UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Fisioterapia
Andréa Alonso Romano Amicucci
Brenda Juliana Rodrigues Azevedo
Daniele Rabelo Marchesini
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA COORDENAÇÃO
MOTORA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
LINS - SP
2018
ANDRÉA ALONSO ROMANO AMICUCCI
BRENDA JULIANA RODRIGUES AZEVEDO
DANIELE RABELO MARCHESINI
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA COORDENAÇÃO MOTORA NO TRANSTORNO
DO ESPECTRO AUTISTA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a orientação da Profª Ma. Gislaine Ogata Komatsu e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni
LINS - SP
2018
Amicucci, Andréa Alonso Romano; Azevedo, Brenda Juliana Rodrigues; Marchesini, Daniele Rabelo
Atuação da fisioterapia na coordenação motora no Transtorno do Espectro Autista. Centro de Reabilitação Física Dom Bosco / Andréa Alonso Romano Amicucci; Brenda Juliana Rodrigues Azevedo; Daniele Rabelo Marchesini – – Lins, 2018.
121p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 2018.
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni e Gislaine Ogata Komatsu
1. Fisioterapia. 2. Coordenação Motora. 3. Transtorno do Espectro Autista. I Título.
CDU 615.8
A538a
ANDRÉA ALONSO ROMANO AMICUCCI
BRENDA JULIANA RODRIGUES AZEVEDO
DANIELE RABELO MARCHESINI
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA COORDENAÇÃO MOTORA NO TRANSTORNO
DO ESPECTRO AUTISTA
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para
obtenção do título de Graduação em Fisioterapia.
Aprovada em: 04/12/2018
Banca Examinadora:
Profa. Orientadora: Ma. Gislaine Ogata Komatsu
Titulação: Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade do Sagrado Coração
Assinatura: ________________________________
1ª Profa.: Esp. Janaína Lourdes dos Santos
Titulação: Pós-Graduada em Neurociências e Educação Especial em Deficiência
Física pela Faculdade Campos Elíseos
Assinatura: ________________________________
2ª Profa.: Ma. Ana Cláudia de Souza Costa
Titulação: Mestra em Fisioterapia pela Universidade Metodista de Piracicaba
Assinatura: ________________________________
Dedico a Deus, pelo dom da vida sob sua
proteção. A minha amada família, em
especial, aos meus pais, Antonio e Maria.
Irmãos Ademir, Adoniram, Adriana,
Adalberto, Adelaine e Adauto. Esposo
Dáiton e filho Anthony, grandes
incentivadores e apoiadores na trajetória
da minha vida (ANDRÉA, 2018).
Dedico este trabalho primeiramente ao
meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, sem
Ele eu não chegaria até aqui. A minha
querida família: Cláudia, Alexandre,
Amanda, Lucas, Crispim, Lohayne, que
sempre me deram seu apoio e amor
incondicional. Amo vocês (BRENDA,
2018).
Dedico esta monografia ao meu pai, pois
ele é minha principal fonte de motivação,
uma pessoa que sempre esteve ao meu
lado, apoiando-me para que eu alcançasse
meus mais sonhados objetivos e que
nunca me deixou abater por qualquer
dificuldade ou obstáculo que tenha
cruzado meu caminho (DANIELE,2018).
AGRADECIMENTOS
A todos os professores, que no decorrer do período acadêmico estiveram do
nosso lado, transmitindo-nos conhecimento, sabedoria, experiência e ânimo para
alcançarmos os objetivos almejados.
À nossa orientadora Gislaine Ogata Komatsu, por Deus tê-la iluminado em
nosso caminho, com sua paciência, sabedoria, humildade e sempre à disposição na
transmissão de seus conhecimentos.
As mamães, Márcia e Andreza, pela dedicação e por tornarem possível a
realização deste projeto, consentindo a participação de seus filhos. Deus nos deu
anjos de presentes. Como cuidamos dos nossos anjos, é o nosso presente para Deus
(Mundo de Peu).
Aos participantes, que trazem dentro de si um mundo secreto, o coração mais
encantador, o sorriso mais bonito, o olhar mais sereno, que mesmo em silêncio
compõem a mais linda melodia da vida, o significado do amor!
A Deus e minha família, razão maior da minha felicidade, em especial, meu filho
Anthony, a essência que me conduziu a realização deste sonho e alcançar esta
maravilhosa vitória (ANDRÉA, 2018).
Agradeço ao meu Deus por ter me proporcionado esta experiência linda e as
minhas companheiras de trabalho, Daniele e Andréa, pelo tempo juntas, pela
paciência e dedicação com nossos pacientes (BRENDA, 2018).
Primeiramente, agradeço a Deus por ser a base para tudo em minha vida,
fazendo-me superar todas as barreiras que a vida me impõe. À minha família, por
confiar em mim e estar ao meu lado, apoiando-me e confortando (DANIELE,2018).
RESUMO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno global de desenvolvimento infantil que se manifesta antes dos três anos de idade e se prolonga por toda a vida. Caracteriza-se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas de socialização, comunicação e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a interação social. Estudos identificaram que os mesmos apresentam problemas gerais, afetando assim as capacidades motoras grossas e finas. É relevante o impacto que as limitações motoras ocasionam nos portadores do transtorno quando os déficits motores dos mesmos interferem na performance das atividades sociais, ocupacionais e educacionais. A presente pesquisa, teve como objetivo o acompanhamento de profissionais de fisioterapia neste contexto da motricidade de duas crianças com TEA, do gênero masculino, com 10 e 14 anos de idade, para elaborar programas de intervenções, através de recursos fisioterapêuticos, buscando o desenvolvimento de condutas e técnicas apropriadas de exercícios de acordo com a classificação da coordenação motora grossa e provocar algumas variações na forma de ser, estar e viver do autismo. O método utilizado para obter a classificação da coordenação motora grossa foi a ferramenta de investigação do teste de coordenação corporal KTK (Körperkoordinationstest Für Kinder) aplicado em 4 tarefas: 1) trave de equilíbrio; 2) salto monopedal; 3) salto lateral; 4) transferência sobre plataforma. Com o resultado do nível de motricidade foi proposto um protocolo de exercícios com ênfase no equilíbrio dinâmico; força muscular; flexibilidade do tronco e membros superiores; propriocepção; coordenação em condições de pressão de complexidade e tempo; consciência da própria flexibilidade e resistência de todo o corpo. Ao término do programa, as crianças foram reavaliadas com o mesmo protocolo do teste de coordenação corporal KTK. Com base nos resultados avaliados no estudo da classificação geral, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, os participantes apresentavam desempenho na coordenação motora grossa de 60% e 31% e após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, ocorreu uma evolução para 90% e 54%, ou seja, tiveram respectivamente 30% e 23% a mais de evolução na coordenação corporal. Concluiu-se que a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos proporcionou efeitos positivos nas crianças com diagnóstico do TEA, foi comprovado desempenho no rendimento da coordenação motora grossa, aumento do equilíbrio, ritmo, força, lateralidade, velocidade e a agilidade, promovendo melhora na qualidade de vida para que diante da sociedade ela encontre a possibilidade de criar o desenvolvimento de sua independência. Palavras-chave: Fisioterapia. Coordenação Motora. Transtorno do Espectro Autista.
ABSTRACT
Autism Spectrum Disorder (ASD) is a global childhood developmental disorder that manifests itself before three years old and lasts for a lifetime. It is characterized by a set of symptoms that affects the areas of socialization, communication and behavior, and among them, the most compromised is social interaction. Studies have identified that they present general problems, thus affecting gross and thin motor capacities. It is relevant the impact that the motor limitations cause in the patients of the disorder when the motor deficits of the same interfere in the performance of the social, occupational and educational activities. The objective of the present research was to follow physiotherapy professionals in this context of the motor skills of two children with ASD, male, with 10 and 14 years old, to elaborate intervention programs through physiotherapeutic resources, seeking the development of conducts and appropriate techniques of exercises according to the classification of the gross motor coordination and to provoke some variations in the form of being, being and living of autism. The method used to obtain the classification of gross motor coordination was the KTK (Körperkoordinationstest Für Kinder) body coordination test investigated in four tasks: 1) balance beam; 2) single-leg jump; 3) lateral jump; 4) Transfer on platform. With the result of the motor level, an exercise protocol with an emphasis on dynamic balance was proposed; muscle strength; flexibility of the trunk and upper limbs; proprioception; coordination under conditions of pressure of complexity and time; awareness of one's own flexibility and endurance. At the end of the program, the children were reassessed with the same protocol as the KTK body coordination test. Based on the results evaluated in the general classification study, before the applicability of the physiotherapeutic resources, the participants presented a gross motor coordination performance of 60% and 31%, and after the applicability of physiotherapeutic resources, there was an evolution to 90% and 54% that is, they had respectively 30% and 23% more of evolution in body coordination. It was concluded that the applicability of the physiotherapeutic resources provided positive effects in the children diagnosed with ASD, showed a performance in the performance of gross motor coordination, increased balance, rhythm, strength, laterality, speed and agility, promoting improvement in quality of life so that before society it finds the possibility of creating the development of its independence. Keywords: Physiotherapy. Motor coordination. Autistic Spectrum Disorder.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Dimensões da trave de equilíbrio ............................................................ 26
Figura 2: Dimensões do bloco de espuma .............................................................. 27
Figura 3: Dimensões da plataforma dos saltos laterais .......................................... 29
Figura 4: Dimensões da plataforma da transferência sobre plataforma ................. 30
Figura 5: Traves utilizadas no teste trave de equilíbrio ........................................... 45
Figura 6: Blocos de espumas utilizados no teste saltos monopedais ..................... 47
Figura 7: Demarcações utilizadas no teste saltos laterais ...................................... 48
Figura 8: Plataformas utilizadas no teste transferência sobre plataforma .............. 49
Figura 9: Exercícios disco de equilíbrio ................................................................ 52
Figura 10: Exercícios obstáculo espuma .................................................................. 52
Figura 11: Exercícios barra paralela .......................................................................... 52
Figura 12: Exercícios bastão .................................................................................... 53
Figura 13: Exercícios trave de madeira .................................................................... 53
Figura 14: Exercícios bola suíça e bastão ................................................................ 53
Figura 15: Exercícios bola suíça - equilíbrio .............................................................. 54
Figura 16: Exercícios bola suíça - fortalecimento ...................................................... 54
Figura 17: Exercícios bola ......................................................................................... 54
Figura 18: Exercícios bola futebol ............................................................................. 55
Figura 19: Exercícios bambolês ................................................................................ 55
Figura 20: Exercícios bloco de espuma .................................................................... 55
Figura 21: Exercícios sarrafo de madeira .................................................................. 56
Figura 22: Exercícios bola - flexibilidade ................................................................... 56
Figura 23: Exercícios plataforma de madeira ............................................................ 56
Figura 24: Exercícios corda ....................................................................................... 57
Figura 25: Exercícios ativo fortalecimento ................................................................. 57
Figura 26: Exercícios overball ................................................................................... 57
Figura 27: Exercícios bola suíça - alongamento........................................................ 58
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Proposta de protocolo de exercícios ..................................................... 37
Quadro 2: Desempenho na prova do teste inicial trave de equilíbrio ...................... 46
Quadro 3: Desempenho na prova do teste inicial saltos monopedais .................... 47
Quadro 4: Desempenho na prova do teste inicial saltos laterais ............................. 49
Quadro 5: Desempenho na prova do teste inicial transferência sobre plataforma... 50
Quadro 6: Desempenho inicial da coordenação corporal ........................................ 50
Quadro 7: Protocolo de exercícios realizados ......................................................... 52
Quadro 8: Desempenho na prova do teste final trave de equilíbrio ........................ 59
Quadro 9: Desempenho na prova do teste final saltos monopedais ....................... 59
Quadro 10: Desempenho na prova do teste final saltos laterais .............................. 59
Quadro 11: Desempenho na prova do teste final transferência sobre plataforma..... 60
Quadro 12: Desempenho final da coordenação corporal .......................................... 60
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Desempenho na trave de equilíbrio do participante 1 ........................... 61
Gráfico 2: Desempenho na trave de equilíbrio do participante 2 ........................... 62
Gráfico 3: Desempenho nos saldos monopedais participante 1 ............................ 63
Gráfico 4: Desempenho nos saldos monopedais participante 2 ............................ 63
Gráfico 5: Desempenho nos saldos laterais participante 1 .................................... 64
Gráfico 6: Desempenho nos saldos laterais participante 2 .................................... 65
Gráfico 7: Desempenho transferências sobre plataformas participante 1 .............. 66
Gráfico 8: Desempenho transferências sobre plataformas participante 2 .............. 66
Gráfico 9: Desempenho da coordenação corporal participante 1 .......................... 67
Gráfico 10: Desempenho da coordenação corporal do participante 2 ...................... 68
LISTA DE ABREVIATURAS
ASD : Autism Spectrum Disorder
FDA : Food and Drug Administration
KTK : Körperkoordinationstest Für Kinder
MMII : Membros Inferiores
MMSS: Membros Superiores
ONU : Organização das Nações Unidas
QM : Quociente Motor
TEA : Transtorno do Espectro Autista
TOC : Transtorno Obsessivo Compulsivo
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
1 CONCEITOS PRELIMINARES .................................................................... 15
1.1 Transtorno do espectro autista .................................................................... 15
1.2 Coordenação motora ................................................................................... 16
1.3 Coordenação motora no TEA ....................................................................... 19
1.4 Coordenação motora grossa no TEA .......................................................... 19
1.4.1 Alteração no tônus muscular ........................................................................ 20
1.4.2 As posições e atitudes ................................................................................. 21
1.4.3 A marcha ...................................................................................................... 21
1.4.4 Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor ............................................... 22
1.4.5 Estímulos à habilidades de forma precoce ................................................... 22
1.4.6 As estereotipias ............................................................................................ 22
1.4.7 A voz ............................................................................................................. 23
1.4.8 Linguagem .................................................................................................... 23
1.4.9 Medicação .................................................................................................... 24
1.5 Instrumento de avaliação da coordenação motora ...................................... 25
1.5.1 Trave de equilíbrio ....................................................................................... 25
1.5.2 Saltos monopedais ...................................................................................... 27
1.5.3 Saltos laterais .............................................................................................. 28
1.5.4 Transferência sobre plataformas ................................................................. 29
1.5.5 Classificação do teste de coordenação corporal KTK ................................. 31
1.6 Tratamento da fisioterapia no TEA .............................................................. 31
1.6.1 Equilíbrio ...................................................................................................... 32
1.6.2 Lateralidade ................................................................................................. 33
1.6.3 Ritmo ........................................................................................................... 34
1.6.4 Força ........................................................................................................... 35
1.6.5 Velocidade e agilidade ................................................................................. 36
1.6.6 Proposta de protocolo de exercícios ............................................................. 37
2 EXPERIMENTO ........................................................................................... 41
2.1 Aspectos éticos ............................................................................................ 41
2.2 Procedimentos metodológicos ..................................................................... 41
2.2.1 Tipo da pesquisa ......................................................................................... 42
2.2.2 Local da pesquisa ........................................................................................ 42
2.2.3 Participantes da pesquisa ............................................................................ 43
2.2.3.1 Participante 1 ............................................................................................... 43
2.2.3.2 Participante 2 ............................................................................................... 43
2.2.4 Critérios de inclusão e exclusão .................................................................. 44
2.3 Procedimentos da avaliação inicial da coordenação motora ....................... 44
2.3.1 Trave de equilíbrio ....................................................................................... 45
2.3.2 Saltos monopedais ...................................................................................... 46
2.3.3 Saltos laterais .............................................................................................. 48
2.3.4 Transferência sobre plataformas ................................................................. 49
2.3.5 Classificação da coordenação corporal ....................................................... 50
2.4 Processamento e análise dos dados ........................................................... 51
2.5 Protocolo de exercícios fisioterapêuticos ..................................................... 51
2.5.1 Protocolo de exercícios realizados .............................................................. 51
2.6 Procedimentos da avaliação final da coordenação motora ......................... 58
2.6.1 Trave de equilíbrio ....................................................................................... 58
2.6.2 Saltos monopedais ...................................................................................... 59
2.6.3 Saltos laterais .............................................................................................. 59
2.6.4 Transferência sobre plataformas ................................................................. 60
2.6.5 Classificação da coordenação corporal ....................................................... 60
2.7 Resultados ................................................................................................... 61
2.7.1 Apresentação dos resultados ...................................................................... 61
2.7.1.1 Trave de equilíbrio ....................................................................................... 61
2.7.1.2 Saltos monopedais ...................................................................................... 62
2.7.1.3 Saltos laterais .............................................................................................. 64
2.7.1.4 Transferência sobre plataformas ................................................................. 65
2.7.1.5 Classificação da coordenação corporal ....................................................... 67
2.8. Análise de discussão dos resultados ........................................................... 68
2.9 Conclusão ..................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 72
APÊNDICES ............................................................................................................. 74
ANEXOS .................................................................................................................. 90
13
INTRODUÇÃO
Observa-se que, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) continua levantando
perguntas que esperam respostas, por trazer prejuízos por toda a vida.
O autismo é um transtorno global de desenvolvimento infantil que se manifesta antes dos 3 anos de idade e se prolonga por toda a vida. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são acometidas, sendo que em criança, é mais comum que o câncer, AIDS e o diabetes. Caracteriza-se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas de socialização e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a interação social (SILVA, 2012, p.11).
O déficit na habilidade motora é um fator relevante nas crianças com TEA, que
afeta o equilíbrio, a força, o ritmo e agilidade devido a movimentos poucos adaptados
e estereotipados. Castro (2005 apud SILVA JÚNIOR, 2012) faz uma relevante relação
entre o impacto que as limitações motoras ocasionam nos portadores do transtorno
quando revela que os déficits motores dos mesmos interferem na performance das
atividades sociais, ocupacionais e educacionais.
Manjiviona e Prior (1995 apud SILVA JÚNIOR, 2012) identificaram em seus
estudos, realizados com indivíduos acometidos pelas perturbações do espectro
autista, que os mesmos apresentam problemas não apenas em uma área específica,
mas sim em termos gerais, afetando assim as capacidades motoras gerais e finas.
Uma das questões fundamentais para profissionais que lidam com crianças que
apresentam atrasos de desenvolvimento é conhecimento do perfil motor. Dessa
forma, para traçar o perfil motor de uma pessoa são realizados testes ou escalas que
avaliam, analisam e observam o domínio através de um padrão de referência
previamente construído nesses materiais (SOARES; CAVALCANTE NETO, 2015).
Outra questão relevante para os profissionais é a compreensão do
comportamento diante das atividades propostas. Nessa lógica, quando se trata do
comportamento motor de crianças com TEA, poderão ocorrer prejuízos no que diz
respeito ao planejamento e sequenciamento motor, com dificuldades no
processamento viso espacial, tendo prejuízos nas habilidades de entender e dar
significado ao que é visualizado (SOARES; CAVALCANTE NETO, 2015).
A partir destas considerações, a proposta do estudo foi disponibilizar o
tratamento de fisioterapia e associar a um instrumento de avaliação da coordenação
14
motora grossa com a finalidade de responder ao problema da pesquisa: A
aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos pode proporcionar alteração na
coordenação motora grossa das crianças com TEA?
A presente pesquisa, teve como objetivo o acompanhamento de profissionais
de fisioterapia neste contexto da motricidade de duas crianças com TEA, do gênero
masculino, com 10 e 14 anos de idade, para elaborar programas de intervenções,
através de recursos fisioterapêuticos, buscando o desenvolvimento de condutas e
técnicas apropriadas de exercícios de acordo com a classificação da coordenação
motora grossa e provocar algumas variações na forma de ser, estar e viver do autismo.
O método utilizado para obter a classificação da coordenação motora grossa
dos participantes foi a ferramenta de investigação do teste de coordenação corporal
KTK (Körperkoordination Test für Kinder), aplicado em 4 tarefas: 1) trave de equilíbrio;
2) salto monopedal; 3) salto lateral; 4) transferência sobre plataforma. Segundo Gorla,
Araújo e Rodrigues (2009) as tarefas do KTK consideradas individualmente
apresentam valores de confiabilidade de 0.65 a 0.85, já a bateria completa apresenta
uma confiabilidade em torno de 0.90, o que comprova a credibilidade e competência
do teste para a sua aplicação.
Com o resultado do nível de motricidade, foi proposto um protocolo de
tratamento de exercícios com ênfase no equilíbrio dinâmico; força muscular;
flexibilidade do tronco e membros superiores; propriocepção; a coordenação em
condições de pressão de complexidade e tempo; consciência da própria flexibilidade
e resistência de todo o corpo. Ao término do programa, os participantes foram
reavaliados com o mesmo protocolo do teste de coordenação corporal KTK e os
resultados foram avaliados através de gráficos no Excel, demonstrando o
desempenho de rendimento da coordenação motora grossa, antes e depois do
tratamento fisioterapêutico, em cada tarefa aplicada do teste de coordenação corporal.
Dessa forma foi possível analisar através dos resultados obtidos se a
aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos proporcionou alteração na coordenação
motora grossa das crianças com TEA. Para Marques (2002 apud SEGURA;
NASCIMENTO; KLEIN, 2011) a fisioterapia vai atuar ingressando esse paciente ao
convívio social, treinando habilidades de concentração, objetivando assim, claridade
de raciocínio e melhor retenção de detalhes. A inibição de movimentos anormais vai
melhorar o autocontrole corporal, além do treino de habilidades motoras, equilíbrio e
coordenação.
15
1 CONCEITOS PRELIMINARES
Quando se ouve a palavra “autismo” refere-se a alguém “diferente” de nós, que
manifestam sintomas que afetam as áreas de socialização, comunicação e o
comportamento, podendo trazer prejuízos por toda a vida se não tiver oportunidade
de estabelecer vínculos com as pessoas e serem resgatadas do seu mundo peculiar
(SILVA, 2012).
O conhecimento atual sobre o autismo engloba uma parceria de pesquisadores
comprometidos, pais dedicados, professores, profissionais, grupos e associações que
buscam diagnósticos, tratamentos adequados, e, sobretudo, exigem para estas
pessoas, respeito, a quebra do preconceito, leis cumpridas e que efetivamente haja a
sua inclusão perante a sociedade (SILVA, 2012).
Silva (2012) informa que este movimento, em relação às pessoas com autismo,
a fim de serem incluídas e reintegradas na sociedade, vem aumentando seu
contingente em vários países, inclusive no Brasil, e, em dezembro de 2007, a
Organização das Nações Unidas (ONU) decretou que o dia 2 de abril seria o Dia
Mundial de Conscientização do Autismo, um passo relevante citado nos meios de
comunicação.
1.1 Transtorno do espectro autista
Alonso (2015) escreveu que em 1906, o termo autismo foi introduzido pelo
psiquiatra suíço Plouller, para descrever o isolamento frequente em alguns casos.
Porém, foi só em 1943 que Léo Kanner, um médico austríaco que residia em
Baltimore, nos Estados Unidos, teve contato com Donald T., seu primeiro paciente,
com o que seria batizado, adiante, como autismo. Anos depois, ele publicou o artigo,
Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo, contendo a descrição de onze casos de
pacientes com o transtorno. Outra publicação importante foi lançada em 1944, pelo
médico Hans Asperger, seguindo uma linha de raciocínio parecida com a de Kanner,
também estudou o transtorno. Mesmo após anos de avanços científicos, o distúrbio
continua levantando dúvidas e uma lista de perguntas que esperam por respostas.
Silva (2012) cita que deve-se considerar que as primeiras descrições do
autismo surgiram na década de 40, embora o problema já existia antes, trata-se de
um diagnóstico recente, apesar de muitos avanços e conquistas em termos de
16
entendimento e tratamento eficazes, a descoberta das causas e da cura do problema
está em fase embrionária.
Soares e Cavalcante Neto (2015) citam a importância desses estudos iniciais
para o estabelecimento dos conceitos e características presentes na atualidade sobre
autismo.
Para melhor compreender o conceito ou conceitos existentes na literatura da
área, Orrú (2012 apud SOARES e CAVALCANTE NETO, 2015) traz uma definição
atual para a palavra autismo, discorre que esta vem de origem grega (autos), que tem
o significado “por si mesmo” (grifos do autor), sendo uma nomenclatura utilizada pela
psiquiatria para denominar comportamentos humanos que são voltados para o próprio
indivíduo.
Observa-se que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) continua levantando
perguntas que esperam respostas, por trazer prejuízos por toda a vida.
O autismo é um transtorno global de desenvolvimento infantil que se manifesta antes dos 3 anos de idade e se prolonga por toda a vida. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são acometidas, sendo que em criança, é mais comum que o câncer, AIDS e o diabetes. Caracteriza-se por um conjunto de sintomas que afeta as áreas de socialização e do comportamento, e, dentre elas, a mais comprometida é a interação social. (SILVA, 2012, p.11).
Soares e Cavalcante Neto (2015) mencionam que o diagnóstico do TEA
envolve o comprometimento no neurodesenvolvimento e o transtorno causará déficits
no funcionamento do cérebro da criança, que, ao se encontrar em processo de
desenvolvimento, possivelmente, irá ter como consequência atrasos na fala, na
aprendizagem e na aquisição de seus gestos motores.
Ferreira e Ramos (2007) visando à expressão livre de um corpo-sujeito
completo e integrado os pontos mais importantes enfocam os conteúdos psicomotores
da corporeidade e do tônus, ou seja, do sujeito em movimento.
1.2 Coordenação motora
Nicola (2004) descreve a coordenação motora como um ato ou efeito de
coordenar; orientar, direcionar e movimentar o corpo, ou seja, é a capacidade de
regular os mecanismos essenciais para o movimento.
Rosa Neto et al. (2010 apud SOARES e CAVALCANTE NETO, 2015) afirmam
17
que o comportamento motor é um processo sequencial, que tem relação direta com a
idade do indivíduo, a biologia e as condições ambientais, fatores esses que são
essenciais para as mudanças sociais, intelectuais e emocionais.
Tani et al. (2010 apud SOARES e CAVALCANTE NETO, 2015) a interação do
indivíduo com o meio é de suma importância para o aperfeiçoamento de suas
habilidades motoras, especificamente é na infância que o ser humano começa o
aprimoramento de suas habilidades motoras básicas, possibilitando assim um vasto
domínio de seu corpo com diferentes atividades.
Kiphard (1976 apud SILVA JÚNIOR, 2012) cita que a coordenação motora é
interação harmoniosa e econômica senso-neuro-muscular, com finalidade de produzir
movimentos precisos e equilibrados em reações rápidas e adaptadas à situação.
Myklebust e Johson (1983 apud FERREIRA e RAMOS, 2007) citam que o
desenvolvimento normal de uma criança transpõe uma hierarquia de necessidades:
do concreto ao abstrato e da sensação para a conceituação, da parte mais concreta
até chegar aos conceitos abstratos, o sujeito passa por níveis de experiências ao
longo da vida.
Myklebust e Johson (1983 apud FERREIRA e RAMOS, 2007) citam que o
primeiro nível, são sensações adquiridas pelos cinco sentidos. A visão e audição são
as mais importantes, seguidas do tato, paladar e olfato.
Luria (1980 apud FERREIRA e RAMOS, 2007) comenta o primeiro nível
responsável pelo estado de alerta, vigília e pela manutenção do tônus de suporte. No
segundo nível, as sensações já são percebidas (percepções das sensações com
significado), já não atinge só o sistema nervoso periférico, mas também, o sistema
nervoso central, as áreas de associações estabelecem, ao longo da experiência,
capacidade de perceber as diferenças espaciais.
Para Myklebust e Johson (1983 apud FERREIRA e RAMOS, 2007) o terceiro
nível é o da imagem, sensações recebidas na memória, o indivíduo precisa
experienciá-la em si próprio, dando significado pela via de prazer que estará
subordinado ao corpo vivenciado, veículo de acesso a essas várias experiências. No
quarto nível situa-se a simbolização, a percepção e a imagem que vão sendo
comunicadas aos outros, é nesse nível que acontece a linguagem. No quinto nível é
a aquisição de experiências, o da conceituação, capacidade de classificar e
categorizar.
Na visão de Luria (1980 apud FERREIRA e RAMOS, 2007) o terceiro, quarto e
18
quinto níveis são um só, da elaboração de raciocínio e do planejamento e da
linguagem.
Boralli (2008) menciona o livro “Os Doze Sentidos” do autor Josef David Yaari,
uma abordagem bastante qualitativa a respeito do ser humano, a maneira do homem
interagir com o mundo e com as coisas, através do que ele denomina “Os Doze
Sentidos Humanos”, que até então, tem-se os cinco sentidos citados acima: olfato,
paladar, audição, visão e tato.
Neste livro o autor afirma que os sentidos estão divididos, em três grupos:
a) sentir: o sentido da visão, do paladar e do olfato e o sentido térmico,
responsáveis pelas sensações primitivas do nosso organismo.
b) querer: o sentido tátil, do equilíbrio, do movimento e o sentido orgânico.
c) pensar: o sentido da audição, da linguagem, do pensamento e do eu.
Boralli (2008) entende o sentido do querer diante do corpo vivenciado e sua
coordenação:
a) sentido tátil: é através do toque que se estabelece um vínculo entre nossa
vida interior e a realidade interior do objeto, quanto maior sua suavidade,
mais profunda é a experiência que se pode vivenciar, é o educador da
devoção.
b) sentido do equilíbrio: é a nossa relação com o espaço que cria. A sensação
do desequilíbrio é dada com a relação com os utrículos, com a gravidade e
a respiração. A busca do equilíbrio é um trabalho quase imperceptível
porque somos inconscientes da atuação das forças do nosso querer, é o
educador da nossa integridade.
c) sentido do movimento ou sinestésico: o movimento realizado com os olhos,
mãos ou corpo todo, onde a visão é o sentido auxiliar para a sensação do
movimento. O sentido do movimento é o educador para a busca da origem
de nossa interioridade.
d) sentido orgânico: é a experiência da nossa realidade física-corpórea, toda
a sensação relacionada com a vitalidade de nosso organismo. O sentido
orgânico nos dá consciência da nossa vida e do próprio mundo, é o
educador de nosso caminho para a fecundidade espiritual.
19
1.3 Coordenação motora no TEA
Castro (2005 apud SILVA JÚNIOR, 2012) faz uma relevante relação entre o
impacto que as limitações motoras ocasionam nos portadores do transtorno quando
revela que os déficits motores dos mesmos interferem na performance das atividades
sociais, ocupacionais e educacionais.
Boralli (2008) escreve que, no autismo, quando ocorre alteração em algum dos
sentidos do querer, há uma alteração diretamente relacionada com as limitações e
dificuldades destas pessoas ao:
a) sentido tátil: quando ensinados conseguem distinguir o quente do frio,
superfícies ásperas ou lisas, grossas e macias, outras necessitam de
estimulação frequente.
b) sentido do equilíbrio: apresentam na primeira fase do desenvolvimento,
uma dificuldade extrema de andar com equilíbrio e ou caem muito ou não,
andam em cima de portões e grades, com lança sem cair, e, quando giram,
não ficam tontas e não perdem o equilíbrio.
c) sentido do movimento: quanto a coordenação motora grossa e fina,
constata-se um desequilíbrio acentuado, uma não-hierarquia quanto ao
desenvolvimento das atividades motoras finas e grossas.
d) sentido orgânico: que o seu sentido de essência de vida está
comprometido, em alguns, ocorre a ausência da dor e não apresentam
medo real do perigo, atravessam a rua sem se preocupar com carros e
caminhões, não há defesa da vida.
Ferreira e Ramos (2007) cita que o indivíduo autista apresenta uma variedade
imensa de manifestações e características, em variados graus de acometimento:
possíveis movimentos corporais estereotipados, batimento de cabeça e movimentos
complexo de todo o corpo, e que para construir a corporeidade e sua autonomia, o
autista precisa, através da experiência motora, sentir-se existente no espaço,
iniciando o estabelecimento da percepção de si.
1.4 Coordenação motora grossa no TEA
Manjiviona e Prior (1995 apud SILVA JÚNIOR, 2012) identificaram em seus
20
estudos, realizados com indivíduos acometidos pelas perturbações do espectro
autista, que os mesmos apresentam problemas não apenas em uma área específica,
mas sim em termos gerais, afetando assim as capacidades motoras gerais e finas.
Gallahue; Ozmun (2005 apud SOARES e CAVALCANTE NETO, 2015) devido
à fundamental importância do movimento corporal para a vida humana, a
aprendizagem de habilidades motoras, que se refere ao padrão de movimento
especializado e treinado, é iniciada na infância com os mais simples gestos corporais,
até o aperfeiçoamento para as formas mais complexas.
Soares e Cavalcante Neto (2015) menciona que é essencial a compreensão do
comportamento motor de um determinado indivíduo, quando se pretende intervir com
o mesmo.
1.4.1 Alteração no tônus muscular
Segundo Luria (1980, FERREIRA e RAMOS, 2007) o tônus está intimamente
relacionado às sensações de prazer, irritação e cólera. Também interfere na
musculatura esquelética relacionada ao riso e às vísceras e associada ao choro,
favorecendo o comportamento maleável do tônus, ou seja, permitindo que ele transite
adequadamente nas suas manifestações entre a hipertonia e a hipotonia.
Geschwind; Sacrey et al. (2013, 2014 apud AZEVEDO; GUSMÃO, 2016)
informam que nas crianças com Transtorno do Espectro Autista é observada hipotonia
moderada em mais de 50% e pode provocar alterações da coluna vertebral (escoliose)
na puberdade. Mas algumas crianças podem ter hipertensão ou alternância das duas
variedades de tônus.
A criança com autismo vai apresentar falha na antecipação de posturas ou
movimentos, terão dificuldades em levantar os braços, por exemplo, quando os pais
vão pegá-las no colo (SILVA,2012).
O tônus só pode ser compreendido se o profissional que interage com ele
entende esse diálogo tônico, e que através do movimento, corporeidade e tonicidade
proporciona a vivência do prazer sensório-motor, nos contrastes prazer-desprazer,
tensão-distensão, equilíbrio-desequilíbrio, liberdade-dependência, segurança-medo
entre perda e recuperação, a criança pode refazer suas referências espaço-temporais
simultaneamente e reestabelecer suas fronteiras de ação (FERREIRA; RAMOS,
2007).
21
1.4.2 As posições e atitudes
As crianças com o Transtorno do Espectro Autista apresentam desequilíbrios
corporais, tropeçam e caem com frequência, são desajeitadas ao sentarem, sentem-
se mais pesadas que outras ao levantar-se, cansam-se facilmente e saem do assento
a todo momento, demonstrando necessidade de estar em constante movimentos de
giros ou balanceamentos corporais, podendo prejudicar a postura e equilíbrio da
coordenação motora (SACREY et al., 2014 apud AZEVEDO; GUSMÃO, 2016).
Silva (2012) relata que elas tendem a ficar movimentando-se o tempo todo,
apresentando hipercinesia, excesso de movimentação, prejudicando o equilíbrio
estático, ou seja, o seu repouso.
Por meios de movimentos tônicos, de troca de olhares, e de significações, de
ações espontâneas no solo, no arrastar pelo chão, no rolar e, posteriormente, no
caminhar de quatro, a criança vai descobrindo seu corpo próprio e organizando sua
tonicidade e equilíbrio, na busca de prazer do deslocamento. Esses movimentos
tônicos, advindos de reflexos arcaicos, evoluídos, podem apresentar grande
significado na construção de novas posturas para seu desenvolvimento corporal
(FERREIRA; RAMOS, 2007).
1.4.3 A marcha
Algumas crianças tendem a iniciar a marcha nas pontas dos pés ou agem assim
quando estão eufóricas ou ansiosas. Observa-se uma marcha rígida e desajeitada.
Muitas vezes são vistas como “desengonçadas” por não conseguirem manter as
atitudes articuladas rítmicas (SILVA, 2012).
Fernandes (2013 apud AZEVEDO; GUSMÃO, 2016) sugere que o problema no
padrão motor da marcha e uma postura assimétrica do braço durante a caminhada e
anomalias no movimento geral, pode estar relacionado com o controle do equilíbrio,
um envolvimento do cerebelo, devido ao seu papel na coordenação motora e controle
de balanço, sem ele seria impossível desempenhar todas as atividades motoras que
requerem habilidade, pois coordena as complexas sequências dos músculos
esqueléticos, capta os impulsos sensitivos das articulações, tendões, músculos, além
de receptores do equilíbrio e visuais.
22
1.4.4 Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
Silva (2012) relata que as crianças com TEA apresentam dificuldades nas
atividades básicas da vida diária (não conseguem limpar-se, tomar banho ou trocar-
se sozinha, vestir-se e despir-se) e nas habilidades da coordenação motora fina
(recortar, pintar dentro dos espaços, escrever...).
Geschwind; Sacrey et al.; Rosa Neto et al. (2013, 2014, 2013 apud AZEVEDO;
GUSMÃO, 2016) comenta um atraso na aquisição dos movimentos naturais (descer
escadas com movimentos alternados) é um impacto negativo nas funções das
atividades da vida diária, complicando até a prática de um esporte um pouco mais
complexo.
1.4.5 Estímulos à habilidades de forma precoce
Para Ferreira e colaboradores (2002 apud AZEVEDO; GUSMÃO, 2016), o
esquema corporal é necessário para que ela adquira o domínio corporal, o
reconhecimento corporal e a passagem para a ação. Sem essas habilidades, poderá
chocar‑se constantemente com outras pessoas ou machucar‑se ao passar por
espaços limitados. As etapas do desenvolvimento do esquema corporal abrangem o
corpo vivido, o conhecimento das partes do corpo, a orientação e a organização do
espaço corporal.
Silva (2012) comenta que as crianças com TEA apresentam falha na
antecipação de posturas ou movimentos, às vezes não levantam os bracinhos quando
os pais vão pegá-las no colo.
1.4.6 As estereotipias
Silva (2012) cita os movimentos estereotipados e repetitivos, como o balançar
do corpo, bater palmas, agitar ou torcer as mãos ou dedos ou dar pulinhos.
Para Geschwind; Sacrey et al.; Pfeiffer et al. (2013, 2014, 2013 apud
AZEVEDO; GUSMÃO, 2016) tem que levá‑las em consideração, pois impactam nas
relações sociais, respondendo às necessidades de expressar emoções através do
movimento, acompanhadas por uma busca da sensação de relaxamento e prazer e
são capazes de agir negativamente sobre o musculoesquelético.
23
1.4.7 A voz
Para Rosa Neto et al. (2013, apud AZEVEDO; GUSMÃO, 2016) é uma
característica importante de crianças com o Transtorno do Espectro Autista, pois
aspectos motores fonológicos em produção podem ter impacto na comunicação.
1.4.8 Linguagem
Ferreira e Ramos (2007) citam que outros autores propõem que a simbolização
prepara a linguagem e a dividem em verbal e não verbal.
Segundo Myklebust e Johson (1983 apud FERREIRA e RAMOS, 2007)
apresentam quanto a linguagem verbal: as linguagens interna, receptiva e expressiva,
explicadas a seguir.
A linguagem interna é a linguagem materna, desenvolve-se de zero a nove
meses, é a linguagem em que se pensa para ter significado, ela precisa representar
uma determinada unidade de experiência, é a transformação da experiência em
símbolo (verbais ou não-verbais). No autismo ocorre atraso na decodificação
perceptual, a linguagem tem dificuldade de se instalar.
Já a linguagem receptiva, que se desenvolve dos 9 aos 12 anos, abrange a
compreensão da palavra falada, a leitura (auditivo-visual), compreensão dos símbolos
e seus significados, onde a recepção/compreensão antecede a expressão, engloba
as imagens, as sensações, relações de espaço, objetos e meio, noções de tamanho,
tempo, distância, volume, forma, altura, velocidade, a discriminação, noções de
agrupamentos, padronização, ritmo e compreensão dos símbolos sociais e vão
obtendo significado de acordo com a vivência.
A linguagem expressiva espera-se a partir dos 12 meses e vai até os 7 anos, é
a capacidade da criança externar as suas experiências de forma verbal e não verbal.
A comunicação não-verbal é adquirida e, anterior a expressão falada; todas as
entonações, sons, balbucios e inflexões são marcas da comunicação ainda não
falada. Para a criança adquirir as capacidades de falar e escrever, é importante
recordar e conservar as palavras na mente, associar estes sinais ao sistema motor
adequado e ativá-lo para executar os movimentos expressivos associados.
Silva (2012) cita a dificuldade no desenvolvimento da linguagem nos autistas,
sem que haja tentativas de compensar essa comunicação por meios alternativos, tais
24
como gestos ou mímicas e, se não apresentam prejuízos significativos na fala, tem
dificuldade em iniciar, manter ou terminar uma conversa adequada e reciprocidade.
Para Silva (2012) os autistas fazem uso estereotipado e repetitivo da
linguagem, decoram frases de desenhos animados e as falam em momentos
completamente fora do contexto ou repetem aquilo que lhes é perguntado (ecolalia).
Azevedo e Gusmão (2016) explica que a linguagem, sobretudo, é constituinte
do sujeito, sendo base para a estruturação psíquica, cognitiva e também psicomotora,
deve-se verificar suas dificuldades e ao falar de corpo o objetivo é ajudar o autista a
superar suas dificuldades e oferecer novos meios de expressão, favorecendo a
conscientização, possibilitando o acesso às funções importantes, como o olhar e o
tocar para melhorar a sua qualidade de vida.
1.4.9 Medicação
Silva (2012) comenta que não existe ainda uma medicação que trate todos os
sintomas do autismo, as dificuldades sociais e de comunicação não são alcançadas
diretamente como o uso de fármacos. Duas medicações têm sido amplamente
estudadas e inclusive, já foram aprovadas pelo FDA (Food and Drug Administration,
órgão responsável pelo controle de alimentos e remédios nos Estados Unidos da
América) para crianças acima de 5 anos com dificuldades causadas pelos traços de
autismo: a Risperidona e o Aripiprazol que são indicadas para distúrbios psicóticos e
outras ainda estão em fases de estudos.
Pfeiffer et al. (2013, apud AZEVEDO; GUSMÃO, 2016) reforça que o terapeuta
deve conhecer e saber o impacto das drogas sobre o Sistema Motor, os
medicamentos que a criança toma e seu potencial de ação no sistema muscular. Os
antipsicóticos podem induzir a certa rigidez do movimento ou causar discinesia aguda
ou tardia. O antiepilético pode levar a tremedeiras nos membros inferiores e influenciar
nas habilidades motoras.
Um contato entre os pais, médico e toda a equipe multidisciplinar possibilita
uma avaliação mais profunda dos ganhos com o uso da medicação e se ela deve ser
continuada e necessária, cada caso deve ser avaliado individualmente, pois a
medicação tem um importante papel dentre todos os tratamentos e intervenções
devido à diversidade de necessidades e comprometimentos das pessoas com TEA.
25
1.5 Instrumento de avaliação da coordenação motora
O teste de coordenação corporal para crianças (KTK) surgiu de um trabalho
estreitamente conjunto do “Westfälisches institut für Jugendpsychiatrie und
Heilpädagogik Hamm” e do “Institut für Ärztl. Päd. Jugendhilfe der Philippe-
Universität”, frente à necessidade de diagnosticar mais sutilmente as deficiências
motoras em crianças com lesões cerebrais e/ou desvios comportamentais. O
desenvolvimento do teste ocorreu durante cinco anos de estudo em diversos estágios
e com apoio da Sociedade Alemã de Apoio à Pesquisa. O KTK é um teste de
rendimento motor. Para cada tarefa estão prescritos exercícios-ensaio, para que a
criança possa adaptar-se à tarefa e ao material do teste. Pelo grau crescente das
dificuldades em cada tarefa, pretende-se que a criança chegue gradativamente ao seu
limite de rendimento. Como esse teste foi construído primeiramente para a
determinação da situação de desenvolvimento do domínio corporal de crianças
portadoras de deficiências, não pode ter nenhuma instrução exatamente igual, severa
e rígida. O avaliador deverá estar em condições de informar tanto verbalmente como
pelas suas ações, de modo que a criança compreenda total e completamente a tarefa
colocada. Para isto, é dado especial valor à demonstração, se necessário, com
repetição desta, para cada tarefa. (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
O teste KTK tem a finalidade de dimensionar o movimento corporal, sendo que
os resultados da análise destes fatores têm como objetivo a homogeneidade entre as
tarefas realizadas dos testes. Ele irá determinar o desenvolvimento da dimensão do
movimento em crianças de 5 a 14 anos. O teste é composto por diversas tarefas,
descritas a seguir:
1.5.1 Trave de equilíbrio
Objetivo: estabilidade do equilíbrio em marcha para trás sobre a trave.
Construção: 3 (três) traves de madeira com comprimento de 3 m (metros) cada
um e 3,5 cm (centímetros) de altura. As larguras de cada são diferentes, pois as 3
(três) traves devem ter respectivamente larguras de 6 cm, 4,5 cm e 3 cm (Figura 1).
Abaixo da trave ficam presos transversalmente 7 (sete) pequenos travessões de
madeira medindo 15 cm de comprimento, 1,5 cm de altura e 5 cm de largura. Os
mesmos colocados com um espaçamento de 60 cm entre eles. Quando fixados os
26
pequenos travessões de madeira, as traves ficarão com altura de 5 cm. Por fim, uma
base que serve de apoio para a saída dos participantes é confeccionada e colocada
à frente de cada trave, a mesma medida na largura com o comprimento 25 cm e uma
espessura de 1,5 cm sendo apoiada em suas pontas por 4 (quatro) encalços medindo
3,5 cm de altura nivelando-a assim com a altura total das traves (GORLA; ARAÚJO;
RODRIGUES, 2009).
Figura 1: Dimensões da trave de equilíbrio.
Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
Tarefa: o participante deverá tentar andar de costas, equilibrando-se sobre uma
barra, buscando chegar ao final da mesma. São válidas três tentativas em cada trave,
que durante o deslocamento dos passos não é permitido tocar o solo com os pés no
chão. Antes das tentativas válidas, o participante terá um pré-exercício para adaptar-
se à trave, no qual realiza um deslocamento para frente e outro para trás (GORLA;
ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Avaliação da tarefa: para cada trave, será contado o número de vezes que a
criança coloca o pé na barra andando de costas (o apoio do primeiro pé não conta).
Somente quando o segundo pé for colocado sobre a barra é que o avaliador deve
contar o primeiro ponto. Será contado alto o número de passos, até que um pé toque
ao chão ou até que sejam atingidos 8 pontos (passos). Cada passo vale um ponto
(exceção do primeiro contato com a madeira) e o número máximo de pontos obtidos
será de 8 pontos. Caso a criança consiga dar mais de 8 passos ou o percurso seja
realizado com menos de 8 passos, deve também ser dado 8 pontos. Por exercícios e
por trave, só poderão atingir 8 pontos. A máxima pontuação possível será de 72
pontos. O resultado será igual ao somatório de apoio nas noves tentativas (GORLA;
27
ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Planilha da tarefa trave de equilíbrio: anotam-se os valores na planilha
correspondente, da Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A), de cada
tentativa correspondente a cada trave, fazendo-se a soma horizontalmente de cada
uma. Depois de somar as colunas horizontais, faz-se a soma vertical, obtendo-se
dessa forma o valor bruto da tarefa. Após realizar esse procedimento, verifica-se na
Tabela de referência 1 (ver Anexo B) tanto para o masculino como feminino, na coluna
esquerda, o valor correspondente ao número de escore e o relaciona com a idade do
indivíduo. Nesse cruzamento das informações, obtém-se o Quociente Motor (QM) da
tarefa (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
1.5.2 Saltos monopedais
Objetivo: coordenação dos membros inferiores; energia dinâmica/força.
Construção: 10 (blocos) de espumas (Figura 2), onde cada uma mede 50 cm
de comprimento, 20 cm de largura e 5 cm de altura (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES,
2009).
Figura 2: Dimensões do bloco de espuma.
Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
Tarefa: O participante deverá saltar com uma perna em uma espuma de 5 cm
de altura. Depois de saltá-la, o participante deverá saltitar duas vezes sobre a mesma
e cada altura deverá ser superada uma vez com cada perna, sem o apoio do outro pé
no chão, o derrubar dos blocos, ou ainda, após ultrapassar o bloco de espuma, tocar
o dois pés juntos ao chão, por isso pede-se que, depois de transpor os blocos de
espuma, sejam dados mais dois saltos. A altura inicial a ser contada baseia-se no
28
resultado do exercício-ensaio e na idade do indivíduo e, são previstos dois exercícios-
ensaio para cada perna direita e esquerda (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Avaliação da tarefa: cada altura será saltada com a perna esquerda e logo com
a perna direita, mas será avaliado de forma separada:
a) quando a criança conseguir realizar o salto com sucesso na primeira
tentativa: 3 pontos;
b) quando ela conseguir na segunda: 2 pontos;
c) quando ela conseguir na terceira: 1 ponto;
No caso de três tentativas erradas, em uma determinada altura (na mesma
altura) a criança só poderá ir para a próxima altura quando a soma dos pontos das
duas alturas anteriores der 5 pontos (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Planilha da tarefa saltos monopedais: anotam-se os valores na planilha
correspondente, da Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A), das
respectivas alturas, sendo que, se o indivíduo começar a tarefa com a altura de 15
cm, por exemplo, nos números anteriores serão anotados os valores dos três pontos.
As alturas que não forem ultrapassadas após o término da tarefa deverão ser
preenchidas com o valor zero. Somam-se horizontalmente os pontos para a perna
direita e perna esquerda e verticalmente na coluna soma da planilha para se obter o
resultado do valor bruto da tarefa. Após realizar esse procedimento, verifica-se na
Tabela de referência 2 (ver Anexo B), para o masculino e tabela de referência 3 (ver
Anexo B) para o feminino, na coluna esquerda, o valor correspondente ao número do
escore e o relaciona com a idade do indivíduo. Nesse cruzamento das informações,
obtém-se o QM da tarefa (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
1.5.3 Saltos laterais
Objetivo: velocidade em saltos alternados.
Construção: 1 (uma) plataforma de madeira que mede 1 (um) metro de
comprimento, 60 cm de largura e 0,8 cm de altura (Figura 3). No meio da plataforma
fixa um sarrafo de 60 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm de altura com o
objetivo de dividir a plataforma em duas partes iguais. Um cronômetro é necessário
para a realização da prova, tendo em vista que a mesma é por tempo (GORLA;
ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
29
Figura 3: Dimensões da plataforma dos saltos laterais.
Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
Tarefa: O participante deverá, com ambas as pernas, saltar sobre uma madeira,
de um lado ao outro, o mais rápido possível durante 15 segundos em duas tentativas,
deve-se evitar a passagem alternada dos pés (um, depois o outro), sair da plataforma,
ou parar durante um momento ou saltitamento, ou seja, a tarefa não deve ser
interrompida. No exercício-ensaio, estão previstos cinco saltitamentos (GORLA;
ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Avaliação da tarefa: será contado o número de saltos realizados nos 15
segundos (depois serão somadas as duas tentativas). Cada salto vale um ponto, ida
=1; volta=+1 (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Planilha da tarefa dos saltos laterais: anotam-se os valores na planilha
correspondente, da Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A), das primeira
e segunda tentativas válidas e, em seguida, somam-se esses valores horizontalmente
aos saltos alcançados de ambas as pernas e verticalmente para obter o escore. Após
realizar esse procedimento, verifica-se na tabela de referência 4 (ver Anexo B) para o
masculino e tabela de referência 5 (ver Anexo B) para o feminino, na coluna esquerda,
o valor correspondente ao número do escore e o relaciona com a idade do indivíduo.
Nesse cruzamento das informações, obtém-se o QM da tarefa (GORLA; ARAÚJO;
RODRIGUES, 2009).
1.5.4 Transferência sobre plataformas
Objetivo: avaliar lateralidade; estruturação espaço-temporal, ou seja, espaço e
tempo simultaneamente.
Construção: 2 (duas) plataformas, cada uma medindo 25 cm tanto de largura
como de comprimento e 1,5 cm de altura (Figura 4). Abaixo de ambas foram fixados
30
quatro apoios de madeira, um em cada ponta, medindo 3,5 cm de comprimento,
largura e altura, impondo às plataformas uma altura total de 5 cm. Como o material
utilizado nessa prova é o mesmo que serve de base para as traves, foi feita apenas a
transferência de uma prova para outra. Um cronômetro também se faz necessário
nessa prova (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Tarefa: O participante deverá, em 20 segundos, deslocar-se lateralmente o
maior número de vezes, utilizando a troca de pranchas (com os dois pés sobre a
prancha “1”, a criança deverá pegar a prancha “2” com as duas mãos e colocá-la do
outro lado do corpo e em seguida, passar para esta prancha, pegar a prancha “1” com
as duas mãos, colocá-la do outro lado do corpo e continuar o movimento
continuamente). No exercício-ensaio, o indivíduo deve transferir de 3 a 5 vezes a
plataforma (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Figura 4: Dimensões das plataformas da transferência sobre plataforma.
Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
Avaliação da tarefa: será dado um ponto quando a criança pegar a prancha de
um lado e colocar do outro e mais um ponto quando ela trocar de prancha, em duas
tentativas, de 20 segundos cada (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
Planilha da tarefa da transferência sobre plataformas: anotam-se os valores na
planilha correspondente, da Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A), da
primeira e segunda tentativas válidas e, em seguida, somam-se esses valores
31
horizontalmente, os valores obtidos das duas tentativas e verticalmente para obter o
escore e verifica-se na tabela de referência 6 (ver Anexo B) tanto para o masculino
quanto para o feminino, na coluna esquerda, o valor correspondente ano número do
escore e o relaciona com a idade do indivíduo. Nesse cruzamento de informações,
obtém-se o QM da tarefa (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
1.5.5 Classificação do teste de coordenação corporal KTK
Com a Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A) preenchida, soma-
se o Quociente Motor de cada uma das tarefas para obter um escore final. Para tal, o
mesmo utiliza o resultado da soma de todos os QM e faz uma consulta na Tabela de
referência 7 (ver Anexo B) de somatório dos mesmos, tanto para o masculino quanto
para o feminino, para saber a qual escore final está relacionado. Por fim, tendo, ao
obter o valor do escore final, o mesmo é relacionado na Tabela de referência 8 de
classificação do teste (ver Anexo B) que determina em qual nível de coordenação
motora encontra-se o avaliado (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009).
1.6 Tratamento da fisioterapia no TEA
Atividades como correr, saltar, sentar, rolar, chutar, podem ser na visão de
qualquer um, tarefas fáceis e que qualquer criança em seu processo de
desenvolvimento natural realizaria sem comprometimento, mas para algumas
crianças ou adolescentes do tema abordado podem ser mais limitante ou longo o
processo de aprendizagem e adaptação. A fisioterapia entra com o objetivo de
fornecer exercícios terapêuticos que auxiliem em suas maiores dificuldades, correção
de postura, correção de movimentos involuntários ou incorretos, diminuir limitações
motoras, proporcionar força muscular, equilíbrio, coordenação, melhorar habilidades
motoras, simetria corporal, estimular a propriocepção corporal e reação de proteção,
aumentar encurtamentos musculares, proporcionando energia dinâmica, velocidade,
estruturação espaço-temporal e contribuindo para a vida social, boa qualidade de vida,
bom empenho escolar e autoconfiança em suas atividades de vida diária.
O profissional que decide lidar com a criança autista deve considerar tudo o que é sabido sobre o processo de desenvolvimento normal e
32
os fatores que otimizam o desenvolvimento, como também tem de considerar o que se sabe sobre os aspectos anormais que interferem no desenvolvimento das crianças autistas (AZEVEDO; GUSMÃO, 2016, p.81).
Segundo Azevedo; Gusmão (2016) a corporeidade é uma linguagem inculta
dessa criança desde a fase uterina. O movimento é ligado a esse indivíduo, pois é sua
forma de comunicar-se, organizar-se e participar socialmente. Para o autista, o corpo
pode ser um item de medo, tristeza, principalmente se não é estimulado e envolvido,
por isso é importante que ele se torne um polo de segurança e harmonia.
O paciente, através da fisioterapia vai treinar e trabalhar suas capacidades em
concentração, com objetivo de clareza de raciocínio, ingressando-se na convivência
social com maior habilidade. A melhora da coordenação, equilíbrio, habilidades
motoras e autrocontrole corporal é a resposta da diminuição dos movimentos atípicos
(MARQUES, 2002 apud SEGURA; NASCIMENTO; KLEIN, 2011).
O plano de tratamento consiste em exercícios específicos para coordenação
motora onde será abordado o equilíbrio, lateralidade, ritmo, força, velocidade e
agilidade.
Os exercícios que poderão ser realizados também podem agir em
fortalecimento muscular como musculatura abdominal, flexores, adutores, abdutores
de quadril e membros superiores, por encontrarem-se em uma etapa de
desenvolvimento, os movimentos globais deverão ser básicos, compatíveis com suas
necessidades.
1.6.1 Equilíbrio
É o estado em que o corpo busca estabilização num momento de instabilidade
causado por uma força externa, quando a gravidade se desloca. Sustentar o equilíbrio
é uma habilidade do desenvolvimento natural das capacidades motoras. É importante
para o ser humano desenvolver a manutenção de equilíbrio corporal para realizar
tarefas simples e cotidianas, pois através dele o ser humano regula os mecanismos
essenciais para um movimento adequado com o ambiente em que vive.
Ajustamentos nos sistemas sensoriais são necessários para manter o centro de gravidade do corpo de acordo com as mudanças na base de sustentação. Portanto, a função do sistema nervoso é emitir impulsos
33
nervosos para as fibras musculares, estimulando contrações que complementam e coordenam todas as outras forças que atuam sobre o corpo fazendo que a posição do centro de massa seja controlada eficientemente mantendo o equilíbrio (WOOLLACOTT et al., 1998 apud TEIXEIRA, 2010, p. 34).
O autor Teixeira (2010) diz que, sistemas sensoriais (vestibulares,
proprioceptivos e visuais) são solicitados para estimular várias contrações musculares
para realizar o equilíbrio.
Portanto, as informações sensoriais e a atividade motora trabalham de forma
coordenada com o objetivo de atingir ou manter o equilíbrio e a orientação postural
(TEIXEIRA, 2010).
Azevedo; Gusmão (2016) descrevem que o comprometimento na estrutura do
esquema corporal pode prejudicar a evolução do equilíbrio estático, funções
necessárias e básicas a aquisição da autonomia e noção de reversão.
O equilíbrio é uma função motora que tem estímulos táteis, proprioceptivos,
inclui a aparência psicológica, pois influencia certos movimentos e é através dele que
temos capacidade de regular os mecanismos essenciais para o movimento e
organizar os numerosos músculos e articulações em movimentos funcionais,
coordenados para obedecer às demandas das tarefas que estão sendo executadas
dentro do ambiente específico. Medo e insegurança fazem parte de exercícios que
envolvem o equilíbrio, devemos estar atentos às inconstantes que intervêm na
realização dos movimentos corporais (SOUZA; GODOY, 2005).
1.6.2 Lateralidade
É o domínio motor de um ou ambos os lados do corpo, junto ou separado,
quando este realiza alguma ação ou função lateral. A lateralização, além de ser uma
característica da espécie humana em si, põe em jogo a especialização hemisférica do
cérebro, reflete a organização funcional do sistema nervoso central (MELO;
CARNEIRO, 2015).
De acordo com Engel; Maria (20 _ _) a força muscular e a precisão estão
presentes no lado dominante, e consegue a dominância por volta dos 3, 4 anos de
idade e concluída a partir dos 6.
Metade esquerda do corpo é controlada pelo hemisfério direito, ao passo que
a outra metade é controlada pelo hemisfério esquerdo. Uma consciência corporal
34
implica a noção de direita e esquerda, sendo que a lateralidade da preferência com
mais coordenação, velocidade, precisão e força participa do método de maturação
psicomotor na infância (MELO; CARNEIRO, 2015).
Relacionada a lado direito e esquerdo, sendo destro aquele que tem
predomínio do lado direito, canhoto aquele que tem predomínio do lado esquerdo e
ambidestro o que não tem um predomínio por nenhum dos lados.
Segundo Souza; Godoy (2005) a lateralidade depende das informações
neurológicas, mas também é influenciada por experiências sociais. Há maneiras para
encontrar o domínio lateral nos membros inferiores e superiores e nos olhos. Para os
membros, há modos que confirmem a força (o sujeito joga uma bola em um alvo com
um braço e, depois, com o outro, e o que ele for usar primeiro, possivelmente, será o
dominador).
A lateralidade contribui na formação da auto-imagem e da autocognição, no esquema corporal, na percepção da simetria do corpo, na estrutura espacial. Existe diferença entre a lateralidade e o conhecimento de “esquerda-direita”. O primeiro refere-se à dominância de um lado em relação ao outro, em nível de força e precisão, enquanto o segundo se refere ao domínio dos termos esquerda e direita. O conhecimento de esquerda e direita é imprescindível à estruturação espacial, pois serve para situar os seres e os objetos em determinado lugar. (SOUZA; GODOY, 2005, p. 291).
1.6.3 Ritmo
Rhytmos, do grego, que significa ritmo expressa “aquilo que desliza, flui, que
se move.” (FOGAÇA; REIS, [20_ _]).
De acordo com Souza; Godoy (2005) o ritmo é um acontecimento automático
e particular, cada um possui o próprio, como os naturais como respiração, batimentos
cardíacos. O desenvolvimento do ritmo se dá pelo simples gesto de dançar, criar sons
com as mãos, os pés, bater palmas, o que deve ser esperado é a livre expressão
corporal, pois faz parte da individualidade.
O ritmo é considerado como a ordenação do movimento e a alternação e
proporção de valores de tempo entre as partes de um todo (BARROS e BRAGA, 1983,
apud FOGAÇA; REIS, [20_ _]).
Fogaça; Reis descrevem que o que chamam de gesto coordenado, significa
também gesto rítmico, uma boa estruturação temporal permitindo certa beleza.
35
Segundo Fogaça, Reis ([20_ _]) é pelo ritmo dos movimentos obtidos pelo
corpo da criança que ela consegue ter acesso à organização temporal.
[...] o ritmo que determina seu próprio estilo, pois ele dá uma ordem temporal ao movimento, impondo-lhe uma duração (caracterizando-o em uma simetria). Sendo assim, o ritmo determina o andamento (grau de velocidade) do movimento, ou seja, o andar que o movimento traduz (PICCOLO, 1993, apud FOGAÇA; REIS, [20_ _], p. 08).
1.6.4 Força
A Força é a capacidade de superar ou sustentar uma resistência exterior, sendo
a causa do movimento e não existindo isolada das outras capacidades, estando
intimamente ligada à execução técnica e à velocidade (BARROS, 2003, apud
VARGAS, 2011).
Oviedo (2014) diz que a força muscular é uma habilidade corporal que através
da contração dos músculos nos permite resistir à pressões e cargas, pegar, empurrar
objetos, nos movimentar, correr, pular e puxar.
Oviedo (2014) ainda diz que nos primeiros estágios da vida de uma criança, a
geração de força muscular é uma das condições substanciais para que possa interagir
com o mundo exterior.
Segundo Vargas (2011) a capacidade de produção de força tem relação com o
número de pontes cruzadas de miosina que se interagem com filamentos de actina,
com o número de sarcômeros, com o tipo e comprimento de fibras musculares e com
os fatores inibitórios ou facilitadores da atividade muscular. Essa capacidade motora
é essencial em qualquer atividade do corpo humano, sendo importante nas prestações
desportivas. O autor ainda defende que a ação muscular é importante para vencer
resistências, como a do próprio corpo, da gravidade, atrito, material, etc... Isso tudo
faz com que a força esteja relacionada ao movimento do corpo e à prática desportiva.
Um artifício importante e essencial para realizar qualquer movimento é a força
muscular que deve ser estimulada desde a infância (SILVA, 2004, apud OVIEDO,
2014).
Raposo (2005, apud VARGAS, 2011) cita que o aumento da força garante a
prática qualitativa e quantitativa do gesto técnico sendo qual for a idade do
participante. Um treino correto de força pode criar a proteção das articulações, e
contribuir para o desenvolvimento físico das crianças.
36
De acordo com os autores Barros (2007, apud OVIEDO, 2014) as atividades
básicas como brincar, correr, pedalar, demanda da criança um estímulo de força de
membros superiores e inferiores.
1.6.5 Velocidade e agilidade
Segundo Souza; Vieira; Magalhães (2017) são valores físicos que possuem
características semelhantes, que para alguns possuem uma opinião equivocada dos
aspectos motores, pois acreditam ter a mesma particularidade. Mesmo apresentando
o mesmo conceito, possuem uma singularidade que as diferem uma da outra.
Muitas definições colocam a agilidade como inserida na velocidade, diferenciando-se apenas quanto às mudanças de direção. No entanto a agilidade é uma variável neuro-motora caracterizada pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade de todo corpo ou parte dela. (OLIVEIRA, 2000 apud SOUZA; VIEIRA; MAGALHÃES, 2017, p.137).
Agilidade é uma aptidão que muda o movimento do corpo rapidamente diante
de situações imprevistas, fazendo com que o corpo precise tomar decisões rápidas
realizando atos competentes (SCHMID; ALEJO, 2002, apud SOUZA; VIEIRA;
MAGALHÃES, 2017).
Velocidade é uma habilidade de se movimentar muito rápido, se locomover o
mais rápido possível em menor tempo, considerando então uma ligação entre o tempo
e o espaço (WEINECK, 2005, apud SOUZA; VIEIRA; MAGALHÃES, 2017).
Willrich; Azevedo; Fernandes (2008) afirmam que, crianças que possuem um
desenvolvimento motor anormal, atrasos, merecem uma atenção especial e ações
para correções, pois as dificuldades em relação à coordenação e controle dos
movimentos se demorarem até a idade adulta, podem dificultar a socialização delas,
causando baixa autoestima, isolamento, prejuízos no desempenho escolar,
hiperatividade, pois está relacionado a danos secundários psicológicos e sociais.
Willrich; Azevedo; Fernandes (2008) dizem que, a Fisioterapia tem a
responsabilidade de colaborar com estudos que envolvem o desenvolvimento infantil
e evolução da motricidade, desde lactentes saudáveis.
Em relação à criança autista, a prática da fisioterapia necessita de um maior
37
aprofundamento, pois esse paciente possui um desenvolvimento atípico inferior,
exigindo do fisioterapeuta um atendimento especializado e elaborado que tenha por
objetivo reduzir a sua dependência, inserindo-o no convívio social (SEGURA;
NASCIMENTO; KLEIN, 2011).
O tratamento da Fisioterapia no TEA é de extrema importância para
restabelecer, ensinar, promover movimentos controlados, diminuindo os
comprometimentos do desenvolvimento motor que causam um atraso em suas
habilidades motoras. O fisioterapeuta é capacitado para examinar, avaliar, traçar
objetivos e condutas para cada criança comprometida com TEA, observando suas
particularidades e dificuldades e criando assim, um tratamento específico e
diferenciado, visando a melhora da coordenação motora e inserindo essa criança na
sociedade com um maior controle corporal e confiança em si mesmo.
É papel do profissional de fisioterapia compreender e viver em profundidade o fato de que a criança necessita de alguém que se encante com seu mundo e o compreenda como essencial ao ato de viver; alguém que sonhe, fantasie, deseje, sorria, dê gargalhadas, se alegre, busque realizar, alguém que, conscientemente, construa a existência para si, para o outro: um profissional que lança mão do arcabouço de seu conhecimento para o exercício de seu trabalho, ao mesmo tempo em que é repleto de sensibilidade e sutileza relacional (AZEVEDO; GUSMÃO, 2016, p.81).
1.6.6 Proposta de protocolo de exercícios
Os exercícios propostos visam recursos para o desenvolvimento motor e estão
relacionados com o equilíbrio, coordenação motora, ritmo, força, lateralidade,
velocidade e agilidade.
O objetivo, descrição da realização e detalhes de postura estão descritos passo
a passo, como apresentado no Quadro 1, pode-se adaptar e utilizar de modo flexível,
conforme característica e necessidades da criança.
Quadro 1: Proposta de protocolo de exercícios.
(Continua)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
1 Melhorar o equilíbrio e propriocepção.
A criança deve andar na linha indicada, sem perder o equilíbrio, com um pé à frente do outro. Realizar quatro vezes.
38
(Continuação)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
2 Avaliar a coordenação e equilíbrio andando de costas ao retroceder.
A criança deve andar de frente e voltar costas, equilibrando-se nas barras de madeira. Realizar quatro vezes.
3 Melhorar flexibilidade das pernas e dos membros inferiores.
A criança deve estar sentada no chão com as pernas flexionadas formando um losango e as plantas dos pés unidas. O tronco ligeiramente inclinado para a frente e com as mãos segurando os pés. As pernas se movem para cima e para baixo. Aproximando o máximo possível os joelhos do chão. Realizar dez vezes.
4 Ganhar equilíbrio dinâmico, ganhar força muscular principalmente de estabilizadores laterais de quadril.
Pular amarelinha. Realizar duas séries de três repetições.
5 Fortalecer musculatura dos membros inferiores, ganhar equilíbrio e coordenação.
A criança recebe uma corda e pula. Ao término, passar a corda para o fisioterapeuta. Realizar uma série com 20 pulos.
6 Melhorar a resistência cardiovascular.
A criança recebe uma corda, os pés juntos e as pernas semiflexionadas, coluna ereta e os braços semiflexionados, paralelos ao chão, em forma de cruz. Inicialmente a corda é colocada diante dos pés e o pulo se realiza com a corda para trás com os pés juntos, quando a corda estiver a ponto de tocar no chão. A posição dos braços só varia durante os pulos, o giro da corda é controlado pelo antebraço. Ao término, passar a corda para o fisioterapeuta. Realizar uma série com 20 pulos.
7 Avaliar a coordenação em condições de pressão de complexidade, com saltos monopedais.
A criança deve saltar com uma perna em um obstáculo com espuma. Salte obstáculo (espuma) e executa pelo menos mais dois saltos (saltitos) sobre essa perna. Durante o tempo do percurso a criança não pode apoiar o outro pé no chão. Cada tentativa com uma perna será colocada a segunda espuma até o máximo que a criança conseguir. Realizar três tentativas com cada perna.
8 Fortalecer a musculatura de membros inferiores, melhorar a coordenação e o equilíbrio, já que cada criança tem que saltar de um lado para o outro.
Realizado um traçado de 1,5m de distância entre duas linhas paralelas, a criança será colocada antes da primeira linha em uma distância possível para que ela consiga dar dois saltos e no terceiro, atravesse, para fora da linha mais distante. Ao repetir o exercício será aumentada a distância entre as linhas em 20 centímetros, executar novamente, sabendo que cada aumento ocorreu três vezes. Realizar duas séries de cinco repetições.
9 Melhorar a coordenação sobre pressão de tempo, com saltos laterais.
A criança deve colocar as pernas juntas, ao lado da madeira do meio do quadrado. Quando o fisioterapeuta der o sinal, deverá começar a pular de um lado ao outro, com os dois pés juntos o mais rápido possível, de lado, por cima da madeira. Realizar a maior quantidade de pulos que for possível em 15 segundos, até que receba a instrução “pare”.
39
(Continuação)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
10 Flexibilidade do tronco e membros superiores, consciência da própria flexibilidade.
A criança segura uma bola ao longo da parede. Posiciona-se de costa para a parede, a meio metro de distância, com as pernas e braços semiflexionados e o tronco ereto, segura a bola à altura da cabeça. Quando o fisioterapeuta der o sinal, a criança arremessa a bola contra a parede por cima da cabeça e espera para pegá-la na mesma posição. Realizar uma série com 20 arremessos.
11 Flexibilidade do tronco.
A criança e os fisioterapeutas formam um círculo mantendo 2 metros de distância entre si e permanecem em pé com as pernas afastadas na largura dos ombros. Quando o instrutor der o sinal, a criança cruza os braços frente ao peito, juntam as mãos o máximo possível nas costas e gira o tronco para ambos os lados. Realizar uma série com 20 giros.
12 Melhorar a resistência de todo o corpo, sem realizar deslocamentos.
No primeiro deslocamento, a criança com as pernas juntas e os braços grudados ao corpo. Pula abrindo as pernas e erguendo os braços até ficarem paralelos ao chão em forma de cruz. Em seguida dá outro pulo e volta a posição inicial. No segundo deslocamento, a criança com as pernas estendidas e afastadas, os braços flexionados e as mãos apoiadas na cintura, inclina o tronco para um dos lados, mantendo o quadril imóvel e erguendo o braço para acompanhar o deslocamento. Realizar duas séries com 10 repetições de cada.
13 Ganhar equilíbrio e coordenação, assim como força na musculatura adutora de quadril.
A criança e o fisioterapeuta formam uma fila indiana, e passam a bola uma para a outra, girando o tronco para um dos lados. Quando a bola chegar ao último da fila, ela deverá colocá-la entre as pernas e pular até o primeiro da fila. Realizar uma série de três repetições cada criança.
14 Melhorar a coordenação em condições de pressão de complexidade, através da transposição lateral sobre plataformas.
A criança deverá em uma linha reta ficar em pé em cima de uma das pranchas, e com as duas mãos pegar a outra, de um lado do corpo passando-a para o outro lado. Depois deverá subir na prancha que trocou de lugar, pegar a que ficou livre e a colocar do lado, reiniciando novamente o movimento. Realizar a maior quantidade de vezes que for possível em 20 segundos, até que receba a instrução “pare”.
15 Fortalecer a musculatura abdominal assim como flexores de quadril ao passo que a velocidade da passagem da bola aumentou, trabalha-se com ganho de coordenação e equilíbrio.
A criança sentada alternadamente com o fisioterapeuta, uma à frente e outra ao lado, e pede-se para passar uma bola, sendo que não poder jogá-la, e sim passar de deitado para sentado no chão, e dá-la na mão do fisioterapeuta à frente, devendo ser repetido cada vez mais rápido. Realizar quatro séries de 21 repetições.
16 Ganhar força muscular da musculatura abdominal e musculatura dos membros
Criança sentada no chão e em círculo com o fisioterapeuta; cada um recebe um número. Quando o instrutor chamar o número que se
40
(Conclusão)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
Realizar quatro séries de 21 repetições.
inferiores, pois a criança partiu da posição sentada no chão e teve que se colocar em pé. Já em relação à bola, envolve equilíbrio e coordenação para não a deixar cair no chão.
refere a uma criança, esta vai até o centro e pega a bola que o instrutor joga para o alto, sem que a deixe cair no chão. Realizar uma vez com cada criança.
17 Ganhar coordenação e equilíbrio, pois, além de identificar o que estava sendo pedido, a criança tem que executar a tarefa ao contrário do que se pede e de forma harmoniosa.
Criança sentada. Quando o fisioterapeuta disser “cruzar os braços”, ela tem que levantá-los; quando falar, “levantar os braços”, ela tem que cruzá-los. Na posição em pé, quando for solicitado para ela saltar, tem que agachar; quando for solicitado que se agachasse, ela tem que pular. Realizar duas séries com dez repetições para cada situação.
18 Ganhar equilíbrio, pois a criança, ao girar, tende ao desequilíbrio e o próprio sistema nervoso central trabalha em função de não deixar que isso aconteça resgatando o equilíbrio novamente.
Lançar a bola para cima, girar 360º e pegar antes que ela quicasse no chão. Realizar três séries de dez repetições.
19 Ganhar ou aperfeiçoar o equilíbrio, coordenação e força da musculatura abdominal e musculatura dos membros inferiores
A criança joga a bola para cima, agacha, levanta novamente, e pega a bola antes de ela cair no chão. Realizar três séries de dez repetições.
20 Ganhar ou aperfeiçoar o equilíbrio dinâmico.
A criança lança a bola de uma mão para a outra, e vai andando. Realizar duas séries de quatro repetições.
21 Ganhar ou aperfeiçoar a coordenação.
A criança anda com uma bola em cada mão quicando-as, alternadamente, em uma distância de três metros. Repetir cinco vezes.
22 Ganhar ou aperfeiçoar a coordenação.
Deitada em decúbito dorsal, a criança lança a bola para cima, rola e pega-a sem deixar a bola cair no chão. Realizar duas séries de cinco repetições.
23 Ganhar ou aperfeiçoar o equilíbrio dinâmico, e fortalecer a musculatura de membros inferiores.
A criança permanece agachada, na posição de cócoras, ficando como um sapinho, e salta, deslocando-se para frente. Realizar três séries de duas repetições.
Adaptado: Montes, 2011; Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009; Santos; Deliberato; Cardoso de Sá, 2010.
Para Montes (2011) a realização de atividades físicas é feita através de
comportamentos, que por sua vez implicam valores, por meio da prática de exercícios,
pode ser trabalhada uma grande quantidade de valores e atitudes, entre eles,
destacam-se os principais: o autoconceito, a autoconfiança, o respeito para consigo e
para com os outros, a cooperação, a interação social e a solidariedade. Além de, não
só aumentar sua capacidade física, mas, também a sua capacidade de concentração
e atenção.
41
2 EXPERIMENTO
2.1 Aspectos éticos
O projeto foi submetido na Plataforma Brasil atendendo a resolução 466/12 e
510/16 e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Católico
Auxilium – Parecer nº 2.851.007 de 28 de agosto de 2018 (ver Anexo C), visando
assegurar os direitos e deveres que dizem à comunidade científica, aos sujeitos da
pesquisa e estado. Todos os participantes tiveram ciência da pesquisa e assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ver Apêndice A), Termo de
Assentimento (ver Apêndice B) e o Termo de Autorização do Uso de Imagem (ver
Apêndice C) de forma livre e voluntária.
2.2 Procedimentos metodológicos
Após a aprovação do Comitê, os participantes que se encaixavam nos critérios
estabelecidos, foram convocados juntamente com os responsáveis para a coleta de
dados realizada através da anamnese (Apêndice D) e fichas individuais.
Os participantes foram submetidos ao teste de coordenação corporal – KTK,
que é dividido em quatro fases contendo as tarefas e instruções para os participantes,
os pontos foram anotados em planilhas do teste específico nos campos
correspondentes às tentativas e a avaliação dos pesquisadores foi feita, através de
médias, gráficos e porcentagens, chegando ao total de ponto de cada prova
determinou o quociente motor de cada e no final a soma de todos os quocientes
motores classificou em qual nível de coordenação motora encontrava-se o avaliado.
Após a avaliação dos resultados, para cada participante foi estabelecido um
protocolo de programas de exercícios, conforme o resultado apresentado da
coordenação motora.
Os exercícios foram estabelecidos com os objetivos:
a) fortalecer a musculatura abdominal;
b) fortalecer a musculatura de membros inferiores;
c) fortalecer a musculatura de membros superiores;
d) estimular a propriocepção;
e) estimular o equilíbrio dinâmico e estático;
42
f) estimular o ritmo;
g) estimular a lateralidade;
h) estimular a velocidade e a agilidade.
As sessões oferecidas tiveram duração de aproximadamente 50 minutos,
sendo o programa realizado duas vezes por semana, durante quatro meses no Centro
de Reabilitação Física Dom Bosco – Setor Neurologia.
Ao término do programa, as crianças foram reavaliadas com base no mesmo
protocolo do teste de coordenação corporal – KTK.
2.2.1 Tipo da pesquisa
a) Tipo de pesquisa: Experimental.
Marconi e Lakatos (2009) citam que a pesquisa experimental controla os fatores
e descreve o que será através de levantamentos explicativos, avaliativos e
interpretativos, com objetivos de aplicação e modificação, nas relações de causa e
efeito de alguma situação ou fenômeno, a observação é feita em local apropriado,
utilizando aparelhos e instrumentos para demonstrar o estudo de suas causas e
efeitos.
b) Abordagem: Qualitativa.
Marques et al. (2006) mencionam que a abordagem qualitativa busca uma
explicação da realidade e a compreende a partir da revelação dos mapas mentais do
sujeitos-objeto da investigação, nessa abordagem pode-se criar e/ou adaptar
instrumentos que apreende as percepções comuns e incomuns presentes na
subjetividade das pessoas envolvidas na pesquisa.
2.2.2 Local da pesquisa
Centro de Reabilitação Física Dom Bosco, Lins, SP.
A clínica de fisioterapia, Setor da Neurologia foi liberada, dispondo de
infraestrutura necessária de segurança e bem-estar dos participantes recrutados que
foram recebidos para participarem da pesquisa e onde foi aplicado todo o tratamento
durante o tempo previsto, preservando assim a sua privacidade para execução do
projeto em questão.
43
2.2.3 Participantes da pesquisa
A população foi representada por duas crianças diagnosticadas com autismo,
10 e 14 anos de idade respectivamente e de gênero masculino. A anamnese
(Apêndice D) dos dois participantes será descrita separadamente.
2.2.3.1 Participante 1
História pregressa: a mãe relata que a gestação foi tranquila e parto cesárea.
O paciente engatinhou com nove meses e deambulou com um ano e três meses. Com
nove meses teve a primeira crise nervosa e a mãe se preocupou. Com a idade de dois
anos falava apenas algumas silabas, e quando começou a falar repetia tudo. A mãe
procurou o médico, onde realizou vários exames, e obteve o diagnóstico do TEA
quando procurou um neurologista. Começou a praticar atividades como natação,
futebol, música, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, psicoterapia e teve um bom
desenvolvimento motor. Usava medicamento, mas logo trocou, pois, a mãe percebeu
sinais de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Foi alfabetizado com seis anos e
falou bem aos oito.
História da moléstia atual: paciente com 10 anos, esquece facilmente as coisas
que estuda, tem dificuldade em algumas matérias da escola, mas é totalmente
independente em atividades de vida diária, não tem crises nervosas, é hiperativo o
tempo todo, não tem dificuldade em relacionamento e demonstrações de afeto.
Avaliação postural: apresentou hipercifose torácica, escápulas normais, quadril
normal, joelhos varos (direito e esquerdo), pés normais, perfil normal, perfil anterior
(hipercifose torácica) e perfil posterior(normal).
Avaliação da coordenação motora: apresentou presente para index-index,
index-nariz, index-orelha, diadococinesia Membros Superiores (MMSS),
diadococinesia Membros Inferiores (MMII) e calcanhar joelho.
2.2.3.2 Participante 2
História pregressa: a mãe relata que a gravidez foi tranquila e sem
complicações, o parto foi cesárea. Sua infância foi normal, começou a engatinhar com
seis meses e a andar com um ano e dois meses. Tinha pouco contato visual e ainda
44
não falava nada. A mãe procurou um pediatra, que indicou Fonoaudiólogo e outros
profissionais. Realizou vários exames, mas não obteve um diagnóstico. O médico
concluiu que o atraso na fala foi consequência de falta de oxigênio no parto, mas que
não foi necessariamente o fator principal. Com três anos já tinha uma suspeita do
TEA, tinha movimentos repetitivos, fixação por organização em cor e tamanho,
brincava com apenas um brinquedo fixo e não conseguia ficar parado em um só lugar.
Recebeu o diagnóstico do TEA aos seis anos e falou aos oito anos.
História da moléstia atual: paciente com 14 anos, tem dificuldade para se vestir
e tomar banho, come sozinho, mas a mãe tem que oferecer, fala frases curtas, não
gosta de contato físico e visual, repete tudo que fala (ecolalia), é alfabetizado, escreve
com letra de forma. A mãe relata que os sintomas da criança melhoraram muito depois
de quando começou atividades em Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e aulas de
piano e inglês. Hoje não toma medicação.
Avaliação postural: apresentou hiperlordose cervical, hipercifose torácica,
lombar normal, escápulas (direita normal e esquerda alada), quadril (espinha ilíaca
ântero-superior baixa e espinha ilíaca ântero-superior elevada), joelhos varos (direito
e esquerdo), pés plano (direito e esquerdo), perfil (hipercifose torácica), perfil anterior
(escoliose torácica) e perfil posterior (escoliose torácica).
Avaliação da coordenação motora: apresentou ausente para index-index,
index-nariz, index-orelha, diadococinesia MMII, presente diadococinesia MMSS e
presente calcanhar joelho.
2.2.4 Critérios de inclusão e exclusão
Critério de inclusão: Criança com diagnóstico de TEA, presentes no dia da
coleta, apresentando condições de realizar o teste e portando a permissão dos pais.
Critério de exclusão: Participante que não compreende as instruções do teste
corporal – KTK e do protocolo de exercícios propostos para melhora da coordenação
motora.
2.3 Procedimentos da avaliação inicial da coordenação motora
O instrumento de avaliação da coordenação motora que foi utilizado para a
coleta de dados faz parte do teste corporal KTK, já mencionado. O mesmo é composto
45
por 4 (quatro) provas denominadas Trave de equilíbrio, Saltos monopedais, Saltos
laterais e Transferência sobre plataformas.
No dia do teste, os participantes foram recebidos e instruídos para a execução
das tarefas e a demonstração foi realizada pelo fisioterapeuta em cada tarefa.
2.3.1 Trave de equilíbrio
Instrução: nesta tarefa você deverá andar de costas e se equilibrar-se na barra
(Figura 5). Você pode realizar um ensaio em cada uma das barras (vai de frente e
volta de costas). Depois de realizar o ensaio você deve se posicionar na barra e andar
com muito cuidado de costas procurando não cair. Eu vou contar, quantos passos
você consegue realizar. Quando você tocar com um pé no chão ou cair, você deverá
voltar ao início da barra e começar a próxima tentativa. O objetivo é conseguir dar o
maior número de passos na barra sem cair.
Figura 5: Traves utilizadas no teste trave de equilíbrio.
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
46
Após todas as tentativas válidas, os pontos foram anotados, na planilha do teste
da tarefa equilíbrio na trave, da Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A)
nos campos correspondentes às traves de 3,0 cm, de 4,5 cm e de 6,0 cm e das três
tentativas de cada e em seguidas somadas as colunas horizontais da planilha,
chegando-se ao total de pontos de cada trave. Depois somou-se verticalmente os
valores de todas.
Após realizar esse procedimento, foi verificado na tabela de referência 1 (ver
Anexo B) tanto para o gênero masculino como feminino, na coluna esquerda, o valor
correspondente ao número de escore e relacionado com a idade do participante.
Nesse cruzamento das informações, obteve-se o quociente motor e resultado
do desempenho foi elaborado no Quadro 2.
Quadro 2: Desempenho na prova do teste inicial trave de equilíbrio.
Participante Pontos QM Desempenho
1 21 65 Insuficiência na coordenação
2 0 27 Insuficiência na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores,2018.
2.3.2 Saltos monopedais
Instrução: nesta tarefa você deverá começar saltando com uma perna (Figura
6). Salte o primeiro obstáculo (espuma) e execute pelo menos mais dois saltos
(saltitos) sobre essa perna. Durante o tempo do percurso você não pode apoiar o outro
pé no chão. Você pode realizar dois ensaios em uma espuma, se conseguir no
primeiro ensaio, não será necessário a realização do segundo ensaio. Depois de
realizar o ensaio, você tem três tentativas com cada perna em cada altura. ou seja, o
percurso será feito uma vez com a perna esquerda e depois com a direita. Quando
você saltar a primeira espuma e concluir o trajeto com a perna esquerda e direita, será
colocada a segunda, a terceira...deverá realizar a mesma atividade até o número
máximo de 10 espumas. Foram colocados no chão desenhos do pé direito para
quando a tarefa fosse realizada com este e do esquerdo quando fosse com ele,
visando dar ao participante uma visualização correta da tarefa, pois os autistas não
estabelecem com facilidade uma comunicação oral, o visual ajuda na realização da
tarefa.
47
Figura 6: Blocos de espuma utilizados no teste saltos monopedais.
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
Com a Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A) em mãos, os
pontos alcançados foram anotados na planilha da tarefa salto monopedal de acordo
com a perna que realizou os saltos e a altura. As alturas não alcançadas eram
marcadas com um zero em seus campos. Após a marcação dos pontos, os mesmos
foram somados horizontalmente, tanto os da perna direita com os da perna esquerda.
Com o resultado das duas pernas, os mesmos eram somados verticalmente para se
obter o escore.
Após esse procedimento, foi verificado na Tabela de referência 2 (ver Anexo B)
dos saltos monopedais masculino. Para obter o quociente motor da tarefa o
cruzamento do escore com a idade era feito na tabela referente ao gênero e o
resultado do desempenho foi elaborado no Quadro 3.
Quadro 3: Desempenho na prova do teste inicial saltos monopedais.
Participante Pontos QM Desempenho
1 30 71 Perturbação na coordenação
2 0 10 Insuficiência na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
48
2.3.3 Saltos laterais
Para não ocorrer deslizamento da plataforma de madeira, a mesma foi
substituída por uma marcação de fita adesiva branca, respeitando todas as medidas
originais em um piso de cimento.
Instrução: nesta tarefa você deve colocar-se com as pernas juntas, ao lado da
madeira do meio do quadrado. Quando eu der o sinal, você deverá começar a pular
de um lado ao outro, com os dois pés juntos o mais rápido possível, de lado, por cima
da madeira até que eu fale, “pare “. Você pode ensaiar cinco saltos e depois vamos
começar a cronometrar os saltos durante 15 segundos sem interrupção da prova. Se
você saltar e tocar, ou cair sobre a madeira, ou fora do espaço, continue saltando, não
pare. Só vai parar quando for avisado pelos fisioterapeutas com a palavra “pare”.
Figura 7: Demarcações utilizadas no teste saltos laterais.
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
Durante a realização do teste o avaliador estava com a Ficha de coleta de
dados do teste KTK (ver Anexo A) e para cada passagem válida foi anotada planilha
da tarefa salto lateral.
Após anotados os pontos, das duas tentativas, somaram-se os mesmos
horizontalmente para obter o score. O cruzamento dessa informação com a idade foi
feito na Tabela de referência 4 (ver Anexo B) dos saltos do gênero masculino para
49
obter o quociente motor e o resultado do desempenho foi elaborado no Quadro 4.
Quadro 4: Desempenho na prova do teste inicial saltos laterais.
Participante Pontos QM Desempenho
1 42 77 Perturbação na coordenação
2 25 43 Insuficiência na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
2.3.4 Transferência sobre plataformas
Instrução: nesta tarefa você deverá ficar em pé em cima de uma das pranchas,
e com as duas mãos pegar a outra, de um lado do corpo passando-a para o outro
lado. Depois você deverá subir na prancha que você trocou de lugar, pegar a que ficou
livre e a colocar do lado, reiniciando novamente o movimento. Você pode ensaiar de
forma rápida e depois, ao comando, começar com o teste. Procure colocar e passar
as pranchas a maior quantidade de vezes que for possível em 20 segundos, até que
eu diga pare.
Figura 8: Plataformas utilizadas no teste transferência sobre plataforma.
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
50
Os pontos foram anotados na Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo
A) da tarefa transferência de plataforma, tanto quando haviam transferências das
plataformas como do corpo, 1 ponto para cada sucessivamente.
Com a pontuação marcada, os valores alcançados nas duas tentativas válidas
foram somados horizontalmente para se chegar ao escore da tarefa. O cruzamento
do escore com a idade do participante foi verificado na Tabela de referência 6 (ver
Anexo B), para ambos os gêneros, para obter o quociente motor e o resultado do
desempenho foi elaborado o Quadro 5.
Quadro 5: Desempenho na prova do teste inicial transferência sobre plataforma.
Participante Pontos QM Desempenho
1 30 67 Insuficiência na coordenação
2 14 32 Insuficiência na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
2.3.5 Classificação da coordenação corporal
Com a Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A) preenchida, foi
realizado o resultado da soma do quociente motor de todas as tarefas realizadas: trave
de equilíbrio, saltos monopedais, saltos laterais e transferência sobre plataforma.
O escore final foi obtido na Tabela de referência 7 (ver Anexo B) de somatória
dos mesmos, que serve tanto para o gênero masculino quanto para o feminino.
Por fim, tendo, o valor do escore final, o mesmo foi relacionado na Tabela de
referência 8 (ver Anexo B) de classificação do teste de coordenação corporal que
determinou o nível de coordenação motora dos participantes e o resultado foi
elaborado no Quadro 6.
Quadro 6: Desempenho inicial da coordenação corporal.
Participante Pontos QM Desempenho
1 280 88 Coordenação normal
2 112 45 Insuficiência na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
51
2.4 Processamento e análise dos dados
Os dados obtidos nas avaliações de cada paciente foram registados em fichas
individuais conforme, Ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A) e tratados
utilizando-se gráficos através do software Excel. Para todas as tarefas foram criados
os gráficos que serão mostrados nos resultados finais do trabalho e foram analisadas
as dificuldades e habilidades de cada participante no que diz respeito ao equilíbrio
dinâmico, força e coordenação dos membros inferiores, velocidade, lateralidade e
estruturação espaço-temporal e no conjunto geral da coordenação.
2.5 Protocolo de exercícios fisioterapêuticos
O protocolo de exercícios foi direcionado para cada participante conforme
necessidades nos déficits apresentados com os objetivos:
a) manter a estabilidade postural, melhorando a coordenação motora e
propriocepção;
b) proporciona a melhora da agilidade em saltos alternados;
c) aperfeiçoar a lateralidade e o espaço temporal;
d) aumentar a limitação da amplitude de movimento, diminuir tensão
muscular, aumentar encurtamentos musculares, diminuir contraturas;
e) aumentar a agilidade, coordenação motora, resistência, psicomotricidade e
fortalecer membros inferiores;
f) melhorar a coordenação motora, flexibilidade de tronco e quadril,
resistência e fortalecimento de membros superiores, inferiores e
musculatura abdominal, força dos membros inferiores e energia dinâmica.
2.5.1 Protocolo de exercícios realizados
Os exercícios foram realizados dois dias úteis de 16 semanas consecutivas,
durante sessões de 50 minutos.
No Quadro 7, demonstramos os exercícios realizados pelo participante 1 e o
participante 2, respeitando as habilidades e limites de ambos de viver e ser do
autismo.
52
Quadro 7: Protocolo de exercícios realizados.
(Continua)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
Figura 9: Disco de equilíbrio
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Equilíbrio Estabilidade postural
O exercício foi realizado com o paciente em pé, com flexão unilateral de perna e com o outro pé apoiado no disco
Figura 10: Obstáculos espuma
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Coordenação de Transposição monopedais
O exercício foi realizado com o paciente em pé com transposição monopedais em blocos de espumas
Figura 11: Barra paralela
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Melhorar o equilíbrio e propriocepção.
O exercício foi realizado com o paciente em pé, andar na linha indicada, sem perder o equilíbrio, com um pé à frente do outro, na barra paralela
53
(Continuação)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
Figura 12: Bastão
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Força tronco,
membros superiores
O exercício foi
realizado com o
paciente sentado de
costa para o
fisioterapeuta, com os
braços estendidos e
erguidos segurando o
bastão, fazendo força
para frente, mantendo
o corpo ereto por 10
segundos
Figura 13: Trave de madeira
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Coordenação motora
Equilíbrio andando de
costas ao retrocer
O paciente andou na
trave de equilíbrio de
frente e voltando de
costas, equilibrando-
se
Figura 14: Bola suíça e bastão
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Equilíbrio
Flexibilidade do tronco
O exercício foi
realizado com o
paciente sentado na
bola suíça com o
bastão, fazendo flexão
de tronco bilateral
54
(Continuação)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
Figura 15: Bola suíça - equilíbrio
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Equilíbrio
Coordenação motora
O exercício foi
realizado com o
paciente sentado na
bola suíça com os
braços abertos, e
fazendo flexão
unilateral da perna e
com o outro pé
apoiado no chão
Figura 16: Bola suíça - fortalecimento
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Coordenação motora
e fortalecimento dos
membros superiores e
inferiores
O exercício foi
realizado com o
paciente deitado no
chão e alternava a
bola suíça dos
membros inferiores
para os superiores
Figura 17: Bola
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Flexibilidade do tronco
e membros superiores,
consciência da própria
flexibilidade.
Exercício realizado
com o paciente em pé,
posicionado de frente
para à parede, a meio
metro de distância, e
arremessa a bola
contra a parede por
cima da cabeça e
espera para pegá-la
na mesma posição.
55
(Continuação)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
Figura 18: Bola futebol
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Deslocamento dos
membros inferiores
Exercício realizado
com o paciente em pé,
chuta a bola com o pé
e contra a parede
Figura 19: Bambolês
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Ganhar equilíbrio
dinâmico
Ganhar força muscular
principalmente de
estabilizadores laterais
de quadril
O exercício foi
realizado com o
paciente em pé com
saltos monopedais,
dentro dos bambolês.
Figura 20: Bloco de espuma
Fonte: elaborada pelos autores.2018.
Avaliar a coordenação
em condições de
pressão de
complexidade, com
saltos monopedais.
O exercício foi
realizado com o
paciente em pé com
saltos monopedais em
blocos de espumas
56
(Continuação)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
Figura 21: Sarrafo de madeira
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Melhorar a
coordenação sobre
pressão de tempo,
com saltos laterais
O exercício foi
realizado com o
paciente em pé com
saltos de um lado para
o outro com as duas
pernas ao mesmo
tempo
Figura 22: Bola - flexibilidade
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Melhorar flexibilidade
do tronco
O exercício foi
realizado em pé com
paciente e o
fisioterapeuta de
costas um para o outro
trocavam a bola para
lateral sem
movimentar os
membros inferiores,
apenas tronco.
Figura 23: Plataforma de madeira
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Melhorar a
coordenação em
condições de pressão
de complexidade,
através da
transposição lateral
sobre plataformas.
O exercício foi
realizado com o
paciente em pé com a
transposição da
plataforma de um lado
para o outro
57
(Continuação)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
Figura 24: Corda
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Fortalecer musculatura
dos membros
inferiores, ganhar
equilíbrio e
coordenação
Melhorar a resistência
cardiovascular
O exercício foi
realizado com o
paciente em pé com
uma corda, realizando
pulos sobre ela
Figura 25: Ativo - fortalecimento
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
Melhorar flexibilidade
das pernas e dos
membros inferiores
O exercício foi
realizado com o
paciente sentado no
chão com as pernas
flexionadas formando
um losango e as
plantas dos pés
unidas, movendo-as
para cima e para
baixo, aproximando o
máximo os joelhos no
chão
Figura 26: Overball
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
Melhorar flexibilidade
dos braços e dos
membros superiores
O exercício foi
realizado em pé
paciente de costas
para o fisioterapeuta e
braços esticados para
cima, pegava a bola e
se agachava para
passar a bola por
baixo das penas e
voltava novamente
para a posição inicial
para recuperar a bola
por cima da cabeça
58
(Conclusão)
EXERCÍCIO OBJETIVO REALIZAÇÃO
Figura 27: Bola Suíça - alongamento
Fonte: elaborada pelos autores,2018.
Aumentar amplitude
de movimento
Aumentar
encurtamentos
musculares
O exercício foi
realizado com o
paciente sentado
sobre a bola e
deslizou para trás até
encostar todo seu
dorso na bola.
Ficando nessa
posição por 30 a 60
segundos
Fonte: elaborado pelos autores,2018.
Os participantes tinham muita disciplina nas tarefas que eram propostas e o
jeito de cada um foi respeitado pelos fisioterapeutas, evidenciando e incentivando
todos momentos com estímulos de comando de voz e muita comemoração nos
ganhos das habilidades ao praticar as tarefas. Foram momentos de grande
crescimento profissional e pessoal para todos.
2.6 Procedimentos da avaliação final da coordenação motora
Depois dos quatros meses de tratamento foi realizado novamente o mesmo
procedimento da avaliação inicial da coordenação motora. As crianças foram
reavaliadas com base no mesmo protocolo do teste de coordenação corporal KTK
para cada tarefa citada abaixo.
2.6.1 Trave de equilíbrio
Depois das instruções para realizar a tarefa da trave de equilíbrio os pontos
foram anotados e somados e o escore foi achado na tabela de referência 1 (ver Anexo
B) tanto para o gênero masculino como feminino, na coluna esquerda, o valor
correspondente ao número de escore é relacionado com a idade de cada participante.
Nesse cruzamento das informações, obteve-se o quociente motor da tarefa e o
resultado do desempenho foi elaborado no Quadro 8.
59
Quadro 8: Desempenho na prova do teste final trave de equilíbrio.
Participante Pontos QM Desempenho
1 62 108 Coordenação normal
2 55 96 Coordenação normal
Fonte: elaborado pelos autores,2018.
2.6.2 Saltos monopedais
Depois das instruções para realizar a tarefa dos saltos monopedais os pontos
foram anotados e somados e o quociente motor foi achado na tabela de referência 2
(ver Anexo B) correspondente aos saltos monopedais masculino, através do
cruzamento do escore como a idade, o resultado do desempenho foi elaborado no
Quadro 9.
Quadro 9: Desempenho na prova do teste final saltos monopedais.
Participante Pontos QM Desempenho
1 59 100 Coordenação normal
2 34 44 Insuficiência na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores,2018.
2.6.3 Saltos laterais
Depois das instruções que foram passadas para realizar a tarefa dos saltos
laterais os pontos foram anotados na ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo
A) e também somados para obter o score.
O cruzamento dessa informação obtidas com a idade foi feito na Tabela de
referência 4 (ver Anexo B) dos saltos do gênero masculino, para obter o quociente
motor e o resultado foi elaborado no Quadro 10.
Quadro 10: Desempenho na prova do teste final saltos laterais.
Participante Pontos QM Desempenho
1 74 119 Boa Coordenação
2 40 60 Insuficiência na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
60
2.6.4 Transferência sobre plataformas
Depois das instruções para realizar a tarefa transferência sobre plataformas os
pontos foram anotados na ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A) e
somados para obter o score. O cruzamento dessa informação com a idade foi feito na
Tabela de referência 6 (ver Anexo B), para ambos os gêneros, para obter o quociente
motor e o resultado do desempenho foi elaborado no Quadro 11.
Quadro 11: Desempenho na prova do teste final transferência sobre plataforma.
Participante Pontos QM Desempenho
1 54 117 Boa Coordenação
2 24 43 Insuficiência na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores,2018.
2.6.5 Classificação da coordenação corporal
Com a ficha de coleta de dados do teste KTK (ver Anexo A) preenchida, foi
realizado o resultado da soma do quociente motor de todas as tarefas realizadas: trave
de equilíbrio, saltos monopedais, saltos laterais e transferência sobre plataforma.
O escore final foi obtido na Tabela de referência 7 (ver Anexo B) de somatória
dos mesmos, que serve tanto para o gênero masculino quanto para o feminino.
Por fim, tendo, o valor do escore final, o mesmo foi relacionado na Tabela de
referência 8 (ver Anexo B) de classificação do teste de coordenação corporal que
determinou o nível de coordenação motora dos participantes e o resultado do
desempenho de cada paciente, foi elaborado no Quadro 12, neste momento, a
evolução do tratamento foi revelada.
Quadro 12: Desempenho final da coordenação corporal.
Participante Pontos QM Desempenho
1 444 131 Muito boa coordenação
2 243 79 Perturbação na coordenação
Fonte: elaborado pelos autores,2018.
61
2.7 Resultados
Os resultados foram avaliados através de gráficos no Excel, demonstrando o
desempenho de rendimento da coordenação motora grossa, antes e depois do
tratamento fisioterapêutico, em cada tarefa aplicada por meio do teste de coordenação
corporal KTK.
2.7.1. Apresentação dos resultados
Os gráficos foram apresentados por cada tarefa que compõe do teste de
coordenação corporal KTK.
2.7.1.1 Trave de equilíbrio
Os gráficos 1 e 2 divulgam os resultados obtidos na trave de equilíbrio, onde o
objetivo era avaliar o equilíbrio dos participantes 1 e 2.
Como pode-se analisar, o rendimento da prova em questão, antes da
aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos ficou abaixo do que é considerado normal
e a que apresentou o pior resultado no desempenho.
Gráfico 1: Desempenho na trave de equilíbrio do participante 1
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
62
O participante 1, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Insuficiência na Coordenação com desempenho de 45%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 1 evoluiu
para Coordenação Normal, apresentando um desempenho de 75%, ou seja, teve
respectivamente 30% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
Gráfico 2: Desempenho na trave de equilíbrio do participante 2
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
O participante 2, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Insuficiência na Coordenação com desempenho de 19%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 2 evoluiu
para Coordenação Normal, apresentando um desempenho de 66%, ou seja, teve
respectivamente 47% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
2.7.1.2 Saltos monopedais
Nos gráficos 3 e 4 são apresentados o desempenho dos participantes 1 e 2 na
prova dos saltos monopedais, que teve como objetivo avaliar a coordenação dos
membros inferiores. Os resultados desta prova também mostram um desempenho
abaixo do normal.
63
Gráfico 3: Desempenho nos saldos monopedais participante 1
Fonte: elaborado pelos autores,2018.
O participante 1, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Perturbação na Coordenação com desempenho de 49%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 1 evoluiu
para Coordenação Normal, apresentando um desempenho de 69%, ou seja, teve
respectivamente 20% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
Gráfico 4: Desempenho nos saldos monopedais participante 2
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
64
O participante 2, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Insuficiência na Coordenação com desempenho de 7%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 2 manteve
Insuficiência na Coordenação, apresentando um desempenho de 30%, ou seja, teve
respectivamente 23% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
2.7.1.3 Saltos laterais
Os gráficos 5 e 6 fazem as representações do desempenho na prova saltos
laterais, a mesma objetivou avaliar a velocidade do indivíduo em saltos alternados dos
participantes 1 e 2.
Gráfico 5: Desempenho nos saldos laterais participante 1
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
O participante 1, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Perturbação na Coordenação com desempenho de 53%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 1 evoluiu
para Boa Coordenação, apresentando um desempenho de 82%, ou seja, teve
respectivamente 29% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
65
Gráfico 6: Desempenho nos saldos laterais participante 2
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
O participante 2, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Insuficiência na Coordenação com desempenho de 30%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 2 manteve
Insuficiência na Coordenação, apresentando um desempenho de 41%, ou seja, teve
respectivamente 11% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
2.7.1.4 Transferências sobre plataformas
A última prova do Teste corporal KTK, denominada transferências sobre
plataformas, está representada pelo Gráficos 7 e 8, neles estão especificadas as
classificações do desempenho dos participantes 1 e 2 na referida prova e o
desempenho dos participantes no que diz respeito a lateralidade e espaço temporal,
ou seja, a orientação do próprio corpo no espaço e a localização do objeto
(plataforma).
Assim como nas provas anteriores foram obtidos resultados abaixo da
normalidade, ao rendimento da prova em questão.
66
Gráfico 7: Desempenho transferências sobre plataformas participante 1
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
O participante 1, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Insuficiência na Coordenação com desempenho de 46%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 1 evoluiu
para Boa Coordenação, apresentando um desempenho de 82%, ou seja, teve
respectivamente 36% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
Gráfico 8: Desempenho transferências sobre plataformas participante 2
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
67
O participante 2, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Insuficiência na Coordenação com desempenho de 22%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 2 manteve
Insuficiência na Coordenação, apresentando um desempenho de 30%, ou seja, teve
respectivamente 8% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
2.7.1.5 Classificação da coordenação corporal
A classificação geral da coordenação dos participantes 1 e 2, apresenta-se nos
gráficos 9 e 10, que determinou a situação motora dos participantes através da junção
de todas as provas
Gráfico 9: Desempenho da coordenação corporal participante 1
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
O participante 1, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Coordenação Normal com desempenho de 60%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 1 evoluiu
para Muito Boa Coordenação, apresentando um desempenho de 90%, ou seja, teve
respectivamente 30% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
68
Gráfico 10: Desempenho da coordenação corporal do participante 2
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
O participante 2, antes da aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos,
apresentou Insuficiência na Coordenação com desempenho de 31%.
Após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, o participante 2 evoluiu
para Perturbação na Coordenação, apresentando um desempenho de 54%, ou seja,
teve respectivamente 23% a mais de evolução na coordenação desta tarefa.
2.8. Análise de discussão dos resultados
Uma das questões fundamentais para profissionais que lidam com crianças que
apresentam atrasos de desenvolvimento é conhecimento do perfil motor. Dessa
forma, para traçar o perfil motor de uma pessoa são realizados testes ou escalas que
avaliam, analisam e observam o domínio através de um padrão de referência
previamente construído nesses materiais (SOARES; CAVALCANTE NETO, 2015).
O método escolhido foi o teste de coordenação corporal KTK para avaliar e
classificar de forma geral, através da realização das 4 provas do teste, a coordenação
corporal destas crianças. Gorla, Araújo e Rodrigues (2009) menciona que o teste KTK
tem a finalidade de determinar o desenvolvimento da dimensão do movimento em
69
crianças de 5 a 14 anos.
O teste foi aplicado em duas crianças, participantes da pesquisa, do gênero
masculino, com 10 e 14 anos respectivamente. Silva (2012) cita que o autismo
acomete mais meninos que meninas, numa proporção de 4:1, o que faz com que este
transtorno seja, primordialmente do gênero masculino.
Buscando um aprofundamento maior nos dados obtidos, foi feito uma avaliação
no rendimento dos participantes em cada uma das provas do teste. Dessa forma foi
possível avaliar em qual deles foram apresentados os maiores e menores índices de
aproveitamento.
Para Raso e Fonseca (1984, 1995 apud GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES,
2009) o equilíbrio é fundamental para a coordenação motora, quanto mais limitado,
mais energia gasta-se, resultando consequências psicológicas, como ansiedade e
insegurança. Na prova da Trave de Equilíbrio, depois do tratamento fisioterapêutico,
os participantes da pesquisa, tiveram uma evolução de 38,5% no desempenho do
equilíbrio, a aquisição do equilíbrio dinâmico vai interferir em uma melhora de sua
atividade mental, emocional, perceptiva, cognitiva, simbólica, entre outros.
Segundo Gorla, Araújo e Rodrigues (2009) se a força não é suficiente, a
coordenação tende a fracassar. Na prova de Saltos Monopedais, depois do tratamento
fisioterapêutico, os participantes do estudo, tiveram uma evolução de 21,5% no
desempenho da força, uma melhora na produção de impulso da força dos membros
inferiores é de considerar-se premissa de qualquer cinético-coordenativo.
Para Kiphard (1976 apud GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009) a sequência
de movimentos alternados relativamente reduz a velocidade. Na prova de Saltos
Laterais, depois do tratamento fisioterapêutico, os participantes da pesquisa, tiveram
uma evolução de 20% no desempenho da coordenação desta tarefa, ao estimular a
velocidade espera-se um desenvolvimento consideravelmente fluente no aspecto
físico do ritmo, na fluidez e na continuidade do movimento total.
Segundo Gorla, Araújo e Rodrigues (2009) a exigência da utilização simultânea
dos membros inferiores e superiores associado a distância e velocidade, pode ser
limitada e complexa, constituindo-se em desempenho motor condicionado. Na tarefa
de Transposição Lateral sobre Plataforma, depois do tratamento fisioterapêutico, os
participantes do estudo, tiveram uma evolução de 22% no desempenho na
coordenação, uma melhoria de lateralidade e espaço-temporal evolui a coordenação
corporal.
70
A avaliação separada de cada prova possibilitou, com seu devido propósito,
que identificássemos, no final do tratamento, que as habilidades da prova de Saltos
Laterais, como pode ser visto pelos Gráficos 5 e 6, tiveram a maior porcentagem de
insuficiência na coordenação, tendo seus participantes demonstrado insuficiência na
capacidade de saltarem alternadamente. A prova que apresentou menor índice de
insuficiência na coordenação em relação às outras, foi da Trave de Equilíbrio
representada pelos Gráficos 1 e 2, o equilíbrio dinâmico representou bem a evolução
do tratamento no autismo.
Para Silva Júnior (2012) ao avaliar individualmente cada prova, identificou, que
todas apresentaram índices abaixo do normal, sendo que a dos Saltos Laterais foi a
que atingiu maior índice de Insuficiência na Coordenação. A prova que apresentou o
menor índice de insuficiência na coordenação em relação as outras, e que ainda assim
pode-se considerar um número elevado foi a Trave de Equilíbrio. Finalizou o estudo
concluindo a necessidade de programas motores regulares para aprimoramento e
desenvolvimento da evolução motora destas crianças.
Para Azevedo e Gusmão (2016) a intervenção da fisioterapia motora em
crianças com o diagnóstico de autismo é de grande importância para a qualidade de
vida, melhorando habilidades motoras, posturas e funções da vida diária.
2.9 Conclusão
Ao avaliar se a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos pode proporcionar
alteração na coordenação motora grossa das crianças com TEA, pois já é comprovado
o comprometimento motor destas. Manjiviona e Prior (1995 apud SILVA JÚNIOR,
2012) identificaram em seus estudos, realizados com indivíduos acometidos pelas
perturbações do espectro autista, que os mesmos apresentam problemas não apenas
em uma área específica, mas sim em termos gerais, afetando assim as capacidades
motoras gerais e finas.
Silva (2012) relata que as crianças com autismo tendem a ficar se
movimentando o tempo todo (hipercinesia), prejudicando o equilíbrio estático, ou seja,
o seu repouso. Para o nosso estudo, a compreensão do comportamento foi essencial,
para buscar o desenvolvimento de condutas e técnicas apropriadas de exercícios para
provocar algumas variações na forma de ser, estar e viver do autismo.
Dessa forma, após passar por todos os processos de desenvolvimento do
71
estudo, e ter obtido resultados específicos com o KTK sobre a coordenação motora
dos autistas participantes, foi possível analisar a importância que essa pesquisa teve
e terá para todos aqueles que dela fizeram parte, pois ao mesmo tempo em que ela
divulga resultados com déficits de coordenação prejudicados, e que
comprovadamente fazem parte da realidade de indivíduos autistas, abriu caminhos
seguros para que a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos regulares, elevassem
o nível de coordenação motora das crianças estudadas.
Para Marques (2002 apud SEGURA; NASCIMENTO; KLEIN, 2011) a
fisioterapia vai atuar ingressando esse paciente ao convívio social, treinando
habilidades de concentração, objetivando assim, claridade de raciocínio e melhor
retenção de detalhes. A inibição de movimentos anormais vai melhorar o autocontrole
corporal, além do treino de habilidades motoras, equilíbrio e coordenação.
Para os autores deste estudo foi possível finalizar a pesquisa demonstrando
que a aplicabilidade de recursos fisioterapêuticos possibilita a interação da criança
com o meio aprimorando suas habilidades motoras básicas, através dos resultados
da classificação geral da coordenação motora inicial e final, pontos cruciais desta
comprovação. No estudo da classificação geral, antes da aplicabilidade dos recursos
fisioterapêuticos, os participantes apresentavam desempenho de 60% e 31% na
coordenação motora e após a aplicabilidade dos recursos fisioterapêuticos, ocorreu
uma evolução na coordenação motora com desempenho de 90% e 54%, ou seja,
tiveram respectivamente 30% e 23% a mais de evolução na coordenação corporal.
É apegando-se a essa constatação que se finaliza a presente pesquisa, um
instrumento de avaliação e um programa de aplicabilidade de recursos
fisioterapêuticos que foram unidos para proporcionar a essas crianças uma melhora
na coordenação motora, visando promover resultados positivos na qualidade de vida
no que diz respeito as suas funções de vida diária, o aumento da sua segurança e
autonomia corporal para que, diante da sociedade, ela encontre a possibilidade de
criar o desenvolvimento de sua independência e dar um feedback da sua real situação
motora e, para que nós, profissionais, possamos potencializar as intervenções
específicas de acordo com suas necessidades, de forma que, por meio das análises
e resultados encontrados, possa existir uma maneira direcionada de intervir para a
melhoria do comportamento motor dessa população.
72
REFERÊNCIAS
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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina Andrade. Metodologia do trabalho científico. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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74
APÊNDICES
75
Apêndice A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa: Atuação
da Fisioterapia na Coordenação Motora no Transtorno do Espectro Autista.
A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que nos
leva a propor este estudo, diante da vivência pessoal e no estágio surgiu o interesse
pelo tema com o propósito de aprofundar os estudos em questão dos prejuízos do
transtorno, buscar o desenvolvimento de condutas e técnicas apropriadas, para
melhorar a qualidade de vida no que diz respeito às suas funções de vida diária, a
pesquisa se justifica o autismo é um transtorno global de desenvolvimento infantil que
afeta a área social, motora, onde iremos atuar na coordenação motor e aumentar sua
segurança e autonomia corporal e que diante da sociedade ela encontre a
possibilidade de criar o desenvolvimento de sua independência. O objetivo desse
projeto é obter a classificação da coordenação motora grossa de crianças com
Transtorno do Espectro Autista e elaborar programas de intervenção através dos
recursos fisioterapêuticos.
Os procedimentos de coleta de dados serão da seguinte forma: Será feita uma
anamnese com os pais, da história pregressa, história da moléstia atual, avaliação
postural, avaliação da coordenação motora do participante com a presença da equipe
dos pesquisadores, onde os dados serão armazenados em fichas individuais com
duração de 50 minutos, realização do teste de coordenação corporal – KTK com
duração de 50 minutos, que determinará o nível de coordenação motora e para o
tratamento as sessões oferecidas terão duração de aproximadamente 50 minutos,
sendo o programa realizado duas vezes por semana, durante quatro meses, no Centro
de Reabilitação Física Dom Bosco – Setor Neurologia. Ao término do programa, as
crianças serão reavaliadas com base no mesmo protocolo do teste de coordenação
corporal – KTK com duração de 50 minutos.
PROCEDIMENTO DA ANAMNESE
Obter informações referentes a História Pregressa
• História da gestação
- criança nasceu pré-termo?
- pais tabagistas?
- pais etilistas?
- diabetes?
- realizou pré-natal?
- hemorragia?
- medicamentos?
- drogas?
76
- doenças Infecciosas?
- traumatismos?
- infecções?
- hemorragias?
- hipertensão arterial?
- uso de medicamentos e drogas?
- fator RH?
• História do parto
- cesárea ou Normal?
- anoxia?
- circular de cordão?
- uso do fórceps?
- hipotensão arterial materna?
• História após o nascimento:
- infecções – TCE?
- intoxicações?
- convulsões?
• História do desenvolvimento:
- quando a família observou alterações?
- quais foram os meses correspondentes ao seu desenvolvimento?
- interrupção do desenvolvimento por algum motivo?
- intensidade?
- localização?
- época de instalação?
- progressão ou não?
- condições de melhora ou piora?
- atendimentos médicos anteriores?
- exames complementares realizados?
- orientações terapêuticas?
- cefaleia?
- déficits motores?
- convulsões?
- movimentos involuntários?
- alterações sensitivas?
- estados infecciosos?
Obter informações referentes a História da Moléstia Atual
• Queixa principal
77
Obter informações referentes a Avaliação Postural
Características do participante nas quais deverão ser levadas em consideração para
estipular os exercícios específicos sem prejudicar sua funcionalidade.
• Coluna: cifose torácica, hiperlordose lombar, retificação da lordose lombar,
retificação da lordose cervical, escoliose em C, escoliose em S.
• Escápulas: discinesia escapular referente ao ângulo inferior, medial e superior.
• Quadril: alinhamento e rotação medial e lateral da pelve esquerda ou direita.
• Joelhos: valgo, varo ou normal.
• Pés: cavo, plano ou normal.
•Perfil anterior: verificar à direita, à esquerda dos pés, joelhos, quadril, ombros.
•Perfil posterior: verificar à direita, à esquerda dos pés, joelhos, quadril, coluna e
ombros.
Obter informações referente a Avaliação da Coordenação Motora
• Verificar coordenação dos membros superiores
- Index-Index: com o membro superior estendido lateralmente, o participante é
solicitado a tocar a ponta dos dedos indicadores. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois fechados.
- Index-nariz: com o membro superior estendido lateralmente, o participante é
solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois fechados.
- Index-orelha: com o membro superior estendido lateralmente, o participante é
solicitado a tocar a orelha com o indicador. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois fechados.
• Verificar coordenação dos membros inferiores
- Calcanhar Joelho: participante coloca a ponta do calcanhar sobre o joelho do outro
membro e escorrega o calcanhar lentamente pela tíbia.
• Verificar movimentos alternados e sucessivos
- Diadococinesia dos membros superiores (MMSS): movimentos rápidos e alternantes
das mãos.
- Diadococinesia membros inferiores (MMII): movimentos extensão e flexão dos pés.
78
PROCEDIMENTO DO TESTE DE COORDENAÇÃO CORPORAL – KTK
• Teste 1: Equilibrar-se na trave de equilíbrio andando de costas (retrocedendo).
Tarefa: O participante deverá tentar andar de costas, equilibrando-se sobre uma barra,
buscando chegar ao final da mesma.
• Teste 2: Saltitar com uma perna - saltos monopedais.
Tarefa: O participante deverá saltar com uma perna em blocos de espumas de 5 cm
de altura como obstáculos, que serão empilhados e posicionados a frente do
executante um a um. Depois de saltá-los, o participante deverá saltitar 2 vezes sobre
a mesma perna e cada altura deverá ser superada uma vez com cada perna, sem o
apoio do outro pé no chão. O mesmo só terá um bloco acrescentado no teste se
conseguir passar pela atura anterior.
• Teste 3: Saltos laterais - para um lado e outro.
Tarefa: O participante deverá, com ambas as pernas, saltar sobre uma madeira, de
um lado ao outro, o mais rápido possível durante 15 segundos em duas tentativas.
• Teste 4: Transposição lateral sobre plataforma.
Tarefa: O participante deverá, em 20s, deslocar-se lateralmente o maior número de
vezes, utilizando a troca de pranchas (com os dois pés sobre a prancha “1”, a criança
deverá pegar a prancha “2” com as duas mãos e colocá-la do outro lado do corpo e
em seguida, passar para esta prancha, pegar a prancha “1” com as duas mãos,
colocá-la do outro lado do corpo e continuar o movimento continuamente).
PROCEDIMENTO PARA O TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
O tratamento fisioterapêutico será prescrito conforme o resultado do grau de
coordenação motora em sessões individualizas onde apresentaremos a proposta de
protocolo de exercícios em um documento separado, focando exercícios de
coordenação de equilíbrio, ritmo, força, lateralidade, velocidade e a agilidade.
No final das sessões do tratamento repetir o teste KTK para verificar os resultados da
intervenção da fisioterapia nos participantes.
DESCONFORTOS, RISCOS E BENEFÍCIOS: A sua participação neste estudo pode
gerar algum tipo de desconforto quanto os riscos como nas técnicas utilizadas de
testes e protocolos de exercícios há instruções de deslocamento do corpo, pode
ocorrer instabilidades e provocar quedas e entorses de tornozelo.
Os benefícios esperados são a aplicabilidade da técnica que poderá proporcionar
melhora da coordenação motora e equilíbrio estabelecendo uma relação corpo-mente.
FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA:
O participante da pesquisa será encaminhado ao Centro de Reabilitação Física Dom
Bosco – Setor Neurologia para realização do tratamento fisioterapêutico da
79
coordenação motora no TEA, com a presença do responsável, custeado pelos
pesquisadores da instituição.
O participante receberá assistência:
- na deambulação caso apresentar dificuldade de marcha ou déficit sensitivo ou motor;
- apoio na realização das atividades propostas;
- atenção intensificada em uso de sedativo e tranquilizantes, caso sejam fornecidas
medicações aos participantes do estudo, se estas revelarem-se eficazes como forma
de tratamento, há a obrigatoriedade de se continuar a fornecê-las ao participante
enquanto se faça necessário.
GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE
SIGILO: Você poderá solicitar esclarecimento sobre a pesquisa em qualquer etapa do
estudo. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou
interromper a participação na pesquisa a qualquer momento, seja por motivo de
constrangimento e/ou outros motivos. A sua participação é voluntária e a recusa em
participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. O(s)
pesquisador(es) irá(ão) tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Os
resultados do trabalho de conclusão de curso serão enviados para você e
permanecerão confidenciais. Seu nome ou o material que indique a sua participação
não será liberado sem a sua permissão. Você não será identificado(a) em nenhuma
publicação que possa resultar deste estudo. Este consentimento está impresso e deve
ser assinado em duas vias, uma será fornecida a você e a outra ficará com o
pesquisador(es) responsável(eis). Se houver mais de uma página, tanto o
pesquisador quanto o participante devem rubricar todas as páginas.
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO: A participação
no estudo, não acarretará custos para você e será disponibilizado ressarcimento em
caso de haver gastos com transporte, creche, alimentação, etc, tanto para você,
quanto para o seu acompanhante, se for necessário. No caso de você sofrer algum
dano decorrente dessa pesquisa você tem direito à assistência integral e gratuita.
DECLARAÇÃO DO PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO
PARTICIPANTE
Orientação: Para indivíduos vulneráveis como crianças, adolescentes, pessoas com
capacidade mental ou autonomia reduzida devem ter um representante legal, sem
prejuízo de sua autorização. Para estes, deve ser criado o Termo de Assentimento
Livre e Esclarecido.
Eu, ................................................., fui informado (a) dos objetivos da pesquisa
acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer
momento poderei solicitar novas informações e ou retirar meu consentimento. Os
responsáveis pela pesquisa acima, certificaram-me de que todos os meus dados
80
serão confidenciais. Em caso de dúvidas poderei chamar os estudantes e o
pesquisador responsável ou ainda entrar em contato com o Comitê de Ética em
Pesquisa do UniSALESIANO, localizado na Rodovia Teotônio Vilela, Bairro Alvorada
– Araçatuba-SP Fone: (18)3636-5252, 08h00min às 14h00min. O Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) é um colegiado composto por pessoas voluntárias, com o objetivo de
defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade
e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. O CEP –
UniSALESIANO de Araçatuba é diretamente vinculado ao Centro Universitário
Católico Auxilium de Araçatuba-SP/Missão Salesiana de Mato Grosso.
Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma via deste termo
de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer
as minhas dúvidas.
Assinatura Participante:
Nome legível:
Data _______/______/______
__________________________
Orientador
CPF
Crefito
Data
Im pr es s ã o
d a c t i l o s c ó pi c a
81
Apêndice B - Termo de Assentimento
Eu, _________________, estou convidando você para participar da pesquisa
que tem o nome de Atuação da Fisioterapia na Coordenação Motora no Transtorno
do Espectro Autista. Para fazermos esta pesquisa precisamos saber o que acontece
com as pessoas ou como elas pensam sobre a coordenação motora no transtorno do
espectro autista. Por isso convidamos crianças para participarem dessa pesquisa. Eu
sou a pessoa responsável pela pesquisa e já conversei com seu pai ____________ e
sua mãe ___________ e eles deram autorização para que você participe. Seus pais
podem mudar de ideia e não deixar que você continue a participar da pesquisa a
qualquer momento.
Junto comigo teremos outra pessoa que também é pesquisador. O nome delas
_____________________________________. Estamos fazendo essa pesquisa para
obter a classificação da coordenação motora grossa de crianças com o Transtorno do
Espectro Autista (TEA) e elaborar programas de intervenção através dos recursos
fisioterapêuticos.
Outra criança também irá participar desta pesquisa. Ela tem ____ anos de
idade. A participação de todas as crianças é voluntária, isto é: não tem nenhum
presente e nem mesmo recebe algum dinheiro para participar.
Eu estou conversando com você para explicar como a pesquisa será realizada.
Nós, _______, _______ e ________, iremos nos encontrar no Centro de Reabilitação
Física Dom Bosco, é um ambiente adequado e arejado, onde ocorrerão os
procedimentos da coleta de dados, anamnese com os pais, da história pregressa,
história da moléstia atual, avaliação postural, avaliação da coordenação motora, onde
os dados serão armazenados em fichas individuais, realização do teste de
coordenação corporal, conduta do tratamento fisioterapêutico e vão responder
algumas perguntas que faremos. Estas perguntas são fáceis e quando parecer difícil
e você não entender, poderá pedir para explicar quantas vezes quiser. Nós usaremos
barras de madeiras, espumas, pranchas, bolas, cones, obstáculos, bastão, rolo,
tapete antiderrapante, cunha, prancha de equilíbrio, balanço de equilíbrio, rampa de
treino de marcha, overball, brinquedos pedagógicos, tábuas de AVD’S para trabalhar
com vocês.
PROCEDIMENTO DA ANAMNESE
Obter informações referentes a História Pregressa
• História da gestação
- criança nasceu pré-termo?
- pais tabagistas?
- pais etilistas?
- diabetes?
82
- realizou pré-natal?
- hemorragia?
- medicamentos?
- drogas?
- doenças Infecciosas?
- traumatismos?
- infecções?
- hemorragias?
- hipertensão arterial?
- uso de medicamentos e drogas?
- fator RH?
• História do parto
- cesárea ou Normal?
- anoxia?
- circular de cordão?
- uso do fórceps?
- hipotensão arterial materna?
• História após o nascimento:
- infecções – TCE?
- intoxicações?
- convulsões?
• História do desenvolvimento:
- quando a família observou alterações?
- quais foram os meses correspondentes ao seu desenvolvimento?
- interrupção do desenvolvimento por algum motivo?
- intensidade?
- localização?
- época de instalação?
- progressão ou não?
- condições de melhora ou piora?
- atendimentos médicos anteriores?
- exames complementares realizados?
- orientações terapêuticas?
- cefaleia?
- déficits motores?
- convulsões?
- movimentos involuntários?
- alterações sensitivas?
- estados infecciosos?
83
Obter informações referentes a História da Moléstia Atual
• Queixa principal
Obter informações referentes a Avaliação Postural
Características do participante nas quais deverão ser levadas em consideração
para estipular os exercícios específicos sem prejudicar sua funcionalidade.
• Coluna: cifose torácica, hiperlordose lombar, retificação da lordose lombar,
retificação da lordose cervical, escoliose em C, escoliose em S.
• Escápulas: discinesia escapular referente ao ângulo inferior, medial e superior.
• Quadril: alinhamento e rotação medial e lateral da pelve esquerda ou direita.
• Joelhos: valgo, varo ou normal.
• Pés: cavo, plano ou normal.
•Perfil anterior: verificar à direita, à esquerda dos pés, joelhos, quadril, ombros.
•Perfil posterior: verificar à direita, à esquerda dos pés, joelhos, quadril, coluna e
ombros.
Obter informações referente a Avaliação da Coordenação Motora
• Verificar coordenação dos membros superiores
- Index-Index: com o membro superior estendido lateralmente, o participante é
solicitado a tocar a ponta dos dedos indicadores. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois fechados.
- Index-nariz: com o membro superior estendido lateralmente, o participante é
solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois fechados.
- Index-orelha: com o membro superior estendido lateralmente, o participante é
solicitado a tocar a orelha com o indicador. Repete-se a prova algumas vezes,
primeiramente com os olhos abertos, depois fechados.
• Verificar coordenação dos membros inferiores
- Calcanhar Joelho: participante coloca a ponta do calcanhar sobre o joelho do outro
membro e escorrega o calcanhar lentamente pela tíbia.
• Verificar movimentos alternados e sucessivos
84
- Diadococinesia dos membros superiores (MMSS): movimentos rápidos e alternantes
das mãos.
- Diadococinesia membros inferiores (MMII): movimentos extensão e flexão dos pés.
PROCEDIMENTO DO TESTE DE COORDENAÇÃO CORPORAL – KTK
• Teste 1: Equilibrar-se na trave de equilíbrio andando de costas (retrocedendo).
Tarefa: O participante deverá tentar andar de costas, equilibrando-se sobre uma barra,
buscando chegar ao final da mesma.
• Teste 2: Saltitar com uma perna - saltos monopedais.
Tarefa: O participante deverá saltar com uma perna em blocos de espumas de 5 cm
de altura como obstáculos, que serão empilhados e posicionados a frente do
executante um a um. Depois de saltá-los, o participante deverá saltitar 2 vezes sobre
a mesma perna e cada altura deverá ser superada uma vez com cada perna, sem o
apoio do outro pé no chão. O mesmo só terá um bloco acrescentado no teste se
conseguir passar pela atura anterior.
• Teste 3: Saltos laterais - para um lado e outro.
Tarefa: O participante deverá com ambas as pernas, saltar sobre uma madeira, de um
lado ao outro, o mais rápido possível durante 15 segundos em duas tentativas.
• Teste 4: Transposição lateral sobre plataforma.
Tarefa: O participante deverá, em 20s, deslocar-se lateralmente o maior número de
vezes, utilizando a troca de pranchas (com os dois pés sobre a prancha “1”, a criança
deverá pegar a prancha “2” com as duas mãos e colocá-la do outro lado do corpo e
em seguida, passar para esta prancha, pegar a prancha “1” com as duas mãos,
colocá-la do outro lado do corpo e continuar o movimento continuamente).
Avaliação: Será dado um ponto quando a criança pegar a prancha de um lado e
colocar do outro e quando ela trocar de prancha. Os valores das duas tentativas, de
20 segundos cada, serão anotados (registrados) e somados.
PROCEDIMENTO PARA O TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
O tratamento fisioterapêutico será prescrito conforme o resultado do grau de
coordenação motora em sessões individualizas, as sessões oferecidas terão duração
de aproximadamente 50 minutos, sendo o programa realizado duas vezes por
semana, durante quatro meses, onde apresentaremos a proposta de protocolo de
exercícios em um documento separado, focando exercícios de coordenação de
equilíbrio, ritmo, força, lateralidade, velocidade e a agilidade.
No final das sessões do tratamento repetir o teste KTK para verificar os
resultados da intervenção da fisioterapia nos participantes.
85
A pesquisa é feita de forma que não aconteça nada que possa prejudicar
ninguém, por isso dizemos que é uma pesquisa segura. Caso alguma coisa aconteça
de errado (chamamos de risco) como quedas e entorses e seus pais serão avisados
imediatamente e você terá todo o atendimento necessário sem que seus pais se
preocupem com dinheiro para resolver o que aconteceu. Eles também podem nos
procurar pelo telefone _______________ da pesquisadora ____________e também
entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do UniSALESIANO Araçatuba-
SP, Rodovia Teotônio Vilela, Bairro Alvorada, Araçatuba - SP, Fone: (18) 3636-5252.
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é um grupo de pessoas que deve existir nas
instituições que realizam pesquisas envolvendo seres humanos, criado para defender
os interesses dos participantes da pesquisa e para contribuir no desenvolvimento da
pesquisa de acordo com as normas existentes. O CEP do UniSALESIANO é
diretamente ligado ao Centro Universitário Católico Auxilium de Araçatuba-SP/Missão
Salesiana de Mato Grosso.
Essa pesquisa vai trazer benefícios para pessoas que tenham o transtorno do
espectro autista e outras coisas boas, como: ajudar as pessoas conhecerem sobre os
benefícios da aplicabilidade da técnica que poderá proporcionar melhora da
coordenação motora e equilíbrio estabelecendo uma relação corpo-mente.
Se seus pais precisarem pagar ônibus ou outro transporte para chegar até o
Centro de Reabilitação Física Dom Bosco, nós daremos a seus pais dinheiro que eles
gastarem com o transporte, para também acompanhar a pesquisa. Como você vai
ficar conversando conosco por mais ou menos 50 minutos, receberá o lanche e
também para quem estiver lhe acompanhando.
Você e todas as outras crianças podem desistir de participar da pesquisa se
não quiser. Não tem nenhum problema, é um direito que você tem e ninguém ficará
chateado ou vai brigar com você.
Ninguém, além de seus pais, saberá que você está participando da pesquisa;
não falaremos a outras pessoas, nem falaremos o que você nos falar, a pessoas que
não conheça. É como se fosse um segredo.
Quando acabarem as entrevistas e os outros trabalhos, teremos os resultados
da pesquisa. (Os resultados da pesquisa vão ser divulgados a partir do nosso trabalho
de conclusão de curso, mas sem mostrar os nomes e endereços das crianças ou dos
pais que participaram).
Eu ________________________________________________,
• Entendi as coisas boas e as coisas ruins que podem acontecer.
• Entendi que posso dizer “sim” e participar e se eu não quiser mais, eu posso dizer
“não” e que ninguém vai ficar chateado ou vai brigar comigo, mesmo que eu já tiver
começado.
• _______________________ me explicou tudo direitinho e respondeu ao que eu
perguntei.
86
• _______________________ já me disse que meus pais deixaram que eu participe
da pesquisa.
• _______________________ e eu, lemos juntos o documento.
Eu, _________________________ aceito participar da pesquisa Atuação da
Fisioterapia na Coordenação Motora no Transtorno do Espectro Autista.
Recebi uma via deste documento que tem o nome de Termo de
Assentimento.
Centro de Reabilitação Física Dom Bosco, __ de ____ de ____.
__________________________
Assinatura do (a) menor ou impressão dactiloscópica.
__________________________
Orientador
CPF
Crefito
Data
Impressão dactiloscópica
Im pr es s ã o
d a c t i l o s c ó pi c a
87
Apêndice C - Termo de Autorização de Uso de Imagem
Neste ato, ____________________________________________, nacionalidade
________________, estado civil ________________, portador da Cédula de
identidade RG nº.__________________ , inscrito no CPF/MF sob nº
_________________________________, residente à Av/Rua
___________________________________ , nº. _________, município de
_________________________/São Paulo. AUTORIZO o uso da imagem do meu filho
____________________________________________ em todo e qualquer material
relacionado a pesquisa científica
intitulada:___________________________________________________________,
dos pesquisadores___________________________________RG______________,
__________________________________________________RG______________,
__________________________________________________RG______________,
e orientador_______________________________________ RG______________.
A presente autorização é concedida a título gratuito, abrangendo o uso da imagem
acima mencionada em todo território nacional e no exterior. Por esta ser a expressão
da minha vontade declaro que autorizo o uso acima descrito sem que nada haja a ser
reclamado a título de direitos conexos da imagem ou a qualquer outro, e assino a
presente autorização em 02 vias de igual teor e forma.
______________________, dia _____ de ______________ de ___________.
(Assinatura)
Nome:
Telefone p/ contato:
88
Apêndice D – Anamnese
Anamnese: Atuação da Fisioterapia na Coordenação Motora no
Transtorno do Espectro Autista
Participante:
História pregressa:
História da moléstia atual:
Avaliação Postural
Coluna vertebral:
Cervical Torácica Lombar
Escápulas:
Direita Esquerda
Quadril:
Direito Esquerdo
89
Joelhos:
Valgo Varo Normal
Pés:
Cavo Plano Normal
Outros:
Perfil Anterior Posterior
Avaliação da Coordenação Motor
Index-
index
Index-
nariz
Index-
orelha
Diadococinesia
MMSS
Diadococinesia
MMII
Calcanhar
Joelho
90
ANEXOS
91
Anexo A - Ficha de Coleta de Dados do Teste KTK
Identificação
Nome: Sexo: Data de Nascimento:
Data da Avaliação:
1. Tarefa Equilíbrio na Trave Trave 1 2 3 Soma
6,0 cm
4,5 cm
3,0 cm
Total
QM1
2. Tarefa Salto Monopedal Altura 00 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 Soma
Direita
Esquerda
Total
QM2
3. Tarefa Salto Lateral
Saltar 15 segundos 1 2 Soma
Total
QM3
4. Tarefa Transferência de Plataforma
Deslocar 20 segundos 1 2 Soma
Total
QM4
Soma de QM1 até QM4 _____
Total de QM _____
Classificação _____
Avaliador(a) _________________________________________
Data ___/___/____
Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
92
Anexo B – Tabelas de Referência do Teste - KTK
Tabela de Referência 1 - Equilíbrio na Trave (Masculino e Feminino)
Idade Escore 5,0 - 5,11 6,0 - 6,11 7,0 - 7,11 8,0 - 8,11 9,0 - 9,11 10,0 - 10,11 11-0 - 11,11 12,0 - 12,11 13,0 - 14,11
0 65 60 54 49 45 41 36 31 27
1 66 62 55 50 46 42 37 32 28
2 68 63 57 51 47 43 38 33 29
3 70 64 58 52 49 44 40 34 30
4 72 65 59 53 50 45 41 35 32
5 73 66 60 54 51 47 42 36 33
6 74 67 61 55 52 48 43 37 34
7 75 68 62 56 53 49 44 38 35
8 76 69 63 57 54 50 45 39 36
9 78 70 64 58 55 51 47 40 37
10 79 72 65 59 56 52 48 41 38
11 80 73 66 60 57 53 49 43 39
12 81 74 68 61 58 54 50 44 40
13 82 75 69 62 59 55 51 45 42
14 84 76 70 63 60 56 52 46 43
15 85 78 71 64 61 58 53 47 44
16 86 79 72 65 62 59 54 48 45
17 87 80 73 67 63 60 56 49 46
18 88 81 74 68 64 62 57 50 47
19 89 82 75 69 65 63 58 51 48
20 91 83 76 70 66 64 59 52 49
21 92 84 78 71 67 65 60 52 50
22 93 85 79 72 68 66 61 53 51
93
(CONTINUAÇÃO)
23 94 87 80 73 69 67 63 54 52
24 95 88 81 74 70 68 64 56 53
25 97 89 82 75 71 69 65 57 54
26 98 90 83 76 72 70 66 59 56
27 99 91 84 77 74 72 68 61 58
28 100 92 85 79 75 73 69 62 60
29 101 93 86 80 76 74 70 63 61
30 103 95 88 81 77 76 71 64 63
31 104 96 89 82 78 77 72 66 64
32 105 97 90 83 79 77 73 67 65
33 106 98 91 84 80 78 75 69 67
34 107 99 92 85 81 79 76 70 68
35 109 100 93 86 82 80 77 72 70
36 110 102 94 87 84 81 78 73 71
37 111 103 95 88 85 82 79 74 72
38 112 104 96 90 86 83 80 75 73
39 113 105 97 91 87 84 82 77 75
40 115 106 99 92 88 85 83 78 76
41 116 107 100 93 89 87 84 79 77
42 117 108 101 94 90 88 85 81 78
43 118 110 102 95 91 90 86 82 80
44 120 111 103 96 92 91 88 84 82
45 121 112 104 97 93 92 89 85 83
46 122 113 105 98 94 93 90 86 84
47 123 114 106 99 95 93 91 88 85
48 124 115 107 100 96 94 92 89 87
94
(CONCLUSÃO)
49 125 117 109 102 97 95 93 91 88
50 127 118 110 103 98 96 95 92 90
51 128 119 111 104 99 97 96 93 91
52 129 120 112 105 100 98 97 95 92
53 130 121 113 106 101 99 98 96 94
54 131 122 114 107 103 100 99 97 95
55 132 124 115 108 104 101 101 99 96
56 133 125 116 109 105 102 102 100 98
57 134 126 117 110 106 103 103 102 99
58 135 128 119 111 107 104 104 103 100
59 136 129 120 112 108 105 105 104 102
60 137 130 121 114 109 106 106 106 103
61 138 131 122 115 110 107 108 107 105
62 139 132 123 116 111 108 109 109 106
63 140 133 124 117 112 109 110 110 107
64 141 134 125 118 113 110 111 111 109
65 142 135 126 119 114 111 112 113 110
66 143 137 128 120 115 112 113 114 111
67 144 138 129 121 116 114 115 115 113
68 145 139 130 122 117 116 116 117 114
69 140 131 123 118 117 117 118 115
70 141 132 124 119 118 118 120 117
71 142 133 125 121 119 119 121 118
72 143 134 126 122 121 121 122 119 Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
95
Tabela de Referência 2 - Salto Monopedal (Masculino)
Idade Escore 5,0 - 5,11 6,0 - 6,11 7,0 - 7,11 8,0 - 8,11 9,0 - 9,11 10,0 - 10,11 11-0 - 11,11 12,0 - 12,11 13,0 - 14,11
0 77 75 62 52 48 41 27 21 10
1 79 76 63 53 49 42 28 22 11
2 80 77 64 54 50 43 29 23 12
3 82 78 65 55 51 44 30 24 13
4 83 79 66 56 52 45 31 25 14
5 85 80 68 57 53 46 32 26 15
6 87 81 69 58 54 47 33 27 16
7 89 82 70 60 55 48 34 28 17
8 91 83 71 61 56 49 35 29 18
9 93 84 72 62 57 50 36 30 19
10 94 85 73 63 58 51 37 31 20
11 96 86 74 64 59 51 38 32 21
12 98 88 75 65 60 52 39 34 22
13 99 89 77 66 61 53 40 35 23
14 101 90 78 67 62 54 41 36 24
15 103 91 79 68 63 55 42 37 25
16 104 92 80 69 64 56 43 38 26
17 106 93 81 70 65 57 44 39 27
18 108 94 82 71 66 58 45 40 28
19 110 95 83 72 67 59 46 41 29
20 112 96 84 73 68 60 47 42 30
21 113 97 85 74 69 61 48 43 31
22 115 98 86 75 70 62 49 45 32
23 116 99 87 76 71 63 50 46 33
96
(CONTINUAÇÃO)
24 118 100 88 77 72 64 51 47 34
25 120 101 90 78 73 66 52 48 35
26 122 102 91 79 74 67 53 49 36
27 124 103 92 80 75 68 54 50 37
28 125 104 93 82 76 69 56 51 38
29 127 105 94 83 77 70 57 53 39
30 128 106 95 84 78 71 58 54 40
31 129 108 96 85 79 72 59 55 41
32 130 109 97 86 80 73 60 56 42
33 132 110 98 87 81 74 62 58 43
34 133 111 100 88 82 75 63 59 44
35 134 112 101 89 83 76 64 60 45
36 135 113 102 90 84 77 65 61 46
37 135 114 103 91 85 78 67 63 47
38 136 115 104 92 86 79 68 64 48
39 137 116 105 93 87 80 69 65 49
40 137 117 106 94 88 81 71 66 50
41 138 118 107 95 88 82 72 67 51
42 139 119 108 97 89 83 73 68 52
43 140 120 109 98 90 84 74 70 53
44 141 121 111 99 91 85 76 71 54
45 142 122 112 10 92 86 77 72 55
46 143 124 113 101 93 87 78 74 56
47 145 125 114 102 94 88 80 75 57
48 146 126 115 103 95 89 81 77 58
49 147 127 116 104 96 90 82 78 59
97
(CONTINUAÇÃO)
50 148 128 117 105 97 91 83 79 61
51 149 129 118 106 98 92 85 80 63
52 150 130 119 107 99 93 86 82 64
53 131 121 108 100 94 87 83 66
54 132 122 109 101 95 89 84 68
55 133 123 110 102 96 90 85 70
56 134 124 111 103 97 91 87 72
57 135 125 113 104 98 92 88 74
58 136 126 114 105 99 94 89 76
59 137 127 115 106 100 95 91 77
60 138 128 116 107 101 96 92 79
61 139 129 117 108 102 98 93 81
62 140 130 118 109 103 99 94 83
63 141 132 119 110 104 100 96 85
64 142 133 120 111 105 101 97 86
65 143 134 121 112 106 103 98 88
66 144 135 122 113 107 104 99 90
67 145 136 123 114 109 105 101 92
68 146 137 124 115 110 107 102 93
69 147 138 125 116 111 108 103 95
70 148 139 127 117 112 109 104 97
71 149 140 128 118 113 110 106 99
72 150 141 129 119 114 112 107 101
73 142 130 120 115 113 108 103
74 143 131 121 116 114 110 104
75 144 132 122 117 116 111 106
98
(CONCLUSÃO)
76 145 133 123 118 117 112 108
77 146 134 124 119 118 113 110
78 147 135 125 120 119 115 111 Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
99
Tabela de Referência 3 - Salto Monopedal (Feminino)
Idade Escore 5,0 - 5,11 6,0 - 6,11 7,0 - 7,11 8,0 - 8,11 9,0 - 9,11 10,0 - 10,11 11-0 - 11,11 12,0 - 12,11 13,0 - 14,11
0 70 55 53 51 43 35 31 22 11
1 71 56 54 52 44 36 32 23 12
2 72 57 55 53 45 37 33 24 13
3 73 58 56 54 46 38 34 25 14
4 75 59 57 55 47 39 36 26 15
5 77 60 59 57 48 40 37 27 16
6 78 61 60 58 49 41 38 28 17
7 80 62 61 60 50 42 39 29 18
8 81 63 62 61 51 43 40 30 19
9 83 64 63 62 52 44 42 31 20
10 84 65 65 63 53 45 43 32 21
11 86 66 66 64 54 46 44 33 22
12 87 67 68 65 55 47 45 34 23
13 89 69 69 66 56 48 46 35 24
14 90 70 70 67 57 49 47 36 25
15 92 72 71 68 58 50 48 37 26
16 93 73 73 69 59 51 49 38 27
17 95 75 74 71 60 52 50 39 28
18 96 76 75 72 61 53 51 40 29
19 98 78 77 73 62 54 52 41 30
20 99 79 78 74 63 55 53 42 31
21 101 80 79 75 64 56 54 43 32
22 103 82 81 76 65 57 55 44 33
23 104 83 82 77 66 58 55 45 34
100
(CONTINUAÇÃO)
24 106 85 83 79 68 59 56 46 35
25 107 87 84 81 69 60 57 47 36
26 109 88 86 81 70 61 58 48 37
27 110 89 87 82 71 62 59 49 38
28 112 91 88 83 72 63 60 50 39
29 113 92 89 84 73 64 61 50 40
30 114 94 91 85 74 65 62 51 41
31 115 95 92 87 75 66 63 51 42
32 117 97 93 88 76 67 64 52 43
33 118 98 95 89 77 68 66 53 44
34 120 99 96 90 78 69 67 53 45
35 122 101 97 91 79 70 68 54 46
36 123 102 98 92 80 71 69 54 47
37 125 104 100 94 81 72 70 55 48
38 126 105 101 95 82 73 71 55 49
39 128 107 102 96 83 74 72 55 50
40 129 108 103 97 84 75 73 55 51
41 131 110 105 98 85 76 75 56 51
42 132 111 106 99 86 77 76 56 52
43 134 113 107 100 88 78 77 57 53
44 135 114 109 102 89 79 78 57 54
45 137 115 110 103 90 80 79 58 54
46 138 117 111 104 91 82 81 58 55
47 139 118 112 105 92 83 82 59 56
48 140 120 114 106 93 84 83 60 56
49 141 121 115 107 94 85 84 60 57
101
(CONTINUAÇÃO)
50 143 123 116 109 95 86 85 61 58
51 144 125 117 110 96 87 86 63 59
52 146 126 119 111 97 88 87 65 60
53 147 127 120 112 98 89 88 67 61
54 148 128 121 113 99 90 90 69 62
55 150 130 123 114 100 92 91 71 63
56 131 125 115 101 93 92 73 64
57 133 126 117 102 94 93 75 65
58 134 127 118 103 95 94 77 68
59 136 128 119 104 96 96 79 70
60 137 129 120 105 97 97 81 72
61 138 130 121 107 99 98 83 75
62 139 131 122 108 100 99 85 78
63 140 132 124 109 101 100 87 80
64 142 134 125 110 102 101 89 82
65 143 135 126 111 103 102 92 85
66 144 136 127 112 104 103 94 87
67 145 137 128 113 106 104 96 90
68 146 139 129 114 107 106 98 92
69 147 140 131 115 109 107 100 94
70 148 141 132 116 110 108 102 97
71 149 142 133 117 112 109 104 99
72 150 143 134 118 113 110 106 102
73 144 135 119 115 111 108 104
74 145 136 120 116 113 110 106
75 147 138 121 118 114 112 109
102
(CONCLUSÃO)
76 148 139 122 119 115 114 111
77 149 140 123 121 116 116 114
78 150 141 124 122 117 117 116 Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
103
Tabela de Referência 4 - Salto Lateral (Masculino)
Idade Escore 5,0 - 5,11 6,0 - 6,11 7,0 - 7,11 8,0 - 8,11 9,0 - 9,11 10,0 - 10,11 11-0 - 11,11 12,0 - 12,11 13,0 - 14,11
0 54 50 47 43 37 29 24 20 16
1 55 51 48 44 38 30 25 21 17
2 56 52 49 45 39 31 26 22 18
3 57 53 50 46 40 32 27 24 19
4 58 54 52 47 41 33 29 25 20
5 60 55 53 48 42 34 30 26 21
6 61 57 55 49 43 35 31 27 23
7 62 59 56 50 44 36 32 28 24
8 63 60 57 51 45 37 33 30 25
9 65 62 59 52 46 38 34 31 26
10 66 64 60 53 47 39 35 32 27
11 67 66 62 55 48 40 36 33 28
12 70 67 63 56 49 41 37 35 29
13 72 69 64 57 50 42 38 36 30
14 74 70 65 59 52 43 40 37 31
15 76 72 67 60 53 44 41 38 32
16 78 74 68 61 55 45 42 39 33
17 80 76 70 63 57 46 43 40 34
18 83 77 72 64 58 47 44 41 35
19 85 78 74 65 60 48 46 42 36
20 87 80 75 67 62 49 47 43 37
21 89 82 77 68 64 50 48 45 38
22 92 84 78 70 65 52 49 46 39
23 95 86 80 71 67 53 50 47 40
104
(CONTINUAÇÃO)
24 97 88 81 72 69 54 51 48 42
25 99 89 83 73 70 56 52 49 43
26 101 90 84 75 72 57 53 50 44
27 103 93 86 76 73 58 55 51 45
28 106 96 87 77 74 59 56 52 46
29 108 97 89 78 76 61 57 53 47
30 110 98 90 80 77 62 58 54 48
31 112 100 92 81 78 63 59 55 49
32 115 101 93 82 79 65 61 56 50
33 117 102 95 83 80 66 62 57 51
34 120 103 96 85 81 67 63 58 52
35 122 104 98 86 82 68 64 59 54
36 125 106 99 87 84 70 66 60 55
37 127 107 101 89 85 71 67 61 57
38 129 108 102 90 86 72 68 62 58
39 131 109 104 91 87 74 69 63 59
40 134 110 105 92 88 75 71 64 60
41 136 112 107 94 89 76 72 65 61
42 138 113 108 95 90 77 73 66 63
43 139 114 110 96 92 79 75 67 64
44 140 115 111 98 93 80 76 68 66
45 141 116 113 99 94 81 77 69 67
46 142 118 114 100 95 83 78 70 68
47 143 119 116 102 96 84 80 72 69
48 144 120 117 103 97 85 81 73 70
49 145 122 119 104 98 87 82 75 71
105
(CONTINUAÇÃO)
50 123 120 105 100 88 84 76 73
51 124 122 107 101 89 85 78 74
52 125 123 108 102 90 86 79 76
53 126 124 109 103 92 88 80 77
54 127 125 111 104 93 89 81 79
55 128 126 112 105 94 90 83 80
56 130 127 113 106 96 91 84 81
57 132 128 114 108 97 93 85 83
58 133 129 116 109 98 94 87 85
59 135 130 117 110 99 95 88 86
60 136 131 119 111 101 97 89 88
61 137 132 120 112 102 98 91 89
62 139 133 121 113 103 99 92 91
63 140 135 123 114 105 100 94 92
64 141 136 124 115 106 102 95 93
65 143 137 125 117 107 103 96 95
66 144 139 126 118 109 104 98 96
67 145 140 127 119 110 106 99 98
68 141 129 120 111 107 100 99
69 142 131 121 112 108 102 101
70 143 131 123 114 109 103 103
71 144 132 124 115 110 104 104
72 145 134 125 116 112 106 105
73 135 126 118 113 107 107
74 136 127 119 115 109 108
75 138 129 120 116 110 109
106
(CONTINUAÇÃO)
76 139 130 121 117 111 110
77 141 131 123 118 113 112
78 142 132 124 120 114 113
79 143 133 125 121 115 114
80 144 134 127 122 117 116
81 145 135 128 123 118 117
82 136 129 125 119 118
83 137 130 126 121 120
84 138 132 127 122 121
85 139 133 129 123 122
86 140 135 130 125 124
87 141 136 131 126 125
88 143 137 132 127 126
89 144 139 134 128 127
90 145 140 135 130 128
91 142 136 131 129
92 143 138 133 130
93 145 139 134 131
94 140 135 133
95 141 137 134
96 143 138 135
97 144 140 136
98 145 141 137
99 143 138
100 144 139
101 145 140
107
(CONCLUSÃO)
102 141
103 143
104 144
105 145 Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
108
Tabela de Referência 5 - Salto Lateral (Feminino)
Idade Escore 5,0 - 5,11 6,0 - 6,11 7,0 - 7,11 8,0 - 8,11 9,0 - 9,11 10,0 - 10,11 11-0 - 11,11 12,0 - 12,11 13,0 - 14,11
0 59 51 42 36 28 21 16 11 6
1 60 52 43 37 29 22 17 12 7
2 61 53 44 39 30 23 18 13 8
3 62 55 45 40 31 24 19 14 9
4 64 56 46 42 32 25 20 15 10
5 65 57 47 43 33 26 21 16 11
6 66 59 48 44 34 27 22 17 12
7 68 60 49 45 35 28 23 18 13
8 69 61 50 47 36 30 24 20 14
9 70 62 51 48 37 31 25 21 15
10 71 63 52 49 38 32 26 22 16
11 72 64 53 50 39 33 27 23 17
12 73 65 55 51 40 34 28 24 18
13 74 66 56 53 41 35 30 25 20
14 75 67 57 55 42 36 31 26 21
15 76 68 59 56 43 37 32 27 22
16 78 69 60 57 44 38 33 28 23
17 80 70 62 59 45 39 34 29 24
18 82 72 63 60 46 40 35 30 25
19 83 74 65 61 47 41 36 31 26
20 85 75 66 63 48 42 37 32 27
21 87 76 67 65 49 43 38 33 28
22 89 77 69 67 50 44 39 34 30
23 91 78 70 68 51 45 40 35 31
109
(CONTINUAÇÃO)
24 93 79 72 69 52 46 42 36 32
25 95 80 73 70 53 47 43 37 33
26 97 81 75 71 54 48 44 38 34
27 99 83 76 73 55 49 45 39 35
28 101 85 78 74 56 50 46 40 36
29 103 86 79 76 57 51 47 41 37
30 105 88 81 77 58 53 48 43 38
31 106 90 82 78 59 54 49 44 39
32 108 91 84 79 60 55 50 45 41
33 110 93 85 81 61 56 51 46 42
34 112 95 86 82 62 58 53 47 43
35 114 96 88 83 63 59 55 48 44
36 116 98 89 85 64 60 57 49 45
37 118 100 91 86 66 62 60 50 46
38 120 101 92 87 67 63 62 51 47
39 122 103 94 88 69 65 64 52 48
40 124 104 95 90 70 67 66 53 49
41 126 106 97 91 71 68 67 54 50
42 127 107 98 92 73 69 68 55 51
43 129 109 100 94 74 70 69 56 52
44 131 111 101 95 76 71 71 57 54
45 133 113 103 96 77 72 72 59 55
46 135 114 104 97 78 73 73 60 57
47 137 116 106 99 80 75 74 61 59
48 138 118 107 100 81 76 76 63 60
49 139 120 109 101 83 77 77 64 61
110
(CONTINUAÇÃO)
50 140 121 110 103 84 80 79 65 63
51 141 123 112 104 85 81 80 66 64
52 142 124 113 105 87 82 81 68 66
53 143 126 115 106 88 83 82 70 67
54 144 127 116 108 90 84 84 71 69
55 145 129 117 109 92 85 85 73 70
56 131 119 110 93 87 86 74 72
57 132 120 112 95 88 87 76 73
58 134 121 113 96 89 89 77 74
59 135 123 114 97 91 90 79 76
60 137 125 115 99 92 91 80 77
61 139 126 116 100 93 92 82 79
62 140 128 118 102 94 94 83 80
63 141 129 119 103 95 95 85 81
64 142 131 121 105 97 96 86 82
65 143 132 122 106 98 97 88 83
66 144 133 123 108 99 99 90 84
67 145 135 124 109 101 100 91 85
68 136 126 110 102 101 93 86
69 138 127 112 103 103 95 87
70 139 128 113 104 104 96 88
71 141 129 115 105 105 98 89
72 142 130 116 107 106 99 91
73 144 131 118 108 108 101 92
74 145 132 119 110 109 103 94
75 133 121 111 110 104 95
111
(CONTINUAÇÃO)
76 134 122 112 111 106 96
77 135 123 114 113 107 97
78 136 125 115 114 109 98
79 137 126 117 115 111 99
80 138 127 118 116 112 100
81 139 128 119 117 114 101
82 140 129 121 118 115 103
83 141 130 122 120 117 104
84 143 131 124 121 119 105
85 144 132 125 122 120 107
86 145 133 127 123 122 108
87 135 128 125 123 109
88 136 129 127 125 110
89 137 130 128 126 111
90 139 132 129 128 112
91 140 133 130 130 113
92 141 135 131 131 114
93 142 136 132 132 115
94 143 138 133 133 116
95 144 139 135 134 117
96 145 140 136 135 118
97 141 138 136 119
98 142 139 137 120
99 143 140 138 122
100 144 141 139 123
101 145 142 140 124
112
(CONCLUSÃO)
102 143 141 125
103 145 143 127
104 144 128
105 145 130
106 131
107 133
108 134
109 136
110 137 Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
113
Tabela de Referência 6 - Transferência sobre Plataforma (Masculino e Feminino)
Idade Escore
5,0 - 5,11 6,0 - 6,11 7,0 - 7,11 8,0 - 8,11 9,0 - 9,11 10,0 - 10,11 11-0 - 11,11 12,0 - 12,11 13,0 - 14,11
1 50 44 39 35 31 27 23 20 16
2 51 45 40 36 32 28 24 21 18
3 52 46 41 37 33 29 26 22 19
4 53 47 42 38 34 31 27 24 20
5 54 48 43 39 35 32 28 25 21
6 55 49 45 40 36 33 29 26 23
7 56 50 46 42 38 34 31 27 24
8 58 51 47 43 39 36 32 28 25
9 60 52 48 44 40 37 33 29 26
10 62 53 49 45 41 38 34 30 27
11 65 54 50 46 42 39 35 32 28
12 67 55 51 47 43 40 36 33 29
13 69 57 53 48 45 41 37 34 30
14 70 60 54 49 46 42 38 35 32
15 73 62 55 50 47 43 39 36 33
16 75 63 57 51 48 44 40 37 34
17 78 64 58 52 49 46 41 38 35
18 80 65 59 53 50 47 42 39 36
19 82 68 60 54 51 48 44 40 37
20 84 71 62 56 52 49 45 41 38
21 86 73 65 57 54 50 46 42 39
22 89 75 67 58 55 52 47 43 40
23 91 77 69 60 56 54 48 45 42
24 93 80 72 61 58 56 49 46 43
114
(CONTINUAÇÃO)
25 95 82 74 63 60 58 50 47 44
26 97 85 76 66 62 60 53 48 45
27 99 87 79 69 64 62 55 49 46
28 102 90 81 71 67 64 57 50 48
29 104 92 84 74 69 66 59 52 49
30 106 94 86 76 71 67 61 53 50
31 108 97 88 79 73 69 63 55 52
32 110 99 91 81 75 70 66 56 55
33 112 102 93 84 77 71 68 57 57
34 115 104 96 86 79 72 70 59 59
35 117 106 98 89 82 73 72 61 61
36 119 109 100 91 84 74 75 64 63
37 121 111 103 94 86 76 77 67 65
38 123 114 105 96 88 77 79 69 68
39 125 116 107 99 90 79 81 71 70
40 128 119 110 101 92 82 83 74 72
41 129 121 112 104 94 84 86 76 74
42 130 123 115 106 96 87 88 79 77
43 132 126 117 109 99 89 90 81 79
44 133 128 119 111 101 92 92 84 82
45 135 131 122 113 103 95 95 86 84
46 137 132 124 116 105 97 97 88 87
47 139 133 127 118 107 100 99 91 89
48 141 135 129 121 109 102 101 93 89
49 142 136 131 123 111 105 104 96 93
50 144 138 134 126 114 107 106 98 95
115
(CONCLUSÃO)
51 145 139 136 128 116 110 108 101 98
52 141 138 131 118 112 110 103 101
53 143 141 133 120 115 112 105 103
54 145 143 136 122 117 115 108 105
55 144 138 124 120 117 110 108
56 145 140 126 122 119 113 110
57 143 129 125 121 115 113
58 144 131 127 124 118 115
59 145 133 130 126 120 117
60 135 132 129 122 120
61 137 135 131 125 122
62 139 138 133 127 125
63 141 140 135 130 127
64 143 143 137 132 129
65 145 144 138 135 130
66 145 140 137 131
67 141 139 132
68 143 140 133
69 145 141 134
70 143 136
71 144 137
72 145 139
73 140
74 142
75 143
76 145 Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
116
Tabela de Referência 7 - Somatória de QML - QM4 (Masculino e Feminino)
Somatória QM1 - QM4 Escore Somatória QM1 - QM4
Escore
100 - 103 42 307 -310 96
104 - 107 43 311 -314 97
108 - 111 44 315 -318 98
112 - 114 45 319 -322 99
115 - 118 46 323 -326 100
119 - 122 47 327 -329 101
123 - 126 48 330 -333 102
127 - 130 49 334 -337 103
131 - 134 50 338 -341 104
135 - 137 51 342 -345 105
138 - 141 52 346 -349 106
142 - 145 53 350 -353 107
146 - 149 54 354 -356 108
150 - 153 55 357 - 360 109
154 - 157 56 361 -364 110
158 - 160 57 365 -368 111
161 - 164 58 369 -372 112
165 - 168 59 373 -376 113
169 - 172 60 377 -379 114
173 - 176 61 380 -383 115
177 - 180 62 384 -387 116
181 - 183 63 388 -391 117
184 - 187 64 392 -395 118
188 - 191 65 396 -399 119
192 - 195 66 400 - 402 120
196 - 199 67 403 -406 121
200 - 203 68 407 -410 122
204 -207 69 411 -414 123
208 - 210 70 415 -418 124
211 - 214 71 419 -422 125
215 - 218 72 423 -425 126
219 -222 73 426 -429 127
223 - 226 74 430 -433 128
227 - 230 75 434 -437 129
231 - 233 76 438 -441 130
234 -237 77 442 -445 131
238 -241 78 446 -449 132
242 - 245 79 450 -452 133
117
(CONCLUSÃO)
246 - 249 80 453 -456 134
250 -253 81 457 -460 135
254 - 256 82 461 -464 136
257 -260 83 465 -468 137
261 - 264 84 469 -472 138
265 - 268 85 473 -475 139
269 -272 86 476 -479 140
273 -276 87 480 -483 141
277 -280 88 484 -487 142
281 - 283 89 488 -491 143
284 - 287 90 492 - 495 144
288 - 291 91 496 - 498 145
292 - 295 92 499 -502 146
296 - 299 93 503 -506 147
300 - 303 94 507 -509 148
304 - 306 95 Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
118
Tabela de Referência 8 - Classificação do Teste de Coordenação Corporal - KTK
QM Classificação Desvio Padrão Porcentagem
131 - 145 Alto +3 99 - 100
116 - 130 Bom +2 85 - 98
86 - 115 Normal +1 17 - 84
71 - 85 Regular -2 3 - 16
56 - 70 Baixo -3 0 - 2 Fonte: Gorla; Araújo; Rodrigues, 2009.
Endereço: Rodovia Teotônio Vilela 3821
Bairro:Alvorada
CEP: 16.016-500
UF: SP
Telefone:
Município: ARACATUBA
Fax: (18)3636-5252 (18)3636-5252 E-mail: [email protected]
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Anexo C – Parecer Consubstanciado do CEP
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Título da Pesquisa: Atuação da Fisioterapia na Coordenação Motora no Transtorno do Espectro
Autista
Pesquisador: Gislaine Ogata Komatsu
Área Temática:
Versão: 3
CAAE: 88009318.0.0000.5379
Instituição Proponente: MISSAO SALESIANA DE MATO GROSSO
Patrocinador Principal: Financiamento Próprio
DADOS DO PARECER
Número do Parecer: 2.851.007
Apresentação do Projeto:
O presente projeto intitulado "Atuação da Fisioterapia na Coordenação Motora no Transtorno do
Espectro Autista" trata da análise da coordenação motora de crianças portadoras de TEA e como
aintervenção fisioterapêutica poderá minimizar as dificuldades decorrentes desses déficits.
Objetivo da Pesquisa:
Os objetivos descritos: "Objetivo Primário: Obter a classificação da coordenação motora grossa de
crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e elaborar programas de intervenção através dos
recursos fisioterapêuticos.
Objetivo Secundário: Classificar o nível de motricidade global das crianças com TEA através do teste
de coordenação corporal - Körperkoordination Test für Kinder (KTK) e fornecer as informações para
elaborar ascondutas e tratamentos específicos" estão adequados, de acordo com a resolução 466/12.
Avaliação dos Riscos e Benefícios:
Riscos e benefícios adequados.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
O projeto atende as exigências éticas de acordo com a resolução 466/12.
Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
Termos adequados.
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Recomendações:
Não há. Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:
Projeto em conformidade com a resolução 466/12. Considerações Finais a critério do CEP:
Projeto aprovado, está em conformidade com resolução 466/12. Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:
Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação
Informações Básicas do Projeto
PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_DO_PROJETO_1115344.pdf
25/07/2018 Aceito 22:02:39
Outros 56.pdf 25/07/2018 Gislaine Ogata Aceito 22:01:24 Komatsu
Outros 55.pdf 25/07/2018 Gislaine Ogata Aceito 22:00:34 Komatsu
Outros 35.pdf 11/06/2018 Gislaine Ogata Aceito 22:37:57 Komatsu
Outros 34.pdf 11/06/2018 Gislaine Ogata Aceito 22:37:17 Komatsu
Outros 33.pdf 11/06/2018 Gislaine Ogata Aceito 22:36:52 Komatsu
Outros 32.pdf 11/06/2018 Gislaine Ogata Aceito 22:36:12 Komatsu
Outros 31.pdf 11/06/2018 Gislaine Ogata Aceito 22:35:38 Komatsu
Folha de Rosto 22.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito 17:19:35 Komatsu
TCLE / Termos de 6.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito Assentimento / 16:17:35 Komatsu
Justificativa de
Ausência
TCLE / Termos de 5.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito Assentimento / 16:16:57 Komatsu
Justificativa de
Ausência
TCLE / Termos de 4.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito Assentimento / 16:15:58 Komatsu
Justificativa de
Ausência
Declaração de 3.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito Instituição e 16:15:25 Komatsu
Endereço: Rodovia Teotônio Vilela 3821
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UF: SP
Telefone:
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SALESIANO AUXILIUM - UNISALESIANO
Infraestrutura 3.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito 16:15:25 Komatsu
Declaração de 2.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito Pesquisadores 16:00:55 Komatsu
Declaração de 1.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito Pesquisadores 16:00:28 Komatsu
Projeto Detalhado / 0.pdf 16/04/2018 Gislaine Ogata Aceito Brochura 15:59:03 Komatsu
Investigador
Situação do Parecer:
Aprovado
Necessita Apreciação da CONEP:
Não
ARACATUBA, 28 de Agosto de 2018
Assinado por: Ariadine Pires (Coordenador