~~~~ EMPRESA BRA:--jl! FlFl\ DE PESQUISA AGROPEC! ,i~plAUl tI ~BR~PACENTRO DE PES(2UIS.i\ AGROPECUÂRIA DO TRCPICO SEHI-ÁRIDO
INPOR'I'ÂNCIA DA PATOLOGIA DE SEMEN'I'ES NO HENDlMENTO
DAS CULTURAS~/
2/M.M. Choudhury-
Petrolina, Setembro-1979
---------J/ (' t ., ... ~ T . •..•. 1~ _on.rlDUlçao para o 'relnamento para os TecnlCOS ao Progr~ma
de Pes~ isa dQ Projeto Sertanejo.
'!:../ Fitopatclo<j:ista, Ph.D., Pesquisador do CPATSA/EI<1B:RAPA.
Importância da patol .ogl.a de19
nU?OETÂNCIA DA PATOLOGI1\ DT-: SEH7.NTES !'.TORENDIriENTO DAS CULTUPAS
Na agricultura, a semente desemoenha funcão primordial,Dois contém todas as notencialides ~rodutivas das plantas.
Nos naises em desenvolvim~nto, a arrricultura tradicio-nal, praticada fie geração a qeração; é muito comum a separaçaoy
nelo agricul~or, ~e narta de produq~o de cada cultura para o nlantio do ano vinctouro. Assim, não h& diferença entre o grão usadopara ~ alin€:nt:.açãoe a semente multiplicadora. No entanto, paraum maior impulso ao desenvolvimento aarícola é fundamental que s~
mos tcs puras e de alta qualidade estejam d i spon Lve í.s ao aqricul-tor e seja por ele plantada. A preocupação sobre qualidade e asD~didas ~ar~ assegurar que este objetivo seja atingido cOffi2ça
com a seleç30 da S2~ente D~ra multinlicação, nrodução; colheita,s ?cage~ berie f í.c í arncnt.o , secagem armazenamento:~ distribuição, d~terminando quando se observa o seu comportàmento no campo do prQdutor agrícol~. A qualidade de semente é a soma de muitos atributos os quo.is incluem~ pureza genética, poder germinativo, vigor,·t~manho, aparência, danos causados por doenças e insetos.
Como i1S culturas, as sementes estÊÍ.osujeitas a danos
caus ados por vários grupos de fitopa tógenos (micoplasmas, bacte-riCls, fungos, nGmatóides e virus). Assim, um grande número de fitopat5gen0s podem ser disseminados p0r sementes infectadas ou cnnt amí.nadas , ooor r-endo uma redução na produção comercial das eul turaso Outro ~specto a considerar é a importaçioc~n~aminadas ou infectadas devido ~ pnssihilid~de de
de sementesintroduçÊÍ.o
,k,dr,>(;nç.J.sn0V~S em regiões livres de doonce s . Alér::1disso, (~ DrE'~scnca de patégen';s em sementes pode reduzir o poder germinati vr.d.-~, r;,:!~",-anteG cons ectuen+ement;e o "stand". ]\,ssimq é fundamental ob-tEr altas p:c'duções de sementes livres de moléstias e de boa qu.§:.lidade a fio de garantir melhores produç6es.
l/ FitopatolCX]ista,Ph. D., Pesquisador do CPATSA/EHBRAPA
2
P:.-tógenosDisscminc'dns D,'Üc3.S Sementes dE! -,"_lqUIlC',S Culturas CuI.Li-Wl.délS
- ~·1urché'..de fusarLurru FusiJ.rium(~xy3porum f. vasin-fecturn
- Antracnose: Colletotrichum Cjossypii
-'Ran1J.lose~Colletotrichum l1os3\11)ijvaro cephal.os-porioides
- Ri?octoniose: Rhizoctonia solani
- Mancha angular: Xanthomonas rnalvacearum
- r·1.urchaverticilar: Verticillium alboa trum
B - Pei,jão
- Crestamentos bacterianos~ Xanthomonas phaseoli,Pseudomonas phaseolicola
- Antracnose: Colletrotichum lindemutianum
- ~1urcha de Pus a.rLum z Fusarium oxysporum !.phaseoli
- ~. "'~odas raizes ~ Fusariurr,solani f. phaseoli i'
Rhizoctonia solani
- Podridão cinzenta do caule: Macrophomina phaseolina
- f1ancha par da e Altc:rnaria brassicae phaseolus- M~ncha angular: Isarionsis griseola
- Murcha de sclerotinia: Sclerotinia sclerotiorum
- ~10Sil.icocomum~ ví.rus
3
c - [:lartona
- Mofo cin~Gnto~ Botrytis ricini
- 3aci:eriose da f'oLhe e Xanthomonas ricinicola
Mancha de alternaria, Alternaria ricini
D - Hilho
Podrid~o branca ou podrid5o seca da espiga: Di-nlodia zeae, Diplodia macrospora
- Podridfio rosnda da espiga: Ciberella spn.
- Crest~Mentn ou mancha das folhas: Helrninthospo-riuI'1Plavdis
- Pod.rí.djio da somcnt;e (" cr-cst.r-ment o dt~ pLânt.u.Las
Pythiurn spp.
- MurchC1.b ac't.erLana e Xanthomonas stewartii
- CarVQ0 comum: Ustilago maydis
- Co rvao do topo: Sorosporiun reilianum
--Cancro bacterianao: Corynebactorium michiganens\:;
- Murcha do fusário ~ FUSi:lriuP.1oxysporum var. Lyco+D2rsici
- Antracnose ~ Colletctrichum phom::ides
- Pinta nrata: Altarnaria solani
- Manchn "u ninta bacterinnn: Psou~onnnas tomat~
- RO(luC' in.'.:Phytoph:ti10rainfêS téms
- Damninq nf~ e podrirl5r d~ r~iz: várins agentesT':)s:tic'"comum s virus
- Antr~cnnse: Colletntrichurn s~
I'1..1xch-:-tdo f us âr í.o s FusariuI"', oxysporium f , niveul"'.
- P()drid~0 de micos ferela: l~yc0SphSl.0rella melc.mis,
- ?cdr id~í) de sernerrte s Pythi urn ~lnhiJ.nidermatum
I1C'saicn: virus
Influ~ncia de Micraganismos na Qualidade de Semente
As inter<1q::Ses de s ernent.e-mí.c roetan í srv D'Jdem causar mu í,
t~s perdas, rlestacando-se as seguintes:
~ PeduçflCl do nadar <]erminé'.ti vc:- D8so---;1.'.)rac~r)de: sementes
- V5rias modifieaç5es binauimicas
- Aquecimento e M~ odor
- ?r'dução dê toxina- Reducãn de pesn
Fatores que Limitam a Efici~ncia da Transmiss~a de Pat5genos pe-las Sementes
Condições ambientais: cadn nt\tôn-el1"' :)Ti3cisél dopr í.o arob í.ent.e , umí.do.de, t.ernpe r a+.ura p!xigênio ~
nara n seu desenvolvimentet c . ~
Microfl0r;1 do 5(',10 ~ a mí cr of Lor a de so Lo pode in··
f I uenciar na t.r ansraí ss âo do P,'1i:0cren"
5
'l.\.;rm···de sob r ev í.vênc í a do pat0C'"en'J na semento~:ü~
~Tunsn"b!)gew:s apr es on t.arn V·,nqevirJz:de supe.rí.or ã
q1nnt" as sementes têm viabilir1é1(Je o out ros podem ser
nrvti vo o
Esp~cie e vé1rie~a~e~ hfi ~lquM~s esn5cies e varied~-'le~3 FIue nêi~l mc.s t r am patngenos t.r ansre í tidas pelas se
mentes; n'~ 0utro lado, Gutros apresentam altecentagen ~e transmiss~o.
per-
'")"'t' 1 . t . ~, ... ...~r.:l a cr s cu tur-a.í s ~ a r anerm s sco (l',S péltngenus E~Ln f Lueno í.ada pela pr,)fundi.dil,"~e G .Icris i dado de s erne a
iurn, esc'jlha do local, ~poc.J. de plQnti0, trat3D2n-t,; ,~c sementes, tratos cul t.ur a Ls , érYJCiJ. de oo Lh e í, t-~F
etc.
Tratamento de Sementes
;] t r at.anen to de sernent;e é provavc Ln ant c o métodomais barato o frequentemente o môtodo mais seguro de controle dir et.o de doenças das plantas. Quantid-l.des reléltivamente DeqUt~;J·.s
C~2 mat.e rí.o I de »Lan t as 52.0 t r at.ado s com ooucn crunnt.Ldade de 'le- _.
fana í, vos f existindo muita possibilidade de quo todas as somcnt.cs
soj am de fo.to tra.tadas.
o objetivo do tratamento de semGntc ~ prevenir a ~~focção do 7)1 ~!1tul '1S o consequentemente das cul tUL'lS. O mecan í s ,'10
de 2feito pode variar: o in6culo dentro dn SCDJnt0 ou fora d~ semente »ode ser morto d í r-et amant;e ou »os t.c r í.ormcnt.e dur ant;o - cF.j:
::ün2..ção d::", sernerrt.o c eles :mvol vf.mont;o do P2.tóg(~n().
5
~r~t3mento de semente inf2ctada nodo ser cur at í vo .·~::13 podo t::cmbémnrotO]"2r 3 aement;e do "l.tnqu2do mí.crooz-qaní.sraos
aue estão nr0sentes no solo.Grandes berie f Lc í.os 50.0 con sequâ dos com o t r-at.am.mt;o
de sementes infectad~s de ~aneira bast~nte econômica.Carncteristicas de uo bom Defensivo Dara Sementus~- 2.fetivo.- econômí.co
- 6ront~QGnte utilizável- fácil anlicação- não muito tóxico e nem desaqradâvc I ao operador.- quimicamonte estável- nao corrosivo aos metais- n3.O causa prejuizos às sementes moamo quando :101.1
c0das dosagens elevadas.'Iodo ou local de acao
>
1) ~esinfecção da sementeIsto se refare ao caso onde o tratamento é dirigido
Dar,;lerradí.ca r ..-,,:ttóg8nosque se encontram no interior do. semen
2) Desinfestação da sementeQuo..ndoas sementes estão cont.anu.n adas com patógenos
nob ro 2 s uoe rf Lc í,e das sementes. O trat2...'"J:.mto6 dirigido" do struição dest8s organismos de su:,?erfície.
3) Proteção da sementeProteção de sernerrt e e o l.ânt.u Las CO!1tr,").microorcr:"C'1.3.3
~os nocivos Dr8sentes no solo.Formas de ~plicação1) ':ló2) SusD2nsão (slurry)3) Líq··,üdo
-,I
- T~or d~ umidade d~s scm~ntcs- Volél.'~ilid3.dedos defensivos él.gricol.='l.s- nos~gem en qU2 sao aplicad~s- Duro.ç3.o do período de a rmaz enrrn.sn t.o- TOmp2C\tur-l., uraí.dndo r-o Lat í.v i , Fl,~r-'.çRodo amb ian t.e
de conservaç~o
~ Condições do t~t]uffi'.:mtode. s ernerrt c
Prevenção da Transmissão (le Doençc:s pe~~s sementes
Medidi1s nrcventi VélS a serem us ""1..C.-:: du:r-.:mteo50 de obtencão das sementes ..
- p:r-ocedGncia da sementeSe18ç~0 do local nara nroduç~o ~~ somente
- Uso de v~rieuades resistent~s.- r·1E~todode semeadura- Controle d~ irrigação,- pâi.tic.....s f Lt.osean í.tàr í.as
- ~noci1s de nlantio- ~poca 3 método de colheita
:?rátic.'"1sde beneficiamento
Práticas curativas
- Tri'l.tamentode semente- 7ratamanto de solo- Bcnefici =mcnt.o de s erne nt e- Ins?oção de campo o
B13L1()GH1~F1ACO~JSULTADA
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