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Artigo Era preciso haver uma greve Página 2 ContaCorrente Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região Outubro de 2011 Passeata Protesto foi organizado por duas categorias Página 7 Dias de luta Veja como se desenvolveu a greve Páginas 4 e 5 Banco do Brasil Requisite a devolução do anuênio Página 3 Resultados As conquistas da paralisação em cada banco Página 6 Mostra Musical Grande público conferiu o evento Contracapa Fotos Maiquel Rosauro Três semanas de greve! A Greve dos Bancários teve uma forte mobilização da catego ria na região. Mais de 30 agências permaneceram sem aten dimento nos municípios da base durante a maior parte da paralisação. Também ficou marcada a parceria com os funcionári- os dos Correios durante a passeata realizada em 4 de outubro. Banrisul - Gratificação fixa para os operadores de ne- gócios; - Diminuiu o percentual a ser atingido nas me- tas para cálculo da RV3; - Ampliação do paga- mento da 13ª cesta- alimentação. Em 4 de outubro, os bancários realizaram uma passeata elas principais ruas do Centro de Santa Maria A ganância dos patrões foi vencida mais uma vez. A coragem dos bancários em desafiar o sistema e a intransigência dos banqueiros resultou em benefícios para toda a categoria. Embora os 12% de reajuste almejados não tenham sido conquistados, a mobilização garantiu importantes avanços. Veja abaixo as propostas dos bancos. As conquistas que vieram com a greve Fenaban - Reajuste salarial de 9%; - Regra básica da Participa- ção nos Lucros e Resulta- dos será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.400; - Teto do valor adicional da PLR passaria de R$ 2.400 para R$ 2.800. Caixa - Manutenção da PLR Social; - 5 mil novos empre- gados até dezembro de 2012; - Ampliação da garan- tia de manutenção de função para trabalha- dores afastados por motivo de saúde. Banco do Brasil - Piso de R$ 1760 com manutenção da mes- ma curva no mérito; - Mérito retroativo a 1998; - Destravamento de 2 para 1 ano para ascen- são de escriturários.

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Page 1: conta corrente out 2011 - Sindicato dos BancáriosFotos Maiquel Rosauro Três semanas de greve! A Greve dos Bancários teve uma forte mobilização da catego ria na região. Mais de

ArtigoEra precisohaver umagreve

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ContaCorrenteInformativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região Outubro de 2011

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PasseataProtesto foiorganizado porduas categorias

Página 7

Dias de lutaVeja como sedesenvolveua greve

Páginas 4 e 5

Banco do BrasilRequisite adevolução doanuênio

Página 3

ResultadosAs conquistasda paralisaçãoem cada banco

Página 6

Mostra MusicalGrande públicoconferiu oevento

Contracapa

Fotos Maiquel Rosauro

Três semanas de greve!A Greve dos Bancários teve uma forte mobilização da catego

ria na região. Mais de 30 agências permaneceram sem atendimento nos municípios da base durante a maior parte da

paralisação. Também ficou marcada a parceria com os funcionári-os dos Correios durante a passeata realizada em 4 de outubro.

Banrisul- Gratificação fixa para

os operadores de ne-gócios;

- Diminuiu o percentuala ser atingido nas me-tas para cálculo daRV3;

- Ampliação do paga-mento da 13ª cesta-alimentação.

Em 4 de outubro, os bancários realizaram uma passeata elas principais ruas do Centro de Santa Maria

A ganância dos patrões foi vencida mais uma vez. A coragem dosbancários em desafiar o sistema e a intransigência dos banqueirosresultou em benefícios para toda a categoria. Embora os 12% dereajuste almejados não tenham sido conquistados, a mobilizaçãogarantiu importantes avanços. Veja abaixo as propostas dos bancos.

As conquistas que vieram com a greveFenaban- Reajuste salarial de 9%;- Regra básica da Participa-

ção nos Lucros e Resulta-dos será de 90% do saláriomais valor fixo de R$ 1.400;

- Teto do valor adicional daPLR passaria de R$ 2.400para R$ 2.800.

Caixa- Manutenção da PLR

Social;- 5 mil novos empre-

gados até dezembrode 2012;

- Ampliação da garan-tia de manutenção defunção para trabalha-dores afastados pormotivo de saúde.

Banco do Brasil- Piso de R$ 1760 com

manutenção da mes-ma curva no mérito;

- Mérito retroativo a1998;

- Destravamento de 2para 1 ano para ascen-são de escriturários.

Page 2: conta corrente out 2011 - Sindicato dos BancáriosFotos Maiquel Rosauro Três semanas de greve! A Greve dos Bancários teve uma forte mobilização da catego ria na região. Mais de

Uma vitória de todos

Os bancários mais uma vez mostraram asua força. A greve da categoria foi fun-damental para as conquistas da Cam-

panha Salarial 2011. Foram três semanas de lutacontra o autoritarismo dos banqueiros.

O principal resultado obtido talvez não sejao reajuste de 9% concedido após muita insis-tência junto à Federação Nacional dos Bancos(Fenaban), mas sim a grande mobilização de-monstrada pela categoria. Por mais de 20 dias,o Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Re-gião conseguiu manter mais de 30 agências fe-chadas em sua base, assim como manteve osbancários motivados e bem informados sobretodas as etapas da mobilização.

Esta foi uma greve em que os desafios fo-ram superados. Após várias rodadas ouvindoNão da Fenaban, sofrendo com a pressão doBanco do Brasil, com o descaso do Banrisul ecom as fracas propostas da Caixa, os bancáriosderam um basta à situação. Embora as reivin-dicações não tenham sido conquistadas em suaplenitude, a categoria saiu vitoriosa após a va-lente greve que realizou.

Este ano, chamou atenção a mobilização dosbanrisulenses. Sozinhos, eles mantiveram a gre-ve por um dia a mais do que nos outros bancose encararam uma nova negociação com a dire-ção do banco. Na cidade, à exceção da agênciaCentro que apenas um dia fechou completa-mente, todas as outras unidades se mantiveramsem atendimento durante toda a greve.

A Caixa mais uma vez puxou a paralisa-ção na região, com praticamente todas as suasagências fechadas na maior parte da greve.No Banco do Brasil, o movimento tambémfoi forte, assim como foi a pressão do ban-co. Os banqueiros enviaram cartas para ten-tar persuadir os funcionários, que corajosa-mente desobedeceram aos patrões e conquis-taram boas propostas.

Agora chegou a hora de compensar os diasparados. Um trabalho a mais que veio rechea-do com importantes conquistas para todos osbancários. Parabéns a todos aqueles que saíramàs ruas, ergueram as faixas e fizeram desta fraseo seu grito de luta durante três semanas:“Estamos em greve!”.

Editorial○

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Editorial 2Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Outubro de 2011

Greve dos bancários, uma necessidade Artigos

Diretor de Comunicação:César Augusto Simões dos Santos - MTb 7681

Base Territorial: Agudo, Cacequi, Dona Francisca,Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Ivorá,Jaguari, Jari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Espe-rança do Sul, Nova Palma, Pinhal Grande,Quevedos, Restinga Seca, Santa Maria, SilveiraMartins, São João do Polêsine, São Martinho da

Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicentedo Sul e Tupanciretã.

Colegiado Executivo:Efetivo: Antonio Tadeu de Menezes - BERGS,César Santos - BB, Claudenir Freitas - Real/Santander, Fabrício Michels - CEF, MarcelloCarrión - CEF, Margarete Thomasi - BERGS,Milania Gaube - Santander, Nilo Zavarise - Itaú.

Sede 1: Rua Dr Bozano, 1147, sala 301. Fone 553222 8088.E-mail: [email protected]: www.bancariossm.org.br

Jornalista responsável: Maiquel Rosauro - MTb 13334

Projeto gráfico / diagramação: André Machado Fortes

Tiragem: 1.800 exemplares

ContaCorrenteExpediente

Fundado em 2 de outubro de 1935

Os textos assinados no jornal Conta Corrente são de inteira responsabilidadede seus autores enão representam necessariamente a opinião do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região.

Rejo FriedrichBancário da Caixawww.rejofriedrich.blogspot.com

Vamos concordar em algo: OOsama Bin Laden é um cri-minoso com motivações polí-

tico/religiosas, ok?Creio que não exista muito do que

discordar quanto a isso, não é mesmo?O cara chefiava uma organização

cujo objetivo era fazer atentados terro-ristas contra civis, quanto às motiva-ções dele podemos até concordar, masquanto aos meios que utilizava paraatingi-los não há como defendê-lo.

Pois é, até aí creio que um monte degente concorde, o cara era do mal mes-mo, apesar de, em seus devaneios acharque estava fazendo a vontade de Deus.

Porém, você concorda com o quefizeram com ele?

Caçaram e mataram o cara em umpaís estrangeiro, sem autorização e deforma obscura, depois divulgaram afaçanha e nem sequer divulgaram ima-gem alguma do que fizeram,tampouco disseram onde foi parar ocadáver.

Eu, no passado tinha uma baitaraiva dos EUA, simplesmente pelofato de que eles têm essa mania demeter o nariz no mundo inteiro e acha-rem que são os “donos do pedaço”.

Eles se acham os cowboys mais va-lentes, os bonitões, os “caras” do pe-

Bravos Cowboysdaço. Basta olhar os filmes deles pra verque o ego dos Americanos não é coisapequena não.

Vocês se lembram do Rambo? O carapegava uma metralhadora e matava de-zenas de adversários de uma só tocada,de vez em quando ficava com um arra-nhão, aí ele fazia cara de macho, pegavauma tira de pano e dava um nó sobre oferimento e ficava bom de novo.

Não é que eles sejam melhores, maso alter ego deles se manifesta desta for-ma, um soldado americano sempre é co-rajoso, honrado e altruísta em campo debatalha, não sei como é que eles perde-ram tantas guerras assim...

Outros caras durões sempre apare-ceram pelas telinhas: Charles Bronson,era um destes, sempre fazendo aquelepapel de machão imbatível, era um típi-co personagem cowboy. Os seus filmesda série “Desejo de matar”, eram tam-bém duros de engolir. Depois ele teveum seguidor, o Bruce Willis, tambémfez uma série “Duro de matar”, outrosfilmes também inacreditáveis, como éque o cara sobreviveu ninguém sabe.

O importante é que quando elesquerem dizer que o cara é durão, meioestúpido e metido a besta, eles dizemque o cara é um cowboy, tem filme decowboy de tudo que é jeito, tem cowboyno espaço, no asfalto, no fundo do mar,em tudo que é lugar. Agora fizeram umfilme de cowboys contra aliens, aliás játinha o filme “Independence Day” onde

Maiquel RosauroJornalista e assessor de imprensa doSindicato dos Bancários de SantaMaria e Região

Agreve nacional dos bancáriosfoi realizada entre os dias 27de setembro e 18 de outubro

e teve como objetivo pressionar a ne-gociação entre Federação Nacional dosBancos (Fenaban) e Comando Naci-onal dos Bancários. Os funcionáriosde instituições financeiras reivindica-vam reajuste de 12,8% (aumento realde 5% mais inflação do período), va-lorização do piso, maior Participaçãonos Lucros e Resultados (PLR), maiscontratações para diminuir o tempoque os clientes ficam nas filas, fim dasmetas abusivas, combate ao assédiomoral, entre outros itens.

Vale lembrar que o setor financei-ro é um dos que mais cresce e lucra no

país. No primeiro semestre de 2011, oBradesco teve lucro de R$ 5,4 bilhões,enquanto o Banco do Brasil, R$ 6,2 bi-lhões; a Caixa Econômica Federal, R$2,3 bilhões; Itaú Unibanco, R$ 7,1 bi-lhões; o Santander, R$ 4,1 bilhões; e oBanrisul, R$ 438,5 milhões.

Mesmo com tanta lucratividade, aFenaban mais uma vez tratou os bancá-rios com descaso. Além de não atenderem plenitude as reivindicações da cate-goria, se manteve em silêncio durante asduas primeiras semanas de greve.

Logo, ao contrário do que omicroempresário Rodrigo Machado ar-gumentou em sua carta intitulada “Gre-ves”, em 14 de outubro, no Diário deSanta Maria, greve não é um atestado depreguiça. A greve é sim uma mobilizaçãodemocrática, legal e também a última al-ternativa encontrada pelos bancários paraserem ouvidos pelos patrões.

Preguiça, Rodrigo, seria ficar de bra-

alguns cowboys lutavam de formasuicida e bem sucedida contra aliens,a temática até parece repetitiva.

Se os Americanos têm uma auto-imagem ótima, já os Brasileiros têmessa pecha de “vira-latas”, nossos fil-mes são sempre aquela mesma porca-ria de malandros ferrados, uns mise-ráveis vivendo em favelas dizendo pa-lavrões o tempo todo e tentando pas-sar a perna uns nos outros. Ainda te-nho traumas de ver os filmes da erada Embrafilmes, as tais depornochanchadas, outra forma dedizer “filmes pornográficos brasilei-ros”. Já os atuais filmes brasileiros es-tão aos poucos recuperando um pou-co a auto-estima de todos nós, mas nãomuito. Outra leva de filmes brasileirossão aqueles de pessoas supérfluas declasse média-alta que vivem no Rio deJaneiro, não sei quanto a vocês, mas eunão tenho mais paciência pra olhar es-ses filmes com muita isenção não.

A criatividade é coisa rara, apesarde nossa auto-imagem ser a de umpovo criativo. Vivemos copiando atemática de filmes estrangeiros, fazen-do letras adaptadas para as músicasestrangeiras, ou seja, apesar da ima-gem de criativos, damos provas docontrário.

Talvez nos falte ainda um poucodo orgulho exacerbado dos America-nos, os bravos cowboys que se achamos donos do mundo.

ços cruzados e não fazer nada enquan-to os banqueiros ficam cada vez maisricos e os bancários largados a todasorte. Entre as principais conquistasestão o reajuste salarial de 9%; reajustediferenciado nos pisos de 12%, alémda melhoria da regra para pagamentoda PLR. Sendo assim, os bancários nãoestão “dando um tiro no pé” comoaponta o contador Luiz FernandesPohlmann, em seu artigo publicadotambém na edição de 14 de outubro,mas conquistando seus direitos.

Não há dúvidas de que hoje a po-pulação utiliza muitos serviços fora dasagências. Porém, os grandes negóciosainda ocorrem nas unidades bancáriasporque os banqueiros buscam elitizar oatendimento, jogando os clientes demenor renda para lotéricas e correspon-dentes bancários. Se ficarmos de bra-ços cruzados, apenas os ricos continua-rão entrando nos bancos.

Gestão MAIS (Pra Seguir Conquistando)2011/2013 - 2011/2014

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3 Jurídico

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrenteOutubro de 2011Fique por dentro. Acesse www.bancariossm.org.br

Funcionários do BB já podemrequisitar devolução dos

anuênios pagos indevidamente

Assessoria Jurídica do SEEB SM e Região:Plantão no Sindicato

às terças e quintas, das 15h às 18h, ou noescritório do advogado: (55) 3222.4007

A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou oUnibanco a pagar como horas extras o intervalo de 15 minutos dedescanso antes do início da jornada extraordinária que havia sido nega-do a ex-empregada da empresa. O direito está previsto no artigo 384da CLT como forma de proteção especial às mulheres trabalhadoras.

A bancária recorreu ao TST depois de ter tido o pedido deconcessão do intervalo rejeitado pela Vara do Trabalho e pelo Tri-bunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ). Para o TRT, comoa Constituição da República proibiu diferença de salários, de exer-cício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, anorma da CLT que estabeleceu vantagem exclusiva para as mu-lheres teria sido revogada.

A relatora do recurso de revista da empregada, ministra KátiaMagalhães Arruda, explicou que existiam dúvidas quanto àaplicabilidade da norma da CLT após a Constituição de 1988,que consagrou a igualdade de direitos e obrigações entre homense mulheres (artigo 5º, inciso I). No âmbito do TST, afirmou aministra, o assunto foi resolvido na sessão do Tribunal Pleno em17 de novembro de 2008, quando se concluiu que a regra da CLTnão perdeu a validade com a nova Constituição.

Os ministros decidiram, naquela ocasião, que o artigo 384 daCLT está inserido no capítulo que cuida da proteção ao trabalhoda mulher e possui natureza de norma pertinente à medicina esegurança do trabalho. Também observaram que a Constituiçãoreconhece que a mulher trabalhadora sofre maior desgaste do queos homens, tanto que garantiu ao sexo feminino idade e tempo decontribuição menores para a obtenção da aposentadoria, além domaior tempo de licença-maternidade em relação à paternidade.

De acordo com a ministra Kátia, não se trata, no caso, “de discutira igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres, mas simde resguardar a saúde da trabalhadora, diante das suas condições espe-cíficas impostas pela própria natureza”. Na opinião da relatora, a mu-lher não é diferente como força de trabalho e pode desenvolver comhabilidade e competência as atividades que lhe forem determinadas,mas a igualdade jurídica e intelectual entre homens e mulheres nãoafasta a natural diferenciação fisiológica e psicológica dos sexos.

Por fim, os ministros da Quinta Turma julgaram procedente o pe-dido da trabalhadora de pagamento de horas extras decorrentes da nãoconcessão do intervalo de 15 minutos previsto no artigo 384 da CLT.

Fonte: www.tst.gov.br

Bancária obtémreconhecimento de

direito a descanso antesde jornada extra

É necessário que o funcionáriorequisite o parcelamento do valor pagoindevido junto sua agência de origem

Tendo em vista o desconto irregular por parte do Banco do Brasil com relação aosanuênios pagos indevidamente, o Sindi-

cato dos Bancários de Santa Maria e Região in-forma que após a negociação ficou garantida adevolução total dos descontos.

O Departamento Jurídico do Sindicato - atra-vés de seu assessor jurídico Luis FernandoFioravante e da diretora de Assuntos Jurídicos daentidade, Milania Messias - negociou diretamen-te como superintendente regional do banco, Pau-lo Marconi.

Para que a devolução seja realizada, é necessá-rio que, individualmente, o funcionário requisi-

Medida no Banco do Brasil foi conquistada peloDepartamento Jurídico do Sindicato dosBancários de Santa Maria e Região

> Gabriel Fioravante

Durante a vigência Lei nº 7.713/1988, o pa-gamento de imposto de renda pelos trabalhado-res que financiavam, à época, complementaçãode aposentadoria incidia sobre o seu rendimentobruto, inclusive os valores vertidos para o finan-ciamento de complementação de aposentadoria.

Ou melhor, à época, os trabalhadores que fi-nanciavam complementação de aposentadoria, aexemplo dos participantes de instituições comoPREVI, ligada ao Banco do Brasil, e Funcef, li-gada à Caixa, pagavam imposto de renda sobreos valores que despendiam para o financiamentode complementação de aposentadoria.

Após, foi editada a Lei nº 9.250, de 26/12/1995,segundo os benefícios recebidos de entidades deprevidência privada, bem como as importâncias cor-respondentes ao resgate de contribuições passarama sofrer incidência de imposto de renda na fonte.

Neste contexto, o participante do plano deprevidência privada que pagou imposto de ren-da sobre todo o salário, sem deduzir da base decálculo o valor destinado à entidade, sob a vi-

Aposentados têm direito à restituiçãodo Imposto de Renda pago sobre

complementação de aposentadoria

Foto Maiquel Rosauro

Charge

gência da Lei nº 7.713/88, pagou novo impostode renda sobre os mesmos valores anteriormentevertidos à entidade na vigência da Lei 9.250/95.

Em razão disso, o Judiciário pacificou entendi-mento de que os contribuintes que financiaramcomplementação de aposentadoria no período de 1ºde janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995 eatualmente percebem complementação de aposen-tadoria tem direito à restituição dos valores pagos atítulo de imposto de renda sobre a complementaçãopercebida em razão dos valores vertido à época, bemcomo à declaração da isenção do imposto de rendasobre os valores já tributados no período.

Aos bancários que já percebem comple-mentaçãode aposentadoria e verteram contribuição ao seu fi-nanciamento no período de 1º de janeiro de 1980 a31 de dezembro de 1995, basta procurar a assesso-ria jurídica do SEEB-SM ou diretamente o Fioravante& Londero Advogados para mover a ação judicial eter restituídos os valores pagos indevidamente. Oescritório de advocacia tem endereço na Rua VenâncioAires, n° 1795/21, e o atendimento exclusivo na sededo SEEB-SM ocorre nas terças e quintas-feiras, entreàs 15h e às 18h.

A Contraf-CUT tem recebido consultas de vári-os sindicatos sobre a cláusula do acordo negociadoentre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenabanque trata dos dias parados na greve nacional dos ban-cários. A entidade informa que o tema foi discutidoao final da última rodada de negociação com os ban-cos, em 14 de outubro, quando ficou definido, apósmuita pressão do Comando Nacional, que a redaçãoserá a mesma do ano passado.

Desta forma, a Convenção Coletiva de Trabalho(CCT) de 2011/2012, assinada em 21 de outu-

te o parcelamento do valor pago indevido juntosua agência de origem.

Compensação dos dias parados nagreve começou em 21 de setembro

bro, entre a Contraf-CUT, federações e sindicatoscom a Fenaban, em São Paulo, estabelece que os 21dias de greve nacional dos bancários, entre 27 desetembro e 17 de outubro, não serão descontados,mas compensados com até duas horas extras diári-as, de segunda à sexta-feira, exceto feriados, entre adata da assinatura até 15 de dezembro.

Conforme a cláusula, as horas extras realiza-das anteriormente não poderão ser compensadascom os dias não trabalhados. Qualquer saldo re-manescente após o prazo final será anistiado.

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Notícias 4 ContaCorrenteOutubro de 2011

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região

Passo a passo daFique por dentro. Acesse www.bancariossm.org.br

Mobilização foi consideradaa maior greve da categorianos últimos 20 anos

12 de agostoEntrega das minutas

O Comando Nacional dos Bancári-os, coordenado pela Contraf-CUT, en-tregou à Federação Nacional dos Ban-cos (Fenaban), em São Paulo, a pauta dereivindicações da Campanha Nacional2011, aprovada pela 13ª ConferênciaNacional, realizada entre 29 e 31 dejulho.

30 de agostoPrimeira rodada de negociação

As negociações da Campanha Naci-onal dos Bancários de 2011 começaramem São Paulo com os bancos recusando-se a atender as reivindicações apresenta-das pelos trabalhadores: garantia deemprego e ratificação da Convenção 158da Organização Internacional do Traba-lho (OIT), o fim das terceirizações, aextensão do abono-assiduidade a todosos bancários e a inclusão bancária semprecarização.

31 de agostoAumentam as recusas da Fenaban

No segundo dia da primeira rodadade negociação com o Comando Nacio-nal dos Bancários, em São Paulo, aFenaban rejeitou as reivindicações sobremelhorias de atendimento à população,o que inclui ampliação do horário deabertura das agências, respeito da jor-nada de seis horas, redução do tempode espera na fila, mais contratações debancários e implementação de mais cai-xas para atender melhor os clientes.

1º de setembroBanrisulenses entregamreivindicações

Os banrisulenses realizaram no final damanhã a entrega da pauta específica dostrabalhadores à presidência do banco.

2 de setembroIniciam negociações na Caixa

A primeira rodada de negociaçõesespecíficas da Comissão Executiva dosEmpregados da Caixa (CEE) e Coman-do Nacional dos Bancários, com a CaixaEconômica Federal, começou frustran-do os bancários. O banco se negou aatender reivindicações dos trabalhado-res em relação à Funcef, aos aposenta-dos e à Prevhab.

Fotos Maiquel Rosauro

5 de setembroSaúde é o tema das discussões

Na segunda rodada de negociação dacampanha de 2011, em São Paulo, osbancos recusaram as principais reivin-dicações sobre saúde e condições de tra-balho apresentadas pela categoria, inclu-sive as relacionadas a metas. Eles negamque haja metas abusivas nas instituiçõesfinanceiras e questionam até mesmo averacidade das pesquisas que apontam oaumento do número de adoecimentosna categoria em razão da pressão por au-mento da produtividade.

7 de setembroInicia a frustração da categoria

No momento em que dispara o nú-mero de mortes em assaltos envolvendobancos, a Fenaban fugiu de sua respon-sabilidade perante os bancários e a so-ciedade ao recusar as medidas efetivaspara combater a violência propostas peloComando Nacional dos Bancários. Nanegociação ocorrida em São Paulo, pelasegunda rodada da Campanha Nacionaldos Bancários 2011, os bancos negaramas reivindicações apresentadas pelos tra-balhadores sobre segurança.

9 de setembroPanfletagem

O primeiro ato público da Campa-nha Salarial dos Bancários 2011 foi umaplanfetagem realizada pelos diretores doSindicato nas agências centrais da cida-de. O material informativo explicava osmotivos da campanha.

Comando do Banrisulaponta necessidades

Na abertura das negociações entre adireção do Banrisul e o movimento sin-dical, o Comando apontou a necessida-de de resolver antigos problemas comoa melhoria das condições de trabalho esaúde; a valorização das funções (caixa,plataformistas, operadores e gerente denegócios); o fim das metas abusivas; pisodo Dieese; novo Plano de Carreira eFundação Banrisul e Cabergs.

BB também rejeita propostasA participação de todo o funciona-

lismo, sem exceção, sobretudo doscomissionados, nas atividades organi-zadas pelos sindicatos será decisiva parao êxito da Campanha Nacional 2011.A Comissão de Empresa dos Funcio-nários do Banco do Brasil (CEBB) che-gou a essa conclusão logo depois doencerramento da primeira rodada denegociação específica com o BB, reali-zada no edifício Sede III, em Brasília.Na reunião, o BB rejeitou reivindica-ções importantes sobre jornada de tra-balho e emprego, saúde, condições detrabalho e previdência.

12 de setembroFenaban desrespeita bancários

Em mais uma demonstração de des-respeito e enrolação, a Fenaban negoutodas as reivindicações apresentadas pe-los bancários em relação aos itens de re-muneração da pauta da categoria.

13 de setembroBanrisul enrola

A segunda rodada de negociação,ocorrida na Direção Geral (DG), emPorto Alegre, resultou em muitaenrolação do Banrisul. Quanto ao Pla-no de Carreira, os representantes do ban-co disseram que o prazo para conclusãoe implantação será estendido até junhode 2012. O movimento sindical reivin-dicou a antecipação deste prazo, mas oBanco alegou que será necessária umaanálise mais detalhada do impacto fi-nanceiro gerado pelo novo plano sobreas receitas da instituição.

CEE faz cobranças à CaixaA CEE realizou com a direção da

Caixa Econômica Federal, em São Pau-lo, a terceira rodada de negociação dasreivindicações específicas dos empre-gados. No centro da mesa de debatesestiveram três pontos principais: car-reira, jornada de seis horas e isonomia.O diretor do Sindicato dos Bancáriosde Santa Maria, Marcello Carrión, re-presentou os empregados gaúchos nes-ta rodada. Os empregados da Caixa rei-vindicam que até 2012 a Caixa atinjao quadro de 100 mil empregados. Obanco reconhece que houve aumentoda demanda de trabalho, mas releganovas contratações à autorização de ór-gãos controladores. Enquanto a empre-sa coloca empecilhos, na prática osbancários vivem as consequências dasobrecarga de trabalho, o que geraadoecimento.

15 de setembroBB aposta no medo

Na segunda rodada de negociaçãoespecífica com o CEBB, realizada emBrasília, os negociadores do Banco doBrasil mudaram o tom. Se na primeirareunião a empresa informou ser umamesa respeitosa, nesta foi o inverso: oBB se mostrou agressivo e sem a míni-ma disposição em negociar e apresentarpropostas que contemplem as reivindi-cações dos bancários.

Assembleia na Sede II

Cerca de 30 bancários se reuniramna Sede II do Sindicato dos Bancáriosde Santa Maria e Região. Eles discuti-ram o andamento da Campanha Salari-al 2011 da categoria.

19 de setembroTerceira rodada com o Banrisul

Aumento do piso, novos critériospara gestão das metas, resolução dos pro-blemas Fundação Banrisul e qualifica-ção e ampliação do atendimento daCabergs foram algumas das reivindica-ções do Comando dos Banrisulenses.

20 de setembroBB não apresenta proposta

A negociação entre a CEBB, Coman-do dos Bancários e o Banco do Brasil, emSão Paulo, terminou sem a apresentaçãode propostas para as reivindicações espe-cíficas debatidas e deliberadas pelos fun-cionários no 22º Congresso Nacional dosFuncionários do BB. O banco afirmouainda que vai acompanhar os resultadosda mesa principal de negociação com aFenaban, que debate a Convenção Cole-tiva de Trabalho (CCT) dos bancários.

Bancos propõem 7,8%A nova rodada de negociação sobre

remuneração da Campanha Salarial 2011foi concluída com um impasse. Os ban-cos apresentaram uma proposta de rea-juste de 7,8% sobre todas as verbas denatureza salarial, mas os bancários consi-deraram o índice insuficiente por não re-presentar aumento real e com isso, estarabaixo das expectativas da categoria.

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5 Notícias

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrenteOutubro de 2011Fique por dentro. Acesse www.bancariossm.org.br

greve dos bancários 21 de setembro

Caixa apresentaproposta insuficiente

Em reunião de negociação, emBrasília, a Caixa finalmente apresentouuma proposta específica à Comissão Exe-cutiva dos Empregados. A CEE avalioua proposta como insuficiente diante dasdemandas e expectativas dos emprega-dos nesta campanha salarial. A Comis-são orientou pela rejeição da propostanas assembleias gerais.

22 de setembroSanta Maria rejeita proposta

Os bancários de Santa Maria e regiãorejeitaram a proposta de 7,8% de reajus-te salarial oferecida pela Fenaban. Damesma forma, não foram aceitas as de-mais propostas específicas oferecidas pe-las instituições financeiras. A assembleiarealizada no Clube Santamariense apro-vou o indicativo de greve a partir de 27de setembro, caso a Fenaban não apre-sente uma nova proposta.

23 de setembroBanrisul descumpre sua palavra

Na 4ª rodada de negociações, queocorreu na sexta, dia 23, o Banrisul no-vamente descumpriu sua palavra e nãoapresentou nenhuma resposta aos itensdiscutidos na reunião anterior. Dessavez, a desculpa foi a reunião da Fenaban,que acontecia, concomitantemente, emSão Paulo. O discurso dos negociadorestambém foi o mesmo dos encontros an-teriores: a diretoria está disposta emavançar na pauta específica.

Fenaban oferece 8%A reunião entre o Comando dos Ban-

cários e a Fenaban terminou mais umavez em impasse. Os bancos apresenta-ram uma proposta de 8%, elevando emapenas dois décimos percentuais acimada primeira oferta, de 7,8%.

26 de setembroAgora é greve

Os bancários de Santa Maria e Regiãoaprovaram a greve da categoria a partir dameia-noite de 27 de setembro. Mais de

160 bancários se reuniram em assembleiano Clube Santamariense. A proposta de8% da Fenaban não foi aceita.

27 de setembroGreve começa forte

No primeiro dia de paralisação, 14das 16 agências públicas de Santa Ma-ria foram atingidas pela greve. Nenhu-ma agência da Caixa na cidade teve aten-dimento.

28 de setembroAumenta adesão à greve

Nove agências em Santa Maria fica-ram sem atendimento. Na região, oitoagências estavam fechadas.

29 de setembroGreve chega aos bancos privados

Agências do Itaú em Santa Maria fo-ram paralisadas pelo movimento grevista.

30 de setembroMais agências fecham

A greve nacional dos bancários con-tinuou crescendo em Santa Maria. Nacidade, 18 agências fecharam. A grevealcançou 100% das unidades da Caixae do Banrisul. Apenas uma agência doBanco do Brasil seguia aberta com aten-dimento parcial.

3 de outubro31 agências sem atendimento

Em Santa Maria, todas as agências daCaixa, Banrisul e Itaú estavam paralisa-das. No banco privado havia piquetes doSindicato dos Bancários que impediramo funcionamento em três agências.

4 de outubroA grande passeata

Uma grande passeata reuniu cerca de300 trabalhadores, entre bancários efuncionários dos Correios (leia mais napágina 7).

5 de outubroBanrisul apresenta nova proposta

O Banrisul apresentou nova propos-ta ao movimento sindical. Destacava-seo reajuste de 12% para o piso salarial(R$ 1.400,00); reajuste na gratificaçãode caixa de 17,87% (R$ 600,00) e cri-ação de uma gratificação específica paraos operadores de negócios no valor deR$ 300,00. Em Santa Maria, a propos-ta foi discutida, mas a greve continuou.

6 de outubroSanta Maria diz NÃO ao Banrisul

Em assembleia na Sede II, osbanrisulenses de Santa Maria formali-zaram a rejeição à proposta do Banrisul.

7 de outubroSantander fechado

O Sindicato dos Bancários paralisouo atendimento em uma das agências doSantander na Rua do Acampamento.Durante todo o ato, os caixas de atendi-mento automático permaneceram libe-rados aos clientes do banco.

10 de outubro30 agências sem atendimento

Às vésperas de completar duas sema-nas, a greve da categoria fechava 30 agên-cias bancárias na cidade.

13 de outubroFenaban e Comandovoltam a negociar

Encerrou sem avanços a negociaçãocom a Fenaban iniciada no final da tardeem São Paulo. Após os representantes dosbanqueiros apresentarem novamente pro-posta insuficiente para o índice - de 8,4%,que representa aumento real de 0,93% -a reunião foi interrompida para ser reto-mada na manhã do dia seguinte.

14 de outubroBanrisul desrespeita funcionários

A direção do Banrisul afrontou osfuncionários mais uma vez durante reu-nião ocorrida na Direção Geral, em Por-to Alegre. Dois funcionários da área deGestão de Pessoas representaram o Ban-co na ocasião, limitando-se a dizer queinstituição não tem uma nova propostae irá cumprir o que for determinado nasnegociações com a Fenaban.

Banqueiros oferecem 9%Após dar um literal “chá de banco”

no Comando Nacional dos Bancários, aFenaban finalmente apresentou uma novaproposta à categoria no fim da tarde. Osbanqueiros propuseram um reajuste de9% sobre todas as verbas de natureza sa-larial; piso de R$ 1.400; aumento daparcela fixa da PLR de R$ 1.100,00 paraR$ 1.400,00 e aumento da parcela adi-cional da PLR de R$ 2.400 para R$2.800,00 (leia mais na página 6).

BB apresenta propostaO BB apresentou nova proposta aos

funcionários após a finalização da roda-da de negociação com a Fenaban: rea-juste de 9% para todos os salários, pisode R$ 1760 com manutenção da mes-ma curva no mérito, entre outros itens(leia mais na página 6).

Caixa também tem propostaA Caixa também apresentou ao Co-

mando Nacional dos Bancários, asses-sorado pela CEE, uma nova proposta es-pecífica, que inclui a manutenção daPLR Social, valorização do piso e ampli-ação do quadro em 5 mil funcionáriosaté final de 2012, além de avanços emitens de saúde do trabalhador e no Saú-de Caixa (leia mais na página 6).

17 de setembroCaixa e BB voltam.Banrisul segue em greve

Os bancários de Santa Maria e regiãoestiveram reunidos em assembleia no Clu-be Santamariense. Na primeira votação, elesaprovaram a proposta da Fenaban. Na se-gunda votação, direcionado apenas aos ban-cários do Banrisul, foi aprovada por unani-midade a continuidade da greve. Os ban-cários da Caixa e do BB aceitaram as pro-postas específicas de seus respectivos ban-cos e decidiram por voltar ao trabalho.

18 de setembroTermina a greve dos bancários

Pela manhã, os banrisulenses fizeramum apitaço seguido de um protesto si-lencioso dentro da agência Centro doBanrisul. Ao final da tarde, eles aprova-ram a proposta oferecida pelo banco (leiamais na página 6).

Fotos Maiquel Rosauro

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Notícias 6Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e RegiãoContaCorrente

Outubro de 2011

Confira as principais propostas daFenaban e dos bancos públicos

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FenabanAumento real - Reajuste salarial de 9%, que representa aumento real de

1,5%;PLR maior - A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados será

de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.400. Assim, essa parte fixa,que em 2010 foi de R$ 1.100,80, será reajustada em 27,18%. Aregra determina, ainda, que devem ser distribuídos no mínimo 5%lucro líquido. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser au-mentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 17.220,04;

Aumento no valor adicional - Pela proposta, o teto do valor adicional daPLR - que distribui 2% do lucro líquido - passa de R$ 2.400 para R$2.800, o que significa aumento de 16,66% em relação ao que foi pagoem 2010;

Piso - O reajuste proposto para o piso foi de 12%, aumento real de4,30%. No caso do escriturário, passa de R$ 1.250 para R$ 1.400;

Dias parados - O Co-mando Nacional dosBancários tambémgarantiu, junto à fe-deração dos bancos,que não serão des-contados dos traba-lhadores os dias emgreve. Pela propostada Fenaban, haverácompensação dessesdias no máximo até15 de dezembro.

CaixaPLR - A Caixa concordou

com a manutenção daPLR Social, que distri-buirá 4% do lucro líqui-do de forma linear paratodos os empregados -além da regra básica eparcela adicional daPLR acordada com aFenaban. Esse valor serádistribuído mesmo que,somado à regra daFenaban, seja ultrapassa-do o limite de 15% dolucro do banco previsto na convenção coletiva da categoria.

Aumento do piso - A proposta ocorre com uma mudança na tabela do Plano de Cargos eSalários (PCS). Os novos concursados passam a ingressar no banco na Referência 202 e,depois de 90 dias, avançam automaticamente para a 203. Dessa forma, o salário após os 90dias do contrato de experiência passa dos atuais R$ 1.637 (valor atual da ref. 202) para R$1.826 (referência 203 já aplicado o reajuste de 9% negociado com a Fenaban) representan-do assim um reajuste de 11,55% nesse piso. Todos os empregados que hoje ocupam areferência 202, passam automaticamente para a 203. O mesmo vale para a Carreira Profis-sional, na qual os pisos passariam a ser a referência 802 no ingresso, com valor de R$ 7.932,e a referência 803 após 90 dias de contratação, com o valor de R$ 8.128.

Novos funcionários - Serão 5 mil novos empregados para o banco. A redação da cláusula prevêa ampliação do quadro dos atuais 87 mil empregados para 92 mil, com compromisso assu-mido pela Caixa de atingir esse número até dezembro de 2012.

Saúde do trabalhador - ampliação de 16 para 180 dias da garantia de manutenção de funçãopara trabalhadores afastados por motivo de saúde. Atualmente após 15 dias de afastamentoo gestor da unidade tem a opção de manter ou retirar a função do empregado em licençamédica por até 180 dias. Embora o pagamento do valor permaneça na complementação poraté 6 meses em caso de doença comum, por até 2 anos para doenças graves e por tempoindeterminado se for acidente de trabalho, é comum que os gestores retirarem a titularidade,o que gera redução salarial no retorno da licença. Se o trabalhador em questão voltar antes decompletar 180 dias de afastamento, terá garantida a titularidade da função.

Saúde Caixa - a proposta prevê que o filho maior de 21 anos comprovadamente sem rendacontinue até os 24 anos no plano como dependente indireto mesmo que não esteja estudan-do. Além disso, o empregado poderá manter o filho no plano até os 27 anos desde que nãotenha renda e esteja estudando.

Superávit - O banco se compromete a discutir a destinação do superávit do Saúde Caixa paramelhorias no plano, mas considera necessários mais estudos. O tema será remetido paradiscussão no GT Saúde Caixa, que terá autorização da empresa para uma negociação efetiva.O mesmo acontece com a criação de estruturas específicas em todos os estados para o SaúdeCaixa e questões de saúde do trabalhador dentro do banco.

Banco do Brasil- Reajuste de 9% para todos os salários;- Piso de R$ 1760 com manutenção da mesma curva no mérito;- Mérito retroativo a 1998;- Destravamento de 2 para 1 ano para ascensão de escriturários;- VCP em retorno de licença-saúde em 12 meses;- PAS adiantamento para funcionários incorporados que optaram pelo

regulamento do BB;- Contratação de 2000 adolescentes aprendizes;- Atendentes A e B da CABB podem concorrer como escriturários sem

abrir mão da comissão;- Reestruturação de dívidas com redução de taxa de juros e aumento do

prazo de pagamento;- Mesas temáticas para debater jornada de trabalho, PCR e Plano de

Comissões, com implantação em até 30 dias após a assinatura do acor-do;

- Renovação das cláusulas sociais;- Renovação da cláusula das 3 GDPs para descomissionamento por de-

sempenho;- Compensação dos dias da greve até 15 dezembro, com abono das ho-

ras não compensadas até esta data;- Abrirá discussão sobre incorporados na mesa permanente de ne-

gociação;- Plano Odontoló-gico continuará o de-bate na mesa perma-nente;- PLR: EscriturárioR$ 3.571,46; caixaR$ 3912,16; comis-sionado de 1,62 a 3VR;- Auxiliar adminis-trativo e atendente Ae B CABB terá o pisodo Caixa na PLR.

Banrisul- Gratificação fixa para os operadores de negócios, que pela nova proposta do banco passa a ser

de R$ 300,00 fixos mais R$ 100,00 (mínimo de RV3); a partir de dezembro de 2011;- Diminuiu o percentual a ser atingido nas metas para cálculo da RV3 de 95% para 75%, de

janeiro a julho de 2012 e para 80% de julho a dezembro de 2012;- Ampliação do pagamen-

to da 13ª cesta-alimenta-ção para R$ 1.000,00(102,21% a mais do queo valor acordado com aFenaban);

- A compensação dos diasparados na greve segue osmesmos critérios acorda-dos com a Fenaban. Ouseja, as horas da grevedeverão ser compensadasaté o dia 15 de dezem-bro deste ano.

Fotos Maiquel Rosauro

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Passeata organizada peloSindicato dos Bancários epelo Sintect reuniu cercade 300 trabalhadores

Uma grande passeata foi realizadana manhã de 4 de outubro emSanta Maria. Bancários e funci-

onários dos Correios fizeram um protes-to pelas principais ruas da cidade. Re-presentantes do CPERS e do Sindicatoda Alimentação também estiveram pre-sentes no ato que reuniu cerca de 300trabalhadores.

Participaram do protesto empregadosda Empresa Brasileira de Correios e Te-

7 Notícias

Informativo do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região ContaCorrenteOutubro de 2011

Grevistas mostraram força em Santa Maria

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Fotos Maiquel Rosauro

légrafos (ECT) de Santa Maria, CruzAlta, Uruguaiana e Alegrete. Ao final damobilização que percorreu as principaisruas do centro financeiro da cidade, osgrevistas se concentraram na PraçaSaldanha Marinho.

A passeata foi organizada pelo Sindi-cato dos Bancários de Santa Maria eRegião e pelo Sindicato dos Trabalha-dores em Empresas de Correios e Telé-grafos (Sintect) de Santa Maria e Região.A categoria está em greve há uma sema-na. O objetivo da passeata era protestarcontra o setor patronal e esclarecer àpopulação os motivos da greve de ban-cários e de funcionários dos Correios.

Veja vídeos da passeata em:www.youtube.com/bancariossm

Veja fotos da passeata em:www.facebook.com/bancariossm

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Grande público prestigiou a2ª Mostra de Talentos Bancários

ContaCorrente Informativo do Sindicatodos Bancários de

Santa Maria e RegiãoOutubro de 2011

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Cultura

Músicos bancários e seus familiaresse apresentaramna AABB,em Santa Maria, em 14 de outubro

AAssociação Atlética Banco do Brasil (AABB) lotou na noite de 14de outubro ao receber a 2ª Mostra Musical de Talentos Bancários.O evento realizado pelo Sindicato dos Bancários de Santa Maria e

Região e reuniu músicos da categoria e familiares de bancários que tocamalgum instrumento musical.

Chamou atenção a decoração do salão nobre da AABB, ao estilo de umbar. No cardápio, havia cachorro-quente com diferentes molhos, pães elinguiça com farofa. Para beber, havia refrigerante, cerveja e água. De todoeste cardápio, apenas a cerveja era paga, todo o restante era gratuito.

Quinze grupos musicais, de diferentes estilos, subiram ao palco. A TVOvo gravou todas as performances e, em breve, irá disponibilizar um DVDcoma as apresentações aos músicos.

No evento, também foi gravada a 11ª edição do programa Bancáriosna TV, que você pode assistir na página no YouTube do Sindicato:www.youtube.com/bancariossm.

Fotos Maiquel Rosauro

Veja mais fotos da 2ª Mostra Musical no Facebook do Sindicato:

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