estudo econÔmico de painÉis solares em residencial

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL WANDERSON DE FREITAS SOUSA ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR NO MUNICÍPIO DE BARRA DO GARÇAS - MT Barra do Garças - MT 2019/1

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Page 1: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

WANDERSON DE FREITAS SOUSA

ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM

RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR NO MUNICÍPIO DE

BARRA DO GARÇAS - MT

Barra do Garças - MT

2019/1

Page 2: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

WANDERSON DE FREITAS SOUSA

ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM

RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR NO MUNICÍPIO DE

BARRA DO GARÇAS - MT

Trabalho de conclusão de curso apresentado como parte

dos requisitos necessários à obtenção da graduação em

Engenharia Civil, à Universidade Federal de Mato

Grosso, Campus Universitário do Araguaia-MT.

Orientador: Prof.° MSC. Wagner Mendonça Alves

Aguiar

Barra do Garças

2019/1

Page 3: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL
Page 4: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL
Page 5: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer primeiramente a Deus que me possibilitou cursar a faculdade e

me deu força, saúde e sabedoria para poder concluir mais uma etapa da minha vida.

Ao meu pai Sebastião e minha mãe Moazilda quero agradecer imensamente, pois

desde o início até a conclusão do curso sempre me deram apoio e força para continuar,

mesmo quando pensei em desistir. Ao meu irmão Leandro que sempre me ofereceu

suporte todas as vezes que precisei de sua ajuda. A minha família que sempre estiveram

ao meu lado me incentivando e apoiando em todas minhas decisões.

Ao meu orientador Wagner que sempre esteve disposto a me ajudar durante o

trabalho. A todos os professores do curso com quem tive a oportunidade de aprender e

contribuíram para a minha formação acadêmica.

A todos meus amigos e colegas que sempre estiveram do meu lado ajudando

sempre que possível para minha vida, tanto pessoal como profissional.

Page 6: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

" Aprendi o silêncio

com os faladores, a

tolerância com os

intolerantes, a

bondade com os

maldosos; e, por

estranho que

pareça, sou grato a

esses professores. "

Khalil Gibran

Page 7: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

RESUMO

Com o crescente aumento populacional no mundo o uso de fontes renováveis de

energia vêm se tornando cada vez mais importante no atual cenário elétrico mundial. A

substituição de combustíveis fosseis por fontes renováveis e inesgotáveis se torna a cada

dia mais importante Este trabalho teve como objetivo apresentar uma análise econômica

para a aquisição de um sistema fotovoltaico em um residencial multifamiliar semelhantes

ao entregue no programa minha casa minha vida, foi feito um estudo sobre a tarifação de

energia elétrica, o dimensionamento dos módulos, sua orientação, além de definir o

consumo médio residencial para o estudo da viabilidade econômica. O trabalho buscou

demostrar o quanto o sistema é atrativo para as famílias, mostrando índices satisfatórios

de retorno.

Palavras-chave: Energia solar fotovoltaica; Viabilidade econômica; Geração de energia

elétrica.

Page 8: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

ABSTRACT

Due to the population increase in the world, the use of renewable energy sources

has been becoming increasingly important in world’s current electric scenario. The

replacemente of fossil fuels for renewable and inexhaustible energy sources becomes

more important each day. This paper aimed to present an economic analysis for a

photovoltaic system purchase in a housing development, similar to “Minha Casa, Minha

Vida” projects. An analysis was made about the charging of electricity, the modules

sizing, orientation, besides defining the average residential consumption for the economic

viability study. The paper objective is to show to families how attractive the system

implementation is, by demonstrating satisfying return indices.

Keywords: Photovoltaic Solar Energy, Economic viability, Electrical energy

production.

Page 9: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Variação da Irradiação Solar no Brasil ........................................... 15

Figura 2 - Demanda energética brasileira. ...................................................... 19

Figura 3 - Média da radiação solar no território brasileiro. ............................ 22

Figura 4 - Demonstração do efeito fotovoltaico.............................................. 23

Figura 5 - Imagem da patente da primeira célula solar. .................................. 24

Figura 6 - Maiores geradores de energia solar. ............................................... 25

Figura 7 - Sistema Off-Grid ............................................................................ 26

Figura 8 - Sistema On-Grid ............................................................................. 27

Figura 9 - Processo de Czochralski. ................................................................ 29

Figura 10 - Painel solar policristalino. ............................................................ 30

Figura 11 - Painel de filme-fino. ..................................................................... 30

Figura 12 - Controladores de carga em série. .................................................. 31

Figura 13 - Controlador montado em paralelo. ............................................... 32

Figura 14 - Controlador MPPT. ...................................................................... 32

Figura 15 - Layout do primeiro pavimento. .................................................... 36

Figura 16: Fluxograma metodológico do trabalho .......................................... 37

Figura 17 - Vista superior dos painéis solares................................................. 41

Figura 18 - Valor Presente Líquido ao longo da vida útil do sistema. ............ 46

Page 10: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tarifas vigentes para consumidores residenciais grupo B1. .......... 38

Tabela 2 - Irradiação Solar Diária Média Mensal [kWh/m2.dia] em Barra do

Garças – MT. .................................................................................................................. 39

Tabela 3 - Cálculo da rentabilidade média ao ano da caderneta de poupança

entre janeiro de 2015 a dezembro de 2018. .................................................................... 42

Tabela 4 – Geração e consumo de energia ao longo do primeiro ano de utilização

do sistema. ...................................................................................................................... 43

Tabela 5 - Energia e consumo ao longo da vida útil do sistema. .................... 45

Page 11: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

LISTA DE SIGLAS

ANNEL Agência Nacional de Energia Elétrica

BEN Balanço Energético Nacional

CA Corrente alternada

CC Corrente continua

CRESESB Centro de Referência para Energia Solar e Eólica

EPE Empresa de Pesquisas Energéticas

KWh Quilowatt-hora

MPPT Maximum Power Point Tracking

MWP Watt-pico

TIR Taxa Interna de Retorno

TMA Taxa Mínima de Atratividade

ÚNICA União da Industria de Cana-de-açúcar

VPL Valor Presente Líquido

Page 12: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 14

2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 16

2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 16

2.2 Objetivo específico ....................................................................................... 16

3 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 17

4 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 18

4.1 Fontes renováveis de energia ........................................................................ 18

4.1.2 Energia eólica ........................................................................................ 19

4.1.3 Energia hídrica ....................................................................................... 20

4.1.4 Energia da biomassa .............................................................................. 20

4.1.5 Energia geotérmica ................................................................................ 21

4.1.6 Energia solar .......................................................................................... 21

4.2 Radiação solar ............................................................................................... 21

4.2.1 Capacidade brasileira para a produção de energia solar ........................ 22

4.3 Histórico da energia fotovoltaica .................................................................. 23

4.3.1 Efeito fotovoltaico ................................................................................. 23

4.3.2 História da energia fotovoltaica ............................................................. 24

4.4 Sistemas de energia solar fotovoltaica .......................................................... 25

4.4.1 Sistemas autônomos ou isolados (OFF GRID) ...................................... 25

4.4.2 Sistemas ligados à rede (ON GRID) ...................................................... 26

4.4.3 Sistemas híbridos ................................................................................... 27

4.5 Vantagens do Sistema Fotovoltaico .............................................................. 27

4.5.1 Desvantagens do sistema fotovoltaico ................................................... 28

4.6 Componentes de um sistema de energia solar fotovoltaica .......................... 28

4.6.1 Painéis Solares ....................................................................................... 28

4.6.1.1 Painel solar monocristalino ............................................................... 29

4.6.1.2 Painel solar policristalino ................................................................. 29

4.6.1.3 Painel de filme-fino .......................................................................... 30

Page 13: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

4.6.2 Controladores de carga .......................................................................... 31

4.6.3 Inversores ............................................................................................... 33

4.6.4 Baterias .................................................................................................. 33

4.7 Viabilidade econômica ................................................................................. 34

4.7.1 Valor presente líquido ............................................................................ 34

4.7.2 Taxa interna de retorno .......................................................................... 34

4.7.3 Payback descontado ............................................................................... 35

5 METODOLOGIA ............................................................................................. 36

5.1 Tarifa da energia para residências em Mato Grosso ..................................... 38

5.2 Redução na eficiência dos módulos solares .................................................. 38

5.3 Manutenção do sistema ................................................................................. 38

6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ......................................... 39

6.1 Radiação solar ............................................................................................... 39

6.2 Estimativa da potência instalada para o dimensionamento do sistema

fotovoltaico ..................................................................................................................... 40

6.3 Especificações do módulo ............................................................................ 40

6.4 Especificações do inversor ........................................................................... 42

6.5 Valor da taxa mínima de atratividade ........................................................... 42

6.5 Custos de instalação ..................................................................................... 43

6.7 Geração de energia esperada......................................................................... 43

7 CONCLUSÃO .................................................................................................... 48

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 49

ANEXO – A Especificações do módulo ................................................................ 53

ANEXO B – Especificações do inversor ................................................................ 55

Page 14: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

14

1 – INTRODUÇÃO

Com a crescente demanda de casas nos centro urbanos e com o alto custo gerado

para produzir energia elétrica, os painéis solares podem ser uma grande fonte de energia

elétrica, sendo considerada uma fonte inesgotável, de grande potencial e extremamente

produtiva, uma vez implantado, o sistema de energia solar, gera energia elétrica sem

custo, pois o sol é uma fonte limpa e gratuita, levando a benefícios tanto econômicos

quanto ambientais (MAGALHÃES, 2018).

Apesar da energia solar não se encontrar dentre as maiores matrizes energéticas

mundiais ela vem apresentando um grande crescimento em países em desenvolvimento.

Os líderes em energia solar atualmente são liderado por China, Japão, Alemanha, Estados

Unidos e Itália (SOLAR, ATP, 2018).

Uma vez que a geração de energia elétrica a partir de fontes de energia renováveis,

como a energia solar e eólica, não emitem gás carbônico ou outros tipos de poluentes na

atmosfera, sua utilização acarreta em benefícios tanto para a sociedade quanto para o meio

ambiente, tendo em vista que aproximadamente 60% da produção de energia elétrica

global é proveniente de combustíveis fósseis, prejudiciais ao meio ambiente (SANTANA,

2014).

Localizado na América do Sul, o Brasil possui um excelente posicionamento em

relação a Linha do Equador apresentando um excelente potencial para a utilização de

painéis fotovoltaicos por suas altas taxas de radiação solar, como indica a Figura 1

(BRAGA, 2008).

A utilização de energia solar é uma boa opção para a geração de energia elétrica

através de fontes renováveis. A energia fotovoltaica é produzida a partir dos raios solares

e transformada em eletricidade através de um sistema composto por painéis solares,

controlares de carga, inversores e baterias (SOLAR, PORTAL, 2018).

Page 15: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

15

Figura 1 - Variação da Irradiação Solar no Brasil

Fonte: ANEEL (2007).

Page 16: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

16

2 - OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Analisar a viabilidade econômica de implantação de painéis solar fotovoltaico

para a geração de energia elétrica em residencial multifamiliar no município de Barra

do Garças - MT.

2.2 Objetivo específico

• Calcular a economia gerada com a implantação desse sistema;

• Determinar o tempo estimado de retorno do dinheiro investido;

• Estimar a quantidade de energia a ser gerada;

• Realizar orçamentos para a implantação de painéis solares em um

empreendimento multifamiliar em Barra do Garças.

Page 17: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

17

3 - JUSTIFICATIVA

As fontes de energias renováveis vêm ganhando espaço a cada dia no atual cenário

energético global e não é de hoje que a busca dessas fontes tem se tornado uma importante

alternativa para diminuir os impactos ambientais da produção convencional de energia no

mundo. As formas de energias renováveis, como as provenientes do sol, vento e recursos

hídricos, são capazes de suprir a alta demanda de energia, atualmente gerada através do

uso de combustíveis fósseis (ANNEL, 2002).

A importância do uso de fontes renováveis está relacionada tanto quanto a

vantagens socioambiental quanto a econômicos, por ser tratar de uma fonte limpa,

reaproveitável e abundante, o uso desses recursos traz consigo grandes benefícios

(BENEVENUTO, 2016).

Nesse sentido, estudos que busquem demonstrar a viabilidade econômica da

implantação de painéis fotovoltaicos em residências multifamiliares são importantes a

fim de demonstrar a economia gerada pela implantação do sistema e com isso fomentar

políticas públicas de incentivo a sua implementação.

Por apresentar ótimas taxa de irradiação, o município de Barra do Garças tem

enorme potencial para a instalação de sistemas fotovoltaicos, assim e possível instalar um

sistema capaz de suprir o consumo das residências.

Page 18: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

18

4 - REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Fontes renováveis de energia

A utilização de fontes renováveis de energia não é algo novo, séculos atrás

buscavam-se meios de aproveitar a energia dessas fontes promissoras, como por exemplo

a energia solar e eólica. Porém, ainda nos dias atuais, a parcela de energia elétrica

produzida por fontes renováveis é pequena em relação à outras fontes (DUPONT;

GRASSI; ROMITTI, 2015).

O Brasil se destaca como sendo um dos países pioneiros na utilização de energias

renováveis do mundo, dados do ano de 2003 demostra que uma grande parcela da energia

consumida no país era de fontes não poluentes, cerca de 44% da energia consumida era

produzida a partir de fontes renováveis, por meio das hidrelétricas, energia eólica,

biomassa dentre outras. Destaca-se que o Brasil é o maior gerador de energia eólica da

América Latina (VERDE, 2013).

Em desenvolvimento, a energia solar vem ganhando seu lugar na matriz energética

nacional. Estimativas da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) indicam que no ano

2050, 13% das residências do País estarão abastecidas com energia elétrica provenientes

de placas fotovoltaicas (MME, 2015).

Page 19: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

19

Figura 2 - Demanda energética brasileira.

Fonte: BEN (2018).

Dados divulgados pelo Balanço Energético Nacional (BEN) em 2018 (ano base

2017), indicam que aproximadamente 81% da energia elétrica consumida no Brasil foi

produzida a partir de fontes renováveis, sendo a maior parte vindo das fontes hídricas. A

figura 2 apresenta a oferta energética no Brasil por fonte (EPE, 2018b).

O uso de fonte renováveis se torna a cada dia uma excelente alternativa para a

geração de energia limpa, além de ser uma fonte que existe em abundância ela é capaz de

substituir fontes de produção poluidoras como as provenientes de combustíveis fosseis.

Dentre essas fontes renováveis podemos destacar: energia eólica, hídrica, biomassa,

geotérmica e solar.

4.1.2 Energia eólica

Também considerada como uma fonte de energia limpa, a energia eólica ganhou

bastante espaço no cenário elétrico atual. Designa-se energia eólica toda energia gerada

por correntes de ar, ela e obtida através de turbinas eólicas que convertem energia cinética

em energia elétrica. Para sua implantação ser considerada vantajosa considera-se que a

velocidade média dos ventos seja de, no mínimo, entre 7 e 8 m.s-1 em uma altura de 50

Page 20: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

20

m. No Brasil as usinas de energia eólica se concentram na região Nordeste, com

estimativa de produção de 60000 MW (ANNEL, 2002).

4.1.3 Energia hídrica

Uma das fontes geradoras de energia não poluente, a energia hídrica, tem sua

participação na matriz energética mundial pouco utilizada. Segundo a Key World Energy

Statistics da International Energy Agency a produção de energia elétrica a partir de usinas

hidrelétricas teve um decréscimo de 2,2% para 1,8% no cenário mundial no período de

2008 (IEA, 2008). A energia elétrica gerada em hidrelétricas é criada pela rotação de pás

instaladas em grandes turbinas, essa pá é rotacionada pela força da água, que faz com que

a energia cinética provocada pela rotação das turbinas seja transformada em energia

elétrica (ANNEL, 2008b).

Uma consequência negativa referente a energia hídrica é o impacto

socioambiental na região da hidrelétrica ocasionado pelo acúmulo de água retido. O Brasil

se apresenta como o país com maior potencial hídrico do mundo, devido às extensas

bacias hídricas em seu território, sendo capaz de produzir 260 GW, as hidrelétricas de

Itaipu e de Belo Monte destacam-se entre as maiores geradoras de energia no Brasil

(ANNEL, 2008b).

4.1.4 Energia da biomassa

Entre as fontes de energia limpa, também se ressalta a biomassa, com uma alta

taxa de crescimento no mercado e com um grande potencial elétrico, ela é constituída por

qualquer material orgânico, seja proveniente de resíduos vegetal ou animal (ANNEL,

2008a).

No Brasil a energia elétrica proveniente da biomassa da cana-de-açúcar, vem

tendo enorme destaque. Conforme a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) o

Brasil é o país que mais produz cana-de-açúcar no mundo (UNICA, 2017). Segundo

Ripolli (1999) a cultura canavieira apresenta enorme potencial para o aumento da

biomassa na matriz elétrica brasileira, sendo possível a transformação em energia elétrica

a partir do bagaço e da palha originado da colheita.

Page 21: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

21

4.1.5 Energia geotérmica

Produzida a partir do calor do interior da terra a energia geotérmica é uma fonte

de energia limpa e sustentável, gerada por vapor quente oriundo do interior da terra. O

vapor é utilizado para movimentar grandes turbinas instaladas nas usinas termelétricas

gerando energia elétrica, porém essa matriz energética teve pouco desenvolvimento e

chamou menos atenção no mercado mundial (ANEEL, 2008).

4.1.6 Energia solar

Em países tropicais em que a incidência de raios solares é alta, como por exemplo

o Brasil, a utilização de energia solar é altamente rentável e de grande economia. Utilizada

há mais de 100 anos a energia fotovoltaica ajudou a levar energia elétrica a milhares de

casas, principalmente em regiões de acesso difícil. A utilização de energia solar gera

benefícios tanto socioeconômicos, quanto ambientais (SOLAR, PORTAL, 2018).

Considerada uma fonte inesgotável, limpa e gratuita a energia solar vem ganhando

espaço no atual cenário elétrico mundial. A transformação dos raios solares em energia

elétrica é obtida por meio de um sistema fotovoltaico. O sistema utiliza placas de silício,

que são capazes de criar um campo elétrico, permitindo a geração de eletricidade, esse

sistema e capaz de produzir eletricidade até em dias com pouca radiação solar (ANEEL,

2008).

Os sistemas fotovoltaicos podem ser utilizados tanto conectados à rede elétrica ou

por armazenamento em baterias e posterior utilização pelo usuário. O seu uso atende

desde o consumo em pequenas residências, a grandes demandas, por meio de usinas

geradoras instaladas que podem atender uma indústria.

4.2 Radiação solar

Os raios solares que atingem a superfície terrestre, podem sofrer alterações de uma

região para outra. Essas mudanças geralmente ocorrem por fatores como a nebulosidade,

latitude, época do ano, hora do dia, entre outros fatores (WANDERLEY, 2012).

Anualmente toda a extensão do planeta recebe cerca de 3 x 1024 Joules de energia,

algo que gira aproximadamente em torno de 9,5 x 104 Terawatts de energia solar. Esse

Page 22: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

22

valor ultrapassa 10000 vezes o consumo elétrico mundial, sendo capaz de suprir toda a

demanda energética (MACHADO; MIRANDA, 2015).

4.2.1 Capacidade brasileira para a produção de energia solar

Por ser um pais quase todo tropical o Brasil apresenta bons índices para a geração

de energia solar em toda sua extensão, tendo médias de irradiação solar entre (1500-2.500

KWh.m-²) são valores maiores aos principais países da Europa, como Alemanha (900-

1250 Wh.m-²), França (900 - 1650 Wh.m-²) e Espanha (1200-1850 Wh.m-²), países aonde

a geração de energia solar é alta (PEREIRA et al. 2006). A figura 3 representa a radiação

solar global média no Brasil.

Figura 3 - Média da radiação solar no território brasileiro.

Fonte: Pereira et al. (2006).

Conforme observado na figura 3, as regiões com maior potencial para a geração

de energia fotovoltaica se encontram no Goiás, Tocantins, Minas Gerais e na região

Nordeste. Mesmo apresentando um bom índice para a geração de energia solar, o Brasil

no final de 2016, só utilizava cerca de 81 MWp de energia fotovoltaica, apresentando

uma parcela de pouco mais de 0,05% da produção total de energia gerada no país (MME,

2015).

Page 23: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

23

4.3 Histórico da energia fotovoltaica

4.3.1 Efeito fotovoltaico

A energia solar fotovoltaica é gerada a partir da conversão de radiação solar em

eletricidade por auxílio de materiais semicondutores, fenômeno conhecido como efeito

fotovoltaico. Esse fenômeno caracteriza-se por materiais que possuem uma banda de

energia totalmente preenchidas por elétrons (banda de valência) é outra completamente

vazia (banda de condução) (CARMARGO, 2017).

Atualmente o material, mais utilizado em semicondutores é o silício. Os átomos

são formados por quatro elétrons que fazem a ligação com os vizinhos, criando um

conjunto cristalino. Quando o mesmo é dopado com material tipo o fósforo, que tem cinco

elétrons de ligação, ocorre a sobra de um elétron, assim esse excesso cria uma pequena

energia térmica, tornando o fósforo um doador de eletros, criando um dopante tipo n

(CÂMARA, 2011).

Quando utilizado o boro, que possui três elétrons, ocorre a falta de um elétron para

suprir as ligações com os átomos da rede. Esse efeito é conhecido como buraco ou lacuna,

fazendo com que ocorra pouca energia térmica, ocasionando o deslocamento deste

buraco. Quando utilizado materiais assim é denominado um dopante p. Quando utilizado

metade do átomo de boro, a outra metade de fósforo, e criado a junção pn. A figura 4

retrata o efeito fotovoltaico (CÂMARA, 2011).

Figura 4 - Demonstração do efeito fotovoltaico.

Fonte: Câmara (2011).

Page 24: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

24

4.3.2 História da energia fotovoltaica

O efeito fotovoltaico foi constatado por Edmond Becquerel em 1839 ao perceber

que quando um material semicondutor era exposto a luz, gerava uma pequena diferença

de potencial. Em 1883, Charles Fritts desenvolveu a primeira bateria solar utilizando

selênio, mesmo tendo um pouco mais de 1% de eficiência energética, tornando um grande

avanço na época para a geração de energia solar (BERTOLI, 2012).

Em 1877, W. G. Adams junto com R. E. Day, desenvolveram o primeiro

dispositivo capaz de gerar eletricidade quando expostos a luz, utilizando dos princípios

fotocondutores de selênio, apresentaram dispositivos com uma baixa eficiência energética

algo em torno de 0,5%, mas eram capazes de gerar energia elétrica. Em 1905, Albert

Einstein contribuiu para o desenvolvimento da energia fotovoltaica explicando o efeito

fotoelétrico contribuindo para melhoria da tecnologia solar (VALLÊRA, 2006).

Somente em 1954, foram divulgados os primeiros resultados dos estudos feitos

em laboratório sobre as células fotovoltaicas a base de cilicio, juntamente com os

resultados apresentados, Chapin e seus colabores apresentaram a primeira célula

fotovoltaica (Figura 5) constatando uma eficiência de cerca de 4,5% (BRITO, 2006).

Figura 5 - Imagem da patente da primeira célula solar.

Fonte: Brito (2016).

A indústria fotovoltaica obteve crescentes resultados na produção de painéis

solares. No ano de 1978 a produção já excedia a marca de 1 MWp.ano-1, sendo os Estados

Unidos, um dos líderes mundiais na produção fotovoltaica na década de 90. Em 1998

Page 25: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

25

alcançou a marca de fabricação mundial de 150 MWp.ano-1 de células fotovoltaicas

(GTES, 2004).

Figura 6 - Maiores geradores de energia solar.

Fonte: MME (2017).

Nos últimos anos a Energia Solar vem ganhando espaço no mercado mundial

(Figura 6), principalmente em países da Europa e Ásia. Os países pioneiros na utilização

de energia solar do mundo como Alemanha, Itália, EUA a China foi o que obteve o maior

investimentos no ramo, se tornando o maior gerador de energia solar do planeta (MME,

2017).

4.4 Sistemas de energia solar fotovoltaica

Os sistemas fotovoltaicos podem ser montados de três formas diferentes: isolados,

híbridos e interligados a rede. O uso de cada sistema é escolhido de acordo com a

necessidade do projeto, da avaliação financeira, etc.

4.4.1 Sistemas autônomos ou isolados (OFF GRID)

Esse tipo de sistema não necessita da energia elétrica convencional para funcionar

(Figura 7). Ele pode ser usado de duas maneiras: com armazenamento e sem

Page 26: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

26

armazenamento. O primeiro é empregado em iluminação pública e em aparelhos que

utiliza pouca energia, para a utilização em grandes potencias é inviável, pois necessita de

grandes baterias, deixando economicamente caro sua implantação. Já o segundo toda

energia produzida é consumida instantaneamente, assim não é necessário utilizar baterias

para o armazenamento da energia produzida, tornando o sistema mais econômico, esse

modelo é constante utilizado para bombear água (PEREIRA & OLIVEIRA, 2011).

Esse tipo de sistema não é muito utilizado por necessitar acumular energia, para o

uso a noite ou em dias com baixa irradiação solar, esse sistema necessita de uma grande

área para a instalação de baterias, além de ter uma grande perda de energia por meio de

calor, essa perca acontece especialmente no verão. (PERLOTTI, 2012).

Figura 7 - Sistema Off-Grid

Fonte: NeoSolar (2017a).

4.4.2 Sistemas ligados à rede (ON GRID)

É um sistema que trabalha junto a rede elétrica (Figura 8). De forma básica a

energia elétrica gerada pelos painéis em corrente contínua, depois que transformada é

introduzida a rede elétrica, o que se torna desnecessário o seu armazenamento em baterias.

Essa conversão é realizada por um inverso de frequência, que liga o sistema elétrico com

o painel, esse tipo de sistema exige pouca manutenção (PEREIRA & OLIVEIRA, 2011).

Page 27: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

27

Figura 8 - Sistema On-Grid

Fonte: NeoSolar, (2017a).

4.4.3 Sistemas híbridos

A fusão de outras fontes de energia com o sistema fotovoltaico constitui-se o

sistema híbrido. Tem como principal vantagem possibilitar energia elétrica (armazenada

em baterias) em dias com baixa ou até mesmo nenhuma geração de energia, ocasionado

em dias com baixa luminosidade. Porém é um sistema bastante complexo, pois necessita

agregar outras formas de geração de energia elétrica como motor a diesel (PEREIRA &

OLIVEIRA, 2011).

4.5 Vantagens do Sistema Fotovoltaico

Entre as vantagens empregando o uso do sistema fotovoltaico pode-se citar:

• Uma fonte limpa e renovável. Sendo que a produção dos aparelhos implantados

no sistema existe um rigoroso processo de fiscalização, visando o mínimo de

poluição ao meio ambiente (CEZAR & SANTOS, 2010).

• Exige pouca manutenção durante sua vida útil.(RÜTHER, 2004).

• É um sistema em que não polui o meio ambiente e não emite barulho durante a

geração de energia (RÜTHER, 2004).

• A cada ano os painéis solares veem tendo uma crescente evolução tecnológica,

produzindo sistemas com mais eficiência e diminuindo o seu custo de produção

(ENERGIA, 2017).

Page 28: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

28

• Proporciona uma excelente economia, em comparação com o valor investido

apresentando um ótimo retorno financeiro, já que após instalação a economia na

conta de energia é alta e gastos com manutenção é mínima (ENERGIA, 2017).

• É uma ótima opção para a geração de energia elétrica em baixa escala para regiões

de difícil acesso (ECOA, 2019).

4.5.1 Desvantagens do sistema fotovoltaico

Entre as desvantagens da utilização desse sistema pode-se citar:

• Existe uma oscilação de energia produzida pelos painéis solares em dias com

pouca radiação solar, chuva e durante a noite não há geração de energia

(ENERGIA, 2017).

• Por apresentar pouca disponibilidade no mercado, a aquisição de um sistema

fotovoltaico (desde o projeto até a instalação) se torna um pouco caro

(ELEKTSOLAR, 2019).

• Apesar do avanço tecnológico no desenvolvimento dos painéis solares eles possui

um rendimento de 25% (ECOA, 2019).

• O Brasil apesar de possui excelentes taxas de irradiação solar, não há incentivos

(financeiros e fiscais) do governo para o uso dessa fonte (SOLAR, 2018).

4.6 Componentes de um sistema de energia solar fotovoltaica

4.6.1 Painéis Solares

O painel solar é o componente essencial quando se fala em geração de energia

fotovoltaica. O componente é composto de células fotovoltaicas, que quando exposto a

luz cria uma diferença de potencial elétrico gerando uma corrente elétrica, geralmente

essas células é colocada em série ou em paralelo de acordo com as tensões ou correntes

exigidas. O aglomerado destas células é denominado gerador fotovoltaico (PEREIRA &

OLIVEIRA, 2011). Os painéis solares geralmente são formados por um ou mais painéis,

sendo dimensionado de acordo com a necessidade de consumo elétrico (NEOSOLAR,

2019 b).

Page 29: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

29

Atualmente encontram-se três tecnologias no mercado buscando aperfeiçoar a

produção de células fotovoltaicas, a maior parte é de silício.

4.6.1.1 Painel solar monocristalino

Os painéis monocristalino são produzidos por um único cristal de silício (silício

puro), sendo o mesmo introduzido no silício fundido, esse procedimento é conhecido

como processo Czochralski (Figura 9). Sendo um dos painéis com maior eficiência do

mercado, cerca de 15 a 22%. Durante o processo é inserido uma pequena parcela de boro

no cristal, tornando ele um semicondutor dopado do tipo p. No decorrer do procedimento

é formado um lingote, sendo o mesmo separado em pequenas parcelas, o mesmo é

introduzido a uma grande temperatura, também é inserido fósforo, assim é criado a junção

p-n1 (MACHADO; MIRANDA, 2015).

Figura 9 - Processo de Czochralski.

Fonte: Machado & Miranda (2015)

4.6.1.2 Painel solar policristalino

Nesse modelo não é utilizado o método de Czochralski, o silício policristalino

(Figura 10) possui uma eficiência menor que o monocristalino algo em torno de 13 a

16,5%, apesar de ser produzido pela mesma matéria prima, ele é constituído de vários

cristais, diferente do método anterior que utiliza somente um (BENEVENUTO, 2016).

Page 30: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

30

Figura 10 - Painel solar policristalino.

Fonte: Portal Solar (2017).

4.6.1.3 Painel de filme-fino

Cerca de 12% da fabricação mundial é feita pela tecnologia de filmes-finos

(Figura 11), essa tecnologia é produzida pela pulverização de finas camadas de silício

sobre uma base rígida ou flexível, por consumir uma quantidade menor de material o seu

custo para fabricação é baixo, sua produção em larga escala é facilitada, quando

comparada a outros materiais. Porém, ao se comparar com o silício cristalino, esse

sistema, possui uma eficiência menor, necessitando de maiores áreas para gerar a mesma

energia que o sistema cristalino, elevando seu custo de instalação (VILLALVA;

GAZOLI, 2012).

Figura 11 - Painel de filme-fino.

Fonte: Portal Solar (2017).

Page 31: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

31

4.6.2 Controladores de carga

Utilizados principalmente nos sistemas isolados, aonde a variação da energia

produzida é maior. Os controladores são responsáveis por fazer o controle de carga que é

armazenado nas baterias, impedindo as descargas e sobrecargas geradas pelo sistema,

tornando o tempo de vida útil das baterias maior (WANDERLEY, 2012).

No mercado encontra-se diferentes tipos de controladores de cargas, um dos

modelos mais desenvolvidos possui o MPPT (Maximum Power Point Tracking –

rastreamento do ponto de máxima potência). Esse mecanismo tem fundamental

importância para o sistema fotovoltaico, pois a partir dele é possível obter um rendimento

maior das placas, obtendo resultados melhores na transformação de energia solar em

elétrica para o consumidor, outras maneiras de também evitar sobrecargas nas baterias e

assim prolongar sua vida útil são: interromper o circuito dos geradores é curto-circuitando

os painéis (VILLALVA; GAZOLI, 2012).

Nos controladores tipo em série é possível desligar o sistema das baterias quando

elas atingem seu nível máximo de carga, isso é feito através de uma chave instalada no

sistema, conforme apresentado na figura 12 (ANTONIO, 2010).

Figura 12 - Controladores de carga em série.

Fonte: Pinho e Galdino (2014).

Já nos controladores montado em paralelo dispõe de uma chave instalada no

início das placas fotovoltaicas, dessa forma quando alcançado a tensão máxima na bateria,

os painéis recebem um curto-circuito, conforme demostrado na figura 13. Esse sistema é

o mais utilizado nos sistemas fotovoltaicos, pois possui um rendimento maior com as

baterias e tem um baixo consumo de energia (ANTONIO, 2010).

Page 32: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

32

Figura 13 - Controlador montado em paralelo.

Fonte: Pinho e Galdino (2014).

No sistema que utiliza os rastreadores MPPT, é instalado um conversor CC-CC

no início dos painéis, nesse modelo através de um sistema de rastreio, é possível obter o

melhor funcionamento do sistema fotovoltaico, fazendo com que se tenha um

desempenho melhor em relação aos outros modelos, sendo a saída do conversor regulada

para a tensão de carga da bateria, conforme demostrado na figura 14 abaixo. Por ser um

sistema mais complexo esse tipo de controlador é mais caro do que os outros modelos

mostrados anteriormente. (ANTONIO, 2010).

Figura 14 - Controlador MPPT.

Fonte: TEMsustentável (2019).

Page 33: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

33

4.6.3 Inversores

Os inversores têm como principal função transformar a corrente continua (CC)

em corrente alternada (CA), garantindo que o sistema transforme a energia solar gerada

pelos painéis em energia elétrica com total proteção, além de fazer a inversão das

correntes o mesmo também aferi a energia produzida pelo sistema (SOLAR, PORTAL,

2019).

Atualmente no mercado existe vários tipos de inversores disponíveis, sendo que o

modelo escolhido deve atender as necessidades de cada sistema fotovoltaico, dentre esses

inversores podemos destacar os que são mais utilizados: on-grid (inversor utilizado em

sistema conectados à rede elétrica), off-grid (utilizado em sistema que utiliza baterias para

o armazenamento de energia), inversor híbrido (trabalha em conjunto com a rede elétrica

e com o banco de baterias) (SOLAR, 2019).

4.6.4 Baterias

Utilizadas principalmente no sistema off-grid, e nos sistemas híbridos a bateria

permite que a energia transformada durante o dia seja armazenada, possibilitando que

durante as horas em que não haja a transformação de energia solar em eletricidade (a

noite) seja mantido o fornecimento elétrico. Na maioria dos sistemas fotovoltaicos

empregasse as baterias de chumbo-ácido, cuja sua vida útil é maior que as demais

existentes no mercado (Carvalho, 2013). Atualmente no mercado existem modelos de

baterias mais sofisticados que também são empregados nos sistemas fotovoltaicos como

por exemplo íon de lítio, Níquel-Cádmio, Níquel-hidreto, porém por apresentar um alto

valor comercial se torna improprio sua utilização nos sistemas residenciais (GTES, 2004).

As baterias de chumbo-ácido são bastante empregadas no sistema fotovoltaico por

apresentar um baixo valor é por encontrar vários tipos de modelos existentes no mercado.

Esse tipo de bateria pode ser selada (VRLA) ou abertas. As baterias do tipo seladas não

se fazem necessários a verificação do nível de água durante sua vida útil, assim há pouca

manutenção. Diferentemente das baterias de chumbo-ácido aberta que necessita de

manutenção com frequência para a verificação do nível de eletrólito, prolongando sua

vida útil (GTES, 2004).

Page 34: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

34

4.7 Viabilidade econômica

4.7.1 Valor presente líquido

O valor presente líquido (VPL) é utilizado em projetos fotovoltaicos para somar

os valores de fluxo de caixa, que ocorrem durante a vida útil do sistema, sendo usado na

tomada de decisão sobre investimentos. Na equação 1 abaixo é possível calcular o VPL

do sistema fotovoltaico. Para saber se o sistema é viável, calculasse o VPL e se o resultado

for maior ou igual a zero se torna viável a execução do sistema, se o resultado for menor

que zero não se torna viável a execução do projeto (ROSS, S. A, 2007).

𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 = −𝐹𝐹𝐹𝐹0 + �

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹(1 + 𝑖𝑖)𝑘𝑘

𝑁𝑁

𝐾𝐾=1

(1)

Onde:

FC0 = Valor do investimento inicial

FCk = Valores de entrada ou saída do caixa em cada período de tempo

k = Período de tempo

i = taxa mínima de atratividade do projeto

4.7.2 Taxa interna de retorno

A taxa interna de retorno (TIR) é utilizada para determinar quando o valor inicial

aplicado no sistema será zero, na equação 2 abaixo é possível calcular o TIR. Para a

tomada de decisão é necessário comparar o valor do TIR com o taxa mínima de

atratividade (TMA), sendo que se o TMA for maior significa que é economicamente

atrativo executar o projeto, quando menor não se torna viável sua execução (Gitman,

2007).

Page 35: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

35

0 = −𝐹𝐹𝐹𝐹0 + �

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹(1 + 𝑖𝑖)𝑘𝑘

𝑁𝑁

𝐾𝐾=1

(2)

Onde:

FC0 = Valor do investimento inicial

FCk = Valores de entrada ou saída do caixa em cada período de tempo

k = Período de tempo

4.7.3 Payback descontado

O payback descontado será utilizado nesse trabalho para determinar quanto tempo

será necessário para que o valor do capital investido no sistema seja recuperado. Segundo

Gitman (2007) o payback descontado é o tempo necessário para que o valor investido no

sistema possa ter retorno, onde o valor do dinheiro varia de acordo com o tempo.

Page 36: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

36

5 - METODOLOGIA

O trabalho utilizará como base um modelo de complexo multifamiliar semelhantes

aos entregues no programa Minha Casa Minha Vida, os dados técnicos desse complexo,

representado na Figura 15. Por apartamento são:

• sala, cozinha, varanda, dois quartos e banheiro social. • área interna de cada apartamento com 47,92 m2. • área do apartamento com 56,5 m2.

Figura 15 - Layout do primeiro pavimento.

Fonte: Autor (2019).

Page 37: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

37

Esse trabalho consiste em um estudo de viabilidade econômica com a implantação

de um sistema fotovoltaico em um conjunto multifamiliar no município de Barra do

Garças-MT, este estudo foi desenvolvido através da realização de várias etapas assim

exemplificado no fluxograma da figura 16 e baseados no referencial teórico abordado.

Figura 16: Fluxograma metodológico do trabalho

Fonte: Autor (2019).

O residencial foi planejado para ter um total de 16 apartamentos distribuídos em

quatro pavimentos, sendo quatro apartamentos por andar. A figura 15 apresenta o layout

de um pavimento, sendo os outros pavimentos iguais.

O presente trabalho utilizara um modelo de painéis solares utilizados por uma

empresa da região que faz o uso da mesma em projetos residenciais e comerciais na

cidade, será feito um levantamento provável de geração de energia solar por uma placa

no horário de maior incidência solar em Barra do Garças-MT, após feito essa estimativa,

foi multiplicada pelo total de placas solares instaladas na cobertura do provável

residencial, sendo possível desta maneira obter a capacidade de geração diária da mini

usina, e consequentemente a geração mensal e anual do sistema instalado.

Depois de dimensionar as placas na área de cobertura disponível e calcular os

gastos para a implantação do sistema fotovoltaico, o próximo procedimento foi fazer um

levantamento da possível energia elétrica gerada pelos painéis solares e

consequentemente foi possível fazer um levantamento da estimada economia gerada pelo

sistema. Tendo em vista que esses apartamentos são utilizados por famílias de baixa renda

Etapa 1:Levantamento e

Revisão Bibliográfica

Etapa 2:Coleta de Dados

Etapa 3:Calculo dos

dados

Etapa 4:Resultados e Conclusões

Page 38: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

38

a proposta desse trabalho tem como finalidade mostrar a possível economia gerada para

as famílias com a energia elétrica gerada pelo sistema implantado.

5.1 Tarifa da energia para residências em Mato Grosso

Segundo a Energisa (2019), as tarifas vigentes para os consumidores estão

exibidas na tabela 1.

Tabela 1 - Tarifas vigentes para consumidores residenciais grupo B1.

TARIFA CLASSES CONSUMO (R$/kWh)

B1

Residencial sem benefício 0,62684 Residencial Br – consumo até 30 kWh 0,19770

Residencial Br – consumo de 31 a 100 kWh 0,33892 Residencial Br – consumo de 101 a 220 kWh 0,50839 Residencial Br – consumo acima de 220 kWh 0,56488

Fonte: adaptado Energisa (2019).

Para a simulação de cálculo do valor da energia, foi usado o valor da tarifa de

(consumidores residenciais do grupo B1 da classe Residencial Br – consumo de 101 a

220 kWh).

5.2 Redução na eficiência dos módulos solares

Segundo Pinho e Galdino (2014), a eficiência dos módulos varia de acordo com

sua vida útil, essa redução no desempenho do sistema varia entre 0,5% a 1% ao ano. Para

o estudo desse caso foi aplicado uma redução no desempenho do sistema de 1% ao ano.

5.3 Manutenção do sistema

Segundo Souza (2015) ao longo de sua vida útil do sistema é necessário fazer

algumas manutenções preventivas para manter o bom funcionamento do sistema, essa

manutenção varia anualmente entre 0,5 a 1% do valor inicial do sistema. Para o estudo

desse trabalho foi utilizado o valor de 1%.

Page 39: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

39

6 - DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

6.1 Radiação solar

Para a realização do projeto é necessário obter o histórico de irradiação mensal na

região de Barra do Garças – MT, assim será possível obter o máximo de aproveitamento

anual que o sistema será capaz de gerar. Nesse trabalho foram utilizados os dados de

irradiação solar do site da CRESESB por meio do programa SunData, conforme a Tabela

2.

Tabela 2 - Irradiação Solar Diária Média Mensal [kWh/m2.dia] em Barra do Garças – MT.

Ângulo/Mês Plano

Horizontal Ângulo igual a

latitude Maior média

anual Maior mínimo

mensal 0° 15° N 17° N 9° N

Janeiro 5.47 5,07 5,00 5,26 Fevereiro 5.62 5,40 5,35 5,52

Março 5.30 5,34 5,33 5,36 Abril 5.31 5,70 5,73 5,58 Maio 4.93 5,63 5,70 5,38 Junho 4.62 5,43 5,51 5,14 Julho 4.88 5.67 5,75 5,39

Agosto 5.41 5,97 6,02 5,78 Setembro 5.43 5,61 5,61 5,57 Outubro 5.51 5,37 5,34 5,46

Novembro 5.33 4,99 4,93 5,15 Dezembro 5.51 5,06 4,98 5,26

Média 5,28 5,44 5,44 5,40 Fonte: SunData.

Seguindo as orientações de uma empresa especializada em painéis fotovoltaicos

da cidade, nesse trabalho foi utilizado a maior média anual fornecido pelo SunData, sendo

utilizado uma inclinação de 17° N, assim é possível obter uma maior geração de energia

além de obter maior rentabilidade do sistema ao longo de sua vida útil.

Page 40: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

40

6.2 Estimativa da potência instalada para o dimensionamento do sistema

fotovoltaico

Para o correto dimensionamento do sistema fotovoltaico é necessário ter o

consumo médio de energia elétrica das residências, segundo o Anuário Estatístico de

Energia Elétrica de 2018, ano base 2017 o consumo médio de energia elétrica residencial

no estado de Mato Grosso em 2017 foi de 214.3 Kwh mês-1, para o estudo desse trabalho

foi utilizado esse consumo médio da EPE (EPE, 2018a).

De acordo com a proposta desse estudo o conjunto habitacional contara com um

total de 16 famílias, totalizando um consumo final de 41145.6 Kwh ano-1.

6.3 Especificações do módulo

Para a realização desse trabalho foi utilizado o módulo CS6X-335P da empresa

Canadian Solar® (Anexo A), com dimensões de 1,971 m de comprimento por 0,995 m de

largura, uma voltagem de máxima potência (Vmp) de 37,4 V, corrente máxima potência

(Imp) de 8,96 A, peso aproximado de 27,5 kg, tensão de circuito aberto (Voc) de 45,8 V,

corrente de curto circuito (Isc) de 9,54 A, eficiência de 17,16% e temperatura de

funcionamento entre -40 a 85 °C (CANADIAN SOLAR INC, 2019).

Para dimensionar a quantidade de painéis solares (NP) necessário para a geração

de energia solar é preciso levar em conta dados como a radiação solar da região, o

consumo anual de energia elétrica consumida, o modelo de placas solares escolhida

quanto a sua eficiência e sua área, os quais serão demostrados na equação 3.

𝑁𝑁𝑉𝑉 =𝐹𝐹𝐶𝐶

𝑀𝑀𝐶𝐶 × 𝐴𝐴𝐴𝐴 × 𝐸𝐸𝐴𝐴 × 𝐸𝐸𝐸𝐸 × 𝐷𝐷

(3)

Sendo:

Ca = Consumo anual de energia

Ma = Maior média de irradiação solar

Ap = Área do painel

Ep = Eficiência do painel

Es = Eficiência do sistema

Page 41: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

41

D = dias ensolarados no ano

Utilizando a equação acima e substituindo pelos valores especificados, temos que

o resultado será de 77 painéis, dispostos como apresentado na figura 16.

Figura 17 - Vista superior dos painéis solares.

Fonte: Autor (2019).

Utilizando a área de cobertura do residencial escolhido como modelo a fim de

utilizar um espaço ocioso e buscando aproveitar da melhor maneira a área disponível,

obedecendo um espaçamento de 40 cm entre cada linha de painéis para manutenções,

como consertos ou possíveis trocas de placas, e um espaçamento de 40 cm em relação ao

beiral e seguindo uma inclinação de 17° em relação a horizontal, (conforme a orientação

passada por uma empresa da região que trabalha com painéis solares), para um melhor

absorvimento da radiação solar, com os módulos sempre voltados para o norte, foi

possível fazer a implantação de 77 painéis, colocados da seguinte maneira: 12 linhas com

Page 42: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

42

6 placas cada, 1 linhas com 3 placas e 1 linha com 2 placas, conforme mostrado na figura

16.

6.4 Especificações do inversor

Para a realização desse trabalho foi usado o inversor FRONIUS ECO, além da

escolha atender as necessidades do sistema esse modelo de inversor é utilizado pela

empresa que projeta e executa sistemas fotovoltaicos na região. O modelo de inversor é

o FRONIUS ECO 27.0-3-S (Anexo B) de dimensões de 0,725 x 0,51 x 0,225 m, eficiência

máxima de 98,3%, máxima corrente de entrada (Idc max) 47,7 A, máxima corrente de saída

(Iac nom) 39,0 A.

6.5 Valor da taxa mínima de atratividade

Usualmente a taxa mínima de atratividade (TMA) para pessoas físicas são

calculadas nos valores de rendimento da caderneta de poupança, para esse trabalho a

definição do TMA foi baseada nos rendimentos no período de janeiro de 2015 a dezembro

de 2018. Na tabela 3 abaixo foi calculado os TMA para os 48 meses.

Tabela 3 - Cálculo da rentabilidade média ao ano da caderneta de poupança entre janeiro de 2015 a dezembro de 2018.

Mês/Ano 2015 2016 2017 2018 Janeiro 0,5882% 0,6327% 0,6708% 0,3994%

Fevereiro 0,5169% 0,5962% 0,5304% 0,3994% Março 0,6302% 0,7179% 0,6527% 0,3885% Abril 0,6079% 0,6311% 0,5000% 0,3715% Maio 0,6159% 0,6541% 0,5768% 0,3715% Junho 0,6822% 0,7053% 0,5539% 0,3715% Julho 0,7317% 0,6629% 0,5626% 0,3715%

Agosto 0,6876% 0,7558% 0,5512% 0,3715% Setembro 0,6930% 0,6583% 0,5000% 0,3715% Outubro 0,6799% 0,6609% 0,4690% 0,3715%

Novembro 0,6303% 0,6435% 0,4273% 0,3715% Dezembro 0,7261% 0,6858% 0,4273% 0,3715%

Acumulado 7,7899% 8,0045% 6,422% 4,5308% Fonte: Adaptado da BACEN, 2019.

Page 43: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

43

A rentabilidade média para os 48 meses foi de 6,6868% para o presente trabalho

foi adotado um TMA de 7%.

6.5 Custos de instalação

Foi realizado um orçamento numa determinada empresa na região de Barra do

Garças – MT com o intuito de verificar a análise de custos do sistema a ser instalado no

estudo de caso desse trabalho. A empresa realizou um orçamento no valor de R$

94.750,00. Desse valor, um total de R$ 68.211,00 seria destinado a compra dos módulos

geradores e outros componentes do sistema, e os outros R$ 26.539,00 seria destinado ao

pagamento da mão de obra e a elaboração do projeto. A empresa ofereceu uma forma de

pagamento dividida em 3 vezes, sendo uma entrada de R$ 68.211,00 uma parcela com 30

dias de R$ 13.269,50 e outra parcela com 60 dias de R$ 13.269,00, essa forma de

pagamento oferecida pela empresa não cobra juros, a empresa também ofereceu auxílio

para a obtenção de outra linha de financiamento oferecida por outras instituições.

6.7 Geração de energia esperada

A geração de energia gerada mensal (Em) equação 4 ao longo do primeiro ano de

funcionamento do sistema é representada na Tabela 4, sendo o cálculo dado em função

da eficiência do painel (Ep), eficiência do sistema (Es), área do painel (Ap), radiação solar

de cada mês (Rm), do número de dias ensolarados do mês (Nd) e o número de painéis

(Np).

𝐸𝐸𝐸𝐸 = 𝐸𝐸𝐴𝐴 × 𝐸𝐸𝐸𝐸 × 𝐴𝐴𝐴𝐴 × 𝑅𝑅𝐸𝐸 × 𝑁𝑁𝑁𝑁 × 𝑁𝑁𝐴𝐴 (4)

Na tabela 4 é possível observar a relação de energia gerada pelo sistema é

consumida pelos moradores, durante seu primeiro ano de utilização o sistema é suficiente

para atender toda a demanda de consumo elétrico dos moradores.

Page 44: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

44

Tabela 4 – Geração e consumo de energia ao longo do primeiro ano de utilização do sistema.

Mês Energia Gerada Estimada (kwh)

Estimativa da Economia

com Energia Gerada (R$)

Energia Consumida em (kwh)

Energia Consumida em

(R$))

Janeiro 3213,21 1.633,05 3428,80 1.743,16 Fevereiro 3105,41 1.578,76 3428,80 1.743,16

Março 3425,28 1.741,38 3428,80 1.743,16 Abril 3563,55 1.811,67 3428,80 1.743,16 Maio 3663,06 1.862,26 3428,80 1.743,16 Junho 3426,73 1.742,11 3428,80 1.743,16 Julho 3695,19 1.878,59 3428,80 1.743,16

Agosto 3868,70 1.966,81 3428,80 1.743,16 Setembro 3488,92 1.773,73 3428,80 1.743,16 Outubro 3431,71 1.744,64 3428,80 1.743,16

Novembro 3066,02 1.558,73 3428,80 1.743,16 Dezembro 3200,35 1.627,03 3428,80 1.743,16

Já na Tabela 5 foi realizada uma projeção no aumento de consumo elétrico de 2%

ao ano para consumo residencial, uma perca de eficiência do sistema de 1% ao ano e um

aumento de 7% ao ano no valor da inflação da energia elétrica.

Page 45: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

45

Tabela 5 - Energia e consumo ao longo da vida útil do sistema.

Ano Energia Gerada (kwh)

Energia Gerada (R$)

Energia Consumida

(kwh)

Energia Consumida (R$)

1 41148,18 20.915,62 41145,60 20.914,30 2 40736,70 22.156,69 41968,51 22.826,67 3 40329,33 23.471,67 42807,88 24.914,18 4 39926,04 24.861,94 43664,03 27.189,59 5 39526,78 26.336,69 44537,32 29.675,21 6 39131,51 27.900,77 45428,06 32.390,20 7 38740,20 29.554,89 46336,62 35.350,20 8 38352,79 31.307,38 47263,36 38.581,08 9 37969,27 33.166,15 48208,62 42.110,22 10 37589,57 35.131,21 49172,80 45.956,89 11 37213,68 37.213,68 50156,25 50.156,25 12 36841,54 39.420,45 51159,38 54.740,53 13 36473,13 41.758,08 52182,56 59.743,81 14 36108,39 44.236,39 53226,22 65.207,44 15 35747,31 46.861,15 54290,74 71.169,73 16 35389,84 49.637,79 55376,56 77.671,16 17 35035,94 52.581,94 56484,09 84.771,32 18 34685,58 55.701,57 57613,77 92.521,95 19 34338,72 59.004,23 58766,04 100.977,68 20 33995,34 62.503,83 59941,36 110.208,18 21 33655,38 66.210,24 61140,19 120.281,09 22 33318,83 70.136,14 62363,00 131.274.,11 23 32985,64 74.293,56 63610,26 143.269,38 24 32655,78 78.700,45 64882,46 156.366,72 25 32329,23 83.367,38 66180,11 170.658,64

Fonte: autor, 2019.

Na tabela 6, estão os dados relativos econômicos do projeto, sendo que esses

valores foram obtidos nas equações 1 e 2, considerando o aumento da tarifa de energia

elétrica ao longo da vida útil do sistema, além do aumento no consumo elétrico das

residências, foi também considerado a perca de eficiência do sistema de 1% ao ano. No

fluxo de saída foi considerado os gastos com manutenção de 1% do investimento sendo

reajustado a cada ano na mesma proporção da tarifa da energia elétrica.

Page 46: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

46

Tabela 6- Análise econômica do sistema fotovoltaico instalado.

Ano Economia de energia gerada

Gasto com manutenção

Fluxo de caixa Fluxo de caixa descontado

VPL

1 R$20.915,62 R$0 R$20.915,62 R$19.547,31 R$-75.202,69 2 R$22.156,69 R$ 1.013,82 R$21.142,87 R$18.466,98 R$-56.735,71 3 R$23.471,67 R$ 1.084,79 R$22.386,88 R$18.274,36 R$-38.461,35 4 R$24.861,94 R$ 1.160,72 R$23.701,22 R$18.081,55 R$-20.379,80 5 R$26.336,69 R$ 1.241,97 R$25.094,72 R$17.892,19 R$-2.487,61 6 R$27.900,77 R$ 1328,91 R$26.571,86 R$17.705,95 R$15.218,34 7 R$29.554,89 R$1.421,94 R$28.132,95 R$16.547,62 R$31.765,96 8 R$31.307,38 R$1.521,47 R$29.785,91 R$17.335,67 R$49.101,63 9 R$33.166,16 R$1.627,98 R$31.538,17 R$17.154,67 R$66.256,30

10 R$35.131,21 R$1.741,94 R$33.389,27 R$16.973,41 R$83.229,71 11 R$37.213,68 R$1.863,87 R$35.349,81 R$16.794,44 R$100.024,15 12 R$39.420,45 R$1.994,34 R$37.426,11 R$16.617,64 R$116.641,79 13 R$41.758,08 R$2.133,95 R$39.624,13 R$16.442,61 R$133.084,40 14 R$44.236,39 R$2.283,32 R$41.953,07 R$16.270,12 R$149.354,52 15 R$46.861,15 R$2.443,16 R$44.417,99 R$16.099,12 R$165.453,64 16 R$49.637,79 R$2.614,18 R$47.023,61 R$15.928,52 R$181.382,16 17 R$52.581,94 R$2.797,17 R$49.784,77 R$15.760,58 R$197.142,74 18 R$55.701,57 R$2.992,97 R$52.708,60 R$15.594,57 R$212.737,31 19 R$59.004,23 R$3.202,48 R$55.801,75 R$15.429,65 R$228.166,96 20 R$62.503,83 R$3.426,65 R$59.077,18 R$15.266,67 R$243.433,63 21 R$66.210,24 R$3.666,52 R$62.543,72 R$15.105,13 R$258.538,76 22 R$70.136,14 R$3.923,18 R$66.212,96 R$14.945,14 R$273.483,90 23 R$74.293,56 R$4.197,80 R$70.095,76 R$14.786,48 R$288.270,38 24 R$78.700,45 R$4.491,65 R$74.208,80 R$14.630,01 R$302.900,39 25 R$83.367,38 R$4.806,06 R$78.561,32 R$14.474,86 R$317.375,25

Fonte: Autor, 2019.

Na Figura 17 é possivel ver que o VPL se torna possitivo a partir dos 6 anos de

utilização do sistema. Portanto, indica que o valor investido após os 6 anos é recuperado.

Figura 18 - Valor Presente Líquido ao longo da vida útil do sistema.

Já o payback conforme mostrado na figura 17 mostra que o tempo de retorno do

capital inserido começou a ser recuperado a partir de 5,16 anos, o que mostra que o

-100.000,00

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Valor Presente Liquido (VPL)

Anos

Page 47: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

47

sistema retornará o dinheiro investido num tempo rápido, e levando em consideração que

o sistema tem uma vida útil de 25 anos, demostra ser um bom investimento.

Como o trabalho foi desenvolvido para um residencial multifamiliar a

distribuição da energia gerada pelo sistema ocorrera da seguinte maneira. Cada

apartamento vai ter seu próprio padrão, e toda a energia gerada pelo sistema será injetada

na rede elétrica pública, e será distribuída igualmente entre todos os apartamentos do

residencial, assim evitara que algum apartamento consuma mais que os outros, dessa

forma cada apartamento terá sua conta de luz separada e caso o consumo seja maior que

a geração do sistema irá pagar pelo excedente de energia separado.

Page 48: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

48

7 - CONCLUSÃO

Este trabalho demostrou que, no caso estudado, o sistema fotovoltaico se tornou

rentável a partir dos 5,16 anos de utilização, demostrando ter um rápido retorno do

dinheiro investido, o sistema apresentado no caso atendeu quase que totalmente o

consumo elétrico das famílias durante os primeiros anos de uso.

Assim, é possível perceber que a implantação de sistemas fotovoltaicos em

residências multifamiliar pode representar um investimento positivo. Como a expectativa

de vida útil do sistema é de 25 anos de vida útil do sistema, gerando uma considerável

economia de longo prazo, sua aplicação pode ser considerada uma opção adequada

inclusive para famílias de baixa renda, foco deste tipo de moradia.

Sugere-se como pesquisas para futuros trabalhos, o estudo de implantação de um

sistema fotovoltaico para um condomínio multifamiliar, semelhantes aos entregues pelo

governo federal através do programa minha casa minha vida.

Page 49: ESTUDO ECONÔMICO DE PAINÉIS SOLARES EM RESIDENCIAL

49

8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO – A Especificações do módulo

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ANEXO B – Especificações do inversor

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