educador - poesia experimental portuguesa · poemografias, poesia experimental portuguesa, 16...

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1. Multi/Ecos _Poesia Visual, Teatro Estúdio CITAC, Universidade de Coimbra, 1978. Exercícios da Verdade e da Razão [Textos: Escravos, Ver/dade, Razão e Génesis] de António Barros [leitura performativa de Rui Orfão]; Chairs, de Mineo Aayamaguchi; As Aulas de Anatomia do Dr. Ruth, de Abel Mendes; Poesia Experimental #1, Grupo Teatro Anima; Máscaras, de Paulo Maria; Radioideologias e O Grito [leitura performativa de António Brito, Maria Conceição e Silvestre Pestana], e Computer Story [leitura performativa de António Rebelo e José Manuel Santos] poesia visual de Silvestre Pestana. Evocação de John Crown Ranson – As imagens são nuvens de glória para o homem que descobriu que as ideias são uma espécie de escuridão. [Contributos: Revista Arte Opinião, Lisboa; Revista Via Latina, Coimbra]. 2. Isabel Alves, Ernesto de Sousa [Identificacion con tu cuerpo, instalação]; António Barros [Revolução, Texto Visual/Instalação], Museo Vostell Malpartida, 7 abril 1979. 1. Revolução, 2. Escravos, 3. Ver/dade, 4. Valor [da série “gRitos da Angústia e do Sarcasmo”, SACOM_2, MVM, 7-11 abril 1979. Coleção Museo Vostell Malpartida, Cáceres, Espanha]. Foto: Monteiro Gil. 3. Vostell Fluxus Zug, Das Mobile Museum Vostell_7 Environments Über Liebe Tod Arbeit , Leverkusen, 1981. [Tadeusz Rolke Archive; MUZEUM_Museum of Modern Art in Warsaw]. 4. Black=Black_Imagens e sensações da personalidade_Coimbra, Artitude:01, Projectos & Progestos, Teatro Estúdio CITAC, Coimbra, 1983. [po-ex.net/; Esta danada caixa preta..., CITAC/IUC]. 5. Manhãs Raízes, 1983, António Barros, Galeria CAPC. [Sandra Guerreiro Dias, O Corpo como Texto: Poesia, Performance e Experimentalismo nos Anos 80 em Portugal, Tese de doutoramento, Universidade de Coimbra, setembro de 2015; catálogo CAPC]. 6. Memórias e Refrações, António Barros, António Pinto Ribeiro, Carlos Zingaro e Paula Massano, SITU_Semana Internacional do Teatro Universitário de Coimbra, 1984. [Contributo: Revista Música em Si]. 7. Ernesto Melo e Castro, em “TEIA”_Performance; Instalação, parte integrante de Programa CAPC, novem- bro, 1985: 1. APOKATASTASIS_Uma Meditação_ Elegia a Julian Beck (1925-1985), com António Barros, João Torres, José Louro, José Troya [Living Theatre], Rui Mendes, Silvestre Pestana [14 set 1985]; 2. TEIA, Ernesto Melo e Castro; 3. MANISSE, Alberto Pimenta; 4. COIMBRA, POESIA VISUAL 1975-85 [Mostra Documental]; 5. POEMOGRAFIAS, Poesia Experimental Portuguesa, 16 novembro 1985, Galeria CAPC. 8. Breves Estórias do Meu País [Escravos, 1977, António Barros], 3e Festival International de Poésie de Cogolin, 5 au 12 Juillet, 1986, Cogolin [III – Poesie Visuelle Portuguaise, DOC(K)S – Portugal N.º 80. Printemps 87]. Direção de Julien Blaine, com Lawrence Ferlinghetti, Armand Schwerner, Nanni Balestrini, Umberto Eco, Paolo Fabbri, José Augusto Seabra, Jean Delord, Mario Merz, António Barros, Bernard Heidsieck, Sarenco, Jiri Kolar e. o. 9. 10. Amant Alterna Camenae, a partir de Causa Amante de Maria Gabriela Llansol. Direção Artística: António Barros; Interpretação: Helena Gonçalves, Margarida Félix, Pilar Mosquera; Canto e Voz: Cristina Martins e Ana Guedes; Composição para voz: Pedro Falcão; Electro-acústica: António Andrade; Ambiente Sonoro: Jon Hassel; Caracterização e penteados: Carlos Gago; Guarda-roupa: Lurdes Abrantes e Rosa Gonçalves; Registo vídeo: Paulo Larisch; Fotografia: Guilherme Silva. Exposições Experimentais de Artes Plásticas, Secretaria de Estado da Cultura, CAPC, Círculo de Artes Plásticas, Coimbra, 5-30 dezembro, 1987. [“Para lá de uma geografia de lugares”, por António Pedro Pita, Projeto: Uma Luva na Língua; po-ex.net/]. 11. Ninguém_ Penélope reconhece Ulisses, 1999, António Barros, Almeida Garrett na Torre d’Anto, Bicentenário das Comemorações do Nascimento de Almeida Garrett, Coleção Câmara Municipal de Coimbra [com António Olaio e Arlindo Dinis, 28 janeiro-31 março, 1999]. 12. Alberto Carneiro. Alquimias, Dos Pensamentos das Artes, Encontros de Arte, Coimbra 2000, Curador António Barros. Participação ainda de António Olaio, Miguel Palma, Rui Chafes, Pedro Proença, Susana Mendes Silva, João Sousa Cardoso, José Santos Maia, Paulo Mendes, Delfim Sardo, Jorge Barreto Xavier e. o. Diferentes espaços da cidade, 2000. [Catálogo Alquimias, Dos Pensamentos das Artes, ANF; Revista Triplov, Lisboa]. 13. Fui Tirado de Dentro de Mim, 2000, Rui Chafes, Arte em Espaço Público, Alquimias, Dos Pensamentos das Artes, 2000. Obra residente na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, oferecida pela ANF à Universidade de Coimbra [Catálogo: Alquimias, Dos Pensamentos das Artes; Rua Larga, Revista da Reitoria da Universidade de Coimbra]. 14. O Mundo à Minha Procura, Ruben A, 30 Anos depois, Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, Direção de Imagem António Barros, 2005. [Catálogo da Exposição, Edição; Imprensa da Universidade de Coimbra; Rua Larga #10, O mundo à procura de Ruben A – “A tragédia do escritor”; po-ex.net/]. 15. Re_Mate, 2012, António Barros, Obgesto evocativo da releitura de Ruben A em “O mundo à minha procura”. Nas Escritas Po.Ex, Progestos_Obgestos, 1972-2012, Casa da Escrita, Coimbra, 2012. 16. Sandales_Mal de Mer, 2006. [Progestos_Obgestos, 1972-2012, António Barros, Nas Escritas Po.Ex, Casa da Escrita, Coimbra; po-ex.net/]. 17. 18. MUSAC_Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León, Tradição, 2011, António Barros [Coleção Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea do Porto], Cambio de Paradigma. Colección Serralves anos 60-70, com Vito Acconci, John Baldessari, António Barros, Christian Boltanski, Jan Dibets, Hamish Fulton, Gilbert & George, Dan Graham, Joan Jonas, Jannis Kounellis, Richard Serra e. o. [registo vídeo em po-ex.net/] 19. VIVER, 2011, António Barros, com Spiridon Shishigin, Elegia a Jorge Lima Barreto, 16_Bienal Internacional de Arte de Cerveira, 2011. [Revista Triplov, Lisboa]. 20. Vulto Limite, 2012, Project Association Artists_NDC_Cerveira, Portugal, 10 mar-14 abril, com António Dantas, Augusta Vilalobos, Celeste Cerqueira, Ilda Teresa Castro, Jorge Pais de Sousa, Manoel Barbosa, Maria Estela Guedes, Sónia da Silva Pina, Teresa Gonçalves Lobo, e. o., Cerveira, 2012. [po-ex.net/]. 21. 22. Aula Vaga, 2012, António Barros, 1.000.051.º Aniversário da Arte [Robert Filliou, Ernesto de Sousa], CAPC_Círculo de Artes Plásticas de Coimbra [com António Melo, António Olaio e Armando Azevedo]. 23. Insulae, em: Alphabet Event_ a partir da letra A de Paul Valéry, António Barros e António Dantas, Galeria dos Prazeres, Madeira, 10 ago-3 set, 2012. [Processo, performativo, com António Dantas, António Barros, Augusta Vilalobos, Fernanda Martins, Filipa Dantas e Patrícia Sumares]. 24. Anulação do Tempo ou o Poeta Ausente, a partir do texto “Para Ruy Cinatti ausente em Timor e algures após cinco anos sem notícias”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, Projeto Galáxia Camões, 10 junho 2013, Alma Azul, Coimbra. 25. 26. aL(a)ma, 2014, António Barros, Coisas Reais, CAAA_Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães, 6 dezembro 2014-11 janeiro 2015. 27. Oratória, 2012-2014, António Barros [Projeto: What is Watt?], Coisas Reais, CAAA_Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães, 2014. 28. Bruma, 2014, António Barros, Coisas Reais, CAAA_Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães, 2014. 29. FOCO, 2014, António Barros, Artitude, Sevilla, 2014. 30. Depur(o)Ar, 2014, António Barros, Augusta Vilalobos, Paris. DePur(o)Ar, imagética com versão sonora no idioma italiano, voz de Rita Cimino, foi apresentado, a par de River, 2012, de Augusta Vilalobos e António Barros, em Bologano, Pescara, nas montanhas próximo de Roma, no espaço de Joseph Beuys, Piantagione Paradise, no Fifth Free International Forum, 2015, presidido por Arturo Schwarz, curadoria de Lucrezia de Domizio Durini, Direção de Emanuel Dimas de Melo Pimenta e participação de Franco Zeffirelli, Phill Niblock, Mario Costa e Marco Bagnoli [po-ex.net/] 31. LiHonorAna_Obgesto, 2016, António Barros [ReAnagramas, Festival Silêncio 16, O Festival da Palavra, Lisboa, 30 junho-6 julho 2016, Elegia a Ana Hatherly, 2016. [Le Monde Diplomatique, Edição portuguesa, II Série, N.º 118, agosto 2016]. 32. VINCOS, António Barros, Carlos Barretto, Carlos Zingaro, Vítor Rua, 2a Bienal Jorge Lima Barreto, Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais, Bragança, 17 setembro 2016. No contexto, Arte em Espaço Público, a peça: AURA_Elegia a Jorge Lima Barreto, 2016, António Barros, Capela de São Caetano, Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais. [Apresentação em: Dois Acontecidos Happenings & Outras Performatividades, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 18 abril 2017]. 33. A_A [Transmutações da Alma #3], Augusta Vilalobos e António Barros, Fundació Joan Brossa, Barcelona, 2016. 34. ESCLAVES_Mémorial de l’abolition de l’esclavage, António Barros, Musée d’Histoire de Nantes, Quai de la Fosse, 10 junho 2016, Nantes. 35. Não posso_Urban Life, 20 Artistas na Cidade_AMI Arte, 2-12 julho 2016. Peça construída a partir da conotação perante um graffiti urbano resgatado nas ruas de Coimbra. Foi grafada a leitura, requalificada e assumida como texto visual, editada em suporte mupi nas ruas do Porto para leitura como Arte em Espaço Público. O original foi oferecido à AMI para ser leiloado e a venda ajudar a custear refeições para os sem abrigo na cidade do Porto. Convoca o processo a exploração territorial – As palavras Na rUA, onde se inscreve o Concerto Se Vão da Lei_Operação Cidade Livro [António Barros, João Ferreira da Silva e Tiago Vaz], Sons da Cidade, Coimbra, 2016. [po-ex.net/ RTP_M, Madeira à Vista]. 36. AutofA(l)gias, 2016. AutofA(l)gias resulta da exploração consequente de A[r]ma-me, peça do domínio da Instalação, performativamente habitada, gerada no âmbito da comunidade artística ARexploratóriodasartes, com assumidas contaminações dos princípios lançados pelo Artitude:01. A[r]ma-me – a partir de Rainer Maria Rilke, Antigo Refeitório de Santa Cruz, Dia Mundial do Teatro, 27 de março 2002. Ensaio urbano de AutofA(l)gias em Coruche como Arte em Espaço Público. Exposição e entrega de AutofA(l)gias_Variação #5 [Os 5 dedos da mão], para peça de representação na Coleção de Arte Contemporânea do CAPC_Círculo de Artes Plásticas da Academia de Coimbra, 26 maio-21 julho 2018. 37. Vulcânico Palavrador_Uma Elegia a António Aragão [#1/9: Vulcão olhando o prato], 2015-2017, António Barros. Edição Pública: Deriva Editores, 2017, Porto. 38. 39. O presente objeto_livro foi suporte para: Artitude:01, razão para Projectos & Progestos, António Barros, Performance Agora, Teatro Académico de Gil Vicente, Universidade de Coimbra, 18 abril -15 maio, 2017: Testemunhos #1 _Artitude_O Processo. Luto como luta. Perante o SDH [Sindrome de Devastação Humana] 13 abril-30 abril, 2017, Sala Branca; Testemunhos #2_A:01>P&P_Gestos, Progestos, Artitudes, Obgestos_O Percurso, Registos Documentais, 1-15 maio, 2017, Sala Branca ; Basalto_Uma Arma de Fogo , Artitude, Aula pública , 15 maio, 18h00, 2017, Sala dos Espelhos. Operação em diálogo com Dois Acontecidos Happenings & Outras Performatividades, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 21 abril, Lisboa, com Cláudia Madeira, Ernesto Melo e Castro, Hélia Marçal, João Onofre e. o. Apresentação do livro: John Cage, Música FLUXUS e outros gestos da Música Aleatória em Jorge Lima Barreto, de António Barros [Documento audiovisual]. E Invento Semana dos Autores | Editores Insubmissos, Funchal [com António Dantas, Ilda Castro, Manoel Barbosa, Raúl Albuquerque e Vítor Rua] 13 -19 abril 2017. Fotografias: Cortesia Cláudia Morais_TAGV. [Registo: esec_tv | RTP]. uma exposição é colocar um problema de vida através da Arte, e isto é educação. Wolf Vostell [SACOM_2 Museo Vostell Malpartida 7-11 abril 1979 in SEMA Verão de 79, n.º2 Lisboa] :01 Com o termo artor temos uma forma de designar, de um modo mais cómodo, aqueles para quem o sentido da atividade artística sofreu uma mutação tão completa que já não os pode- remos considerar como artistas no restrito sentido do termo. Até então (entenda-se anos sessenta), os artistas ambicionavam geralmente produzir obras de arte que se inscrevessem numa esfera bem definida. Uma esfera que comunicasse de certo modo com o quotidiano conforme o artista estivesse mais ou menos consciente da sua pertença a um momento histórico, um movimento de ideias, ou a um grupo social (Jean Clarence Lambert, 1981). Obrigava tal condição, portanto, encontrar novos meios que ultrapassassem a velha oposição entre a Arte e a Vida, entre a obra e o objeto. É Robert Rauschenberg quem nos afirma – O que me interessa é o que existe entre a Arte e a Vida. Assim, com os seus objetos e com os seus happenings , Rauschenberg, e muitos outros criadores de seu tempo, passaram a instalar entre a Arte e a Vida paisagens , esta- belecendo pontes, provocando curto-circuitos , desafiando o possível. É isso um Artor, o novo herói do nosso tempo: buscando meios inéditos de intervenção e de decisão no mundo. É um homem fora das leis e das categorias – um obscurantista – disse John Cage. Um verdadeiro guerrilheiro da Liberdade imediata e da sensibilidade ao vivo (Lambert). Ver/dade 1979, António Barros Concerto FLUXUS com Wolf Vostell e Juan Hidalgo, SACOM2 Centro Creativo de Malpartida Espanha Formar/deformar 1977, António Barros Col. Fundação de Serralves Museu de Arte Contemporânea, Porto Aqu. 2010, N.º Inv. FS 1593 Silêncio_Artitude 1977-2010, António Barros MVM_Museo Vostell Malpartida, SACOM2 Obgesto, Line Up Action Encontro Nacional das Artes da Performance Edifício das Caldeiras Universidade de Coimbra [Criação do conceito: Obgesto_#1: Silêncio] O artista hoje é um criador e um educador, sobretudo um educador ARTITUDE é uma outra prática de revista. Conceba-se a noção de revista como o agrupamento de posições e experiências distintas que procuram comunicar com o público. Mas não se fique necessariamente amarrado às páginas de papel com imagens e palavras, páginas que passam sucessivamente, segundo o eixo monótono que os agrafes ou a cola impõem. Feito isto, estamos a um passo de entender ARTITUDE, uma revista, uma atitude que busca novos suportes, novos materiais significantes, para a produção do seu texto. O primeiro número, ARTITUDE:0, é de 1981. Um sapato, fronteira entre o corpo e a terra, com páginas palmilhadas. ARTITUDE:1 aparece em 1982. É uma Revista-Ambiente que revitaliza a experiência anterior. O ambiente embalagem foi a Galeria Diferença, de Lisboa: as suas paredes, o próprio chão e mesmo os trajes dos operadores funcionaram como páginas da revista. O edifício era a primeira sala. Depois a música-collage, a performance-arte, a escultura viva, a poesia visual, o grafismo e os comportamentos, como os textos. ARTITUDE:01 – a terceira, de 1983 – foi uma Revista-Operação, no palco do CITAC, tendo Coimbra como invólucro e objecto de reflexão. “Como posfácio abrimos janela para um outro lado do horizonte que sonhamos menos negro...” ARTITUDE:01 MM – a quarta, de 1984, uma revista multimédia trabalhada em torno do tema Acquaplanning/algumas meditações sobre a geração do vazio, teve como suporte as margens do rio Minho (IV Bienal de Cerveira). “Fahrenheit 451, a temperatura a que um livro se inflama e consome”, diz-nos Ray Bradbury, 21 horas e 15 minutos, a hora a que o crepúsculo já não permite ler os textos poéticos visuais e de gesto plástico que se inscreviam no quarto número da revista ARTITUDE:01, ... e que as mulheres-pássaro e os homens-rãs escreveram.” Carlos Oliveira Santos [“Portugal em Revistas”, Jornal de Letras, Artes e Ideias] e Artitude:01, 1984. ARTITUDE:01 surgiu no início de 1981. Seus principais impulsionadores: António Barros, Rosário Prata, Rui Orfão entre outros “operadores estéticos” radicados em Coimbra. Sente-se então uma força de plurais interesses por um ideal alternativo muito enraízado nos pensamentos sublinhados pela filosofia do FLUXUS – Movimento internacional onde ainda hoje realçam as obras de Joseph Beuys (ULI/Universidade Livre Internacional, “Conclamação para uma alternativa global”); Wolf Vostell (MVM/Museo Vostell Malpartida); Robert Filliou (Poïpoïdrome), e que em Portugal teve eco numa voz, a mais autorizada: Ernesto de Sousa. A “Animação Cultural como Obra de Arte” é um gesto formativo que dá ao apologista desta filosofia artís- tica e de vida (Arte=Vida) a sua real condição de artista. ARTITUDE:01, enquanto colectivo, subscreve então estes princípios. ARTITUDE:01 foi o corpo vivo impulsionador do simpósio: Projectos & Progestos/Tendências Polémicas nas Linguagens Artísticas Contemporâneas, dinamizado no espaço: Teatro Estúdio Citac, Coimbra, de 1981 a 1985. Usam o suporte experimental de revista e as suas mais vastas concepções para a expressão da sua linha de pensamento e exercício artístico-plástico: 1981 - Publicam ARTITUDE:0/revista objecto (especimen). 1982 - Publicam ARTITUDE:01/revista ambiente (Galeria Diferença, Lisboa). 1983 - Publicam ARTITUDE:01/revista operação (Teatro Estúdio Citac). 1984 - Publicam ARTITUDE:01/revista multimédia (IV Bienal Internacional de Arte de Cerveira). 1985 - Publicam ARTITUDE:01/revista comportamento (PERFORMARTE). Principais estudos publicados: Black = Black/Imagens e Sensações da Personalidade Coimbra; Acquaplanning/Algumas Meditações Sobre a Geração do Vazio; Elementos para um Manifesto Geraccionista; Museu Fluxus Int. & Comp. Em 1985 compunham a Comunidade Artística ARTITUDE:01 – António Barros, Isabel Carlos, Isabel Pinto, João Torres, José Louro e Rui Orfão. À data, teve o projecto sede na Calçada de Santa Isabel, 29 - 1.º Coimbra. Artitude:01_Progestos Visuais Multimédia 1980 Artitude:0 [Formulação do conceito de objecto-revista performativa por: António Barros e Rosário Prata, Coimbra]. 1981 Artitude:0/Revista Objecto “Um sapato, fronteira entre o corpo e a terra, com pági- nas palmilhadas”, Coimbra. [cf “Portugal em revistas”, Carlos Oliveira Santos, Jornal de Letras, Artes e Ideias, Lisboa; “Poemografias”, 1985, Ulmeiro, Lisboa]. 1982 Artitude:01/Revista Ambiente “Elementos para um Manifesto Geraccionista” (Arte da Performance). Galeria Diferença, Lisboa [Convite de José Ernesto de Sousa]. 1983 Artitude:01/Revista Operação “Black =Black – Imagens e sensações da personalidade Coimbra” (Arte da Performance). Teatro Estúdio Citac, Coimbra. [cf “Esta danada caixa preta só a murro é que fun- ciona”, Imprensa da Universidade de Coimbra”; Registo fotográfico por Guilherme Silva]. 1984 Artitude:01/Revista Multimédia “Acquaplaning – Algumas meditações sobre a geração do vazio”. IV Bienal Internacional de Arte de Cerveira (Arte da Performance). [cf Catálogo da Bienal; Registo vídeo por Vitor Rua]. 1985 Artitude:01/ Revista Comportamento “Novos Silêncios ou o Elogio da Pantera”. PerformARTE – 1.º Encontro Nacional de Intervenção e Performance, 13 a 28 de Abril, Torres Vedras. (Arte da Performance). [cf catálogo PerformARTE, Organização; Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras]. [In PERFORMARTE, 1.º Encontro Nacional de Performance, Torres Vedras, 13-28 abril de 1985] GerAcção 1980 António Barros O Ser Convulso [ “e n s i n a v a o f i l h o a e n g o l i r a s a l i v a p a r a i l u d i r a f o m e” ] Por vezes há palavras convulsas. Como peixes a quererem saltar para fora do lago na ilusão que fora dali terão melhor sorte. Como algas na subida das marés acabando condenadas a secarem ao sol. Por isso temos necessidade de as dizer. Toda uma ânsia de dizer. Palavras. Há palavras que surgem em verbo. Que se educam no verbo. São um verbo. E educar é um deles. Transitivo ele resulta convulso. Educar é um verbo convulsivo. Traz essa condição aristotélica, quando este nos diz que somos aquilo que fazemos repetidamente. O ser convulso. Ser é dizer. E dizer repetidamente. Educar é ser repetidamente. Até à exaustão sem nunca poder ser exausto. E é essa fronteira limite o abismo entre o desastre e a sabedoria. Educar é a navegação nesse fio de navalha. O perigo. EducAção é uma EducArte. Uma Arte perigosa, por isso todo o seu vulto de fascínio. Vulto de um corpo mutável. Mutante. Que tantas vezes nem existe. Porque é já em si a própria existência. Existência de conceito. Educar é trabalhar o conceito transcendendo-o. É o querer saltar para fora do próprio conceito. Nessa ilusão de redescobrir o sentido que quer ganhar novo sentido. Como o peixe que, na ilusão, quer saltar fora do lago. Educar é ser peixe voador. Ser um ser de voo recidivante, entre o salto e o mergulho. Entre a luta e o sossego. Entre a guerra e o “repouso do guerreiro”. Todo esse abismo. Vivo esses AB_ismos. Busco uma “Transmutação da Alma”. Constante. [Diário de Bordo, António Barros, 23-27 março 2016, Casa da Escrita, “Coimbra (t)em Poesia”. Também publicado na REVISTA TRIPLOV de Artes, Religiões e Ciências, número 63, março-abril 2017.] Aula Vaga não se assume como uma performance, mas como uma artitude (uma arte de situação; de comportamento). Em Aula Vaga o autor não se assume como artista, mas como artor. Em Aula Vaga , nesta artitude, o artor não se apresenta em palco, mas surge no contexto do/no próprio público. Em Aula Vaga o público é parte integrante e participativa do/no “happening” em progresso. Comunga. Em Aula Vaga o artor priva e partilha, sujeitando ao público os seus propósitos e conteúdos comunicacionais. Em Aula Vaga o artor trabalha recorrendo ao despojamento dos meios suporte fundamentais. Em Aula Vaga o artor convoca, numa “arte de situação”, as inquietações_temas do seu contexto social vivenciável. Em Aula Vaga o artor experiencia os elementos mínimos da comunicação conceptualista. Em Aula Vaga o artor assume um acto político de guerrilha urbana situacionista. Em Aula Vaga o artor ensaia uma metodologia alternativa no ensino_aprendizagem. Em Aula Vaga o artor presume e assume gerar uma atitude de “contaminação”. Em Aula Vaga o artor explora uma escrita poética experimental. Em Aula Vaga o Texto é PreTexto. Em Aula Vaga o artor ensaia a estrutura do haikai japonês. Em Aula Vaga o tempo é vago, resolvendo-se a vivenciação sem morosidades supérfluas alheias à guerrilha. Em Aula Vaga o lugar/espaço/ acção está vago, afirmando disponibilidade em si; convocando a interacção. Em Aula Vaga dinamiza-se uma pretensa vaga propulsora e consequente. Em Aula Vaga galvaniza-se uma conjugação de confronto com uma ideia agenciante. Em Aula Vaga edita-se um testemunho operativo da memória futura. Em Aula Vaga o objeto criado propõe-se gerador de uma “tarefa aberta”. Em Aula Vaga assume-se uma contaminação fluxista. Como Ser em Fluxus. 1.000.051Aniversário da Arte, CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 17 de janeiro de 2014, Coimbra. G E S T O S , P R O G E S T O S , A R T I T U D E S , O B G E S T O S 1 9 7 8 _ 2 0 1 8 1. 4. 5. 2. 3. 6. 7. 8. 9. 10. 13. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 39. 38. 37. 28. 29. 11. 12. 14. 15. ACQUAPLANNING BLACK=BLACK artitude:01 (1980-1985) foi revista_atitude, que bus- cou novos suportes, novos materiais significantes, para a produção do seu texto. Detonador de dife- rentes experienciações artísticas em múltiplos su- portes – desde a exploração da revista, e do livro habitado, ao objeto-livro e ao que as potenciais performatividades aí permitem e convocam –, bem como de uma dinâmica de estudo e de investigação partilhada onde o simpósio projectos & progestos resultou como objeto de referência a seu tempo, colocando, então, a cidade de Coimbra como exemplo de exce- lência nos desígnios de uma “Capital Nacional das Artes Performativas”. Nesta revisitação, enuncia a mostra referentes múltiplos de colateralidades e conse- quências que hoje legitimamente se insinuam.

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Page 1: educador - Poesia Experimental Portuguesa · POEMOGRAFIAS, Poesia Experimental Portuguesa, 16 novembro 1985, Galeria CAPC. 8. Breves Estórias do Meu País [ Escravos , 1977, António

1. Multi/Ecos_Poesia Visual, Teatro Estúdio CITAC, Universidade de Coimbra, 1978. Exercícios da Verdade e da Razão [Textos: Escravos, Ver/dade, Razão e Génesis] de António Barros [leitura performativa de Rui Orfão]; Chairs, de Mineo Aayamaguchi; As Aulas de Anatomia do Dr. Ruth, de Abel Mendes; Poesia Experimental #1, Grupo Teatro Anima; Máscaras, de Paulo Maria; Radioideologias e O Grito [leitura performativa de António Brito, Maria Conceição e Silvestre Pestana], e Computer Story [leitura performativa de António Rebelo e José Manuel Santos] poesia visual de Silvestre Pestana. Evocação de John Crown Ranson – As imagens são nuvens de glória para o homem que descobriu que as ideias são uma espécie de escuridão. [Contributos: Revista Arte Opinião, Lisboa; Revista Via Latina, Coimbra].

2. Isabel Alves, Ernesto de Sousa [Identificacion con tu cuerpo, instalação]; António Barros [Revolução, Texto Visual/Instalação], Museo Vostell Malpartida, 7 abril 1979. 1. Revolução, 2. Escravos, 3. Ver/dade, 4. Valor [da série “gRitos da Angústia e do Sarcasmo”, SACOM_2, MVM, 7-11 abril 1979. Coleção Museo Vostell Malpartida, Cáceres, Espanha]. Foto: Monteiro Gil.

3. Vostell Fluxus Zug, Das Mobile Museum Vostell_7 Environments Über Liebe Tod Arbeit, Leverkusen, 1981. [Tadeusz Rolke Archive; MUZEUM_Museum of Modern Art in Warsaw].

4. Black=Black_Imagens e sensações da personalidade_Coimbra, Artitude:01, Projectos & Progestos, Teatro Estúdio CITAC, Coimbra, 1983. [po-ex.net/; Esta danada caixa preta..., CITAC/IUC].

5. Manhãs Raízes, 1983, António Barros, Galeria CAPC. [Sandra Guerreiro Dias, O Corpo como Texto: Poesia, Performance e Experimentalismo nos Anos 80 em Portugal, Tese de doutoramento, Universidade de Coimbra, setembro de 2015; catálogo CAPC].

6. Memórias e Refrações, António Barros, António Pinto Ribeiro, Carlos Zingaro e Paula Massano, SITU_Semana Internacional do Teatro Universitário de Coimbra, 1984. [Contributo: Revista Música em Si].

7. Ernesto Melo e Castro, em “TEIA”_Performance; Instalação, parte integrante de Programa CAPC, novem-bro, 1985: 1. APOKATASTASIS_Uma Meditação_ Elegia a Julian Beck (1925-1985), com António Barros, João Torres, José Louro, José Troya [Living Theatre], Rui Mendes, Silvestre Pestana [14 set 1985]; 2. TEIA, Ernesto Melo e Castro; 3. MANISSE, Alberto Pimenta; 4. COIMBRA, POESIA VISUAL 1975-85 [Mostra Documental]; 5. POEMOGRAFIAS, Poesia Experimental Portuguesa, 16 novembro 1985, Galeria CAPC.

8. Breves Estórias do Meu País [Escravos, 1977, António Barros], 3e Festival International de Poésie de Cogolin, 5 au 12 Juillet, 1986, Cogolin [III – Poesie Visuelle Portuguaise, DOC(K)S – Portugal N.º 80. Printemps 87]. Direção de Julien Blaine, com Lawrence Ferlinghetti, Armand Schwerner, Nanni Balestrini, Umberto Eco, Paolo Fabbri, José Augusto Seabra, Jean Delord, Mario Merz, António Barros, Bernard Heidsieck, Sarenco, Jiri Kolar e. o.

9. 10. Amant Alterna Camenae, a partir de Causa Amante de Maria Gabriela Llansol. Direção Artística: António Barros; Interpretação: Helena Gonçalves, Margarida Félix, Pilar Mosquera; Canto e Voz: Cristina Martins e Ana Guedes; Composição para voz: Pedro Falcão; Electro-acústica: António Andrade; Ambiente Sonoro: Jon Hassel; Caracterização e penteados: Carlos Gago; Guarda-roupa: Lurdes Abrantes e Rosa Gonçalves; Registo vídeo: Paulo Larisch; Fotografia: Guilherme Silva. Exposições Experimentais de Artes Plásticas, Secretaria de Estado da Cultura, CAPC, Círculo de Artes Plásticas, Coimbra, 5-30 dezembro, 1987. [“Para lá de uma geografia de lugares”, por António Pedro Pita, Projeto: Uma Luva na Língua; po-ex.net/].

11. Ninguém_ Penélope reconhece Ulisses, 1999, António Barros, Almeida Garrett na Torre d’Anto, Bicentenário das Comemorações do Nascimento de Almeida Garrett, Coleção Câmara Municipal de Coimbra [com António Olaio e Arlindo Dinis, 28 janeiro-31 março, 1999].

12. Alberto Carneiro. Alquimias, Dos Pensamentos das Artes, Encontros de Arte, Coimbra 2000, Curador António Barros. Participação ainda de António Olaio, Miguel Palma, Rui Chafes, Pedro Proença, Susana Mendes Silva, João Sousa Cardoso, José Santos Maia, Paulo Mendes, Delfim Sardo, Jorge Barreto Xavier e. o. Diferentes espaços da cidade, 2000. [Catálogo Alquimias, Dos Pensamentos das Artes, ANF; Revista Triplov, Lisboa].

13. Fui Tirado de Dentro de Mim, 2000, Rui Chafes, Arte em Espaço Público, Alquimias, Dos Pensamentos das Artes, 2000. Obra residente na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, oferecida pela ANF à Universidade de Coimbra [Catálogo: Alquimias, Dos Pensamentos das Artes; Rua Larga, Revista da Reitoria da Universidade de Coimbra].

14. O Mundo à Minha Procura, Ruben A, 30 Anos depois, Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, Direção de Imagem António Barros, 2005. [Catálogo da Exposição, Edição; Imprensa da Universidade de Coimbra; Rua Larga #10, O mundo à procura de Ruben A – “A tragédia do escritor”; po-ex.net/].

15. Re_Mate, 2012, António Barros, Obgesto evocativo da releitura de Ruben A em “O mundo à minha procura”. Nas Escritas Po.Ex, Progestos_Obgestos, 1972-2012, Casa da Escrita, Coimbra, 2012.

16. Sandales_Mal de Mer, 2006. [Progestos_Obgestos, 1972-2012, António Barros, Nas Escritas Po.Ex, Casa da Escrita, Coimbra; po-ex.net/].

17. 18. MUSAC_Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León, Tradição, 2011, António Barros [Coleção Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea do Porto], Cambio de Paradigma. Colección Serralves anos 60-70, com Vito Acconci, John Baldessari, António Barros, Christian Boltanski, Jan Dibets, Hamish Fulton, Gilbert & George, Dan Graham, Joan Jonas, Jannis Kounellis, Richard Serra e. o. [registo vídeo em po-ex.net/]

19. VIVER, 2011, António Barros, com Spiridon Shishigin, Elegia a Jorge Lima Barreto, 16_Bienal Internacional de Arte de Cerveira, 2011. [Revista Triplov, Lisboa].

20. Vulto Limite, 2012, Project Association Artists_NDC_Cerveira, Portugal, 10 mar-14 abril, com António Dantas, Augusta Vilalobos, Celeste Cerqueira, Ilda Teresa Castro, Jorge Pais de Sousa, Manoel Barbosa, Maria Estela Guedes, Sónia da Silva Pina, Teresa Gonçalves Lobo, e. o., Cerveira, 2012. [po-ex.net/].

21. 22. Aula Vaga, 2012, António Barros, 1.000.051.º Aniversário da Arte [Robert Filliou, Ernesto de Sousa], CAPC_Círculo de Artes Plásticas de Coimbra [com António Melo, António Olaio e Armando Azevedo].

23. Insulae, em: Alphabet Event_ a partir da letra A de Paul Valéry, António Barros e António Dantas, Galeria dos Prazeres, Madeira, 10 ago-3 set, 2012. [Processo, performativo, com António Dantas, António Barros, Augusta Vilalobos, Fernanda Martins, Filipa Dantas e Patrícia Sumares].

24. Anulação do Tempo ou o Poeta Ausente, a partir do texto “Para Ruy Cinatti ausente em Timor e algures após cinco anos sem notícias”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, Projeto Galáxia Camões, 10 junho 2013, Alma Azul, Coimbra.

25. 26. aL(a)ma, 2014, António Barros, Coisas Reais, CAAA_Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães, 6 dezembro 2014-11 janeiro 2015.

27. Oratória, 2012-2014, António Barros [Projeto: What is Watt?], Coisas Reais, CAAA_Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães, 2014.

28. Bruma, 2014, António Barros, Coisas Reais, CAAA_Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães, 2014.

29. FOCO, 2014, António Barros, Artitude, Sevilla, 2014.

30. Depur(o)Ar, 2014, António Barros, Augusta Vilalobos, Paris. DePur(o)Ar, imagética com versão sonora no idioma italiano, voz de Rita Cimino, foi apresentado, a par de River, 2012, de Augusta Vilalobos e António Barros, em Bologano, Pescara, nas montanhas próximo de Roma, no espaço de Joseph Beuys, Piantagione Paradise, no Fifth Free International Forum, 2015, presidido por Arturo Schwarz, curadoria de Lucrezia de Domizio Durini, Direção de Emanuel Dimas de Melo Pimenta e participação de Franco Zeffirelli, Phill Niblock, Mario Costa e Marco Bagnoli [po-ex.net/]

31. LiHonorAna_Obgesto, 2016, António Barros [ReAnagramas, Festival Silêncio 16, O Festival da Palavra, Lisboa, 30 junho-6 julho 2016, Elegia a Ana Hatherly, 2016. [Le Monde Diplomatique, Edição portuguesa, II Série, N.º 118, agosto 2016].

32. VINCOS, António Barros, Carlos Barretto, Carlos Zingaro, Vítor Rua, 2a Bienal Jorge Lima Barreto, Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais, Bragança, 17 setembro 2016.No contexto, Arte em Espaço Público, a peça: AURA_Elegia a Jorge Lima Barreto, 2016, António Barros, Capela de São Caetano, Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais. [Apresentação em: Dois Acontecidos Happenings & Outras Performatividades, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 18 abril 2017].

33. A_A [Transmutações da Alma #3], Augusta Vilalobos e António Barros, Fundació Joan Brossa, Barcelona, 2016.

34. ESCLAVES_Mémorial de l’abolition de l’esclavage, António Barros, Musée d’Histoire de Nantes, Quai de la Fosse, 10 junho 2016, Nantes.

35. Não posso_Urban Life, 20 Artistas na Cidade_AMI Arte, 2-12 julho 2016. Peça construída a partir da conotação perante um graffiti urbano resgatado nas ruas de Coimbra. Foi grafada a leitura, requalificada e assumida como texto visual, editada em suporte mupi nas ruas do Porto para leitura como Arte em Espaço Público. O original foi oferecido à AMI para ser leiloado e a venda ajudar a custear refeições para os sem abrigo na cidade do Porto. Convoca o processo a exploração territorial – As palavras Na rUA, onde se inscreve o Concerto Se Vão da Lei_Operação Cidade Livro [António Barros, João Ferreira da Silva e Tiago Vaz], Sons da Cidade, Coimbra, 2016. [po-ex.net/ RTP_M, Madeira à Vista].

36. AutofA(l)gias, 2016. AutofA(l)gias resulta da exploração consequente de A[r]ma-me, peça do domínio da Instalação, performativamente habitada, gerada no âmbito da comunidade artística ARexploratóriodasartes, com assumidas contaminações dos princípios lançados pelo Artitude:01. A[r]ma-me – a partir de Rainer Maria Rilke, Antigo Refeitório de Santa Cruz, Dia Mundial do Teatro, 27 de março 2002. Ensaio urbano de AutofA(l)gias em Coruche como Arte em Espaço Público. Exposição e entrega de AutofA(l)gias_Variação #5 [Os 5 dedos da mão], para peça de representação na Coleção de Arte Contemporânea do CAPC_Círculo de Artes Plásticas da Academia de Coimbra, 26 maio-21 julho 2018.

37. Vulcânico Palavrador_Uma Elegia a António Aragão [#1/9: Vulcão olhando o prato], 2015-2017, António Barros. Edição Pública: Deriva Editores, 2017, Porto.

38. 39. O presente objeto_livro foi suporte para: Artitude:01, razão para Projectos & Progestos, António Barros, Performance Agora, Teatro Académico de Gil Vicente, Universidade de Coimbra, 18 abril -15 maio, 2017: Testemunhos #1 _Artitude_O Processo. Luto como luta. Perante o SDH [Sindrome de Devastação Humana] 13 abril-30 abril, 2017, Sala Branca; Testemunhos #2_A:01>P&P_Gestos, Progestos, Artitudes, Obgestos_O Percurso, Registos Documentais, 1-15 maio, 2017, Sala Branca; Basalto_Uma Arma de Fogo, Artitude, Aula pública, 15 maio, 18h00, 2017, Sala dos Espelhos. Operação em diálogo com Dois Acontecidos Happenings & Outras Performatividades, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, 21 abril, Lisboa, com Cláudia Madeira, Ernesto Melo e Castro, Hélia Marçal, João Onofre e. o. Apresentação do livro: John Cage, Música FLUXUS e outros gestos da Música Aleatória em Jorge Lima Barreto, de António Barros [Documento audiovisual]. E Invento Semana dos Autores | Editores Insubmissos, Funchal [com António Dantas, Ilda Castro, Manoel Barbosa, Raúl Albuquerque e Vítor Rua] 13 -19 abril 2017. Fotografias: Cortesia Cláudia Morais_TAGV. [Registo: esec_tv | RTP].

uma exposição é colocar um problema de vida através da Arte, e isto é educação.Wolf Vostell

[SACOM_2 Museo Vostell Malpartida 7-11 abril 1979 in SEMA Verão de 79, n.º2 Lisboa]

:01

Com o termo artor temos uma forma de designar, de um

modo mais cómodo, aqueles para quem o sentido da atividade

artística sofreu uma mutação tão completa que já não os pode-

remos considerar como artistas no restrito sentido do termo.

Até então (entenda-se anos sessenta), os artistas ambicionavam

geralmente produzir obras de arte que se inscrevessem numa

esfera bem definida. Uma esfera que comunicasse de certo

modo com o quotidiano conforme o artista estivesse mais ou

menos consciente da sua pertença a um momento histórico,

um movimento de ideias, ou a um grupo social (Jean Clarence

Lambert, 1981). Obrigava tal condição, portanto, encontrar

novos meios que ultrapassassem a velha oposição entre a Arte e a

Vida, entre a obra e o objeto. É Robert Rauschenberg quem nos

afirma – O que me interessa é o que existe entre a Arte e a Vida.

Assim, com os seus objetos e com os seus happenings,

Rauschenberg, e muitos outros criadores de seu tempo,

passaram a instalar entre a Arte e a Vida paisagens, esta-

belecendo pontes, provocando curto-circuitos, desafiando

o possível. É isso um Artor, o novo herói do nosso tempo:

buscando meios inéditos de intervenção e de decisão

no mundo. É um homem fora das leis e das categorias

– um obscurantista – disse John Cage. Um verdadeiro guerrilheiro

da Liberdade imediata e da sensibilidade ao vivo (Lambert).

Ver/dade 1979, António Barros Concerto FLUXUS

com Wolf Vostell e Juan Hidalgo, SACOM2 Centro Creativo de Malpartida

Espanha

Formar/deformar 1977, António Barros Col. Fundação de SerralvesMuseu de Arte Contemporânea, Porto Aqu. 2010, N.º Inv. FS 1593

Silêncio_Artitude1977-2010, António Barros

MVM_Museo Vostell Malpartida, SACOM2Obgesto, Line Up Action

Encontro Nacional das Artes da Performance Edifício das Caldeiras

Universidade de Coimbra [Criação do conceito: Obgesto_#1: Silêncio]

O artista hoje é um criador e um educador, sobretudo um

e d u c a d o r

ARTITUDE é uma outra prática de revista. Conceba-se a noção de revista como o agrupamento de posições e experiências distintas que procuram comunicar com o público. Mas não se fique necessariamente

amarrado às páginas de papel com imagens e palavras, páginas que passam sucessivamente, segundo o eixo monótono que os agrafes ou a cola impõem. Feito isto, estamos a um passo de entender ARTITUDE,

uma revista, uma atitude que busca novos suportes, novos materiais significantes, para a produção do seu texto. O primeiro número, ARTITUDE:0, é de 1981. Um sapato, fronteira entre o corpo e a terra, com

páginas palmilhadas. ARTITUDE:1 aparece em 1982. É uma Revista-Ambiente que revitaliza a experiência anterior. O ambiente embalagem foi a Galeria Diferença, de Lisboa: as suas paredes, o próprio chão e

mesmo os trajes dos operadores funcionaram como páginas da revista. O edifício era a primeira sala. Depois a música-collage, a performance-arte, a escultura viva, a poesia visual, o grafismo e os comportamentos,

como os textos. ARTITUDE:01 – a terceira, de 1983 – foi uma Revista-Operação, no palco do CITAC, tendo Coimbra como invólucro e objecto de reflexão. “Como posfácio abrimos janela para um outro lado

do horizonte que sonhamos menos negro...” ARTITUDE:01 MM – a quarta, de 1984, uma revista multimédia trabalhada em torno do tema Acquaplanning/algumas meditações sobre a geração do vazio, teve

como suporte as margens do rio Minho (IV Bienal de Cerveira). “Fahrenheit 451, a temperatura a que um livro se inflama e consome”, diz-nos Ray Bradbury, 21 horas e 15 minutos, a hora a que o crepúsculo já não

permite ler os textos poéticos visuais e de gesto plástico que se inscreviam no quarto número da revista ARTITUDE:01, ... e que as mulheres-pássaro e os homens-rãs escreveram.” Carlos Oliveira Santos [“Portugal em

Revistas”, Jornal de Letras, Artes e Ideias] e Artitude:01, 1984. ARTITUDE:01 surgiu no início de 1981. Seus principais impulsionadores: António Barros, Rosário Prata, Rui Orfão entre outros “operadores estéticos”

radicados em Coimbra. Sente-se então uma força de plurais interesses por um ideal alternativo muito enraízado nos pensamentos sublinhados pela filosofia do FLUXUS – Movimento internacional onde ainda

hoje realçam as obras de Joseph Beuys (ULI/Universidade Livre Internacional, “Conclamação para uma alternativa global”); Wolf Vostell (MVM/Museo Vostell Malpartida); Robert Filliou (Poïpoïdrome), e que

em Portugal teve eco numa voz, a mais autorizada: Ernesto

de Sousa. A “Animação Cultural como Obra de Arte” é um

gesto formativo que dá ao apologista desta filosofia artís-

tica e de vida (Arte=Vida) a sua real condição de artista.

ARTITUDE:01, enquanto colectivo, subscreve então estes

princípios. ARTITUDE:01 foi o corpo vivo impulsionador

do simpósio: Projectos & Progestos/Tendências Polémicas

nas Linguagens Artísticas Contemporâneas, dinamizado no

espaço: Teatro Estúdio Citac, Coimbra, de 1981 a 1985.

Usam o suporte experimental de revista e as suas mais vastas

concepções para a expressão da sua linha de pensamento e

exercício artístico-plástico:

1981 - Publicam ARTITUDE:0/revista objecto (especimen).

1982 - Publicam ARTITUDE:01/revista ambiente

(Galeria Diferença, Lisboa).

1983 - Publicam ARTITUDE:01/revista operação

(Teatro Estúdio Citac).

1984 - Publicam ARTITUDE:01/revista multimédia

(IV Bienal Internacional de Arte de Cerveira).

1985 - Publicam ARTITUDE:01/revista comportamento

(PERFORMARTE).

Principais estudos publicados:

Black=Black/Imagens e Sensações da Personalidade

Coimbra; Acquaplanning/Algumas Meditações Sobre

a Geração do Vazio; Elementos para um Manifesto

Geraccionista; Museu Fluxus Int. & Comp.

Em 1985 compunham a Comunidade Artística ARTITUDE:01

– António Barros, Isabel Carlos, Isabel Pinto, João Torres,

José Louro e Rui Orfão. À data, teve o projecto sede na

Calçada de Santa Isabel, 29 - 1.º Coimbra.

Artitude:01_Progestos Visuais Multimédia

1980 Artitude:0

[Formulação do conceito de objecto-revista performativa por:

António Barros e Rosário Prata, Coimbra].

1981 Artitude:0/Revista Objecto

“Um sapato, fronteira entre o corpo e a terra, com pági-

nas palmilhadas”, Coimbra. [cf “Portugal em revistas”,

Carlos Oliveira Santos, Jornal de Letras, Artes e Ideias,

Lisboa; “Poemografias”, 1985, Ulmeiro, Lisboa].

1982 Artitude:01/Revista Ambiente

“Elementos para um Manifesto Geraccionista”

(Arte da Performance). Galeria Diferença, Lisboa

[Convite de José Ernesto de Sousa].

1983 Artitude:01/Revista Operação

“Black=Black – Imagens e sensações da personalidade

Coimbra” (Arte da Performance). Teatro Estúdio Citac,

Coimbra. [cf “Esta danada caixa preta só a murro é que fun-

ciona”, Imprensa da Universidade de Coimbra”;

Registo fotográfico por Guilherme Silva].

1984 Artitude:01/Revista Multimédia

“Acquaplaning – Algumas meditações sobre a geração do vazio”.

IV Bienal Internacional de Arte de Cerveira (Arte da Performance).

[cf Catálogo da Bienal; Registo vídeo por Vitor Rua].

1985 Artitude:01/ Revista Comportamento

“Novos Silêncios ou o Elogio da Pantera”.

PerformARTE – 1.º Encontro Nacional de Intervenção e

Performance, 13 a 28 de Abril, Torres Vedras.

(Arte da Performance). [cf catálogo PerformARTE, Organização;

Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras].

[In PERFORMARTE, 1.º Encontro Nacional de Performance,

Torres Vedras, 13-28 abril de 1985]

GerAcção 1980

António Barros

O Ser Convulso

[ “e n s i n a v a o f i l h o a e n g o l i r a s a l i v a p a r a i l u d i r a f o m e” ]

Por vezes há palavras convulsas. Como peixes a quererem saltar para fora do lago na ilusão que fora dali terão melhor sorte. Como algas na subida das marés acabando condenadas a secarem ao sol. Por isso temos necessidade de as dizer. Toda uma ânsia de dizer. Palavras.

Há palavras que surgem em verbo. Que se educam no verbo. São um verbo. E educar é um deles. Transitivo ele resulta convulso. Educar é um verbo convulsivo. Traz essa condição aristotélica, quando este nos diz que somos aquilo que fazemos repetidamente. O ser convulso.

Ser é dizer. E dizer repetidamente. Educar é ser repetidamente. Até à exaustão sem nunca poder ser exausto. E é essa fronteira limite o abismo entre o desastre e a sabedoria.

Educar é a navegação nesse fio de navalha. O perigo.

EducAção é uma EducArte. Uma Arte perigosa, por isso todo o seu vulto de fascínio. Vulto de um corpo mutável. Mutante. Que tantas vezes nem existe. Porque é já em si a própria existência. Existência de conceito.

Educar é trabalhar o conceito transcendendo-o. É o querer saltar para fora do próprio conceito. Nessa ilusão de redescobrir o sentido que quer ganhar novo sentido. Como o peixe que, na ilusão, quer saltar fora do lago.

Educar é ser peixe voador.

Ser um ser de voo recidivante, entre o salto e o mergulho. Entre a luta e o sossego. Entre a guerra e o “repouso do guerreiro”. Todo esse abismo. Vivo esses AB_ismos. Busco uma “Transmutação da Alma”. Constante.

[Diário de Bordo, António Barros, 23-27 março 2016, Casa da Escrita, “Coimbra (t)em Poesia”. Também publicado na REVISTA TRIPLOV de Artes, Religiões e Ciências, número 63, março-abril 2017.]

Aula Vaga não se assume como uma performance, mas como uma artitude (uma arte de situação; de comportamento).Em Aula Vaga o autor não se assume como artista, mas como artor.Em Aula Vaga, nesta artitude, o artor não se apresenta em palco,

mas surge no contexto do/no próprio público.Em Aula Vaga o público é parte integrante e participativa do/no “happening” em progresso. Comunga.Em Aula Vaga o artor priva e partilha, sujeitando ao público os seus propósitos e conteúdos comunicacionais.Em Aula Vaga o artor trabalha recorrendo ao despojamento dos

meios suporte fundamentais.Em Aula Vaga o artor convoca, numa “arte de situação”, as inquietações_temas do seu contexto social vivenciável.Em Aula Vaga o artor experiencia os elementos mínimos da comunicação conceptualista.Em Aula Vaga o artor assume um acto político de guerrilha urbana situacionista.

Em Aula Vaga o artor ensaia uma metodologia alternativa no ensino_aprendizagem.Em Aula Vaga o artor presume e assume gerar uma atitude de “contaminação”.Em Aula Vaga o artor explora uma escrita poética experimental.Em Aula Vaga o Texto é PreTexto.

Em Aula Vaga o artor ensaia a estrutura do haikai japonês.Em Aula Vaga o tempo é vago, resolvendo-se a vivenciação sem morosidades supérfluas alheias à guerrilha.

Em Aula Vaga o lugar/espaço/acção está vago, afirmando disponibilidade em si; convocando a interacção.Em Aula Vaga dinamiza-se uma pretensa vaga propulsora e consequente.Em Aula Vaga galvaniza-se uma conjugação de confronto com uma ideia agenciante.

Em Aula Vaga edita-se um testemunho operativo da memória futura.Em Aula Vaga o objeto criado propõe-se gerador de uma “tarefa aberta”.Em Aula Vaga assume-se uma contaminação fluxista. Como Ser em Fluxus.

1.000.051.º Aniversário da Arte, CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 17 de janeiro de 2014,

Coimbra.

G E S T O S , P R O G E S T O S , A R T I T U D E S , O B G E S T O S 1 9 7 8 _ 2 0 1 8

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ACQUAPLANNING BLACK=BLACK

artitude:01 (1980-1985)

foi revista_atitude, que bus-

cou novos suportes, novos materiais significantes,

para a produção do seu texto. Detonador de dife-

rentes experienciações artísticas em múltiplos su-

portes – desde a exploração da revista, e do livro

habitado, ao objeto-livro e ao que as potenciais

performatividades aí permitem e convocam –, bem

como de uma dinâmica de estudo e de investigação

partilhada onde o simpósio projectos & progestos

resultou como objeto de referência a seu tempo,

colocando, então, a cidade de Coimbra como exemplo de exce-

lência nos desígnios de uma “Capital Nacional das Artes Performativas”.

Nesta revisitação, enuncia a mostra referentes múltiplos de colateralidades e conse-

quências que hoje legitimamente se insinuam.