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PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS MACRÓFITAS AQUÁTICAS
USINA HIDRELÉTRICA DE CANA BRAVA – UHCB
RELATÓRIO PARCIAL
JABOTICABAL, SETEMBRO DE 2012
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SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ______________________________________________________________________ 3
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA _____________________________________________________________ 3
3 – METODOLOGIA ____________________________________________________________________ 3
4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ___________________________________________________________ 5
5 – RECOMENDAÇÕES __________________________________________________________________ 9
6 – BIBLIOGRAFIAS DE CONSULTA _________________________________________________________ 9
ANEXO 01 – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ____________________________________ 11
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1 – INTRODUÇÃO
O reservatório da UHE Cana Brava foi totalmente percorrido de barco nos dias
03 a 05 de setembro de 2012. As região marginais do reservatório e das ilhas nele
presentes foram totalmente avaliadas quanto à presença de macrófitas.
A presença e ausência de macrófitas, bem a como a identificação das espécies
são parte fundamental da análise de risco atualizada na forma de um plano de manejo.
2 – OBJETIVOS
Avaliar as condições atuais de crescimento e desenvolvimento das macrófitas;
Avaliar a presença de novos pontos de crescimento de plantas aquáticas no
reservatório;
Avaliar a presença de espécies exóticas ao reservatório;
Manter o plano de manejo das macrófitas aquáticas atualizado.
3 – METODOLOGIA
O reservatório da UHE Cana Brava foi percorrido em todo o seu entorno e áreas
de menor profundidade a fim de se observar ao crescimento das plantas aquáticas, a
sua localização e os pontos de ocorrência, analisar o entorno das ocorrências, as fontes
pontuais e difusas de eutrofização do reservatório e/ou surgimento de novas espécies
no corpo hídrico.
Para o percurso oi utilizada uma lancha de 19 pés de alumínio com motor de
popa de 40hp. Os pontos foram marcados com um GPS de navegação da marca
Garmin CSX Map. Todos os pontos foram fotografados e estão apresentados na figura
a seguir.
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As macrófitas foram identificadas quanto à espécie e área de cobertura no
reservatório, biomassa, e classificadas quanto ao risco potencial de crescimento
profuso.
Todos os pontos históricos de monitoramento foram revisitados e avaliados
quanto a surgências de espécies novas e/ou exóticas ao reservatório.
4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em Setembro de 2012 foi realizado o décimo nono levantamento das
macrófitas presentes no reservatório da UHE Cana Brava.
Foram identificadas 24 espécies de macrófitas apresentadas no Quadro 01,
distribuídas em vários pontos do reservatório, de maneira geral, em condições de total
integração com o ambiente, sendo desejáveis do ponto de vista ambiental para
favorecer o aumento da diversidade ecológica local.
Quadro 01: Relação de macrófitas presentes no reservatório da UHE Cana Brava de
Março de 2003 a Setembro de 2012.
ESPÉCIE FAMÍLIA HABITAT
Brachiaria subquadripara Poaceae Marginal
Chara rusbiana Characeae Submersa
Commelina diffusa Commelinaceae Marginal
Cyperus ferax Cyperaceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Cyperus rotundus Cyperaceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Cyperus spp Cyperaceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Echinochloa polystachya Poaceae Marginal
Fimbristyllis milliacea Cyperaceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Hymenachne amplexicaulis Poaceae Marginal
Lemna minor Lemnaceae Flutuante livre
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ESPÉCIE FAMÍLIA HABITAT
Ludwigia octovalvis Onagraceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Ludwigia elegans Onagraceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Ludwigia sericea Onagraceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Ludwigia spp Onagraceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Nitella diffusa Characeae Submersa livre
Panicum repens Poaceae Marginal
Pistia stratiotes Araceae Flutuante livre
Rhynchospora aurea Cyperaceae Epífita, marginal, ambientes úmidos
Salvinia auriculata Salviniaceae Flutuante livre
Utricularia gibba Lentibulariaceae Submersa, flutuante livre
Utricularia globosa Lentibulariaceae Submersa, flutuante livre
Ludwigia sedoides Onagraceae Submersa, flutuante ancorada
Apalanthe granatensis Hydrocharitaceae Submersa ancorada
Nymphoides indica Menyanthaceae Submersa ancorada
O Rio Bonito, o córrego Varjão e Amianto foram os corpos hídricos que
apresentaram a presença de Salvinia auriculata em grandes quantidades.
O controle mecanizado destas espécies ainda não é justificado pelas pequenas
quantidades de plantas que se fazem presentes como podemos observar nas Figuras
01 a 04.
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Figura 01: Vista do Córrego Amianto dia 04/09/2012 com pequenas quantidades
de macrófitas na região da foz.
Figura 02: Vista do Rio Bonito dia 04/09/2012 com pequenas quantidades de
macrófitas na região da foz.
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Figura 03: Vista do Rio Bonito dia 04/09/2012 próximo ao emissão da estação de
tratamento da SANEAGO.
Figura 04: Vista do reservatório da UHE Cana Brava próximo à praia do Sol, com a
presença de Chara rusbyana.
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5 – RECOMENDAÇÕES
A – Manter o programa de monitoramento das macrófitas no reservatório da
UHE Cana Brava com periodicidade semestral com vistorias complementares conforme
a necessidade;
B – Registrar as quantidades e locais de aparecimento das macrófitas no
contexto do programa de Vigilância Ambiental e Patrimonial;
C – Lançar mão do controle de macrófitas pelo método mecanizado sempre
que houver o risco de chegada de plantas aquáticas no corpo principal do reservatório
e/ou saturação da região da Foz do Rio Bonito.
6 – BIBLIOGRAFIAS DE CONSULTA
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Bicudo, Carlos E. de M. Flora Ficológica do Estado de São Paulo. São Carlos: RiMa:
Fapesp, 2004. 124p.
Blanco, H.G. A importância dos estudos ecológicos nos programas de controle das plantas
daninhas. O Biológico, 38(10): 343-50, 1972.
Cook, Cristopher, D.K. Aquatic Plant Book. SPB Academic Publishing. Amsterdam, The
Netherlands. 228p. 1996.
Damião Filho, Carlos Ferreira. Morfologia Vegetal. Jaboticabal, FUNEP / UNESP. 243 p.
1993.
De Marinis, G. Ecologia das Plantas Daninhas. In: NOGUEIRA, P.N. (Coord.). Texto Básico
de Controle das Plantas Daninhas. Piracicaba, ESALQ/USP, 1971. Apostila, p. 01-74.
Deuber, Robert. Ciência das Plantas Infestantes: Manejo,. Campinas. 285 p. 1997.
Esteves, F.A.E. (Coordenador) Fundamentos de limnologia – 3ª.ed. Rio de Janeiro:
Interciência, 2011. 826p.
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Hoehne, F.C. Plantas Aquáticas. Instituto de Botânica, Secretaria da Agricultura – São
Paulo – Brasil. 168 p. 1955.
Kissmann, Kurt G. Plantas Infestantes e Nocivas. Tomo I - 2ª edição. São Paulo. BASF.
825 p.
Larcher, Walter. Ecofisiologia Vegetal. São Carlos RiMA. 531 p. 2000.
Little, E.C.S. Handbook of utilization of aquatic plants. FAO Fish. Tech. Pap., (187): 176
p.
Pott, Valli Joana. Plantas Aquáticas do Pantanal. Embrapa. Centro de Pesquisa
Agropecuária do Pantanal. Corumbá – MS. 404 p. 2000.
http://aquat1.ifas.ufl.edu/charpic.html
RODRIGO BORSARI
ENG. AGRÔNOMO
CREASP 5060488088
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ANEXO 01 – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E ARQUITETURA –
CREASP
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