

Bem interessante! Com uma gama enorme de indivíduos com características totalmente distintas umdos outros, fazer a inclusão em uma sociedade em que existe uma diversidade completamenteheterogênea não é uma tarefa fácil, mas quando os agentes envolvidos nesse processo se unempara achar uma solução para que os problemas que possam aparecer, sejam os mínimos possíveis,Star Trek nos mostra que é possível fazer essa interatividade de toda essa diversidade em um filmefuncionar, fazer também na vida real pode ser possível.

TQ: Qual a mensagem final que gostaria de deixar para os fãs de Star Trek?

Daniel, deixar uma mensagem não é fácil, o que eu disser pode ser interpretado como uma utopia e,inclusive, circular por ideologias políticas, mas ir além do que Star Trek nos passa é um bom começo.Eu poderia falar aqui sobre ajudar os cegos a lutar por acessibilidade, no entanto, não estaria indo alémda mensagem de Star Trek devido a grande diversidade em que vivemos, todavia, posso falar sobreprestarmos atenção no que estamos fazendo e iremos fazer, sobretudo, porque isso irá impactarpositivamente não somente nosso presente, como também nosso futuro e aí lembro o que falei antes:irmos além da mensagem que Star Trek nos passa ser um bom começo!

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INSTALAÇÃO

Sem nenhuma dificuldade este app é facilmente achado no Google Play na pesquisa ou diretamente noEndereço: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.tavleen.startrekbattery&hl=pt

DESINSTAÇÃOBasta ir na tela de configuração dos aplicativos no seu telefone, achar este aplicativo na relação e desinstalá-lo.

DETALHEO Widget de bateria com o Star Trek Animation representa o nível da bateria do seu smartphone e exibe imagens de alerta animadas, dependendo do nível da bateria.(Alerta vermelho para nível inferior a 20%, alerta amarelo para o nível entre 20% e 50%, alerta verde para o nível acima de 50% e alerta azul quando o status da bateria estiver sendo carregado).O aplicativo também inclui uma atividade que informa sobre os seguintes detalhes de sua bateria: nível de bateria restante, status, tensão, saúde, tecnologia e temperatura da bateria.Para exibir o widget na tela inicial, arraste o widget do menu do widget.

AppTrek

AppTrek - Aplicativos Star Trek

Star Trek Animated Battery WidgetMonitorar a carga a bateria do smartfone ficou mais Star Trek...

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A FILOSOFIA DOS KLINGONS

A relevância de Kahless ao longo do tempopode ser vista em “The sword of Kahless”,episódio da série Deep Space Nine.

Trata-se de uma sociedade que mantevebastante presente a noção de honra e tradição,reforçando-a mediante seu caráter “guerreiro”,que se tornou um dos aspectos relevantes doseu modo de vida. De fato, aos poucos a castaguerreira dos Klingons se destacou tanto que assuas características passaram a ser atribuídasaos Klingons em geral, conhecidos a partir deentão como uma “raça guerreira”, conceito quepode ser observado em episódios como “Brokenbow” e “Judgment”, ambos da série Enterprise.

Os Klingons são uma das raças alienígenasmais conhecidas no universo de Star Trek.Originários do planeta Qo’noS (Kronos), osKlingons desenvolveram uma avançada culturaque, ao conseguir chegar ao espaço, iniciou umprocesso de expansão que resultaria em umverdadeiro império. As conquistas desse impériosão resultado de uma mentalidadeeminentemente guerreira. Os Klingons sedestacam pelo grande valor que dão à honra eao combate, mantendo uma cultura rígida eagressiva que os tornou uma das potências dagaláxia, donos de um poderio militar que ésempre respeitado e temido. As ações e ocomportamento dos Klingons estão baseadosem um sistema filosófico que está entre os maiscuriosos e fascinantes de toda a série.

UMA FILOSOFIA DE GUERRA

A tradição guerreira dos Klingons tem origem emseus próprios mitos fundadores. Kahless, oInesquecível, foi o responsável por unificar opovo Klingon depois de matar o tirano Molor.Seus vários feitos heróicos foram reverenciadospela sociedade Klingon de tal modo que Kahlessse tornou quase uma espécie de Deus para eles.Muitos aspectos da sociedade e da cultura localpassaram a levar em conta a vida de Kahless,sua honra, seu heroísmo e sua coragem.

Por Flori Antonio Tasca

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Nota-se, portanto, que a filosofia guerreira estáimpregnada de tal forma no modo de vida dosKlingons que não conseguir se adequar a ela émotivo suficiente para acabar com a própriaexistência. Ser Klingon é ser guerreiro e quemnão conseguir seguir essa orientação nãomerece viver. Romper com os ritos e tradiçõesda sociedade constitui uma grave ofensa que édificilmente esquecida, trazendo vergonha aoseu autor por várias gerações.

A sua cultura guerreira fez com que setornassem uma das potências da galáxia. Elesacreditam que apenas pela expansão violentairão sobreviver. Adotam sempre o conflito, emvez da diplomacia. É como diz um provérbioKlingon: “Escolha lutar, e não negociar”(WEATHER, 2018).

Os Klingons podem lutar por qualquer motivo,mas normalmente o fazem quando a sua honraestá em jogo. Comportamentos vistos comosuspeitos, como pessoas sussurrando, podemdespertar os seus instintos guerreiros. É pormeio também do confronto que eles resolvem asinjustiças, os crimes, ou mesmo as diferenças deopinião (MEMORY-BETA, s.d.). A tendênciadeles é nunca fugir de um combate, o que seriavisto como covardia e, por isso, afetaria a suahonra, que eles valorizam muito.

Um Klingon incapaz de lutar e viver comoguerreiro deve se suicidar por meio de um ritualconhecido como hegh’bat (episódio “Ethics”, dasérie A Nova Geração).

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A FILOSOFIA DOS KLINGONS (continuação)É fundamental também que o guerreiro nãoabandone os seus amigos nos conflitos. Hávários preceitos “morais” para o guerreiro, que,se os ignora, atrai sobre si a vergonha, e não ahonra da vitória. Ao longo do tempo, essasnoções podem ter sido distorcidas e nãocumpridas pelos Klingons. É significativo, porexemplo, que na série Discovery os Klingonsfaçam uso de subterfúgios como a traição, algonormalmente visto como desonroso(SEPÚLVEDA, 2019). Entretanto, a noção dehonra não foi esquecida.

As vitórias dos Klingons são celebradas comgrandes festas, mas até as derrotas podem serlembradas através de canções e histórias –para eles, afinal, não é vergonhoso perder paraum inimigo superior, pois a própria experiênciada batalha pode ser quase tão importantequanto a vitória.

O rigor e a disciplina com que os Klingonsconduzem as suas vidas podem ser observadospelo direito que um militar subordinado tem dematar o seu superior imediato e tomar o seulugar, desde que haja um motivo consideradojusto para isso (como covardia ou negligênciano cumprimento do dever).

Entre os Klingons também existe o que podeser entendido como o “direito à vingança”, pormeio do qual qualquer pessoa pode entrar emduelo contra quem tenha matadodesonradamente um familiar. Nesse caso, umKlingon pode se colocar em batalha contraliteralmente qualquer um, inclusive as suaslideranças políticas, como se observa em“Reunion”, da “Nova Geração”. Isso revela oquanto a honra e a reputação sãodeterminantes entre eles. Se alguém teve umamorte honrada, por sua vez, não precisaráser vingado.

UMA ÉTICA DE GUERRA

Evidentemente, a fim de que os membros dessaraça não se destruam mutuamente, e com issoacabem com toda a sociedade Klingon, épreciso seguir determinada ética da guerra,emulada também a partir dos feitos de Kahless.Guerreiros são orientados a lutar não por simesmos, mas por suas famílias e casas. Osataques precisam se dar de forma aberta, ouseja, um Klingon não pode se valer de umveneno ou de um assassino para liquidar o seuinimigo, atitudes vistas como desonrosas. Nãocombatentes e partes neutras não podem seratacados, sendo digno de nota o valor dado àpalavra empenhada, pois os Klingons precisamse manter fieis ao que disseram. Eles devemlealdade primeiro às suas famílias e casas e sóentão ao império (MEMORY-BETA, s. d).

Mesmo assim, com frequência desavenças entreeles são levadas até a morte por motivos fúteis.De toda forma, não se trata de um “vale-tudo”nessas disputas, uma vez que a filosofia dosKlingons sustenta que há comportamentosconsiderados nobres e outros não durante umcombate.

Atacar os mais fracos, por exemplo, não trazhonra nenhuma ao guerreiro.

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chegue ao Sto-vo-kor. Essas questões podemser observadas em episódios de Deep SpaceNine como “Children of time” e “Image in sand”.Há certas diferenças nos ritos fúnebres, secompararmos o que se vê nas séries A NovaGeração e Discovery, mas não em relação aodestino dos mortos. Uma vez chegando ao Sto-vo-kor, o Klingon honrado tomará parte em umaeterna e gloriosa batalha contra grandesinimigos, entremeada por festas grandiosascom canções e histórias de batalhas (vide“Barge of the dead”, episódio da série Voyager).Convenhamos, não poderia haver um destinomelhor para um povo que é tão devotado àprática e à cultura da guerra.

UM BOM DIA PARA MORRER

Uma sociedade voltada ao confronto,claramente, é integrada por indivíduos que nãotêm (ou não deveriam ter) medo de morrer. Aocontrário, os Klingons têm como esperançamorrer no cumprimento do seu dever e servindoao Império. A morte gloriosa é até uma meta, oque faz lembrar a célebre frase Klingon: “hoje é

um bom dia para morrer”! Para eles, no entanto,a morte não é o fim da vida. Eles têm as suascrenças sobre a vida após a morte e éinteressante observar como o “paraíso” quealmejam está diretamente ligado ao modo devida que escolheram para si.

Os Klingon endossam a idéia de que não háganho sem dor e isso vale também para definir odestino de um indivíduo após a morte. Acredita-se que os mortos honrados servirão a Kahlessem um local conhecido como Sto-vo-kor. Para láirão os que morrerem em batalha ou praticandoum ato considerado heróico. Os parentes de umKlingon morto também podem fazer um grandeato em honra dele afim de assegurar que ele

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A FILOSOFIA DOS KLINGONS (continuação)Os Klingons não acreditam em algum tipo de“predestinação”, o que, em verdade, atéinutilizaria os seus esforços de guerra, masaparentemente podem acreditar em algum tipode “sorte”, pelo que se infere dos episódios“Rules of Engagement” e “Tears of theProphets”, de Deep Space Nine.

SEM CONTRADIÇÕES E SEM LUXO

É interessante observar que a mentalidade dosKlingons não considera as ambiguidades econtradições da realidade ao seu redor. Paraeles, ou algo é bom ou é ruim, sem meio-termo.De certa forma, a violência empreendida poreles pode ser vista como uma maneira de sedefender da complexidade da realidade. Seexistirem apenas dois lados, é mais fácil seposicionar e se defender. Uma cultura voltadatão fortemente ao emprego do confronto, naverdade, só pode se sustentar se foremafastadas todas as contradições que, seanalisadas atentamente, tornariaminjustificáveis as práticas violentas. O ladopositivo dessa mentalidade é a sua sinceridadee clareza de propósitos.

Trata-se também de uma sociedadeextremamente utilitarista, que apenas consegueconceber aquilo que tenha um objetivo

Também há um destino reservado aos Klingons“desonrados”: eles ficarão presos em Gre’thor,um deserto árido guardado por Fek’lhr, que podeser entendido como o “diabo” dos Klingons.Antes de chegar lá, porém, eles precisam entrarem uma barcaça (que dá nome ao citadoepisódio da série Voyager) conduzida em meio auma série de perigos até o seu destino final emGre’thor. Não é realmente algo que um Klingonqueira após a morte.

Pode-se notar semelhanças entre o modo comoos Klingons encaram o fim da vida e aquilo queas crenças religiosas preconizam aqui na Terra.Afinal, há um destino positivo para os que secomportam de maneira adequada e outrobastante negativo para os que fogem dessepadrão. A diferença está justamente na filosofiados Klingons, pois o destino positivo não é dadoaos que mais praticam a bondade ou a caridade,por exemplo, mas sim aos que se comportam deforma mais honrada e heróica durante asbatalhas que eles tanto valorizam em vida.Igualmente a “intercessão” dos parentes paraque os seus mortos possam chegar lá, encontracorrespondentes aqui na Terra. O que sepercebe é que o modelo de vida após a morte deuma sociedade está diretamente relacionadocom aquilo que ela valoriza no seu tempo devida.

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OS KLINGONS E OS SAMURAIS

Embora não exista nenhuma sociedade terrenaque reproduza fielmente o modo de vida dosKlingons, é possível fazer alguns paralelos. Acivilização Klingon guarda muitas semelhançascom antigo sistema feudal japonês(LANDMANN, s.d.). Afinal, da mesma forma queos Klingons, os samurais existentes naqueleperíodo eram, além de guerreiros, seguidoresde um rígido código moral no qual o conceito dehonra tinha a primazia.

A origem dos samurais remonta ao século IVantes de Cristo, época em que foram formadas“elites guerreiras” para defender clãs esenhores feudais. A ascensão dos samuraiscomo classe social, no entanto, só começariano século XII, quando comandantes militares(“xoguns”) passaram a governar sobre o Japão(MUSARRA, 2010). Os samurais ultrapassaramos limites dos feudos e se tornaram uma castaque atuava em favor da alta nobreza do país.Deles se esperava que estivessem sempreprontos para o combate e lutassem até a morte,se necessário, para salvar a propriedade doSenhor.

Assim como os Klingons, esses guerreiros nãoviam a morte como uma ameaça. No “Bushidô”,o código do samurai, está dito logo na aberturaque “A primeira preocupação de quem pretendetornar-se guerreiro é ter a morte semprepresente no seu espírito, dia e noite, desde amanhã do primeiro dia do ano até à noite doAno-Novo” (MUSARRA, 2010).

Essa preocupação com a morte não significa odesejo de buscá-la, e sim ter em mente que elaé um resultado previsto para o guerreiro, quepor isso deve estar atento para que elaaconteça de forma honrada. Não agir demaneira honrada é, também para o samurai,motivo suficiente para que um guerreiro

prático específico. Assim sendo, eles não“desperdiçam” o tempo com meras brincadeirasou algo do tipo “futilidades”. Os própriostreinamentos de combate envolvem algumperigo real, pois, se não houvesse nenhum tipode ameaça, não haveria propósito nisso.

Também a arte, existente por meio das canções,atende a um propósito bem específico, qual seja,o de contar os feitos dos guerreiros nasbatalhas. Não é também uma sociedade queconsidere o conforto e o luxo. A tendência dosKlingons é menosprezar o que não tenhapropósito visível e imediato.

A constância de valores como a honra e guerraao longo do tempo entre os Klingons sugere aexistência de uma filosofia bastante imbuída,difundida e aceita pela coletividade. Ao longodos séculos, os Klingons procuraram fortaleceros seus ritos e manter as suas tradições, alémde considerar como desonrados todos aquelesque os desobedecessem ou deles sedesviassem.

Por ser uma sociedade intrinsecamente violenta,não há espaço e nem tolerância para sequestionar o próprio modo de vida dos Klingons.

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A FILOSOFIA DOS KLINGONS (continuação)OS KLINGONS E A FILOSOFIA INDIANA

É possível também fazer paralelos com afilosofia indiana, sobretudo a que emerge daleitura do “Bhagavad Gita”, que integra o“Mahabharata”, um dos épicos clássicos daÍndia. Nele, ocorre um diálogo entre a divindadeKrishna e o herói Arjuna, o qual se mostrahesitante em cumprir o seu papel comoguerreiro. O que Krishna faz é demonstrar aArjuna a pertinência e a necessidade da guerrapara a organização da sociedade, além dedemonstrar a ele que o seu não envolvimentofaria com que perdesse a sua reputação – ouseja, também aí se percebe a honra associadaa uma prática guerreira.

A divindade sustenta que a guerra é necessáriae a medida correta a se tomar para garantir oequilíbrio da sociedade e eliminar os riscos aobem-estar da população. Ao guerreiro cabe lutar

cometa suicídio – no caso, por meio do“harakiri”, em que ele corta o ventre com a suaprópria espada. É inadmissível perder a honra.

A classe dos samurais acabaria extinta no Japãona segunda metade do século XIX, quando opróprio uso de espadas havia sido proibido, maseles continuam a povoar o imaginário daspessoas, inclusive no ocidente, sendo ressaltadoo seu estilo de vida que aliava “condutairrepreensível, árduo treinamento eaperfeiçoamento constante” (MUSARRA, 2019).

Pode-se citar, entre as semelhanças com osKlingons, o fato de os samurais não sepreocuparem com conforto ou luxo. Embora ossamurais aliassem à sua filosofia princípios deorigem mística, como os do confucionismo (oque não acontece com os Klingons), percebe-sea existência de valores em comum entre essasduas formas de pensar e agir em relação à vida.

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A maior glória que poderia haver para umsoldado espartano era a mesma de um Klingon,ou seja, a de tombar na linha de frente,morrendo ao lado de seus companheiros – erao que se entendia por “morte bela”. Os soldadosespartanos preferiam uma morte gloriosa a umavida longa e pacífica. Eles inclusive buscavam orisco e evitavam as funções que pouco trariamperigo. Também para eles, afinal, havia “umbom dia para morrer”.

Mas, ao contrário dos Klingons, os espartanosnão acreditavam em uma vida após a morte,então a chance que tinham para eternizar assuas vidas era, realmente, produzir um feito deguerra heróico, algo que seria celebrado pormuito tempo em poemas épicos. A leituradesses poemas tinha função semelhante à dascanções dos Klingons, ou seja, a preservaçãoda memória de combates passados, com seusfeitos e momentos de glória.

Em suma, os espartanos eram voltados a umacultura de combate e tinham em conta virtudesguerreiras, constituindo, portanto, a sociedadeda Terra que mais se assemelha à filosofiaadotada pelos Klingons em Star Trek.

inclusive na mais extrema das circunstâncias, oque inclui ter parentes e mestres do outro lado,como no caso de Arjuna. Protelar a decisão delutar traria sérias consequências para o guerreiroe para a própria organização da sociedade(BRAATZ, 2018).

A exemplo do que acontece no mundo dosKlingons, também se defende no Bhagavad Gitaque morrer no campo de batalha é uma grandehonra. A morte, também ali, não pode ser vistacomo empecilho ao guerreiro para ocumprimento do seu dever. Arriscar a própriavida é sinal de bravura, mas também Krishnapromete recompensas e realizações “no além”,embora nada que se compare à “batalhapermanente” prometida aos Klingons.

É que, apesar dessas aproximações possíveiscom a filosofia Klingon, deve se ter em contaque o “Bhagavad Gita” sugere não é a adoraçãoda guerra, mas a sua necessidade em certascircunstâncias, quando o guerreiro deve secomportar de maneira condizente com aquiloque se espera dele.

OS KLINGONS E OS ESPARTANOS

Quem leva a fama de “cultuar” a guerra, entre associedades humanas do passado, são osespartanos. A imagem que temos de cidades daGrécia Antiga é que Atenas foi o berço dademocracia, enquanto Esparta vivia sob umregime totalitário, cuja única preocupação era aguerra (LOPES, 2016) – eles se aproximariamassim dos Klingons, que organizam as suasvidas em função das guerras, essenciais à suasobrevivência e expansão. Existe um tanto de“mito” na visão que se tem sobre Esparta, pois jáhavia ali algo próximo à democracia, mas existiade fato uma cultura guerreira.

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muitos dos seus valores são dignos deadmiração.

Obviamente há muito mais a dizer sobre osKlingons no amplo contexto de Star Trek, emespecial aspectos “históricos”, como aunificação das “24 casas” em conflito, expostano primeiro episódio da série Discovery, bemassim toda odisseia bélica subsequente até apaz celebrada com a Federação Unida dePlanetas e própria integração do ImpérioKlingon a ela. Mas a opção, agora, foi estaligeira digressão acerca de aspectos filosóficosda cultura Klingon, ao final da qual calha bemdeixar aos leitores efusivos votos de QAPLA’.

REFERÊNCIAS:BRAATZ, João Gomes. O Bhagavad Gita como fontede estudo da filosofia guerreira indiana. RevistaDiscente Ofícios de Clio, Pelotas, vol. 3, nº 05.

LANDMAN, MDaniel. Os Klingons. Tribuna Quark.

LOPES, Reinaldo José. Cidade da Grécia: a outraEsparta. Superinteressante, São Paulo,

MEMORY-ALPHA. Enciclopédia sobre Star Trek,

MEMORY-BETA. Enciclopédia não canônica sobreStar Trek,

MUSARRA, Fabíola. Samurais – Os guerreiros dahonra. Revista Planeta,

SEPÚLVEDA, Bruno. Star Trek: Discovery. Todas asmudanças feitas aos Klingons. Feededigno, Acessoem: 13 nov. 2019.

WEATHER, Samantha. Destacando alguns provérbiosKlingon. Metereópole, Acesso em: 13 nov. 2019.

Atualmente, a maioria das sociedades preserva,em alguma medida, a imagem de heroísmo doscombatentes que arriscam a sua vida em prol dedeterminada causa, mas não se trata de“sociedades guerreiras”, e sim sociedades “comguerreiros”, que não vivem em função da guerrae, inclusive, procuram evitá-la. Politicamente, atése critica que os Estados Unidos estejamvivendo em uma “guerra permanente”, mas semdúvida essa não é uma característica a seratribuída a toda a sociedade americana. OsKlingons, ao contrário, são uma raça compostapor guerreiros. Existem também gruposterroristas que vivem em função de combates,mas esses claramente não obedecem aospreceitos morais que orientam os Klingons.

Como acontece com outras raças do universo deStar Trek, os Klingons levam ao extremoalgumas tendências que até podem serobservadas na Terra, mas atenuadas. E, aindaque a filosofia que justifica o comportamento dosKlingons não seja o que hoje consideramos“ideal” para a humanidade, é fora de dúvida que

Artigo por: FLORI ANTONIO [email protected]

Graduado em Filosofia pela Universidade do Sulde Santa Catarina. Doutor em Direito das RelaçõesSociais pela Universidade Federal do Paraná.Membro Honorário da Força Aérea Brasileira – FAB.

A FILOSOFIA DOS KLINGONS (continuação)

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Mercado 3D!!! Que Tal uma Estátua em 3D ?

A Seção Mercado Quark continua em sua missão dedivulgar o mercado dos itens do Universo Star Trekproduzidos por fãs, e nesta edição... Trazemos umanovidade do novo mundo digital... as esculturas e itensproduzidos em impressoras 3D. Entramos em contatocom Rafael Melo Pedreira, que estava expondo seustrabalho no Promenade da StarCon F30, para conhecereste Universo da modelagem 3D.

TQ: Como Aprendeu e desenvolveu suas técnicaspara modelar em 3D e trabalhar com a impressora3D?

Tive o primeiro contato com impressão 3D em meados de2006, posteriormente eu fui dar aulas no SENAI e dentroda escola de informática eu fiquei como responsável deum FabLab dentro da unidade escolar, assim meucontato com impressão 3D e desenvolvimento com atecnologia foi mais intenso ainda e desde 2010 não pareimais de mexer com isso, lá tive a oportunidade deaprender sobre Arduíno e robótica, desenvolvimento eprototipação, como modelar e fatiar um arquivo 3D ecomo podemos desenvolver algo do gênero de impressão3D, sou entusiasta da tecnologia 3D e adoro demais tudoque pode ser feito pela mesma.

TQ: Quanto tempo leva? Qual o material?

O processo de impressão se dá em 3 etapas, amodelagem, que seria a concepção do arquivo digital domodelo que você quer imprimir no final, como modelarem argila que todos nós já fizemos na escola, só que nocomputador, depois vem o fatiamento onde um softwarevai fatiar em diversas camadas do que vocêanteriormente modelou e transformar a impressãopossível e assim por fim após configurar o fatiamentovem a impressão por si só que transforma o que vocêmodelou em real e palpável .... o que é loco demais !!!!

Normalmente uma impressora 3D pode trabalhar comdiversos tipos de materiais, mas os mais comuns sãoABS, PTEG e PLA, estes três materiais fazem cerca de

95% de todos os meus trabalhos,principalmente os modelos de naves deque fiz da série Star Trek, normalmente otempo é um problema da impressão 3D,isso porque dependendo do modelochego a levar 2 a 3 dias para que eleesteja pronto para pintura e etc, ummodelo pequeno em média leva de 3 a 4horas para ficar pronto, um exemplo paraos leitores seria o seguinte, imagine aimpressão de uma USS Enterprise deuns 40 cm de comprimento e as demaismedidas proporcionais, pode levar emtorno de 8 a 12 horas para ficar pronta.

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TQ: Já elaborou quais tipos de objetos do UniversoStar Trek?

O universo da série é imenso mas já tive o privilégio demodelar todos os modelos da USS, modelos como aQueem Borg, Capitão Kirk mas por curiosidade o modelomais legal que fiz, e que deu mais trabalho, foi o “BorgCube” de 40cm de face a face com leds e todos osdetalhes de pintura, levou cerca de 30 dias e o resultadoficou demais.

TQ: Você produz objetos e estátuas 3D de outrasfranquias? Quais?

Já fiz modelos de outras séries e sou convidado paraimprimir bustos de exposições além de produzir peçaspara minha coleção pessoal, mas já produzimos peças ebustos do Spock em tamanho real, que aliás é a peçaque mais reproduzimos da série, já fizemos o DarthVader da série Star Wars, além de R2D2, e atualmenteestamos realizando a impressão e construção do BB8,novo robô da franquia Star Wars.

TQ: Quais os contatos para alguém que se interessoupelo seu trabalho possa fazer uma encomenda?

Nossos contatos para orçamento podem ser...por email - [email protected] Whats - (11) 99970-8399E por fim nosso instagran - @design_in_fill

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Mais uma Estrela no Céu de RoddPor Jeferson Alfonsin

Este incrível personagem estreou em Star Trek:Deep Space Nine em um formato até entãodiferente, pois, ao invés do que se estavaacostumado, a série se passa, em sua maiorparte do tempo, em uma Estação Espacial,diferente ao que se assistia de tripulaçõesviajando no espaço através de naves espaciais(na sua maioria das vezes a USS Enterprise).

Nem por isso as incríveis histórias do CapitãoBenjamim Sisko (interpretado por Avery Brooks)tentando administrar esta grande estação, antesCardassiana, não perdeu o encanto em grandeparte aos seus distintos e únicos integrantes.

E claro que Odo era um dos maiores destaques,com ótimas aparições deste personagem, quesempre atento, chefiava a segurança da estação,além de dar bons conselhos.

Nascido em 01/06/1940, René Auberjonois era deNova York, onde decidiu se tornar ator após semudar para Paris depois da Segunda Guerra.Esteve no Brasil recentemente em um grandiosoencontro de fãs ao qual irá deixar saudades! Aedição 37 de nossa Revista Tribuna Quark trouxedetalhes deste evento e vale a pena reler.

"Em épocas ruins, algumas pessoas encontram conforto

no medo e no ódio.”Como em uma de suas meticulosas einesquecíveis colocações (esta foi de Odopara Kira, no episódio "Image in the Sand" -T7E01), o nosso querido metamorfo, oumelhor dizendo, o amável e cavalheiro RenéAuberjonois, veio a falecer em 08/12/2019deixando uma legião de admiradores de seusensacional trabalho como veterano doteatro, TV e cinema, artista, diretor, dublador,narrador, pintor, fotógrafo e chef aos 79 anos.

Sem dúvida mais uma grande perda para ahumanidade e, especialmente, aos inúmerosfãs de Star Trek!

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