a real fÁbrica do rato (1767 – 1834) · sala das mangas do palácio de queluz , 1784. o sÉculo...

37
O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) Tomás Brunetto. Sebastião de Almeida ( filho do conhecido pintor Valentim de Almeida). João Anastácio Botelho de Almeida. Alexandre António Vandelli.

Upload: others

Post on 26-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

A REAL FÁBRICA DO RATO

(1767 – 1834)

Tomás Brunetto.

Sebastião de Almeida ( filho do conhecido pintor Valentim de Almeida).

João Anastácio Botelho de Almeida.

Alexandre António Vandelli.

Page 2: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Cozinhas do Palácio Caldas, Madalena, Lisboa .

Palácio Pombal, Rua Formosa, Lisboa

Escadaria Palácio Ceia

Page 3: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Ermida de S. Julião, nave, c.1807Painel historiado, Lisboa, MNAz c. 1805, prov. Refoios de Lima

Page 4: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

O Azulejo do Rato

Produto solicitado e de consumo da nova aristocracia criada por Pombal.

Atenção na decoração dos espaços interiores.

Entre 1772 e 1835 produz azulejo numa tentativa de alargar o leque da clientela.

Produziu azulejo na conjugação de duas varientes coexistentes: um gosto tardo-rococó, exuberante e a de uma postura mais racional, gráfica e ordenada, prenunciando valores do neoclassicismo.

Cobre assim, a evolução do gosto entre o Rococó e o Neoclassicismo e já os Ecletismos.

PintoresFrancisco Jorge da Costa

Francisco Paula e Oliveira

Page 5: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Palácio Porto Covo, Lapa, Lisboa

Page 6: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Palacete Pombal, Rua das Janelas Verdes, Lisboa, c.1800

Page 7: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784

Page 8: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Quinta do Torneio, Oeiras, silharda casa de jantar, finais do século XVIII

Page 9: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Igreja Nossa Senhora do Carmo, Salvador da Baía, f i nais do século XVIII.

Page 10: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Solar do Conde Arcos, Brasil, S. Salvador da Baía, 1820-30

Page 11: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

MODELOS ELENCOS DECORATIVOS

Page 12: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Painel ornamental do Palácio Monteiro-Mor, Lisboa

Page 13: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

IDENTIFICAÇÃO DE ALGUNS MOTIVOS ORNAMENTAIS

CRONOLOGIA DAS FORMAS

Motivo “Cartoucherocaille ”

Arabescos

Aves aladas ou simétricas

Motivo “Cartoucherocaille”Plumas de acanto

Motivo “Asa de Morcego”

Page 14: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Faixas cruzadas em rede

Ritmos diagonais

Derivações do acanto

Vasos floridos

Page 15: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Palácio Lafões, c.1790

Page 16: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Grinalda ou festão

Derivação da “Asa de morcego”, motivo regência

Vaso de flores estilizado

Festão

Page 17: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 18: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 19: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 20: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 21: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 22: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 23: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 24: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 25: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 26: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 27: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 28: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 29: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 30: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 31: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 32: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 33: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 34: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 35: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa
Page 36: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

o gosto

o significado da decoração

articulação com espaços e arquitecturas

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica

Page 37: A REAL FÁBRICA DO RATO (1767 – 1834) · Sala das Mangas do Palácio de Queluz , 1784. O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococóe Neoclássica Quinta do Torneio, Oeiras, silhar da casa

“… “ Les azulejos constituent en partie la physionomie du Portugal. C´ est ainsi qu´on appelle des minces carreaux d´argile cuits au four, émaillés sur une de leurs surfaces. Il y a peu d´église, peu de maison quin´en renferment. Tantôt ils encadrent, les portes des édificies, tantôt ilsornent les vestibules et les escaliers.

Athanase,RACZYNSKI - Les arts en Portugal, lettres adressés a la société artístiqueet scientifique de Berlin, et accompagnées de documents, Paris, Jules Renouard et

Cie., Librarires-Editeurs, 1846, p. 427.

“ O azulejo é essencialmente uma presença, um brilho.... o azulejo não se vê, mas sente-se.....a maior parte das pessoas não vê as paredes, mas sente-as....isso é que é verdadeiramente importante.....”

Maria Keil, “Envolvências Citadinas” in As Idades do Azul, Lisboa 1998, p.82-83.

O SÉCULO XVIII: Azulejaria Rococó e Neoclássica