ciencia e consciencia francisco di biase

Upload: anarkowarlock

Post on 03-Apr-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    1/12

    DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    CINCIA E CONSCINCIA: O Crebro Holoinformacional

    Francisco Di Biase1

    ResumoO autor prope um modelo quntico-informacional hologrfico dasinteraes crebro-conscincia-universo baseado nas redes neuraishologrficas de Karl Pribram, na teoria quntica de David Bohm, e na lgicada no-localidade do campo quntico de Umezawa. Este arcabouoconceitual permite desenvolver uma viso da conscincia, em que a

    dinmica informacional-hologrfica do crebro humano interage com anatureza quntico-hologrfica do universo acessando informao csmica,por meio da otimizao do modo de tratamento hologrfico da informaoneuronal que aumenta a sincronizao das ondas cerebrais. Prope queestados alterados de conscincia geradores de tranquilidade receptivaprofunda como prticas de meditao, relaxamento e orao quecomprovadamente aumentam a coerncia das ondas cerebrais noeletroencefalograma e no mapeamento cerebral criam um estado deconscincia nolocal que interage de modo holoinformacional com ocampo quntico universal, estimulando a interatividade natural entre aconscincia humana e o cosmos.

    AbstractThe author propose a quantum-informational holographic model of brain-consciousness-universe interations based in the holographic neuralnetworks of Karl Pribram, in the quantum theory of David Bohm, and in thenon-locality logics of the quantum field of Umezawa. From this conceptualframework he develops a vision of consciousness in which the holographic-informational dynamics of the human brain interacts with the quantum-holographic nature of the universe accessing cosmic information by meansof the optimization of the holographic treatment mode of neuronalinformation that highs the syncronization of the cerebral waves. He proposesthat altered states of consciousness generators of profound and receptivetranquility as practices of meditation, relaxation and prayer, that proved tohigh the coerence of the brain waves in brain mapping, can create a non-

    local conciousness state that interacts in a holoinformational mode with theuniversal quantum field stimulating the natural interactivity between thehuman consciousness and the cosmos.

    1 Professor Honorrio da Albert Schweitzer International University, Sua. Grand PhD in PhilosophyAcademie Europenne DInformatisation-World Information Distributed University, Blgica. Chefe doServio de Neurologia e Neurocirurgia e do Depto de Tomografia Computadorizada, Santa CasaHospital e Clnica Di Biase, Brasil. Diretor de Ps-graduao do Centro Universitrio da FERP, VoltaRedonda-RJ. E-mail: [email protected]

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    2/12

    2DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    INTRODUO

    Em 1998, apresentamos no congresso Science and the Primacy of

    Consciousness, na Universidade de Lisboa em Portugal, a conferncia Information

    Self-Organization and Consciousness, propondo uma nova viso da conscincia

    denominada Teoria Holoinformacional da Conscincia, na qual o crebro e o

    cosmos so compreendidos como sistemas informacionais interconectados por uma

    dinmica universal instantnea. uma concepo fundamentada na natureza

    hologrfica do funcionamento cerebral, de Karl Pribram, na estrutura quntico-

    hologrfica do universo de David Bohm, e no princpio quntico da no-localidadedesenvolvido por Umezawa. Em 1999, foi publicada na Europa, na revista World

    Futures- The Journal of General Evolution, ligada UNESCO, editada por Erwin

    Laszlo, maior autoridade mundial na reas de sistemas, e no mesmo ano nos USA,

    no The Noetic Journal do Noetic Institute. Em 2000, fomos convidados para public-

    la de forma mais ampliada, nos USA, como co-autor do livro Science and the

    Primacy of Consciouness- Intimation of a 21st Century Revolution, junto com

    Karl Pribram, Stanislav Grof, Ruppert Sheldrake, Henry Stapp, Amit Goswami, FredAllan Wolf, e outros pesquisadores da conscincia.

    Para facilitar a compreenso do tema, vamos inicialmente especificar o

    significado dos termos hologrfico e no-localidade.

    A no-localidade uma propriedade fundamental do universo,

    exaustivamente comprovada, tanto a nvel quntico, quanto a nvel macroscpico,

    responsvel por interaes instantneas entre todos os fenmenos csmicos. uma

    consequncia da Teoria do Campo Quntico desenvolvida por Umezawa queunificou os campos eletromagntico nuclear e gravitacional, em uma totalidade

    indivisvel subjacente.

    A teoria do campo quntico explica os fenmenos subatmicos,

    microscpicos e mesmo macroscpicos, como a supercondutividade, sendo

    considerada a mais fundamental teoria fsica do universo. O campo quntico no

    existe fisicamente no espao-tempo, como os campos gravitacional e

    eletromagntico, apesar de ser matematicamente similar a eles, o que lhe d um

    carter peculiar no-local. Sendo um fenmeno no-local influencia

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    3/12

    3DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    instantaneamente todas as outras regies do espao-tempo, sem necessidade de

    qualquer troca de energia. Segundo a fsica clssica, e a fsica relativstica, seria

    impossvel existir fenmenos do tipo da no-localidade, o que gerou a famosacontrovrsia de Einstein com Bohr que acabou originando o famoso Paradoxo

    Einstein-Podolski-Rosen. Einstein e seus colegas no admitiam que uma partcula

    pudesse viajar mais rpido do que a luz, e criaram uma experincia de pensamento,

    para demonstrar que a fsica quntica era consequentemente incompleta. Mas,

    contrariamente proposta inicial de Einstein e seus colaboradores, foi demonstrado

    que aps um tomo emitir duas partculas com spins opostos, se o spin de uma

    delas for alterado, mesmo que elas estejam separadas por uma grande distncia,por exemplo, uma na Terra e outra do outro lado da galxia, o spin da outra se

    modifica instantaneamente, revelando uma interao informacional no-local.

    A existncia da no-localidade tm sido dramtica e convincentemente

    comprovada nos experimentos da fsica moderna. O golpe de misericrdia foi dado

    em 1982 pelo fsico francs Alain Aspect e col., que comprovou definitivamente a

    existncia de aes no-locais entre dois ftons emitidos por um tomo. Mais

    recentemente, em julho de 1997 (cf. Science, vol.277, pg 481) Nicolas Gisin e col.comprovaram a existncia desta ao quntica no-local instantnea em grande

    escala.

    Sistemas hologrficos so sistemas geradores de imagens tridimensionais,

    em que a imagem virtual, ou holograma, criada quando um laser incide sobre um

    objeto, e este o reflete sobre uma placa e sobre essa placa incide um segundo laser,

    produzindo uma mistura das ondas do primeiro com as do segundo. Este padro de

    interferncia de ondas possui a propriedade de armazenar a informao acerca da

    forma e volume do objeto, e ao ser refletido pela placa, gera uma imagem

    tridimensional do objeto no espao. O relevante que nos sistemas hologrficos

    cada parte do sistema contm a informao completa sobre todo o sistema; se

    quebrarmos a placa em pedaos, cada pedao refletir a imagem tridimensional

    completa do objeto no espao, demonstrando que o todo est nas partes, assim

    como cada parte est no todo. Essas transformaes da ordem espao-temporal

    para a dimenso espectral de freqncia so dependentes de formulaes

    matemticas que foram pioneiramente descritas por Leibniz que criou a concepo

    de mnadas. Em nosso sculo, Dennis Gabor descreveu os princpios matemticos

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    4/12

    4DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    da holografia, ganhando o Prmio Nobel pelo desenvolvimento dos sistemas

    hologrficos. As formulaes matemticas que descrevem a curva harmnica

    resultante das interferncias das ondas, so as transformaes de Fourier, as quaisGabor aplicou na criao do holograma, enriquecendo estas transformaes com um

    modelo em que o padro de interferncia reconstri a imagem virtual do objeto, pela

    aplicao do processo inverso. Ou seja, da dimenso de freqncias reconstri-se o

    objeto em forma virtual, na dimenso espao-temporal.

    AS REDES NEURAIS HOLOGRFICAS

    A teoria hologrfica (ou holonmica) de Karl Pribram demonstrou a existncia

    de um processo de tratamento hologrfico da informao no crtex cerebral,

    denominado holograma neural multiplex, dependente dos neurnios de circuitos

    locais, que no apresentam fibras longas e no transmitem impulsos nervosos

    comuns. So neurnios que funcionam no modo ondulatrio, e so sobretudo

    responsveis pelas conexes horizontais das camadas do tecido neural, conexes

    nas quais padres de interferncia holograficides podem ser construdos. Sua

    teoria holonmica do crebro a mais brilhante e revolucionria contribuio

    cientfica na rea das Neurocincias nos ltimos 100 anos, pois nos conduz a

    repensar e ampliar de uma maneira totalmente indita o processamento da

    informao no sistema nervoso. Pribram descreveu uma equao de onda

    neural, resultante do funcionamento das redes neurais hologrficas, similar

    equao de onda de Schrdinger da teoria quntica.O hologramaneural construdo pelainterao dos campos eletromagnticos

    dos neurnios, de modo similar ao que ocorre durante a interao das ondas

    sonoras no piano. Quando tocamos as teclas de um piano, estas percutem as

    cordas provocando vibraes que se misturam, gerando um padro de interferncia

    de ondas. A mistura das freqncias sonoras o que cria a harmonia, a msica que

    ouvimos. Pribram demonstrou que um processo similar ocorre continuamente no

    crtex cerebral, por meio da interpenetrao dos campos eletromagnticos dosneurnios corticais adjacentes, gerando um campo harmnico de freqncias

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    5/12

    5DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    eletromagnticas. Este campo harmnico distribudo simultaneamente por todo o

    crebro, armazena e codifica holograficamente um vastssimo campo de informao,

    e seria o responsvel pela emergncia da memria, da mente e da conscincia noplano biolgico. Tal como a msica no pode ser localizada no piano, e sim em todo

    o campo ressonante que o circunda, as memrias de um indivduo no esto

    localizadas somente no crebro, mas tambm no campo de informao hologrfica

    que o envolve!

    O UNIVERSO HOLOGRFICO

    Como vimos, a partir da dimenso de freqncias, pode-se reconstruir

    matemtica e experimentalmente um objeto, na dimenso espao-temporal. Este

    modo de organizao hologrfica, tambem o que David Bohm utiliza em sua teoria

    quntica. Neste modelo do universo, o espao e o tempo so "dobrados" e

    reestruturados, como em um holograma, em uma dimenso de freqncias,

    constituindo uma ordem oculta, implcita, sem relaes espao-temporais, qual notemos acesso em nossa vivncia cotidiana. Quando neste campo de freqncias

    surgem flutuaes, ondulaes mais intensas, padres semelhantes aos

    hologrficos estruturam uma dimenso espao-temporal, uma ordem explcita, que

    corresponderia ao nosso universo manifesto.

    Bohm afirma que na ordem implcita tudo est introjetado em tudo. Todo o

    universo est em princpio introjetado em cada parte ativamente, por meio do

    holomovimento, assim como tambem as partes... O processo de introjeo no meramente superficial ou passivo, e cada parte est num sentido fundamental,

    internamente relacionada em suas atividades bsicas ao todo, e a todas as

    outras partes.

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    6/12

    6DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    RUMO A UMA TEORIA HOLOINFORMACIONAL DA CONSCINCIA

    Ao tomar conhecimento da teoria hologrfica de Bohm, atravs de seu filho

    que fsico, Pribram inferiu a possibilidade do processamento informacional

    hologrfico do universo poder se interconectar ao processamento hologrfico

    neuronal do crtex cerebral, mas no direcionou suas pesquisas por esta vertente.

    Vislumbrando a possibilidade, no desenvolvida por Pribram, de uma conexo

    dinmica no-local entre o crebro e o universo, propusemos que os padres

    qunticos e as redes neurais hologrficas do crebro so parte ativa do campo

    quntico-hologrfico do universo, e que esta interconexo informacional simultaneamente local (mecanicstica-newtoniana), e no-local (holstica-quntica), e

    a denominamos holoinformacional. A no-localidade quntica permitiria uma

    interconexo instantnea entre o crebro e o cosmos.

    Estudos experimentais desenvolvidos por Pribram, e outros pesquisadores da

    conscincia como Hameroff, Penrose, Yassue, Jibu, revelaram a existncia de uma

    dinmica cerebral quntica, de uma mente quntica (quantum mind), ao nvel dos

    microtbulos neurais, das sinapses, e do lquor. Esta dinmica quntica permite aformao dos chamados condensados Bose-Einstein que consistem de partculas

    subatmicas, que assumem um elevado grau de alinhamento, funcionandocomo um

    estado altamente unificado e ordenado, como ocorre nos lasers e na

    supercondutividade. Estados assim informacionalmente unificados poderiam

    tambem desencadear o aparecimento do Efeito Frohlich, com molculas biolgicas

    assumindo um alinhamento altamente energizado e ordenado. Estes estados

    qunticos e moleculares altamente unificados e ordenados esto na verdadecodificando informao quntico-hologrfica.

    Considerando a propriedadematemtica bsica dos sistemas informacionais

    hologrficos, em que cada parte do sistema contm a informao do todo , os dados

    matemticos da fsica quntica de Bohm, e os dados experimentais da teoria

    holonmica de Pribram, propusemos, alem disto, que a interatividade crebro-

    universo nos permite acessar toda a informao existente nos padres de

    interferncia de ondas existentes no universo, desde sua origem, pois a natureza

    hologrfica do universo e do crebro, proporciona que cada parte, cada crebro-

    conscincia, contenha a informao de todo o universo. Agora, e isto muito

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    7/12

    7DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    importante, para que esta conexo crebro-universo ocorra, necessrio

    aquietarmos nosso crebro agitado do dia a dia, sincronizando o funcionamento dos

    hemisfrios cerebrais, e permitindo que o modo de tratamento hologrfico dainformao neuronal se otimize. Isto se consegue facilmente por meio das prticas

    de meditao, relaxamento e orao que comprovadamente sincronizam as ondas

    dos hemisfrios cerebrais, gerando um estado alterado de conscincia de

    tranquilidade receptiva profunda (as comprovaes eletroencefalogrficas e clnicas

    destes estados podem ser encontradas em meus livros, O Homem Holstico, a

    unidade mente-natureza, e Caminhos da Cura, Editora Vozes).

    O CAMPO UNIFICADO DA CONSCINCIA

    Matria vida e conscincia so atividades significativas, ordem transmitida

    atravs da evoluo csmica, ou seja, processos informacionais inteligentes. Um

    universo estruturado como um campo holoinformacional, portanto um universo

    inteligente, funcionando como uma mente, como o astrnomo Sir James Jeans jobservara: "O universo comea a se parecer cada vez mais com uma grande mente,

    do que com uma grande mquina".

    Esta rede quntico-hologrfica universal pode ser compreendida como uma

    mente? Uma Conscincia Hologrfica Universal? Uma Conscincia Csmica,

    como afirmam h milnios, as tradies espirituais da humanidade?

    Na concepo holoinformacional, conscincia e inteligncia so informao,

    sendo possvel, portanto afirmar que a inteligncia-informao sempre estevepresente em todos os nveis da organizao csmica, constituindo a prpria

    natureza bsica do universo. Matria, vida e conscincia no so

    consequentemente entidades separadas, mas uma unidade holstica indivisvel,

    um continuum holoinformacional inteligente auto-organizador permeando todo o

    universo, se desdobrando em uma infinita holoarquia csmica.

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    8/12

    8DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    O SUBSTRATO NEURAL DA CONSCINCIA

    As redes cibernticas de reaes cclicas hierrquicas por meio das quais

    procuramos caracterizar a vida e a conscincia, se interrelacionam em uma dinmica

    multinvel de hiperciclos (Eigen and Schuster,1979), se auto-organizando em ciclos

    autocatalticos (Prigogine1979; Kauffman,1995) no limite do caos (Lewin,1992).

    Ciclos autocatalticos se auto-organizam em nveis superiores, por meio de

    hiperciclos catalticos, (e.g. um vrus) capazes de evolurem para estruturas mais

    complexas e mais eficientes, at a emergncia de conjuntos, de conjuntos de... de

    conjuntos de neurnios (Alwin Scott,1995). Deste modo a rede gera loops

    criativos (Erich Harth,1993) e hiperestruturas (Nils Baas,1995), capazes de se

    integrarem em sistemas com padres de conectividade distribudos e paralelos,

    como o Global Workspace (Newman and Baars,1993), e o Extended Reticular-

    Talamic Activation System-ERTAS de James Newman (1997).

    No entanto, como matria, vida e conscincia constituem uma totalidade

    quntica holstica e indivisvel, no podemos analis-las somente por meio destearcabouo conceitual cartesiano analtico-reducionista. Em sistemas no-lineares

    dinmicos e auto-organizadores, como o crebro humano, os correlatos neurais da

    conscincia no so estruturados somente por estas complexificaes das relaes

    mecanicsticas da matria, mas tambem primordialmente pelo campo quntico

    holoinformacional no-local auto-organizador universal, que forma (in-forma) o

    crebro e o cosmos.

    O CDIGO CSMICO E A TICA DA VIDA

    Esta unidade homem-natureza codificada na prpria estrutura e

    funcionamento do universo, se auto-organiza durante a evoluo csmica nos nveis

    informacionais bsicos que regem o universo: o Cdigo Nuclear que organiza e

    mantm a energia e a matria, o Cdigo Gentico que organiza e mantm a vida, o

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    9/12

    9DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    Cdigo Neural que organiza e mantm o crebro-mente, e o Cdigo Hologrfico

    que organiza e mantm a conscincia.

    Em seu conjunto constituem um Cdigo Holoinformacional Csmico.Einstein gostava de dizer que o importante conhecer os pensamentos

    de Deus... o resto so detalhes.

    Estes cdigos so o verdadeiro pensamento de Deus... o que nos religa

    nossa fonte. Nos foram oferecidos como uma ddiva que no temos como

    compreender! Sua utilizao correta pelo homem, imerso neste todo

    holoinformacional gerador de vida e conscincia, e capaz de acessar a informao

    contida nesse todo, deve eticamente estar direcionada para a preservao destescdigos, para a preservao da Vida e da Conscincia!

    Esta, a nossa grande responsabilidade tica!

    J no sculo passado, a sabedoria do Dr. Albert Schweitzer, laureado com o

    Prmio Nobel da Paz em 1952, afirmava: O bem consiste em preservar a vida, em

    lhe dar suporte, em procurar lev-la ao seu mais alto valor. O mal consiste em

    destruir a vida, em fer-la ou destru-la em plena florescncia.

    Reverncia pela Vida, este o verdadeiro caminho tico da humanidade!

    REFERNCIAS

    Amoroso, R. (ed.),Grof,S., Pribram,K., Sheldrake,R, Goswami, Wolf,F, Stapp, DiBiase,F., et alli, (2001), Science and the Primacy of Consciousness- Intimation to a21st Century Revolution, Noetic Press, California,USA.

    Atkin, A. (1992) On consciousness: what is the role of emergence?, MedicalHypotheses, 38 pp.311-14.

    Atlan, H. (1972) LOrganization Biologique et la Thorie de LInformation, Hermann,Paris.

    Atlan, H. (1979) Entre Le Cristal et la Fume, essai sur lorganisation du vivant, Seuil,Paris.

    Baars, B. J. (1997) In the Theater of Consciousness: The Workspace of the Mind,

    Oxford University Press.

    Bateson, G. (1979) Mind and Nature: a necessary unity, Dutton, New York.

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    10/12

    10DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    Bell, J. (1987) Speakable an Unspeakable in Quantum Mechanics, Cambridge Univ.Press.

    Bohm, D. (1983) Wholeness and the Implicate Order, Routledge, New York.

    Bohm, D. (1987) Unfolding Meaning, a weekend of dialogue with David Bohm. ARKPaperbacks, Routledge & Kegan Paul Ltd.

    Bohm, D., Hiley, B. J. (1993) The Undivided Universe. Routledge, London.

    Bohm, D., and Peat, F. D. (1987) Science Order, and Creativity. A dramatic new lookat the creative roots of science and life, Bantam Books, New York.

    Brillouin, L. (1959) Vie Matire et Observation. Editions Albin Michel.

    Capra,F. (1988) Uncommon Wisdom. Simon & Schuster, New York.

    Chalmers, D. J. (1995) Facing Up To The Problem Of Consciousness, Journal ofConciouness Studies, 2, No. 3, pp 200-19.

    Chalmers, D. J. (1995) The Puzzle of Conscious Experience, Scientific American,December.

    Chalmers, D. J. (1996) The Conscious Mind. In Search of a Fundamental Theory,Oxford University Press, New York.

    Clarke, C. J. S. (1995) The Nonlocality of Mind, Journal of Consciousness Studies,2, No.3, pp.231-240.

    Di Biase, F. (1981) Auto-organizao nos sistemas biolgicos. Cincia e Cult.,33(9):1155-1159, Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia, Brasil

    Di Biase, F. (1995) O Homem Holstico, a Unidade Mente-Natureza, Editora Vozes,Rio de Janeiro, Brasil.

    Di Biase, F., Rocha, M.S., (1999) Information Self-Organization and Consciousness-Towards a Holoinformational Theory of Consciousness, World Futures- The Journal

    of General Evolution, vol 53, pp 309-327, Overseas Publishers, Netherlands

    Eigen,M.,Schuster, P. (1979) The Hypercycle: A principle of natural self-organization.Springer-Verlag, Berlin.

    Grof, S. (1985) Beyond the Brain: Birth, Death, and Transcendence in Psychoterapy.State University of New York Press, Albany, New York.

    Hameroff, Stuart R.(1994) Quantum Coherence In Microtubules: A Neural Basis ForEmergent Consciousness?, Journal of Consciousness Studies,1, No.1, Summer1994,pp.91-118.

    Hameroff, Stuart R., and Penrose R.(1996) Orchestrated Reduction of QuantumCoherence in Brain Microtubules: A Model For Consciousness. In Toward a Science

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    11/12

    11DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    of Consciousness: The First Tucson Discussions and Debates, edited by Stuart R.Hameroff, Alfred W. Kaszniak, and Alwyn C. Scott, The MIT Press Cambridge,Massachusetts

    Harth,E. (1993) The Creative Loop. How the brain makes a mind. Reading, MA:Addison-Wesley.

    Horgan, J. (1996) The End of Science,Helix Books, Addison-Wesley PublishingCompany.

    Jantsch, E. (1980) The Self-Organizing Universe. Pergamon Press, New York.

    Kauffman, S. (1995) At Home in the Universe, The Search for the Laws of Self-Organization and Complexity. Oxford University Press, New York.

    Koestler, A. (1967) The Ghost in the Machine, Hutchinson & Co. (Publishers)Ltd.,London.

    Lewin, R. (1992) Complexity: Life on the Edge of Chaos. MacMillan, New York.

    Newman, J. (1997) Putting the Puzzle Together. Part I: Towards a General Theory ofthe Neural Correlates of Consciousness, Journal of Consciousness Studies, 4, n.1,p.47-66

    Newman, J. & Baars,B.J. (1993) A neural attentional model for access toconsciousness: A Global Workspace perspective, Concepts in Neuroscience, 4 (2),p.255-90.

    Peat, D., (1987) Synchonicity, the bridge between matter and mind, Bantam Books,N. York.

    Pribam, K. (1969) The Neurophysiology of Remembering", Scientific American 220,jan,pp.75.

    Pribam, K. (1977) Languages of the Brain, Monterey, Calif., Wadsworth Publishing.

    Pribam, K. (1980) Esprit cerveau et conscience,in Science et Conscience, les deux

    lectures de lunivers. ditions Stock et France-Culture, Paris.

    Pribam,K. (1991) Brain and Perception: Holonomy and Structure in FiguralProcessing. Erlbaum, Hilsdale, NJ.

    Prigogine, I., Stengers, I.,(1979), La Nouvelle Alliance, Editions Gallimard, Paris,France.

    Prigogine, I., Stengers, I.,(1988), Entre le Temps et LEternit, Fayard, Paris, France

    Scott, A. (1995) Stairway to the Mind. The Controversial New Science of

    Consciousness, Copernicus, Springer-Verlag, New York.

  • 7/28/2019 Ciencia e Consciencia Francisco Di Biase

    12/12

    12DI BIASE, Francisco. Cincia e conscincia: o crebro holoinformacional.In: SIMPSIO NACIONAL SOBRE CONSCINCIA, 1., 2006, Salvador.Anais... Salvador: Fundao Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM.

    Seager,W. (1995) Consciousness, Information and Panpsychism. Journal ofConsciousness Studies, 2, No. 3, pp. 272-88

    Shannon, C.E., W.Weaver (1949) The Mathematical Theory of Communication.University of Illinois Press, Urbana, Ill.

    Stonier, T., (1990) Information and the Internal Structure of the Universe. AnExploration into Information Physics. Springer Verlag, New York.

    Stonier,T. (1997), Information and Meaning. An Evolutionary Perspective. Springer.Great Britain.

    Weber, R. (1982) The Enfolding Unfolding Universe: A Conversation with DavidBohm, in The Holographic Paradigm, ed. Ken Wilber. Bulder, Colo., New Science

    Library.Weil,P. (1993) Axiomtica transdisciplinar para um novo paradgima holstico, inRumo nova transdisciplinaridade: sistemas abertos de conhecimento. Pierre Weil,Ubiratan DAmbrosio, Roberto Crema, Summus, So Paulo, Brasil .

    Wheeler, J. (1990) Information, Physics, Quantum: The Search for Links, inComplexity, Entropy, and the Physics of Information, edited by Wojciech H. Zurek,Addison-Wesley,

    Reading, Mass. Wiener, N. (1948) Cybernetics, or Control and Communication in the

    Animal and the Machine, The Technology Press & John Wiley & Sons, Inc., NewYork.

    Wilber, K. (1997) An Integral Theory of Consciousness, Journal of ConsciousnessStudies, 4, N. 1, p.71-92.

    Zurek,W.H.,ed. (1990) Complexity, Entropy and the Physics of Information. Santa FInstitute Studies in the Science of Complexity, Vol.8. Redwood City,Calif.:Addison-Wesley.