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ANNO XXI QUARTA-FURA 17 DE FBVERB1R0 DE 1886 NUMERO 20 ratucçio i imnudi Una Mmwm êm Oii.ld«p n. !• APÓSTOLO MlttM ADIANTAI).. Por anno 15.0ÇO Por semestre SjfGOQ Distribue-se ás Quartas, Sextas e Domingos ».__ lucem k.bHl* credite I. ...o (S. Joào cap. 12 T. 36). CUm. |,«q„e, «|«m«, „.„„, fCiU.ta de Pio IX & r(!jíl(vAo (,Oi4_Oíf0,0 j A lmpr_B»a eafhollca é ¦¦• verdadelri, mi««à« perpetua. (Palavras de Lefio XIII). PARTE OFFICIAL Portaria Luiz Ray mundo da Silva Brito, Pre- lado Doméstico de Sua Santidade, Protonotario Apostólico ad instar Participantiutn, Conego honorário da Santa Egreja Cathedral e Ca peita Imperial, Vigário Geraldo Bispado, etc. Tendo o Exm. e Rvm. Sr. Bispo dio- cesauo partido no domingo, 14 do cor- rente, para a visita pastoral na pro- vincia do Espirito Santo, mando que os Rvds. sacerdotes desta Diocese dèm nas Missas diárias, de accôrdo com as rubricas, a Oração—Àdesto Domine que se encontra no Missal, ua Missa pro peregrinantibus vel eler ngen- tibus, no logar da colleeta pro Papa, até que o mesmo Exm. e Rvm. senhor volte a esta Diocese. Dado nesta corte do Rio de Janeiro, aos 15 de Fevereiro de 1880. Monsenhor Luiz R.WMUNno da Silva Bkito, .Vigário Geral. ROMA Consistorio secreto de 15 de Janeiro de 1886 Nesse dia o Santo Padre Leão XIII fez um consistorio secreto, no palácio do Vaticano. O Emm. Cardeal Simeoni tendo terminado o tempo de seu cargo de Carmolcngo do Sacro Collegio. apre- sentou a bolsa do uso ao Santo Padre. que dignou-se entregai a ao Emm. Car- (leal Barloüni. Em seguida o Carde.il Capecelatro se demittindo do titulo presbyteral dos Santos Nereu e Achil- les, optou pelo titulo vago de Santa Maria do Povo. Depois Sua Santidade pronunciou uma allocuçãoe em seguida dignou-se prover as seguintes egrejas : A Egreja palriarehat da Autio- chia, do rilo latino, para Monsenhor Vicente Tizzáni. A Egreja metropolitana de Scvà- lha para o Eram. Cardeal Zepherifio Gonzalez v Dias Tunon. A Egreja titular archiepiscoiinl de Epheso para Monsenhor Tobia Kerby. A Egreja metropolitana d'Ucbino para o Rvd. Carlos Borgognoni. A Egreja metropolitana de Guate- mala, nn America Central, para o Rvd. Rica ido Casario va. A Egreja titular episcopal de Sa- ma ria para o Exm. liàgiljo Leto, Bispo demissionário de Biella. A Egreja cathcdral de Tarnovia para Monsenhor Ignacio Lobos. A Egreja cathedral d* Piedemonte d'Alfi para Monsenhor Antônio Scotti, auxiliar de Benevent, transferido da egreja titular episcopal de Sarepta. A Egreja cathedral de Biella para o Rvd. domingos Camino. .4 Egreja titular episcopal de Mes- serie pára b Conego Prioste da cathe- dral de Fossònbrone Luiz Bonetti. 4 1'lgreja titular episcopal de Terme para o Rvd. Luiz Canestrari, Prioste da collegiada do Force. A Egreja titular episcopal de Se- basto para o Rvd. Nicolas Lanoli, Co- nego de Bdonia. Sua Santidade notificou em seguida os tiòrnés ás- egrejas seguintes, pro- vidas precedentemente por breve: .4. Egreja titular archiepiscopal de Cgzique para o Exm. joào Lany. Ar cebispo demissionário do Santa no Novo México. A delegação como auxiliar do Mon senhor Antônio Sebastião Valente, Arcebispo de Gôa, para o Exm. Hen- rique José Reedda Silva, Bispo titular de Philadelphia. A Egreja titular episcopal de Ju lippdtis para o Rvd. Jorge Vicente King, Dominicano. A Egreja. lilular episcopal de Me- (ellopolis para o Rvd. Càsimiro Vi'1, da Cougregaçòo da Alíssão. 4 Egreja titular episcopal </'¦ Te- '" APÓSTOLO Rio, 17 de Fevereiro de 1886. Gatechese e colonisação Poslo que sejam a estes dous ramos de nossa administração publica que se prende inteiramente o nosso futuro, entretanto é incomprehensivel o pro- ceder de nosso governo, mostrando se a um inditíerente e a outro sem me- thodo prodigamente dedicado ; de fór- ma que com grande prejuízo nosso tem- se tornado a colonisação estrangeira ou um sorve louro de nossas rendas, ou ui'do de protecção para os afilhados e protegidos do governo. temos tratado por diversas \ezes destas questões, e som esquecermos a importância da coionisacão e o futuro prospero que ella nos possa trazer, sendo bem dirigida e de modo nenhum explorada; outras tantas temos de- monstrado a necessidade dn cateclie.se duradoura e religiosamente dirigida, como meio eflicaz e único de chamar- se ao grêmio da civilisação a ess.s milhões de brázileiros embrutc.-idos e quaes feras perdidas por nossas maltas, n-lo deixando de trazer a civilisação desses selvagens o progresso do paiz, o desenvolvimento ia lavoura, do com me; cio, e o augmento das rendas, por- que tornarão prodjictòres e.consti* midores ao mesmo temoo. !-•' uma verdade iriconcussá. a religião poderá ciyilisar os selvagens, transformar seus costumes e tVázéi-os FüXHKTIM DO APÓSTOLO LIONELLO OBRA HISTÓRICA PE 1.0 PADRB ANTÔNIO BRESCIANI tcple piwLi n livd. João Baptista Au zer, missionado deStev Finalmente, o pedido do sKgràdo á communhão i.raziloira. Pallium foi feito ao Soberano l'_nli- fico-para as Egrejas metropolitanas d-'1 Sevilha, Urtino e Guatemala, como para as Egrejas metropolitanas de No- va-Yurk em favor do Exm. Agostinho Corrigan, e de Santo André de Edèm bourg em favor do Exm. Guilherme Smith. XI.—O JIR.VMKNTO (Continuação do n. 10) O pai dc Alberto ora nobre, morreu dei- xando dividas, que sua esposa não póçle pa- gar; escreveu por isso no fillio, dizendo- lio que os seus meios a forcavam a tirai-o dos estudos. Marino, o amigo dc Alberto, soube-o o disse-lhe: Nflò posso soffrer que tu vás sem aea- bares os estudos. Escreve a tua mãi, c dize- lhe que eu me encarrego de prover a todas as tuas despezas. Desde então Marino, para evitar que a sua familia soubesse que eram duas pessoas a sustentar com uma mesada, deixou todos os divertimentos tine a maior parte dos man- cebós costumam procurar. Algum tempo depois de ter tomado grão do bacharel, Alberto cahio nas garras deum insinuante dos carbonarios. As armadilhas e seducç-es* de que ò rodea- ram. jizoram com qüe ello fosse um ardente partidário dn Carbonafia, e arrastasse com- sigo o desgraçado Marino. O caracter de Alberto era altivo, ardente, intrépido ate si temeridade, a sua imaginação viva e inquieta; " seu espirito fácil, ea vou- tado firmo até a obstinãçno> Marino tinha um caracter franco e gene- roso, proinpto para se encolerisar; 'mas em compensação facilmente se apaziguava, com- passivo cóm os desgraçados, cortez e liberal com os seus amigos, nobre no seu procedi- mento, o agradável no seu modo de fallar. Alberto, vivendo no mesmo quarto o a' custa de Marino, estudava com afinco, o sahio da universidade com o titulo de doutor como seu amigo, cmn quem veio para o seu paiz, o cujos benefícios e amizade lhes minoraram as suas desgraças domesticas. Mas a Vcndita Carbônica, cujo engenho em descobrir ps grandes talentos era noto- rio, não deixou de ver que Alberto lhe podia prestar grandes serviços, e por isso o empre- gava freqüentemente nos negócios mais peri- gosos da seita. Tratava-se. de grandes emprezas secretas com os adeptos de algumas províncias, man- daram para Alberto. Muniram-o de bas- E nunca se tratando bastante desta questão], que a nossa imprensa vota ao esquecimento somente para advogar a perniciosa colonisação estrangeira re- (•Pitada, agora voltamos de novo ao assumpto, attentos os últimos actos do tanto dinheiro e de um passaporte falso, subio pára nina carruagem de posta, e via- java como um mancebo estrangeiro. Ou porque tis precauções que tomou tos- sem poucas, ao atravessar algumas cidades, ou porque tivesse despertado suspeitas na policia, nu por outro qualquer motivo, foi preso onde menos o esperava. Ghogara :i uma cidade e resolvera, en- trando na melhor hospedaria, demorar-se ahi alguns «tias como um grfi-s>»nhor, tratando juntamente de alguns negócios. O governador, hòitierâ de grande penetra- cão c tar to lino, nâo o pôde vér com bons olhos: foi um dia á hospedaria onde estava Alberto, e chamando de .parte o criado, disse-lhe : ²Queres ganhar uma pistola ? ²Qa&riÒ, sim, senhor. ²Deixa-me vôr a carteira do viajante. ²K' impossível, meu senhor. ²Porque? ²Forque a traz sempre comsigo. ²\li! é isso ? EntáO o mal não 6 tão grande. Elle toma café depois do jantar ? ²Toma, sim hieu senhor. ²Pois h un. Hoje, quando lli'o botares na ehavena, fazes uma pequena bernardice, e deitãé umas gottas, como por descuido, na manga do casaco; elle ha de gritar e chamar- te imbecil; tu fazes u;na careta de tristeza, vai-lhe buscar o chambre, pedindo-lhe o ca- saco pnra o enxofrar ; com certeza o homem não pensa na carteira, e tu trazes-nVa ao quarto onde eu estiver. nosso governo relativos á primeira destas questões. s O homem quo se interessa verda- deirarnente pelo futuro da pátria nunca poderá" louvar o procedimento anti- patriótico e anti-social do governo, mandando suspender, por /alia de verba, os trabalhos de um missionário em Santa Catharina, e ao mesmo tempo abrindo extraordinários créditos em beneficio dos colonos estrangeiros de uma provincia, e nomeando dire- ctores de índios e de cateehese a secu- lares sem habilitações, como suecede nas províncias do Espirito Sai. > e Goyaz. Proceder desse modo é querer alfas- tar completamente a religião dos hahi- tos populares, ou então ignorar a influencia religiosa sobre a sociedade e familia. e declarar inútil ;is missões entre o-í sevicolas. Os assaltos freqüentes dos índios em diversos- pontos do império, e o modo bárbaro por quo são elles repellido., tornam 'ão notável a injustiça do go- verno prohibindo as missões em Santa Catharina, que perante a ciyilisàçãO, as boas normas de governo e o pátrio- tismo não encontra se para o acto do ministro uma justificativa. Não pôde sei" a idéa de economia, porquanto pelo mesmo ministro foram abertos os cofres públicos e derramados a favor c em meras commodidades dos eolonos. O governo, na illr.são úo futuro da colonisação estrangeira, não coafpre- heude a importância da catechese, e apegar de tanto appellar para o pro- gresso e civilisação moderna, consente, permitte, dentro de um paiz que s> «Jiz civilisado e que tanto tem feito em be- nelieio da abolição da escravatura, a mais vergonhosa, a mais torpe de todas as escravidões, a do espirito, a Assim aconteceu. Alberto encoJerisou-see não pensou mais no casaco, nem mesmo lhe veio an pensamento a lembrança da carteira. O rapaz levou a ao governador, qüé pêreor- réu rapidamente os sobrescriptos das cartas, que eram dirigidas a muitos carbonarios de Roma, Nápoles e outras cidades ; tomou nota delles, e restituio logo tudo. Alberto tornou a vestir o casaco, e no dia seguinte partio. O governador mandara postar a algumas milhas da cidade três carabiueiros, que fi?.e- ram parar a carruagem de Alberto, e. lhe pediram o seu passaporte examinaram-,, e disseram-lhe que não estava em regra, e que tinha de voltar á cidade e apresentár-se,á policia ; Alberto reclamou, mas foi forçado a ceder. A policia visitou minuciosamente todos os seus papeis, achou alguns ainda mais sus- peitos, e prendeu-o. No dia seguinte tizeram-lhe um longo in- terrogatorio o governador, os commissarios e o agente fiscal ; as respostas foram a mudez. Trouxeram-lhe de jantar, não o comeu. No dia seguinte o governador veio visital-o; pro- curou por todos os meios descobrir os conjn- rados que com elle estavam cm relação. Não obteve resposta. Alberto conservava-se immovel, os olhos fixos no chão, os beiços e dentes cerrados, os braços cruzados. (Continua)^;. ,. .ív>'!*í ¦..''''."ViT^i : I í ¦.¦.;v'!;ÍC' ¦ ; r

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ANNO XXI QUARTA-FURA 17 DE FBVERB1R0 DE 1886 NUMERO 20

ratucçio i imnudiUna Mmwm êm Oii.ld«p n. !• APÓSTOLO MlttM ADIANTAI)..

Por anno 15.0ÇOPor semestre SjfGOQ

Distribue-se ás Quartas, Sextas e Domingos».__ lucem k.bHl* credite I. ...o (S. Joào cap. 12 T. 36). CUm. |,«q„e, «|«m«, .« „.„„, fCiU.ta de Pio IX & r(!jíl(vAo (,Oi4_Oíf0,0 jA lmpr_B»a eafhollca é ¦¦• verdadelri, mi««à« perpetua. (Palavras de Lefio XIII).

PARTE OFFICIALPortaria

Luiz Ray mundo da Silva Brito, Pre-lado Doméstico de Sua Santidade,Protonotario Apostólico ad instarParticipantiutn, Conego honorárioda Santa Egreja Cathedral e Capeita Imperial, Vigário GeraldoBispado, etc.

Tendo o Exm. e Rvm. Sr. Bispo dio-cesauo partido no domingo, 14 do cor-rente, para a visita pastoral na pro-vincia do Espirito Santo, mando que osRvds. sacerdotes desta Diocese dèmnas Missas diárias, de accôrdo com asrubricas, a Oração—Àdesto Domine —que se encontra no Missal, ua Missa —pro peregrinantibus vel eler ngen-tibus, no logar da colleeta pro Papa,até que o mesmo Exm. e Rvm. senhorvolte a esta Diocese.

Dado nesta corte do Rio de Janeiro,aos 15 de Fevereiro de 1880.

Monsenhor Luiz R.WMUNno da SilvaBkito, .Vigário Geral.

ROMAConsistorio secreto de 15 de

Janeiro de 1886

Nesse dia o Santo Padre Leão XIIIfez um consistorio secreto, no paláciodo Vaticano. O Emm. Cardeal Simeonitendo terminado o tempo de seu cargode Carmolcngo do Sacro Collegio. apre-sentou a bolsa do uso ao Santo Padre.que dignou-se entregai a ao Emm. Car-(leal Barloüni. Em seguida o Carde.ilCapecelatro se demittindo do titulopresbyteral dos Santos Nereu e Achil-les, optou pelo titulo vago de SantaMaria do Povo. Depois Sua Santidadepronunciou uma allocuçãoe em seguidadignou-se prover as seguintes egrejas :

A Egreja palriarehat da Autio-chia, do rilo latino, para MonsenhorVicente Tizzáni.

A Egreja metropolitana de Scvà-lha para o Eram. Cardeal ZepherifioGonzalez v Dias Tunon.

A Egreja titular archiepiscoiinl deEpheso para Monsenhor Tobia Kerby.

A Egreja metropolitana d'Ucbinopara o Rvd. Carlos Borgognoni.

A Egreja metropolitana de Guate-mala, nn America Central, para oRvd. Rica ido Casario va.

A Egreja titular episcopal de Sa-ma ria para o Exm. liàgiljo Leto, Bispodemissionário de Biella.

A Egreja cathcdral de Tarnoviapara Monsenhor Ignacio Lobos.

A Egreja cathedral d* Piedemonted'Alfi para Monsenhor Antônio Scotti,auxiliar de Benevent, transferido daegreja titular episcopal de Sarepta.

A Egreja cathedral de Biella parao Rvd. domingos Camino.

.4 Egreja titular episcopal de Mes-serie pára b Conego Prioste da cathe-dral de Fossònbrone Luiz Bonetti.

4 1'lgreja titular episcopal deTerme para o Rvd. Luiz Canestrari,Prioste da collegiada do Force.

A Egreja titular episcopal de Se-basto para o Rvd. Nicolas Lanoli, Co-nego de Bdonia.

Sua Santidade notificou em seguidaos tiòrnés ás- egrejas seguintes, pro-vidas precedentemente por breve:

.4. Egreja titular archiepiscopal deCgzique para o Exm. joào Lany. Arcebispo demissionário do Santa Fé noNovo México.

A delegação como auxiliar do Monsenhor Antônio Sebastião Valente,Arcebispo de Gôa, para o Exm. Hen-rique José Reedda Silva, Bispo titularde Philadelphia.

A Egreja titular episcopal de Julippdtis para o Rvd. Jorge VicenteKing, Dominicano.

A Egreja. lilular episcopal de Me-(ellopolis para o Rvd. Càsimiro Vi'1,da Cougregaçòo da Alíssão.

4 Egreja titular episcopal </'¦ Te-

'" APÓSTOLORio, 17 de Fevereiro de 1886.

Gatechese e colonisação

Poslo que sejam a estes dous ramosde nossa administração publica que seprende inteiramente o nosso futuro,entretanto é incomprehensivel o pro-ceder de nosso governo, mostrando sea um inditíerente e a outro sem me-thodo prodigamente dedicado ; de fór-ma que com grande prejuízo nosso tem-se tornado a colonisação estrangeiraou um sorve louro de nossas rendas,ou ui'do de protecção para os afilhadose protegidos do governo.

Já temos tratado por diversas \ezesdestas questões, e som esquecermos aimportância da coionisacão e o futuroprospero que ella nos possa trazer,sendo bem dirigida e de modo nenhumexplorada; outras tantas temos de-monstrado a necessidade dn cateclie.seduradoura e religiosamente dirigida,como meio eflicaz e único de chamar-se ao grêmio da civilisação a ess.smilhões de brázileiros embrutc.-idos equaes feras perdidas por nossas maltas,n-lo deixando de trazer a civilisaçãodesses selvagens o progresso do paiz,o desenvolvimento ia lavoura, do comme; cio, e o augmento das rendas, por-que sé tornarão prodjictòres e.consti*midores ao mesmo temoo.

!-•' uma verdade iriconcussá. Só areligião poderá ciyilisar os selvagens,transformar seus costumes e tVázéi-os

FüXHKTIM DO APÓSTOLO

LIONELLOOBRA HISTÓRICA

PE 1.0

PADRB ANTÔNIO BRESCIANI

tcple piwLi n livd. João Baptista Auzer, missionado deStev

Finalmente, o pedido do sKgràdo á communhão i.raziloira.Pallium foi feito ao Soberano l'_nli-fico-para as Egrejas metropolitanas d-'1Sevilha, Urtino e Guatemala, comopara as Egrejas metropolitanas de No-va-Yurk em favor do Exm. AgostinhoCorrigan, e de Santo André de Edèmbourg em favor do Exm. GuilhermeSmith.

XI.—O JIR.VMKNTO

(Continuação do n. 10)

O pai dc Alberto ora nobre, morreu dei-xando dividas, que sua esposa não póçle pa-gar; escreveu por isso no fillio, dizendo- lioque os seus meios a forcavam a tirai-o dosestudos.

Marino, o amigo dc Alberto, soube-o odisse-lhe:

— Nflò posso soffrer que tu vás sem aea-bares os estudos. Escreve a tua mãi, c dize-lhe que eu me encarrego de prover a todasas tuas despezas.

Desde então Marino, para evitar que a suafamilia soubesse que eram duas pessoas asustentar com uma só mesada, deixou todos

os divertimentos tine a maior parte dos man-cebós costumam procurar.

Algum tempo depois de ter tomado grãodo bacharel, Alberto cahio nas garras deuminsinuante dos carbonarios.

As armadilhas e seducç-es* de que ò rodea-ram. jizoram com qüe ello fosse um ardentepartidário dn Carbonafia, e arrastasse com-sigo o desgraçado Marino.

O caracter de Alberto era altivo, ardente,intrépido ate si temeridade, a sua imaginaçãoviva e inquieta; " seu espirito fácil, ea vou-tado firmo até a obstinãçno>

Marino tinha um caracter franco e gene-roso, proinpto para se encolerisar; 'mas

emcompensação facilmente se apaziguava, com-passivo cóm os desgraçados, cortez e liberalcom os seus amigos, nobre no seu procedi-mento, o agradável no seu modo de fallar.

Alberto, vivendo no mesmo quarto o a'custa de Marino, estudava com afinco, o sahioda universidade com o titulo de doutor comoseu amigo, cmn quem veio para o seu paiz, ocujos benefícios e amizade lhes minoraramas suas desgraças domesticas.

Mas a Vcndita Carbônica, cujo engenhoem descobrir ps grandes talentos era noto-rio, não deixou de ver que Alberto lhe podiaprestar grandes serviços, e por isso o empre-gava freqüentemente nos negócios mais peri-gosos da seita.

Tratava-se. de grandes emprezas secretascom os adeptos de algumas províncias, man-daram para lá Alberto. Muniram-o de bas-

E nunca se tratando bastante destaquestão], que a nossa imprensa vota aoesquecimento somente para advogar aperniciosa colonisação estrangeira re-(•Pitada, agora voltamos de novo aoassumpto, attentos os últimos actos do

tanto dinheiro e de um passaporte falso,subio pára nina carruagem de posta, e via-java como um mancebo estrangeiro.

Ou porque tis precauções que tomou tos-sem poucas, ao atravessar algumas cidades,ou porque já tivesse despertado suspeitas napolicia, nu por outro qualquer motivo, foipreso onde menos o esperava.

Ghogara :i uma cidade e resolvera, en-trando na melhor hospedaria, demorar-se ahialguns «tias como um grfi-s>»nhor, tratandojuntamente de alguns negócios.

O governador, hòitierâ de grande penetra-cão c tar to lino, nâo o pôde vér com bonsolhos: foi um dia á hospedaria onde estavaAlberto, e chamando de .parte o criado,disse-lhe :

Queres ganhar uma pistola ?Qa&riÒ, sim, senhor.Deixa-me vôr a carteira do viajante.

K' impossível, meu senhor.Porque?Forque a traz sempre comsigo.\li! é só isso ? EntáO o mal não 6 tão

grande. Elle toma café depois do jantar ?Toma, sim hieu senhor.Pois h un. Hoje, quando lli'o botares na

ehavena, fazes uma pequena bernardice, edeitãé umas gottas, como por descuido, namanga do casaco; elle ha de gritar e chamar-te imbecil; tu fazes u;na careta de tristeza,vai-lhe buscar o chambre, pedindo-lhe o ca-saco pnra o enxofrar ; com certeza o homemnão pensa na carteira, e tu trazes-nVa aoquarto onde eu estiver.

nosso governo relativos á primeiradestas questões. s

O homem quo se interessa verda-deirarnente pelo futuro da pátria nuncapoderá" louvar o procedimento anti-patriótico e anti-social do governo,mandando suspender, por /alia deverba, os trabalhos de um missionárioem Santa Catharina, e ao mesmo tempoabrindo extraordinários créditos embeneficio dos colonos estrangeiros deuma só provincia, e nomeando dire-ctores de índios e de cateehese a secu-lares sem habilitações, como suecedenas províncias do Espirito Sai. > eGoyaz.

Proceder desse modo é querer alfas-tar completamente a religião dos hahi-tos populares, ou então ignorar ainfluencia religiosa sobre a sociedade efamilia. e declarar inútil ;is missõesentre o-í sevicolas. •

Os assaltos freqüentes dos índios emdiversos- pontos do império, e o modobárbaro por quo são elles repellido.,tornam 'ão notável a injustiça do go-verno prohibindo as missões em SantaCatharina, que perante a ciyilisàçãO,as boas normas de governo e o pátrio-tismo não encontra se para o acto doministro uma justificativa.

Não pôde sei" a idéa de economia,porquanto pelo mesmo ministro foramabertos os cofres públicos e derramadosa favor c em meras commodidades doseolonos.

O governo, na illr.são úo futuro dacolonisação estrangeira, não coafpre-heude a importância da catechese, eapegar de tanto appellar para o pro-gresso e civilisação moderna, consente,permitte, dentro de um paiz que s> «Jizcivilisado e que tanto tem feito em be-nelieio da abolição da escravatura, amais vergonhosa, a mais torpe detodas as escravidões, a do espirito, a

Assim aconteceu. Alberto encoJerisou-seenão pensou mais no casaco, nem mesmo lheveio an pensamento a lembrança da carteira.O rapaz levou a ao governador, qüé pêreor-réu rapidamente os sobrescriptos das cartas,que eram dirigidas a muitos carbonarios deRoma, Nápoles e outras cidades ; tomou notadelles, e restituio logo tudo.

Alberto tornou a vestir o casaco, e no diaseguinte partio.

O governador mandara postar a algumasmilhas da cidade três carabiueiros, que fi?.e-ram parar a carruagem de Alberto, e. lhepediram o seu passaporte • examinaram-,, edisseram-lhe que não estava em regra, e quetinha de voltar á cidade e apresentár-se,ápolicia ; Alberto reclamou, mas foi forçado aceder.

A policia visitou minuciosamente todos osseus papeis, achou alguns ainda mais sus-peitos, e prendeu-o.

No dia seguinte tizeram-lhe um longo in-terrogatorio o governador, os commissariose o agente fiscal ; as respostas foram amudez.

Trouxeram-lhe de jantar, não o comeu. Nodia seguinte o governador veio visital-o; pro-curou por todos os meios descobrir os conjn-rados que com elle estavam cm relação.

Não obteve resposta.Alberto conservava-se immovel, os olhos

fixos no chão, os beiços e dentes cerrados, osbraços cruzados.

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QUÀRTA-FKIRà 17 DE FEVKRHBO DE 1886do pagani>mo, na qual jazem os selvagens brazileiros privados de instruo-çào. de religião, de b.iptismoede todosos direito?- por causa de economia sar-castiça o menti ros*» do nosso governo.

Mais do qne a escravidão legalisadànos envergonham os selvagens em senestada de embrutccimento em que vi-vem üo uliitiio qiiaVtòl do século XIXsem que ate hoje, tenha o governo em-pregado fftelòs eflicnzes qtie os civüi-sem e ds chamem ao grêmio da com-mnnh.lo brazileira.

Não se pode compreheuder que ogoverno do lirazit, querendo e;:tinguira escravidão, des"j.indo atfrahir a colonisaçào estrangeira para povoar nos-sos desertos, procurando augmentar apopulação do Império, mande éxfíhgiiir o.s selvageüs pela bala. pelo fogo.pelo extermínio, ou os abandone noestado de selvàgèria por falta dè ummissionário que nada exige, quo nadapede. » m coiisa alguma augrnenta asdespezas da nação.

Para concluir o mostrar a utilidadedas missões transcrevemos o trechoseguinte do nma correspondência deLisboa para o Jornal do lieeife, unena atualidade merece ser registrado :

« Mai.s uma vez se me vai d ¦pararoceasião de tecer encorálos á utililadedas mis-ões religiosas para civil isar. ospovo.- imniersns nas trevas da harb*--

.ria, o não a perco, tão convencido es-tou da sua manifesta importância edos imraraefos proveitos que dellasadvô •!.

Relevantes serviços tèm prestadotõd(»-. ps missionários catholicos, elo-giados pelos próprios ministros tle ou-trás religiões.

Guiados ou por fanatismo religioso.ou por outro qualquer motivo que menão importa saber, as suas fadigas eprivações (diante das quaes nunca tre-pidam) tèm sido da mais alta conve-niencia para o estabelecimento de qual-quer poder estrangeiro no seio dosporo» incultos e ferozes. Se á conduetae mansidão dosjesuitas que abordaramao Brazil durante [Os 150 aunos imme-diaíos ã sua descoberta se não hou ves-sem contraposto os destemperos doscolonos e a brutalidade do militarismo,a civilisação dos indígenas ter-se iarealiza-io e poderíamos nós contar paraa obra do nosso futuro com esse ele-mento intelligente, de-tro. que não orapara desprezar.

Os tempos mudaram, mas nessasalmas escurecidas, essas intelligeuciaserabruteci ias. o primeiro pharoj rjueas pode allumiar e esclarecer cou'ioúaasei' — a iv li gião. »

existir diversos pròji-etos dos Rocinltataa paraazarem voar alguns dos principaes editleio*públicos, i« pnrtl|ü}ar]nente apoderarem-sedo arsenal d* Woohvieh para munirem-se dearmas e do petreelio* bellicos.

As autoridades exercem n maior vigilaneia.Pariz, lodo Fevereiro..íú partiu pura o Annam o Sr. Pau! Rert,

nomeado recentemente residente gernl daFranca nlli e no Tonkim.

Todos esperam optiuios resultados destacommissAo confiada au Sr. Rert.

Monlrridrn, \\ du Fevereiro.Thomaz fíomensoro ausentou-se da Remi-

blica do Urttguay.O coronel Pnmpillon. ten'to-se manifes-

tado partidurio de tuna revolue.íío contra ogoverno ãctüal. loi eliminado dos quadros doexercito nacional.

O íreneral Arredondo foi victima emHuenos-Avres de uma tentativa de assassi-nato ; um indivíduo acercou-se delle e dispa-rou-lhe um tiro que felizmente nao acertou.

O assassino foi preso.15 de Fevereiro.

Abrio.seo parlamento.O Sr. Dr. F. Antônio Vidal foi chuto pre-

sulente da cionara alta.A mensagem presidencial, lida na câmara,

diz que ns reliçòes da Republica com os pai-zes est ran irei ros sito boas ; faz uma resenhados trabalhos parlamentares da ultima ses-são Jegislativn ; cbaiua a attenção da câmarapara algüniías medidas de utilidade publica,a tomar nn consideração durante os traba-lbos dn actual sessão: diz que a situaçãofinanceira dp paiz ê boa. e que o governoconfia na manutenção da paz do interior da

marinha, os navios estrangeiros, ar-riando «bandeira, saudaram o Prelaíloda Kgrej.i Fluminense.

O Sr. Reis Ccwallleirosameute e comtoda a ofltci.tlidadc prodiçalisou a S.Ex. as maisf iaêquivooas provas dedistincçàV», conversando com S. Kx. atéa hora da parti lado vapor.

Ao passar o paquete pela fortalezade Villegaiguoii foiarn-lhe feitas ascontinências, dando a salva a que tinha direito.

Acompanham a S. Ex, Rvma. du-rante a visita os Rvds. Srs. padresToveri, Furtado de Figueiredo « Fer-reira do* Santos.

A S. Kx. desej-amos feliz viagem.Graça. — Por decreto de Li do c >v-

rente foi nomeado cavallèiro da Ordemde Christo o padre Borüardíuó Jorge,pirocho collàdò da freguezia de SantoAntônio da Encruzilhada, na provinciado kio de Janeiro.

nacaO,(Do Jornal do Comiercio).

mmm noticiosa

iKLlíGRAM.UASVienna. 13 de Fevereiro.

0 governo russo declarou por fim aceitara união da Bulgária com a Rumelia.

Cont ti declaração do gabinete de S. Peters-burgo, estilo todas as grandes potências deaccordo ivste ponto da questão dos Balkans,ee de suppor que a tranquillidade se resta-beleça alli.

Londres, \\\ de Fevereiro.Os operários das fabricas estabelecidas em

Lcicesrter fizeram tumultos que as autorida-des a -cm«to conseguiram dominar.

Ha «lii grande numero de operários semtrabalho om virtude da crise actual, e foieati cireiimstancia que oecasionou os dis-turbina. ,

Receiam-se manifestações idênticas em di-?ersos pontos do, reino.

-—*1Í de Fevereiro.Correm com insistência boatos assustado

Dotes para as expostas. — Sobn. 0,555, e com data de G do corrente,ex pedio >e pelo ministério do impérioo seguinte decreto, confirmando a deliberação da mesa e junta da SantaCasada Misericórdia creando um cofrede dotes para as expostas :

Attendendo ao qae representou oprovedor da Santa Casa da Miseri-cordia desta corte, hei por bem con-firmar a deliberação que tomou a mesae junta da mesma Santa Cisa, em ses-sào de 28 de Junho ultimo, de crear,ua fôrma da proposta que adoptou. umofrede dotes para as expostas, íicaudo auctorisadaa mesa administrativa,ern conferência om as ridiniiiistraçõesdo recolhi mento da> orphãs e da casados expostos, a regular as con liçõescom que as expostas devem ser adiiiittidas o educadas naquelle recolhimentoe a alterar para esse fim os estaiutose regimento respectivo; comlanlo queso não contrariem as bases principaesdestes.

0 barão de Mamoré. do meu eonso-lho. senador do Imporia, ministro e se-c reta rio de listado dos negócios doImpério, assim o tenha entendido efaca.executar. Palácio do Rio de Janeiro. em (ide Fevereiro de 1*80 C5°da Independência e do Império. Com a rubiica de S. M. o Imperadcr.—Barão de Síamofé.

O Exm. ç Kvm. Sr. Bispo Diocesano.— Como foi annunciado realizou-se nodqmmgo iio arsenal de marinha o em-baiqnede S. Kx. Rvma. para a provincia do Fspirit.i-Santo. onde foi con-iihuár a visita pastoral.

No arsenal, onde foi S. Kx. Rvma.recebido pelo Kxm. Sr. Barão de Ivinhema, foram lhe prestadas as honras econtinências d?ívidãs á sua alta gerai-chia pelo batalhão naval e aprendizesmarinheiros

Ácbavain-se esperando o Sr. Bispoque chegará acompanhado do lixm.Monsenhor Vigário Geral padresKluardi» Christão, Mano d Furtado doFigueiredo, Antuiio Alves FerreiradosSantos. Toveri e Senlígerp : Os Rvíns.Conegos Duarte Silva, Gouvôa, Moliua.padre José Antônio Rodrigues, secre-tario do bispado, Vigários de Santa - --, ...l,„-.^Rita. de SautWnna, de Nictlieroy. dejua França de estabelecer-se um pesadoS. ("uristovào, Frei Santa Maria.'Mon imposto sobre todos ,>> oslrang-dros>ciihor Victorino. pulres Henuilauo dn pela residência no tomtò.fió francez.llrito, Motuui. (i.irc. I. os esiuiJalites (,,)"io meio de prol^cçào á industria edo seminário d*1 S. José, os meninos da commeroio nacional.'

Na actual sessão da eatuarà seráapi:ese,ufado o projecto de lei.

Díaute tio procelinomto do nossogoveruo uão commüiiiainos tal no-licia.

Catechese.—Venjlo corn razio nacatechese o meio efíicaz de evilar naeorrerias e tropellas ^os.iiidios, q\\9muiío menos diffícil e impedir do quereprimir, solicitou a presidência daprovíncia de MattoGrosso augmentode credito e a remess.t de missionáriospara pacificação dos indios que errarapelas margens dos rios Paraguay,Ciiyabá e S. Lourenço. liste pedido nãopôde ser satisfeito por falta de meiossufíicientes As necessidades do serviçoda catechese. declarando o ministérioda agricultura que os solicitará da as-sembiéa geral na sua próxima reunião.

0 governo, zeloso dos dinheiros pu.blieos.não quer autorisar despezas coma catechese por falia do verba e es-pera autoiisaçlo da assembléa geral;mas entretanto sem verba e sem meiosda assembléa abre créditos a favor daimmigiYioào, e continua a pagar adiária ao engenheiro Grevy por contado açude in'fi-ri de Quixadá.

Para os selvagens, fogo, bala, ex-termiuio.Jíscravlilâi».—Falleceu o sepultou-se

anto-hontem uma das victimas dessavergonhosa instituição, de que sob amesma epigraphe dêmos noticia, e queforam apresentadas a toda a imprensada côrté;

0 cadáver foi autopsiado no Necro-terio achando se presentes muitas pes-soas. médicos e representantes daimprensa.

Collegio fechado. — Por ordem dainspectoria geral de sa mio f d fechadoo collegio Abílio, em lídafogo, por setirem dado alli alguns raso-; de febreamarella, devendo ser desinfetada todaa casa.

Nihilisnío.—Em Varsóvía foi desço-herta uma conjuriçâo hihiiista, em cou-scqnoncia de assassinatos commettidoscai agentes de policia.

Foram presos MO filiados, se ido quasitodos russos.

Areebispüdo <l,t Bahía. — Concede-r im -o às honras do CõiiegÒ da i at ie>dral do ar.ujbispad.) da Hahiaao padreMarci mo da Silva Cardoso.

Continuou-s ? a renuncia que tez »Qnuego Joio Fvaugeüsta dos SantosÇasiro da cadeira de probonda inteirada cathedral do arcebispad » da liahia.

Liberdade republirma —Trata-se

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res de e*»tar seriamente ameaçada a tranquil-lidade publica; ê o caso que assegurara lanchas da companhia e do arsenal de

conferência d" S. Viceníe «io Paulo, deSanto Auionio. e ainda os Srs FloronlinoMonteneg o eGnilhoriue Morrissv.

Despedindo se de t<id-»;s emiiarcoiiS.Ex. em uma lancha especial que fôracedida pelo Sr. ininistro da marinha.sendo acompanhado até o embarque,pelo Kxm. Sr. Harão do Ivinheo» i ,-tquem S. Kx. agradeceu a fineza.

Acompanharam o Sr. Bispo até ovapor .Monsenhor p.rito. Vigário Geral.padrCs José Aulonio Rodrigues, secre-tariô do bispado. Monsenhor Victorino,Conego Aureliano, Viganode SanCAnua, Herculano de Rito Fduarlo. Soa-ligero Maravalho o o Sr. I-MorenlinoMontenègro.

No portaló* do vapor foi S. Kx. Rvma.recebido pelo gerente da CompanhiaEspirito-Santo e Caravella^. o Sr. JoãoJosé dos Reis Junior, e pela oíflciali-dade de bordo.

Apenas embarcado o Sr. Bispo ato-pelou o paquete no mastro grande opavilhão nacional, ft áaivarám os nos-sos navios de guerra e fortalexas.

Quando singrava o paquete em* de-manda da barra, acompanhado pelas

Tiu líispoem ferros. — Diz nm cor-respondente de Sanziton que o lihpoinglez Hannington, quaudo ia emviagem de Mombaça para o lago Vic-tono Nyanza, foi feito prisioneiro peloregulo de Uganda.

Ha motivos para acre iitar.diz o cor-respoudeuto.que o regulo mandará ma-tar o Bispo. •

Velocidade da estrada Ue ferro.—Por um horário novo. o temp.) já limitado do trem expresso entre Nova-York e'Chicago, na estrada de ferro daPensylvania, foi reduzido a uma hora,tornando-se mais rápido, para umadistaucia igual em todop inundo.

O trem expresso limitado parte agorade Nova-York às 10 hórasda màuhií pchega a Chicago ás 10 íiorás do diaseguinte; como a distanciaé de912milhas (l.4«7k#95), a média pára todop percurso é de 30 1/2 milhas' (58R.74Vpor hora.

Xegoidos ecclesiâsticos. — Pejo Sr.ministro do império loi expedido o se-guinte aviso ao provedor da Inuandadedo Santissimo Sacramento da matrizda Gloria.

« Tendo represent-ido o ProtonotarioDr Manoel da Costa Honorato, Viga-rio encommendado dessa freguezia.acerca de embaraços que no e.vrciciode Mias funeções parochiacs encontrappr parte da Irmandade do SuitissimoSacramento e de empregnios deliacom relação ao uso da ogroja, cujaschaves àlíéga que lhe .são negadas ;declaro a V. S., para o fazer constar ámesma Irmandade, que deve ficar ádisposição do Vigário toda a parle daegreja de que elle caro:er pira o ser-viço parochial, e convém que a Irman-dade, lendo em cnsidoo-mlo a auto-ridade de que se acha investido o sa-cerdote que exe ce o eargt de Viga-rio. não lhe ponha obstáculos, por siou por seus empregados, e evite todaoceasião de conllieto, de que p issa re-sultar coacção no cumpri uento de suasobrigações e oílensa ás suas attribui-ções quanto á celebração dos actos(Io culto na sua egreja.

Ocos guarde a V. S — Bar% deMa more. »

Alleiiiaiilia. — Os calhoücis por oc-casião do anniversario de Windthorstíizoram-lhe custoáOs presentes além deum riquíssimo prédio, porém elle re-casou indo em benelicio de. uma e*ràiem Hanover.-- Kutre a Qennania e a Gazetade tolonta suscitou-se uma ctl -rosa

discussão sobre a independência tertH-tonai do Papa, e, toda a impreina to-mou parte na discussão.*—

J°<\i a imprensa reproluzio anotado Heiehsâhiei^ere a carta doPapa a Bismarok, 'produzindo

estaagradável impressão.— No ultimo conselho dos raióis-tfos tratoii:9e ^ fucçefsàó do CardealLedoChoWiski ria Sé de Çosea ; e di-zem que foi lembrado um sacerdote uo-

favel de Silesía polaca.' — Os jornaes coáiiíentam o dis-curso da coroa na abertura do LaiiJtag

Page 3: Distribue-se ás Quartas, Sextas e Domingosmemoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1886_00020.pdf · ANNO XXI QUARTA-FURA 17 DE FBVERB1R0 DE 1886 NUMERO 20 ... (S. Joào cap. 12 T. 36)

.<,¦¦¦¦ m ,'^..¦.7... .'«WPJ ,- .' —^^^^___p ""*•?**-¦ ?5fe*-?

«PARM-raRA17 MiminOHiigie a Germania lamerita que não fosselembrada a questão religiosa.li' tóimtífò obrigado da imprensa o monopólio do alcoolismoDepois que a Gazeta de Voss puIjlicou um*artlgu sobre a eventualidade cerni., acção muito esSafde estabelecer-se uma iinnHaliira em 'Berlim, os jornaes nào cessaram dotratar desta questão.

« O Direito ». - Foi publicada erecebemos ó n. 2 do vol. XXXiXeannoXIVdiMU. notavol revista mensal do

legislação, doutrina o jurisprudência,propriedade do LV. Joào José do Monte.

Hoina. — Sua Santidade dignou-seconceder ao eminente historiador aliemão Otino Klopf a cruz de commonda-dor da Ordem dc S. Grégorio.Foram recebidos por Sua Santi-dade, cm audiência particular, o vice-reitor do collegio americano dos lista-dos-Unidos, que apresentou ao SantoPadre a offerta para o dinheiro deS. Pedro, da diocese de Portland-Maine,ò liisp¦> de Petersbouroug (Canadá), oreitor do collegio inglez que apre>eti-tou a Sua Santidade a offerta pira odinheiro de S. Pedro, das dioceses deMiddelsboroug e de Livérpoòí.

Foram também recebidos peloPapa; em audiência particular, as fa-míitas do corpo diplomático acreditadojunto á Santa Sé.

Teve a honra de uma audiênciaparticular do Santo Padre o represen-tante do Equador e#de Cosia-Rica.Falleceu repentinamente; ò Mispo

. de LiVouriie.0 conde Cifnai-ra. em audiência

particular do Sanlo Padre, que lhe foiconcedida, apresentou ao SoberanoPoütiíice em nome do administradorapostólico de. Malta a somma recolhidanaquella diocese para o dinheiro doS. Pedro.

U Santo Padre segundo o costumorecebeu ern audiência, na sala do thro-110, os Bispos préoòriisádos no ultimo¦consistorio.

França. - Freycinet declarou qnenào sc tratará nem da separação daEgreja o do Estado, e nem da siipp.es-são do orçamento do coito.A carta do Papa a Rismarck pro-duzi. profunda impressão nos círculospolíticos.A noticia da nompaeão de Paulolwr para ministro rondem te em Tou-kiiu cansou má impressão em algunscircuLiis pOliticps:Tem chegado noticias de sensi-vel melhora ua saude do padre Becks,Gorai dos Jesuitas.

« lueeiidin do Monte pio ».— .tece-be.uos um folheto com aquelle titulo,exposição feita pelo ex-escrivão Menrique de Wandorley Muller de Cam-pos, por oceasião de seu julgamento.

ÍÍJV * donada c^. permitta-me

^e para despedida, m faça uma pe-quena sorte de prestidigitaeão. P

-7 Muito bem, disseram os convi-

Voes que aceusa o paciente sào maisagradáveis. Todavj»4(as.differencas vefincadas não parecem justificar umapreferencia;pela água salgada, chim*™UV°lP%l*n[lH a» tores corno exer-Idades.

\ — Vèorn este talheiIMatraeçfto. »—Recebemos o n 71do anno II deste semanário satvricohutnoiisticoe illustrado.

Sempre conforme a sen titulo, trazespirituosas critica'** «obre a questãodos vinhos.SchOumit!

CUrta de Bismarck a<Ceio XIII. —Os jornaes de lioraa publicam ú res-posta de Hismarck «á carta do Papaque é a seguinte :

| Berlim. 13 de Janeiro de IsKfi.

Senhor. — A graciosa carta com (úiaVossa Santidade honrou-mo. a.oimcomo a alta distineção que a àeòíripa-nhára, me ea usa ram uma grande ale-gria, e rogo a Vossa Santidade qtieiçareceber a expressão de minha profundagratidão.

Qualquer signal de approvação Mc-rente a urna obra de p.iz a que "me

foradado collaborar é para mim tanto maispre jiosa, em razão da alta satisfaçãoque causa a Sua Magestade, nieuau-gusto senhor.

Vossa Santidade disse eir. sua cartaque nada corresponde rm-lhor ao espirito e á natureza do Pontificado qíie apratica das obras de paz.E'por esse mesmo pensamento queeu fui guiado rogando a Vossa Sariti-dade de aceitar a nobre missão de ar-bitro da qtidstão entre a Allemanha e aIlespanha, o propondo ao govorno liespanhol de nos sujeitar de parle a parteá decisão do Vossa Santidade.

A consideração do tactO que ambasas nações não se acham na mesma re-lação com a Egreja, que venera emVossa Santidade seu Cheio Supremonão enfraquece jamais a minha firmecon dança na elevação das vistas deVossa Santidade, quê me garantiam amais justa imparcialidade de seu vere-dicto.

As relações da Allemanlia com aIlespanha são taes por sua natureza,que a paz que reina entre estes donspaizes não é ameaçada por nenhumadivergência permanente de seus inte-res>es. nem por desgostos resultantesde sen passado ou de rivalidades inhe

*A , . . - •-" ¦ de prata, met-to-o dentro das minhas botas. Virambem, nao è verdade !Sim !Pois bem ! Schoumit !P ss!

E fez com o braço um ríiovimeiítorápido.

i "1? ta,,ier PASSOU já para dentrouas botas do meu companheiro. Quei-ram vôr.Eo, convidados precipitam-se e eu-contram o outro talher nas botas docompanheiro.Depois dos applausos. o bom doapóstolo despédio-sc e deixou a casa dejantar.

o grau-

Lição ao nosso governo. — O Sr.Paulo Bert declarou ao parlamentoque apoiará os missionários catholicosem Tonkin, corno preciosos auxiliarespara a França.

0 nosso governo porém a«-hoii-osinúteis e chama-os das missões entreos indios.

Ainda guerra. — Diz o Daily Newsque se .romperam as negociações entre a Turquia e o Montenéiífo para adelimitação das fronteiras.

A água salgada «» a «guu doce con-tra afebre. — O Sr. líabino.itch quizv(V. por um estudo comparado sobre osfebricitautes, se a água salgada temamesma acção quo a água doce contraa febro. Foram administrados banhosem temperaturas variando de 22°.5 aH4» centígrados, e prolongados por 10a 20 minutos. A concentração variouder a 4 % no sal marinho.

Pareceu ao Sr. Rabinovitch que aágua salgada fax cahir a temperaturamais energicamente; que a queda ther-nuca dura cerca de tres hoi-as, e que émais accehtuada á tardo do que pelamanhã. Além disso, com a água sal-gada 0 pHlso torna-se pouco raiais leuto, porém mais cheio; a respiração émais vagarosa, porém mais profunda ;a forca muscular cresce, e as sensa-

rentes á sua situação geograpliica.Suas boas relações h bituaes não foramperturbadas senão por causas fortei-tas ou mal enteulidis.

Ha, pois, todo molivo de esperar quea acção pacifica de Vossa Santidadetora effeitos dnr.-iduuros, e entre essesconto em primeiro logar a lembrançagrata que as duas parte- guardarãopaia com o Augusto Media lor.

No que me diz respeito, saberei sem-pre e com zelo, em

'qualquer ..ocasião

que o cumprimento de meus deverespara meu senhor e para rniníía palriame favorecerem, testemunhar a VossaSantidade minha sincera gratidão ominha muito humilde dedicaç 10.

Sou com o >entirneuto demais pn>fundo respeito, Senhor, de YWa San-tidade o mais humilde servo. — V.Bismarck. »

Uma historia de Judeus. — Na Polonia é costume entre as íamilias judaicas receber á sua mesa em certosdias do anuo compatriotas pobres, ümbanqueiro de Vilua tinha por isso quedar de jantar a dous mendigos judeusda cidade.Na Polônia, como em todos os paizesonde o israelita não se emancipou com-

pletamente e onde não pode dar grandeexpansão exterior á sua fortuna, o luxoda casu é ás vezes inaudito.

¦ Um dos convidados pobres, que nàotirava os olhos do seu companheiro,vio quefeste acibavci de esconder nasbotas tim magnífico talher de prata;Este facto desgostou-o muito, porqueera justamente o que elle tinlia tencàode fazer..Üe repente uma inspiração do gêniolhe passou pela mente.

No momento em que todos se levan-tavara da mesa. exclamou :— Senhor e senhora, dirigindo-se ao

N »tlclns dirrrsa». — O grande histo-nador allernão Leopoldo ftanke publi-cou no dia 21 de Novembro nassadomas um volume da sua ÉisiortaUniversal.: Ne>se dia completou elle 90 annos,idade na qual nem Alexandre vouHumboldt. nem Friedrich von Raúraerja podiam trabalhar.

— O grande estabelecimento de Pa-riz intitulado Bon ilarcfiê téni urn pe$lnial de-3,000 empregados, seiido 2 TõOhomens e 250 mulheres.Muitas povoações não têm tã

dn numero de habitantes.—. Suicidou-se e;u Nova-York umsubdilo italiano porque sua muher lhetinha menos affétçãò do que a iim gato

q.ue ella creára.H» cala idiota !...

Morreu ha dias era Pariz o ge-neral Bonneuiains. que cominaud-u emKeischolfen a famosa carga cle.cóura-cçirps in, dos feitos mais heróicos daguerra franco allemã.

Foi levado para um hospício decaridade, em Pariz. um indivíduo quecostuma ser atacado de lethargia. aqual lhe dura um oa dous dias." [j\t[.mamente, porém, o sorano léthargicodurou lhe sete dias.

Noticiaram as folhas italianasque da bibliotheca municipal de Pe-ms 1 tiuha sido furtado o precioso ma-uuscripto do De ofpaiis de Cicero. 0governo promettia 10 000 liras de re-com.i^nsa a quem indicasse em quemios achava-se o mauuscripfo desappir.úddo.

As excavavõils de Truya. — O Sr.S -hliemann communicou,'ha pouco, aocongresso de- anlhropologia. os restd-tidos das novas excavaçòes por ellepraticadas no logar onde outrora er-guia-se Troya.

Antes de resumir esta communiea jCão; recordaremos as tentativas prece-deutos do SK Schliemann.Sabe se que Troya ou lliou. segundo

á tradição e os poemas de Honioro, tbidestruída pelos gregos que a Criaramno reinado de Priamo, filho d^ La-un^-çlónte. Tro; cida les foram suec >s>íva-moiifo editicadas sobre a> ruina.s daautig 1 Troya, sepultando suas riquezasesuas ruinas.

En 1871,u-n admirador do Homero,-o Sr. Schliemann, possuidor de im-ir.enst fortuna, partio para a Tro.Wee iniciou oxeavaçõrts afim de encontrara antiga Trova.

Tendo feKo oxcataoões perto üeBourna Baíihi, o Sr. Schliemauu, das^animado pela inutilidade de suas pes-quizas, transportou-se para mtis pertodo mar, pira His^arlick. Ahi. a<ex-cavacões tiveram plen.» êxito, e e;ubt<;ve convenceu-se de haver encori-trado a antiga lliou.

Entro os objectos de grande V.ilorencontrados pelo Sr. S<rhtiemann. oc-cuptra o primeiro logar os numerOtovspedrneus de objectos de barro e deterras cottas qne variam segundo a^lépocas e ft)mecem preciosas indicaçõessobre o estadode eivilisação dos'po-vos a quo pertenceram, iê

(Cumpre citar nesta collecção de anü-guidades troyanas o thesoiiro do reiPriamo. Ksse tbesouro achava-saea-cerrado em uma caixi de madeira. í.rai

dos principaes objectog que ahi figu-ram era a grande taça de ouro fundi-do. pesando 000 gramnías, deuorai-nada a taça da hospitalidade, tendoouas azas e duas embocaduras. umagraude e outra pequena.Segundo Homero, o dono da casaoebia pela pequena, em seguida pas-sava a taça ao hospede que bebia pelagrande e era obrigado a esgotar todoo conteúdo do vaso, o qual não podiaser collocado sobre a mesa senãodeitado.

O mundo scientifico não foi una-'ume em aceitar as conclusões do ar-cheologo allemãoe a convicção de ha-ver elle descoberto a verdadeira Trovade Priamo. JLevará a nova communicação do Sr.scliliemann a convicção aos espíritosincrédulos *J._...O Sr. Schliemann, com ardor infati-

gavel, fé persistente em seu empre-hendimento, tem prosoguido nas pes-quizas iniciadas em 1871.Conseguio desenterrar o palácio queera também a cidadella prehi,toricados reis de Tiryntho. Começou a obra

pela parte superior. Em breve punhaa descoberto todo o palácio dos reiscom as suas portas collossaes, os propyleus. os pateos, o megoron, partereservada aos homens, o gvneeeuseus pórticos, banhos, numerosas sa-las.e ate suas dependências.Esse trabalho terminou em 1884.

EXPEDIENTE Dl) BÜPADO

Proclamas

Foram lidos na Capella Imperial nodia 14 de Fevereiro, os seguintes:Dias Leite comSamuel Auguslo

toiistantioa da Conceição Martins deMacedo.HeniienegHdo com Senhorinha.José" Joaquim Borges Monteiro comMana Senhorinha Sattamini.Manoel Medeiros com Maria da Con-ceição Ribeiro.Francisco Martins Coelho com JuliaFerreira da Costa.Adão Alves de Castro cora SabinaCathanna Pinto.Liudolpho Àtígusto T<;rra cora Men-riquéta Maria de Saides.Paulo Gomes Ferreira com Lvdia daSilva Mendes. -

| ArlindoJosé Pereira das Neves comj Libania liodrigues de Pauhi.j Antônio José de Faria Tavares coraOlympià de Paula Alves.

i Jeso Corrêa com Maria do Carmo.Manoel Autonio dos Santos com Joa-

quina da Silva Proença..h-aquim Pinto liodrigues com Chris-tina Uçsa de Magalhães.Ueruardino Pacheco com Ma.ia Fio-rinda Gomes.Marcos Vai le com Eva Gaineth.Frederico Cândido de Olivoira coraHeleodora Julia Pereira Bispo.Cândido Ferreira Pinto com Zefcrina

Luiza Cândida Jordão.Júlio Ribeiro da Silva Mendes comAdelaide Blísiaria Maria Camello.Antonio Carneiro da Silva com Mar ada Silva Dutra.Autonio Mendes da Silva Villelacom

Auiia Leopoliiria Guimarães.Alexandre Ferreira Mendes com Ma-ria de Jesus.Sérgio Augusto Ribeiro com Clarahancisca Este ves Coutinho.Alexandre Antônio da Rocíiá comJaunariá Maria. : ';;José Luiz Pereira com Maria Rebélló.José Dias Moreira com Maria Améliade Menezes.José Gome* da Costa Ferreira comLmbelina Francisca Gonçalves.Kíiclides Pereira Braz com Virgilia

Rita Alvesiíarreto.Carlos Augusto de Gusmão com Vir-

giníH Joaqnina de JèSutí. ^M*nb^^n^IVôé ftodritóiésiuníorin PolKmini Kéatirtn* J-. "S___.i_._L-

....jfx;*:¦¦*.-

cora Felísminii" Bteívfná do Souto.Antônio Francisco de Almeida com

Catharina Guedes de Carvalho.Evaristo José da Silva com Martiatia

Maria da Conceição. m

Page 4: Distribue-se ás Quartas, Sextas e Domingosmemoria.bn.br/pdf/343951/per343951_1886_00020.pdf · ANNO XXI QUARTA-FURA 17 DE FBVERB1R0 DE 1886 NUMERO 20 ... (S. Joào cap. 12 T. 36)

QUARTA-FEIRA 17 Dl PBVBR1R0 Dl 1886Joào Marcelliuo Ferreira com Amélia

da Silva.Francisco Teixeira de Souza Bastos

com Benedicta Alves de Souza.José' Corroa Madeno com Maria da

Silva Andrade.João Mariuho de Queiroz com Lau-

rinda Fernandes Machado.Sylvio Azambuja do Oliva Maia com

Sophia Tobias de Aguiar.Joaquim Ferreira Gomes com Isabel

Julia de Lima.Rufluo Manoel da Silva com Anto-

nia Ignacia dos Santos.João Pacheco da Silva com Alexan-

drina Lima de Jesus.Custodio Marques Loureiro com Cons-

tança Rosa de Castro.Luiz Augusto de Andrade Castello

com Amélia Bustamante.

INTERIORCORRESPONDÊNCIA DO APÓSTOLO

Santa Catharina

FESTA EM NOVA TRE.NTO

No dia 27 do mez findo, dia de S.JoãoEvangelista, teve logar a ceremoniado betizimento da nova cereja, que osRvds. padres da Companhia de Jesus,coadjuvados com esmolas, mandaramfazer na sede da colônia Nova Trento,dedicada ao Santíssimo Coração de Jesus. A egreja é construída

*em bello

estylo romano, com duas capella* la-teraes, ao Sanlissimo Coração de MariaeaS. José. Obra mui solida; o forroem volta real, o pavimento em bonitodesígnio de exagonos de cimento ro-mano. a taxada também em bonita ar-chitectura com tres portas e com outraestatua exterior do Santíssimo Coraçãode Jesus. Torre pyramidal, por em-quanto com sinos provisórios.

No dia 20 via-se chegar de todas aslinhas da colônia, homens e mulheres,uns com carroças conduzindo palmei-ras, outros concertando as ruas poronde devia passar a procissão, outrosafRncando as palmeirasem linha récta,outros fazendo arcos enfeitadus de rlò-res, bandeiras, etc, etc.

Em frente á egreja fizeram arcostriangulares geometncamente enfeita-dos, assim como em alguns pontos doalgumas ruas, que chamavam a atten-ção do espectador ; de tarde achavam-se todos esses trabalhos concluídos.

No outro dia, domingo, logo de ma-nha, principiou a chegar de diversaslinhas as seguintes procissões : SantoAntônio, da linha do Salto: Nossa Se-nhora da Conceição, da linha do Alfe-res ; Santa Agatha, da linha Bege-nelle; estas procissões eram acompa-nhadas por grande numero de pessoas,que vinham resando e com muito res-peito.

A's 9 horas compareceram os padresrevestidos de suas ricas insigües reli-giosas, as portas do templo que seachavam fechadas, e deram principioá ceremonia do benzimento do templode Dc>s, acto este que esteve solemne.Assistia também o Rvd. padre Cura deBmsque.

Em seguida teve logar a missa can-tada, que foi celebrada com todas asformalidade* que manda a nossa reli-gião. Houve também a benção das tresestatuas para o altar-mor e capéllasIa teraes.

A 1 hora da tarde sahio a procis-sao, que percorreu as principaes ruasda sede da colônia. A procissão seguiona ordem seguinte : Io andór, SantoAntônio: 2". Nossa Senhora da Concei-ção ; D0, Santa Agatha ; 4o, S. Esta-nislâo, acompanhado pelos colonos po-laços; 5o, S. Luiz Gonzaga; 6o, S. José;7% Sacro Coração de Maria ; 8o, SacraFamilia; diversos quadros e bandeirascom effigies de Santos e Santas.

Os andares das Santas eram carre-gados por mocinhas vestidas simples-mente de virgens; e os andores dosSantos por homens.

Podia-se ver a ordem e o respeitocom que o povo acompanhava a pro-cissão ; na frente seguiam os meninos

em ala, logo em seguida os homens,depois as mulheres.

Em um morro que se acha perto daegreja, estava collocada uma ala deatiradores, que de instante a instantesalvavam com bombas dc dyuamite etiros, aos aclos religiosos.

A procissão dirigio se á pequenaegreja-matriz dedicada a S. Virgílio,padroeiro de Trento, e por conseguintede Nova Trento. i estava guardado oSantíssimo Sacramento, que na voltada procissão seguio por ultimo debaixodo pallio, esolemnemente tomou possedo seu novo templo dedicado a seu co-ração de amor.

Regressou a procissão ao meio-dia,e depois de algum intervallo houvesermão ao Te-Deum e a benção so-lemne do Santíssimo Sacramento.

Os cantores também muito concor-reram para abrilhantar a festa, queesteve solemne, e que fazia commovera qualquer indivíduo, qne tenha algumconhecimento do que é a religião; éimpossível que não se tornasse calho-lico o protestante que assistisse umafesta desta ordem.

Mais de 3,000 pessoas se achavamna sede da colônia, não havendo o maispequeno motim.

— Também a festa do AnniversarioNátalicio de Jesus-Christo esteve ma-gnifica.

DIOCESE DE CUYABÁVisita pastoralContinuarão do ti. li)/

No dia 12, pelas 8 1/2 horas da ma-nha, visto que »iào pôde ter logar nodia 11, por ser domingo, S. Ex. Rvma.celebrou missa pontificai de Requiempelo descanço eterno do fallecido Sr.Bispo seu venerando antecessor, sendoacolytado pelos Rvms Conego BentoSeyeriàhp da Luz e Vigário padre JoãoXavier da Silva, servindo de presbyteroassistente o Rvm. Conego José Joaquimdos Santos Ferreira. Logo em seguidafez S. Ex. a absolvição do túmulo nafôrma do ceremonial dos Bispos.

A todos estes actos aítluio conside-ravel numero d ¦ fieis.

Na sua volta da egreja para casa fezo Sr. Bispo algumas visitas de despe-dida, aproveitando assim o tempo, quede. mais a mais restringia-se pelaàfflüèhciá de trabalhos.

suai próprias cores, assim como deixouvêr em todo o seu celestial fulgor anobreza e excollencia da virtude deamar os inimigos e bemfazel-os, con-firmando a sua asserçSo com o sublimeexemplo do Divino Mestre sobre aCruz.

Indo a ultimar o seu discurso, o Sr.Bispo agradeceu a todos o acolhimentoe as inequívocas demonstrações deaffecto, dedicação e amor para com suapessoa, e de modo particular manifes-tou-se reconhecido aquellas pessoas dequem havia recebido o mais cordial efranco agasalho e generosa hospital!-dade, e acabando por dirigir a todosem geral as suas despedidas, deu-lhesa sua benção em penhor de muito af-focto, gratidão e amor paternal e con-cedeu quarenta dias de indulgência.

Ao abençoar S. Ex. o seu numerosoauditório, que religiosamente o escu-tava, sinceras lagrimas de saudadeshurnedeceram os olhos de muitos doscircumstantes. e S. Ex. mesmo seachava visivelmente com movido.

Foram cheios e muito cheios os oitodias que o Sr. Bispo demorou se nestafreguezia. Desde pela manha até anoite passava entregue inteiramenteaos misteres do oflicio pastoral, desorte que as poucas horas livres dosafanosos trabalhos em que sepecupaváeram insufficientes para attender ásinnumeras pessoas que o procuravampara vôl-o e visitai o, quanto mais paratomar algum repouso.

Do mesmo modo estiveram ns .'•euspadres, jâ no confessionário, já nopúlpito, já no altar, ora fazendo bápti-sados. ora casamentos, ora preparandopapeis de casamentos a muita gente.

Foram sem centa as visitas que re-cebeu o Sr. Bispo e crescido os solem-nes testemunhos de estima e admira-ção pelos seus singulares dotes deespirito como pastor e pai virtuosís-simo.

Durante esses dias da eçlaJa do S.Ex. Rvma. no Rosário. chnsiirir.-iin-se299 pessoas, outro velhos, moço.-, me-ninos e crianças; foram celebradosmuitos baptisados, eavultado numerode pessoas, que de ha muito viviam emunião illicita. excitadas, ajudadas eanimadas pelos sábios conselhos dobom Pastor, legitimaram na com o ca-samento, retractando assim seus errose reparando os males que com seme-lhahte vida faziam á religião e á so-ciedade.

Foi um curto espaço de tempo emque a-villa do Rosário se mostrou pos

bitual affabilidade, que tanto caracte-risa a sua boudosa pessoa, depois dehaver agradecido geralmente o obse-quio de tào significativo acompanha-mento, despedio se de todos, deixando-lhes impressa u'alma a mais. gratarecordação de sua benéfica passagempela villa do Rosário.

S. En. Rvma., assim como todos desua comitiva, se retiraram muito agra-decidos a todos os habitantes da fre-guezia do Rosário, e muito especial»mente penhorados para com o Illm. Sr.capitão João Baptista de Almeida, suavirtuosa esposa a Exma. Sra. D. MariaFelismina de Almeida e sua digna filhaa Exma. Sra. D. Marianua Felisminade Almeida, que se esmeraram em va-ri ar, multiplicar e tornar até incaleu-laveis as demonstrações de apreço, es-tiraa e dedicação a S. Ex. Rvma. ; epara com os nobres è mui distinetoscavalheiros os Srs. coronel PeJro Cor-rôa do Couto, capitães Autonio Peixotode Souza e Antônio Joaquim MoreiraSerra e as Exmas. famílias de tão il-lustres cidadãos, pelo muito que sedesvelaram em tratar com o maior af-fecto e cuidado a S. Ex. Rvma. e todosque o acompanhavam.

ANNUNCIOS*.

MUSICAS SACRAS

A's 5 1/2 horas da tarde voltou SEx. Rvma. á matriz para assistir oi suida do mais vivo reuosijo, ostentandoTerço de Nossa Senhora, sendo até aüi | principalmente ás noites o mais bello eacompanhado, como nos dias ájhtarití-! festival aspecto. Todos os dias 6 noiteres. por alguns de seus admiradores. illuminavam-se ás inaúa^ das casas eTerminada a Ladainha, o Rvm. Co- a banda de musica, depois de percor-nego José Joaquim dos Santos Ferrei-1 rer ns ruas, vinha quasi sempre re-

Nesta typographia acham-se á vendaalguns exemplares de uma Missa e deum Credo, composição do Rvd. padreJosé Maria Xavier, de S. João d'EI-Rei'para quatro vozes e pequena orchestra,obra há pouco edictada em Munich,nitidamente impressa.

A composição está de conformidadecom as prescripções respectivas da Sa-grada Congregação dos Ritos, obser-vando-se a brevidade tão recom men-dada hoje nas musicas de egreja, e ai-gnma analogia com a letra, como tra-ducção desta ; a ausência do cartinasou de solos e duos, sendo a letra todaem seguida e quasi sem repetição, amodelar-se, nesta parte, pelo theatrodo canto Gregoriano ; a insirumen-tação mui pouca e simples sobresa-hindo sempre as vozes (sem gargan-teio) e a letra, entre curtos rilorhéUóse guardando se em tudo certo decoropiedoso. A' vista, o exame e o ensaioo confirmarão.Preço da Missa. ... . 530OODito do Credo. . . ... . . 5CQ00

ra. do alto da cadeira evangélica, começando por felicitar o religioso povodo Rosário pela ventura de ter em seuseio o seu magnânimo Pastor, mostrouaos fieis que se achavam presentes aimmensa caridade da Egreja traduzidanas abundantes graças que lhes esta-vam sendo repartidas por aquelle queos fôra vêr, remedial-os, cm ai-os emnome do Senhor. Foi uma insirucçàoulil e grandemente proveitosas

Concluída a piedosa pratica do Terço,em que foi offíciante o mesmo Rvm.Conego Santos, concedeu S. Ex. Rvma.quarenta dias de indulgência.

Na manhã cio dia 13, terça-feira,pelas 5 horas, S. Ex. Rvma. dirigio-scá matriz e celebrou o Santo Sacrifícioda Missa por todos os seus dioee-anoshabitantes daquella freguezia. Depoisda missa sentando-se no faldisí.orio,fez uma tocante e eloqüente praticadoutrinaria, em que, nsaudo de umalinguagem nobre e acces-ivel a todas |sanlo enviado do Senhor,as intelligencias, demonstrou a neces- Dada a todos a sua benção o

matar sua passeíaíà á porta da residencia episcopal, que de ordinário estavacheia de povo.

E o que mais admira é que em tãonumeroso ajuntamento de povo de to-das as classes e condições não appare-cesse o raais leve motim. Todos, comoque entrelaçados nos raais doces am-plexos íraternaes, se congraçavam parafeslejár o mais esplendidamente po.ssivel ao Sr. Bispo. Um tal acon teci num-to muito honra e abona a índole paci-fica e o caracter ordeiro do bello povorosariense

Eram 9 1/2 horas da .manhã quando,rodeado de muitas pessoas, deixou S.Ex. a villa d • Rosário elevou caminhoem direcção & do Diamantino, encon-frando logo fora da povoaçáò grandenumero de seus diocesanos que paraali convetgirara, afim de vera passa-gem de S. Êx. e mais uma vez recebera cbtífórtádÔrà Isenção do illustre e

sidade da perseverança na pratica dasvirtudes Christãs, no santo amor e te-

feitogeral comprimento de despedida, pro-Sf guio S. Ex a viagem, indo parar nomor de Deos, principio e fundamento j ponto donominado-Paratudá,distante

de todas as virtudes, no amor sincerodo próximo, ainda quando nos retribuaódio por amor, perseguição por nenen*cios, calumnias por louvores.

Nesta altura S. Ex. discorreu bri-Ihantemente: pintou bem ao vivo ahediondez do ódio c da vingança com

da villa uma legna. até onde fizeram aS. Ex. um luzido acompanhamento acavallo numeroso concurso de cidadãosgrados, inclusive um bom numero dasmais distinetas famílias da illustre so-ciedade rosariense.

Aqxú chegados, S. Ex. com a sua ha-

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Possuindo duas cxcel-lentes machinas c variadacollecção dc typos, encar-rega-se dc qualquer traba-Uio typographico, comoseja cartões dc visita e com-merciaes, circulares, cartasde convite, dc participaçãoc dc enterro, avulsos, fac-turas, preços correntes,tabellas, catálogos, memo-riae.s, compromissos, thc-ses, relatórios, folhetos,etc, etc.

IC MA MVA DO OlYinoR ig

CONSTRUTORESJ. Cr. Rittes & Vianna encarregam-

so de construcções, reconstrueções ereparos de prédios, tanto a jornal comode empreitada, assim como todos ostrabalhos concernentes a sua arte;attende a todos os chamados por es-cripto, á rua do Senhor dos Passosn. 11, oííieina de carpinteiro.

Typ. Moktknegro, rua Nova do Ouvidor 16

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