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A AGRUPAMENTO DE E ESCOLAS DO B BARREIRO Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D. Luís de Mendonça Furtado Escola Básica do 1º ciclo n.º 1 do Barreiro Escola Básica do 1º ciclo n.º 2 do Barreiro P P R R O O J J E E C C T T O O E E D D U U C C A A T T I I V V O O D D O O A A G G R R U U P P A A M M E E N N T T O O 2 2 2 0 0 0 0 0 0 4 4 4 / / / 2 2 2 0 0 0 0 0 0 7 7 7 Ser Cidadão do Mundo: Consolidar o Presente e Preparar o Futuro

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AAGGRRUUPPAAMMEENNTTOO DDEE EESSCCOOLLAASS DDOO

BBAARRRREEIIRROO

Escola Básica dos 2º e 3º ciclos D. Luís de Mendonça Furtado Escola Básica do 1º ciclo n.º 1 do Barreiro Escola Básica do 1º ciclo n.º 2 do Barreiro

PPRROOJJEECCTTOO EEDDUUCCAATTIIVVOO

DDOO

AAGGRRUUPPAAMMEENNTTOO

222000000444///222000000777

Ser Cidadão do Mundo:

Consolidar o Presente e Preparar o Futuro

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ÍNDICE

Introdução

Capítulo I – Quem somos

1. Caracterização das Escolas do Agrupamento

1.1. Enquadramento Geográfico

1.2. Enquadramento Histórico

1.2.1 O Barreiro

1.2.2 As Escolas do Agrupamento: Da génese aos nossos dias

1.3. Enquadramento Físico e Caracterização dos Edifícios

2. Estrutura organizacional do Agrupamento

2.1. Órgãos

2.2. Estruturas de Orientação Educativa

2.3. Outras estruturas e serviços

3. Caracterização dos Elementos Humanos

3.1. Alunos

3.2. Professores

3.3. Auxiliares de acção educativa e funcionários administrativos

3.4. Encarregados de Educação

Capítulo II – O que sentimos

1. Balanço e reflexão

Capítulo III – O que pretendemos

1. Princípios de acção pedagógica

2. Prioridades de intervenção

3. Competências gerais

3.1. Competências gerais do Ensino Básico

3.2. Competências gerais definidas pelo Agrupamento a incluir no Currículo

4. Perfil do aluno

5. Desenho Curricular das Escolas do Agrupamento

5.1 - 1º Ciclo

5.2 – 2º e 3º Ciclos

5.3 – Ensino Recorrente

6. Estratégias Educativas Globais

6.1 Linhas de Orientação Educativa

6.2 Metodologias de Ensino

6.3 Avaliação das Aprendizagens

6.4 Diferenciação da Aprendizagem

7. Tema Globalizante

Capítulo IV – Avaliação e Acompanhamento do Projecto

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Introdução

O Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas do Barreiro “Ser Cidadão do Mundo – Consolidar o presente, preparar o futuro” é uma viagem ao interior das Escolas e ao meio em que estão inseridas.

São as Escolas de ontem, de hoje e de amanhã sempre em construção, sempre em crescimento, sempre em desenvolvimento.

É a realidade de um Agrupamento que pretende ser criativo e inovador.

É o trabalho diário, são as perspectivas futuras, é o passado de um Agrupamento que tem pretendido ter uma intervenção de qualidade como serviço público educativo, desenvolvendo “uma estratégia que visa promover a igualdade de oportunidades de acesso e sucesso, (…) o que implica a participação de todos, no respeito pela diversidade individual e cultural dos alunos e suas famílias, através da inclusão da escola no meio social local, com recurso a parcerias, projectos e redes” (Dr. João Barroso).

É o percurso e são os horizontes de um Agrupamento que quer construir a sua autonomia “a partir da comunidade em que se insere, dos seus problemas e potencialidades, contando com uma nova atitude da administração central, regional e local, que possibilite uma melhor resposta aos desafios da mudança”.

“Ser Cidadão do Mundo – Consolidar o presente, preparar o futuro” é um documento sobre Escolas, sobre Escola, não é um documento acabado. Como o Agrupamento, é um documento vivo e em construção.

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CCAAPPÍÍTTUULLOO II –– QQUUEEMM SSOOMMOOSS

1. Caracterização das escolas do Agrupamento

1.1. Enquadramento geográfico

O concelho do Barreiro é um município urbano de 1ª Ordem, integrado no distrito de Setúbal. Localiza-se na margem sul do Estuário do rio Tejo, ocupando uma área aproximada de 33km2, e faz fronteira com os concelhos da Moita, do Seixal, de Palmela e de Setúbal. Do concelho fazem parte as freguesias do Alto do Seixalinho, do Barreiro, de Coina, do Lavradio, de Palhais, de Santo André de Santo António e da Verderena. Toda a superfície do concelho pertence à bacia hidrográfica do rio Tejo, sendo constituída essencialmente por zonas planas, rondando o seu ponto mais alto cerca de 74 metros de altitude na zona de Penalva.

1.2. Enquadramento histórico

1.2.1 O Barreiro

As origens do Barreiro são ainda pouco precisas. Presume-se que o Barreiro tenha surgido de um núcleo de povoamento situado no Alto do Hospital e que depois se estendeu ao longo da estrada de acesso, tendo como eixo a antiga rua de Palhais. Pensa-se que provenha de um movimento de repovoamento da Margem Sul do Tejo, após a conquista de Lisboa aos mouros em 1147, existindo notícias da sua existência no tempo das Cruzadas.

A origem do nome “Barreiro”, para uns está ligado a “Barreira” – morfologia do solo – para outros prende-se com a “Barra” – local onde os habitantes locais pescavam. Em 1521 o Barreiro recebe a Carta de Foral de D. Manuel I, elevando-se a vila com o nome de Vila Nova do Barreiro, separando-se de Alhos Vedros à qual pertencia até então. Tinha na altura cerca de 434 habitantes e 300 fogos. A atribuição de foral era a prova de reconhecimento real da importância em recursos naturais (lenha, madeira, vinho e sal) e estratégicas da localidade, bem como da sua importante actividade industrial.

A economia do território que hoje pertence ao concelho assentou, durante alguns séculos, na lenha e no carvão que alimentavam os fornos da região e os de Lisboa, bem como em vinho, sal (produzido no Lavradio), peixe e moluscos (apanhados no Sapal de Coina) para alimentar o país e para exportação. No passado mais remoto, a madeira da floresta alimentou estaleiros navais, uma fábrica de biscoitos em Vale de Zebro e os fornos de cerâmica da Mata da Machada. A moagem de cereais e o descasque de arroz instalaram-se no Barreiro com a construção de moinhos que aproveitavam a energia do vento e do movimento das águas do rio.

Nos séculos XVII e XVIII, deu-se o desenvolvimento da actividade piscatória, surgindo a Real Fábrica dos Cristais, mais tarde transferida para a Marinha Grande. Em 1861 instalam-se no Barreiro as indústrias corticeira, química e têxtil e a CUF no início do século XX.

A escolha do Barreiro para terminal da linha ferroviária do Sul e Sueste, em 1861, foi decisiva para o desenvolvimento da região, tornando-se o pólo de atracção de populações vindas de concelhos vizinhos, do Alentejo e das Beiras, em busca de melhores condições de vida e oportunidades de trabalho. Esta tendência acentua-se vinte anos mais tarde (1884) com a Gare Marítima actual. Amplia-se o comércio e surgem novos bairros operários.

Desde o início do século XX que se observa o crescimento do Barreiro devido sobretudo à instalação, por Alfredo da Silva, do Parque Industrial da CUF (Companhia

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da União Fabril). O concelho torna-se o pólo industrial mais importante do país, com notáveis contributos para a economia nacional da época. O crescimento contínuo da CUF leva igualmente a um crescimento do tecido urbano.

A luta pelas igualdades cívicas passou pela conquista do direito à cultura e teve, no Barreiro, uma componente muito forte na criação do movimento associativo. Este movimento constitui viveiro de cultura com valores locais próprios e cujas manifestações vão da prática do desporto à arte dramática, passando pelo cinema, pela gravura, a pintura, etc. Actualmente existem cerca de 70 colectividades no Barreiro.

Nos anos 60 e 70 surge a UFA (União Fabril dos Azotos), a Monpor, a Equimetal e a FISIPE. A recessão mundial como consequência do choque petrolífero e a Revolução de Abril de 1974, afectaram os sectores industriais. As estruturas produtivas começaram a ficar ultrapassadas e deixaram de corresponder à evolução dos mercados. Surge então o desemprego que só nos anos 80 correspondeu a uma perda de mais de 5.000 postos de trabalho.

As instituições que garantem maior volume de empregos actualmente são: a Quimigal, a CP, o Hospital de Nossa Senhora do Rosário e a Câmara Municipal do Barreiro, respectivamente. O Barreiro passa de cidade industrial a cidade dormitório, de onde partem diariamente rumo a Setúbal ou Lisboa milhares de operários. O crescimento do sector terciário tem vindo a desenvolver-se apesar dos reflexos da crise industrial.

Submetida à influência de Lisboa e solicitada pelo rio, a vila cresceu tornando-se cidade. A sua elevação a cidade teve lugar em 1984, devido ao seu desenvolvimento económico, social e cultural das últimas décadas, ultrapassando já os 100 mil habitantes. Regista uma elevada densidade populacional com cerca de 3 mil habitantes por km2.

1.2.2 As Escolas do Agrupamento: Da génese aos nossos dias

Na origem da Escola “Mendonça Furtado” está o Externato Barreirense ou “ Colégio do Seixas” como era vulgarmente conhecido, inaugurado em 1930 na Rua José Relvas. José Joaquim da Rita Seixas, seu fundador e responsável pedagógico, construiu de raiz, em 1934 uma parte do edifício. Progressivamente foi ampliando as instalações. Em 1967, o edifício é adquirido pela Câmara Municipal do Barreiro e integrado na rede de ensino público como secção do liceu Nacional de Setúbal. A partir de 1972, começa a funcionar como escola do ensino preparatório (actual 2º Ciclo do ensino básico) adoptando o nome do seu patrono “D. Luís Mendonça Furtado” (militar e estadista que defendeu os interesses portugueses no Oriente durante o século XVII), identidade recuperada em 1993, após um período de interregno de alguns anos em que se denominou oficialmente “Escola Preparatória do Barreiro n.º 1”. Actualmente é uma Escola Básica, dos 2º e 3º Ciclos (EB 2,3) funciona na Urbanização da Escavadeira na Freguesia do Alto Seixalinho. A Escola Básica n.º 1 do 1º Ciclo (EB1 n.º1), situada no coração do “Barreiro Antigo”, funciona desde 1870 no mesmo espaço e é vulgarmente conhecida como Escola “ Conde Ferreira”.

A Escola Básica n.º 2 do 1º Ciclo (EB1 n.º2), tem uma idade de construção próxima da antiga “ “Mendonça Furtado” ou do “Colégio do Seixas”, de que foi uma extensão educativa, quando ainda propriedade daquele colégio particular.

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1.3. Enquadramento Físico e Caracterização dos Edifícios

O Agrupamento de Escolas do Barreiro, homologado a 9 de Novembro de 1999, é constituído pelas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico n.º 1 e n.º 2 do Barreiro e pela Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos D. Luís de Mendonça Furtado.

O edifício da Escola Sede do Agrupamento, Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos D. Luís de Mendonça Furtado, é de construção recente com salas de aula e salas específicas: salas de Educação Visual e Tecnológica /Educação Visual (EVT/EV); oficinas para Educação Tecnológica; sala TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação); Laboratórios de: Matemática, Línguas, Ciências Naturais e Físico-Química; Biblioteca Escolar / Centro de Recursos Educativo (BECRE); Serviço de Atendimento a Alunos (SATA); gabinetes de Apoio Educativo e UNIVA; gabinetes de trabalho: sala de Directores de Turma (DT), sala de atendimento a Encarregados de Educação (EE); espaço de convívio para os alunos, sala de professores, reprografia, papelaria, cantina, bufete, auditório, espaços desportivos exteriores, um ginásio e um pavilhão gimnodesportivo. Na escola sede está instalado o Centro de Formação de Professores do Barreiro.

Apesar da apreciação global do edifício ser positiva, existem alguns aspectos que devem ser melhorados: as condições acústicas nos corredores, o espaço de convívio dos alunos, a zona exterior e envolvente da escola e sobretudo os espaços verdes.

A Escola Básica 1 n.º 1 está a funcionar num edifício centenário. É o edifício escolar mais antigo do Barreiro, com sete salas de aula, uma biblioteca, uma sala de informática, uma sala de professores e um espaço exterior. Todo o edifício está em avançado estado de degradação.

A Escola Básica 1 n.º 2 tem duas salas de aula, um gabinete que se destina aos professores, tanto para o trabalho comum como para as reuniões do Conselho de Docentes e, ainda, como local de atendimento aos Encarregados de Educação e um pátio de recreio, confinado por muros que não permitem qualquer visibilidade para o exterior. Todas as áreas são reduzidas e encontram-se degradadas.

2. Estrutura organizacional do Agrupamento

2.1. Órgãos

ASSEMBLEIA

É o órgão responsável pela definição das linhas orientadoras da actividade do Agrupamento de Escolas, com respeito pelos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa e na Lei de Bases do Sistema Educativo.

É constituída por 20 membros, 10 do corpo docente, 3 representantes do pessoal não docente, 3 representantes dos pais e Encarregados de Educação, 3 representantes das actividades de carácter cultural, artístico, científico, ambiental e económico da área com relevo para o Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas e 1 representante da autarquia.

O Presidente do Conselho Executivo e o Presidente do Conselho Pedagógico participam nas reuniões, sem direito a voto (ponto 2 do Artigo 6º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro).

As competências deste órgão são as estipuladas pelo Artigo 10º, do Decreto-Lei nº115-A/98, encontrando-se referidas no Artigo 7º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

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CONSELHO EXECUTIVO

É constituído por um presidente e dois vice-presidentes, sendo um dos vice- presidentes, docente do 1º Ciclo.

As competências deste órgão são as estipuladas no Artigo 17º do Decreto-Lei nº115-A/98 e Lei nº24/99, encontrando-se referidas no Artigo 16º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

CONSELHO PEDAGÓGICO

É constituído por 16 membros: o Presidente do Conselho Executivo, pelos Coordenadores dos Departamentos Curriculares, o Coordenador do Conselho de Docentes do 1º Ciclo EB n.º1, o Coordenador do Conselho de Docentes do 1º Ciclo EB n.º2, o Coordenador dos Directores de Turma do 2º Ciclo, o Coordenador dos Directores de Turma do 3º Ciclo, o Coordenador do Departamento de Apoios Educativos, o Coordenador de Projectos de Desenvolvimento Educativo e da Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos, um representante do Pessoal não docente e um representante dos Pais e Encarregados de Educação.

As competências deste órgão são as estipuladas no Artigo 26º do Decreto-Lei nº115-A/98 e na Lei nº24/99, encontrando-se referidas no Artigo 26º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

CONSELHO ADMINISTRATIVO

É constituído pelo Presidente do Conselho Executivo, pelo Chefe dos Serviços de Administração Escolar do Agrupamento de Escolas e por um dos vice-presidentes do Conselho Executivo, sendo presidido pelo primeiro.

As competências deste órgão são as estipuladas no Artigo 30º do Decreto-Lei nº115-A/98, encontrando-se referidas no Artigo 31º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

2.2. Estruturas de Orientação Educativa

CONSELHO DE DOCENTES

O Conselho de Docentes de cada escola do 1º Ciclo do Ensino Básico integra todos os docentes dessa escola, podendo incluir outros docentes, nomeadamente de disciplinas ou áreas disciplinares, de apoio educativo e de educação especial.

As competências deste órgão são as estipuladas no Artigo 41º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

DEPARTAMENTOS CURRICULARES

São constituídos por todos os professores que leccionam determinada(s) disciplina(s). As competências deste órgão são as estipuladas no Artigo 44º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

DEPARTAMENTO DE APOIO EDUCATIVO

É constituído pelos Serviços Especializados de Apoio Educativo, nomeadamente Núcleos de Apoio Educativo das três Escolas do Agrupamento e pelo Serviço de Orientação Pré-profissional.

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As competências deste órgão são as estipuladas no Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro, na secção III do capítulo IV.

CONSELHO DE DIRECTORES DE TURMA

É constituído por todos os Directores de Turma de cada um dos Ciclos e tem por finalidade a articulação das actividades das turmas. O Coordenador de cada Ciclo é eleito entre aqueles que constituem o Conselho. As competências destes coordenadores são as estipuladas pelo artigo 57º do Regulamento Interno de Escolas do Barreiro,

CONSELHO DE TURMA

É constituído pelos professores da turma, por um representante dos Pais e Encarregados de Educação e elementos dos Serviços especializados de Apoio Educativo, sempre que existam alunos com necessidades educativas especiais.

Nos conselhos de turma destinados à avaliação sumativa dos alunos, apenas participam os docentes e, caso seja necessário, os representantes dos Serviços especializados de Apoio Educativo.

Tem como finalidade a organização, o acompanhamento e a avaliação das actividades a desenvolver com os alunos, com vista a promover a melhoria das condições do processo/ aprendizagem e articulação escola/ meio.

As competências deste órgão são as estipuladas no artigo 58º do Regulamento Interno de Escolas do Barreiro.

EQUIPAS PEDAGÓGICAS DO ENSINO RECORRENTE

É constituída pelos professores que leccionam as disciplinas e áreas disciplinares constantes do plano de estudos do 2º Ciclo do ensino Recorrente Nocturno. Tem como finalidade a organização, o acompanhamento e a avaliação das actividades a desenvolver com os alunos de cada turma.

As competências deste órgão são as estipuladas no artigo 60º do Regulamento Interno de Escolas do Barreiro.

2.3. Outras Estruturas e Serviços

ASSEMBLEIAS DE TURMA

São constituídas por todos os alunos pertencentes à mesma turma e pelo respectivo Director de Turma ou Coordenador da Equipa Pedagógica. Têm como finalidade consubstanciar o direito dos alunos à participação na vida escolar, a qual assume primordial importância ao proporcionar o contacto com processos de reflexão, debate, diálogo, tomada de decisões ou resolução de situações problemáticas.

As competências deste órgão são as estipuladas no artigo 74º do Regulamento Interno de Escolas do Barreiro.

ASSEMBLEIA DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

É constituída por todos os Pais e Encarregados de Educação dos alunos pertencentes à mesma turma e o pelo respectivo Director de Turma nos 2º e 3º Ciclos ou pelo professor da turma no 1º Ciclo, ao qual compete presidir. Tem como finalidade a organização e colaboração em iniciativas que visam a melhoria da sua qualidade, em

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acções que motivem as aprendizagens e a assiduidade e em projectos de desenvolvimento sócio-educativo. Cada Assembleia elege dois representantes (um efectivo e um suplente) entre os encarregados de educação da turma.

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

A participação dos Pais e Encarregados de Educação, ao nível do Agrupamento de Escolas, concretiza-se através da intervenção da respectiva Associação de Pais e Encarregados de Educação, cujo regime de constituição, direitos e deveres se encontra consagrado pelo Decreto-Lei nº 372/90, de 27 de Novembro, no artigo 81º do Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

Os Serviços de Administração Escolar desenvolvem todas as actividades relacionadas com o expediente, arquivo, contabilidade, pessoal, alunos, procedimentos administrativos em geral, aprovisionamento, economato e acção social escolar, tendo em vista o eficaz funcionamento do Agrupamento. São constituídos por Assistentes Administrativos, um Tesoureiro e um Chefe dos Serviços de Administração Escolar.

As competências deste órgão são as estipuladas na secção III do capítulo V do Regulamento Interno de Escolas do Barreiro.

SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL ESCOLAR

Têm por fim assegurar condições que permitam a todas as crianças, em particular as economicamente desfavorecidas, o acesso à frequência da Escola, possibilitando o efectivo cumprimento da escolaridade obrigatória e a continuação dos estudos para além desta, ao mesmo tempo que oferecem a toda a comunidade escolar um conjunto de serviços e preços sociais. Os Serviços de Acção Social Escolar compreendem o refeitório, o bufete, a papelaria, o seguro escolar e auxílios económicos directos.

As competências deste órgão são as estipuladas no Regulamento Interno de Escolas do Barreiro.

SERVIÇOS DE APOIO À ACTIVIDADE PEDAGÓGICA

Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos (BECRE)

Funciona em espaço próprio, bem equipada, tanto em livros como em material audiovisual, o espaço é amplo e agradável. Está dividido em zonas diferenciadas de acordo com as diferentes actividades que os alunos podem desenvolver. Assim, existe um espaço com seis computadores com acesso à Internet, onde os alunos podem pesquisar/investigar e realizar trabalhos escolares; um espaço de leitura e consulta de livros; um espaço de leitura recreativa de jornais e revistas; um espaço para utilização de material audiovisual.

A BECRE dispõe ainda de outros serviços, como sejam, um computador com acesso à Internet, de apoio à actividade docente; uma fotocopiadora/impressora para uso de todos; uma prensa para estampagem em diversos tipos de materiais.

Na dependência directa da BECRE existem mais três salas: a 2.5 e o auditório com os seguintes equipamentos: Vídeo/DVD e computador com videoprojector, projectores de slides, retroprojector e episcópios. A outra sala é de utilização partilhada com o CFPB e é uma sala de informática com acesso à Internet e com funcionamento em rede.

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Sala de Estudo Funciona num espaço adjacente à BECRE. Foi criada com o intuito de dar

resposta às necessidades de complemento e/ou apoio no estudo e realização de trabalhos de casa. A frequência deste espaço é voluntária, no entanto, os professores podem propor a sua frequência aos alunos que manifestem, em determinado momento, dificuldades no acompanhamento dos conteúdos leccionados.

O horário de funcionamento bem como o número de disciplinas apoiadas é o mais abrangente possível, estando sempre presentes, pelo menos, dois professores de áreas disciplinares distintas. DEPARTAMENTOS CURRICULARES

� Departamento de Educação Física

O departamento de Educação Física funciona numa sala integrada na área Gimnodesportiva. É um espaço amplo, agradável e equipado com um computador, impressora, telefone e fax.

Para a prática das aulas de Educação Física existem dois espaços diferenciados, um exterior e outro coberto. Do primeiro fazem parte o campo de jogos em tartam, pista de atletismo em asfalto e um campo de areia, construído em 2004. Este espaço dispõe de balneários próprios. Do espaço coberto fazem parte o pavilhão gimnodesportivo e um ginásio, devidamente equipados e respectivos balneários.

� Departamento de Português

Funciona em sala própria com mesas de trabalho e materiais de apoio à actividade do departamento bem como para o apoio ao trabalho desenvolvido pelo núcleo de estágio.

Neste momento, encontra-se nesta sala equipamento informático (9 computadores) que deverá ser utilizado na criação de um laboratório de línguas.

� Departamento de Matemática

Funciona em sala própria, dispondo de mesas de trabalho e materiais de apoio à actividade do departamento.

O Clube da Matemática funciona neste espaço utilizando os materiais e jogos didácticos aí existentes. O departamento carece de equipamento informático tanto para a actividade do departamento como para as actividades do Clube.

O departamento tem uma sala específica – Laboratório de Matemática. A sala divide-se em duas partes: uma sala de aula normal onde existe um armário com materiais didácticos de apoio à leccionação da disciplina, a outra equipada com doze computadores, ligados em rede, e uma impressora. Estes equipamentos foram obtidos através de um projecto apresentado no âmbito do “Projecto Nónio”.

A sala específica tem sido atribuída preferencialmente às turmas de 3º Ciclo de forma a que pelo menos uma vez por semana todos os alunos tenham aulas nesta sala.

� Departamento de Humanidades

Funciona em sala própria onde os docentes têm os materiais necessários ao trabalho do departamento. A sala encontra-se equipada com um computador e impressora.

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� Departamento de Línguas

Funciona em sala própria, dispondo de mesas de trabalho, um computador, uma impressora e outros materiais de apoio à actividade do departamento, incluindo uma televisão e um vídeo gravador para visionamento/ preparação de filmes para as aulas.

� Departamento de Artes

Funciona numa das salas específicas de EVT/EV. Este departamento dispõe de cinco salas especificas para EVT e EV, duas oficinas de E.T. e duas salas de E.M. Todas as salas estão relativamente bem equipadas e têm arrecadações próprias.

� Departamento de Ciências

Dispõe de um pequeno espaço contíguo a duas das salas específicas de C.N. onde se encontram os materiais de apoio ao funcionamento do departamento, mas não tem espaço próprio para trabalho. Os docentes de CFQ dispõem de dois laboratórios bem equipados para leccionar as suas aulas. Os docentes de Ciências da Natureza e de Ciências Naturais dispõem de três salas próprias para a leccionação.

� Departamento de Apoios Educativos

Este departamento funciona em duas salas próprias. Numa delas desenvolve-se o trabalho dos docentes com os alunos que beneficiam de apoio directo fora da sala de aula, realizam-se reuniões com encarregados de educação, directores de turma e/ou com outros técnicos de instituições exteriores à escola. Esta sala está equipada com 1 computador e 1 impressora.

Ainda no âmbito deste departamento existe uma sala de aula, com equipamento de videoconferência, para responder a necessidades específicas de alunos. Actualmente é utilizado por um aluno que também é acompanhado pelo CANTIC.

Na outra sala do departamento funciona a UNIVA. Este serviço é fruto da parceria entre a escola e o Instituto de Emprego e Formação Profissional e tem como objectivo ajudar os jovens na sua inserção ou reinserção no mundo do trabalho, oferecendo-lhes: . Orientação escolar e profissional; . Apoio na definição do percurso formativo e profissional; . Informação geral sobre o mercado de trabalho e formação profissional; . Acompanhamento personalizado dos desempregados e dos candidatos ao primeiro emprego na campanha activa de procura de emprego; . Apoio na procura de emprego – como responder a anúncios, apresentar uma candidatura, preparar a entrevista de emprego; . Encaminhar jovens para estágios e cursos de formação profissional e tentar proceder posteriormente a futuras colocações; . Encaminhar e acompanhar os alunos em Estágios de Sensibilização ao mundo do trabalho; . Fomentar a articulação entre a UNIVA/Escola/Centro de Emprego e Empresas.

Esta sala está equipada com 1 computador e 1 impressora. Sala de directores de turma

Existem duas salas onde os directores de turma podem desenvolver o trabalho inerente às suas funções. Uma das salas está destinada ao atendimento dos EE e nela se encontram os dossiers de turma; separadores por turma para troca de informação

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entre os professores e os DT e toda a documentação necessária à actividade da direcção de turma, devidamente organizada.

Na outra, existem quatro computadores e três impressoras, sendo uma delas para impressão das pautas de avaliação sumativa em A3. Nestes computadores está

instalado o software informático – Programa alunos – através do qual os Directores de Turma realizam as tarefas administrativas. O software está também disponível no Conselho Executivo e num computador na sala de professores. Nesta sala encontram-se três armários, fechados, com os dossiers individuais dos alunos.

Sala TIC

A sala TIC foi equipada no início deste ano lectivo (2004/05) pelo Ministério da Educação com 15 computadores ligados em rede, 1 impressora e um projector com o objectivo de proporcionar a leccionação mais adequada desta disciplina.

Serviço de atendimento ao aluno (SATA)

Este serviço funciona em sala própria com telefone para facilitar o contacto imediato com os encarregados de educação. O objectivo deste serviço é mediar conflitos que surgem dentro e fora da sala de aula entre os elementos da comunidade educativa; combater a falta de assiduidade e prevenir comportamentos de risco.

O horário de funcionamento é o mais alargado possível abrangendo o período lectivo. O atendimento é prestado, em geral, por dois professores colocados no âmbito dos Tempos para Outras Actividades (TOA’s).

Este projecto está no terceiro ano de implementação e tem mostrado grande eficácia na resolução de muitos dos problemas decorrentes do normal funcionamento da escola, uma vez que a intervenção é imediata tanto junto dos alunos como dos encarregados de educação, caso seja necessária.

Os balanços realizados no final de cada ano lectivo mostram os efeitos positivos que o serviço tem tido na dissuasão de comportamentos menos desejáveis.

Animação cultural

Como forma de prevenir o abandono escolar precoce e de promover uma melhor integração dos alunos que apresentam quadros de referência sócio-culturais diferenciados, o Conselho Executivo candidatou-se a um projecto para colocação, no Agrupamento, de mediadores culturais e animadores.

Neste momento, encontra-se colocada uma animadora sócio-cultural que irá dinamizar actividades relacionadas com a Educação para os Media e Educação Ambiental. Irá ainda colaborar no Jornal dos Alunos onde participarão os três ciclos de ensino do Agrupamento.

Gestora de Saúde

A escola sede é uma escola promotora de saúde, graças ao trabalho desenvolvido no âmbito da educação para a saúde, por uma docente da escola em parceria com a delegação do Barreiro da Administração Regional de Saúde.

As temáticas abordadas neste contexto são principalmente a Toxicodependência, a Educação Sexual e a Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis, bem como a sensibilização dos alunos para as práticas que conduzem a

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uma vida saudável.

A população alvo deste projecto é preferencialmente os alunos do 3º Ciclo.

SERVIÇOS DE APOIO GERAL

Secretaria

A secretaria tem como função principal assegurar todo o serviço administrativo desenvolvido no Agrupamento. Assegura, ainda, todo o trabalho contabilístico, incluindo o do Centro de Formação de Professores do Barreiro.

Sala de Professores

A sala de professores é uma sala ampla com mobiliário adequado e cacifos. Tem um computador com acesso à Internet, uma fotocopiadora/impressora e uma aparelhagem de som. É, ao mesmo tempo, um espaço de trabalho e de convívio dos docentes.

A sala proporciona um ambiente de alguma calma e tranquilidade, onde os professores podem tomar pequenas refeições, graças ao serviço de bar aí disponível.

Bar de Alunos

O bar de alunos está devidamente apetrechado e proporciona um leque variado de produtos alimentares, valorizando-se a qualidade e a higiene nos serviços prestados.

O espaço onde se encontra o bar de alunos ainda não está suficientemente aproveitado pelo que necessita de intervenção no sentido de o tornar mais aprazível.

Cantina

A gestão do funcionamento da cantina é da responsabilidade da empresa Eurest que elabora e confeccionada as ementas, cumprindo rigorosamente as regras impostas pela DREL.

Papelaria

A papelaria oferece variados artigos escolares, apelativos, a preços mais reduzidos. A venda das senhas de almoço e dos produtos do Bar é feita neste local.

Reprografia

A reprografia funciona em sala própria com equipamento da mais alta tecnologia de mercado, adquirido recentemente, que permite dar uma resposta rápida e eficiente às necessidades de todos.

3.Caracterização dos Elementos Humanos

3.1. Alunos

Os alunos que frequentam o Agrupamento de Escolas do Barreiro são provenientes, na sua maioria, das freguesias de Barreiro e Verderena.

No ano lectivo de 2004/2005, estão matriculados no ensino básico (diurno) 931 alunos, distribuídos por 40 turmas:

1º Ciclo – 207 alunos (10 turmas)

2º Ciclo – 288 alunos (12 turmas)

3º Ciclo – 436 alunos (18 turmas)

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No Ensino Recorrente Nocturno estão matriculados 50 alunos distribuídos por 2 turmas.

As turmas que integram alunos com necessidades educativas especiais têm em

norma 20 alunos. Os alunos com necessidades educativas especiais e dificuldades de aprendizagem constituem cerca de 24 % do número total de alunos que frequentam o Agrupamento.

A população escolar pode caracterizar-se globalmente como interessada,

colaborante, participativa e disponível face às actividades propostas tanto curriculares como extra-curriculares.

No ano lectivo 2003/04 a taxa de sucesso escolar atingiu, aproximadamente, os 100% no 9º de escolaridade, 87,7% no 6º ano de escolaridade e 78,7% no 1º Ciclo (4º ano).

Os problemas sociais e económicos que algumas zonas do Barreiro manifestam, reflectem-se na vida escolar dos alunos daí provenientes. Esta situação tem grande visibilidade no 1º Ciclo na EB n.º1 e no 2º Ciclo na Escola D. Luís Mendonça Furtado.

Um número restrito de alunos assume atitudes e comportamentos reveladores do seu desinteresse. As situações de absentismo e abandono escolar incidem sobretudo no 2º Ciclo, em alunos que estão identificados como crianças e jovens de “risco”, já acompanhados pela Comissão de Protecção a Crianças e Jovens do Barreiro (CPCJB). Alguns destes alunos estão à guarda de instituições de carácter social.

Existe ainda um número considerável de alunos que apresentam quadros de referência sócio-culturais diferentes. Entre estes, há ainda os que não têm a Língua Portuguesa como língua materna.

3.2. Professores

O corpo docente, em funções no Agrupamento no ano lectivo 2004/2005, é constituído por mais de uma centena de professores, dos quais cerca de 50% pertencem aos quadros do Agrupamento.

A grande mobilidade anual do corpo docente, consequência dos concursos de professores, é actualmente um problema no Agrupamento de Escolas, na EB1 nº1 em 2004/05 a mobilidade atingiu os 100%. A instabilidade do corpo docente tem implicações profundas no funcionamento das escolas, tanto ao nível das aprendizagens dos alunos como na continuidade da actividade pedagógica e intervenção dos docentes nos diferentes projectos.

Estão colocados no Agrupamento três Professores de Apoio Educativo,

insuficientes para a resolução das situações sinalizadas no âmbito das necessidades educativas especiais (NEE).

Para dar uma resposta educativa eficaz, à crescente diversidade dos alunos, aos

problemas de absentismo escolar, desmotivação e desinteresse bem como aos alunos com dificuldades de aprendizagem é necessário a colocação de mais docentes e outros técnicos especializados (psicólogos, animadores culturais).

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3.3. Auxiliares de acção educativa e funcionários administrativos

Nos Serviços Administrativos estão colocados doze funcionários de acordo com as necessidades, um dos quais, no âmbito de um Projecto de Reabilitação em parceria com a Rumo Cooperativa de Educação.

No que se refere ao Quadro dos Auxiliares de Acção Educativa estão colocados treze funcionários, dois dos quais estão de atestado médico há mais de um ano. A taxa média de idade dos funcionários do Quadro é superior a 50 anos. O Agrupamento tem contratados nove auxiliares.

Este ano lectivo o Agrupamento foi autorizado pelo ME, em parceria com o IEFP, a integrar nove auxiliares do Programa Ocupacional (POC) e, através do mesmo Programa, mas com apoio da Câmara Municipal, foi integrado mais um funcionário.

É pertinente referir que no ano de inauguração da Escola sede estavam colocados vinte funcionários e dezassete auxiliares do programa POC e, este ano lectivo temos um total de vinte e seis.

A diminuição sucessiva do número de Auxiliares de Acção Educativa e a grande mobilidade associada à falta de formação específica para o desempenho da função, causa graves problemas no funcionamento do Agrupamento.

3.4. Encarregados de Educação

No 1º ciclo o papel de encarregado de educação é desempenhado essencialmente pela mãe nos alunos, enquanto que nos 2º e 3º ciclos não existe diferenciação entre o pai e a mãe como encarregados de educação.

A Associação de Pais/Encarregados de Educação é um parceiro educativo participa nas actividades inerentes ao seu desempenho, como também colabora em alguns projectos da escola.

Capítulo II – O que sentimos

1. Balanço e reflexão

O Projecto Educativo do Agrupamento de Escolas do Barreiro teve o seu início no ano lectivo 2001/02. A sua construção foi, então, uma oportunidade especial para, de uma forma mais reflectida, pensar nas escolas: ouviram-se os vários intervenientes da comunidade educativa e as opções tomadas, relativamente aos objectivos encontrados para esse Projecto Educativo, espelharam o sentir das diversas sensibilidades.

Aquando da elaboração do Projecto Educativo todos os intervenientes envolvidos manifestaram a sua preocupação face a questões relacionadas com a segurança nas escolas do Agrupamento, a indisciplina e a desmotivação dos alunos. No decurso do último triénio estes problemas foram substancialmente resolvidos. A insegurança nas escolas foi melhorada com a colaboração dos agentes da Escola Segura.

Relativamente às questões de indisciplina desenvolveu-se um trabalho constante de acompanhamento individual dos alunos, mantendo-se um contacto estreito com os Encarregados de Educação (EE) destes discentes. A criação do Serviço de Atendimento a Alunos (SATA) possibilitou o levantamento e acompanhamento de situações de indisciplina. A docente responsável, assim como todos os docentes que aí exerciam a sua actividade, incluindo os Directores de Turma (DT), estabeleceram um diálogo pedagógico com os alunos envolvidos, responsabilizando também os EE, o que se revelou muito importante, para minorar este problema. Da análise dos dados estatísticos realizada no final de cada ano lectivo, verificou-se um decréscimo

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significativo das situações problemáticas encaminhadas para aquele serviço, bem como uma redução do número de alunos presentes no SATA, ao longo ano. A vertente da gestão de conflitos deve continuar. O SATA pretende alargar o seu campo de actuação, de modo a responder aos problemas/necessidades manifestados pelos alunos.

O abandono escolar em 2003/04 rondou os 5%. Existem, no entanto, algumas situações de absentismo, que são acompanhadas pelos DT e pelo Conselho Executivo (CE). Reconhece-se que, para resolver estas situações, é fundamental intervir ao nível das famílias de uma forma articulada com outras instituições e serviços. O Agrupamento tem sido receptivo a todas as parcerias que se proponham intervir a este nível.

Foram, pois, esses objectivos que, nos últimos três anos, guiaram a maior parte das acções deste Agrupamento, normalmente pensadas e avaliadas a partir da elaboração de um Plano Anual de Actividades.

Gradualmente, contudo, foi-se tornando evidente que este documento inicial devia ser actualizado, não só por um imperativo normativo, mas sobretudo porque novas perspectivas foram emergindo ao longo destes três anos, havendo necessidade de abrir igualmente novos caminhos para essas novas realidades.

Este Projecto Educativo do Agrupamento pretende ser o resultado desse processo de actualização e inscreve-se, nitidamente, numa perspectiva de continuidade com o primeiro documento.

Assim, as orientações de base mantêm-se e pretende-se, com as reformulações e precisões introduzidas, fazer eco dos vários contributos que se foram recolhendo ao longo deste percurso.

É preciso referir que a adopção ou, como agora acontece, a revisão de um Projecto Educativo pressupõe uma estratégia organizativa (que assegure que esse Projecto se construa sob os princípios da cooperação, partilha e negociação de todos os protagonistas da vida do Agrupamento.

Falarmos de valores e objectivos do Agrupamento é dizermos desde logo que toda a actividade educativa do Agrupamento visa o sucesso de todos os alunos independentemente das suas capacidades, cultura, modos de ser e de vivências diferentes.

Capítulo III – O que pretendemos

1. Princípios de acção pedagógica

No Agrupamento estimula-se cada escola a organizar-se de forma a promover a participação de todos os intervenientes no processo educativo e a desenvolver competências e saberes imprescindíveis ao exercício da cidadania.

Como princípios e linhas orientadoras a reger todas as acções dentro do Agrupamento achamos importante desenvolver o reconhecimento dos direitos do Homem, a compreensão e a tolerância em relação à diferença, a solidariedade, o espírito de iniciativa, a criatividade e a abertura à mudança e o sentido das responsabilidades no que respeita à protecção do ambiente e ao desenvolvimento.

Os saberes devem ser “trabalhados” de forma integrada, globalizadora e globalizante e os processos de ensino-aprendizagem organizados para que se constituam como actividades de aprendizagem cooperativa e partilhada.

Na organização do currículo dever-se-á, progressivamente construir um currículo

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integrado, em que cada conteúdo passa a ter uma função bem determinada e explícita dentro do todo de que faz parte.

As metodologias de trabalho adequadas à nossa intervenção pedagógica, visando o desenvolvimento global dos alunos, são diversificadas e adaptadas ao perfil da turma, do aluno como indivíduo no grupo – turma, da área curricular, dos conteúdos abordados, entre outras variáveis que integram todo o processo de ensino aprendizagem.

As metodologias de trabalho devem ser discutidas e acordadas entre os docentes que constituem cada Conselho de Turma de forma a concretizar o Projecto Curricular de Turma.

Considerando todos os aspectos apresentados, o papel do professor é essencial para que acção pedagógico-didáctica seja eficaz. O professor deverá ser o configurador do currículo, parceiro, mediador e gestor de projectos, processos e situações de aprendizagem e estimulador de competências cognitivas, de desenvolvimento pessoal, de relacionamento e de integração social. Por sua vez, o aluno é o “protagonista” do ensino e deverá ser um interveniente activo na construção da aprendizagem, apresentando também propostas para melhorar actividade educativa, dentro e fora da sala de aula.

2. Prioridades de intervenção

• tornar efectiva a escolaridade básica

• promover uma boa integração escolar de todos os alunos

• promover a formação de cidadãos responsáveis incidindo no comportamento e nas atitudes dos alunos prevenindo a indisciplina na comunidade escolar

• promover o sucesso educativo

• desenvolver a formação globalizante e integral dos alunos, concretizando actividades que promovam a confiança, a adaptação a situações novas, a curiosidade e o desejo de saber, a iniciativa, a organização, a autonomia, a abertura, a diversidade de interesses, a cooperação, a reflexão crítica e a solidariedade

• desenvolver hábitos e métodos de estudo

• desenvolver a ligação entre a teoria e a prática, integrando na vida quotidiana os saberes adquiridos

• desenvolver as competências de comunicação e de expressão utilizando diversas técnicas e tipos de linguagem

• desenvolver a ligação entre a escola e o meio, sensibilizando os alunos para a importância dos problemas do meio onde as escolas do agrupamento estão inseridas

• desenvolver a sensibilidade dos alunos para o reconhecimento e preservação de factores de identificação nacional em aspectos do património natural, histórico e cultura local

• potenciar a acção dos projectos existentes ou a criar

• desenvolver o envolvimento da comunidade escolar na abordagem de temas que não sendo especificamente locais se julgue merecerem a sua atenção

• levar os alunos a encarar a escola como um projecto para o futuro

• favorecer o desenvolvimento do agrupamento, a sua eficácia, a sua capacidade

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de intervenção na comunidade e a sua autonomia, contribuindo para a melhoria de qualidade da vida escolar.

Para possibilitar o desenvolvimento dos aspectos atrás referidos é importante a forma como o Agrupamento e as diferentes escolas se organizam, considerando:

♦ desenvolvimento de experiências adequadas aos estádios de desenvolvimento cognitivo e moral dos alunos: Diferenciação e Inclusão Pedagógica

♦ ênfase na resolução de problemas que envolvam o domínio de processos e o desenvolvimento das competências dos alunos

♦ articulação dos conteúdos com a experiência e a vida real dos alunos

♦ privilégio, nas actividades educativas, à consolidação de valores e atitudes de autonomia, solidariedade e responsabilidade

♦ articulação das aprendizagens com o mundo do trabalho

Estas opções estão em estreita ligação com o Regulamento Interno do Agrupamento.

3.Competências Gerais

3.1 Competências gerais do Ensino Básico

- mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos

- usar adequadamente a linguagem das diferentes áreas de saber

- usar correctamente a Língua Portuguesa

- usar Línguas Estrangeiras

- adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas

- realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa

- cooperar com os outros

- relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal, promotora de saúde e da qualidade de vida

3.2 Competências gerais definidas pelo Agrupamento a incluir no Currículo

- desenvolver nos alunos atitudes de auto-estima, respeito mútuo e regras de convivência que contribuam para a sua educação como cidadãos tolerantes, justos, autónomos, organizados e civicamente responsáveis, num ambiente de equidade e igualdade de oportunidades

- desenvolver nos alunos o respeito pela realidade cultural e social do meio

- assegurar a formação escolar prevista para os três ciclos, tendo em conta os interesses e as características dos alunos das escolas do Agrupamento

- criar mecanismos que favoreçam a relação dos alunos, professores, e de toda a restante comunidade educativa, com a escola promover a Educação para a Saúde, incluindo os aspectos de Educação Sexual

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Todas estas competências são trabalhadas nas várias disciplinas e áreas curriculares e complementadas pelas competências específicas de cada disciplina, tendo por base o Currículo Nacional.

4. Perfil do aluno

- exprimir-se em língua portuguesa, oralmente e por escrito, de forma correcta, de acordo com o seu desenvolvimento;

- ter atingido as competências essenciais definidas para cada disciplina;

- manifestar sensibilidade com os problemas da vida escolar e da comunidade;

- manifestar sensibilidade para com a dimensão social do trabalho;

- saber cooperar com os outros e trabalhar em grupo;

- utilizar duas línguas estrangeiras em situação de quotidiano;

- dominar técnicas de pesquisa, organização, memorização e estudo adequado às tarefas;

- procurar uma actualização permanente face às constantes mudanças tecnológicas e culturais, na perspectiva de um projecto de vida social e profissional;

- revelar atitude critica;

- contribuir para a preservação do património;

- revelar-se capaz de participar democraticamente e de forma responsável;

- reconhecer a necessidade de social de normas, mas sendo sensível à necessidade de consenso na resolução de conflitos;

- procurar ter um estilo de vida activo através da prática regular de actividades desportivas como ocupação dos tempos livres, sendo sensível à necessidade de se manter saudável da aptidão física, numa perspectiva promotora da saúde.

As escolas do Agrupamento deverão garantir mais e melhores aprendizagens para todos, não devendo traduzir-se numa mera adição de disciplinas, mas assegurar a formação integral dos alunos de forma a que cada um obtenha o perfil indicado de acordo com as suas características.

5. Desenho Curricular das Escolas do Agrupamento

De acordo com as orientações da LBSE, o desenho curricular do ensino básico procura contribuir para a articulação entre os três ciclos e para assegurar o percurso sequencial do aluno.

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5.1 - 1º Ciclo

No 1º ciclo, o ensino organiza-se por áreas, desenvolvendo-se em regime de monodocência.

Componentes do currículo

Educação para a cidadania

Áreas curriculares disciplinares:

Língua Portuguesa

Matemática

Estudo do Meio

Expressões

20 horas

Áreas curriculares não disciplinares:

Área de Projecto – 2 horas

Estudo Acompanhado – 2 horas

Formação Cívica – 1 hora

5.2 - 2º e 3º Ciclos

No 2º Ciclo, o ensino organiza-se por áreas, desenvolvendo-se em regime de professor por área.

Componentes do currículo 5º ano 6º ano

Educação para a cidadania

Áreas curriculares disciplinares:

Língua Portuguesa

Língua Estrangeira (Inglês)

História e Geografia de Portugal

Matemática

Ciências da Natureza

Educação Visual e Tecnológica

Educação Musical

Educação Física

2x90 min

90+45 min

90+45 min

2x90 min

90+45 min

2x90 min

45 min

90+45 min

2x90min

2x90 min

90+45 min

2x90 min

90+45 min

2x90 min

45 min

90+45 min

Formação pessoal e social

Áreas Curriculares não disciplinares

Área de projecto

Estudo acompanhado

Formação cívica

90 min

90 min

45 min

90 min

90 min

45 min

Oferta de escola (Educação Física) 45 min 45 min

Educação Moral e Religiosa

45 min 45 min

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No 3º ciclo o ensino organiza-se segundo um plano curricular unificado, integrando áreas vocacional diversificadas e desenvolvendo-se em regime de professor por disciplina ou por grupo de disciplinas

Componentes do currículo 7 º ano 8º ano 9º ano

Educação para a cidadania

Áreas curriculares disciplinares:

Língua Portuguesa

Língua Estrangeira I (Inglês)

Língua Estrangeira II (Francês)

2x90min

90+45min

90+45min

2x90min

45+45min

90+45min

2x90min

90+45min

45+45min

História

Geografia

45+45min

45+45min

90+45min

45+45min

90+45min

45+45min

Matemática 90+90min 90+90min 90+90min

Ciências Naturais

Físico-Química

Actividades experimentais *

45+45min

45+45min

45min

45+45min

45+45min

45min

45+45min

90+45min

45min

Educação Visual

Oferta de Escola (Expressão Plástica)

90min

90min

90min

90min

90min*

Educação Tecnológica 90min 90min (90min)*

Tecnologias da Informação e da Comunicação …… ….. 90min

Educação Física 90+45min 90+45min 90+45min

Formação pessoal e social

Áreas curriculares não disciplinares

Área de projecto

Estudo Acompanhado

Formação Cívica

90min

90min

45min

90min

90min

45min

90min

90min

45min

Educação Moral e Religiosa 45min 45min 45min

*Oferta de Escola

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5.3 Ensino Recorrente Nocturno

O Ensino Recorrente do 2º ciclo do Ensino Básico, no Concelho do Barreiro, funciona na Escola Sede do Nosso agrupamento.

O ERN desenvolve-se em resposta atrasos de aquisição da escolaridade obrigatória e numa perspectiva de enriquecimento da formação dos alunos. Funciona como uma ferramenta de apoio ao prosseguimento dos estudos e de ligação da escola ao mundo do trabalho. Destina-se a indivíduos com mais de 15 anos. As formas de acesso, os planos e os métodos de estudo são organizados de modo distinto, tendo em conta os grupos etários, a experiência de vida e os conhecimentos revelados.

O Ensino Recorrente funciona em regime nocturno e, intensivo e por disciplinas, com o currículo seguinte e respectivos 17 tempos lectivos semanais (Desp. Normativo n.º 58/88 de 22 de Julho).

Componente do Currículo:

Português 4

Língua Estrangeira (Inglês ou Francês) 4

O Homem e o ambiente 4

Matemática 3

Formação Complementar 2

6. Estratégias educativas globais

6.1 Linhas de orientação educativa

Tendo em conta o contexto das escolas formulado anteriormente, considera-se que, como estratégia global se deve colocar ênfase na socialização, instrução e estimulação do aluno.

O respeito pelo outro, a solidariedade, a valorização do trabalho e o civismo são atitudes valorizadas e foram também consideradas linhas de orientação educativa.

Todos estes aspectos são realçados:

- no 1º ciclo, pelo desenvolvimento da linguagem oral e a iniciação e progressivo domínio da leitura e da escrita, das noções essenciais da aritmética e do cálculo, do meio físico, social, das expressões plástica, dramática, musical e motora.

- no 2º ciclo, a formação humanística, artística, física e desportiva, científica e tecnológica e moral e cívica terá também um papel preponderante.

- no 3º ciclo, a aquisição sistemática e diferenciada da cultura moderna nas dimensões: humanística, literária, artística, física e desportiva, científica e tecnológica fornecerão os últimos instrumentos pertencentes ao Ensino Básico.

6.2 Metodologias de ensino

Como metodologias de ensino, os professores consideram que na sua prática pedagógica devem ter em consideração ensinar a aprender, levando o aluno a aprender por si próprio, tendo como lema o velho provérbio: O que eu ouço esqueço; o que eu vejo recordo; o que eu faço aprendo.

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É considerado importante ensinar os alunos a:

1 Seleccionar e a organizar informação

2 A reflectir

3 Pesquisar

4 Comunicar em diferentes contextos e utilizando suportes diversificados

5 Relacionar vários conteúdos

6 Trabalhar individualmente e em grupo

7 Procurar a qualidade num clima de solidariedade

8 Avaliar o seu próprio desempenho

Deste modo, as perspectivas de uma metodologia tradicional da educação, da abordagem comportamentalista e outras, foram consideradas não adequadas ao contexto escolar, tendo-se optado pela metodologia construtivista. Nesta, o professor apresenta-se como reflexivo e crítico, que propõe problemas mas não dá as soluções, ajudando os alunos a criá-las. O aluno constrói os seus conhecimentos e desenvolve competências, reorganizando a sua estrutura cognitiva.

A programação é feita visando atingir as competências gerais que o aluno deve adquirir até ao final do ciclo. O currículo flexível e o ensino/aprendizagem são centrados no processo e a avaliação centrada no percurso e nos resultados, sendo essencialmente formativa.

6.3 Avaliação das aprendizagens

A avaliação baseia-se nos seguintes princípios:

1 consistência dos procedimentos de avaliação relativamente aos objectivos curriculares e às formas de trabalho efectivamente desenvolvidas com os alunos

2 reafirmação do carácter formativo da avaliação sublinhando sempre o carácter positivo

3 todos os aspectos da aprendizagem dos alunos que se considerem essenciais devem ser avaliados, de acordo com a natureza de cada um deles

4 a realização de uma avaliação global no final do ensino básico que deve atender ao percurso do aluno e ao processo das aprendizagens que realizou

A avaliação é dirigida ao aluno (avaliação formativa) tornando-o consciente da sua própria aprendizagem e levando-o a implicar-se cada vez mais nela. Deve adaptar-se às situações individuais, mostrar-se flexível e estar aberta à diversidade.

A avaliação formativa deve ter sempre em vista a evolução global dos alunos, mantendo como referência as aprendizagens e competências específicas, quer de natureza transversal quer as que dizem respeito às diversas áreas disciplinares.

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6.4 Diferenciação da aprendizagem

No Projecto Curricular de Escola houve necessidade de reflectir sobre a recuperação de alguns alunos. Diferenciação foi o conceito aceite, porque se entendeu que significava o conjunto das medidas didácticas que visam adaptar o processo de ensino-aprendizagem às diferenças importantes inter e intra-individuais dos alunos, a fim de permitir a cada um atingir o sucesso.

Avaliados os recursos e os meios à disposição das escolas do agrupamento, realizado um diagnóstico das dificuldades dos alunos, o Agrupamento definiu as seguintes medidas:

1 Adaptação Curricular

2 Apoio Educativo Directo a alunos com necessidades educativas especiais/ com dificuldades permanentes

3 Tutoria com ênfase no apoio pedagógico

4 Ensino da Língua Portuguesa a alunos com outra língua materna

5 Apoio Educativo- Tutoria com ênfase no apoio a alunos em situação de risco

6 Unidade de Inserção na Vida Activa ( UNIVA)

7 .Tema globalizante

Na sequência da avaliação do trabalho desenvolvido no triénio 2001/04 propomos como tema globalizante, do Projecto Educativo, “Ser cidadão do Mundo: Consolidar o Presente e Preparar o Futuro”, para que permita a continuidade do trabalho já realizado e possibilite diversificar as actividades.

De forma a ser possível uma melhor execução do Projecto Educativo, tanto a nível do Plano Anual de Actividades como dos Projectos Curriculares de Turma decidiu-se subdividir o tema em sub temas, acompanhados de linhas orientadoras:

1. Cidadania 2. Educação para a saúde 3. Educação ambiental 4. Educação para os media 5. Educação para a ciência 6. Ocupação de tempos livres, nas escolas do Agrupamento

1. Cidadania

Objectivos gerais:

• Adquirir regras de conduta e de civismo. • Revelar atitudes de respeito e solidariedade na comunidade escolar, na família,

na sociedade envolvente. • Desenvolver valores e capacidades, formando cidadãos livres, solidários e

responsáveis. • Conhecer instituições locais, nacionais e internacionais.

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Linhas orientadoras de actuação:

• Promoção de um bom relacionamento entre os vários elementos da comunidade educativa.

• Sensibilização para a importância do cumprimento de regras e normas, na escola e na sociedade.

• Realização de palestras / acções de formação para alunos, sobre cidadania. 2. Educação para a saúde Objectivos gerais:

• Sensibilizar e responsabilizar para estilos de vida saudáveis. • Alertar para comportamentos de risco, nas áreas da sexualidade e da

toxicodependência. • Conduzir à adopção de hábitos de higiene diária (pessoal e dos espaços físicos

envolventes). • Compreender e divulgar a importância de uma alimentação equilibrada, para

um desenvolvimento saudável. • Relacionar a qualidade de vida com a valorização do corpo humano.

Linhas orientadoras de actuação:

• Realização de parcerias com o Centro de Saúde e outras instituições. • Realização de colóquios / debates sobre os temas visados. • Sensibilização para a importância de estilos de vida saudáveis. • Simulação de acidentes pessoais, com a colaboração dos bombeiros ou outras

entidades. • Envolvimento dos Encarregados de Educação no cumprimento dos hábitos de

higiene diária, pessoal e dos espaços físicos envolventes, por parte dos seus educandos.

3. Educação ambiental Objectivos gerais:

• Sensibilizar toda a comunidade escolar para a problemática que envolve o meio ambiente.

• Informar acerca da necessidade da preservação da Natureza. • Realização de actividades de carácter experimental. • Fazer compreender a importância de saber não poluir. • Apreender e divulgar a importância da reciclagem dos materiais. • Agir como consumidor atento às problemáticas ambientais.

Linhas orientadoras de actuação:

• Contacto com espaços físicos de paisagens naturais e poluídas. • Sensibilização da comunidade escolar para a importância do equilíbrio dos

vários ecossistemas existentes, na nossa região. • Sensibilização das autoridades responsáveis para vários locais poluídos, na

região. • Promoção de visitas de estudo às ETARs.

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• Prevenção das várias formas de poluição, nos diferentes espaços do Agrupamento.

4. Educação para os media Objectivos gerais:

• Sensibilizar os discentes para a importância dos Media. • Promover a formação de “leitores” activos, aptos a analisar os textos

mediáticos, a compreender os processos da sua elaboração e recepção. • Preparar leitores capazes de avaliar criticamente as fontes e de reflectir acerca

da informação recolhida. • Preparar exploradores autónomos, que procurem e seleccionem informação. • Contribuir para a formação de produtores de mensagens em diversos suportes.

Linhas orientadoras de actuação:

• Análise das mensagens, dos contextos sociais de produção, circulação e recepção dos discursos mediáticos.

• Utilização dos Media como ferramenta de expressão e criatividade. • Produção de mensagens nos diversos suportes.

5. Educação para a ciência Objectivos gerais:

• Desenvolver o espírito crítico sobre os factos científicos. • Adoptar e consolidar hábitos de estudo e pesquisa de modo a alargar os

horizontes culturais e científicos. • Promover a utilização do conhecimento científico em situação do quotidiano. • Incentivar para o uso das novas tecnologias no acesso ao conhecimento.

Linhas orientadoras de actuação:

• Realização de actividades de divulgação científica. • Utilização de factos científicos como fonte de debate.

6. Ocupação de tempos livres, nas escolas do Agrupamento

Objectivos gerais:

• Seleccionar actividades de ocupação de tempos livres, de acordo com os • interesses e necessidades de cada um. • Adoptar e consolidar hábitos de leitura e de pesquisa, alargando os horizontes

culturais. • Promover o gosto pela Escola e pelo embelezamento dos espaços.

Linhas orientadoras de actuação:

• Exploração de filmes educativos. Contactos com o Instituto da Juventude, Biblioteca Municipal, editoras, Ministério da Educação, Embaixadas…

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• Embelezamento e apetrechamento da sala de convívio dos alunos, no sentido de a transformar num espaço aprazível e acolhedor.

• Realização de torneios e outros tipos de jogos. • Conservação e embelezamento das áreas circundantes ao edifício escolar,

através da plantação de árvores, arbustos, flores... • Continuidade da oferta de actividades de complemento curricular.

Capítulo IV – Avaliação e Acompanhamento do Projecto

A Avaliação e Acompanhamento do Projecto são da competência da Assembleia

do Agrupamento de Escolas do Barreiro.

Em cada ano lectivo, a Assembleia de Agrupamento divulgará os resultados provenientes do acompanhamento e da avaliação à comunidade educativa, solicitando o seu apoio e sugestões para a melhoria do projecto.

A partir das recomendações elaboradas pela Assembleia de Agrupamento, inicia-se um processo de informação e negociação junto dos elementos ligados aos níveis avaliados para que a tomada de decisões seja participada por todos os interessados.