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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O LÚDICO COMO AGENTE FACILITADOR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA DEFICIENTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Por: Aline Maria da Silva Pereira Orientador Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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Page 1: DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2014. 8. 22. · CAMPBELL, Selma Inês MÚLTIPLAS FACES DA INCLUSÃO; Wak Ed,2009. ORRÚ, Silvia Ester,Estudantes com necessidades

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O LÚDICO COMO AGENTE FACILITADOR NO PROCESSO DE

ENSINO-APRENDIZAGEM PARA DEFICIENTES VISUAIS NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Por: Aline Maria da Silva Pereira

Orientador

Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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O LÚDICO COMO AGENTE FACILITADOR NO PROCESSO DE

ENSINO-APRENDIZAGEM PARA DEFICIENTES VISUAIS NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

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Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Educação Especial e

Inclusiva.

Por: Aline Maria da Silva Pereira

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AGRADECIMENTOS

A Deus, minha mãe, minha diretora

escolar, ao meu marido, minhas filhas

Jéssica e Mariah e as minhas amigas

Rosy e Fernanda.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha diretora

escolar que financiou meu estudo.

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RESUMO

O presente estudo enfatizou em seu trabalho a investigação do lúdico

como agente facilitador da aprendizagem no processo ensino – aprendizagem

para deficientes visuais na educação infantil, dando ênfase ao brincar como

elemento essencial para o desenvolvimento da criança na perspectiva da

educação inclusiva. Buscando mostrar que a atividade lúdica deve deixar de

ser encarada como passatempo e deve ser vista como uma possibilidade de

complementação ao processo ensino aprendizagem, tendo o professor

especialista em educação infantil envolvidos com crianças deficientes visuais

como uma ponte para a realização desse processo. A brincadeira é um meio

privilegiado de inserção das crianças na realidade da vida. Ela é uma forma

prazerosa de aprender, é a principal via condutora do desenvolvimento infantil,

brincando, a criança desenvolve as diferentes habilidades, independente de

faixa etária, e de sua condição física. Através de dados bibliográficos,

baseados em vários autores da área de Educação, realizou- se a pesquisa

deste estudo. Concluímos que brincar é um elemento essencial na vida de

qualquer criança e que se faz necessário à implantação do mesmo no contexto

escolar que visa à inclusão

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METODOLOGIA

O estudo tem como metodologia uma pesquisa bibliográfica em livros

com autores relevantes sobre o assunto, leitura de artigos científicos, sites de

internet, revistas educacionais dentre outros.

CAMPBELL, Selma Inês MÚLTIPLAS FACES DA INCLUSÃO; Wak Ed,2009.

ORRÚ, Silvia Ester,Estudantes com necessidades especiais: Singularidades e

desafios na prática pedagógica inclusiva; Wak Ed, 2012

MAIA, Heber, Necessidades Educacionais Especiais, V3; Wak Editora,2011.

LAMARA.Associação Brasileira de assistência do deficiente visual

LDB.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96

Macedo,Lino. Os jogos e o lúdico no aprendizado escolar.Porto Alegre, Artmed,

2005

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - A importância do lúdico para o desenvolvimento da criança 11

CAPÍTULO II - Aprendizagem e desenvolvimento de crianças com deficiência

visual na educação infantil 22

CAPÍTULO III – A prática educativa um dos caminhos para inclusão 30

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 42

ÍNDICE 44

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INTRODUÇÃO

Vivemos um momento de grandes transformações onde novos valores

devem ser repensados pelas escolas. As escolas estão cada vez mais

recebendo alunos com suas diversidades, fazendo-se necessário estar apta e

preparada para buscar meios para receber adequadamente estes alunos.

Assim, abre – se caminhos para o desenvolvimento de novas metodologias

para a aprendizagem, visando uma educação dinâmica e concreta, que possa

visar o aluno como um todo. A educação lúdica por estar dentro destes

parâmetros deve deixar de ser encarada como passatempo e deve ser vista

como possibilidade de complementação do processo ensino- aprendizagem.

A educação lúdica vem com o papel de facilitadora da aprendizagem,

visando uma nova direção metodológica, dando oportunidade ao exercício e

evolução da criatividade do professor e aluno, mostrando que através de

atividades lúdicas bem direcionadas, é possível construir um mundo amplo de

aprendizagem, quebrando barreiras que a deficiência visual possa trazer.

Provando ser possível construir uma aprendizagem concreta e tornar as aulas

mais dinâmicas e criativas sem fugir dos conteúdos programáticos, com isso o

ambiente escolar torna-se agradável e acolhedor; ambiente este indispensável

para que a aprendizagem na Educação infantil aconteça.

Implantando um espaço na escola onde o professor especialista em

educação infantil possa desenvolver estas práticas, criar um acervo de

materiais, brinquedos e tudo que possa subsidiar o trabalho do professor e

propiciar atividades lúdicas são fatores indispensáveis para uma escola que

visa a educação inclusiva.

Pretende- se neste estudo evidenciar a importância de se trabalhar com

o lúdico para que a aprendizagem de deficientes visuais se torne mais

concretas e dinâmicas, quebrando as barreiras e preconceitos sobre a inclusão

de deficientes visuais no ensino regular, trazendo a educação lúdica como fator

indispensável para essa construção do conhecimento, dando ênfase na sua

contribuição para complementação do processo educativo. Oferecendo através

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do lúdico alternativas pedagógicas para construir uma aprendizagem mais rica

e prazerosa.

O estudo se torna relevante à medida que o professor especialista em

educação infantil contribui para que esse processo ocorra, tendo em vista que

hoje não podemos mais deixar que nossas práticas fiquem apenas norteadas

por livros e meros exercícios acadêmicos.

Diante destas circunstâncias o professor especialista em educação

infantil tem o papel de inserir novas alternativas pedagógicas que auxilie o

processo ensino- aprendizagem fundamentando – se na educação lúdica,

valorizando a utilização do lúdico como atividade geradora do desenvolvimento

intelectual.

Assim o estudo tem como problema verificar até que ponto a atividade

lúdica pode beneficiar a aprendizagem de deficientes visuais na educação

infantil.

É necessário que o professor insira o brincar em seu projeto educativo

tendo objetivos e consciência da importância de sua ação em relação ao

desenvolvimento e a aprendizagem infantil.

O professor ao brincar com seus alunos, ao levá- los para um passeio ao

sol, cantar, dançar, não são apenas momentos de recreação. Esses estímulos

são fundamentais para o desenvolvimento do intelecto das crianças. Enquanto

brinca a criança amplia a sua capacidade corporal, sua consciência do outro,

percebe a si como um ser social, percebe o espaço que a cerca e descobre

como explorá-lo o que facilita a sua compreensão dos assuntos mais

complexos que serão abordados na escola.

Desta forma o estudo tem como metodologia uma pesquisa bibliográfica

em livros com autores relevantes sobre o assunto, leitura de artigos científicos,

sites de internet, revistas educacionais dentre outros.

Este trabalho levou em consideração autores relevantes que

contribuíram cientificamente para a realização desse estudo como: Campbell

(2009); Orrú (2012); Maia (2011); Macedo (2005); Kishimoto (2002);, sendo

autores no qual deram suporte para a elaboração e concretização deste

estudo.

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A hipótese a ser observada neste estudo é o quanto a construção do

conhecimento para os deficientes visuais, na educação infantil, pode ser

mediada através da ludicidade.

Neste estudo abordaremos o lúdico como agente facilitador no processo

de ensino-aprendizagem para deficientes visuais na educação infantil.

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CAPÍTULO I

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

As brincadeiras alimentam o espírito imaginativo,

exploratório e incentivo do faz de conta (...) brincar não

é algo fora da vida, é algo nela também (...) no brincar,

não se aprendem somente conteúdos escolares,

aprende-se algo sobre a vida e a constante peleja que

nela travamos. (PEREIRA, 2002, p.56)

Para Pereira (2002) brincar não é apenas um passaporte para o prazer

ou para aprendizagem de meros conteúdos escolares, mas sim fator auxiliador

para construção do ser como cidadão, como um ser humanizado.

Através do brincar a criança instiga a sua imaginação, adquire

sociabilidade, experimenta novas sensações, começa a conhecer o mundo,

trava desafios e busca satisfazer sua curiosidade de tudo conhecer, é um meio

de mostrar as suas emoções e criações.

No brincar o modo de pensar e agir de uma criança são diferentes do

modo de pensar e agir de outra criança. Isso acontece, porque a criança ao

brincar libera suas emoções, assim o que pode ter dado grande satisfação a

uma criança, para outra pode ter passado por despercebido.

O brincar, as brincadeiras são parceiros silenciosos que desafiam as

crianças, permitindo-as conhecerem com mais clareza importantes funções

mentais, como o desenvolvimento do raciocínio abstrato e da linguagem.

Quando brinca a criança faz nascer um mundo de surpresas, instantes

demorados de contemplação, assim constituem momentos excelentes para a

aprendizagem, pois quando brinca a criança aprende sem perceber, ocorre a

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mistura da aprendizagem com o prazer. Interagindo constantemente com o

brinquedo, a criança organiza seus modelos explicativos de mundo, procura

estabelecer relações entre as diversas situações que vivencia, sejam elas

internas, em nível de emoções a serem trabalhadas, ou externas, em nível de

organização e operacionalização de novas formas de ação junto ao mundo. O

jogo é a maneira que a criança tem de se situar no mundo, de aprender, de

conhecer, é o afetivo e o cognitivo juntos, é uma necessidade da criança. É

através do brinquedo que a criança faz sua inclusão no mundo, trava contato

com os desafios e busca saciar sua curiosidade de tudo conhecer. Por tanto é

incorreto conceber o brincar com uma atividade sem propósito.

Porém para Vigotsky (1987) definir brincar, como somente uma atividade

que proporciona prazer a uma criança é incorreto, pois muitas atividades dão a

criança experiência de prazer que são muito mais intensas que brincar, como

por exemplo, crianças que gostam de chupar chupeta, mesmo que ela não se

sacie e também existe brincadeiras que as atividades não são muito prazerosa

e só proporcionam prazer se o resultado for compensador. O prazer não pode

ser visto com uma característica que define o brincar, porém, não se pode

passar por desapercebido que a criança quando brinca libera suas emoções

seus sonhos e desejos, libera suas fantasias mais prazerosas e talvez no

mundo real não pudesse ser realizada, exemplo o momento em que a criança

brinca de professora ou médica.

Assim podemos dentre tantas definições de brincar dizer que brincar é uma

atividade geradora de prazer, de satisfação e por ser capaz de gerar prazer e

satisfação torna-se essencial para o desenvolvimento da criança, através do

brincar a criança idealiza o que quer fazer, o que quer ser, o que irá enriquecer

o seu desenvolvimento.

1.1 - O Lúdico como facilitador e motivador da aprendizagem

O processo ensino-aprendizagem depende muito da motivação do

educando. Considerar as suas necessidades e os seus interesses, oferecendo-

lhe situações para incentivar sua participação nas atividades propostas

favorecerá grandemente as suas capacidades de construir o conhecimento, e

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formar ideias próprias e originais sobre os fatos, expressão e criação de formas

convictas.

Quando se promove satisfação naquilo que se faz, aquilo que parecia ser

difícil é amenizado, por estar motivados a executar.

Para o processo-ensino-aprendizagem a motivação é um dos fatores

essenciais na sua construção, principalmente na educação infantil que é a

primeira fase de contato da criança com a escola. Assim Maranhão (2002)

acredita que a aprendizagem pode se tornar ativadora e fácil a partir do

momento em que o educador construa e deixe seu aluno construir, então,

defende o método lúdico, afirmando que através dele a aprendizagem pode se

tornar mais suave e prazerosa, porém ressalta que é necessário que o método

lúdico deixe de ser encarado pelas escolas, como um mero passatempo e

passe a ser visto como possibilidade de complementação no processo-ensino-

aprendizagem.

A educação lúdica de maneira espontânea e agradável coloca a criança em

situação de ser guiadas em seus impulsos instintivos.Encorajar, orientar e

desenvolver as manifestações instintivas das crianças e auxiliar no

desenvolvimento, oportuno da sua inteligência, apurar as suas decisões,

fortalecer sua vontade, sua individualidade e sua sociabilidade.” A criança

satisfaz algumas de suas necessidades usando brinquedos. As ações que

realiza estão diretamente relacionadas com suas necessidades, com suas

motivações e também de acordo com o seu desenvolvimento.”

(VIGOTSKY,1991,p.97)

1.2 - O lúdico como recurso pedagógico

Segundo Kishimoto (1999), no mundo de hoje cada vez mais estão sendo

crianças metodologias para a aprendizagem, dessa forma as escolas estão se

abrindo para acompanharem esse progresso. Assim surge uma nova visão

para educação lúdica que deixa de ser encarada como passatempo e passa

ser vista como método inovador de aprendizagem, que propicia ao educando

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prazer e dinamismo na aprendizagem e também oportuniza dar a visão de uma

escola que fornece um ambiente bom, criativo e agradável.

Dessa forma espera se que o lúdico, possa agir como um poderoso recurso

pedagógico, reforçando as pesquisas atuais, quais apontam indisiociabilidade

entre os aspectos afetivos e com cognitivos na formação e desenvolvimento do

ser humano.

O jogo compreendido sobre a ótica do brinquedo e da criatividade deverá

encontrar maior espaço para ser entendido como educação, na medida em que

os professores compreendem melhor toda a sua capacidade e seu potencial de

construir para com o desenvolvimento da criança.

É necessário que o educador insira o brincar em um projeto educativo, o

que supõem intencionalidade, ou seja, ter objetivos e consciência da

importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e aprendizagem

infantil. O educador deve desejar a dimensão mais subjetiva de ter objetivos, e

ao mesmo tempo, deve abdicar de seus desejos, no sentido de permitir que as

crianças, tais como são na realidade advinha, reconhecendo que elas são elas

mesmas e não aquilo que o educador deseja que elas sejam.

Na palavra Kishimoto (1999) “seria necessário informar aos educadores da

importância de brincadeiras livres para desenvolvimento da linguagem, pois a

partir delas a criança libera a sua imaginação, sua criatividade, libera o mundo

em que vive, surge à oportunidade de desenvolver sua linguagem iniciativa a

construir, pois as crianças perderam a segurança as ruas e calçadas, com isto

perderam parte da liberdade na escola das suas brincadeiras e companheiros.

As grandes cidades, os pequenos apartamentos não permitem mais as

intenções sociais. Com a modernidade as crianças não tem tempo para perder”

com brincadeiras, pois tem uma série de responsabilidades que são

consideradas mais importantes, como curso de informática, língua, danças,

esportes, etc. As instituições escolares são também fotografias dessas

mudanças de valores, as brincadeiras foram deixadas de lado em detrimento

das atividades pedagógicas, que são mais produtivas.

Ainda segundo Kishimoto (1999) é notório a ênfase da necessidade de se

preparar a criança da pré-escola para as séries seguintes, e que um bom

resultado desse trabalho será obtido através das brincadeiras e dos brinquedos

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pedagógicos. Nas entrelinhas dessas falas, há uma visão contraditória do

brincar e uma concepção da infância que percebe a criança com vir a ser,

como uma preparação para o mundo comunicando assim, que o mais

importante não é a criança, em seus aspectos globais e o brincar pelo prazer

em si, assim perdendo a essência do que vem a ser o método lúdico, que é

fazer da aprendizagem o momento agradável e que acompanha o

desenvolvimento da criança não dando tanta ênfase ao futuro mais se

preocupando primordialmente com o agora. “Por não saber o significado dos

brinquedos na aula, a criança não nota que está aprendendo brincando”.

(Kishimoto, 1997, p.35)

Há uma grande necessidade de se resgatar o brincar no espaço escolar, no

entanto, fica registrado paradoxo ao transformar o instrumento de apoio para o

trabalho didático-pedagógico na escola. Em outras palavras, há ciência da

necessidade de se resgatar atividade lúdica, mais por outro lado reside à

insistência didatizá-la e conduzi-la para os interesses predeterminados e

conteudistas da escola.

Em relação à experiência do brincar diz aquela Kishimoto (1999), que é

necessário que aconteça uma busca coletiva dos valores ficada pra traz, dos

brinquedos tradicionais, autênticos, construindo a base de materiais simples,

mais com infinitas possibilidades de brincar e sonhar; como as bolinhas de

gude, as pipas de papel de seda, o cavalinho de pau, a boneca de pano, os

carrinhos de madeiras, as latinhas reaproveitadas que serviam de construção

de uma infinidade de objetos para brincar. Precisa-se um resgate das

brincadeiras alegres, cheias de energias e companheirismo, como: o pique

esconde amarelinha, o soltar pipa, o brincar de casinha, o passa anel, o futebol

de rua, as brincadeiras de roda; experiência gostosa e saudável, nas quais as

crianças corriam, pulavam, rolavam, brincavam e aprendiam. São essas

brincadeiras que deixam saudades e que marcam a vida das pessoas, pois são

significativas e acontecem profundamente na experiência de ser criança.

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1.3 - Coletânea de brincadeiras

Através das experiências vivenciadas com brincadeiras a criança melhora a

sua comunicação, a convivência e a interação grupal, por esse momento

interligar afeto, motricidade, linguagem, representação, memória de outras

funções cognitivas. Brincar torna-se essencial ao equilíbrio afetivo da criança,

através das brincadeiras a criança assimila valores, assume comportamentos,

desenvolve diversas áreas do conhecimento, exercita-se fisicamente e

aprimora habilidades motoras o que se torna essencial para a aprendizagem da

criança deficiente visual.

Através das brincadeiras a criança faz novas amizades, melhora o seu

relacionamento com seus pais, educadores e entre colegas perde o medo do

desconhecido e se abre a aprender e viver novas experiências, que sua

deficiência possa impossibilitar de viver. No convívio com outras crianças

aprendem a dar e receber ordens, a esperar a sua vez de brincar, a emprestar

e tomar emprestado, a compartilhar momentos bons e ruins, e ter tolerância, a

ajudar e ser ajudado, enfim, seu raciocínio é desenvolvido de forma prazerosa.

A criança também encontra nas brincadeiras equilíbrio entre o real e o

imaginário, alimenta a sua vida interior, descobre o mundo.

A brincadeira é a vida da criança sendo a melhor forma para ela conhecer o

ambiente, aprender, movimentar-se, ser independente, desenvolver o físico, a

mente, a autoestima, afetividade e criatividade elementos indispensáveis a

serem desenvolvidos com os deficientes visuais, principalmente na Educação

Infantil.

Brincando as crianças entram em contato com os objetos, as diferentes

texturas, formas, tamanhos e sons. Ao manejá-los fazem tentativas, erros e

acertos, aprendem sobre a função de cada um, como utilizá-los, desmontá-los

e montá-los.É de extrema importância que os toda e qualquer criança possa

vivenciar os momentos mágicos que o brincar pode trazer e aproveitar de todas

as maneiras sua essência enriquecedora à aprendizagem.

É o lúdico em ação, brincar, prazer e aprendizagem.

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Estátua

As crianças se movimentam ao som da música e ao parar este som,

todos devem permanecer imóveis. Nessa brincadeira se trabalha a consciência

corporal e não houve adaptação, apenas a professora deve auxiliar para que

os alunos percebam as diferenças de movimento e repouso e que sintam as

batidas do coração.

Caixa mágica

Para criar um vínculo de confiança com a criança, a professora prepara

uma caixa cheia de objetos do cotidiano, como retalhos de pano, pedaços de

plástico, perfume, pó de café, palha de aço e formas geométricas. A criança

com deficiência visual será convidado periodicamente (pode ser todo dia),

pegar uma das coisas e descrevê-la diante da turma. Nessa brincadeira se

trabalha a percepção táctil e olfativa e a curiosidade em descobrir o que há na

caixa.

Procura-se um sapato

A professora irá pedir para que os alunos retirem seus sapatos e a

mesma irá misturá-los e em seguida irá pedir para que os alunos encontrem

seus respectivos sapatos. Uma das preocupações fundamentais na educação

dos deficientes visuais é torná-los, tanto quanto possível, independentes. Ao

permitir que a criança procure seu próprio sapato, a professora trabalha meios

para ele construir a sua autonomia.

Bola atrás

Ao som de uma música, os alunos sentam-se em círculos enquanto a

professora circula por eles com uma bola nas mãos. Ao parar a música, a

professora coloca a bola atrás de um dos alunos que está sentado, e este, ao

descobrir a bola em suas costas, levanta-se e corre atrás da professora

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tentando alcançá-la sendo orientados à procurar onde está a bola, devendo

pegá-la e jogá-la em direção à voz da professora. Nessa brincadeira se

trabalha a noção de posição do objeto em relação ao corpo.

Gato mia

Ao parar de uma música, um aluno, selecionado anteriormente, mia para

que os outros adivinhem quem é. Nesta brincadeira não houve adaptação,

apenas ajuda para identificar o colega. Nessa brincadeira se trabalha o

reconhecimento do colega pela voz o que ira facilitar o contato social.

O mestre mandou

A brincadeira inicia com a proposta de os alunos obedecerem os

comandos dados pela professora. A proposta de cumprir uma ordem auxilia o

professor na avaliação da compreensão de instruções verbais pela criança.

Nessa brincadeira se trabalha o desenvolvimento da função simbólica, a

percepção do corpo e a compreensão dos comandos.

Sons do corpo

A brincadeira inicia explorando os sons do corpo, como estalos dos

dedos, batidas de palmas, batidas de pés e os alunos terão que adivinhar qual

a parte do corpo está sendo usada para emitir o som. Nessa brincadeira se

trabalha a percepção auditiva e reconhecimento do corpo.

Letras de Massinha

Nesta brincadeira, as crianças junto com a professora irão modelar as

letras, para que os mesmos percebam o movimento.

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Jogo da memória táctil

Nesta brincadeira, os alunos deverão encontrar os pares das cartas

através do tato , desenvolvendo assim sua percepção de igualdade e diferença.

Buscar o som

Nesta brincadeira, o professor irá esconder um brinquedo sonoro ligado

para que o aluno o encontre. Nesta brincadeira pode-se variar os tipos de sons

como: sons de animais, sons do corpo, entre outros.

Brincadeiras de faz de conta

Deixar as crianças brincarem livremente de casinha, vendinha e outras

brincadeiras,. Possibilitando-os a retratar momentos reais e criar situações em

que possam resolver as problematizações do dia a dia.

Alfabeto de cheiros e sabores

Nesta brincadeira é importante verificar se não tem nenhum aluno

alérgico pelos produtos e alimentos apresentados e não se esqueça dos alunos

que não conseguem mastigar. A professora irá apresentar cheiros e sabores

seguindo o alfabeto.

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Cheiros Sabores

A: arruda, alecrim, álcool,alho amora, abacaxi, açúcar

B:boldo, barro bolo, banana, beterraba

C:café, cebola, canela, cravo água de coco, chá de camomila

D:desinfetante, danone Danone

E:Esmalte Erva cidreira

F:Fuma de corda Figo, farofa

G:goiaba, gengibre Gelatina, guaraná

H:hortelã Chá de hortelã

I: incenso Inhame

J: jasmim Jabuticaba,

K:Kiwi Kiwi

L:limão, laranja,louro leite, limão, laranja

M:maracujá, manjericão maracujá, melancia

N:nectarina, noz-moscada nectarina

O:ovo,orégano Ovo

P:perfume purê, pêssego

Q:queijo Queijo

R:remédio Rúcula

S:sabonete, salsinha Salada de frutas, sucos

T:tinta,talco Tamarindo

U:uva uva (gelatina, suco)

V:vinagre Verduras

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X:xarope Xarope de groselha, x- tudo

W:Waffer Waffer

Y:Yakult Yakult

Z:fragancia Zingara Não encontrado

O brincar e o brinquedo são ferramentas importantes para a

comunicação, compreensão do mundo, aquisição de habilidades,

competências e caminho propício para a inclusão social.

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CAPÍTULO II-

A APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE

CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Normalmente, a escola é o primeiro contato da criança com a sociedade,

então nada melhor que tanto crianças videntes quanto crianças com deficiência

visual convivam juntas. Deste modo, as crianças videntes, que constituem a

maioria, aprenderão desde o início a respeitar as crianças deficientes visuais e

estas aprenderão que embora não enxerguem não são inferiores as demais. E

se essa passagem escolar acontecer num ambiente acolhedor, dinâmico e

criativo será de grande valia.

É de suma importância oferecer um ambiente de igualdade, sem espaço

para a discriminação para que o deficiente visual supere suas dificuldades e

siga em frente, se abrindo para novas descobertas e fazer com que a sua

aprendizagem aconteça.

2.1 - Deficiência visual: aspectos gerais

A visão é um dos sentidos mais importantes do ser humano se

sobrepondo aos demais sentidos dos quais dispomos. Ela nos permite captar

inúmeras informações numa única observação, que são levadas diretamente

ao cérebro, onde são processadas e formam a imagem correspondente.

Entretanto, milhares de pessoas no mundo inteiro, por problemas

oculares ou por distúrbios genéticos, não podem se utilizar desse sentido, pois

seus olhos estão totalmente ou parcialmente comprometidos.

Embora a deficiência visual na maioria dos casos esteja ligada a

doenças oculares, não se trata de uma enfermidade, mas sim, de uma privação

sensorial. Quem possui esta privação são pessoas normais que apenas não

podem ver observar e contemplar o que esta a sua volta.

A visão é insubstituível, pois nenhuma das sensações provenientes de

cada um dos sentidos pode ser comparada a do outro e a função exercida,

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pelas mãos e pelos ouvidos, se diferenciam completamente da que seria

exercida pelos olhos.

Deficiência visual é a redução ou perda total da capacidade de ver com

o melhor olho e após a melhor correção ótica possível.

Existem vários graus de acuidade visual, tais como:

• Cegueira; perda da visão, em ambos os olhos, de menos de 0,1 no

melhor olho após correção, ou um campo visual não excedente a 20

graus, no maior meridiano do melhor olho, mesmo com o uso de lentes

de correção.

• Visão reduzida: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, após

correção máxima.

Sob o enfoque educacional, cegueira representa a perda total ou resíduo

mínimo da visão que leva o individuo a necessitar do método Braille como meio

de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos

especiais para a sua educação, enquanto visão reduzida trata- se de resíduo

visual que permite ao educando ler impressos desde que se empreguem

recursos didáticos e equipamentos especiais.

2.2 - A inclusão de deficientes visuais na escola regular

A educação de crianças com deficiência visual ainda tem sido alvo de

grandes discussões nos dias atuais. Isso por que alguns ainda defendem a

ideia de que deficientes visuais devem estudar em escolas especializadas, ou

seja, escolas equipadas e preparadas para recebê- los e educá- los.

Essa ideia é ainda motivo de discussão entre professores,

administradores de escolas e familiares de deficientes visuais, pois ainda existe

o medo da discriminação, de não conseguir atender todas as suas limitações,

por falta de preparo e equipamentos especiais, porém, devemos ressaltar que

com boa vontade, estimulo e interesse de todos, podemos amenizar tal

problema.

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Existem sim, muitos obstáculos no mundo, porém podem ser

transpostos, além de que, não são só deficientes visuais que enfrentam

dificuldades em sua caminhada. As dificuldades existem para todos e de nada

vale se esconder isso só vai retardá-las, podendo se apresentar de modo mais

gravoso quando a criança resolver enfrentá-las.

Alunos com deficiência visual devem ser educados como os demais,

frequentando uma escola regular e convivendo com os mais variados alunos

para que aprendam juntos a conviver com a limitação um do outro,

considerando que todos nós temos algum tipo de deficiência, ou seja,

dificuldade.

O começo, com certeza, não será fácil para o aluno com deficiência

visual. Ele terá dificuldades até que a escola, de modo geral, possa se adaptar

a ele e ele à escola, mas é nessa hora que o professor deve entrar em ação,

conversando primeiramente com o aluno e depois com o restante da turma

sobre a deficiência e explicando de acordo com o nível de entendimento da

respectiva série, além de estar aberto a buscar metodologia que permitam que

a aprendizagem aconteça de forma prazerosa e significativa para todos. Diante

de tais providências o aluno com deficiência visual ficará mais tranquilo e

aberto a aprender junto aos demais alunos quebrando as barreiras que o medo

do desconhecido e o preconceito pudessem trazer, se abrindo para trilhar o

caminho da aprendizagem e ir em rumo ao conhecimento sem dar tanta ênfase

à sua deficiência.

É realmente um desafio abrigar alunos com deficiência visual na escola

regular, porém, nada é impossível quando se tem educadores dispostos a fazer

este trabalho, deixando de lado as opiniões já formada, os medos e as

inseguranças, profissionais estes que estejam dispostos a encarar o novo sem

medo de cometer erros, sem por limitações. É necessário que toda a escola

trabalhe junto para que essa inclusão aconteça, dos profissionais

administrativos aos alunos, pois a partir do momento que todos os integrantes

da escola estiverem envolvidos e dispostos a trabalhar juntos buscando

oferecer um ambiente agradável e de confiança não só o deficiente visual será

beneficiado, mas toda e qualquer criança.Na Educação Infantil é de suma

importância oferecer um ambiente acolhedor para que a criança se sinta

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segura e motivada a aprender , logo esse acolhimento será indispensável para

sua aprendizagem,assim se toda a comunidade escolar estiver unida e

acreditar e seguir os mesmos conceitos todos integrantes serão beneficiados

de alguma forma e teremos uma instituição fortalecida e unificada.

Na Educação Infantil é primordial oferecer um ambiente estimulador para

que a criança se sinta livre e se desprenda de seus medos e anseios e isso

não acontece diferente com o deficiente visual, criar um vinculo de amizade ,

de troca de experiências e de segurança é primordial nessa fase, o lúdico por

ser uma metodologia que te permite abrir um novo caminho para a

aprendizagem se faz essencial e deve ser utilizado, pois a partir de um

ambiente estimulador e descontraído aumentam se as chances de

proporcionar a aprendizagem sem mesmo que a criança perceba, o que a faz

ser mais concreta e significativa.

A vivência no espaço é fundamental para o deficiente visual, pois é por

meio dela que sua aprendizagem se estrutura, quando ela não é estimulada

precocemente, podem desenvolver características que marcam

significativamente seu desenvolvimento, como apatia, tendência ao isolamento,

restrição quanto ao domínio do espaço, dependência e outras coisas. Portanto,

a experiência do movimento- correr, pular, andar, rolar, dançar, manipular

objetos, ter contato corporal com outras pessoas, caminhar, ou seja, aplicar a

educação lúdica, é fundamental para estas e qualquer criança, privá-los disso é

privá-los do mundo.

2.3 - Conceito e importância de uma sala de recursos

“o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. PIAGET, 1967.

Alunos que não enxergam, possuem algumas necessidades especiais e

como foi citado acima, não devem ser educados separadamente, mas sim

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frequentar escolas regulares tendo suas necessidades supridas por uma sala

de recursos e a ludicidade.

Estas salas de recurso funcionam dando suporte ao aluno e ao professor

de uma sala comum, devendo servir como um complemento às ministrações

trazidas à turma, sanando dificuldades e eliminando eventuais dúvidas

provenientes da deficiência visual do aluno cego ou com baixa visão.

Vale ressaltar que não se trata de uma sala especial, mas de uma

extensão da sala comum que será frequentada pelo aluno deficiente visual fora

do horário normal de aula. Pois para que aconteça a verdadeira inclusão, não

basta estudar na mesma escola estando em salas diferenciadas, deve haver

uma junção de todos os alunos para que se relacione entre si, em todos os

aspectos.

É importante que nas turmas de Educação Infantil que tiverem incluídos

deficientes visuais, que estas turmas e seus respectivos professores, também

se possível, frequentem a sala de recursos, para que se sintam familiarizados

com o trabalho desenvolvido lá, afim de acompanharem o desempenho e

aprender o que fazer para melhor ensina-lo e para interagi-lo com a turma.

Na sala de recursos devem haver materiais e equipamentos que

possibilitem o aprendizado dos alunos com deficiência visual (cegos ou com

baixa visão), havendo também um professor especializado, ou seja, um

professor formado em Educação Especial que domine o Sistema Braille (forma

de ler e escrever, utilizando o sentido táctil das mãos, criado pelo jovem cego

Louis Braille) e todos os instrumentos necessários à educação de tais alunos.

O trabalho desenvolvido na sala de recursos deve partir dos interesses,

necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno,

oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos

conteúdos da classe comum.

Nesse sentido, na programação da sala de recursos, é importante

observar as áreas de desenvolvimento cognitivo, motor, social, afetivo e

emocional, com vistas a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no

processo de aprendizagem para atingir o currículo da classe comum. Os

conteúdos escolares deverão ser trabalhados com metodologias e estratégias

diferenciadas; uma vez que o trabalho com o conteúdo não deve ser

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confundido com reforço escolar – repetição de conteúdo da prática educativa

da sala de aula. As atividades planejadas implicam aprofundamento dos

conhecimentos historicamente acumulados, por meio de métodos e técnicas

adequados, que facilitem a apropriação do saber realmente necessário.

Na prática da educação inclusiva, a sala de recursos está se tornando uma das

formas mais frequentes de atendimento à pessoa com necessidades

educacionais especiais. Todavia, a sala de recursos só pode ser considerada

instrumento de inclusão se a ação pedagógica acontecer, conforme foi

apresentada no contexto legal, ou seja, desde que consiga atender à

diversidade, assegurando ao aluno a inclusão em situações de aprendizagem

no ensino regular. O fato de a criança estar na escola regular e conviver com o

outro não é suficiente para suprir as necessidades educacionais dos alunos

especiais. A aprendizagem é o elemento essencial para garantir a inclusão.

Para realmente se constituir em instrumento de inclusão, a prática pedagógica

na sala de recursos deve promover avanços acadêmicos significativos nos

alunos com necessidades educacionais especiais em relação aos conteúdos

escolares.

O professor especializado será um elo de ligação entre a escola e a

família do aluno com a deficiência visual, devendo sempre manter contato com

os pais e com o professor da sala comum, par que ambos acompanhem seu

progresso. Este professor não poderá interferir no conteúdo da sala cuja

administração será uma tarefa exclusiva do professor da sala regular.

Caberá ao professor da sala de recursos apoiar o professor da sala

regular, tirando dúvidas tanto suas quanto dos demais alunos sobre a cegueira,

podendo inclusive, assistir às aulas juntamente com a classe fazendo

sugestões sobre a melhor forma a ser aplicada pelo professor a fim de facilitar

o entendimento do alunado com deficiência visual; elaborar materiais didáticos

de acordo com o comprometimento visual que o aluno apresente; participar na

elaboração das atividades e das avaliações junto ao professor da sala comum,

tornando possível que o aluno com deficiência visual participe de todas elas

junto ao resto da turma, não ficando de fora de nada do que vier acontecer;

desenvolver junto ao coordenador pedagógico da escola e junto ao professor

da sala comum, um trabalho de orientação aos pais, informando-os acerca do

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progresso educacional de seus filhos, bem como, sobre os métodos de ensino

utilizados para que a família possa de certa forma contribuir para o aprendizado

da criança auxiliando-a em casa;finalmente cabe ao professor especializado,

conversar com o coordenador pedagógico para que ele utilize seus

conhecimentos, fazendo com que a proposta pedagógica da escola, possa

abarcar a todos os alunos, inclusive os que tem deficiência visual

O professor de uma sala de recursos desempenha um papel muito

importante no que se refere à educação de um aluno com deficiência visual,

porém, de nada valerão seus esforços se não houver à sua disposição e à

disposição desses alunos os instrumentos necessários para viabilizar o ensino

especializado. Tais como: as máquinas Braille (regletes), impressoras a Braille,

as lupas eletrônicas e manuais, brinquedos e objetos que estimulem a

sensação táctil, dentre outros.

A sala de recursos, também chamada de sala de apoio, corresponde a

uma forma de se promover a inclusão plena do alunado com deficiência visual

no que diz respeito à educação, tendo como principais atividades; proporcionar

ao alunado com deficiência visual, conhecimento complementares dos quais

necessitará para conviver no mundo das pessoas que enxergam, tais como o

aprendizado do Sistema Braille e do Sorobã (instrumento que permite o acesso

á matemática através do tato), orientações para se locomover sozinhos,

atividades da vida diária, como por exemplo, como devem arrumar seus

materiais e escolher suas roupas, desenvolver a educação sensorial, isto é,

adaptá-lo ao uso dos demais sentidos; promover a adaptação de materiais

didáticos, tornando-os passíveis de serem compreendidos pelos alunos com

deficiência visual; disponibilizar livros em Braille ou em letras ampliadas, além

de trabalhar na confecção de um arquivo de materiais escaneados que

poderão ser lidos pelo aluno através do computador com os softwares de voz;

colocar à disposição do aluno todos os materiais e instrumentos dos quais

necessita para sua escolarização, como por exemplo:máquinas e impressoras

a Braille, livros em Braille, sorobã, papel especializado, canetas de ponta

porosa, livros com letras e desenhos ampliados, papel com pautas próprias

para o uso do aluno com baixa visão, lupas, dentre outros; prestar todo auxílio

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ao aluno que mostrar dificuldade, atuando de modo a complementar o que é

ensinado na sala comum.

A escola que não tem uma sala de recursos e recebe alunos com

deficiência visual, está despreparada para acolhê-lo, isto porque não terá como

dar suporte a esse aluno, visto que o professor de uma sala regular não está

preparado o suficiente para dar a devida assistência que a situação pede.

Por este motivo, se faz notória a importância de uma sala de recursos

em todas as escolas regulares, não basta que se pregue a inclusão sem que se

façam as respectivas adequações, adquirindo os meios necessários ao

atendimento especializado que virá ao encontro do ensino ministrado pelo

professor comum, não em forma de substituição deste, mas de modo a poder

complementá-lo utilizando-se dos métodos corretos a fim de que a educação

de deficientes visuais, saia da teoria e venha produzir efeitos satisfatórios.

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CAPÍTULO III

A PRÁTICA EDUCATIVA UM DOS CAMINHOS PARA

INCLUSÃO

O desenvolvimento potencial é determinado pelas

habilidades que o indivíduo já construiu, porém

encontram-se em processo. Isto significa que a

dialética da aprendizagem que gerou o

desenvolvimento real, gerou também habilidades

que se encontram em um nível menos elaborado

que o já consolidado. Desta forma, o

desenvolvimento potencial é aquele que o sujeito

poderá construir. (VYGOTSKY, 1998, p.191)

Segundo ROSA (2008) com a meta da universalização do ensino dos

fins de 1980, chegavam à escola novos conceitos, novos personagens novas

crenças, novas tradições. E escola ficou sem saber como dar conta de tantas

novidades. Em muitas situações, passou a ignorar esse novo contingente que

chegava. A verdade era que as escolas e seus profissionais não sabiam lidar

com sua nova clientela.

Ancorada em concepções que acreditavam ser papel da escola

socializar e transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade, a partir

de um caminho cultural e igual para todos, privilegiando o esforço individual a

escola não percebeu que esse caminho não encontrava eco na vida de seus

estudantes. Os planejamentos, motores da prática pedagógica estabeleciam

conhecimentos e valores que precisavam ser passados como verdades

inquestionáveis fazendo com que seus conteúdos se encontrassem separados

da experiência do aluno e da realidade social o resultado desse processo

explode com os crescentes índices de retenção das séries/anos e com as

elevadas taxas de evasão escolar, que resultaram na necessidade de se

buscar a causa do fracasso escolar. Todos os aspectos internos e externos a

prática pedagógica foram apontados – a pobreza, a carência, a subnutrição, a

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família, os meios, os métodos e até os chamados especialistas em educação

(supervisores e orientadores educacionais) porém, não se discutiam a questão

fundamental a concepção que dava origem aos trabalhos educacionais

atualmente, ainda sofremos os mesmos problemas, evidenciando que o nosso

caminhar foi muito pequeno.

ROSA (2008) afirma, que embora vagaroso é neste caminho que

começam as discussões sobre a escola sua organização, sua estrutura, seu

currículo e consequentemente sobre a prática pedagógica. Tarefa essa que

jamais foi fácil, pois discuti-la significa perceber que a formação profissional se

encontra eivada de concepções tradicionais que marcaram a história

educacional, fazendo com que as práticas pedagógicas adotadas não mais se

adaptem as necessidades imediatas da população brasileira.

Fazer a discussão significa, também, reconhecer que a escola se encontra

vazia de conteúdo político epistemológico que oriente esse novo cenário

educacional, e o que se conclui é que somente que por meio da discussão

coletiva da escola, será possível se encontrar a alternativas viáveis para os

impasse dessa diante das expectativas dessa comunidade escolar.

3.1 – A Inclusão

A partir de 1994, com a Declaração de Salamanca, resultado da

“Conferencia Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Qualidade e

Acesso” solidificam-se as diversas do Congresso Mundial de Educação para

Todos, realizado em 1990 na Tailândia, que previa a erradicação do

analfabetismo e a universalização do Ensino Fundamental. Na Espanha,

acrescentam-se os princípios norteadores da Educação Inclusiva.

Todos estes movimentos, de direito do cidadão, trouxeram para a escola

um novo contingente de personagens que encontraram uma escola preparada

para recebê-los.

Se por um lado a Educação Inclusiva enfatiza a qualidade de ensino

para todos, por outro, a escola precisa urgentemente se reorganizar pra dar

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conta da multiplicidade de questões inerentes ao trabalho educacional.

Somente a partir de uma profunda revisão da pratica pedagógica docente é

que será possível ultrapassar os preconceitos que acabam gerando a exclusão.

O desafio é seguir adiante e entender que o desenvolvimento humano se

estabelece, desde o nascimento, na relação com outras pessoas, e, portanto,

se constitui em tarefa conjunta e recíproca que ocorre em qualquer

circunstância em que as formas de relações sociais se encontrem presentes.

Utilizando-nos da perspectiva dialética, perceberemos que cada ato ou

papel assumido pelo indivíduo só será compreendido dentro de uma

determinada situação, o que verifica a partir da totalidade como ação

indissociável. Essa postura nos leva a entender que será pelo confronto de

ideias e posições que se pode perceber a situação como um todo e, assim,

construir alternativas possíveis de significação e resignificação para o grupo.

Será na perspectiva desse caminhar que os conteúdos escolares passarão a

ser apreendidos de forma historizada e na relação com os outros conceitos

possibilitando a intervenção na prática dos alunos e, consequentemente, guiar

suas ações.

Diante das metas anteriores apresentadas e que trazem para a escola

novos personagens que se constituem em sua clientela, precisamos pensar

em como atender os diferentes interesses, a partir de uma ação cotidiana.

É importante salientar que cada aluno faz parte de um grupo social e

que cada grupo é regulamentado por usos, costumes, tradições e regras que

precisam ser observados pelos profissionais que irão trabalhar com eles. Mais

do que nunca será necessária a elaboração de um projeto político–pedagógico

que dê conta das necessidades locais, articulando os diversos setores da

escola com vistas à sustentação de um plano coerente com o compromisso de

contribuir para a construção do processo de consciência e formação da

cidadania, entendido como exercício pleno e democrático de seus direitos e

deveres.

O princípio da Educação Inclusiva exige intensificação na formação de

recursos humanos, garantia de recursos financeiros e serviços de apoio

pedagógicos especializados para assegurar o desenvolvimento dos alunos.

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A formação e a capacitação dos profissionais docentes é ponto

fundamental para o ensino que atende diferentes especificidades educativas

especiais e que, para sua efetivação, necessitam de profissionais

comprometidos e competentes na sua ação pedagógica.

Estudos apontam que a garantia da aprendizagem dos alunos está

vinculada ao compromisso com o direito de aprender, através da

implementação de políticas públicas educacionais que valorizem a formação

continuada dos professores, através da adoção de práticas pedagógicas

inovadoras que permitam aos mesmos de tornarem-se intelectuais críticos,

capazes de estimular o ato pedagógico numa reflexibilidade comunicativa.

Entretanto, não se trata somente de proporcionar os meios (formação

continuada) se não houver por parte dos professores, a busca por novos

caminhos que possam levar à transformação, potencializando assim a

aprendizagem dos alunos, através do estímulo permanente e da criação de

condições favoráveis a acessibilidade curricular, para todos. Fator este

preponderante para o sucesso escolar.

Destaca-se aqui, a importância das relações com os familiares das

crianças, enquanto complemento fundamental do ato pedagógico, onde o

processo do ensinar a brincar com regras e limites contribuiu satisfatoriamente

no cotidiano das ações educativas.

A educação inclusiva é a garantia de acesso continuo ao espaço da

escola para todos, levando a sociedade à criar relações de acolhimento à

diversidade humana e aceitação das diferenças individuais, representando um

esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento,

conforme registra a Declaração de Salamanca:

O princípio fundamental da Escola Inclusiva é o de que todas as

crianças deveriam aprender juntas, independentemente de

quaisquer dificuldades ou diferenças de que possam ter. As escolas

inclusivas devem reconhecer e responder às diversas necessidades

de seus alunos, acomodando tanto estilos como ritmos diferentes de

aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos

através de currículo apropriado, modificações organizacionais,

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estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com a

comunidade. (BRASIL, 1994 A, p.61)

Diante desse compromisso, é preciso que o trabalho de Educação

Inclusiva vá sendo implantando gradualmente, para que tanto a Educação

Especial, quando o Ensino Regular, possam ir se adequando a nova realidade,

construindo políticas, práticas institucionais e pedagógicas que garantam a

qualidade de ensino não só para os alunos portadores de necessidades

educacionais especiais, como para todo alunado do Ensino Regular.

Percebendo, ainda a necessidade de apoio pedagógico específico para

os alunos que apresentam deficiências, a Declaração de Salamanca também

dá conta desta questão: “Dentro das escolas inclusivas, as crianças com

necessidades educacionais especiais deveriam receber qualquer apoio extra

de que possam precisar, para que se lhes assegure uma educação afetiva”

(BRASIL, 1994 a, p. 61)

A escola necessita, portanto, adequar-se ao aluno, providenciando

meios e recursos que garantam efetivamente a sua aprendizagem entendendo

ser função dela essa garantia.

Esta visão nos leva a avaliar o que nos parece seguro e certo, evitando

as verdades estabelecidas, além de nossos preconceitos, para que busquemos

investir em um modo ousado de organizar nossa escola, conforme nos

recomendou Paulo Freire (1995):

Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura que marca, que

não tem medo do risco, por isso recusa o imobilismo. A escola em que se

pensa, em que se atua, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a escola

que apaixonadamente diz sim à vida.

É esta concepção de escola, enquanto espaço social que precisa ser

criada e é nela que precisam estar presentes a ousadia, a criatividade, os

sonhos e as diferentes falas, ou seja, é preciso criar uma escola que acredita

nas possibilidades de seus alunos. Mas, para que se torne possível precisam-

se abonar os núcleos de clausura ou até mesmo a exclusão da inclusão,

quebrando todas as barreiras. Não é tarefa fácil, mas possível. Precisa-se ter

conhecimento e vontade de mudar os paradigmas culturalmente estabelecidos

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na sociedade, onde a escola passe a oferecer respostas educativas com

qualidade, favorecendo ao aluno o seu desenvolvimento pleno enquanto

cidadão.

3.2 - A prática pedagógica

Nos dias atuais, estamos vendo como a educação vem sendo submetida

a novos parâmetros e como é necessária a revisão de nossas práticas

pedagógicas no redimensionamento de nossas ações.

Nessa perspectiva, o papel do professor é de guiar e orientar a atividade

mental do aluno para a aquisição dos saberes, ajustando seu auxílio às

características do processo de aprendizagem (GONZÁLES, 2002, p. 150).

Sendo assim, a programação das atividades dos professores devem ser

realistas e contextualizadas, ou seja, próximas aos interesses e motivações

dos alunos para dar respostas às demandas e exigências de seu meio social e

econômico. Nesse sentido, devem estar voltadas para o que eles ainda não

sabem e precisam aprender para serem bem-sucedidos na continuidade dos

seus estudos.

Dado ao pluralismo cultural de nosso alunado faz-se importante a busca

de respostas que atendam às necessidades individuais e grupais desta nova

clientela. A importância de um currículo que busque tornar os conteúdos vivos

e de interesse do grupo é fundamental, pois o processo educacional precisa

estar de acordo com os alunos concretos e não para uma visão abstrata, na

qual uns podem se desenvolver e outros não. É preciso pensar em um

processo que desenvolva a capacidade crítica e de construção de significado,

sem perder de vista o ponto de chegada.

Um currículo para todos requer a capacidade de apresentar adaptações

aos que dele necessitarem, porque é preciso lembrar que alguns levarão mais

tempo do que outros na execução das tarefas pedagógicas, o que significa que

deixarão de alcançar o objetivo final proposto pela escola. É tempo de

conhecermos outros caminhos, que estarão sendo construídos nesse

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processo, às vezes mais longo, porém com chegada em uma determinada

produção.

Haverá situações, porém em que se recomendam as adequações

curriculares, como forma de tender às especificidades de alunos com

necessidades educativas especiais, a fim de favorecer a inclusão. Essas

adequações devem ser fruto de avaliações sistemáticas para que possam

indicar que modificações e ajustes são necessários a cada caso. Esse é um

procedimento gradativo no currículo geral, que tem por finalidade encontrar um

caminho para uma resposta educativas individual, e por ser de atendimento

individual significa que não é para sempre, pois um aluno que hoje necessita

dessa adaptação ou de um serviço de apoio pode prescindir dele no ano

seguinte. Nesse sentido, uma adaptação curricular deverá ser planejada para

um ano letivo, com acompanhamento permanente e avaliações sistemáticas

que indicarão a manutenção ou alteração da mesma.

O trabalho pedagógico de uma escola inclusiva deve partir de uma

avaliação que indique o caminho já percorrido por nossos alunos, apesar dos

comprometimentos que apresentam, para que as propostas a serem

elaboradas sirvam de horizonte a ser atingido, indicando, ainda, as metas

seguintes.

O termo necessidades educativas especiais nos leva a refletir sobre sua

importância no contexto educacional. O que significa um aluno ser portador

dessas necessidades? Serão, apenas, os que apresentam certas deficiências?

Ou serão todos aqueles que apresentam dificuldades maiores que s restantes

dos alunos de sua idade, para cumprir o que o currículo prevê? Quer nos

parecer que todos os alunos, que necessitam de um tempo maior ou de

caminhos alternativos para aprender, devem ser considerados como

portadores de necessidades educativas especiais. A escola deve estar atenta a

esta questão.

Diante destes novos posicionamentos educacionais e inevitável o

aperfeiçoamento das práticas docentes, redefinindo novas alternativas que

favoreçam a todos os alunos.

O quadro de diversidade, que se apresenta, exige que a escola

apresente respostas diferentes, considerando que é ela quem pode responder

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à necessidade educativa de seus alunos. Nesse sentido, é preciso mudar a

escola e o ensino nela ministrado.

Não mais se pode manter uma visão tradicional de ensino. A busca por

uma nova metodologia que traga embutida uma nova concepção de educação

é um dos caminhos a ser descoberto a ser experimentado pelo professorado.

Apesar de complexo, com uma proposta grandiosa, o processo de

inclusão ainda galga os primeiros patamares de uma montanha a ser escalada.

Isso, no entanto, não impediu que algumas escolas públicas e privadas

começassem a fazer esta escalada.

Na visão inclusiva, será também necessária a revisão do papel da

avaliação não cabendo mais o caráter classificatório, através de notas, provas,

que deverá ser substituído por diagnósticos contínuos e qualitativos, visando

depurar o ensino e torna-lo cada vez mais adequado e eficiente à

aprendizagem de todos os alunos.

A escola inclusiva, aberta a todos, é o grande desafio da educação

durante os próximos anos.

3.3 - A relação entre o professor e o aluno com deficiência

visual

Grande é a preocupação do professor do ensino regular ao se deparar

com um aluno com deficiência visual. Isso se dá pelo fato de o mesmo não

estar preparado ou ainda, acostumado com as necessidades especiais que os

mesmos demandam daí a necessidade de haver um professor especializado

para acompanhá-lo, bem como, de uma sala de recursos para auxiliá-lo,

conforme já comentado.

Porém, mesmo com a presença de um professor especializado, o

professor da sala comum, onde o aluno com deficiência visual estuda, é o

principal responsável por sua educação, uma vez que, este foi designado para

ensinar a turma como um todo. Os professores especializados apenas darão

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apoio necessário ao aluno, preparando materiais específicos e preenchendo as

lacunas que, porventura, sejam deixadas nas ministrações das aulas.

Alguns professores podem pensar que não estão preparados para

educar um aluno com deficiência visual ou achar que estes merecem maior

atenção, o que não é verdade. A eles deve ser dispensada a mesma atenção

dada a um aluno normal, pois em nada ele se diferencia das demais crianças,

dispensando qualquer cuidado excessivo.

Atitudes como, por exemplo, adotar formas de avaliação diferenciadas

ou aprovar o aluno sem que ele tenha notas suficientes para tanto, não são

bem-vindas. Isso faz com que os alunos com deficiência visual se sintam

menosprezados, subestimados e incapazes de aprender, o que prejudica a

aprendizagem de qualquer aluno.

Desse modo, todos devem ser tratados de igual forma, alunos

deficientes visuais ou não, devem ser a todo tempo avaliados e sujeitos à

reprovação de acordo com seu desempenho escolar, sem que haja privilégios.

Durante a ministração da aula o aluno com deficiência visual deve

ocupar um lugar onde ele possa ouvir e compreender bem as palavras do

professor, visto que, por não enxergar ele deve estar atento a tudo o que for

dito, devendo, também, estar a par de tudo o que for apresentado em aula, dai

a importância de se trabalhar com o lúdico, visto que, esta metodologia torna a

aprendizagem mais significativa na Educação Infantil.

O professor deve sempre conversar com o aluno com deficiência visual,

para que juntos decidam o melhor a ser feito para que ambos se auxiliem, uma

vez que, o professor tem o conhecimento, mas a cada dia, convivendo de perto

com deficientes visuais, terá que passar por novas experiências as quais se

tornarão lições de vida que serão repassadas durante todo tempo que lecionar.

No decorrer das aulas o professor deve evitar o uso de pronomes com,

isto e aquilo, pois como não podem ver os alunos cegos ou com baixa visão

não saberão sobre o que está falando, prejudicando assim, o entendimento da

aula.

Por fim, deve-se manter uma relação de carinho e confiança para que

ambos, professor e deficiente visual, possam juntos aprender a superar as

dificuldades, quebrando as barreiras que a deficiência e o medo possam trazer.

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É importante lembrar que a Educação Infantil traz os primeiros contatos

da criança com a escola e que é de suma importância criar um laço afetivo

para que a criança tenha interesse em ficar na escola, em participar das

atividades, já que por muitas vezes esse momento se torna difícil por ser o

primeiro momento de estar longe da família, assim, como foi citado

anteriormente, o lúdico se torna essencial para dinamizar e amenizar esse

momento, pois ele irá permitir que a criança veja na escola um ambiente

confortável, seguro e prazeroso, logo, amenizará seus medos e anseios e lhe

dará abertura para viver as novas descobertas que a escola tem para oferecer..

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CONCLUSÃO

A hipótese levantada no inicio dessa pesquisa foi:se a construção do

conhecimento pra deficientes visuais, na Educação Infantil pode ser mediada

através da ludicidade e como esta metodologia pode contribuir para facilitar a

aprendizagem e a inclusão desses alunos em escolas regulares.

A constatação foi que apesar das escolas de ensino regular ainda não

estarem totalmente preparadas para receber esses alunos, é possível através

do lúdico, das salas de recursos, do bom relacionamento entre a família e o

corpo escolar que este problema seja amenizado.

Com o uso das tecnologias assistivas, professores especializados e a

ludicidade, foi constatado que o aluno com deficiência visual pode se elevar a

um patamar de igualdade, fazendo valer seus direitos explícitos na Declaração

de Salamanca. Sendo assim, o uso correto de desses recursos facilitarão, um

acesso igualitário à educação a esses alunos.

Por tanto, é preciso que as escolas busquem viabilizar este acesso à

inclusão para desfazer o tabu que a sociedade vive ao se deparar com o

deficiente visual frequentando a escola regular. A escola deve assumir a

responsabilidade de ser acolhedora e amenizar todo e qualquer conflito, medos

e anseios que possa transparecer e que venha ser um empecilho para a

aprendizagem de deficientes visuais. Assim, com a educação lúdica deixando

de ser encarada como passatempo e sendo vista como uma possibilidade,

como um instrumento motivador para a aprendizagem, torna-se indispensável o

uso da mesma nas salas de aula da Educação infantil, a mesma será um fio

condutor para aprendizagem das crianças.

A ludicidade deixa de ser vista como uma simples brincadeira e passa a

ser vista como forma de complementação e dinamismo às aulas, tornando-a

ambiente escolar mais prazeroso e acolhedor. Ambiente este indispensável pra

a formação dos alunos da Educação Infantil.

É importante colocar que a educação é um processo continuo que

trabalha com diferentes frentes para alcançar seus objetivos. Sendo assim,

espera-se uma reflexão sobre o esse trabalho e que o mesmo venha colaborar

de forma objetiva para o simples fato de que toda criança precisa brincar para

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se desenvolver. Caso as famílias das crianças deficientes tenham conciência

desses estimulos e saibam preparar a criança para desafios lúdicos, em

brincadeiras que retratem uma realidade imaginária já primeiros anos.

escolares, terar-se ai um bom começo para um processo inclusivo verdadeiro.

E principalmente como parte indispensável de processo de educação

infantil, também não se pode esquecer que existem várias formas de brincar e

para que aja uma interação de crianças com deficiência é necessário paciência

e algumas adaptações, deve-se visar o brincar, pois para isso só se precisa de

imaginação, ser criativo e acreditar em sonhos, pois PAPALIA (2000) mostra

que o brincar é um ótimo recurso para a realização deste objetivo.

O desenvolvimento da criança com deficiência visual exige uma prática

educacional voltada à compreensão de seus direitos, das atribuições da

familiar e de toda sociedade de modo geral.

Concluímos que brincar é um elemento essencial na vida de qualquer

criança e que se faz necessário a implantação do mesmo no contexto escolar

que visa à inclusão.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CAMPBELL, Selma Inês MÚLTIPLAS FACES DA INCLUSÃO; Wak Ed,2009.

ORRÚ, Silvia Ester, Estudantes com necessidades especiais: Singularidades e

desafios na prática pedagógica inclusiva; Wak Ed, 2012

KISHIMOTO, Tizuko Morchida.O jogos tradicionais infantil. RJ: vozes, 1994.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida Jogo, Brinquedo, Brincadeira, e a Educação

1999 editora Cortez

KISHIMOTO, Tizuko Morchida O Brincar e suas teorias Editora Cengage

Learning

MAIA, Heber, Necessidades Educacionais Especiais, V3; Wak Editora,2011.

LAMARA. Associação Brasileira de assistência do deficiente visual

LDB.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96

MACEDO, Lino. Os jogos e o lúdico no aprendizado escolar.Porto Alegre,

Artmed, 2005

MARANHÃO 2002 O lúdico como facilitador do processo de ensino

aprendizagem Educação Inclusiva – Curitiba, IESDE Brasil S.A

ONU, Declaração Universal dos direitos das crianças, 1959 PAPALIA, Diane E. & OLDS, Sally Wendkos. Desenvolvimento Humano. Trad. Daniel Bueno. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

PIAGET. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar Editores,

1975.

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PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. Rio de Janeiro:

Zahar, 1982

POZAS, Denise; Criança que brinca aprende mais: a importância da atividade

lúdica para o desenvolvimento cognitivo. Senac, 2013.

VYGOTSKY, Lev S. A construção do pensamento e da linguagem. Trad. Paulo

Bezerra. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos

processos psicológicos superiores. 6.ed. São Paulo : Martins Fontes, 2000.

WAJSKOP, G. Brincar na pré-escola. São Paulo: Cortez, 1995.

ZAPPAROLI Kelem Estratégia lúdicas para o ensino da criança com deficiência

Wak editora 2012

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A importância do lúdico para o desenvolvimento da criança 11

1.1 O lúdico como facilitador e motivador da aprendizagem 12

1.2 O lúdico como recurso pedagógico 13

1.3 Coletâneas de atividades lúdicas inclusivas 16

CAPÍTULO II

Aprendizagem e desenvolvimento de crianças com deficiência visual na

educação infantil 22

2.1 Deficiências visuais: aspectos gerais 22

2.2 A inclusão dos deficientes visuais na escola regular 23

2.3 Conceito e importância de uma sala de recursos 25

CAPÍTULO III

A prática educativa um dos caminhos para inclusão 30

3.1 A inclusão 31

3.2 A prática pedagógica 35

3.3 A relação entre o professor e o aluno com deficiência visual 37

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

ÍNDICE 43

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