compostagem de residuos solidos de frigorifico_graficos notas

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  • 7/24/2019 Compostagem de Residuos Solidos de Frigorifico_Graficos Notas

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    Revista Brasileira deEngenharia Agrcola e Ambientalv.13, n.1, p.100107, 2009Campina Grande, PB, UAEA/UFCG http://www.agriambi.com.brProtocolo 007.07 29/01/2007 Aprovado em 22/07/2008

    Compostagem de resduos slidos de frigorfico

    Mnica S. S. de M. Costa1, Luiz A. de M. Costa2, Lo D. Decarli3, Adilson Pel4, Csar J. da Silva5, Uilson F. Matter6& Dcio Olibone7

    RESUMO

    Em virtude da compostagem ser uma alternativa vivel e eficiente no tratamento de resduos agroindustriais, objetivou-

    se avali-la em resduos provenientes do abate de bovinos e sunos. Confeccionaram-se 12 leiras de compostagem utili-

    zando-se resduos de frigorfico, palha de trigo e serragem de madeira. O processo foi avaliado pelo monitoramento

    dirio da temperatura, observao da ocorrncia de parmetros indesejveis (presena de odores desagradveis e/ouamoniacais, formao de chorume e presena de moscas e larvas) e pela capacidade de reciclagem de nutrientes. Os

    parmetros indesejveis foram observados, em mdia, nos primeiros cinco dias aps a confeco das leiras; as tempera-

    turas se elevaram, atingindo picos acima de 70 C; quanto composio qumica do composto, esta apresentou teores

    relevantes de macro e micronutrientes demonstrando alto potencial de reciclagem. Recomenda-se a utilizao de piso

    impermevel e estrutura de cobertura durante a compostagem. A freqncia de revolvimentos adotada (15 dias aps a

    confeco da leira, seguida de revolvimentos semanais) foi adequada. A melhor relao de peso encontrada foi de 7,2 kg

    de resduos para cada kg de palha e 16,6 kg de resduos para cada kg de serragem.

    Palavras-chave: parmetros indesejveis, temperatura, reciclagem de nutrientes

    Composting of slaughterhouse solid waste

    ABSTRACT

    Composting has been a viable and efficient alternative treatment to agroindustrial waste. This experiment was installed

    with the objective of analyzing the process of composting for slaughterhouse waste. Twelve piles of composting were

    prepared, using slaughterhouse waste, wheat straw and wood sawdust. The process was evaluated by daily temperature

    monitoring, observations of the occurrence of undesirable parameters (bad smell and/or ammoniacal smell, grease formation

    and presence of grubs and flies), as well as the capacity of recycling nutrients. The undesirable parameters were observed,

    on average, for the first five days after pile building; the temperatures increased, reaching 70 C; chemical composition

    of compost showed relevant contents of macro and micronutrients, a high recycling potential. Utilization of impermeable

    floor and roof are recommended during the composting. The turning frequency used (15 days after pile building followedby turning) was adequate. The best relation of weight was 7.2 kg of waste for each kg of straw and 16.6 kg of waste for

    each kg of sawdust.

    Key words: undesirable parameters, temperature, nutrients recycling

    1 UNIOESTE, Rua Universitria 2069. CEP 85819-110, Cascavel, PR. Fone: (45) 3220-3262. E-mail: [email protected] Eng. Agrnomo, R. Siqueira Campos 1785. CEP 85813-190, Cascavel, PR, Fone: (45) 3035-2654. E-mail: [email protected] Mestre em Produo Vegetal. E-mail: [email protected] UEG, Rod. GO 330, Km 241 s/n, Anel Virio. CEP 75780-000. Ipameri, GO. Fone: (64) 3491-1556. E-mail: [email protected],5

    EMBRAPA/CPAO, Rod. BR 163 Dourados, Caarapo, Km 253,6, Zona Rural. CEP 79804-970. Dourados, MS. Fone: (67) 3425-5122. E-mail: [email protected] EPAMIG/CTCO. Rod. MG 424, Km 64, CEP 35701-970, Prudente de Moraes, MG. Fone: (31) 3773-1980. E-mail: [email protected] Doutorando em Agricultura, FCA/UNESP, Fazenda Experimental Lageado, CEP 18603-970. Botucatu, SP. Fone: (14) 3811-7161. E-mail: [email protected].

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    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, v.13, n.1, p.100107, 2009.

    INTRODUO

    A qualidade ambiental no meio rural tem preocupado nos os pesquisadores como, tambm, os produtores rurais, de-vido as exigncias impostas pela ISO 14000. Esta preocupa-o se fundamenta no fato de que, com o crescente desen-volvimento tecnolgico e incentivo agroindustrializao, osetor agrcola tem gerado e lanado no ambiente toneladasde resduos advindos tanto das prticas agrcolas como das

    prticas correlatas ao setor, como a pecuria e a agroinds-tria, as quais tm proliferado rapidamente nos ltimos anos,inclusive com incentivos governamentais recentes, como o caso do Estado do Paran.

    Frente a esta situao, a reciclagem e o uso agronmicoracional de resduos so apresentados como opes para asoluo do problema, porm implicam em ampliao dosconhecimentos sobre os resduos e suas respectivas formasde tratamento (Prezotto, 1992). Neste sentido, a composta-

    gem se tem constitudo como alternativa vivel, de baixocusto e sanitariamente eficiente na eliminao de patgenosde resduos slidos submetidos a este mtodo.

    As agroindstrias, por processarem diferentes produtosde origem animal e vegetal, geram os mais variados res-duos, os quais podem ser submetidos ao processo de com-

    postagem. Esta prtica vem sendo utilizada por vrios se-tores agroindustriais, comprovando a eficincia do processo(Kiehl, 1985; Vitorino & Pereira Neto, 1994; Fortes Netoet al., 1997 e Silva et al., 1997). Os pequenos frigorficose abatedouros se enquadram como agroindstrias em razode processarem produtos de origem animal, em cujos res-

    duos so encontrados vsceras de animais abatidos, peda-os de carne sem valor comercial, sebo, sangue e outrosmateriais, todos passveis de tratamento biolgico atravsda compostagem. Nesses estabelecimentos, geralmente lo-calizados no meio rural, tal matria-prima, aps recebertratamento pela compostagem fornece, como subproduto, ocomposto orgnico, o qual, por sua vez, pode ser utilizadocomo fonte de nutrientes para a produo de gros no lo-cal ou, ento, comercializado, constituindo-se em fonte di-reta de renda ao produtor. Vrios autores tm descrito o usode adubos orgnicos como alternativa para diminuir o cus-to energtico das lavouras, proporcionando economia derecursos naturais (Costa, 2005, em pesquisas com milho,

    Silva et al., 2007 trabalhando com batata e Arajo et al.,2007 em experimento com pimento).

    A compostagem de resduos de abatedouros e pequenosfrigorficos assunto pouco relatado na literatura, poden-do-se citar as referncias sobre compostagem de resduosno convencionais (Kiehl, 1985) e autores estrangeiroscomo Tritt & Schuchardt (1992) os quais comentam sobrea compostagem como alternativa para o tratamento dosresduos slidos provenientes de frigorficos na Alemanhae Koenig & Yiu (1999) que abordam sobre os resultadosde uma pesquisa sobre o manejo de resduos em abatedou-ros em Hong Kong.

    Considerando-se a problemtica da disposio de resdu-os slidos em pequenos abatedouros e a falta de estudos so-bre alternativas para o tratamento desses resduos objetivou-

    se, no presente trabalho, avaliar o desempenho do processode compostagem em resduos slidos de frigorfico (abate de

    bovinos e sunos) atravs do monitoramento dirio da tem-peratura na massa de compostagem, freqncia de revolvi-mentos, observao de parmetros indesejveis, como pre-sena de odores desagradveis e/ou amoniacais, formao dechorume e presena de moscas e larvas e a capacidade dereciclagem de nutrientes atravs do processo, alm de deter-minar a melhor relao entre resduos e palha na confecoda leira.

    MATERIALEMTODOS

    A pesquisa foi conduzida em rea cedida UniversidadeEstadual do Oeste do Paran UNIOESTE, pela empresaAgrcola Horizonte, localizada no municpio de MarechalCndido Rondon, PR, a 24 33 40 S, 54 04 12 W, a uma

    altitude mdia de 420 m, com temperaturas mdias de 14 Cna poca mais fria e 28 C na poca mais quente e precipi-tao mdia de 1.800 mm anuais.

    Confeccionaram-se 12 leiras de composto, no perodo deum ano, utilizando-se os seguintes materiais: palha de tri-go, serragem de madeira e resduos do abate de bovinos esunos, oriundos de um abatedouro particular, sob inspeomunicipal, localizado no municpio de Quatro Pontes, PR.

    Os resduos animais se constituram, basicamente, de r-gos internos de animais abatidos (vsceras em geral, pul-mo, bao, rmen, contedo ruminal, intestinos, gorduras,

    pedaos de carne condenados pela inspeo, sangue e demais

    descartes), todos sem valor comercial. Tais resduos foramcortados em pedaos de aproximadamente 10-15 cm, comauxlio de facas, para facilitar sua disposio e o ataquemicrobiano (Kiehl, 1985).

    Na fase inicial at a confeco da leira 5, o corte dos re-sduos foi realizado diretamente sobre a leira de composta-gem adicionando-se, em seguida, uma camada de serragem;em etapa posterior, a partir da leira 6 os resduos foram cor-tados e depositados em uma caixa, para se proceder suamistura com a serragem e sua posterior deposio sobre acamada de palha na leira de compostagem. Objetivou-se, comeste procedimento, facilitar o contato da serragem com osresduos diminuindo, assim a formao de chorume.

    As leiras foram montadas sobre estrado de bambu. A par-tir da leira 5 se intercalaram camadas de aproximadamente10 a 15 cm de palha, com camadas de aproximadamente 3 a5 cm de resduo animal picado com auxlio de facas; para asleiras anteriores 5, as quantidades de palha e resduo ani-mal foram bastante variveis. Todas as leiras, ao trmino desua confeco, foram cobertas com uma camada de palha.

    A Tabela 1mostra as quantidades e relaes entre os di-ferentes materiais utilizados nas leiras.

    Monitorou-se a temperatura das leiras com auxlio de ter-mmetro de lcool, fixo em uma haste metlica, uma vez aodia, em seis pontos (20 e 50 cm de profundidade).

    Monitoraram-se e se avaliaram os seguintes parmetrosindesejveis: presena de odores desagradveis e/ou amo-niacais, formao de chorume e presena de moscas no

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    ambiente e larvas sobre as leiras e no chorume. Para cada

    parmetro se atriburam notas em escala de 0 a 10, semprepelo mesmo observador e no mesmo horrio.

    Inicialmente, os revolvimentos e regas foram realizadosde acordo com o comportamento da temperatura nas lei-ras; assim, quando os valores de temperatura ultrapassavam50-60 C se realizavam os revolvimentos seguidos de rega;entretanto, a partir da confeco da 5 leira se adotou rea-lizar aerao atravs da perfurao da leira com haste pon-tiaguda, at o primeiro revolvimento seguido de rega, aos15 dias aps a confeco, procedimento este repetido se-manalmente.

    Como preveno se colocou, sob o estrado de bambu, um

    plstico, a fim de reter e coletar o chorume, evitando a con-taminao do solo. Para evitar o encharcamento das leiraspela chuva, as mesmas foram confeccionadas sob coberturaplstica sustentada por uma estrutura de bambu. Decorridos90 dias de compostagem coletou-se uma amostra compostae homognea do composto pronto, em cada leira, a qual foienviada ao Laboratrio de Qumica Agrcola e Ambiental daUNIOESTE, Campus de Marechal Cndido Rondon, paraanlise da composio qumica; para isto, as amostras foramsecadas em estufa a 60 C, trituradas em moinho e se lhesretiraram alquotas para anlise. A porcentagem de carbonoorgnico foi determinada pelo mtodo Walkley & Black(1944) citado por Kiehl (1985); o nitrognio total foi defi-

    nido conforme metodologia descrita por Tedesco et al. (1985) mtodo KJEDHAL e, para os nutrientes fsforo, potssio,clcio, magnsio e micronutrientes (Fe, Cu, Zn e Mn), se-guiram-se metodologias descritas pelo mesmo autor. A de-terminao do ndice pH em Cloreto de clcio (CaCl2), sedeu conforme descrito por Kiehl (1985).

    RESULTADOSEDISCUSSO

    O monitoramento da emisso de odores desagradveis emlocais onde se realiza o tratamento de resduos, tem-se tor-

    nado uma exigncia dos rgos ambientais. Segundo Sironiet al. (2006) a razo para tal preocupao est relacionadaao aumento no nmero de unidades destinadas ao tratamen-

    to de resduos situadas no meio urbano e em reas residen-ciais; alm disso e apesar dos odores produzidos no se re-ferirem a substncias diretamente txicas ou perigosas sa-de humana e sua concentrao no ar estar normalmenteabaixo dos limites fixados pelas autoridades de sade, a po-

    pulao se tem mostrado mais sensvel qualidade do ar emenos tolerante a odores originados de atividades industri-ais. Os mesmos autores comentam que nos ltimos 30 anosa emisso de odores desagradveis provenientes de diferen-tes setores da indstria se tem tornado sria preocupaoambiental, especialmente nos casos de emisso de odoresvindos de usinas de tratamento de resduos.

    No presente trabalho, os parmetros considerados inde-sejveis foram detectados somente na fase inicial do proces-so, de maneira no constante e em mdia nos primeiros 5dias aps a confeco das leiras, desaparecendo em seguida.Esta presena se deu de forma varivel, tanto em intensida-de como em termos de tempo, desaparecendo na maioria das

    leiras, antes mesmo do primeiro revolvimento (Figura 1).A presena de odores desagradveis na fase inicial do

    processo (Figura 1Ae B) se deveu provavelmente, ao tipode material utilizado no processo de compostagem, que de fcil decomposio e tende a liberar mau cheiro facil-mente (Silva et al., 1997); tambm, pelo fato da tempera-tura das leiras se elevar inicialmente, de forma lenta, os

    problemas com odores desagradveis tenderam a se agra-var devido, qui, proliferao de microrganismos putre-fadores fato que, segundo Nakagawa (1992) est relacio-nado ocorrncia de encharcamentos, causando anaerobioseem algumas leiras.

    Silva & Mara (1979), citam que os produtos finais pro-duzidos por organismos anaerbios so usualmente cidosorgnicos e algumas substncias ricas em hidrognio, den-tre as quais o gs sulfdrico, que apresenta odor desagra-dvel. Schlegelmilch et al. (2005) tambm relatam que aconcentrao crtica de odores desagradveis durante o pro-cesso de compostagem est principalmente nas primeiras2 a 3 semanas.

    Na Figura 1C e D so apresentados os valores atribu-dos presena de odores amoniacais aps a confeco dasleiras.

    Durante o processo de compostagem, tanto na fase inici-al como aps os revolvimentos e de forma no muito acen-

    tuada, ocorreu a presena de odores amoniacais (Figura 1Ce D) o que, segundo Peixoto (1988), caracteriza perda denitrognio; para a leira 1 este fato pode ser atribudo rela-o C:N inadequada, devido a palha de trigo utilizada apre-sentar-se bastante mida e em adiantado estdio de decom-

    pos io. Observando-se este problema se corrigiram asquantidades de resduos animais e vegetais para as demaisleiras e se observou que as leiras que sofreram rega excessi-va (encharcamento) exalaram odores amoniacais.

    A elevao de temperatura a nveis acima ou prximos a70 C, segundo Kiehl (1985), pode ter agravado ainda maisas perdas de nitrognio amoniacal; neste sentido, Prochnow

    et al. (1998) citam, em seu trabalho, que a perda de amniateve a maior concentrao (84% do total) nas primeiras trssemanas o que coincide com a fase de temperaturas elevadas.

    arieL )R(oudseR

    )gk()P(ahlaP

    )gk()S(megarreS

    )gk(oaleR

    P/RoaleR

    S/R

    1 009 04 0 1/52 0

    2 008 05 01 1/61 1/08

    3 053 81 11 1/4,91 1/8,13

    4 006 05 21 1/21 1/05

    5 0011 501 55 1/5,01 1/02

    6 053 84 42 1/3,7 1/6,41

    7 008 001 5,43 1/8 1/32

    8 005 08 53 1/2,6 1/3,41

    9 007 88 44 1/9,7 1/9,51

    01 005 27 23 1/9,6 1/6,51

    11 055 67 93 1/2,7 1/1,41

    21 055 001 53 1/5,5 1/7,51

    Tabela 1. Quantidades e respectivas relaes entre os materiaisutilizados na montagem das leiras

    Mnica S. S. de M. Costa et al.

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    A. B.

    C. D.

    E. F.

    G. H.

    I. J.

    Figura 1.Valores atribudos presena de odores desagradveis (A e B), odores amoniacais (C e D), moscas (E e F), chorume (G e H), larvas sobre a leira(I) e larvas no chorume (J) durante os primeiros dias da montagem das leiras.

    Compostagem de resduos slidos de frigorfico

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    Pagans et al. (2006) tambm associaram as perdas de am-nia com o aumento da temperatura na fase termoflica do

    processo, cuja explicao para esta perda de amnia estaria,segundo os autores, na fase inicial do processo em que ocor-re grande degradao de compostos orgnicos facilmente

    biodegradveis com alto teor de N causando a liberao dogs de amnia o qual exponencialmente dependente datemperatura.

    Na Figura 1Ee F so apresentados os valores atribudos presena de moscas aps a confeco das leiras.

    A presena de moscas foi uma constante para todas asleiras, permanecendo no local por mais tempo durante o pro-cesso de compostagem das leiras 1, 6 e 12 (Figura 1). Con-forme Nakagawa (1992), o excesso de gua (encharcamen-to) conjugado ao tipo de material utilizado na confeco dasleiras causa a formao de odores, atraindo moscas.

    Na Figura 1G e H destacam-se os valores atribudos presena de chorume aps a confeco das leiras.

    Com relao formao de chorume, esta ocorreu de for-ma mais intensa nas leiras que sofreram algum tipo de en-charcamento; nas demais, a presena de chorume est re-lacionada grande quantidade de gua presente no materialde origem animal, alm dos fragmentos de intestino funci-onarem como bolsas de gua e que, ao se decomporem,

    passam a liberar esta gua, causando chorume; este foi umfator comum a todas as leiras de compostagem, sendo queo uso de serragem se deu para a correo da umidade nomomento da confeco da leira. Ainda se observou, com re-lao formao de chorume, que a utilizao de palha naconfeco de leiras de compostagem conferiu maior unifor-

    midade de aerao porm vem a ser um ponto negativo nosentido de reteno de gua pois os mesmos espaos vazi-os que permitem a circulao de ar na leira, permitem oescorrimento da gua desprendida no processo, ocasionan-do o chorume.

    Nas Figura 1Ie J so apresentados os valores referentes presena de larvas sobre as leiras de compostagem e nochorume, respectivamente.

    Com exceo das leiras 1, 5, 7, 8 e 11, as demais apresen-taram problemas com a presena de larvas de moscas; nestas,as moscas apesar de presentes no local, no ovopositaram nasuperfcie das leiras, fato este que, para a leira 1, se deveu,

    provavelmente, presena de odores amoniacais que podem

    ter funcionado como repelente para esses insetos; no entanto,para as leiras 5, 7, 8 e 11, a presena de odores amoniacais sedeu em pequena intensidade, ou mesmo no foram percebi-dos. Esta presena de pouco ou nenhum odor amoniacal ocor-reu tambm em outras leiras, que apresentaram problemas comlarvas de moscas, indicando interferncia de algum outro fa-tor no observado. Observou-se, porm, que as leiras que so-freram encharcamento tiveram uma permanncia de moscas

    por maior perodo no ambiente, independente da poca do ano,no se constatando correlao com a maior presena e/ou per-manncia de larvas nas mesmas.

    Apesar de, durante o desenvolvimento do processo de

    compostagem das diferentes leiras, terem sido observadosproblemas como os j citados, a temperatura das mesmas foielevada, principalmente aps revolvimentos; esta elevao de

    temperatura antes do primeiro revolvimento se deu de ma-neira mais lenta e de forma mais ou menos acentuada paraas diferentes leiras, ao passo que aps os revolvimentos, to-das apresentaram rpida elevao de temperatura. Nota-se,na Figura 2A, uma elevao da temperatura na fase inicialdo processo, leira 01, coincidente com a acentuada perda denitrognio ocorrida nesta fase, seguida de temperaturas me-nores, mesmo aps os revolvimentos; este fato pode ser atri-

    budo perda de N no incio do processo, em conseqnciado metabolismo acelerado dos microrganismos, aproveitan-do todo o C para incorporar o nitrognio disponvel j noincio da compostagem (Kiehl, 1985).

    A leira 02 teve comportamento semelhante porm no seobservou a presena de odores amoniacais, alm das tempe-raturas se apresentarem mais elevadas durante o processo.

    Nesta leira foram corrigidas as quantidades de material uti-lizado, visando-se obter relao C:N mais adequada; a leira03 mostrou as menores temperaturas durante o processo,

    inclusive na fase inicial; este fato pode ser atribudo ao seutamanho (Tabela 1), que permite muitas trocas trmicas en-tre a leira e o ambiente, o que dificulta a elevao da tempe-ratura (Kiehl, 1985 e Nakagawa, 1992); aos 90 dias, as lei-ras 01 e 02 apresentaram temperaturas mdias baixas, mesmoaps o revolvimento, indicando o final do processo; a leira03, entretanto, indicou ainda partes vegetais no decompos-tas, demonstrando a necessidade de um perodo maior parao final do processo; na Figura 2Bse observa o comportamen-to da temperatura nas leiras 04, 05 e 06; todas as leiras in-dicaram comportamento semelhante, com elevao inicial datemperatura seguida de diminuio gradual, at a estabili-

    zao. Ressalva deve ser feita ao comportamento inicial daleira 06, em que as temperaturas foram pouco menores, atri-budas ocorrncia de encharcamento ocasionado por chu-vas torrenciais logo aps sua confeco, alm da incidnciade ventos que, segundo Kiehl (1985), provocam alteraesna temperatura das leiras; aos 90 dias, a temperatura dasleiras, mesmo aps o revolvimento, no apresentou elevaoconsiderando-se, assim, o final do processo.

    A Figura 2C apresenta o comportamento das leiras 07,08 e 09; comprovou-se que o comportamento da tempera-tura na leira 07 foi influenciado, no incio do processo, nos pela incidncia de fortes ventos mas tambm pela ocor-rncia de encharcamento pela chuva, o que pode ter causa-

    do condio de anaerobiose e queda de temperatura (Kiehl,1985 e Nakagawa, 1992).

    Para as demais leiras, o processo ocorreu normalmenteapresentando-se, ao final de 90 dias, com temperaturas pr-ximas ambiente, demonstrando estabilizao do material;

    j o comportamento da temperatura nas leiras 10, 11 e 12 apresentado na Figura 2D; as leiras 10 e 11 mostraram com-

    portamento similar, observando-se picos de temperatura nosrevolvimentos; a leira 12 indicou comportamento semelhante

    porm com menores oscilaes quando dos revolvimentos;aos 90 dias as leiras se apresentavam com temperaturas bai-xas, demonstrando o final do processo.

    A presena de gua afetou sensivelmente e de maneiraacentuada, a temperatura das leiras. Pela granulometria maisfina aps os revolvimentos e conseqente maior reteno de

    Mnica S. S. de M. Costa et al.

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, v.13, n.1, p.100107, 2009.

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    gua pelas leiras, estas ficaram predispostas ao encharcamen-to, provocando anaerobiose e forando a queda de tempera-tura (Kiehl, 1985 e Nakagawa, 1992). Os encharcamentos

    tiveram seus efeitos potencializados na fase de declnio detemperatura das leiras de compostagem; salienta-se, ento,que o uso de cobertura para a proteo contra chuvas propi-cia melhor uniformidade no processo de compostagem, o queconcorda com Nakagawa (1992).

    A reciclagem de nutrientes promovida pela composta-gem ilustrada pelos resultados obtidos e apresentados naTabela 2.

    O ndice pH mdio apresentou-se a nveis de neutralida-de, concordando com os resultados de Carnieri et al. (1997),Ricci et al. (1997) e Paulino et al. (1998).

    Aos 90 dias, o composto apresentou relao C:N m-dia de 10,7:1, indicando adiantado estado de estabiliza-o; esses valores, no entanto, se encontram prximos eum pouco abaixo daqueles encontrados por Carnieri et al.(1997) e Paulino et al. (1998) porm, segundo Inoko(1982) apud Nakagawa (1992), difcil determinar o real

    ponto de bioes tabilizao de um compos to, em virtudedeste parmetro estar diretamente relacionado com o

    Figura 2.Comportamento da temperatura nas leiras de compostagem 1, 2 e 3 (A), 4, 5 e 6 (B), 7, 8 e 9 (C), 10, 11 e 12 (D), mdias semanais

    Semanas Semanas

    Tempera

    tura

    (C)

    0

    15

    30

    45

    60

    75

    1 3 5 7 9 11 13 15

    L1

    L2

    L3

    A.

    0

    15

    30

    45

    60

    75

    1 3 5 7 9 11 13

    L4

    L5

    L6

    B.

    0

    15

    30

    45

    60

    75

    1 3 5 7 9 11 13

    L7

    L8

    L9

    C.

    0

    15

    30

    45

    60

    75

    1 3 5 7 9 11 13

    L10

    L11

    L12

    D.

    artsomA C N .leR

    N:C

    P K aC gM eF nZ uC nM HplCaC 2% gkg 1- gkgm 1-

    oudseR 9,53 4,8 4 1: 7,5 4,7 0,2 0,1 741.25 5,381 0,22 0,7 13,5megarreS 3,55 70,0 1:097 2,0 2,1 7,0 2,0 358.3 0,32 5,5 5,62

    ahlaP 3,05 7,0 1:27 1,1 2,11 5,2 6,1 684.3 0,63 0,01 0,5

    1.L 2,82 8,2 1:1,01 7,7 5,9 4,6 9,1 527.17 0,922 5,09 5,493 48,5

    2.L 8,12 4,2 1:1,9 0,6 5,9 3,6 2,2 041.94 5,022 0,301 0,064 38,6

    3.L 7,02 2,2 1:4,9 7,5 0,01 0,01 8,1 783.55 5,062 5,921 5,744 90,7

    4.L 0,62 8,2 1:3,9 6,6 5,4 0,9 9,2 685.74 0,581 5,88 0,104 06,7

    5.L 1,03 8,2 1:7,01 3,7 0,11 6,8 0,2 507.33 0,691 5,68 0,773 66,7

    6.L 0,92 4,2 1:1,21 7,7 2,8 5,7 9,1 674.35 0,032 0,721 0,559 92,7

    7.L 3,13 6,2 1:0,21 9,7 7,11 0,9 8,1 338.23 5,422 5,311 5,773 35,7

    8.L 3,72 6,2 1:5,01 3,8 5,9 4,7 2,0 648.84 5,232 6,201 0,425 71,7

    9.L 5,72 0,2 1:7,31 2,7 7,7 0,5 1,0 173.35 5,932 0,301 0,994 00,7

    01.L 8,82 6,2 1:1,11 5,8 2,01 7,7 8,1 349.15 5,712 5,611 0,406 44,7

    11.L 2,82 8,2 1:1,01 8,7 0,01 4,6 1,3 433.03 5,851 5,221 0,262 04,621.L 4,12 6,2 1:2,8 5,4 4,51 3,8 9,2 131.54 0,161 0,411 0,855 89,6

    aidM 7,62 5,2 1:7,01 1,7 7,9 6,7 9,1 097.74 9,212 1,801 3,354 70,7

    Tabela 2.Quantidade de macro e micronutrientes, carbono, nitrognio, relao C:N e ndice pH (CaCl 2), encontrados em leiras de composto e matrias-primas

    Compostagem de resduos slidos de frigorfico

    R. Bras. Eng. Agrc. Ambiental, v.13, n.1, p.100107, 2009.

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    material original sendo que, para cada material, deve ha-ver um padro de maturao.

    Para os nutrientes N, P e K, foram encontrados, na lite-ratura, valores semelhantes por Ricci et al. (1997) e Paulinoet al. (1998). Com relao aos teores de Ca e Mg, no seencontraram dados na literatura para fins de comparao mas

    Nuernberg & Stammel (1989), observaram sensveis aumen-tos nos teores desses elementos em um solo tratado com di-ferentes tipos de materiais orgnicos considerando-se tam-

    bm que os valores encontrados no composto de resduosslidos de frigorficos so relevantes.

    Teores considerveis de micronutrientes foram encontra-dos nas amostras de compostos analisadas, destacando-se asaltas concentraes de Fe; este fato se deve, sem dvida, composio dos resduos slidos de frigorfico os quais apre-sentam quantidades considerveis de sangue e, conseqen-temente, altos teores de Fe, pela presena de hemoglobina;esses teores relevantes de micronutrientes esto prximos aos

    valores obtidos por Trindade et al. (1996).De modo geral, todos os nutrientes analisados tiveram

    suas concentraes finais aumentadas. Segundo Kiehl(1985), isto se deve perda de dois teros do carbono ini-cial pela respirao microbiana; assim, ao final da compos-tagem a massa total da leira se apresenta diminuda porma quantidade de nutrientes conservada, elevando-se suasconcentraes.

    CONCLUSES

    1. A compostagem um sistema eficiente no tratamento deresduos slidos de frigorfico e pequenos abatedouros, umavez que a estabilizao do material ocorreu em tempo satisfa-trio (90 dias), permitindo a reciclagem de nutrientes.

    2. A ocorrncia dos parmetros indesejveis avaliados sedeu apenas nos primeiros dias aps a confeco das leiras,desaparecendo antes mesmo do primeiro revolvimento e noinfluenciando, de forma negativa, o processo.

    3. A melhor relao em peso de materiais foi de aproxi-madamente 7 kg de resduos para cada kg de palha e 16 kgde resduos para cada kg de serragem.

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