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Revista Técnico-Científica |Nº1|Abril 2008 EUTRO À TERRA “É com grande satisfação que se inicia com esta revista, a que sugestivamente se chama “Neutro à Terra”, a publicação de um conjunto de documentos de carácter técnico-científico relacionados com as Instalações Eléctricas. Profº Beleza Carvalho Eficiência Energética Pág. 2 Domótica Pág. 4 Segurança Pág. 7 Instalações Eléctricas Pág. 14 Telecomunicações Pág. 18 Instituto Superior de Engenharia do Porto Engenharia Electrotécnica Área de Máquinas e Instalações Eléctricas

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Page 1: EUTRO À TERRA - ipp.ptave.dee.isep.ipp.pt/~nt/NeutroATerra_N1_Abril2008.pdf · e projecto de instalações eléctricas. No artigo apresentado, além do enquadramento regulamentar,

Revista Técnico-Científica |Nº1|Abril 2008

EUTRO À TERRA

“É com grande satisfação que se inicia com estarevista, a que sugestivamente se chama “Neutro àTerra”, a publicação de um conjunto de documentosde carácter técnico-científico relacionados com asInstalações Eléctricas.” Profº Beleza Carvalho

Eficiência EnergéticaPág. 2

DomóticaPág. 4

SegurançaPág. 7

Instalações EléctricasPág. 14

TelecomunicaçõesPág. 18

Instituto Superior de Engenharia do Porto – Engenharia Electrotécnica – Área de Máquinas e Instalações Eléctricas

Page 2: EUTRO À TERRA - ipp.ptave.dee.isep.ipp.pt/~nt/NeutroATerra_N1_Abril2008.pdf · e projecto de instalações eléctricas. No artigo apresentado, além do enquadramento regulamentar,

EU

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RR

AÍNDICE

EDITORIAL

Profº José António Beleza Carvalho

ARTIGOS TÉCNICOS

A Domótica ao Serviço da SociedadeRoque Brandão - ISEP

|01

|04

A Concepção e Projecto de Instalações Eléctricas e o SistemaNacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interiorem EdifíciosLuís Castanheira - ISEP

|02

Sistemas Automáticos de Detecção de Incêndio – Projecto eExecuçãoAntónio Gomes - ISEP

|07

O Aquecimento dos Condutores na Situação de Curto-CircuitoHenrique Silva - ISEP

|14

Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios – O Estado daArteManuel Cunha – Portugal Telecom

|18

DIRECTOR: Profº Beleza Carvalho

COLABORADORES: Beleza Carvalho, Henrique Silva, Roque Brandão, LuísCastanheira, Sérgio Ramos, Manuel Cunha

PAGINAÇÃO E GRAFISMO: António Gomes

PROPRIEDADE: Área de Máquinas e Instalações EléctricasDepartamento de Engenharia ElectrotécnicaInstituto Superior de Engenharia do Porto

CONTACTOS: [email protected] ; [email protected]

FICHA TÉCNICA

DISTRIBUIÇÃO: Gratuita por email

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É com grande satisfação que se inicia com esta revista, a que sugestivamente se chama “Neutro à Terra”, a publicação de um

conjunto de documentos de carácter técnico-científico relacionados com as Instalações Eléctricas. Pretende-se com esta

publicação divulgar assuntos relativamente recentes neste sector da Engenharia Electrotécnica, tendo sempre a preocupação de

se fazer uma abordagem técnico-científica aos diferentes assuntos em causa. Por outro lado, sempre que os assuntos o

justifiquem, uma abordagem crítica, mas construtiva, de forma que esta publicação também possa ser vista como uma

referência, a considerar pelas entidades competentes em assuntos relacionados com as Instalações Eléctricas.

A “Neutro à Terra” é uma publicação da responsabilidade de um grupo de docentes e investigadores do Departamento de

Engenharia Electrotécnica do ISEP, que trabalham diariamente na área das Instalações Eléctricas, quer na leccionação de

disciplinas desta área de especialização, quer em actividades de projecto, ou em actividades de investigação. Neste contexto, a

“Neutro à Terra” destina-se a todos os profissionais deste sector, mas, fundamentalmente, aos engenheiros projectistas de

instalações eléctricas e aos alunos de cursos de engenharia electrotécnica, particularmente dos cursos da área dos sistemas de

energia.

Nesta primeira publicação, pode-se encontrar assuntos reconhecidamente importantes e actuais. O novo Sistema Nacional de

Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior em Edifícios (SCE), tem importantes consequências ao nível da concepção

e projecto de instalações eléctricas. No artigo apresentado, além do enquadramento regulamentar, refere-se o papel do técnico

electrotécnico no âmbito do assunto em causa.

Outro assunto de grande interesse apresentado nesta publicação, tem a ver com a importância da domótica na concepção das

instalações eléctricas. As exigências actuais em termos de conforto na utilização dos equipamentos eléctricos, aliado à

necessidade de uma utilização cada vez mais eficiente da energia eléctrica, obrigam à necessidade de edifícios “inteligentes”. A

domótica tem aqui um papel fundamental. No artigo apresentado aborda-se os principais sistemas disponíveis actualmente no

mercado.

Garantir a segurança das pessoas e dos bens, particularmente contra o risco de incêndio, é actualmente um factor incontornável

e, obrigatoriamente considerado, no âmbito da concepção e projecto das instalações eléctricas. Nesta publicação apresenta-se

um artigo que aborda aspectos técnicos e conceptuais, ao nível do projecto e da instalação de sistemas automáticos de

detecção de incêndios.

A necessidade do dimensionamento da protecção de canalizações eléctricas contra curto-circuitos, coloca-se sempre que há

necessidade de elaborar um projecto de instalações eléctricas. O assunto está enquadrado regulamentarmente nas Regras

Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão. No entanto, no âmbito de estudos de investigação nesta área da engenharia

electrotécnica, nem sempre este assunto é abordado com a profundidade desejável. Neste contexto, apresenta-se nesta

publicação um artigo sobre o aquecimento dos condutores na situação de curto-circuito.

Finalmente, mas não menos importante, apresenta-se um artigo sobre infra-estruturas de telecomunicações em edifícios. O

regulamento em vigor, publicado em 2005, tem suscitado várias dúvidas, sendo por vezes considerado algo ambíguo em

determinados pontos. O artigo apresentado faz o estado da arte sobre o assunto.

Esperando que esta primeira publicação da “Neutro à Terra” satisfaça as expectativas dos nossos leitores, sejam eles

especialistas, ou simplesmente pessoas interessadas nestes assuntos, apresento os meus cordiais cumprimentos.

Porto, Abril de 2008

José António Beleza Carvalho

EDITORIAL

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Luís CastanheiraInstituto Superior de Engenharia do Porto

O novo sistema nacional de certificação energética e da

qualidade do ar interior em edifícios (SCE), que decorre da

publicação dos DL, 78 a 80, de 4 de Abril de 2006, vêm impor

um novo enquadramento regulamentar para a utilização de

energia em edifícios no território nacional. Em particular

para o caso dos grandes edifícios de serviços e para aqueles,

de serviços ou residenciais, cujos sistemas de climatização ou

de aquecimento de águas sanitárias (AQS) tenham uma

potência superior a 25kw, o rsece-energia (DL 79/2006, de 4

de Abril), impõe indicadores de consumo específico máximo

a verificar, denominados de indicadores de eficiência

energética (IEE).

O IEE, em função do processo em causa, pode ser calculado a

partir dos consumos efectivos de energia de um edifício, ou

através de ferramentas de simulação, sendo em ambos os

casos calculado através da expressão 1:

Expressão 1 – Indicador de Eficiência Energética

Em que:

IEE Indicador de eficiência energética (kgep/m2.ano);

IEEI Indicador de eficiência energética de aquecimento

(kgep/m2.ano);

IEEV Indicador de eficiência energética de arrefecimento

(kgep/m2.ano);

Qout Consumo de energia não ligado aos processos de

aquecimento e arrefecimento (kgep/ano);

Ap Área útil de pavimento (m2);

Não sendo objecto deste artigo o detalhar das definições e

mecanismos de cálculo que estão por trás de cada um dos

parâmetros atrás referidos, o mesmo pretende sensibilizar

os diversos agentes que intervêm nos processos de

concepção e projecto de instalações eléctricas, para a

relevância da sua actividade no contexto do SCE, pela sua

influência no parâmetro Qout, na selecção e

dimensionamento de equipamento não afecto à função de

climatização.

De facto, a partir de agora, as preocupações com as medidas

de eficiência energética a este nível, podem determinar num

primeiro nível uma classificação de eficiência energética

diferente, ou até o eventual não cumprimento

regulamentar, pelo que o técnico electrotécnico tem uma

responsabilidade acrescida neste contexto.

Uma análise de sensibilidade detalhada, em face de

situações concretas, poderá auxiliar na determinação de

quais os sectores/tecnologias electrotécnicos de maior

impacto no IEE, mas certamente que entre estes de

encontrará o sector da iluminação.

Neste contexto, da análise da figura 1, retirada do anexo XV

do Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização

de Edifícios (RSECE), e que diz respeito aos padrões de

referência para a utilização dos edifícios (que neste caso é o

de um supermercado), a utilizar nas simulações para

determinação do IEE, esta tem como único elemento da

estrutura de consumos “em aberto”, precisamente o

consumo com os sistema de iluminação, situação que

acontece em todas as tipologias de edifícios previstas no

regulamento.

Desta forma, o papel do técnico electrotécnico pode fazer

toda a diferença em termos de colocar um edifício em

situação regulamentar, por via de uma acção de concepção e

projecto que considere a utilização de tecnologia mais

eficientes ao nível da iluminação. Sem a necessidade de

intervenções mais dogmáticas e inflexíveis, como as decisões

recentemente tomadas na Austrália e no Reino Unido, de se

banirem a curto prazo as lâmpadas incandescentes, o novo

A Concepção e Projecto de Instalações Eléctricas e o Sistema Nacionalde Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior em Edifícios

ARTIGO TÉCNICO

|02

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QIEEIEEIEE

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enquadramento legislativo para a Eficiência Energética e a

Qualidade do Ar Interior em Edifícios, comporta assim

elementos que contribuem para um projecto mais racional e

que tenha em linha de conta a sustentabilidade das opções.

Luís CastanheiraInstituto Superior de Engenharia do Porto

ARTIGO TÉCNICO

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Figura 1 - Padrões de referência de utilização dos edifícios - Supermercados

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Roque BrandãoInstituto Superior de Engenharia do Porto

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Introdução

Com a elevada evolução dos sistemas electrónicos e

computacionais, associados a tecnologias de comunicação

cada vez mais evoluídas, alcançou-se um novo domínio de

aplicação tecnológica que tem por objectivo satisfazer as

cada vez maiores necessidades de utilização racional da

energia e proporcionar uma maior sensação de conforto aos

utilizadores das instalações. Esta integração da electrónica

com as tecnologias de comunicação de dados está na base

de um conceito que começou a emergir no início dos anos 80

do século passado.

Esta conjugação das tecnologias aplicada a ambientes

residenciais, permite a realização de uma vasta gama de

aplicações de gestão local ou remota, a nível de segurança,

conforto, gestão de energia, etc.

Assim apareceu o conceito de DOMÓTICA.

Funções da domótica

As necessidades de dotar os edifícios com sistemas

centralizados de controlo puramente informáticos, em

detrimento dos tradicionais sistemas electromecânicos,

levaram a um maior controlo de certas funções, permitindo

assim uma maior funcionalidade das instalações e uma

optimização dos recursos energéticos.

Funções como o controlo da iluminação, permitindo ligar ou

desligar os aparelhos de iluminação automaticamente ou a

A Domótica ao Serviço da Sociedade

criação de cenários ou ainda a simulação da presença de

pessoas em casa, permitem diminuir os consumos de energia

e aumentar a protecção das habitações e bens. Outra das

funções mais vulgares de controlo é o da climatização dos

edifícios. A este nível, o controlo dos aparelhos de

condicionamento de ar traduzem-se em elevados ganhos em

termos de eficiência energética e de conforto.

Ainda a nível das funções de gestão é possível, através dos

sistemas domóticos, controlar estores e toldos, sistemas de

rega, controlar e monitorizar piscinas, etc..

A integração de sistemas de segurança é uma das funções

mais interessantes da domótica.

A possibilidade de ter sistemas de alarme de intrusão,

incêndio, inundação, fugas de gás e vigilância a interagir com

Figura 1 – Funcionalidades da Domótica

ARTIGO TÉCNICO

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Roque BrandãoInstituto Superior de Engenharia do Porto

ARTIGO TÉCNICO

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os sistemas de gestão de energia e com os sistemas de

comunicação permitem o aumento da eficiência destes

sistemas.

Sistemas domóticos

A grande diversidade de sistemas existentes, cada um com o

seu protocolo de comunicação, levou à existência de

problemas quanto à compatibilidade ao nível da integração

dos diversos sistemas. No entanto, desde os primeiros

sistemas domóticos até aos evoluídos sistemas dos dias de

hoje, esses problemas têm vindo a ser ultrapassados.

Os primeiros sistemas domóticos foram desenvolvidos nos

Estados Unidos da América (EUA), tendo depois disso sido

exportados para a Europa onde países como a França e a

Alemanha foram os grandes impulsionadores destes

sistemas.

Um dos primeiros sistemas a ser desenvolvido foi o “X-10”.

Desenvolvido pela Pico Electronics, foi um sistema com

muita aceitação nos EUA onde se estima existirem milhões

de casas equipadas com este tipo de domótica. A grande

vantagem deste sistema é a sua simplicidade de instalação.

Os equipamentos são ligados à rede de distribuição de

energia eléctrica da instalação e usam a referida rede para

comunicarem. Este sistema pode apresentar uma topologia

em anel, em estrela ou em árvore, o que permite uma

grande flexibilidade. Hoje em dia já existem módulos que se

podem incorporar e que permitem a recepção de sinais de

rádio frequência dando ainda uma maior flexibilidade ao

sistema.

Um outro sistema, desenvolvido na década de 90, foi o

LonWorks.

É um sistema de aplicação exclusiva para a industria e que

tenta solucionar os problemas de controlo existentes nesse

sector. Esta tecnologia permite a integração fácil e rápida da

rede dos dispositivos. Fazendo uso de uma cablagem

comum, é criada uma rede de dispositivos que podem

comunicar através da utilização de mensagens.

O sistema European Home System (EHS) foi desenvolvido na

Europa e tem como grande vantagem ser um sistema aberto,

permitindo assim que equipamentos de vários fabricantes

possam ser instalados, comunicando entre si, com uma taxa

de transmissão dependente do meio de transmissão

utilizado. Este sistema permite a utilização de diversos meios

físicos de transmissão tais como, a rede eléctrica ou o cabo

coaxial.

O sistema CEBus, desenvolvido nos Estados Unidos da

América, surgiu com o objectivo de solucionar problemas na

automação doméstica, nomeadamente resolver a

incompatibilidade de ligação entre dispositivos de diversos

fabricantes e da falta de um meio único de comunicação. O

CEBus cria uma rede lógica onde o emissor e receptor estão

colocados independentemente do meio de comunicação.

O sistema BatiBus, desenvolvido em França, foi o primeiro

sistema de comunicação bus a ser desenvolvido. Usando um

bus único, permite a ligação de diversos módulos. O bus é

realizado através de um par entrelaçado, permitindo

alimentar directamente dispositivos que não tenham um

consumo superior a 3mA.

O sistema European Installation Bus (EIB) foi criado na

Europa com o objectivo desenvolver um sistema standard

europeu que possibilite a comunicação entre todos os

dispositivos existentes numa instalação. O EIB usa um bus

único de comunicação que permite uma comunicação

elemento a elemento. O bus de comunicação, onde são

ligados todos os sensores e actuadores, é independente do

bus de alimentação dos equipamentos. O EIB apresenta uma

grande flexibilidade e permite interligação de mais de 10000

dispositivos.

O sistema KONNEX (KNX), baseado na associação dos

sistemas BatiBus, EIB e EHS, surgiu com o objectivo de criar

um sistema internacional standard para a automação de

residências e edifícios.

Actualmente o KNX é o único sistema aberto a nível

mundial, utilizando um software de concepção, modificação

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e instalação único, o ETS. O EIB/KNX permite a utilização de

diversos meios físicos de comunicação. A comunicação pode

ser feita sobre o par de condutores (EIB.TP) ou usando a

power line (EIB.PL) ou fazendo uso da rede Ethernet (EIB.net)

ou transmitindo sinais por radiofrequência (EIB.RF) ou por

transmissão por infravermelhos (EIB.IR). A grande panóplia

de meios de comunicação entre equipamentos confere ao

sistema uma grande flexibilidade de utilização. Este é sem

dúvida o sistema com mais potencialidades e que mais tem

evoluído a nível mundial.

Conclusão

Neste artigo foram apresentadas, sumariamente, as funções

gerais de um sistema de domótica bem como uma descrição

de alguns dos sistemas mais importantes. Existem e

existiram no mercado outros sistemas que aqui não foram

referidos, mas que também contribuíram para o objectivo

final que é o de conseguir um sistema cada vez mais versátil,

que permita a utilização eficiente da energia, que faça uma

gestão técnica centralizada e que consiga elevar os níveis de

conforto e fiabilidade das instalações.

Fontes de Informação relevantes

Intelligent Buildings, Carter Myers, 1996, UpWord Publishing Inc.

Building Control Systems, Vaughn Bradshaw, John Wiley & Sons

La ingenieria en edificios de alta tecnologia, C.J. Díaz Olivares,

1999, McGraw Hill

www.acasainteligente.com

www.siemens.com

www.cebus.org

www.ehsa.com

www.eiba.com

www.konnex.org

http://engenium.wordpress.com/

Interruptores Detectores Sensores Botões de

pressão

bus EIB

bus de potência

Figura 2 – Arquitectura de uma Instalação EIB-KNX

Roque BrandãoInstituto Superior de Engenharia do Porto

ARTIGO TÉCNICO

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António GomesInstituto Superior de Engenharia do Porto

ARTIGO TÉCNICO

Enquadramento

Durante milhares de anos o fogo foi considerado um

fenómeno da natureza, sendo olhado como um mistério,

provocando medo, superstição e adoração.

O domínio do fogo por parte do homem permitiu a utilização

do mesmo para aquecimento, cozinhar e mesmo para sua

protecção.

Contudo, o fogo, grande elemento de evolução do homem, é

também, em potencial, um dos seus maiores inimigos.

Muitos são os fogos florestais e urbanos, que ocorrem

diariamente, provocando mortes e avultados prejuízos

materiais.

As causas principais dos incêndios são a deficiência nas

canalizações eléctricas, a má utilização de equipamentos

eléctricos, nomeadamente ferros, fogões, fornos e

aquecedores eléctricos, bem como a negligência na

utilização do fogo.

Os Sistemas Automáticos de Detecção de Incêndio (SADI) são

hoje encarados como fazendo (quase) obrigatoriamente

parte dos sistemas aplicados no sector da habitação,

serviços, comércio e indústria.

A instalação de um SADI torna-se, assim, fundamental como

elemento de garantia do bem-estar e da segurança das

pessoas, velando pela sua salvaguarda e dos seus bens.

Um SADI é uma instalação técnica capaz de registar um

Sistemas Automáticos de Detecção de Incêndio – Projecto e Execução

princípio de incêndio, sem a intervenção humana, transmitir

as informações correspondentes a uma central de sinalização

e comando (CDI - central de detecção de incêndios), dar o

alarme automaticamente, quer local e restrito, quer geral,

quer à distância (alerta) e accionar todos os comandos

(imediatos ou temporizados) necessários à segurança contra

incêndios dos ocupantes e do edifício onde está instalado:

fechar portas corta-fogo, parar elevadores, fechar registos

corta-fogo, comandar sistemas automáticos de extinção de

incêndios (SAEI), parar/ligar ventiladores, desligar energia

eléctrica, etc.

Para que um SADI consiga cumprir de uma forma eficaz a sua

missão é necessário que o projecto e a posterior execução

das instalações sejam realizados em conformidade com os

requisitos próprios da instalação.

O presente artigo pretende sistematizar a informação mais

relevante no âmbito do projecto e execução das instalações

de detecção automática de incêndio.

1 Central de Sinalização e Comando

Deve estar localizada de forma a que:

- As sinalizações e comandos estejam facilmente

acessíveis ao pessoal responsável do edifício e aos

bombeiros no caso de ser necessária a sua intervenção;

- O nível de ruído de fundo deve permitir a audição das

indicações sonoras;

- O meio ambiente seja limpo e seco;

- O risco de danos mecânicos para o equipamento seja

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baixo;

- O risco de incêndio seja baixo e a zona protegida com

pelo menos um detector, integrada no sistema;

- A iluminação ambiente permita que etiquetas e

indicações visuais sejam facilmente visíveis e legíveis.

2 Painéis Repetidores de Comando e de Sinalização

São utilizados quando o edifício tiver mais do que uma

entrada principal, quando houver possibilidade dos

responsáveis pela segurança poderem estar longe da central

e quando a distância entre a CDI e o elemento mais distante

for considerável.

3 Botões Manuais de Alarme

Devem encontra-se claramente visíveis e identificáveis e ser

posicionados de forma que possam ser fácil e rapidamente

accionados por qualquer pessoa que detecte um princípio de

incêndio.

Devem estar devidamente sinalizados e em locais em que

não sejam ocultados por quaisquer elementos decorativos

ou outros, nem por portas, quando abertas.

Devem ser posicionados em caminhos de evacuação, junto a

cada porta de acesso a escadas de emergência (dentro ou

fora) e em cada saída para o exterior e colocados junto a

locais sujeitos a riscos especiais e junto dos extintores

manuais.

Devem ser localizados de modo a que nenhuma pessoa

dentro das instalações tenha que percorrer mais de 30 m

para chegar a um botão.

Em locais em que os previsíveis utilizadores possam ser

deficientes motores a distância deve ser reduzida.

Devem ser colocados entre 1,2 a 1,6m acima do chão, a uma

altura recomendada de 1,5m.

4 Sinalização do Alarme

O método de transmitir o alarme aos ocupantes dos edifícios

deve estar de acordo com os requisitos da estratégia da

resposta a um alarme de incêndio.

Nalguns casos, os procedimentos de segurança podem

requerer que o alarme seja dado inicialmente ao pessoal

treinado que poderá tomar a seu cargo as operações

subsequentes no edifício. Nesses casos não será necessário

dar de imediato alarme geral de incêndio, deve, no entanto,

deve ser providenciado um dispositivo que permita um

alarme geral.

Qualquer alarme de incêndio, para ser reconhecido por

pessoas não treinadas (como público em geral), deve ser

dado, pelo menos, por meios audíveis que poderão ser

dispositivos de alarme acústico ou sistemas de alarme por

voz (tais como sistemas de chamada de pessoas).

Em zonas nas quais o sinal sonoro possa não ser eficaz,

devido, por exemplo à existência de ruído de fundo

excessivo, ocupantes com dificuldades auditivas, ou locais

que obriguem a utilização de protecção auricular, deve ser

usada sinalização óptica e/ou táctil como complemento da

sinalização sonora.

4.1 Sinais Sonoros

Devem permitir a audição do sinal de alarme em qualquer

local da instalação.

Os sinais sonoros de alarme devem ser inconfundíveis com

qualquer outro sinal sonoro, ter um nível de som que seja

imediatamente audível acima de qualquer ruído ambiente e

audível em todos os locais do edifício ou recinto a que seja

destinado.

O som utilizado para alarme de incêndio deverá ser contínuo

e o mesmo em todas as partes do edifício.

António GomesInstituto Superior de Engenharia do Porto

ARTIGO TÉCNICO

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António GomesInstituto Superior de Engenharia do Porto

ARTIGO TÉCNICO

O número e tipo de equipamentos de alarme de incêndio

usados devem ser suficientes para produzir o nível de som

recomendado, devendo ser instaladas num edifício pelo

menos duas sirenes, mesmo que o nível de som

recomendado possa ser alcançado com uma única sirene.

Os equipamentos de alarme de incêndio, em geral devem,

sempre que possível, ser instalados fora do alcance dos

ocupantes e, no caso de se situarem a uma altura do

pavimento inferior a 2,25m, ser protegidos por elementos

que os resguardem de danos acidentais;

O som de alarme de incêndio deve ter um nível mínimo de

65 dB(A), mas devendo ser sempre 5 dB(A) superior a

qualquer outro ruído que possa persistir por um período

superior a 30 segundos.

4.2 Dispositivos Visuais de Alarme de Incêndio

Devem apenas ser usados como complemento dos alarmes

sonoros, não devendo ser usados isoladamente, devendo

qualquer dispositivo visual de alarme de incêndio

deve ser claramente visível e distinto de quaisquer outros

sinais visuais existentes nas instalações.

5 Detectores Automáticos

Os principais factores que condicionam a selecção do tipo de

detector automático são:

- Requisitos legais;

- Materiais existentes no local e as manifestações da sua

combustão;

- Configuração do local (particularmente o pé direito);

- Efeitos da ventilação e do aquecimento;

- Condições ambientais no interior dos compartimentos

vigiados;

- Possibilidade de falsos alarmes.

Nenhum tipo de detector é mais adequado para qualquer

situação, e a escolha final deverá depender das

circunstâncias individuais, devendo os detectores

seleccionados proporcionar mais rapidamente um aviso

fiável nas condições ambientais dos locais em que serão

instalados.

Embora existam no mercado, diversos tipos de detectores

automáticos, os detectores de fumos e de temperatura, são

os mais utilizados, permitindo dar resposta à quase

totalidade das necessidades de detecção, assim, no presente

trabalho apenas serão referidos estes dois tipos de

detectores automáticos.

5.1 Detectores de Fumos (Ópticos)

São rápidos na detecção de um fogo e têm uma resposta

suficientemente vasta para permitir uma utilização

generalizada.

Responde a fumo visível, sendo bom para fogos onde não há

chamas (fogos latentes), como é o caso de fogos com

tecidos, mobília, móveis, etc.

São ideais para espaços amplos, onde a presença de fumo é

mais facilmente detectada do que a elevação de

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temperatura, pois o calor dissipa-se mais facilmente. Não são

apropriados para locais onde se verifique a permanente

existência de fumos, vapor ou pó, como é o caso de

garagens, cozinhas e industrias transformadoras de

madeiras, devido à possibilidade de ocorrência de falsos

alarmes.

5.2 Detector de Temperatura (Térmicos)

São geralmente considerados como os menos sensíveis dos

vários tipos de detectores disponíveis.

Os detectores termovelocimétricos são mais adequados em

locais onde as temperaturas ambientes são baixas ou variam

lentamente, enquanto que os detectores de temperatura

fixa são mais adequados em locais onde se prevê que a

temperatura ambiente possa variar rapidamente em curtos

espaços de tempo.

Regra geral, os detectores de temperatura têm uma maior

resistência a condições ambientais adversas do que outros

tipos de detectores.

São apropriados para locais:

- De humidade do ar ≥95%;

- Onde se preveja que o incêndio não liberte fumo;

- Onde exista forte risco de engorduramento;

- Onde se possam desenrolar trabalhos que libertem fumo

ou vapor;

- Cozinhas;

- Aquecedores com combustíveis sólidos;

- Pequenas garagens para estacionamento de veículos de

motor de combustão.

Não são apropriados para locais:

- Com altura> 7,5m;

- Onde se prevejam fogos lentos e encobertos;

- Onde, face aos riscos, a detecção precoce é necessária.

5.3 Localização e Distribuição

Os detectores automáticos devem ser posicionados de forma

que os produtos resultantes de qualquer incêndio dentro da

área protegida possam chegar aos detectores sem grande

dissipação, atenuação ou demora.

As características específicas das instalações, requerem

particular atenção aquando do projecto e da execução das

instalações, sob pena de os sistemas previstos não

garantirem a completa e eficaz protecção dessas mesmas

instalações.

Assim, e relativamente à utilização de detectores

automáticos térmicos e de fumo, será necessário atender às

seguintes considerações:

a) Detectores em Tectos Planos

Na generalidade o desempenho de detectores térmicos ou

de fumo depende da existência de um tecto fechado por

cima dos detectores.

Os detectores devem ser colocados de modo a que os seus

elementos sensitivos se situem nos 5% superiores do pé

direito dos espaços.

Para prevenir a possível existência de uma camada

envolvente fria, os detectores não devem ser embebidos no

tecto.

A tabela 1, indica os limites de altura dos tectos e o raio de

acção, para detectores instalados na zona dos 5% superiores.

b) Detectores em Tectos Inclinados

Para detectores instalados em tectos inclinados, o raio

indicado na tabela 1 pode ser aumentado em 1% por cada 1o

de inclinação do tecto, até um aumento máximo de 25%.

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ARTIGO TÉCNICO

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ARTIGO TÉCNICO

11|

Em tectos curvos a inclinação deve ser obtida através da

média da inclinação total em toda a área.

No caso do espaço protegido ter um tecto em escada os

detectores devem ser instalados em cada um dos vértices.

No caso da diferença de altura entre o cimo e a base de cada

vértice ser inferior a 5% da altura total do vértice acima do

chão, a sala deve ter o tratamento de uma sala de tecto

plano.

c) Paredes, Divisórias e Obstáculos

Os detectores (excepto os detectores ópticos de feixe) não

devem ser instalados a menos de 0,5 m de qualquer parede

ou divisória.

No caso do espaço ter menos de 1,2 m, o detector deve ser

instalado no terço do meio.

Quando as salas estão divididas em secções por paredes,

divisórias ou estantes de armazenagem que fiquem a uma

distância inferior a 0,3 m do tecto, as divisórias devem ser

consideradas tal como se chegassem ao tecto e as secções

devem ser consideradas como salas diferentes.

Deve existir um espaço desobstruído mínimo de 0,5 m à

volta de cada detector.

d) Irregularidades do Tecto

Os tectos que tenham irregularidades com alturas inferiores

a 5% do pé direito devem ser tratados como se fossem lisos

e devem ser aplicados os seguintes limites radiais,

constantes da tabela 1.

Qualquer irregularidade do tecto (tal como uma viga) com

uma altura superior a 5% do pé direito deve ser tratada

como uma parede e devem ser aplicados os seguintes

requisitos:

- D > 0,25 x (H-h) Um detector em todas as células;

- D < 0,25 x (H-h) Um detector em células alternadas;

- D < 0,13 x (H-h) Um detector em cada três células.

Em que:

D – Distância entre vigas (m), medida fora a fora;

H – Pé direito da sala;

h – Altura da viga.

Se a disposição do tecto for de modo a formar séries de

pequenas células (como num favo de mel), então, dentro

dos limites radiais da Tabela 1, um único detector pode

cobrir um grupo de células.

O volume interno das células cobertas por um só detector

não deve exceder:

Tabela 1 – Limites de altura dos tectos e raio de acção

Altura do tecto (m)

≤4,5 >4,5

≤6

>6

≤8

>8

≤11

>11

≤25

>25

Tipo de Detector Raio de acção (m)

Térmicos (EN 54-5: Grau 1) 5 5 5 NN NU NU

Fumo – Pontual (EN 54-7) 7,5 7,5 7,5 7,5 NN NU

Fumo – Feixe (EN54-12) 7,5 7,5 7,5 7,5 7,5 (a) NU

NU - Não utilizável para esta gama de alturas.

NN - Normalmente não utilizável, mas pode ser utilizado em aplicações especiais.

a) Será normalmente necessária uma segunda camada de detectores a aproximadamente metade da altura do tecto.

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- Detectores Temperatura: V= 6 m2 x (H-h)

- Detectores Fumo: V = 12 m2 x (H-h)

e) Detecção Acima de Tectos Falsos

Quando uma sala tem um tecto falso perfurado, a colocação

dos detectores deve ter em consideração dois objectivos:

- Protecção contra fogos que comecem abaixo do tecto

falso;

- Protecção contra fogos que comecem acima do tecto

falso.

No caso das perfurações do tecto falso serem pequenas, e

não exista ventilação pressurizada que empurre o fumo

através deste, a protecção contra fogos que comecem abaixo

do tecto falso requer a colocação de detectores abaixo do

tecto falso.

Caso não exista qualquer risco do fogo começar abaixo do

tecto falso, os detectores devem ser colocados acima deste.

No caso das perfurações perfazerem mais do que 40% em

qualquer secção de 1m x 1m do tecto, as dimensões de cada

orifício excederem 10mm x 10mm, e a espessura do tecto

não exceder três vezes a dimensão mínima de uma furação,

os detectores acima do tecto falso podem ser utilizados para

detectar um fogo que comece abaixo do tecto falso, e

podem ser dispensados detectores abaixo deste.

f) Detecção Abaixo do Chão Falso

Quando as salas têm chão falso, devem ser instalados

detectores por baixo do chão tal como se o vazio abaixo do

chão falso fosse outro compartimento.

Dispensa-se a colocação de detectores por baixo do chão

falso, quando se verificar, pelo menos, uma das seguintes

condições:

- o chão falso seja perfurado;

- o chão falso seja de um material que tenha uma reacção

ao fogo classificada como A1, A2 ou B1 (Anexos II e III do

RG-SCIE) e não exista carga térmica debaixo.

g) Detectores que não estejam debaixo de tecto

Na ausência de um tecto ou de um plano estratificado, os

produtos da combustão confinam-se à coluna ascendente

acima do fogo.

Caso se utilizem detectores de fumo ou calor para detectar

os produtos da combustão na coluna ascendente (tal como

quando são utilizados nos átrios detectores de feixe em

níveis baixos, ou quando são utilizados detectores sem

tecto), os limites em altura para a operação são os indicados

na Tabela 1, e o raio de operação efectivo (tanto para

detectores de fumo como de calor) deve ser calculado como

sendo 12,5% da altura medida do previsível foco de incêndio

que esteja mais alto até ao detector acima.

Cada sala protegida ou espaço fechado deve conter no

mínimo um detector.

6 Comandos

A sinalização do alarme deve ser usada também para

accionar, equipamentos auxiliares, tais como:

- Equipamento de extinção;

- Portas corta-fogo;

- Sistemas de controlo de fumo;

- Registos corta-fogo;

- Paragem de ventilação;

- Controlo de elevadores;

- Portas de segurança.

7 Canalizações

As canalizações devem satisfazer quaisquer requisitos

especificados pelo fabricante ou fornecedor do

equipamento, devendo ser dada particular atenção à

capacidade condutora e à atenuação do sinal.

Devem ser respeitadas as recomendações existentes em

regulamentos nacionais relativamente a tipos de cabo e sua

instalação.

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13|

8) Conclusão

Este artigo visou abordar aspectos técnicos e conceptuais, ao

nível do projecto e da instalação de Sistemas Automáticos de

Detecção de Incêndios pretendendo e, fundamentalmente,

contribuir para o enriquecimento do conhecimento das

competências no âmbito de actuação do projecto de

segurança.

Fontes de Informação Relevantes

Segurança Contra Incêndio em Edílicos, NT12: Nota Técnica

Complementar do RG-SCIE / Refª VII.III.01, Sistemas

Automáticos de Detecção de Incêndio, Autoridade Nacional

de Protecção Civil, 2007

Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndio em

Edílicos, Autoridade Nacional de Protecção Civil, Versão

aprovada na Generalidade na RCM, 25 de Janeiro de 2007

EN54 - Sistemas de detecção e de alarme de incêndio –

Parte3-4-5-7-11-12-20

Organizamos e desenvolvemos cursos à sua medida em contexto real detrabalho e em prática simulada. Para as seguintes áreas formativasindicamos alguns exemplos de cursos por nós ministrados:

Electricidade e Energia

Formação TET/BTFormação inicial de electricistasExecução de caixas MT

Comportamental

Organização e Gestão de EventosGestão de ProjectosPsicologia pessoal para o sucesso

Higiene e Segurança no Trabalho

Trabalhos em alturaPrimeiros socorrosPrevenção de riscos eléctricos

Engenharia e Técnicas Afins

Aperfeiçoamento ITEDAutomação electropneumáticaRegras técnicas instalações eléctricas BT

Informática e Novas Tecnologias

MultimédiaCADHardware redes

Serviços de formação profissional:

Formação inter-empresas

Formação intra-empresas

Diagnóstico de necessidades de formação

Elaboração planos de formação

Gestão administrativa e financeira da formação

Avaliação da formação

Elaboração de candidaturasa fundos comunitários

[email protected]

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As Regras Técnicas das Instalações Eléctricas em Baixa

Tensão, RTIEBT, apresentam no parágrafo 434.3.2 uma

expressão que determina o tempo máximo de exposição de

um condutor a uma corrente de curto-circuito, expressão

esta conhecida por curva de fadiga térmica da canalização,

função de diversas grandezas entre as quais a variável K por

sua vez dependente da natureza da alma condutora e do

isolamento.

Os valores de K vêm tabelados no mesmo parágrafo.

Vejamos como podemos obter esses valores mediante um

estudo analítico dos fenómenos envolvidos.

Consideremos um condutor cilíndrico de secção S,

comprimento l, resistividade , submetido a uma tensão U e

percorrido pela corrente I, figura 1.

Figura 1 – Condutor cilíndrico homogéneo

A potência eléctrica fornecida ao condutor P=UI é

transformada em calor pela conhecida lei de Joule P= RI2.

O Aquecimento dos Condutores na Situação de Curto-Circuito

Do calor gerado uma parte vai elevar a temperatura do

condutor e a outra vai ser dissipada por radiação, convecção

ou condução.

Podemos, então, escrever a seguinte relação:

P=UI=RI2=P1 + P2

Eq. 1

em que P1 representa a potência responsável pelo

aquecimento do condutor e P2 a fracção restante que é

dissipada.

Em termos energéticos, considerando um intervalo de

tempo infinitesimal, a equação que traduz o processo

termodinâmico que decorre da passagem da corrente pode

ser detalhado da forma seguinte:

Eq. 2

Onde:

m – massa do condutor

c – calor específico

Θc – temperatura do condutor

K – constante de Newton que traduz a potência dissipada

por unidade de área e grau centígrado

Sd – área lateral de dissipação do calor

Θ – sobreelevação de temperatura do condutor, isto é, θ =

θc – θa, em que θa é a temperatura ambiente que se

considera inalterável (reservatório térmico de

capacidade infinita)

(A fórmula correspondente ao termo P2 apenas contempla a

potência dissipada por convecção.)

A situação de curto-circuito é uma ocorrência anómala

caracterizada por elevadas correntes devidas normalmente a

defeitos de isolamento.

L

S

U

I

2

1 2 c dRI dt Pdt P dt mcd KS dt

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15|

Assim é necessário, para evitar danos maiores, que as

protecções intervenham em tempos muito reduzidos. A

legislação impõe que o corte se faça num tempo quando

muito igual a 5 s.

Nestas condições é lícito supor que a transformação

termodinâmica seja adiabática, isto é, que não haja

permutação de calor com o exterior – o calor gerado servirá

apenas para elevar a temperatura do próprio condutor. Esta

é também a situação mais desfavorável, do ponto de vista

das temperaturas atingidas, uma vez que com a passagem do

tempo as trocas com o exterior serão inevitáveis, pelo que o

dimensionamento segundo este pressuposto favorece a

segurança da protecção.

Retomemos a eq. 2

Eq. 3

O produto γc, massa específica do material pelo seu calor

específico, é designado por calor específico volumétrico cv.

Onde:

V – volume do condutor

γ – massa específica

S – secção do condutor

cv – calor específico volumétrico

Uma vez que consideramos o aquecimento adiabático, a

parcela correspondente a P2 pode ser desprezada.

Eq. 4

Eq. 5

Onde:

0 – resistividade a 0ºC

- coeficiente de termorresistividade do material

O aquecimento do condutor não depende do seu

comprimento.

Eq. 6

Eq. 7

Com a mudança de variável operada podemos prosseguir

para integração:

Eq. 8

em que k1 é uma constante de integração.

Neste ponto vamos fazer uma hipótese de trabalho que

consiste em considerar que para o instante t=0 de ocorrência

do curto-circuito a temperatura do condutor é a sua

temperatura de regime θz.

Eq. 9

2

c d v c dRI dt V cd KS dt Slc d KS dt

20 (1 )c

v c

lI dt Slc d

S

2 2

0(1 )c v cI dt S c d

2

2

0 (1 )

1

vc

c

c c c

S cdt d

I

dd d d

2

2

0

vS cdt d

I

2

12

0

lnvS ct k

I

2

12

0

0 ln

0

vz

c z z

S ck

I

t

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Eq. 10

Substituindo este resultado na eq. 8:

Eq. 11

Usando agora a definição de :

Eq. 12

Se introduzirmos a grandeza como sendo o inverso de ,

obteremos:

Eq. 13

A eq. 13 pode ser reescrita na forma dada no parágrafo das

Regras Técnicas acima citado.

Eq. 14

O k assim definido usa o valor da resistividade a 0º C, 0.

Normalmente a fórmula utiliza o valor a 20º, 20.

Procedendo à substituição, obter-se-á:

Eq. 15

Uma vez que

Eq. 16

De notar que a expressão de k a que se chegou, eq. 15, se

desenvolveu a partir da eq. 4 que considerava a resistividade

a 0ºC. Se se tivesse partido com o seu valor a 20ºC, chegar-

se-ia a uma expressão um pouco diferente:

Eq. 17

É fácil verificar que os kk determinados pelas eq. 15 e 17 dão

valores ligeiramente diferentes.

A razão prende-se com a fórmula da variação da

resistividade com a temperatura.

De facto, a expressão geral da fórmula vem expressa por:

Eq. 18

Ora esta fórmula não é senão a expansão em série de Taylor,

considerados somente os dois primeiros termos, de θ em

torno do ponto θ1. O produto θ1. corresponde à derivada

de θ em θ1. A linearização da função implica que o declive

da recta seja constante, ou seja os produtos θ., pelo que o

2

2

0

2

2

0

(ln ln )

(ln )

vz

v

z

S ct

I

S ct

I

2

2

0

1(ln )

1

v c

z

S ct

I

2

2

0

(ln )v c

z

S ct

I

2 2

2

0

(ln )v c

z

k St

I

ck

20 0

200

20

(1 20)

1 20

( 20)(ln )v c

z

ck

(1 20) ( 20)

20

20(ln )

20

v c

z

ck

1 1 11 11 ( ) ( )

2

1 2

0

lnvz

S ck

I

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coeficiente de termorresistividade deve variar

inversamente com .

Assim sendo, a eq. 15 deverá ser escrita sob a forma mais

correcta:

Eq. 15’

em que 0 é o inverso do coeficiente de termorresistividade

a 0ºC.

A eq. 15’ está também em acordo com a norma CEI IEC 60

949 – Calculation of thermally permissible short-circuit

currents, taking into account non-adiabatic heating effects

(1ª ed. 1988).

No entanto, normalização de alguns países usa a expressão:

Eq. 15’’

Ou seja, usando o valor de a 20ºC.

A expressão de k pode também apresentar-se numa forma

simplificada como segue:

Eq. 19

em que eq é um valor médio da resistividade, tomado para

uma temperatura intermédia.

Cálculo dos KK

Vamos usar a eq. 15’ do k para calcular os seus valores para

os cabos mais utilizados:

Eq. 15’

Tab.1 Temperaturas de regime e de curto-circuito

Contudo, a norma CEI IEC 60 986 – Short-circuit temperature

limits of electric cables with rated voltages from 6 kV (Um =

7,2 kV) up to 30 kV (Um = 36 kV), (Out. 2000), faz uma

distinção para o caso de cabos isolados a Policloreto de

Vinilo, PVC:

Tab. 2 Temperaturas máx. de cc para o PVC

Tab. 3 Características físicas do cobre e do alumínio

A Tab. 3 – a menos dos valores calculados – encontra-se

definida como na citada norma CEI IEC 60 949.

A temperatura final do condutor será feita igual à máxima de

curto-circuito e a inicial à máxima de regime permanente.

Tab. 4 Comparação dos valores de k

Como se pode apreciar pela Tab. 4 os novos valores de k

dados pelas RTIEBT estão bastante mais próximos dos

valores teóricos calculados pela Eq. 15’ que os valores

anteriormente fornecidos pelo Regulamento de Instalações,

o célebre 740/74, valores estes que ainda são os do

Regulamento de Redes de BT, o DR nº 90/84.

0 0

20 0

( 20)(ln )v c

z

ck

20 20

20 20

( 20)(ln )v c

z

ck

( )v c z

eq

ck

0 0

20 0

( 20)(ln )v c

z

ck

Natureza do condutor Cu Al

Natureza do isolamento PVC XLPE PVC XLPE

Temperatura máxima de regime 70º 90º 70º 90º

Temperatura máxima de curto-circuito 160º 250º 160º 250º

PVC (PVC/B) Temperatura máxima de cc (ºC)

S 300 mm2 160

S > 300 mm2 140

Natureza do condutor Cu Al

Calor específico volumétrico

J/ºC.mm3

3,45.10-3 2,5.10-3

Resistividade a 20º C

Ω.mm

17,241.10-6 28,264.10-6

Resistividade a 0º C

Ω.mm (calculado)

15,885.10-6 26.10-6

Coeficiente de termorresistividade a 20ºC /ºC

3,93.10-3 4, 034.10-3

Coeficiente de termorresistividade a 0ºC

/ºC (calculado)

4,265.10-3 4,386.10-3

Natureza do condutor Cu Al

Natureza do isolamento PVC XLPE PVC XLPE

Valor de k (Eq. 15’) 114,83 142,87 76,08 94,55

Valor de k (parágrafo 434.3.2 RTIEBT) 115 143 76 94

Valor de k (artº 580º DL 740/74) 115 135 74 87

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Hoje em dia quando se fala em ITED, não se fala apenas num

regulamento de infra-estrutura de telecomunicações em

edifícios. Quando se fala em ITED fala-se, também, de

mudança, das novas tecnologias e, sobretudo, de novos

horizontes.

As mudanças tiveram início com a publicação do Decreto-Lei

59/2000 de 19 de Abril, em que, por exemplo, deixou de ser

obrigatório o licenciamento do projecto, impondo assim aos

projectistas a total responsabilidade pela arquitectura das

infra-estruturas.

Por outro lado, liberalizou-se o mercado das certificações,

criando assim espaço ao aparecimento de novas empresas

no sector, sendo neste momento mais de 140 empresas a

certificar.

Em termo das Infra-estruturas, a grande mudança aconteceu

em Julho de 2004, altura em que foi publicada a primeira

edição do Manual ITED, que vigorou em fase de

implementação até Dezembro do mesmo ano em

simultâneo com o RITA, passando em Janeiro de 2005 a ser o

único regulamento aceite.

Se o novo manual se apresentou como um documento algo

ambíguo em determinados pontos, teremos de lhe

reconhecer o devido valor, na medida em que veio dar uma

lufada de ar fresco num sector que se fazia reger por um

regulamento com quase 20 anos, sem que nesse período de

tempo tivesse sofrido qualquer actualização. O regulamento

Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios – O Estado da Arte

RITA era já pois um regulamento que não servia as

necessidades dos seus utilizadores e amplamente desfasado

das novas tecnologias.

Nos últimos anos, com o acumular de experiências tem-se

verificado uma constante melhoria na qualidade dos

projectos realizados. No entanto, ainda existe uma gama de

projectistas que, pelo seu minimalismo, hábito

provavelmente adquirido pelos anos que passaram a

projectar pelo regulamento RITA, assim como pelos

apertados orçamentos previstos para a instalação, tendem a

elaborar projectos pouco flexíveis, não preparando as

instalações para as novas tecnologias que se adivinham,

nomeadamente a IPTV.

Neste capítulo, as instituições de ensino superior terão um

papel fundamental a desempenhar, reservando algum

espaço nas cadeiras de projecto para as ITED, promovendo

mesmo um relacionamento entre os alunos e empresas do

sector, quer ao nível de projecto, de instalação, ou mesmo

ao nível da Certificação.

Também na qualidade da instalação se tem verificado uma

curva ascendente bastante positiva, em que os técnicos

instaladores sem formação que se arriscam em cumprir um

projecto com regras diferentes das que estão habituados dão

lugar a técnicos com formação adequada, e com vontade de

se aperfeiçoarem a cada obra que realizam.

No capítulo da instalação, há que salientar que também os

Manuel CunhaResponsável pelo Departamento de Certificações ITED no Porto da Portugal Telecom

ARTIGO TÉCNICO

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Manuel CunhaResponsável pelo Departamento de Certificações ITED no Porto da Portugal Telecom

ARTIGO TÉCNICO

19|

fabricantes que se mostraram atentos às novas exigências do

mercado, renovando as suas ofertas ou desenvolvendo

novos produtos dando assim uma resposta de encontro às

novas exigências de mercado.

Com a abertura do mercado das Certificações ITED, surgiram

muitas empresas, e com elas, alguns desajustes, resultantes

do fraco “know how” de algumas dessas novas empresas,

mas também aqui já se verifica os resultados do trabalho

desenvolvido pela ANACOM na procura de seriedade,

profissionalismo e rigor, exigido pela entidade certificadora

como condições obrigatórias.

O processo ITED, embora ainda esteja a dar os seus

primeiros passos, já demonstra algum amadurecimento, as

primeiras poeiras já assentaram, e consequentemente, já é

possível tirar as primeiras e mais importantes conclusões.

Com base numa análise do que se tem verificado e das

experiências acumulados é pois tempo da ANACOM cumprir

o que inicialmente prometeu, ou seja, rever e actualizar o

Manual ITED.

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DIVULGAÇÃO

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CURIOSIDADES

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