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BIBLIOTECA LAS CASAS – Fundación Index http://www.index-f.com/lascasas/lascasas.php
Cómo citar este documento
Arend Birrer, Jucelaine; Soares, Rhea Silvia de Ávila; Dalla Lana, Letice; Marques da Silva, Rodrigo. Avaliação das orientações pré-operatórias prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitario de Santa Maria (UFSM). Biblioteca Lascasas, 2012; 8(3). Disponible en http://www.index-f.com/lascasas/documentos/lc0676.php
“AVALIAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES PRÉ- OPERATÓRIAS PRESTAD AS A
CLIENTES DA UNIDADE DE CLÍNICA CIRÚRGICA DO HOSPITA L
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA (UFSM)”
Jucelaine Arend Birrer – Coordenadora do projeto, Enfermeira Especialista em
Administração e Gestão Pública pela Universidade Federal de Santa Maria,
Especialista em Gestão da Clínica Hospitalar, pela Fundação Dom Cabral e Instituto
de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanes, de São Paulo, 2010. Coordenadora
da Unidade Cirúrgica do HUSM. Mestranda em Administração pela Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM)
Rhea Silvia de Ávila Soares - Enfermeira. Especialista em Saúde Pública pela
Faculdade Internacional de Curitiba. Enfermeira da Unidade Cirúrgica do HUSM.
Coordenadora do Grupo de Lesões de Pele (GELP) do HUSM.
Letice Dalla Lana – Enfermeira. Especialista pelo Programa de Residência
Multiprofissional em Sistemas Públicos de Saúde da UFSM. Mestranda em
Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Católica Universidade do Rio Grande do Sul
(PUCRS).
Rodrigo Marques da Silva- Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem pela UFSM –
Universidade Federal de Santa Maria.
3
RESUMO
A educação em saúde no contexto da enfermagem vem sendo uma realidade cada vez mais efetiva, pois o enfermeiro em sua prática profissional tem a educação em saúde como um instrumento fundamental para uma assistência de boa qualidade, pois além de ser um cuidador é um educador, tanto para o cliente quanto para a sua família. Para tanto, é necessário que a instituição e os profissionais desenvolvam atividades que desencadeiem tal processo de transformação nos clientes. Os enfermeiros da Unidade de Clinica Cirúrgica a partir das ações de educação em saúde buscam identificar e reduzir os fatores causadores de ansiedade, medo e desconfortos ocasionados frente ao procedimento cirúrgico. Os elementos utilizados neste processo de educação ao cliente e seu familiar, são a capacidade de comunicação através de atividades de orientação que valorizam o saber do cliente, sendo o enfermeiro o facilitador destas atividades. Os enfermeiros da Unidade de Clinica cirúrgica realizam em sua prática de trabalho, atividades de educação em saúde sistematizada. Estas atividades educativas surgiram a partir da necessidade de melhoramento da assistência prestada ao usuário de saúde, logo justifica-se a necessidade de identificar as se esta estratégia e/ou metodologia, realmente auxiliam nas orientações, principalmente por entender que o profissional de enfermagem deve saber ensinar e educar seus clientes. O principal objetivo deste trabalho é avaliar as atividades de educação em saúde realizadas pela equipe de enfermagem em unidade de clinica cirúrgica, através das orientações pré- operatórias prestadas a clientes submetidos a cirurgias de Gastrectomia e Esofagectomia, a partir de uma pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa.
4
1 INTRODUÇÃO
As práticas educativas em saúde no contexto da enfermagem vêm
sendo uma realidade cada vez mais efetiva, pois o enfermeiro em sua prática
profissional tem a educação em saúde como um instrumento fundamental para
uma assistência de boa qualidade, pois além de ser um cuidador é um
educador, tanto para o cliente quanto para a sua família.
Aprender e ensinar constitui atividades muito próximas da experiência humana. Desde o nascimento, cada homem enfrenta não apenas o desafio da sobrevivência, mas também o do desenvolvimento, que se alcança pela aprendizagem realizada no seio de comunidades que se renovam constantemente (PEREIRA, 2006, pg 35).
Na atenção ao cliente que necessita realizar um procedimento cirúrgico,
a equipe de enfermagem é responsável pelo seu preparo, estabelecendo e
desenvolvendo diversas ações e cuidados, de acordo com a cirurgia. Esses
cuidados, por sua vez, são executados de acordo com conhecimentos
especializados, para atender às necessidades advindas do tratamento cirúrgico
e incluem orientação, preparo físico e emocional, avaliação e encaminhamento
ao centro cirúrgico com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a
recuperação e evitar complicações no pós-operatório.
O enfermeiro é o profissional responsável pelo planejamento da
assistência de enfermagem e tomada de decisão sobre o cuidado prestado ao
cliente cirúrgico, assim deve planejar as ações de educação em saúde que
desenvolverá com seu cliente para desta forma prevenir e minimizar os fatores
estressores do processo cirúrgico.
Segundo Lopes et al (2009), o enfermeiro é um educador por natureza
que, ao sistematizar e individualizar o cuidado e voltar-se não somente para a
doença, pode exercer influência sobre o estilo de vida das pessoas, fazendo-as
sujeitos de suas próprias decisões e mobilizando toda sociedade para a
implantação de políticas públicas saudáveis.
Atividades educativas em saúde se configuram como ações voltadas
para a promoção da saúde, pois são estratégias utilizadas para desenvolver e
potencializar nos clientes a capacidade de enfrentar os problemas de saúde
5
existentes, estimulando comportamentos e atitudes saudáveis, além de
propiciar o autocuidado.
O processo ensino-aprendizagem do adulto que aguarda um
procedimento cirúrgico começa no pré-operatório, no qual o enfermeiro deve
estabelecer um vínculo com o cliente e a família para ajudá-los a compreender
a situação concreta a fim de melhor se adaptarem à mudança do estilo de vida,
que surgirá após a cirurgia, para que, no momento da alta hospitalar, o
paciente e seu cuidador estejam preparados para os cuidados no domicílio.
Uma das funções do enfermeiro é subsidiar um ambiente de
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes nos clientes. Para
tanto, é necessário que a instituição e os profissionais desenvolvam atividades
que desencadeiem tal processo de transformação nos clientes.
Os enfermeiros da Clinica Cirúrgica a partir das ações de educação em
saúde buscam identificar e reduzir os fatores causadores de ansiedade, medo
e desconfortos ocasionados frente ao procedimento cirúrgico. Os elementos
utilizados neste processo de educação ao cliente e seu familiar, são a
capacidade de comunicação através de atividades de orientação que valorizam
o saber do cliente, sendo o enfermeiro o facilitador destas atividades. A
interação vivida junto aos clientes proporciona unir o saber técnico aos
conhecimentos do cliente, desenvolvendo uma assistência de enfermagem
diferenciada, com maior apoio e presença, orientação e reflexão, segurança e
conforto ao cliente.
6
2 OBJETIVO
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar junto aos clientes as repercussões das atividades de educação
em saúde realizadas pela equipe de enfermagem em unidade de clinica
cirúrgica, através das orientações pré- operatórias prestadas a clientes
submetidos a cirurgias de Gastrectomia e Esofagectomia.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Orientar os pacientes de esofagectomia e gastrectomia para uma internação
mais tranqüila, reduzindo fatores estressores.
• Desenvolver atividades educativas que produzam hábitos e estilo de vida
saudáveis nos clientes
• Identificar pontos fracos e pontos relevantes a cerca das orientações em saúde
no pré-operatório dos pacientes de esofagectomia e gastrectomia
7
3 JUSTIFICATIVA
Desde janeiro de 2008, os enfermeiros da Unidade de Clinica cirúrgica
realizam em sua prática de trabalho, atividades de educação em saúde
sistematizada em ambiente criado para este objetivo. Neste local estão
disponíveis materiais confeccionados para trabalhar com os clientes, manual
de orientações operatórias e bonecos representando as cirurgias realizadas no
HUSM. Estas atividades educativas surgiram a partir da necessidade de
melhoramento da assistência prestada ao usuário de saúde, mais
especificamente nos clientes internados no seu período pré-operatório, na
tentativa de diminuir o conflito, como medo e ansiedade, vivenciado pelos
clientes ao se submeterem a certos tipos de cirurgias.
Sabe-se que as orientações pré-operatórias auxiliam o paciente a lidar
com a cirurgia, reduz a duração da internação hospitalar, eleva a satisfação
com o serviço prestado, minimiza complicações cirúrgicas e aumenta o bem
estar psíquico do cliente (GRITTEM, MÉIER, GAIEVICZ, 2006). No entanto,
durante as orientações são fornecidas inúmeras informações a estes clientes
que por vezes não conseguem assimilar as informações fornecidas e ser capaz
de formular questionamentos sobre o ato cirúrgico. Assim, justifica-se a
necessidade de identificar se as estratégias e/ou metodologias utilizadas pelos
enfermeiros da unidade para orientar os clientes estão realmente auxiliando
nas orientações, principalmente por entender que o profissional de
enfermagem deve saber ensinar e educar seus clientes de forma terapêutica
(LIMA, SILVA, GENTILE, 2007).
Outro aspecto que justifica a necessidade de implementação deste
projeto de pesquisa é o número de cirurgias realizadas no HUSM. No ano de
2009, foram realizadas 27 cirurgias de esofagectomia e 10 de gastrectomia, ou
seja, uma média de 2 cirurgias de esofagectomia por mês e 1 por mês nas
cirurgias de gastrectomia, conforme registro estatístico do HUSM. Tais dados
demonstram há necessidade de um olhar mais atento para estes clientes, além
de saber que a estimativa de novos casos de câncer de esôfago é 18,5 a cada
8
100.000 pessoas e 16,58 de câncer de estomago no Rio Grande do Sul (INCA,
2010).
Lembramos que cabe ao enfermeiro o papel de educador em saúde,
portanto sendo responsável junto aos demais colegas de equipe
multiprofissional a realização de orientações pré-operatória através de novas
metodologias que consigam proporcionar uma melhoria na qualidade de vida e
da assistência destes pacientes. É fundamental que constantemente,
busquemos melhorias nestas práticas educativas e das metodologias
adotadas, a fim de atender a qualidade da assistência de enfermagem prestada
ao cliente cirúrgico e que qualifique nossa função de educador.
Diante destas justificativas, denota-se a necessidade de avaliar as
repercussões causadas pelas orientações desenvolvidas, há longo tempo,
pelas enfermeiras que atuam na unidade de internação clinica cirúrgica, visto
que não sabe-se o real beneficio para este pacientes.
9
4 MARCO TEÓRICO-CONCEITUAL E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A hospitalização tende a tornar-se desagradável para o indivíduo uma
vez que ela exige mudanças nos seus hábitos de vida, bem como o
distanciamento de familiares, amigos e objetos pessoais (MARINS, 1999).
Dentre os conflitos que permeiam a hospitalização, destaca-se o confinamento
no leito, a falta de estímulo para atividades físicas e mentais, dificuldade para
adaptar-se ao novo ambiente, devido às alterações visuais e auditivas,
essencialmente, estresse imposto pela enfermidade, procedimentos
diagnósticos e terapêuticos, afastamento dos laços religiosos ou culturais, além
da sensação de proximidade da morte e medo da doença.
Os clientes internam por diversas causas, dentre elas pode-se citar a
necessidade de passar por um processo anestésico-cirúrgico, o que causa
muitas apreensão e ansiedade nos usuários dos serviços hospitalares. Para
Silva e Nakata (2005), o ser humano quando afetado por uma enfermidade se
torna vulnerável, razão pela qual merece ser olhado com muito respeito, haja
vista ser um doente e não uma máquina a ser reparada ou um objeto a ser
reconstituído.
“Quando o paciente necessita de uma cirurgia e esta é agendada, diz-se que ele se encontra no período perioperatório, que compreende as fases pré-operatória mediata e imediata, transoperatória, recuperação anestésica e pós-operatória”. (NETTINA, 2007, pg 15)
Observa-se que, muitas vezes, o cliente encontra-se em estado de
estresse, independe do grau de complexidade da cirurgia, e que isso tem
relação com a desinformação no que diz respeito aos procedimentos da
cirurgia, à anestesia e aos cuidados a serem realizados.
Segundo Black (1996), na atenção ao paciente pré-cirúrgico, a equipe de
enfermagem é responsável pelo estabelecimento de diversos cuidados de
acordo com a especificidade da cirurgia. Esses cuidados são executados de
acordo com conhecimentos especializados para atender às necessidades
10
advindas do tratamento cirúrgico. Dentre eles incluem-se, ainda: a orientação,
o preparo físico e emocional, a avaliação e encaminhamento ao centro
cirúrgico com a finalidade de diminuir o risco cirúrgico, promover a recuperação
e evitar complicações no pós-operatório, uma vez que estas geralmente estão
associadas a um preparo pré-operatório inadequadas.
Dessa forma, percebe-se a importância da atuação do enfermeiro no
período pré-operatório. Conforme Galvão (2002), ao enfermeiro, cabe o papel
de planejar a assistência de enfermagem prestada ao paciente cirúrgico, o qual
diz respeito às necessidades físicas e emocionais do paciente, além da
orientação quanto à cirurgia propriamente dita e o preparo físico necessário
para a intervenção cirúrgica.
Neste contexto é que a enfermagem é desafiada a oferecer uma assistência com qualidade no período pré-operatório. Essa assistência envolveria, então, o preparo físico e psicológico do paciente para a cirurgia, procurando fazer com que o paciente compreenda a assistência de enfermagem a ser realizada e qualquer possível desconforto que possa resultar destes cuidados prestados, esclarecendo suas dúvidas e buscando respostas as suas perguntas. (CHRISTÓFORO E CARVALHO, 2009, pg 15)
De acordo com Rothrock (2007), os vários papéis da enfermagem
perioperatória incluem todos os elementos dos comportamentos e dos
procedimentos técnicos que caracterizam a enfermagem profissional. Portanto,
faz-se necessário um amplo conhecimento do procedimento cirúrgico e todos
os cuidados envolvidos nele.
4.1 O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR EM SAÚDE
Rosa et al (2007) nos diz que nas últimas décadas a Educação para
Saúde assume grande importância não só para a população, mas também para
os profissionais dessa área em geral. Dentre eles, o profissional enfermeiro,
11
que tem como uma de suas características formadoras a função de educador
social.
A palavra educação tem várias denominações, mas quando pensamos
em educação para o cliente que está internado no hospital devemos pensar na
educação para a saúde que na enfermagem é um instrumento fundamental
para uma assistência de boa qualidade, pois o enfermeiro além de ser um
cuidador é um educador, e um dos grandes desafios é melhorar a qualidade da
assistência através da criação de instrumentos para proporcionar ao cliente um
cuidado mais humanizado.
A Educação em Saúde assume uma estratégia de promoção da saúde
na dimensão político-social da educação, exigindo no contexto de ensino-
aprendizagem, efetivação de práticas pedagógicas que promovam a autonomia
dos sujeitos (CHAGAS et al, 2007).
O processo de enfermagem é uma forma de se perceber a enfermagem
e de coloca-lá em perspectiva como pensamento crítico metódico que orienta
as ações de enfermagem (Rothrock, 2007). Portanto, cabe ao enfermeiro
colaborar com o cliente e sua família durante toda sua internação prestando
cuidados a saúde no pré, trans e pós operatório, desenvolvendo um plano de
cuidados que contemple também o preparo para alta hospitalar.
Para Chistóforo e Carvalho (2009), a orientação é uma forma de
esclarecer as dúvidas que a intervenção cirúrgica provoca e o enfermeiro é um
profissional que, além de preparado para realizá-la, tem condições legal e
moralmente a fazê-la, preparando o cliente quanto à cirurgia a ser realizada e
aos cuidados pré e pós procedimento, aos riscos e benefícios, em linguagem
acessível.
Todos os usuários têm o direito de receber informações precisas,
facilmente compreensíveis, que lhes permita entender o que está acontecendo
e desta forma poder participar das decisões terapêuticas. O enfermeiro como
agente educador precisa ser capaz de identificar os níveis de suas ações no
processo saúde-doença, refletindo a necessidade de ampliar sua prática
assistencial, colocando-se como educador, entendendo que ele não é o dono
12
do saber e sim um cooperador deste processo transformador. A sua função de
acompanhamento próximo e frequente junto das pessoas deve privilegiar a
educação em saúde, a descoberta de novas motivações e de outros fatores
determinantes que estimulem no cliente a aquisição de hábitos saudáveis.
A comunicação é uma parte essencial no processo terapêutico e isto
envolve escutar cuidadosamente e interpretar inteligentemente. O enfermeiro
deve considerar a comunicação com o paciente como um processo recíproco
(SILVA e NAKATA, 2005). O usuário que está hospitalizado necessita confiar
em alguém que o considere e respeite seus sentimentos. O modo como ele é
cuidado é de grande importância. Ele precisa de segurança e procura encontrá-
la em alguém. Podemos perceber a partir de nossa prática profissional que as
atividades de educação em saúde dispensadas aos clientes internados na
Unidade são fundamentais para o bom desenvolvimento da internação e
recuperação do cliente, fica evidente que o paciente bem orientado sente-se
amparado pelo enfermeiro, cria um vínculo de confiança que o torna mais
seguro em relação a sua recuperação. Ele passa a ter o enfermeiro como
alguém que vai lhe ajudar orientando suas decisões. STEFANELLI (1993, p.21)
confirma esta capacidade que o enfermeiro tem de educar através de três
premissas: "o enfermeiro deve ser um comunicador por excelência"; "o
enfermeiro é educador e a educação é, sobretudo, “comunicação" e o
enfermeiro é agente de mudanças de comportamentos nos aspectos de
saúde".
4.2. CÂNCER DE ESÔFAGO
Conforme Monteyro et Al (2009), o câncer de esôfago é o sexto câncer
mais comum em todo mundo A etiologia envolve uma interação de diversos
fatores de risco (FR), como: idade, história familiar e associação genética, além
de muitos fatores extrínsecos. Entre estes, pode-se citar: a ingestão de álcool,
o tabagismo, o uso de nitrosaminas e aflotoxinas, as infecções locais por
fungos, a deficiência de Riboflavina e vitamina A (ingesta baixa de frutas e
legumes).
13
O diagnóstico do câncer de esôfago, normalmente é tardio, pois o
principal sintoma, disfagia, não ocorre até que o tumor tenha crescido o
suficiente para causar sintomas obstrutivos. Os pacientes se ajustam a
dificuldade de deglutição, alterando progressivamente sua dieta de alimentos
sólidos para líquidos, dor, salivação excessiva perda de peso, sangramento e
vômitos.
Os câncer de esôfago podem ser classificados, segundo a histologia, em
carcinoma epidermóide (ou escamoso) e adenocarcinoma. O primeiro é
derivado do epitélio estratificado não-queratinizado, característico da mucosa
normal do esôfago. Trata-se do tipo histológico mais comum e ocorre mais
freqüentemente em homens a partir dos 50 anos. Esse tumor acomete
principalmente os terços médio e inferior (mais de 80% dos casos) do esôfago.
Existe uma íntima correlação entre alcoolismo e tabagismo nos pacientes
portadores dessa neoplasia.
O adenocarcinoma surge na parte distal do esôfago, na presença de
refluxo gástrico crônico e metaplasia gástrica do epitélio (esôfago de Barret).
Existe uma forte relação entre sua incidência e indivíduos obesos. O
adenocarcinoma desenvolve-se no interior do epitélio colunar displásico
principalmente na junção esôfago-gástrica/cárdia.
“Vários protocolos de tratamento, incluindo a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia, têm sido propostos na última década. É importante ressaltar que nenhum dos três tipos de tratamento citados, isoladamente se mostrou eficaz. Atualmente, é preconizada a associação de duas ou até mesmo das três modalidades de tratamento.” (QUEIROGA E PERNAMBUCO, 2006, p. 176).
O tratamento do câncer de esôfago depende do estágio do tumor. O
grupo de pacientes com indicação cirúrgica pode ser dividido em: ressecável e
irressecável. No primeiro grupo, o tratamento consiste em ressecção do tumor,
dos linfonodos regionais e na reconstrução do trânsito esofagogástrico,
utilizando o estomago, cólon ou jejuno como conduto reconstrutivo.
No caso do paciente com câncer de esôfago incurável e cirurgicamente
irressecável, as abordagens são paliativas e incluem dilatação endoscópica
14
seriada, colocação cirúrgica de gastrostomia ou jejunostomia para hidratação e
alimentação, colocação endoscópica de uma endoprótese (stent) de metal
expansiva para manter-se a luz patente e ocluir fístulas.
4.3 CÂNCER DE ESTÔMAGO
O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, se
apresentam, predominantemente, na forma de três tipos histológicos:
adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado
em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma, iniciado em tecidos que dão
origem aos músculos e aos ossos. Não há sintomas específicos do câncer de
estômago. Porém, alguns sinais como perda de peso e de apetite, fadiga,
sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal
persistente podem indicar uma doença benigna (úlcera, gastrite, etc.) ou
mesmo tumor de estômago. Massa palpável na parte superior do abdômen,
aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda
do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágio avançado da
doença.
São utilizados dois exames: a endoscopia digestiva alta, o método mais
eficiente, e o exame radiológico contrastado do estômago. A endoscopia
permite a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a avaliação
citológica. Nesse exame, um tubo flexível de fibra ótica ou uma microcâmera, é
introduzido pela boca e conduzido até o estômago. O exame é realizado sob
sedação e com anestesia da garganta, para diminuir o desconforto. Na
radiografia contrastada do estômago, os raios-x delineiam o interior do esôfago
e estômago e o médico procura por áreas anormais ou tumores. Grande parte
dos casos de câncer de estômago é diagnosticada em estágio avançado
porque não há sintomas específicos, principalmente nas fases iniciais.
O tratamento cirúrgico, retirando parte ou todo o estômago, além dos
nódulos linfáticos próximos, é a principal alternativa terapêutica e única chance
de cura. Para determinar a melhor abordagem cirúrgica, deve-se considerar a
localização, tamanho, padrão e extensão da disseminação e tipo histológico do
15
tumor. A radioterapia e a quimioterapia são considerados tratamentos
secundários, que podem determinar melhor resposta da cirurgia.
Segundo Rothrock (2007), a enfermeira que trabalha com clientes
cirúrgicos deve colaborar com o cliente e sua família na formulação de
objetivos, do plano de cuidados, decisões a respeito do tratamento,
contribuindo desta forma para um cuidado integral do usuário.
16
5 METODOLOGIA
5.1 DESENHO DO ESTUDO
Este trabalho trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva de
abordagem qualitativa, cujo propósito é avaliar a repercussão das atividades de
educação em saúde realizadas pela equipe de enfermagem em unidade de
clinica cirúrgica, através de orientações pré- operatórias prestadas a clientes
submetidos a cirurgias de Gastrectomia e Esofagectomia num Hospital
Universitário.
A necessidade de ser uma pesquisa qualitativa é em decorrência de
identificar a qualidade da prestação de serviço durante as orientações pré-
operatórias, visto que o interesse não está focalizado em contar o número de
vezes em que uma variável aparece na análise dos dados, mas analisar a
qualidade que elas apresentam (LEOPARDI, 2001).
A pesquisa descritiva é um delineamento da realidade, pois descreve,
registra, analisa e interpreta os processos atuais mediante comparação e
contraste. Enquanto que a exploratória tem por finalidade desenvolver,
esclarecer e modificar conceitos envolvidos, possibilitando ao pesquisador uma
visão geral acerca do fato investigado (LAKATOS e MARCONI, 2001).
Para o tratamento dos dados será utilizado a técnica de Análise de
Conteúdo, na qual a organização da análise é feita em torno das etapas: a pré-
análise, a exploração do material, o tratamento dos resultados, a inferência e a
interpretação. Mais especificamente será utilizada a categorização proposta por
Bardin (1979), que consistiu numa operação de classificação de elementos
constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente, por
reagrupamentos de acordo com o gênero (analogia).
Assim, será realizado as orientações pré-operatórias pelos enfermeiros
da unidade de clinica cirúrgica aos pacientes submetidos à cirurgia de
esofagectomia e gastrectomia e após será realizado a avaliação dessa
orientação através de um questionário (ANEXO A) respondido pelo paciente e
aplicado pelos integrantes do projeto, a fim de se ter conhecimento da
17
efetividade das orientações feitas no pré – operatório. O questionário será
aplicado por outro enfermeiro, que não o que realizou as orientações, evitando
desta forma indução de respostas e constrangimentos por parte do paciente.
O questionário utilizará um roteiro pré -estabelecido com os temas
relacionados à nossa prática de educação em saúde e com dados relativos ao
paciente e que são importantes para a pesquisa. Ele é composto de 3 partes,
sendo a primeira de dados sócio-econômicos, a segunda perguntas fechadas e
a terceira questões abertas, onde o entrevistado tem a possibilidade de
discorrer sobre o tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas pelo
pesquisador.Vale destacar, que as questões abertas e fechadas estão
misturadas entre si.
Após a coleta dos dados com o esse questionário, as respostas para as
perguntas fechadas serão quantificadas em porcentagens e para as questões
abertas será realizada uma categorização conforme a repetição das respostas
que surgirem.
A aplicação do questionário acontecerá após o aceite do paciente a
participar de nossa pesquisa e após assinatura do Termo de Consentimento. O
questionário será aplicado por no mínimo dois componentes do projeto na sala
de orientações das quais os enfermeiros da unidade realizam as orientações,
antes da alta hospitalar do paciente. Ou seja, o horário e a data dependerão da
alta hospitalar do paciente, visto que por vezes ocorre no turno da manhã, ora
no turno da tarde. O cenário deste estudo será num hospital universitário que
tem por finalidade desenvolver um sistema de ensino, pesquisa e extensão por
meio da assistência à comunidade na área da saúde. Este hospital localiza-se
o Campus da UFSM, no centro geográfico do Estado do Rio Grande do Sul –
RS, sendo referência de média e alta complexidade para região centro-oeste
do estado, abrangendo 46 municípios (mais de 1,5 milhões de habitantes.
Apresenta capacidade instalada de 250 leitos, contando com 1600
funcionários, caracterizando o maior hospital público do interior do Estado. Sua
missão é “Ser um referencial público de excelência no ensino, na pesquisa e na
extensão promovendo a saúde das pessoas”. Enquanto sua missão é
“Desenvolver ensino, pesquisa e extensão promovendo assistência à saúde
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das pessoas contemplando os princípios do SUS com ética, responsabilidade
social e ambiental."
5.2 AMOSTRA
Para a coleta das informações teremos como amostra os clientes com
diagnóstico médico de Câncer de Esôfago e Câncer de Estomago internados
na Unidade de Clínica Cirurgia para cirurgia respectivamente de Esofagectomia
e Gastrectomia, durante o período de coleta de dados. Estes pacientes serão
orientados pela enfermeira na unidade de internação, no período pré-
operatório, conforme rotina da instituição e aplicação do projeto. Com base nos
dados de 2009, onde foram realizadas 27 cirurgias de esofagectomia e 10 de
gastrectomia, ou seja, uma média de 2 cirurgias de esofagectomia por mês e 1
por mês nas cirurgias de gastrectomia, conforme registro estatístico do HUSM,
esperamos uma amostra de aproximadamente 10 pacientes no período de
coleta de dados.
5.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
INCLUSÃO: clientes que aceitam participar da pesquisa, de maneira
voluntariada e que estejam internados na Unidade de Clínica Cirúrgica no
HUSM no período de setembro a novembro de 2010, com diagnóstico médico
de câncer de esôfago e gástrico, para realizar o procedimento de
esofagectomia e gastrectomia, respectivamente. Os clientes devem ser
maiores de 18 anos
EXCLUSÃO: clientes que não aceitam participar de forma livre da
pesquisa, com diagnóstico médico de câncer de esôfago e gástrico, mas que
não realizaram o procedimento de intervenção cirúrgica, bem como demais
diagnósticos médicos. Também não será amostra da pesquisa clientes que não
podem se expressar verbalmente.
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5.4 ASPECTOS ÉTICOS
Antes de qualquer contato com os participantes do estudo, é necessário
que ter alguns cuidados éticos, que são indispensáveis quando se trata de
pesquisa que envolva seres humanos. Neste sentido, inicialmente será feito
registro na Direção de Ensino, Pesquisa e Extensão do HUSM, após será
encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM para aprovação.
Somente após a autorização formal, é que será iniciada a coleta dos dados.
Para a realização da etapa de entrevista, serão utilizado o Termo
Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B), onde a pesquisadora se
compromete em preservar a privacidade dos indivíduos estudados e dos dados
coletados e o Termo de compromisso de confidencialidade (ANEXO C). Os
clientes serão convidados a participar da pesquisa de forma voluntaria, serão
orientados sobre os benefícios de estarem participando da pesquisa e sobre a
ausência de riscos, e após o aceite é convidado a assinar o TCLE. Os clientes
que não sabem ler poderão participar da pesquisa, com o auxilio de um
familiar/acompanhante ou o próprio entrevistador onde procederá
primeiramente a leitura do Termo de compromisso de confidencialidade e do
Termo de consentimento livre e esclarecido e após impressão digital do polegar
direito.
Para manter o anonimato cada entrevistado será caracterizado por uma
numeração seqüencial das entrevistas, por exemplo, Entrevistado 01,
Entrevistado 02.
Os dados ficaram armazenados sob a responsabilidade da Enfª
Jucelaine, coordenadora do projeto durante um período de 2 anos.
5.6 DIVULGAÇÃO DOS DADOS
Após o término desta etapa, será enviado o relatório das atividades
desenvolvidas e os resultados ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM, além
da elaboração de artigos para serem divulgados em eventos e publicados em
periódicos da área.
20
6 ORÇAMENTO
Para a implementação desta pesquisa trará dispêndios que serão de
responsabilidade exclusiva dos pesquisadores, ficando livres de despesas e
compensações aos sujeitos envolvidos na pesquisa. A seguir lista-se os
materiais que serão utilizado no decorrer da pesquisa:
Item Quantidade Valor Unitário
R$
Total
R$
Material de papelaria
6 pacotes – 500 folhas 13,50 81,00
20 lápis 0,80 16,00
15 canetas 1,50 22,50
10 borrachas 0,50 5,00
3 Apontadores de lápis 1,50 4,50
10 CDs 1,00 10,00
1 toner 275,00 275,00
10 pastas 2,00 20,00
Livros Didáticos -- 300,00
TOTAL 734,00
21
7 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Período
Atividade Jun
2011
Jul
2011
Ago
2011
Set
2011
Out
2011
Nov
2011
Dez
2011
Jan
2012
Elaboração do Projeto X
Pesquisa Bibliográfica X X X X X X
Coleta de Dados X X X
Análise dos resultados X
Elaboração do Artigo
Científico
X
Apresentação da
pesquisa através de
artigo científico
X
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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STEFANELLI, M.C. Comunicação com paciente: teoria e ensino. 2. ed. São Paulo: Robe, 1993.
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ANEXO A
QUESTIONÁRIO A SER RESPONDIDO PELOS PACIENTES
Data ____/ _____ / 2010
1. Dados de identificação
1.1. Nome
_________________________________________________________
1.2. SAME _________
1.3. Idade _______ anos
1.4. Sexo ( ) feminino ( ) masculino
1.5. Estado civil ____________
1.6. Grau de instrução _______________________________________
1.7. Profissão/ Ocupação
__________________________________________
1.8. Diagnóstico médico
_____________________________________________
1.9. Cirurgia realizada ___________________________ Data ___/ ____/
2010
1.10. Data da alta hospitalar ____/ ____ /2010
1.11. Usava ( ) Drogas ( ) Fumava ( ) Álcool
2. Na sua percepção
2.1. O senhor recebeu alguma orientação sobre sua cirurgia no pré-
operatório?
( ) Sim ( ) Não
Se afirmativo: quem orientou:
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( ) Médico ( ) Enfermeira ( ) Outro ______________
2.2 Você acredita que criou um vínculo maior com o este profissional que o
orientou?
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
2.3 Você lembra o que foi orientado:
( )tricotomia ( ) anestesia ( ) retorno a unidade
( ) SRA ( ) drenos ( ) sondas e tubos
( ) horário da cirurgia ( ) doadores de sangue ( ) uso de próteses
( ) tempo da cirurgia
2.4 Você lembra quais instrumentos/recursos foram utilizados?
( ) Álbum seriado ( ) Bonecos
( ) Vídeo ( ) Corpo humano
( ) Outros ________________________________________________
2.5 Você considera importante a orientação realizada por este profissional
antes da cirurgia?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
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2.6 Acha que seu pós operatório foi mais tranqüilo devido as orientações
recebidas no pré-operatório? Sabe identificar quais benefícios lhe trouxeram
com as orientações?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
2.7 Como se sente quanto à volta pra casa?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Participante do projeto que realizou a entrevista: ________________________
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ANEXO B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do projeto: Avaliação das orientações pré- operatórias prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM)
Autoras: Enfa. Rhea Silvia de Àvila Soares, Jucelaine Arend Birrer, Enfa. Residente Letice Dalla Lana, Acad. Enf. Rodrigo Marques e Acad. Enf. Graziela Zabott Zini.
Orientadora: Enfa. Jucelaine Arend Birrer
Instituição/Departamento: Universidade Federal de Santa Maria/Hospital Universitário de Santa Maria
Local da coleta dos dados: Hospital Universitário de Santa Maria.
O (A) Sr (a) está sendo convidado (a) a participar voluntariamente do
projeto de pesquisa intitulado: Avaliação das orientações pré- operatórias
prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitário de
Santa Maria (UFSM) de autoria das Enfermeiras Rhea Silvia de Ávila Soares,
Jucelaine Arend Birrer, Letice Dalla Lana, Rodrigo Marques, com o objetivo de
avaliar as atividades de educação em saúde realizadas pela equipe de
enfermagem em unidade de clinica cirúrgica, através de orientações pré-
operatórias prestadas a clientes submetidos a cirurgias de Gastrectomia e
Esofagectomia.
Você, convidado voluntário, não terá nenhum risco físico ou moral ao
participar desta pesquisa, podendo apresentar-se apenas desconfortável com
alguma questão a ser respondida no questionário. . Você poderá encerrar em
qualquer momento a entrevista caso, sinta-se cansado ou indisposto a
participar da pesquisa, sem causar danos pessoais ou do tratamento. A
entrevista poderá ser retomada em qualquer outro momento assim que desejar.
Você, convidado voluntário, não terá nenhum benefício direto ao
participar da pesquisa, no entanto, com as suas informações iremos construir
trabalhos científicos que possivelmente ajudarão as pessoas que trabalham em
educação em saúde a entender melhor como proceder e estabelecer rotinas de
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assistência ao paciente internado no Hospital Universitário com relação ao
tema.
Você não receberá nenhum dinheiro ou prêmio para participar da
pesquisa, e sua identidade será mantida sobre sigilo. Caso recuse-se a
participar dela pode fazê-lo a qualquer momento e terá garantias totais de
seguir com o seu atendimento com todo o cuidado necessário.
Os dados da pesquisa depois de serem transcritas, ficarão com o
pesquisador por um período de dois anos ao final dos quais serão destruídas.
A participação voluntária garantirá esclarecimento de quaisquer dúvidas,
em qualquer momento. Da mesma forma, esses dados serão arquivados por
dois anos nas dependências da Enfa. Jucelaine Arend Birrer.
Este projeto de pesquisa foi revisado e aprovado pelo Comitê de Ética
da Universidade Federal de Santa Maria (em aguardo), com o número do
processo (aguardo aprovação).
Eu...................................................................................................declaro
que fui informado(a) dos objetivos e justificativas desta pesquisa de forma clara
e detalhada; e autorizo a publicação dos resultados em eventos científicos ou
revistas especializadas.
As minhas dúvidas foram respondidas e sei que poderei solicitar novos
esclarecimentos a qualquer momento, alem de ficar claro, que minha
participação é isenta de despesas e compensações.
________________________________
Sujeito de pesquisa
Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato: Comitê de ética em Pesquisa – CEP – UFSM. Av. Roraima, 1000 – Prédio da Reitoria – 7° andar – Campus Unive rsitário – 97105-900 Santa Maria-RS Tel. (55)32209362. Email: comiteeticapesquisa@mail.ufsm.br
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ANEXO C
TERMO DE CONFIDENCIALIDADE
Título do projeto : Avaliação das orientações pré- operatórias prestadas a clientes da unidade de clínica cirúrgica do Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM).
Pesquisador responsável: Enfa. Jucelaine Arende Birrer
Instituição/Departamento: Universidade Federal de Santa Maria/Hospital Universitário de Santa Maria
Local da coleta de dados : Hospital Universitário de Santa Maria.
Os pesquisadores do presente projeto se comprometem a
preservar a privacidade dos pacientes cujos dados serão coletados a partir de
questionário aplicado aos pacientes submetidos a cirurgias de Gastrectomia e
Esofagectomia, internados na Unidade de Clinica Cirúrgica do HUSM.
Concordam, igualmente, que estas informações serão utilizadas única e
exclusivamente para execução do presente projeto. As informações somente
poderão ser divulgadas de forma anônima e serão mantidas na sala de
educação em saúde da unidade de Clinica Cirurgica por um período de 2 anos
sob a responsabilidade da Enfª Jucelainde Arend Birrer. Após este período, os
dados serão destruídos. Este projeto de pesquisa foi revisado e aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM em ...../....../......., com o número do
CAAE .........................
Santa Maria, Julho de 2010.
________________________________
Jucelaine Arend Birrer
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