documento orientador

3
João Araújo Nota: Procura-se no final de cada treino fazer uma peladinhaentre a equipa e também contra outros escalões. A duração do treino acima descrita não contempla o tempo dessas mesmas peladinhas, que vão tendo tempos diferentes a cada dia da semana. PS: Não esquecer o que traz as crianças e jovens aos treinos, a Paixão pelo jogo e cabe a nós treinadores dá-lo com diferentes dosesCriação de Contextos de Exercitação Sub12 S Escalas do Jogar Subprincípios e SubSubPrincípios Subprincípios e SubSubPrincípios Treino dedicado á técnica individual com interação de jogadores desde sub10 a sub13 MacroPrincípios e Subprincípios FOLGA Jogo Níveis de Organização da Equipa Individual e Sectorial Individual, Sectorial e Intersectorial Coletivo Padrão de Contração Muscular Dominante Recuperação Tensão Duração Espaços Reduzidos Reduzidos Grandes Nº de Jogadores Implicados Reduzido Reduzido Elevado Complexidade Baixa Moderada Alta Duração da Exercitação Curta Curta “Longa” Tempo de Exercitação 1-2 minutos 1-2 minutos 8-12 minutos Tipo de Metabolismo Dominante Anaeróbio Alático ou Lático Residual Anaeróbio Alático ou Lático Residual Aeróbio de alta intensidade Tipo de situações Semelhantes às de competição As que constituem mais esforço (saltos, travagens, mudanças de direção..) Muito semelhantes às do Jogo Tipo de Contexto Com muito entusiasmo Com muito estorvo Interação de muitos jogadores Duração da Sessão de Treino 35 a 45 minutos 60 minutos 60 minutos

Upload: joao-araujo

Post on 15-Apr-2017

362 views

Category:

Sports


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Documento Orientador

João Araújo

Nota: Procura-se no final de cada treino fazer uma “peladinha” entre a equipa e também contra outros escalões. A duração do treino acima descrita não contempla o tempo dessas mesmas “peladinhas”, que vão tendo tempos diferentes a cada dia da semana. PS: Não esquecer o que traz as crianças e jovens aos treinos, a Paixão pelo jogo e cabe a nós treinadores dá-lo com “diferentes doses”

Criação de Contextos de Exercitação – Sub12

2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S

Escalas do Jogar

Subprincípios e

SubSubPrincípios

Subprincípios e

SubSubPrincípios

Trei

no

ded

icad

o á

cnic

a in

div

idu

al c

om

inte

raçã

o d

e jo

gad

ore

s d

esd

e s

ub

10

a s

ub

13

MacroPrincípios e Subprincípios

FOLG

A

Jogo

Níveis de Organização da

Equipa

Individual e Sectorial

Individual, Sectorial e

Intersectorial

Coletivo

Padrão de Contração Muscular

Dominante

Recuperação Tensão Duração

Espaços

Reduzidos Reduzidos Grandes

Nº de Jogadores Implicados

Reduzido Reduzido Elevado

Complexidade

Baixa Moderada Alta

Duração da Exercitação

Curta Curta “Longa”

Tempo de Exercitação

1-2 minutos 1-2 minutos 8-12 minutos

Tipo de Metabolismo Dominante

Anaeróbio Alático ou Lático Residual

Anaeróbio Alático ou Lático Residual

Aeróbio de alta intensidade

Tipo de situações Semelhantes às de competição

As que constituem mais esforço (saltos,

travagens, mudanças de

direção..)

Muito semelhantes às

do Jogo

Tipo de Contexto Com muito entusiasmo

Com muito estorvo

Interação de muitos

jogadores

Duração da Sessão de Treino

35 a 45 minutos 60 minutos 60 minutos

Page 2: Documento Orientador

João Araújo

Neste contexto vivenciado no clube pode haver necessidade para alterações

no morfociclo padrão ou seja, estamos sempre dependentes de vários fatores

no futebol de formação desde o número de atletas presentes nos treinos, os

espaços para treinar, o haver treino nesse dia ou não e em que condições,

situações urgentes a corrigir que aconteceram no jogo anterior. É por isso

também uma operacionalização bem estruturada mas sempre aberta a novas

condicionantes, que vão surgindo no decorrer das semanas de trabalho.

O mais importante é haver um fio condutor que nos permita estar sempre

orientados e conscientes do que devemos fazer a cada dia de trabalho. Tudo

isto só faz sentido se estiver assente numa Ideia de Jogo Prévia, é ela que nos

guia.

É obrigatório o espaço para o Lúdico em todos os treinos sempre bem

doseado, o jogador ganhando ou perdendo tem de ter prazer naquilo que mais

gosta de fazer, e no treino há sempre “timing” para isso.

Sou totalmente contra aquela frase “do perder e ganhar é desporto”, quem está

em competição pressupõe-se que luta por algo, para mim o mais importante é

dar o melhor de si independentemente do resultado, é acabar o jogo e dizer

“estou satisfeito porque dei tudo que tinha pela equipa e por mim.” JA

Princípios Metodológicos

SupraPrincípio da Especificidade: o que orienta todo o Processo e deve

estar sempre intrínseco em todos os outros Princípios Metodológicos. É o

responsável de que tudo o que se realize esteja de acordo com o jogo

pretendido. É considerado específico tudo aquilo que está relacionado com o

Modelo de Jogo que estamos a criar.

Princípio da Progressão Complexa: Relaciona-se com o crescimento da

forma de jogar, com a distribuição semanal dos conteúdos, com a próxima

equipa adversária, com a alteração à nossa equipa por alguma lesão ou

castigo. Estes são alguns dos motivos que a tornam complexa, porque a

progressão ao longo dos dias, das semanas, dos meses, não é linear, tem a

ver com muitas situações.

Page 3: Documento Orientador

João Araújo

Princípio das Propensões: É o contexto estar mais propício a uma coisa do

que a outras. Está relacionado com a criação de contextos de exercitação para

que aconteça o que queremos e não definir previamente os comportamentos,

os comportamentos nunca sabemos, nem é bom que saibamos o que vai

suceder. O facto de criarmos contextos e não comportamentos beneficia a

criatividade.

Princípio da Alternância Horizontal em Especificidade: É o que nos refere

que devemos a todo o momento treinar a nossa forma de jogar, mas não sobre

o mesmo da nossa forma de jogar. Este Princípio até aos 14/15 anos não faz

muito sentido ter em conta rigidamente, no entanto deve cumprir-se, por causa

do crescimento e do desenvolvimento normal que os jovens deverão ter.

Trata-se então de uma alternância horizontal por referir-se á

necessidade de variarmos o nosso jogar e de gerirmos os binómios

EsforçoDesempenho e EsforçoRecuperação, que devem ser verificados

ao longo dos vários dias que compõem o Morfociclo.

MetaPrincípio da Divina Proporção: Refere-nos que Divina vem de Deus e

Proporção vem do facto de uns a terem e outros não, Depende da arte de cada

treinador gerir com Ciência uma realidade de grande complexidade e

dinamismo, e que pressupõe que o treinador tenha muito saber, faça muita

reflexão e tenha uma grande intuição.

Morfociclo Padrão: Morfo (forma) porque o que queremos é que aconteçam

determinadas configurações geométricas (formas), mas em função do modo

que queremos que os jogadores se relacionem para levarem a cabo a nossa

Ideia de Jogo. Padrão porque devemos garantir sempre e a todos os instantes

a presença da nossa Ideia de Jogo (o Padrão).

Fractal é a forma que mantém as suas características quando dividida

em partes menores. Devemos fraccionar a Ideia de Jogo mas nunca

perdendo a sua configuração, o Morfociclo.

Referências

(Frade, V. 2013; Tamarit, X. 2013; Maciel, J. 2011)