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TELEFONO: (51-1) 575-3664 WEB SITE: clacsec.lima.icao.int E-mail: [email protected] FAX: (51-1) 575-1743 SITA: LIMCAYA COMISSÃO LATINO-AMERICANA DE AVIAÇÃO CIVIL LATIN AMERICAN CIVIL AVIATION COMMISSION COMISIÓN LATINOAMERICANA DE AVIACIÓN CIVIL SECRETARÍA APARTADO 4127 LIMA 100, PERÚ CLAC/CE/70-NE/10 11/09/06 LXX REUNIÓN DEL COMITÉ EJECUTIVO DE LA CLAC (Santo Domingo, República Dominicana, 20 al 22 de septiembre de 2006) Cuestión 10 del Orden del Día : Informe final sobre el “Sistema de detección de explosivos (EDS) por resonancia cuadrupolar” (Sesión a puerta cerrada). Tarea No. 7 del Programa de Trabajo de la CLAC (Nota de estudio presentada por Brasil) DIVULGACIÓN RESTRINGIDA 1. Adjunto a la presente se acompaña el Informe final sobre el “Sistema de detección de explosivos (EDS) por resonancia cuadrupolar”, presentado por la Comisión Brasilera. Medidas propuestas al Comité Ejecutivo 2. Se invita al Comité Ejecutivo a examinar el documento adjunto, intercambiar criterios y adoptar las medidas que estime pertinente.

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TELEFONO: (51-1) 575-3664 WEB SITE: clacsec.lima.icao.int E-mail: [email protected]

FAX: (51-1) 575-1743 SITA: LIMCAYA

COMISSÃO LATINO-AMERICANA

DE AVIAÇÃO CIVIL

LATIN AMERICAN CIVIL AVIATION COMMISSION

COMISIÓN LATINOAMERICANA DE AVIACIÓN CIVIL

SECRETARÍA APARTADO 4127 LIMA 100, PERÚ

CLAC/CE/70-NE/10 11/09/06 LXX REUNIÓN DEL COMITÉ EJECUTIVO DE LA CLAC (Santo Domingo, República Dominicana, 20 al 22 de septiembre de 2006) Cuestión 10 del Orden del Día: Informe final sobre el “Sistema de detección de explosivos (EDS) por

resonancia cuadrupolar” (Sesión a puerta cerrada). Tarea No. 7 del Programa de Trabajo de la CLAC

(Nota de estudio presentada por Brasil)

DIVULGACIÓN RESTRINGIDA 1. Adjunto a la presente se acompaña el Informe final sobre el “Sistema de detección de explosivos (EDS) por resonancia cuadrupolar”, presentado por la Comisión Brasilera. Medidas propuestas al Comité Ejecutivo 2. Se invita al Comité Ejecutivo a examinar el documento adjunto, intercambiar criterios y adoptar las medidas que estime pertinente.

CLAC/CE/70-NE/10 ADJUNTO

CONFIDENCIAL

RELATÓRIO DE MISSÃO

VISITA TÉCNICA À CÓRDOBA/ARGENTINA PARA AVALIAR DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE DETECÇÃO DE EXPLOSIVOS (EDS)

POR RESSONÂNCIA QUADRIPOLAR

( PERÍODO: 02 A 07 ABR. 2006) Elaborado por: Tem. Cel. Eng Rogério Benevides Carvalho Dra. Glaci Ferreira Martins Pinheiro

ABR. 2006

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ABR. 2006

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 5

2. REPRESENTANTES BRASILEIROS 6

3. REPRESENTANTES ARGENTINOS 6

4. OBJETIVO 6

5. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 6

5.1. COOPERAÇÃO TÉCNICA 6

5.2. VISITA TÉCNICA 16 A 17 DEZ 2003 7

5.3. VISITA TÉCNICA 19 A 22 DEZ 2003 7

5.4. VISITA TÉCNICA 02 A 07 ABR 2006 8

6. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA 9

7. DESCRIÇÃO DO PROJETO 9

8. DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO - EDE 11

8.1.DETERMINAÇÃO DO REGIME DE ALIMENTAÇÃO DE

BAGAGENS

11

8.2. DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE TRAÇÃO 12

8.3. DETERMINAÇÃO DO REGIME DE FALSOS/POSITIVOS 12

8.4. AVALIAÇÃO DE NÃO EXPLOSIVIDADE 13

8.5. AVALIAÇÃO DE DETECÇÃO SEGUNDO A POSIÇÃO DO

SENSOR

14

8.6. AVALIAÇÃO DA FAIXA DE TEMPERATURA DE DETECÇÃO 14

8.7. AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ÁGUA NO SENSOR 14

8.8. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO SENSOR EM FUNÇÃO DA

UMIDADE

15

8.9. AVALIAÇÃO DA DETECÇÃO DE EXPLOSIVOS E

DETERMINAÇÃO DE FALSOS NEGATIVOS

15

8.10. AVALIAÇÃO DA INOCUIDADE DO EQUIPAMENTO PARA

PASSAGEIRO E OPERADORES

15

8.11. AVALIAÇÃO DA INOCUIDADE DO EQUIPAMENTO PARA

ARTIGOS TRANSPORTADOS

15

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8.12. AVALIAÇÃO D OPERAÇÃO COTÍNUA 15

8.13. AVALIAÇÃO DE TEMPOS DE ESTABILIZAÇÃO DO

GRADIENTE TÉRMICA DAS AMOSTRAS

16

8.14. AVALIAÇÃO DA COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA 16

9. PROGRAMA DE PROVAS REALIZADAS 16

9.1. DIRETOR DE PROVAS 17

9.2. AMOSTRAS 17

9.3. CONJUNTO DE ENSAIOS 17

9.3.1. ENSAIO 1 18

9.3.2. ENSAIO 2 18

9.3.3. ENSAIO 3 18

9.3.4. ENSAIO 4 18

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS 19

ANEXO 1 – RELATÓRIO DA PRIMEIRA VISITA TÉCNICA À

CÓRDOBA/ARGENTINA PARA AVALIAR O

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE DETECÇÃO DE

EXPLOSIVOS (EDS) POR RESSONÂNCIAQUADRIPOLAR

A1

ANEXO 2 – RELATÓRIO DA SEGUNDA VISITA TÉCNICA À

CÓRDOBA/ARGENTINA PARA AVALIAR O

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE DETECÇÃO DE

EXPLOSIVOS (EDS) POR RESSONÂNCIA QUADRIPOLAR

A2

ANEXO 3 – INFORMAÇÕES TÉCNICAS DO EQUIPAMENTO

CSC Q-100

A3

ANEXO 4 – PROGRAMA GERAL DE CERTIFICAÇÃO DE

EQUIPAMENTO DETECTOR DE EXPLOSIVOS

A4

ANEXO 5 – PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DE

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ABR. 2006

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EQUIPAMENTO DETECTOR DE EXPLOSIVOS CSC Q-100

A5

ANEXO 6 – PROTOCOLO DE PROVAS DE AVALIAÇÃO DE

EFICIÊNCIA DO EQUIPAMENTO DETECTOR DE

EXPLOSIVOS CSC Q-100

A6

ANEXO 7 – PALESTRA SOBRE OS PROCEDIMENTOS

DE CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTO DETECTOR DE

EXPLOSIVO (EDE)

A7

ANEXO 8 – ENSAIOS REALIZADOS COM

EQUIPAMENTO DETECTOR DE EXPLOSIVO

A8

ANEXO 9 – FOTOS DOS ENSAIOS

A9

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1 INTRODUÇÃO

A segurança, regularidade e eficiência da aviação internacional constituem

condições essenciais para a evolução no relacionamento e intercambio entre os países, tanto

em termos culturais quanto de comercio de bens e serviços. Essas condições têm sido ameaçadas por uma variedade de atos ilícitos e

criminosos, em particular os trágicos eventos de 11 de setembro de 2001. A fim de enfrentar essa situação, prevenindo e dissuadindo a prática desses atos,

com vistas a sua erradicação, os países tem trabalhado intensamente na aérea legal,

desenvolvendo legislações mais adequadas; na área de capacitação, de forma a garantir a

execução dos procedimentos de segurança de forma adequada; e na área tecnológica, com o

desenvolvimento tecnologias inéditas para impedir a introdução de artigos proibidos e

perigosos na área restrita aeroportuária.

Neste contexto, cabe ressaltar a importância da iniciativa da Força Aérea Argentina

em aplicar recursos para o desenvolvimento de tecnologia de última geração para a

detecção de explosivos em bagagem de mão e despachada, visando aumentar,

sobremaneira, o nível de segurança dos aeroportos internacionais com um equipamento de

detecção de explosivos de custo aceitável.

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2 REPRESENTANTES BRASILEIROS Ten. Cel. Eng Rogério Benevides Carvalho

Dra. Glaci Ferreira Martins Pinheiro

3 REPRESENTANTES ARGENTINOS Força Aérea Argentina

Sr. Comodoro AVELINO ANGEL MENEDEZ – Chefe de Projeto

Sr. Comodoro RAFAEL ALBERTO NIETO – Diretor de Avaliação e Homologação

Sr. Comodoro HECTOR HUGO SÁNCHEZ – Diretor Geral de Investigação e Desenv.

Sr. Comodoro JORGE GUARNIERI – Diretor de Projetos

CSC – Sistema de Detecção

Sr. LUIS ALBERTO PUGA – Sócio Gerente

Lic. ALBERTO CATALÁ – Chefe de Projeto

Dr. DANIEL J. PUSIOL – Diretor Executivo

Eng. JORGE BERTI – Diretor Tecnológico

4 OBJETIVO: Acompanhar e relatar o estágio atual do projeto de desenvolvimento do

equipamento de detecção de explosivos por ressonância quadripolar-EDE, desenvolvido

pela CSC - Sistemas de Detecção, tendo como base no processo de certificação executado

pela Força Aérea Argentina-FAA, realizado entre dezembro de 2004 e maio de 2005, bem

como nas provas realizadas durante a visita técnica em questão.

5 CONSIDERAÇÕES INICIAIS: 5.1 COOPERAÇÃO TÉCNICA

Durante a XV Assembléia Ordinária da Comissão Latino -americana de Aviação

Civil(CLAC), realizada no Paraguai, no período de 4 a 8 de novembro de 2002, foi sugerida

a criação de uma comissão técnica para acompanhar o desenvolvimento do Sistema de

Detecção de Explosivos - EDE, por ressonância quadripolar, em andamento na Argentina,

por iniciativa da Força Aérea Argentina.

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Nesse sentido, a CLAC estabeleceu a referida Comissão, contando com o apoio do

Brasil, México e Cuba. Contudo, durante as visitas técnicas, apenas estiveram presentes os

representantes brasileiros indicados pelo Departamento de Aviação Civil, sendo eles:

- Maj. Eng. Christiano Miranda da Silva, especialista em segurança da aviação civil,

participou da 1a e 2a visita técnica;

- Dra. Glaci Ferreira Martins Pinheiro, especialista em explosivos do Centro

Técnico Aeroespacial (CTA), participou da 1a, 2a e 3a visita técnica, e

- Ten Cel. Eng. Rogério Benevides Carvalho, participou apenas da 3a visita técnica.

5.2 VISITA TÉCNICA - 16 A 17 DE DEZEMBRO DE 2003

Durante o desenvolvimento do projeto, a primeira visita foi realizada na Cidade de

Córdoba, no período de 16 a 17 de dezembro de 2003, quando foram visitadas as

instalações da CSC dentro da CONAE ( Cmissão Nacional de Atividades Espaciais), na

qual estava sendo desenvolvido o equipamento (EDE), foi discutida a tecnologia base do

equipamento, bem como realizado ensaios no modo estático. Dentre as conclusões mais

relevantes podemos mencionar que a:

a) A tecnologia poderia distinguir uma amostra inerte de outra com cristais de

RDX;

b) A época, os ensaios foram realizados somente para demonstrar a capacidade do

detector para a faixa de rádio-freqüência do explosivo RDX e da capacidade do

software em processar as informações recebidas. O tipo e número de ensaios não

permitiram uma conclusão precisa das capacidades reais do equipamento.

5.3 VISITA TÉCNICA - 19 A 22 DE DEZEMBRO DE 2004

Um ano depois foi realizada a segunda visita de acompanhamento do projeto em

questão, na Cidade de Córdoba, no período de 19 a 22 de setembro de 2004, quando foi

realizada uma apresentação prévia dos ensaios finalizados e do estágio de desenvolvimento

tecnológico até aquela data. Além da visita às instalações da CSC na CONAE, em Falda

Del Carmen onde foi apresentado o equipamento montado, foi realizada uma visita na

empresa Consulfem, responsável pela fabricação do equipamento.

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Nesta visita não houve, por parte desta comissão, nenhum acompanhamento de

ensaios, mas, por meio de avaliação da documentação apresentada e de reuniões técnicas,

as observações mais relevantes desta missão foram:

a) Constatação da ocorrência de interferência no ponto de sintonia do elemento

sensor, quando da presença de elementos metálicos ou ferromagnéticos na

amostra em teste. Foi mencionado que já havia sido desenvolvido um

dispositivo para solucionar este problema e estava em fase de implementação;

b) Durante ensaios reais no aeroporto, foram observadas interferências de certos

materiais na resposta do equipamento, acarretando falsos positivos;

c) Foi identificado que quando à distância entre as valises, sendo inspecionadas,

eram menores ou iguais a 80 cm, poderia ocorrer uma dispersão do sinal e

interferir nos valores de detecção. A época foi estudada a possibilidade de

modificações na bobina para a redução da dispersão do sinal.

d) Em relação aos ensaios realizados com explosivos, foi verificado um índice de

falsos negativos considerado alto (12%) para o explosivo SEMTEX, que poderia

estar relacionado com a variação da resposta em função do gradiente de

temperatura da amostra;

e) Foi constatada a limitação do EDE em questão quanto à detecção de qualquer tipo

de explosivos. Observou-se que o equipamento tinha como finalidade básica à

detecção de explosivos RDX. Apresentado na forma pura ou em composições

com outros explosivos, mas com quantidade de RDX superior a 200g..

5.4 VISITA TÉCNICA - 02 A 07 DE ABRIL DE 2006

Dando continuidade ao processo de cooperação foi realizada uma visita técnica no

período de 02 a 07 de abril de 2006 que compreendeu, basicamente, no primeiro dia uma

apresentação da Forca Aérea Argentina-FAA sobre o processo de desenvolvimento e

certificação do projeto em tela. No segundo e terceiro dia foram realizados ensaios reais

com explosivos nas instalações da empresa CSC em Falda Del Carmen. No quarto dia

ocorreu o deslocamento para Buenos Aires, onde no último dia, realizou-se uma reunião

no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da com pessoal da Forca Aérea

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Argentina, com responsáveis pela condução do projeto no âmbito daquela

organização.

É importante ressaltar que a referida missão de cooperação teve como objetivo

principal o acompanhamento do processo para fins de divulgação aos demais Estados

Membros da comunidade latino-americana, não podendo ser considerada, de forma

nenhuma, uma validação dos procedimentos de certificação, pois este tipo de aprovação

teria que ser realizado por organismos de metrologia ou entidade autorizada para o devido

fim.

6 DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA: A ressonância nuclear quadripolar é uma técnica de rádio freqüência (RF) usada

para caracterizar a estrutura química de compostos contendo o elemento nitrogênio.

A tecnologia é baseada na aplicação de um pulso de RF na amostra, gerando um

desalinhamento momentâneo do núcleo das substâncias. Após a interrupção da emissão do

pulso, o núcleo retorna para sua posição de equilíbrio, emitindo um fraco sinal de RF que é

captado por um detector e enviado para análise espectral e identificação digital. O sinal

emitido é único para cada explosivo.

Em experimentos realizados com mais de 20.000 compostos não foi detectado

nenhum espectro repetido, devendo-se ressaltar que esta técnica somente é válida para

explosivos sem encapsulamento metálico.

As vantagens que este equipamento pode fornecer em relação aos demais EDS são:

a. Totalmente automático – não há necessidade de intervenção de operador;

b. Não requer operador especialista;

c. Não emite radiações;

d. Detecção rápida.

7 DESCRIÇÃO DO PROJETO: A Força Aérea Argentina (FAA) celebrou um contrato com CSC – Sistemas de

Detecção, empresa criada pela junção da CAYLAP Consultores Associados, Spinlock

S.R.L e Consulfem S.A, para o desenvolvimento de uma série de três equipamentos de

detecção de explosivos para aeroportos, utilizando a tecnologia de ressonância quadripolar,

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a serem fornecidos para a Polícia Aeronáutica Nacional (na ocasião, entidade responsável

pela segurança aeroportuária) uma vez homologados.

O projeto em questão foi concebido de forma muito ampla, tendo como objetivo o

desenvolvimento de um equipamento que pudesse detectar, de maneira confiável, diferentes

explosivos, tais como: de RDX (hexogênio), TNT (trinitrotolueno), HMX (octogênio),

PETN (nitropenta), etc.; produzir baixos níveis de alarmes, funcionar automaticamente;

possuir as características físicas dos equipamentos de RX convencional com velocidade de

450 bagagens por hora, além de outras características de operacionalidade obrigatórias.

Durante o desenvolvimento do projeto foram necessários diversos ajustes para

implementação da tecnologia para as condições práticas reais de ambientes aeroportuários.

Devido à limitação de recursos, conforme informado pelo fabricante, o produto final, que

foi homologado, tem características distintas daquele concebido inicialmente, contudo,

apresenta uma capacidade estabelecida, principalmente no que tange a detecção de

materiais baseados em RDX.

Com o objetivo de regulamentar todo o processo de certificação e homologação de

equipamentos desta natureza, a Direção Geral de Investigação e Desenvolvimento da FAA

desenvolveu e aprovou em setembro de 2004 o documento Plano de Ensaio e Avaliação

para Homologação e Certificação de um Equipamento de Detecção de Explosivos.

Este documento foi baseado nos seguintes documentos americanos:

- Independent Assessment Test and Evaluation Plan for the Automatic

Bulk explosives Detection Device – DOT/FAA/AR- 97/XX (Draft) e

DOT/FAA/AR-01/19, elaborados pelos US Department of

Transportation federal Aviation Administration.

Com base no Plano de Ensaio acima mencionado, foi desenvolvido um Plano de

Avaliação do Equipamento Detector de Explosivos CSC Q-100 e entre dezembro de 2004 e

maio de 2005 foram efetuadas as provas de homologação e das capacidades declaradas pela

empresa. Estas provas foram realizadas pela Direção de Homologação e Certificação da

FAA. Os resultados obtidos propiciaram a emissão do Certificado de Capacidade do

Equipamento de Detecção de Explosivos CSC Q-100, pela Direção Geral de Investigação e

Desenvolvimento da FAA em maio de 2005.

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Assim sendo, em termos de certificação o equipamento em questão encontra-se

certificado pelas autoridades argentinas de acordo com a legislação vigente naquele país. A

visita técnica, conforme já mencionado anteriormente, levando em consideração a

limitação de tempo e, por conseguinte, o número de ensaios, bem como a ausência de

análises técnicas das amostras, somente teve a possibilidade de atestar a consistência dos

procedimentos realizados, não podendo ser utilizados como documento formal de

ratificação de homologação do processo realizado pela FAA.

8 DESCRICAO DO PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO - EDE. Conforme a palestra da Direção Geral de Investigação e Desenvolvimento, proferida

pelo Comodoro Rafael Alberto Nieto, o processo de desenvolvimento, aceitação e

homologação de produtos desta natureza é permeado por diversas etapas, dentre elas:

Definição de Requerimento Operativo, Protocolos de Avaliação, Homologação e

Certificação.

Para a finalização do processo específico do CSC Q-100, conforme mencionado

anteriormente, foi desenvolvido o Plano de Ensaio e Avaliação para Homologação e

Certificação de um Equipamento de Detecção de Explosivos e o respectivo Plano de

Avaliação do EDE.

Este documento norteou todos os ensaios que permitiram a emissão da certificação

requerida. Abaixo temos a descrição das avaliações realizadas e comentários específicos

sobre cada ensaio, com base nas discussões realizadas na FAA.

8.1 DETERMINAÇÃO DO REGIME DE ALIMENTAÇÃO DE BAGAGENS Objetivo: Determinar número de bagagens inspecionadas por unidade de tempo

Estimativa: 240 bagagens/hora

Comentário: Este volume de bagagens/h para a utilização em pontos de inspeção de

grande fluxo pode limitar o fluxo de passageiros. Contudo, conforme mencionado durante

as discussões com o pessoal da CSC, com a implementação de tecnologias digitais

alternativas, esta capacidade pode ser incrementada, podendo atingir valores acima de 300

bagagens/hora em regime normal.

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Cabe ressaltar que os equipamentos de RX convencional, quando utilizados em

pontos de inspeção, por pessoal muito bem treinado, chegam a alcançar uma taxa de 300-

400 bagagens/hora. Desta forma, torna-se necessário que o equipamento em tela, caso

tenha como objetivo o uso em inspeções de bagagem de mão, considerando a inspeção de

100% dos volumes, tenha um desenvolvimento no tocante ao regime de alimentação.

Para o caso de utilização para inspeção de bagagem despachada, os valores

apresentados (bagagens inspecionadas/hora) devem ser considerados de acordo com a

relação preço, número de equipamentos necessários e volume de bagagens por hora. Os

melhores equipamentos de EDS trabalham numa faixa de 400-500 bagagens/hora, contudo

seu custo é da ordem de US$ 1,000,000.00 ou mais por unidade. Também deve ser

considerado que a filosofia operacional é bem distinta, os custos inerentes à utilização de

tecnologia CT são extremamente elevados e implicam em significativa quantidade de

pessoal treinado, complexos sistemas de transmissão de dados e de transporte de bagagens.

8.2 DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE TRAÇÃO

Objetivo: Determinar o peso máximo a ser transportado por volume

Estimativa: 150 Kg

Comentário: Adequado

8.3 DETERMINAÇÃO DO REGIME DE FALSOS/POSITIVOS

Objetivo: Determinação do número de alarmes positivos sem a confirmação de

explosivos

Estimativa: Média de 10-12%-dados informados pela CSC

Comentário:

a) durante os testes de certificação, em laboratório, a taxa de falso/positivo foi de

0% em um total de 750 inspeções;

b) durante a prova de compatibilidade eletromagnética, no aeroporto de Córdoba,

foi obtida uma média de 10-12%, alguns por impossibilidade de sintonia, outros

devido às características da amostra em teste. Este teste contou com um total de

130 ensaios;

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c) foi mencionado que normalmente o equipamento indica um falso/positivo

quando a amostra contem aparelhos elétricos, tipo Laptops ou celulares ligados.

Este fato indica que o número de falsos/positivos será diretamente relacionado

com o tipo de amostra, ou seja, o tipo de passageiro transportado. Cabe ressaltar

que caso estes equipamentos estejam desligados número de alarmes é reduzido;

d) um valor de 10-12% de falsos/positivos encontra-se dentro da faixa de

tolerância, principalmente levando-se em consideração que esta é a faixa

recomendada de inspeções manuais a ser realizada nas bagagens de mão, quando

estiver sendo utilizado RX convencional, sem TIP. Também deve-se mencionar

que este valor é inferior as taxas encontradas nos equipamentos (EDE)

normalmente disponíveis no mercado.

e) deve-se ressaltar que a taxa de 10-12% foi obtida com o EDE certificado com a

capacidade básica de detecção de explosivos base RDX. Caso a capacidade de

detecção seja ampliada para outros tipos de materiais explosivos, deve-se

considerar a possibilidade de um aumento nesta taxa.

f) durante os testes realizados em laboratório, durante a visita técnica, somente

foram observados falsos/positivos quando a amostra continha equipamentos

elétrico/eletrônicos; e

g) foi também mencionada uma campanha operacional realizada pela PAN, no

aeroporto da cidade de Córdoba, contando com um total de 13.500 bagagens

examinadas e uma média de 10/12% de falsos/positivos.

8.4 AVALIAÇÃO DE NÃO EXPLOSIVIDADE

Objetivo: Garantir que os explosivos e deus dispositivos de acionamento, não

explodem mesmo quando são submetidos a pulsos 400 vezes maiores que aquele utilizado pelo

EDS.

Estimativa: Nenhum problema

Comentários:

a) dependendo do dispositivo de acionamento, o mesmo pode ser acionado com um

pulso de RF especifico; e

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b) foi também mencionado que foram realizadas provas adicionais utilizando os

seguintes aparatos: telefone celular conectado a um detonador, transormador

conectado a um detonador e capacitor conectado a um detonador. Os resultados

obtidos não apresentaram nenhum indício de inicialização dos dispositovos

explosivos.

8.5 AVALIAÇÃO DE DETECÇÃO SEGUNDO A POSIÇÃO DO SENSOR

Objetivo: Garantir que em qualquer posição, durante uma passagem, o EDS tem

capacidade de detecção aceitável.

Estimativa: Foi comentado que a percentagem de falsos negativos nestes ensaios são

menores que 1%.

Comentário: Este problema não foi percebido durante os ensaios presenciados por

essa comissão.

8.6 AVALIAÇÃO DA FAIXA DE TEMPERATURA DE DETECÇÃO

Objetivo: Determinar a variação de temperaturas que a amostra e detectada

Estimativa: Foi mencionado que, quando o sensor estiver ajustado para

aproximadamente 24o C, a faixa de temperatura de detecção é de +/- 5o C.

Comentários:

:a) os ensaios realizados nos apresentaram resultados críticos neste tema, pois a

variação de temperatura acarreta uma limitação muito significante na

capacidade de detecção do EDE;

b) durante os ensaios realizados na visita técnica, quando a amostra foi aquecida, o

EDE não detector o explosivo; e

c) o fabricante mencionou que a proposta de solução para este tipo de problema é a

utilização de uma freqüência menor para o RDX, na qual a detecção teria

menos sensibilidade à variação de temperatura.

8.7 AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ÁGUA NO SENSOR

Objetivo: Verificar a capacidade de detecção em situações que a amostra esta

envolta ou próxima a líquido.

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Estimativa: Nenhuma alteração

8.8 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO SENSOR EM FUNÇÃO DA UMIDADE

Objetivo: Verificar a capacidade de detecção em situações que a amostra possa

receber quantidade de liquido em sua composição..

Estimativa: Nenhuma alteração

8.9 AVALIAÇÃO DA DETECÇÃO DE EXPLOSIVOS E DETERMINAÇÃO DE

FALSOS NEGATIVOS

Objetivo: Verificar a taxa de amostras positivas que porventura não sejam

detectadas

Estimativa: +/- 0.1%

Comentários: Este tema deve ser analisado com extrema atenção, pois nas

condições de ensaio estabelecidas, com temperatura do ambiente e da amostra sendo

controladas, as taxas de falso/negativo são excelentes, porém, para as condições

operacionais reais, estudos devem ser realizados com objetivo de obter-se a real eficácia

deste tipo de EDE, principalmente devido à limitação da capacidade de detecção quando da

ocorrência de gradiente de temperaturas nas amostras reais.

8.10 AVALIAÇÃO DA INOCUIDADE DO EQUIPAMENTO PARA PASSAGEIROS

E OPERADORES

Objetivo: Efeitos nos operadores e passageiros

Estimativa: Nenhum

8.11 AVALIAÇÃO DA INOCUIDADE DO EQUIPAMENTO PARA ARTIGOS

TRANSPORTADOS

Objetivo: Efeito sobre os artigos transportados

Estimativa: Nenhum

8.12 AVALIAÇÃO DE OPERAÇÃO CONTINUA

Objetivo: Determinação da Operacionalidade Continua do Equipamento

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Estimativa: Nenhum problema mencionado

Comentário: Foi observado que o equipamento possui um conjunto de partes

móveis e de ajuste que merecem um serviço de manutenção especializado. Com as

informações fornecidas não foi possível uma avaliação sobre a operacionalidade do EDE.

Cabe ressaltar que as partes móveis do EDE em tela é muito inferior aos CT

convencionais.

8.13 AVALIAÇÃO DE TEMPOS DE ESTABILIZAÇÃO DO GRADIENTE TÉRMICA

DAS AMOSTRAS

Objetivo: Determinação do tempo de estabilização de uma amostra

Estimativa: Este dado não foi fornecido

Comentário: Este ensaio é extremamente discutível, dado que depende do tipo de

amostra da temperatura que deverá se ajustar bem como do gradiente a que está submetido.

8.14 AVALIAÇÃO DA COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA

Objetivo: Como o equipamento afeta ou é afetado pelas radiações eletromagnéticas

do ambiente aeroportuário normal.

Estimativa: Nenhum problema mencionado

Comentário: Com base nas apresentações e discussões pode-se observar que o

processo de homologação/certificação, para as capacidades atuais do equipamento, foi bem

conduzido e caracterizou de forma bem consistente o produto (EDE). Contudo, algumas

considerações com respeito às condições padrões de teste e as condições operacionais

devem ser discutidas, principalmente no que tange a taxas falso/positivo e falso/negativo

em função do perfil do passageiro/bagagem e das condições ambientais (temperaturas das

amostras) do local de inspeção.

9 PROGRAMA DE PROVAS REALIZADAS Os dias 04 e 05 de abril foram reservados para a realização de um conjunto de

provas de detecção, as quais foram extraídas do plano de avaliação de certificação do

equipamento. Estes ensaios foram realizados em Falda Del Carmen, nas instalações da

CSC.

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Os ensaios programados para o dia 04 de abril foram suspensos por motivos

técnicos, os equipamentos apresentaram uma pane no sistema de análise, em virtude de

estar em desenvolvimento um novo filtro para redução de Falsos/Positivos.

Durante os ensaios do dia 05 ocorreu uma pane no sistema de transporte de

bagagens que dessincronizou o equipamento, permitindo a passagem de bagagens sem

serem inspecionadas. Esta pane foi corrigida imediatamente, sem prejuízos para os ensaios

programados.

Para a realização das provas foi preparado um Protocolo de Provas Específicas

(Anexo 6), abaixo estão alguns dados específicos sobre os ensaios.

9.1 DIRETOR DE PROVAS: ALBERTO CATALÃ

9.2 AMOSTRAS:

a) RDX 200g

b) RDX 200g

c) C4 200g

d) Comp B 400g(RDX+TNT)

e) Hexolita 500g(RDX+PETN)

f) Torpex 476g(RDX+TNT+Alumínio)

g) RDX 200g(configuração em lâmina)

Cabe ressaltar que durante os testes realizados não foi utilizada nenhuma amostra de

SEMTEX, substância que tinha apresentado problemas de detecção durante a 2a visita

técnica do grupo de especialistas da CLAC.

9.3 CONJUNTO DE ENSAIOS

9.3.1 ENSAIO 1 – AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE DETECÇÃO EM

FUNÇÃO DA POSIÇÃO DO SENSOR

Foram realizadas diversas provas variando a posição da amostra em função do

sensor, também foram variadas as amostras-teste. Foram também adicionados volumes de

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água nas proximidades das amostras para verificação de uma possível interferência na

capacidade de detecção.

Folhas 5, 6, 7 e 8

Resultados: Totalmente Adequado

9.3.2 ENSAIO 2 – VALISE ESPECIAL TESTE (21), CONTENDO

COMPUTADOR LIGADO E OUTROS OBJETOS.

Foram realizadas diversas combinações, retirando o computador, adicionando

amostras das diferentes composições explosivas e do RDX nas duas configurações (10).

Resultados: Foi observado que aparelhos eletrônicos interferem no sinal e não

permitem que o equipamento discrimine a presença de explosivos. Neste caso o EDE

apresenta um sinal amarelo que significa a necessidade de inspeção adicional. Quando a

valise foi submetida à inspeção isoladamente, sem explosivos, o sistema respondeu com um

sinal que indicava a possibilidade de um explosivo. Este fato nos remete a possibilidade de

que em função do tipo de passageiro à quantidade de Falso/Positivos poder variar

significativamente.

9.3.3 ENSAIO 3 - SEQÜÊNCIA DE MALAS, ALGUMAS COM AMOSTRAS E

OUTRAS SOMENTE COM OBJETOS.

Folhas de 11 a 17

Resultado: Totalmente Adequado

9.3.4 ENSAIO 4 - ENSAIO COM UMA VALISE ESPECIFICA, CONTENDO

UMA AMOSTRA DE RDX AQUECIDA NAS MÃOS.

Folha 18

Resultado: Foi observado que um rápido aquecimento em uma amostra de explosivo

impede a sua detecção. Este tema deve ser extremamente explorado para que o emprego

deste equipamento tenha sua eficácia garantida.

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ABR. 2006

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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS: - Foi atestada a eficácia do equipamento para as condições de certificação - detecção

de amostras base RDX - 200g, dentro da faixa de temperatura ensaiada;

- Os fundamentos teóricos da tecnologia de ressonância quadripolar utilizada no

EDE em questão, a princípio, tem a possibilidade de identificação precisa de diferentes

materiais, ao contrário de tecnologias baseadas em densidade e número atômico;

- Foi constatado a possibilidade de detecção de amostras com massa inferior a 200g

de RDX.

- A quantidade de falsos/positivos apresentada nas campanhas de campo são bem

reduzidas em comparação com outros equipamentos disponíveis no mercado.

- A tecnologia deste equipamento permite inspeções não agressivas e que requerem

treinamento mínimo dos operadores.

- Foi observada a influência da temperatura da amostra na capacidade de detecção

do equipamento. Durante os testes realizados com uma amostra de RDX, com um

aquecimento manual rápido, o EDE não detectou o explosivo;

- Foi mencionado pelos técnicos responsáveis pelo sistema que, para a detecção do

explosivo RDX, existe a possibilidade de se trabalhar em faixa de freqüência, diferente

daquela atualmente em uso, menos sensível às variações de temperatura.

- É imperioso o desenvolvimento de estudo adicional para a avaliação da

temperatura dos objetos que os passageiros transportam como bagagem de mão de forma a

garantir a eficácia do emprego deste equipamento.

- Outro aspecto que deve ser ressaltado é a limitação da detecção de explosivos,

atualmente restrita ao RDX e em uma quantidade superior a 200g. Para as composições

explosivas que utilizam RDX a quantidade mínima necessária depende da porcentagem de

RDX presente na amostra, que deverá ser sempre superior a 200g. Apesar da detecção deste

explosivo ser extremamente significativa para a aviação, devido a não detecção dos demais

explosivos, o acoplamento deste equipamento com os “SNIFFERS” deve ser considerado.

O desenvolvimento de novos sensores que venham a cobrir uma maior quantidade de

substancias explosivas deverá ser objeto de implantações para esse equipamento

- Quanto ao seu emprego em pontos de inspeção, devem-se considerar as suas

dimensões e a capacidade de inspeções por hora do EDE em tela. As questões relacionadas

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ABR. 2006

CONFIDENCIAL

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com as dimensões devem ser estudadas caso a caso, pois em alguns pontos de inspeção não

há espaço disponível para sua instalação, podendo acarretar a necessidade de adequações

específicas.

- Também foi observado que, provavelmente para a operação do EDE, será

necessária a alocação de pessoal adicional, principalmente se não houver sincronização

entre o EDE e o equipamento de RX.

- Com respeito à capacidade de inspeções por hora, é importante ressaltar que deve

ser realizado um desenvolvimento neste aspecto, de forma a compatibilizar sua operação

com os RX em uso atualmente. Contudo, deve-se ter claramente em mente que, mesmo

com as limitações inerentes ao equipamento, sua utilização aumentará o nível de segurança

dos aeroportos nos quais forem instalados.

- No tocante a bagagem despachada, deve-se observar as questões ambientais

(temperatura do recinto de armazenagem) nas quais as bagagens são armazenadas. Caso

seja possível ó controle da temperatura media das bagagens, a eficácia poderia ser

garantida, caso contrario a eficácia do emprego deste equipamento pode ser comprometida.

- Com respeito à taxa de Falso/Negativo, observou-se que este valor não é

significativo, quando as amostras se encontram dentro da faixa prevista de temperatura,

caso contrário é necessário à realização de novos ensaios específicos.

- Deve-se ter em mente que a tecnologia de ressonância quadripolar tem um

potencial extremamente significativo e que, embora necessitando de algumas

implementações, o atual estágio de desenvolvimento tecnológico obtido pelo Consórcio de

empresas responsável pelo projeto é bastante relevante. Nesse sentido, é importante ainda

mencionar que o desenvolvimento de tecnologia de EDE, em âmbito regional, que atenda

todas as condições essenciais, isto é, capacidade de detecção de explosivos (RDX, TNT,

PETN, C4, Composition B, SEMTEX, HMX, entre outros) e fluxo de bagagens na ordem

de 400/350 bagagens por hora, certamente trará benefícios significativos para os Estados

Membros da CLAC, principalmente no tocante a custos de aquisição e operação.

- Cabe ainda ressaltar que, durante as discussões com os fabricantes do

equipamento, foi mencionado claramente que já se vislumbra soluções técnicas para

resolver as questões da influência do gradiente de temperaturas nas amostras bem como

para ampliar a capacidade (tipos) de detecção de explosivos.

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Rio de Janeiro, 15 de maio de 2006

Rogério Benevides Carvalho

Chefe da Delegação

Cooperação Técnica

CLAC

Acompanhamento do Projeto de Certificação de Equipamento de Detecção de Explosivos desenvolvido

na Argentina

“CONFIDENCIAL”

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Agência Nacional de Aviação Civil - BrasilEng. Rogerio Benevides Carvalho

Reservado – Setembro 2006

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Roteiro

AprovaçãoObjetivo

AplicabilidadeVisitas

ConsideraçõesFinais

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Antecedentes

Durante a XV Assembléia Ordinária da Comissão Latino -Americana de Aviação Civil (CLAC), realizada no Paraguai, no

período de 4 a 8 de novembro de 2002, foi sugerida a criação de uma comissão técnica para acompanhar o desenvolvimento do

Sistema de Detecção de Explosivos - EDE, por ressonância quadripolar, em andamento na Argentina, por iniciativa da Força

Aérea Argentina.

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Reservado – Setembro 2006

OBJETIVO FINAL: Acompanhar e relatar o estágio atual do projeto de desenvolvimento do equipamento de detecção de explosivos por ressonância

quadripolar-EDE, desenvolvido pela CSC - Sistemas de Detecção, tendo como base o processo de certificação executado na Argentina, realizado entre

dezembro de 2004 e maio de 2005, bem como nas provas realizadas durante a visita técnica em questão.

É importante ressaltar que a referida missão de cooperação teve como objetivo o acompanhamento do processo para fins de divulgação aos

demais Estados Membros da comunidade latino-americana, não podendo ser considerada, de forma nenhuma, uma validação dos procedimentos de

certificação, pois este tipo de aprovação teria que ser realizado por organismos de metrologia ou entidade autorizada para o devido fim.

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Visitas Técnicas:

A CLAC estabeleceu a referida Comissão, contando com o apoio do Brasil, México e Cuba. Contudo, durante as visitas técnicas, apenas estiveram presentes os representantes brasileiros indicados pelo Departamento de Aviação Civil e posteriormenete da ANAC, sendo eles:

- Maj. Eng. Christiano Miranda da Silva, especialista em segurança da aviação civil, participou da 1ª(16 e 17 DEZ 2003) e 2ª(19 à 22 DEZ 2004) visita técnica;

- Dra. Glaci Ferreira Martins Pinheiro, especialista em explosivos do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), participou da 1a, 2a e 3ª(02 à 07 ABR 2006) visita técnica, e

- Eng. Rogério Benevides Carvalho, participou apenas da 3a visita técnica.

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TecnologiaA ressonância nuclear quadripolar é uma técnica de rádio freqüência (RF) usada para

caracterizar a estrutura química de compostos contendo o elemento nitrogênio.A tecnologia é baseada na aplicação de um pulso de RF na amostra, gerando um

desalinhamento momentâneo do núcleo das substâncias. Após a interrupção da emissão do pulso, o núcleo retorna para sua posição de equilíbrio, emitindo um fraco sinal de RF que é

captado por um detector e enviado para análise espectral e identificação digital. O sinal emitido é único para cada explosivo.

Em experimentos realizados com mais de 20.000 compostos não foi detectado nenhum espectro repetido, devendo-se ressaltar que esta técnica somente é válida para explosivos sem

encapsulamento metálico.As vantagens que este equipamento pode fornecer em relação aos demais EDS são:

Totalmente automático – não há necessidade de intervenção de operador;Não requer operador especialista;

Não emite radiações;Detecção rápida.

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Ajustes Realizados

Durante o desenvolvimento do projeto foram necessários diversos ajustes para implementação da tecnologia para as condições práticas reais de ambientes aeroportuários. Devido à limitação de recursos, conforme informado pelo fabricante, o produto final, que foi homologado, tem características distintas daquele concebido inicialmente, contudo, apresenta umacapacidade estabelecida, principalmente no que tange a detecção de materiais baseados em RDX.

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Reflexões sobre emprego de Tecnologia não intrusiva na

Inspeção de Passageiros

Portico Detector MetaisDetector Manual de Metais

ETDPUFF

MICROONDASBACKSCATTER

RESSONÂNCIA QUADRIPOLAR

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Reflexões sobre emprego de Tecnologia não intrusiva na

Inspeção de Bagagem de Mão

RXRX com duplo Feixe

RX duplo Feixe e Múltiplas VistasETD

RESSONÂNCIA QUADRIPOLARCT

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Reflexões sobre emprego de Tecnologia não intrusiva na

Inspeção de Bagagem Despachada

RX ConvencionalRX com duplo Feixe

RX -AT duplo Feixe e Múltiplas VistasETDCT

RESSONÂNCIA QUADRIPOLAR

Processo de Certificação• USA - TSA certificação

– Protocolo definido desde o início dos anos 90s• Condições mínimas de certificação: atender alguns

aspectos específicos (exemplo: multi-view)• Certificados: atender critérios específicos (ex. CT, X-ray

diffraction)

– Apenas o TSA certifica os equipamentos empregadosnos USA

• Outros Países tem seu próprio sistema de certificação, dentre eles: (France, Germany, Israel, UK). Não existe certificacão ECAC ouEC.

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Observações da 1a Visita

A tecnologia poderia distinguir uma amostra inerte de outra com cristais de RDX;

A época, os ensaios foram realizados somente para demonstrar a capacidade do detector para a faixa de rádio-freqüência do explosivo RDX e da capacidade do software em processar as informações recebidas. O tipo e número de ensaios não permitiram uma conclusão precisa das capacidades reais do equipamento.

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Observações da 2a VisitaConstatação da ocorrência de interferência no ponto de sintonia do elemento sensor,

quando da presença de elementos metálicos ou ferromagnéticos na amostra em teste. Foi mencionado que já havia sido desenvolvido um dispositivo para solucionar este problema e estava em fase de implementação;

Durante ensaios reais no aeroporto, foram observadas interferências de certos materiais na resposta do equipamento, acarretando falsos positivos;

Foi identificado que quando à distância entre as valises, sendo inspecionadas, eram menores ou iguais a 80 cm, poderia ocorrer uma dispersão do sinal e interferir nos valores de detecção. A época foi estudada a possibilidade de modificações na bobina para a redução da dispersão do sinal.

Em relação aos ensaios realizados com explosivos, foi verificado um índice de falsos negativos considerado alto (12%) para o explosivo SEMTEX, que poderia estar relacionado com a variação da resposta em função do gradiente de temperatura da amostra;

Foi constatada a limitação do EDE em questão quanto à detecção de qualquer tipo de explosivos. Observou-se que o equipamento tinha como finalidade básica àdetecção de explosivos RDX. Apresentado na forma pura ou em composições com outros explosivos, mas com quantidade de RDX superior a 200g..

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Observações da 3a Visita

Esta Visita foi composta de duas partes principais:

1- Apresentação dos Resultados obtidos no processo de certificação;

2- Ensaios realizados com a presença da Delegação daCLAC e Técnico da República do Chile

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Observações da 3a VisitaTESTES realizados na pela FAA:

DETERMINAÇÃO DO REGIME DE ALIMENTAÇÃO DE BAGAGENSEstimativa: 240 bagagens/hora

DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE TRAÇÃOEstimativa: 150 KgDETERMINAÇÃO DO REGIME DE FALSOS/POSITIVOSEstimativa: Média de 10-12%-dados informados pela CSCAVALIAÇÃO DE NÃO EXPLOSIVIDADENenhum problemaAVALIAÇÃO DE DETECÇÃO SEGUNDO A POSIÇÃO DO SENSOREste problema não foi percebido durante os ensaios presenciados por essa

comissão.

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Observações da 3a VisitaTESTES realizados pela FAA:

AVALIAÇÃO DA FAIXA DE TEMPERATURA DE DETECÇÃO Objetivo: Determinar a variação de temperaturas que a amostra e detectadaEstimativa: Foi mencionado que, quando o sensor estiver ajustado para

aproximadamente 24o C, a faixa de temperatura de detecção é de +/- 5C.Comentários::a) os ensaios realizados nos apresentaram resultados críticos neste tema,

pois a variação de temperatura acarreta uma limitação muito significante na capacidade de detecção do EDE;

b) durante os ensaios realizados na visita técnica, quando a amostra foi aquecida, o EDE não detector o explosivo; e

c) o fabricante mencionou que a proposta de solução para este tipo de problema é a utilização de uma freqüência menor para o RDX, na qual a detecção teria menos sensibilidade à variação de temperatura.

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Observações da 3a VisitaTESTES realizados pela FAA:

AVALIAÇÃO DA DETECÇÃO DE EXPLOSIVOS E DETERMINAÇÃO DE FALSOS NEGATIVOS

Objetivo: Verificar a taxa de amostras positivas que porventura não sejam detectadas

Estimativa: +/- 0.1%Comentários: Este tema deve ser analisado com extrema atenção, pois nas

condições de ensaio estabelecidas, com temperatura do ambiente e da amostra sendo controladas, as taxas de falso/negativo são excelentes, porém, para as condições operacionais reais, estudos devem ser realizados com objetivo de obter-se a real eficácia deste tipo de EDE, principalmente devido à limitação da capacidade de detecção quando da ocorrência de gradiente de temperaturas nas amostras reais.

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Observações da 3a VisitaTESTES realizados pela FAA:

AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ÁGUA NO SENSORNenhuma alteração AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO SENSOR EM FUNÇÃO DA UMIDADENenhuma alteração AVALIAÇÃO DA INOCUIDADE DO EQUIPAMENTO PARA PASSAGEIROSE OPERADORESNenhumAVALIAÇÃO DA INOCUIDADE DO EQUIPAMENTO PARA ARTIGOSTRANSPORTADOSNenhum

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Observações da 3a VisitaTESTES realizados pela FAA:

AVALIAÇÃO DE OPERAÇÃO CONTINUAObjetivo: Determinação da Operacionalidade Continua do EquipamentoEstimativa: Nenhum problema mencionadoComentário: Foi observado que o equipamento possui um conjunto de

partes móveis e de ajuste que merecem um serviço de manutenção especializado. Com as informações fornecidas não foi possível uma avaliação sobre a operacionalidade do EDE..

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Observações da 3a VisitaTESTES realizados pela FAA:

AVALIAÇÃO DE TEMPOS DE ESTABILIZAÇÃO DO GRADIENTE TÉRMICA DAS AMOSTRAS

Objetivo: Determinação do tempo de estabilização de uma amostraEstimativa: Este dado não foi fornecidoComentário: Este ensaio é extremamente discutível, dado que depende do

tipo de amostra da temperatura que deverá se ajustar bem como do gradiente a que está submetido.

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Observações da 3a VisitaTESTES realizados pela FAA:

AVALIAÇÃO DA COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICAObjetivo: Como o equipamento afeta ou é afetado pelas radiações

eletromagnéticas do ambiente aeroportuário normal.Estimativa: Nenhum problema mencionadoComentário: Com base nas apresentações e discussões pode-se observar

que o processo de homologação/certificação, para as capacidades atuais do equipamento, foi bem conduzido e caracterizou de forma bem consistente o produto (EDE). Contudo, algumas considerações com respeito às condições padrões de teste e as condições operacionais devem ser discutidas, principalmente no que tange a taxas falso/positivo e falso/negativo em função do perfil do passageiro/bagagem e das condições ambientais (temperaturas das amostras) do local de inspeção

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Observações da 3a VisitaTESTES realizados pela FAA:

Comentário Geral: Com base nas apresentações e discussões pode-se observar que o processo de homologação/certificação, para as capacidades atuais do equipamento, foi bem conduzido e caracterizou de forma bem consistente o produto (EDE). Contudo, algumas considerações com respeito às condições padrões de teste e as condições operacionais devem ser discutidas, principalmente no que tange a taxas falso/positivo e falso/negativo em função do perfil do passageiro/bagagem e das condições ambientais (temperaturas das amostras) do local de inspeção

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Observações da 3a VisitaPrograma de Provas:

Os dias 04 e 05 de abril foram reservados para a realização de um conjunto de provas de detecção, as quais foram extraídas do plano de avaliação

de certificação do equipamento. Estes ensaios foram realizados em Falda Del Carmen, nas instalações da CSC.

Para a realização das provas foi preparado um Protocolo de Provas Específicas (Anexo 6), abaixo estão alguns dados específicos sobre os

ensaios.DIRETOR DE PROVAS: ALBERTO CATALÃ

AMOSTRAS:RDX 200g, RDX 200g, C4 200g, Comp B 400g(RDX+TNT), Hexolita

500g(RDX+PETN), Torpex 476g(RDX+TNT+Alumínio) e RDX 200g(configuração em lâmina).

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Observações da 3a VisitaPrograma de Provas:

Cabe ressaltar que durante os testes realizados não foi utilizada nenhuma amostra de SEMTEX, substância que tinha apresentado problemas de

detecção durante a 2a visita técnica do grupo de especialistas da CLAC.CONJUNTO DE ENSAIOS

ENSAIO 1 – AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE DETECÇÃO EM FUNÇÃO DAPOSIÇÃO DO SENSORENSAIO 2 – VALISE ESPECIAL TESTE (21), CONTENDO COMPUTADOR LIGADO E OUTROS OBJETOS.ENSAIO 3 - SEQÜÊNCIA DE MALAS, ALGUMAS COM AMOSTRAS E OUTRASSOMENTE COM OBJETOS.ENSAIO 4 - ENSAIO COM UMA VALISE ESPECIFICA, CONTENDO UMA AMOSTRADE RDX AQUECIDA NAS MÃOS.

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Considerações Finais- Foi atestada a eficácia do equipamento para as condições de certificação -

detecção de amostras base RDX - 200g, dentro da faixa de temperatura ensaiada;

- A quantidade de falsos/positivos apresentada nas campanhas de campo são bem adequadas em comparação com outros equipamentos disponíveis no mercado.

- A tecnologia deste equipamento permite inspeções não agressivas e que requerem treinamento mínimo dos operadores.

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Considerações Finais.- Foi observada a influência da temperatura da amostra na capacidade de

detecção do equipamento. Durante os testes realizados com uma amostra de RDX, com um aquecimento manual rápido, o EDE não detectou o explosivo;

- É imperioso o desenvolvimento de estudo adicional para a avaliação da temperatura dos objetos que os passageiros transportam como bagagem de mão de forma a garantir a eficácia do emprego deste equipamento.

- Outro aspecto que deve ser ressaltado é a limitação da detecção de explosivos, atualmente restrita ao RDX e em uma quantidade superior a 200g. Para as composições explosivas que utilizam RDX a quantidade mínima necessária depende da porcentagem de RDX presente na amostra, que deverá ser sempre superior a 200g. O desenvolvimento de novos sensores que venham a cobrir uma maior quantidade de substancias explosivas deverá ser objeto de implantações para esse equipamento

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Considerações Finais- Quanto ao seu emprego em pontos de inspeção, devem-se considerar as suas

dimensões e a capacidade de inspeções por hora do EDE em tela. As questões relacionadas com as dimensões devem ser estudadas caso a caso, pois em alguns pontos de inspeção não há espaço disponível para sua instalação, podendo acarretar a necessidade de adequações específicas.

- No tocante a bagagem despachada, deve-se observar as questões ambientais (temperatura do recinto de armazenagem) nas quais as bagagens são armazenadas. Caso seja possível ó controle da temperatura media das bagagens, a eficácia poderia ser garantida, caso contrario a eficácia do emprego deste equipamento pode ser comprometida.

- Com respeito à taxa de Falso/Negativo, observou-se que este valor não é significativo, quando as amostras se encontram dentro da faixa prevista de temperatura, caso contrário é necessário à realização de novos ensaios específicos.