c3 curso e prof geografia

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    1. INTRODUÇÃO

    A vegetação é uma consequência do clima. Tendo emvista o predomínio de climas tropicais quentes e úmidos,conclui-se imediatamente que o Brasil apre sentaformações vegetais exuberantes, como as florestas. Há,entretanto, áreas do Brasil não tão úmidas, onde podemser encontradas formações mais pobres. Assim, há noBrasil quatro grandes formações vegetais:

    2. FORMAÇÕES ARBÓREAS OU FLORESTAIS

      Mata Equatorial AmazônicaÉ uma das maiores formações florestais do mundo,

    cobrindo uma área que inclui, além do Brasil, territórios da

    Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. É uma

    formação higrófila, isto é, adaptada a ambientes úmidos,latifoliada (com grandes folhas), perene (sempre verde),

    densa, de difícil penetração e heterogênea, isto é, ricaem espécies vegetais.

    Ao longo dos espaços amazônicos, podemos notarvariações ao longo da Mata Equatorial. Assim, a partirdos vales dos rios em direção a terra firme, observamos:

    • caaigapó ou mata de Igapó ou matafalsa: é a formação vegetal que se estabelece junto àsmargens do rio, nascendo a partir da margem ou cons-tituindo-se de plantas aquáticas, como a vitória-régia.

    Mata de Igapó,trecho da Floresta Amazônica, constantemente alagado.

    • mata de várzea: vegetação composta porárvores de porte mé dio, como a seringueira, que nascem

    em áreas ainda sujeitas a alagamentos; destaque paraa seringueira que teve seu período áureo entre 1890 e1910, quando o Brasil foi seu maior produtor. A se- ringueira, foi uma das principais responsáveis pelaocupação da Amazônia Ocidental, mas entrou em deca-dência em razão da concorrência asiática.

    • caaetê ou mata de terra firme: vegetaçãode áreas não sujeitas a alagamentos, onde se desenvol-vem grandes árvores, como o castanheiro. O Brasil é oúnico produtor mundial da castanha-do-pará, extraída doouriço do castanheiro. Atualmente, extrai-se dessaporção da floresta madeira de lei, como o mog no, a

    peroba, a maçaranduba etc.

     – 33

    FRENTE 1 Brasil

    Formações VegetaisMÓDULOS 11 e 12

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    O desmatamentoé um dos graves problemas da Floresta Amazônica 

    A retirada da madeira daFloresta Amazônica é feita sem preocupações ambientais.

    Vitória régia ou vitória do Brasil, formaçãocaracterística das áreas de várzea na Amazônia.

      Mata Tropical AtlânticaFormação vegetal que ocupava toda a borda do

    litoral leste do Brasil, es tendendo-se do Rio Grande doNorte ao Rio Grande do Sul, relacionando-se com aumidade litorânea. Rica em espécies vegetais, tinha asmesmas características da Mata Equatorial, ou seja,também era higrófila, latifoliada, perene e densa. Apre-sentava grande quantidade de espécies de árvores commadeira de lei, como o pau-brasil, a peroba, o ipê, o

    jacarandá, o jequitibá, entre outras. A intensa ocupaçãoa que foi submetida pôs a perder grande parte dacobertura original, ficando reduzida a poucas reservasmantidas pelo governo.

    A escarpa da Serra do Mar está recoberta pela MataAtlântica no trecho do litoral do Rio de Janeiro e São Paulo.

    Trecho da Mata Atlântica,na encosta da Serra do Mar, no Paraná.

      Mata dos Pinhais ou Mata de AraucáriaEra a cobertura vegetal que se espalhava pela Região

    Sul do Brasil e áreas elevadas dos planaltos do Sudeste.Possuía características diferentes das duas formações an-teriores, por se tratar de uma formação de ambientes frios.Era aciculifoliada, isto é, possuía folhas pontiagudas, emforma de agulhas (para resistir ao frio), era aberta, de fácilpenetração e com menor número de espécies vegetais.Algumas plantas ficaram famosas pelo seu aproveita-mento, como o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifo- lia ), que forneceu madeira de qualidade, ou a erva-mate,na produção de bebidas. Bastante destruída pelo proces-

     so de ocupação agrícola.

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    Araucaria angusti -folia, espécie característica dos planaltos subtropicais do Brasil.

      Mata dos CocaisCobre o meio-norte do Brasil, estendendo-se aolongo dos vales dos rios no Ceará, Piauí e Maranhão. Éuma mata de transição, aparecendo numa área de climatropical semiúmido. É composta por coqueiros epalmeiras, como, por exemplo:

    •  babaçu: coqueiro que surge principalmente noMaranhão, de onde se aproveitam os coquinhos para aprodução de óleo comestível, combustível e lubrificante.

    Observe nocoqueirobabaçu que 

    o cacho chega a ter de 150 a 200 co- quinhos de 8 a 10 cm cada um.

    Babaçual no vale do Rio Sambaíba, no Maranhão.

    • carnaúba: coqueiro muito comum no Ceará, decuja folha se extrai cera para a produção de isolantes e

    lubrificantes. A planta é também conhecida como “Ár-vore da Providência”.

      Matas-Galerias ou CiliaresAparecem ao longo dos rios, principalmente na

    Região Centro-Oeste do Brasil, aproveitan do-se da maiorumidade do solo. São geralmente compostas porespécies da Mata Tropical Atlântica.

    3. FORMAÇÕES ARBUSTIVAS

      CerradoFormação vegetal associada com o clima tropical se-

    miúmido do interior do Brasil. Espalha-se por uma ex tensaregião que inclui São Paulo, Minas Gerais, estados doCentro-Oeste, Tocantins e Bahia. Graças à presença desolos pobres, é constituída por dois estratos: o inferior,composto por gramíneas, e o superior, composto por ar-bustos retorcidos (entre eles, o barbatimão). São plantasresistentes ao fogo. O cerrado vem sendo substituído pe -la agricultura em seu avanço para o Centro-Oeste.

      Caatinga

    Xerófitas típicas do Sertão Nordestino.

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    Desenvolve-se no Sertão do Nor deste, associada aoclima semiárido. É composta por espécies de arbustos,coqueiros e, principalmente, bromélias e cactáceas,entre as quais se destacam o mandacaru, o xique xiquee o faxeiro. Área tradicional de criação de gado.

    4. FORMAÇÕES HERBÁCEAS

    CamposSurgem principalmente no Sul do Brasil, na Campa -nha Gaúcha, constituindo uma extensão do Pampa ar -gentino e uruguaio. Trata-se da pradaria brasileira,composta por gramíneas que formam uma imensa pas -tagem. A criação de gado é sua principal atividade.

    Dignos de nota são os campos do sul do MatoGrosso do Sul, na região de Ponta Porã, conhecidos porCampos de Vacaria, surgidos pela ação antrópica. Hátambém campos na Ilha de Marajó e em Roraima, onde,gualmente, desenvolve-se a atividade pecuarista.

    5. FORMAÇÕES COMPLEXAS

    A rodovia transpantaneiraatravessa as áreas inundadas do Pantanal.

    A partir de março, baixa o nível da água e oscampos do Pantanal mato-grossense se cobrem de flores.

    Árvores típicas do Pantanal mato-grossense, as peúvasou ipês-roxos, florescem em julho, no período da estiagem.

      PantanalLocaliza-se a oeste de Mato Grosso do Sul e

    sudoeste de Mato Grosso, junto à fronteira com Paraguai

    e Bolívia. Graças às condições mesológicas, muitoúmidas, há uma mistura de espécies vegetais, nas quaissurgem árvores típicas da Mata Atlântica, em áreas umpouco mais firmes, arbustos retorcidos do cerrado, emáreas onde a água permanece por três meses, egramíneas no fundo das baías, quando elas secam. Hátambém a presença de cactáceas. Em razão da profusãode espécies, trata-se de um nicho ecológico, uma áreade reprodução animal, que a todo o custo deve serpreservada.

      Mangues

    Estendendo-se ao longo do litoral brasileiro, doAmapá ao Rio Grande do Sul, apresentam largura eriqueza de espécies variadas. São constituídos porplantas adaptadas a ambientes úmidos e instáveis: raízesaéreas que, além da fixação, cumprem a função da res-piração. São também plantas halófilas, isto é, tolerantesao sal. Representam uma área de reprodução animal.

    Os manguezais formam umecossistema com incrível complexidade (Bahia).

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    6. DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS

    Trata-se de áreas geográficas que apresentam acaracterística da homogeneidade. Ao longo do espaço,

    surgem, continuamente, características semelhantes declima, vegetação, hidrografia, relevo e solos. Há no Brasilseis domínios morfoclimáticos, como se observa nomapa abaixo.

     – 37

       G   E   O   G   R   A   F   I   A

       E

    Hidrografia IMÓDULO 13

    1. CARACTERÍSTICASGERAIS E CONCEITOS

    A rede hidrográfica brasileira apresenta, de umamaneira geral, as seguintes características:

    • Drenagem exorreica, com rios correndo diretaou indiretamente para o Oceano Atlântico.

    • Foz ou desembocadura em forma de estuário.• Rios de planalto, com elevado potencial

    hidrelétrico (–+ 250.000.000 kW).• Regime pluvial tropical austral, com cheias

    de verão e vazantes no inverno.• Rios perenes predominantemente.

    2. PRINCIPAIS BACIASHIDROGRÁFICAS E SEUS MANEJOS

    Durante muitos anos, os estudiosos do litoralbrasileiro consideravam a existência de pouquíssimosrios com foz em delta; a maioria deles seriam estuários,com exceção dos deltas dos rios Parnaíba, Acaraú,Grande e das Piranhas, todos com foz no Nordeste.Entre os últimos, o professor Aziz N. Ab’Sáber, geógrafobrasileiro, passou a considerar também os rios Araguari,

    no Amapá, o já conhecido Rio Parnaíba, no Piauí; o São

    Francisco, entre Sergipe e Alagoas; o Rio Jequitinhonha,no sul da Bahia; o Rio Doce, no Espírito Santo, e o RioParaíba do Sul, na região norte do estado do Rio deJaneiro.

    O professor Ab’Sáber discute sobre a ocupação dosdeltas desses rios, comentando o isolamento geográficodo Rio Araguari, no Amapá; a beleza cênica do delta doRio Parnaíba, no Piauí, e da área mais intensamenteocupada do Rio Parnaíba do Sul, no Rio de Janeiro.

     

    Bacias hidrográficas do Brasil

    AmazôniaTocantins

    Principais Parnaíba

    São Francisco ParanáPlatina ParaguaiUruguaiCosteiras do NorteCosteiras do Nordeste Ocidental

    Secundárias Costeiras do Nordeste OrientalCosteiras do SudesteCosteiras do Sul

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    rio principal

    tipo de relevo percorrido

    tipo de foz do rio principal

    regime fluvial

    principais afluentes

    aproveitamento econômico

    principal hidrelétrica

    TOCANTINS

    planície / planalto

    estuário

    tropical austral

    Araguaia

    navegação, pesca e

    produção de energia

    Tucuruí, no Rio Tocantins

    Bacia do Tocantins Bacia Amazônica

    AMAZONASplaníciedelta-estuáriocomplexo (nival + pluvial;austral e boreal)Negro, Japurá, Tapajós,Trombetas, Jarinavegação, pesca eprodução de energiaSão Félix e Belo Monte,no Rio Xingu; Curuá Una,no Rio Curuá Una;Balbina, no Rio Uatumã,S. Antonio e Jirau no RioMadeira

    rio principaltipo de relevo percorridotipo de foz do rio principalregime fluvial

    principais afluentes

    aproveitamento econômico

    principais hidrelétricas

    destaque para os fenômenos da pororoca e das

    terras caídas

    Hidrografia IIMÓDULO 14

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    Bacia do São Francisco

    rio principal SÃO FRANCISCO

    tipo de relevopercorrido

    planalto

    tipo de foz do rioprincipal delta

    regime fluvial tropical austral

    principais afluentes das Velhas, Paramirim

    aproveitamentoeconômico

    navegação, irrigação e produçãode energia

    principaishidrelétricas

    Três Marias, Paulo Afonso,Sobra-dinho e Itaparica

    Bacia do Parnaíba

    rio principal PARNAÍBA

    tipo de relevopercorrido

    planície / planalto

    tipo de foz do rioprincipal

    delta

    regime fluvialtropical austral (irregular, graçasà influência do semiárido)

    principais afluentes Pati, Canindé, das Balsasaproveitamentoeconômico

    navegação, irrigação e produçãode energia

    principalhidrelétrica

    Boa Esperança, no Rio Parnaíba

    Bacia do Paraná

    rio principal PARANÁ

    tipo de relevopercorrido

    planalto

    tipo de foz do rioprincipal

    estuário

    regime fluvial tropical austral

    principais afluentesParnaíba e Grande (formadores),Tiête, Paranapanema, Iguaçu

    aproveitamentoeconômico

    navegação, pesca e produção deenergia

    principaishidrelétricas

    Itaipu e Complexo Urubupungá,no Rio Paraná; Barra Bonita, Bariri,Ibitinga, Promissão e Porto

    Primavera, no Rio Tietê; xavantes;Jurumurim; Lucas NogueiraGarcez, no Rio Paranapanema;Cachoeira Dourada, Itumbiara eSão Simão, no Rio Parnaíba;Furnas, Estreito Água Vermelha eJaguará, no Rio Grande.

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    ITAJAÍ, JACUÍ, CAMAQUÃ

    planalto / planície

    subtropical austral

    navegação

    rios principais

    tipo de relevo percorrido

    regime fluvial

    aproveitamento econômico

    Bacias Costeiras do Sul

    DOCE, JACU, ITAPEMIRIM,ITABAPOANA, PARAÍBADO SUL, GUANDU,RIBEIRA DE IGUAPEplanalto / planícietropical australNilo Peçanha,

    no Rio Paraíba do Sulnavegação, pesca eprodução de energia

    rios principais

    tipo de relevo percorridoregime fluvialprincipal hidrelétrical

    aproveitamento econômico

    Bacias Costeiras do Sudeste

    ITACOLOMI, ACARAÍ,ARACATIAÇU, JAGUARIBE,PIRANGI, CURU, PARAÍ- BA, SERGIPE, MOSSORÓ,AÇU, ITAPICURU, PARDO,JEQUITINHONHA

    planalto / planícietropical austral (irregular,graças à influência dosemiárido)navegação,irrigação e pesca

    rios principais

    tipo de relevo percorridoregime fluvial

    aproveitamento econômico

    Bacias Costeiras do Nordeste Oriental

    PINDARÉ, MEARIM, PERICU-

    MÃ, TURIAÇU, ITAPECURU

    planalto / planície

    tropical austral (irregular,

    graças à influência do

    semiárido)navegação, irrigação epesca

    rios principais

    tipo de relevo percorrido

    regime fluvial

    aproveitamentoeconômico

    Bacias Costeiras do Nordeste Ocidental

    OIAPOQUE, ARAGUARI

    planície

    tropical austral

    navegação e pesca

    rios principais

    tipo de relevo percorrido

    regime fluvial

    aproveitamento econômico

    Bacias Costeiras do Norte

    URUGUAI

    planície / planalto

    estuário

    tropical austral

    Canoas e Pelotas(formadores), Ibicuínavegação e potencialpara a produção deenergia

    rio principal

    tipo de relevo percorrido

    tipo de foz do rio principal

    regime fluvial

    principais afluentes

    aproveitamento econômico

    Bacia do Uruguai

    PARAGUAI

    planície

    estuário

    tropical austral

    Taquari, Miranda, Perdido,

    Cuiabá, Aquidauananavegação e pesca

    rio principal

    tipo de relevo percorrido

    tipo de foz do rio principal

    regime fluvial

    principais afluentes

    aproveitamento econômico

    Bacia do Paraguai

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    FRENTE 2 Geral

    Japão: Aspectos EconômicosMÓDULO 11

    1. INTRODUÇÃO

    Economia desenvolvida, potência da Ásia e do Pacífico,membro e principal polo econômico da APEC.

    PIB (2010): US$ 5.497.813.000agropecuária – 1%

    PIB Indústria – 28%Serviços – 71%

    Agriculturaintensiva

    Superaproveitamento do espaço/pequenaspropriedades

    Elevada produtividade

    Destaques: arroz(maior área agrícola),chá, frutas cítricas,trigo, forragens,amora (sericicultura)

    elevada fertilizaçãobiotecnologia

    técnicas

    rotação deculturasterraceamentopôlderes

    Energia: 7,4 % – Hidrelétricas;30% – Nuclear

    O Japão tem 54 centrais nucleares, e é res-ponsável por 50% da produção solar mundial.

    Pecuária intensiva, gado confinado/estabu-lado.

    AviculturaPiscicultura – criação de peixesMaricultura – algas marinhas

    Pesca com apoio de satélites e dos navios-indústria

    Importação

    Exportações

    {

    {{

    matérias-primasindustriais

    e deenergia

    ferroalumíniomanganêsníquelcobrechumbozinco

    {petróleocarvãogás natural

    plutônio

    Industrializadosde alto valor agregadoEletrônicosBiotecnologiaFibras ópticasRobótica– Tecnologia– Capitais

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    Linha de trem-bala – Tokkaido. 

    Indústria• Parques industriais situados junto aos portos, vi -

    sando às matérias-primas importadas e à produção paraa exportação.

    • Surgimento: fim do século XIX – Era Meiji.• Reconstrução após a Segunda Guerra Mundial

    – Zaibatsus– Mão de obra abundante e qualificada– Capital americano (Plano Bilateral)

    • Destaques: Siderurgia, Naval, Automobilística eEletrônica.

      TransportesDensa rede ferroviária.Primeira frota pesqueira do mundo, em tonelagem.

      Década de 1990/2000/2010Na década de 90, o Japão enfrentou séria crise

    financeira, causada pela quebra de diversos bancos.O governo não encontrou solução para essa crise, e

    a economia entrou num ritmo muito lento de crescimentonas duas últimas décadas.

    Em 1997, a crise financeira internacional iniciada naÁsia atinge duramente o Japão.

    Em 2001, ocorreu queda nas exportações e noconsumo interno, além do aumento do desemprego. Operíodo é marcado pela deflação, ou seja, queda gene-ralizada de preços causada por redução de consumo. A

    economia começa a se recuperar a partir de 2002,quando se implanta políticas de desregulamentaçãoeconômica, corte nos gastos públicos e privatizações.

    Em 2006, o Japão sai do período de quase dez anosde deflação.

    Em 2008, com a crise mundial, o Japão é um dosafetados por depender basicamente de suas exporta-ções, principalmente para os EUA.

    Em 2010, o governo japonês intervem na cotação doiene, favorecendo as exportações.

    O Japão é empurrado para outra recessão, em 2011,agravando a dívida pública, devido a um grande terre-

    moto, seguido de um tsunami, que destruíram indústrias,afetando setores vitais como o automobilismo e oeletroeletrônico.

    Participações das Importações deMatérias-Primas no Consumo Interno

    bauxita  100% níquel  100%

    urânio  100% petróleo  100%

    ferro  91% cobre  82%

    gás  74% carvão  72%

    chumbo  52% zinco  46%

    Rendimento da pesca mundial (milhões de toneladas) (2009)

    Japão Rússia China Estados Unidos Chile Peru TOTAL MUNDIAL

    12,3 11,2 6,8 5,1 3,7 2,8 80,3

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    EUROPA – DIVISÃO POLÍTICA

    50 países divididos em 6 porções.

      Europa Setentrional

    País Capital Área (km2) Pop. Absoluta (hab.) Pop. Relativa (hab./km2)

    1. Noruega Oslo 323.895 4.825.116 14,97

    2. Suécia Estocolmo 448.661 9.876.744 20,78

    3. Finlândia Helsinque 337.009 5.583.543 15,70

    4. Dinamarca Copenhague 43.069 5.568.854 127,65

    5. Islândia Reykjavik 103.000 319.394 2,92

    Total 1.255.634 24.233.641 19,29

    1. INTRODUÇÃO

    Área: 11.191.472 km2

    norte: Oceano Glacial Árticooeste: Oceano Atlântico

    limitada porleste: que separa Europa e Ásia,

    Montes Urais

    {sul: Mar Mediterrâneo

    sudeste: Mares Negro e Cáspio

    Europa: Aspectos NaturaisMÓDULO 12

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    Europa Ocidental

    Europa Central

    Europa Meridional

    Europa Oriental

    País12. Alemanha13. Suíça14. Áustria15. Polônia16. República Checa17. Eslováquia18. Liechtenstein19. Hungria20. Romênia

    País Capital Área (km2) Pop. Absoluta hab.) Pop. Relativa (hab./km2)21. Portugal Lisboa 92.072 11.084.245 116,1122. Espanha Madri 504.782 45.152.517 89,5423. Andorra Andorra Velha 453 84.403 179,4924. Itália Roma 301.225 59.926.999 198,3025. São Marinho São Marinho 61 31.730 506,8726. Sérvia Belgrado 77.474 9.958.010 112,0427. Eslovênia Liubliana 20.251 1.932.917 95,4428. Croácia Zagreb 50.538 4.390.751 86,8829. Bósnia-Herzegóvina Sarajevo 51.129 3.964.388 77,5330. Macedônia Skopje 25.713 2.054.800 79,9131. Kosovo Pristina 10.887 7.621.337 68,7132. Montenegro Podgórica 13.812 600.000 – 43,4433. Bulgária Sofia 110.912 700.000 50,734. Albânia Tirana 28.748 3.544.841 123,3035. Grécia Atenas 131.944 10.645.343 80,6836. Principado de Mônaco Mônaco 1,81 31.987 17.672,3737. Malta Valeta 316 397.499 1.257,9038. Vaticano 0,4439. Chipre Nicósia 9.251 854.000 92,3140. Turquia Europeia Ancara 23.764

    1.453.334 154.355.767 106,2

    Pop. Relativa (hab./km2)230,64184,09101,95123,53130,05110,58225,00108,29

    93,96

    146,64

    Pop. Absoluta (hab.)82.350.671

    7.601.9948.469.929

    38.625.47810.456.760

    5.422.36636.842

    10.075.03422.317.730

    184.552.804

    Área (km2)357.042

    41.29388.849

    312.68378.86449.035

    15793.036

    237.500

    1.258.459

    CapitalBerlimBernaVienaVarsóviaPragaBratislavaVaduzBudapesteBucareste

    Pop. Relativa (hab./km2)254,01

    64,04399,73

    347,22

    193,35114,53

    168,12

    País6. Reino Unido

    7. Eire8. Países Baixos

    9. Bélgica

    10. Luxemburgo11. França

    CapitalLondres

    DublinAmsterdã

    Bruxelas

    LuxembrugoParis

    Área (km2)244.103

    70.28333.940

    30.513

    2.586547.026

    928.451

    Pop. Absoluta (hab.)61.912.431

    4.583.15916.667.754

    10.674.595

    548.56962.925.035

    156.098.051

    Pop. Relativa (hab./km2)

    21,2

    55,2336,6331,3880,1649,78

    131,58

    29,18

    Pop. Absoluta (hab.)

    108.733.920

    3.601.1382.366.5151.415.681

    48.396.47010.335.382

    4.434.547

    179.283.653

    Área (km2)

    5.122.620

    65.20064.58945.100

    603.700207.600

    33.700

    6.142.509

    Capital

    Moscou

    VilniusRigaTallinKiev

    MinskKishinev

    País41. Rússia (Porção

    europeia)42. Lituânia43. Letônia44. Estônia45. Ucrânia46. Bielo-Rússia47. Moldávia

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    norte – maciços cristalinos antigos. Geologicamente estáveis: Montes Urais, Alpes Escandinavos,

    Planalto Central Russo.• Relevo{ centro – planícies: Parisienses, Germano, Polonesa, Russa.sul – formações geológicas recentes. Geologicamente instáveis: Pirineus, Alpes, Apeninos, Alpes

    Dináricos, Bálcãs, Cárpatos, Cáucaso.

      Relevo

    • Litoralrecortado

    18% Ilhas

    19% Penínsulas

    1. Islândia2. llhas Britânicas3. Ilhas Baleares4. Córsega5. Sicília6. Sardenha

    I. EscandináviaII. JutlândiaIII. IbéricaIV. Itálica

    V. BalcânicaVI. Crimeia

      Europa Caucasiana

    2. ASPECTOS NATURAIS

    Pop. Relativa (hab./km2)71,17

    111,7488,94

    86,45

    Pop. Absoluta (hab.)4.960.9613.330.0997.798.497

    16.089.557

    Área (km2)69.70029.80086.600

    186.100

    CapitalTbilisiYerevanBaku

    País48. Georgia49. Armênia50. Azerbaijão

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    Climafatores determinantes:Latitude –– Zona Temperada NorteDisposição do Relevo

    Fatores determinantes:

    Latitude –––––– Zona Temperada Norte.

    Disposição do relevo.

    Influência oceânica: Corrente do Golfo (Gulf Stream) na porção ocidental.

    • Principais tipos climáticos

    Norte: polar, frio extremo.Oeste: temperado oceânico, com verões brandos.Leste: temperado continental, grande amplitude

    térmica.

    Sul: mediterrâneo com verões secos e rigorosos envernos úmidos e brandos.

    Vegetação– Cobertura vegetal original praticamente toda com-

    prometida.

      Hidrografia– Numerosos lagos de origem glacial, como os

    lagos Ladoga e Onega.– Vales fluviais constituem importantes eixos

    urbanos e industriais onde se destacam os riosTejo, Douro, Loire, Sena, Reno, Elba, Tâmisa, Pó,Danúbio, Vístula, Dnieper, Don e Volga.

    Europa: Aspectos HumanosMÓDULO 13

    População Absoluta

    Elevada densidade demográfica, de 72,5 habitantespor km2.

    Países mais povoados: Mônaco, Malta, Países Baixos,

    San Marinho, Bélgica e Reino Unido.

    • População mal distribuídaMaiores concentrações populacionais na porção

    centro-ocidental, do sul da Inglaterra ao vale do Pó, nonorte da Itália.

    – Grande diversidade étnica / linguística e religiosa.– Elevado padrão de vida.– População composta por adultos e velhos.– Elevada urbanização com destaque para as

    cidades: Londres, Paris, Roma, Moscou, Berlim, Kiev.

    – Convergência de migrações, elevado índice dedesemprego, xenofobia.

    749 milhões de habitantespaíses mais populosos:Rússia, Alemanha, ReinoUnido, França, Itália eUcrânia

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    A despeito da integração econômica e do desenvol-vimento em conjunto das nações que compõem a UniãoEuropeia, o desemprego crescente e o afluxo cada vezmaior de migrantes oriundos da porção oriental docontinente, de suas áreas periféricas, como a África Seten-trional e o Oriente Médio e de outras partes do globo,constituem um pretexto para a expansão de movimentos

    de ordem naciona lista e xenófobos, como o neonazismo.Esta situação de animosidade em relação aos es-

    trangeiros intensificou-se na década de 1980 com oagravamento da crise econômica que se abateu sobre o

    continente e a intensifi cação das migrações de indivíduosoriundos do Leste Europeu, com a falência das econo-mias socialistas. O nacionalismo europeu veio à tona nãoapenas nos países da União Europeia. Eclodiu tambémnas antigas nações socialistas, como na Rússia e na ex-Iugoslávia, levando diversos grupos a conflitos.

    Exemplos da ascensão dos nacionalistas ficaramevidentes com a guerra na ex-Iugoslávia, que em diferen-tes momentos colocou em oposição sérvios, croatas,kosovares, cristãos e muçulmanos, com o surgimento departidos, associações, ou organizações políticas defen-dendo o fechamento de fronteiras, tratamento diferenciadoe discriminatório aos imigrantes, e com a ascensãopolítica da direita ou da extrema direita, que recentementeinclusive passou a compor o governo da Áustria, sobprotexto de outros membros da União Europeia e dacomunidade internacional de uma maneira geral.

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    De uma maneira geral, podemos considerar aEuropa um continente economicamente desenvolvido. Asomatória dos PIBs dos países é elevada e os indica-dores sociais e o índice de desenvolvimento humano sãoaltamente favoráveis.

    Há, porém, vários níveis de desenvolvimento: existempaíses muito desenvolvidos, com industrialização eavançado setor de serviços (Noruega, Suécia, França,Suíça, Reino Unido), países ainda agrícolas ou pastoris(Portugal, Grécia, Irlanda) e países que estão deixando oudeixaram recentemente o socialismo sob diversas condi-ções de desenvolvimento (Polônia, Hungria, Albânia).

    1. A ECONOMIA EUROPEIA

    Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa viu-

    se dividida segundo os interesses da grande potência. Aporção ocidental sob influência dos Estados Unidos, e aoriental sob influência da União Soviética.

    Enquanto a porção oriental, que passou a serdesignada Leste Europeu, caiu sob o jugo dossoviéticos, com exceção da Iugoslávia e mais tarde daAlbânia, e se submeteu à determinação do planejamentoeconômico ditada por Moscou; o lado ocidental viu-senum impasse. Precisava do auxílio financeiro americano,mas não se poderia deixar dominar pelos EstadosUnidos, pois sabia que essa dominação lhe custaria a

    soberania política.Inicialmente uma alternativa encontrada por alguns

    países da porção ocidental foi a tentativa de promover odesenvolvimento integrado de algumas atividades, o queá vinha sendo feito com sucesso pelos países doBenelux – Bélgica, Holanda e Luxemburgo – desde1944. Criou-se então, em 1947, a Ceca – ComunidadeEuropeia do Carvão e do Aço –, englobando a AlemanhaOcidental, França, Itália e os países do Benelux.

    Com o êxito da Ceca, os países-membros resol-veram ampliar a cooperação econômica e estabele-

    ceram, em 1957, com o Tratado de Roma, as bases doMercado Comum Europeu. A essa organização, maistarde, aderiram, em 1973, Reino Unido, Eire e Dinamarca;em 1981, a Grécia; em 1986, Portugal e Espanha e, em1995, Áustria, Finlândia e Suécia. Em 2008, a UniãoEuropeia integrava 27 países, com a perspectiva deadesão de novos membros.

    No contexto da Nova Ordem Internacional, a UniãoEuropeia, com os Estados Unidos e o Japão polarizam aeconomia mundial. Mas, assim como os Estados Unidose o Japão, a União Europeia, espaço socioeconômicomais amplo e diversificado, não conseguiu pôr fim aos

    problemas, como a pobreza de alguns de seuscidadãos, as reivindicações nacionalistas, o equacio-namento da questão dos imigrantes e as desigualdadesentre seus membros.

    2. AGRICULTURA

    Altamente desenvolvida, utiliza intensa mecanização,grande quantidade de insumos (fertilizantes, herbicidas,irrigação, biotecnologia) e apresenta elevada produtivi-dade. Destacam-se dois tipos de produção: nasplanícies de noroeste, cultura de cereais, onde se des-tacam trigo, centeio, cevada, aveia, beterraba; no sul,junto ao litoral mediterrâneo, culturas como oliveiras, vi-deiras e frutas cítricas.

    3. MINERAÇÃO

    A Europa é rica em recursos minerais como:Ferro: na Alsácia-Lorena (França), Lapônia

    (Suécia) e Krivoi-Rog (Ucrânia), Vale do Ruhr (Ale-manha).

    Carvão mineral: no Reino Unido (bacias deYorkshire, Lanca shire e Cardiff), Vale do Ruhr (Alema-nha), Donbass (Ucrânia) e na Silésia (Polônia).

    Petróleo: produzido no Mar do Norte (Reino Unidoe Noruega) e Mar Cáspio (Rússia e Azerbaijão). Ospaíses mediterrâneos e da porção centro-ocidental,como a França, entretanto, importam-no do OrienteMédio em grande quantidade.

    4. INDÚSTRIA

    Com a Revolução Industrial, a Europa tornou-se oberço da industrialização mundial. Em termos geográ-ficos, essas indústrias localizam-se, principalmente, juntoaos vales de rios. Alguns exemplos famosos:

    – Vale do Rio Tâmisa, em Londres, Inglaterra, oprimeiro vale industrial do mundo.

    – Vale do Rio Sena, França. Concentra a indus-trialização francesa e serve de escoadouro para aprodução de exportação pelo porto de Havre.

    – Vale do Rio Pó, ao norte da Itália. Atravessa Turime passa próximo a Milão, Brescia, Verona e Veneza,cidades industriais importantes.

    – Vale do Rio Reno, na Alemanha, onde estão asprincipais cidades industriais desse país, comoDüsseldorf, Stuttgart etc. A Alemanha possui, o maiorparque industrial europeu.

    Europa: Quadro EconômicoMÓDULO 14